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anorexia nervosa

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DISCIPLINA: 	Métodos de observação – 4PSM (410).			ATIVIDADE 03:		Quadro Esquemático – Grupo 04
DOCENTE: 	Teresa Cristina M. Kobayashi				DISCENTE:
	TRANSTORNOS ALIMENTARES DSM V
	ANOREXIA NERVOSA
	Prevalência
	Desenvolvimento e curso
	Fatores de risco
(temperamentais e ambientais)
	Risco de suicídio 
	A prevalência de 12 meses de anorexia nervosa entre jovens do sexo feminino é de aproximadamente 0,4%. Pouco se sabe a respeito da prevalência entre indivíduos do sexo masculino, mas o transtorno é bem menos comum no sexo masculino do que no feminino, com populações clínicas em geral refletindo uma proporção feminino-masculino de aproximadamente 10:1
	A anorexia nervosa começa geralmente durante a adolescência ou na idade adulta jovem. Raramente se inicia antes da puberdade ou depois dos 40 anos, porém casos de início precoce e tardio já foram descritos. O início desse transtorno costuma estar associado a um evento de vida estressante, como deixar a casa dos pais para ingressar na universidade. O curso e o desfecho da anorexia nervosa são altamente variáveis. Indivíduos mais jovens podem manifestar aspectos atípicos, incluindo a negação do “medo de gordura”. Indivíduos mais velhos tendem a ter duração mais prolongada da doença, e sua apresentação clínica pode incluir mais sinais e sintomas de transtorno de longa data. Os clínicos não devem excluir anorexia nervosa do diagnóstico diferencial com base apenas em idade mais avançada. 
Muitos indivíduos apresentam um período de mudança no comportamento alimentar antes de preencherem todos os critérios para o transtorno. Alguns com anorexia nervosa se recuperam inteiramente depois de um único episódio, alguns exibem um padrão flutuante de ganho de peso seguido por recaída, e outros ainda experienciam um curso crônico ao longo de muitos anos. A hospitalização pode ser necessária para recuperar o peso e tratar complicações clínicas. A maioria dos indivíduos com anorexia nervosa sofre remissão dentro de cinco anos depois da manifestação inicial do transtorno. Entre os admitidos ao hospital, as taxas de remissão podem ser menores. A taxa bruta de mortalidade (TBM) para anorexia nervosa é de cerca de 5% por década. A morte resulta mais comumente de complicações clínicas associadas ao próprio transtorno ou de suicídio.
	Temperamentais. Indivíduos que desenvolvem transtornos de ansiedade ou exibem traços obsessivos na infância estão em risco maior de desenvolver anorexia nervosa. Ambientais. A variabilidade histórica e transcultural na prevalência de anorexia nervosa corrobora sua associação com culturas e contextos que valorizam a magreza. Ocupações e trabalhos que incentivam a magreza, como modelo e atleta de elite, também estão asssociados a um risco maior. Genéticos e fisiológicos. Existe risco maior de anorexia e bulimia nervosas entre parentes biológicos de primeiro grau de indivíduos com o transtorno. Também foi observado risco maior de transtornos bipolares e depressivos entre parentes de primeiro grau de indivíduos com anorexia nervosa, em particular parentes daqueles com o tipo compulsão alimentar purgativa. As taxas de concordância para anorexia nervosa em gêmeos monozigóticos são significativamente mais altas do que as de gêmeos dizigóticos. Uma gama de anormalidades cerebrais foi descrita na anorexia nervosa usando tecnologias de imagem funcional (imagem por ressonância magnética funcional, tomografia por emissão de pósitrons). O grau em que esses achados refletem mudanças associadas a desnutrição versus anormalidades primárias associadas a esse transtorno não está claro.
	O risco de suicídio é elevado na anorexia nervosa, com taxas de 12 por 100.000 por ano. A avaliação abrangente de indivíduos com anorexia nervosa deve incluir a determinação de ideação e comportamentos suicidas, bem como de outros fatores de risco para suicídio, incluindo história de tentativa(s) de sucídio.
	Comentários: Anorexia nervosa durante muito tempo foi pensada como um problema da mulher – verdadeiramente, estima-se que 90% a 95% dos pacientes com anorexia nervosa são do sexo feminino, mas o distúrbio está se tornando cada vez mais comum entre os homens. 
A intervenção precoce é considerada uma das formas mais importantes de prevenir complicações devido à anorexia, que pode incluir infertilidade, danos ao sistema cardiovascular, ossos enfraquecidos e, em casos graves, até a morte.
Não é incomum que os pacientes anoréxicos relatem que lutam com distúrbios alimentares compulsivos juntamente com a purga (vômitos, tomar laxantes ou excesso de exercício, por exemplo), devido à forma como a hipertensão pode causar um forte instinto de comer demais.
Perda de peso intencional ou mudanças frequentes de peso. Aqueles sem transtornos alimentares geralmente mantêm um peso relativamente estável ou ganham peso lentamente à medida que envelhecem, mas as mudanças de peso frequentes que podem ser muito extremas são sinais de alerta de um transtorno alimentar.
Limitar severamente o número de calorias consumidas e geralmente os tipos de alimentos consumidos.
Medo intenso de ganho de peso, que muitas vezes leva à obsessão e ansiedade.
Engajar-se em comportamentos incomuns e persistentes, a fim de evitar ganho de peso. A tentativa de seguir regras dietéticas rígidas é comum entre os anoréxicos.
As regras podem incluir apenas comer em horários específicos do dia, apenas comer um número muito pequeno de calorias por dia, o que coloca o corpo em modo de fome, ou apenas comer um número limitado de alimentos “seguros”. Normalmente, quebrar essas regras leva a sentimentos de culpa ou ansiedade sobre ganho de peso.
Baixa auto-estima, especialmente relacionada à imagem corporal ou outros aspectos da aparência.
Incapacidade de apreciar as consequências do transtorno alimentar, incluindo não querer receber ajuda ou admitir a um problema (negação da gravidade da situação).
Negação de fome, mentir sobre comportamentos alimentares, recusa em comer ao redor de outras pessoas ou em situações sociais.
É comum que a anorexia seja acompanhada por excesso de treinamento ou “dependência de exercícios”, que é uma quantidade insalubre de exercícios rígidos e excessivos. Exercício é visto como uma maneira de “queimar” calorias e prevenir ganho de peso, o que ajuda a diminuir o medo / ansiedade.
Muitas vezes os sintomas associados a outras doenças mentais também estão presentes, incluindo depressão, distúrbio dismórfico corporal, abuso de substâncias ou abuso de medicamentos de prescrição.

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