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Introdução Direito Romano é o nome que se dá ao conjunto de normas utilizadas na antiguidade pela sociedade de Roma e seus domínios. A aplicação do Direito romano vai desde a fundação da cidade de Roma em 754 a.C. até a morte do imperador Justiniano, em 565 d.C. Neste longo período, o corpo jurídico romano constituiu-se em um dos mais importantes sistemas jurídicos criados desde sempre, influenciando diversas culturas em tempos diferentes. Para o estudo das instituições do direito privado romano, pode-se dividi-lo como história interna (estudo das instituições de direito privado) e história externa (estudo das instituições políticas, das fontes de cognição do direito e da jurisprudência romanas). Tanto uma quanto a outra se dividem em períodos. Para o estudo da história externa, a divisão se baseia nas diferentes formas de governo que teve Roma, podendo-se classificar esses períodos como: Período real (que perdura de 754 a.C. até a queda da realeza, em 510 a.C.) Período Republicano (de 510 a.C à 27 a.C.) Período do principado (de 27 a.C à 285 d.C.) Período do Dominato (de 285 a 565 d.C) Quanto à história interna, esta é dividida em três fases: 1ª – a do direito antigo ou pré-clássico ( de 154 a.C até, aproximadamente, 149-126 a.C.) 2ª – a do direito clássico (de 149 – 126 a.C. até 305 d.C – término do reinado de Diocleciano) 3ª – a do direito pós-clássico ou romano-helênico (de 305 d.C. até a morte de Justiniano, em 565 d.C) Neste trabalho, será abordado o Período do principado Principado Com a morte deCésar, em 44 a.C., há uma série de agitações da qual decorre o segundo “triunvirato”, formado por Otaviano, Marco Antônio e Lépido, este logo sendo posto de lado. Os outros dois dividem entre si o poder, Otaviano ficando com a parte do Ocidente e Marco Antônio co o Oriente. No entanto, em setembro de 31 a.C, Otaviano derrota Marco Antônio na batalha de Ácio e se torna detentor único do poder. Em 13 de janeiro de 27 a.C, surge o principado. Otaviano, diante do Senado, depõe seus poderes extraordinários e se declarada retornado à condição de simples cidadão romano. Com a súplica do Senado para que ele volte atrás na decisão, Otaviano aceita, mas impõe duas limitações ao seu poder: a de que as províncias romanas se repartam entre o Senado e ele e a de que o exercício se limite de suas funções extraordinárias por dez anos. Em 23, Otaviano renuncia ao consulado e recebe o proconsulado sem as limitações existentes na república. Consolidava-se, assim, Otaviano na posição de “princeps”. Com seus títulos, Otaviano tinha o comando geral dos exércitos romanos, a inviolabilidade pessoal e o veto às decisões dos magistrados republicanos. Caracterização: O principado apresenta dupla faceta: em Roma, é monarquia mitigada; já nas províncias imperiais é verdadeira monarquia absoluta. Como regime de transição da república à monarquia absoluta, o principado encaminha-se mais para o absolutismo. As províncias, nesse período, dividem-se em senatoriais, governadas pelos procônsules, onde continua formalmente o sistema degoverno observado na república, e em imperiais, administradas pelos “legati Augusti”, estes auxiliados pelos “comites” e um “procurator”. Sobre as funções da Magistratura, do Senado e dos comícios republicanos durante o período do Principado: - Magistratura: Pode-se expor como magistratura o “Consulado”, a “Pretura”, a “Censura”, a “Questura”, a “Edilidade curul e da plebe” e o “Tribunato da plebe”. Embora a maioria tenha perdurado por todo o período do principado, suas funções foram bastante reduzidas e algumas até modificadas. Duas delas, a Censura e a “edilidade curul e da plebe”, deixaram de existir. -Senado: Em 18 a.C., Augusto reduziu o número de senadores, que chegara a mais de 1000, a 600. Durante o período do principado, manteve-se, aparentemente, em posição de destaque. Perdeu, no entanto, em favor do príncipe, os poderes fundamentais que detinha na república. -Comícios: Neste período, observa-se a gradativa perda, por parte destes, das funções judiciárias, eleitorais e legislativas. Para a administração do império, foram nomeados pelo príncipe funcionários imperiais que o auxiliavam , formando, assim, uma escala hierárquica, onde, obviamente, a figura do príncipe encontrava-se acima. O princeps: Para a escolha do príncipe, não vigorava o princípio da hereditariedade. O sucessor era geralmente designado pelo antecessor, sendo o escolhido consagrado pelo voto do Senado e do povo, recebendo assim a “Lex de imperio”. O princeps tinha direito à cadeira curul, ocupava lugar de honra entre oscônsules e usava coroa de louros. Era divinizado quando morria. Dentre os poderes do “princeps” pode-se destacar: declarava guerra ou paz, concluía tratados, fundava e organizava colônias, tinha jurisdição civil e criminal, dentre outras funções. Para deliberações mais importantes, geralmente consultava o “consilium principis”. Já os funcionários imperiais eram classificados em legados, prefeitos, procuradores e auxiliares. Os primeiros são lugares-tenentes do “princeps” na administração das províncias, os segundos representam o próprio “princeps”, os terceiros são mandatários do “princeps” e os últimos desempenham diferentes funções de secretariado junto ao princeps. Nesse período, as fontes do direito eram as seguintes: costume, leis comiciais, edito dos magistrados, senatus consultos, constituições imperiais e respostas dos juriconsultos. A jurisprudência clássica: No início do principado, encontra-se os jurisconsultos romanos divididos em duas escolas: a dos Proculeianos e a dos Sabinianos. Embora haja grande controvérsia sobre as características diferenciadores das duas escolas, Pompônio, jurisconsultor romano desse período considera os primeiros inovadores e os segundos convervadores. Três notáveis juristas desta época são Papiniano, Paulo e Ulpiniano. Bibliografia http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1526/Direito-Romano-Aspectos-mais- importantes-durante-a-Realeza-a-Republica-e-o-Imperio http://www.infoescola.com/direito/direito-romano/ Direito Romano – Volume 1, José Carlos Alves, Ed. Forense
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