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DIREITO PROCESSUAL PENAL II

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II
PROF. PATRICY JUSTINO
ALUNA: EDILENE VILELA FERREIRA
MATRÍCULA: 201401386334
TRABALHO: PLANO DE AULA 1
CASO CONCRETO
RESPOSTA: Pelo Princípio da Proporcionalidade ou Razoabilidade, entendemos que esse princípio ganhou desenvoltura e disciplina na jurisprudência e doutrina alemãs, adaptadas ao Direito judicial estadunidense como teoria da proporcionalidade, funcionando como regra de exclusão, à admissibilidade das provas ilícitas, quando sopesando o caso concreto, chegue-se à conclusão que a exclusão da prova ilícita levaria à absoluta perplexidade e evidente injustiça. 
Em um juízo de causa e efeito, tudo que é originário de uma prova ilícita seria imprestável, devendo ser desentranhado dos autos. O tema por sua vez não é pacífico, havendo posição minoritária em sentido contrário, ao fundamento de que a CF, no seu art. 5º, inciso LVI, só vedou a admissibilidade das provas ilícitas, não dispondo acerca das provas ilícitas por derivação. A Teoria dos frutos da árvore envenenada (fruits of the poisonous tree), teoria da ilicitude por derivação ou “taint doctrine.”
A produção de prova ilícita pode ser de extrema prejudicialidade ao processo. Os efeitos da ilicitude podem transcender a prova viciada, contaminando todo o material dela decorrente.
No Supremo Tribunal Federal, encontramos precedentes de adoção da presente teoria, admitindo-se, inclusive, o aproveitamento de denúncia que estava lastreada em provas distintas e independentes da ilícita. 
Entretanto existem doutrinadores como Guilherme Nucci e Alberto Silva Toronto, que defendem a admissibilidade da prova subsequente, ser independente daquela de origem ilícita. Enquanto que para o doutrinador Fernando Capez, será inadmissível a prova ilícita de forma absoluta quer originária quer por derivação, também esse posicionamento é adotado pelo STF.
 
OBJETIVA:
Letra C, (Com base no art. 386, VII, do CPP).
JURISPRUDÊNCIA
HABEAS CORPUS – [...] 3. Obtenção de provas por meio ilícito. Art. 5º, LVI, da Constituição Federal. Inadmissibilidade. 4. O só fato de a única prova ou referência aos indícios apontados na representação do MPF resultarem de gravação clandestina de conversa telefônica que teria sido concretizada por terceira pessoa, sem qualquer autorização judicial, na linha da jurisprudência do STF, não é elemento invocável a servir de base à propulsão de procedimento criminal legítimo contra um cidadão, que passa a ter a situação de investigado. [...]6. Habeas corpus deferido para determinar o trancamento da investigação penal contra o paciente, baseada em elemento de prova ilícita. (STF – HC 80948 – ES – 2ª T. – Rel. Min. Néri da Silveira – DJU 19.12.2001 – p. 4).[24]
HABEAS CORPUS: CABIMENTO: PROVA ILÍCITA – 1. Admissibilidade, em tese, do habeas corpus para impugnar a inserção de provas ilícitas em procedimento penal e postular o seu desentranhamento: sempre que, da imputação, possa advir condenação a pena privativa de liberdade: precedentes do Supremo Tribunal. II. Provas ilícitas: sua inadmissibilidade no processo (CF, art. 5º, LVI): considerações gerais. 2. Da explícita proscrição da prova ilícita, sem distinções quanto ao crime objeto do processo (CF, art. 5º, LVI), resulta a prevalência da garantia nela estabelecida sobre o interesse na busca, a qualquer custo, da verdade real no processo: conseqüente impertinência de apelar-se ao princípio da proporcionalidade – à luz de teorias estrangeiras inadequadas à ordem constitucional brasileira – para sobrepor, à vedação constitucional da admissão da prova ilícita, considerações sobre a gravidade da infração penal objeto da investigação ou da imputação. [...] (STF – HC 80949 – RJ – 1ª T. – Rel. Min. Sepúlveda Pertence – DJU 14.12.2001 – p. 26).[25]

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