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Direito Processual Penal II

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Direito Processual Penal II – Professora: Fernanda Ravazzano
Anotações da Aula 07/08:	
Teoria Geral da Prova – Art. 155 a 157 do CPP
Lei 11.690/08
– ANÁLISE DO ART. 155 DO CPP
Art. 155.  O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Principio da persuasão racional
O juiz só poderá decidir de acordo com as provas juntadas aos autos do processo.
Conceito: Segundo este princípio o magistrado é livre para decidir com base nas provas produzidas nos autos do processo. É através das provas que as partes irão demonstrar o seu ponto de vista objetivando o convencimento do magistrado. A persuasão racional conecta-se com o principio da imparcialidade do juiz. 
Principio da judicialização das provas
Todas as provas produzidas na fase inquisitorial deverão ser produzidas, novamente, em juízo, para que assim, possa garantir a outra parte o direito a ampla defesa. 
Conceito: Trata-se da repetição das provas colhidas na fase inquisitorial para que seja exercido o contraditório e a ampla defesa, o juiz, portanto, não pode decidir com base exclusivamente nas provas produzidas no inquérito policial, ou seja, na fase investigativa, quando não há o contraditório e ampla defesa.
Sumula 14: Acesso a Provas Documentadas em Procedimento Investigatório por Órgão com Competência de Polícia Judiciária - Direito de Defesa
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Art. 5, IV CF/88 - Contraditório e ampla defesa
O contraditório consiste em contra argumentar as afirmações feitas por uma parte já à ampla defesa, permite não apenas o contraditório, como ainda trazer novos elementos para o processo.
O contraditório poderá ser exercido em três momentos:
Contraditório real ou concomitante: é aquele em que durante a produção da prova é exercido o contraditório. Ex: prova testemunhal em juízo. 
Contraditório diferido ou postergado: é aquele em que primeiro se produz a prova e em seguida realiza-se o contraditório. Ocorre nos casos em que a prova deixa vestígios, como exemplo o exame de corpo de delito. 
Contraditório antecipado: é aquele em que primeiro se des.... a viabilidade,bem como o conteúdo da prova que ainda será produzida. Ocorre, por exemplo, nos casos de requerimento e diligências complementares. 
– Provas cautelares
Aquela em que se constatou o periculum in mora (Perigo da demora). 
Dos três tipos de provas cautelares, somente a cautelar em stricto sensu é constitucional. 
- Prova Cautelar “stricto sensu”
Em razão do periculum in mora nas infrações que deixando vestígios é necessária a produção da prova antes do exercício do contraditório, neste caso, teremos o contraditório diferido ou postergado.
 - Prova não repetível
Não há contraditório. Essaprova não poderá ser objeto principal do convencimento do juiz em razão de ferir o principio do contraditório.
Como o próprio nome diz, é aquela que não poderá ser novamente produzida, havendo o exercício do contraditório e da ampla defesa, esta prova, portanto, é inconstitucional violando o art. 5, inciso “55” da Constituição Federal.
Prova Antecipada
Nesse tipo de prova há o contraditório, entretanto é inconstitucional, uma vez que fere o principio da imparcialidade do juiz que, de oficio, requere a produção de provas.
Conceito: É aquela em que o magistrado determina de oficio, antes de iniciado a ação penal, a produção de prova. Neste caso, teremos o contraditório real mais haverá afronta ao principio da imparcialidade do juiz, sendo, portanto, inconstitucional.
- ANÁLISE DO ART. 156 DO CPP
Art. 156.  A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:  (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
 II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
– Ônus da prova
Com o advento da lei 11.690/08 o art. 386do CPP foi alterado, bem como o art. 156, pois antes da reforma, se exigia que a defesa comprova-se a excludente de licitude ou a culpabilidade. Hoje, portanto, após a reforma, o ônus da prova é de quem acusa e não de quem alega. 
– Prova antecipada – Art. 156, I
Diligencia de oficio – art. 156, II
O art. 156, inciso II permite que o juiz, de oficio, aopos instaurado a ação penal, determine a produção de provas para elucidar eventuais duvidas. 
– Constitucionalidade OBS: ADIN – 1570 
O STF declarou inconstitucional o art. 3 da lei 9.034/95 que era a antiga lei de crime organizado, proibindo que o magistrado, antes de iniciado a ação penal, discutisse a quebra de sigilo bancário e fiscal de oficio. 
Embora o STF tivesse julgado inconstitucional a produção de provas pelo juiz de oficio antes de iniciada a ação penal, na sua conclusão, limitou-se a declarar inconstitucionalidade do ar. 3 da lei 9034/95.
– ANÁLISE DO ART. 157 DO CPP
Art. 157.  São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 1o  São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2o  Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 3o  Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente
– Prova ilícita 
O art. 157, do CPP, veda a produção de provas ilícitas, em verdade, o legislador quis se referir as provas proibidas, no quais são o gênero, cujas espécies são a prova ilícita e a prova ilegítima.
Sendo a prova ilícita, aquilo que é colhido ao kkkkkk do direito material, já a prova ilegítima é aquela que é colhida violando uma regra processual. 
– Prova ilícita “reo e pro societate”
O STF vem admitindo, com sabe no principio da proporcionalidade, a o prova ilícita “pro reo” para demonstrar a sua inocência. Quanto à prova ilícita “pro societate” ela não vem sendo admitida. 
– prova ilícita por derivação: A teoria do fruto da árvore envenenada.
Esta teoria foi desenvolvida no direito norte americano, segundo o qual, uma prova que seja licita mais que originou-se de uma prova ilícita também será por derivação.
Salvo em três hipóteses:
Teoria da fonte independente:
Caso surja outra prova com o mesmo conteúdo da ilícita (informação) que origine de forma independente a prova derivada está será licita.
Teoria da descoberta inevitável:
Caso a constatação da existência da informação seja inevitável de tal sorte que rompe a conexão com a prova ilícita originaria, esta prova será considerada licita.
Teoria da contaminação expurgada: 
Trata-se da prova que embora originalmente ilícita, torna-se licita, expurgando a sua contaminação 
Expurga:Gerar purgação; purgar; limpar.
– Desentranhamento e destruição da prova:
A prova declarada ilícita deverá ser desentranhada e destruída da decisão que declaro a prova ilícita. Cabe recurso em sentido estrito. Da decisão que nega a declaração da prova como ilícita cabe habeas corpus.
Anotações aula: 17/08
Das provas em espécie
Exame de corpo de delito – art. 158 a 184 do CPP
Exames periciais:
 Art. 158.  Quando a infração deixar vestígios, será, indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Trata-se de exame realizado por um especialista em determinada área do conhecimento sobre o objeto do crime, podendo ser ele a própria vítima ou coisa. O art. 158 do CPP determina que o exame pericial nas infrações que deixam vestígios é obrigatório e a confissão do suposto autor do fato não pode supri-lo.
Peritos – Lei 11.690/08 (lei que trouxe a reforma do CPP na parte de provas)
Art. 159.  O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.  
§ 1o  Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
§ 2o  Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.  
§ 3o  Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisão.  .
        § 5o  Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: 
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com  antecedência  mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar;  
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.  
§ 6o  Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu de base à perícia será disponibilizado  no  ambiente do órgão oficial, que manterá sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossível a sua conservação.  
§ 7o  Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico.  
O perito é o especialista em determinada área do conhecimento (algumapalavraquenãocopiei) e a partir da reforma promovida pela lei 11.690/08 passou-se a exigir que o laudo pericial fosse firmado por um único perito oficial do estado se, porém, o perito não for oficial, exige-se a assinatura de dois peritos no laudo. 
Desde a CF/88 que se exige que o perito tenha diploma superior na área especifica. Os peritos que eram indicados sem o diploma superior, continuaram a exercer a atividade, apenas com exceção do médico legista. 
OBS: Súmula 361 – STF
Essa súmula exigia que dois peritos oficiais do Estado assinassem o laudo pericial. Ocorre que, tal súmula não possui mais aplicabilidade prática devido a reforma do CPP na parte de provas pela lei 11.690/08.
OBS: Lei 11.343/06 art. 50 1 e 2
A lei 11.343/06 (lei de drogas) determina em seu art. 50 que deve ser elaborado laudo de constatação de drogas que seria um laudo preliminar; e o laudo definitivo de drogas, que seria o laudo final. 
Ao contrario do CPP, a lei de drogas exige que dois peritos, oficiais do estado, assinem o laudo. Outra diferença se refere a participação de dois peritos na , audiência pois, no CPP o perito que lavrou o laudo não poderá participar da audiência, sendo nomeado um outro perito oficial para esclarecer o laudo pericial elaborado pelo outro perito. 
Na lei de drogas, obrigatoriamente, os dois peritos devem estar presentes na audiência. 
Imparcialidade dos peritos:
Os peritos, assim como os oficiais de justiça, e como o juiz, escrivão e escrevente, devem ser imparciais em razão de servirem ao Estado. 
As partes devem requerer a produção de prova, denominada “esclarecimento do perito” devendo indicar os quesitos que o perito deve responder com uma antecedência mínima de 10 (dez) dias da audiência de instrução.
Assistente técnico:
O assistente técnico é também um especialista em uma área do conhecimento sendo, porém, indicado por uma das partes. Para tanto, é necessário que haja o requerimento de habilitação do magistrado.
Poderá elaborar um laudo próprio e pode ainda contestar o laudo do perito oficial do estado, o magistrado, por sua vez, é livre para decidir de forma mitigada e fundamentada com base nos laudos apresentados tanto pelo perito oficial do estado tão como pelo assistente técnico indicado pelas partes, para que assim encontre a verdade formal.
Prazo para apresentar o laudo – art. 160/CPP
Art. 160. Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e responderão aos quesitos formulados. 
Parágrafo único.  O laudo pericial será elaborado no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
Em verdade, não há previsão legal acerca do prazo para o assistente técnico apresentar o laudo pericial. Por analogia, usamos o prazo previsto para o perito original (oficial do Estado) que é de 10 (dez) dias, podendo ser prorrogado por igual período. 
Realização das pericias – art. 160/CPP
Os peritos irão elaborar o laudo de forma minuciosa e responderão aos quesitos formulados com o prazo estabelecido de 10 dias que pode ser prorrogado.
Apreciação do laudo pericial:
O magistrado é livre para decidir com base no laudo oficial do estado ou ainda afastado ou decidir com base no laudo particular.
Exame de corpo de delito
– Exame de corpo de delito DIRETO:
É aquele realizado sobre o próprio objeto do crime, recaindo imediatamente sobre o corpo.
6.2 - Exame de corpo de delito INDIRETO
É realizado através de fotografias ou vídeos quando não é possível realizar o exame direto. Será, ainda, considerado indireto quando o perito oficial elabora o seu laudo com base em prontuário médico de paciente particular.
6.3 – prova testemunhal: art. 167/CPP
Art. 167.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Somente será admitido em substituição ao laudo, quando não for possível a realização do exame pericial. 
OBS: art. 564, III “b”
 Art. 564.  A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
 (...)
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
Haverá nulidade quando a infração que deixa vestígios não for realizado o exame pericial, salvo quando não é possível realizar tal exame, observando o art. 167/CPP
7 – Exames periciais:
7.1 – Exames necroscópicos 
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime.  
Art. 165.  Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.
Art. 166.  Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações.
Parágrafo único.Em qualquer caso, serão arrecadados e autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser úteis para a identificação do cadáver.
É o exame realizado nos crimes em que há vítima fatal, devendo ser realizado 6 horas após o óbito.
7.2 – Exames de lesões corporais:
Art. 168.  Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1o  No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2o  Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3o  A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
É o exame que tem por finalidade, constatar a existência de lesões corporais, bem como o grau da lesão se leve, grave ou gravíssima. Exige-se a elaboração do laudo complementar a ser realizado 30 (trinta) dias após da data da lesão e não a data do primeiro exame nos termos do art. 168/CPP.
7.4 – Rompimento e obstáculo e destruição de coisa – art. 171 a 173/CPP
 Art. 171.  Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.
Art. 172.  Proceder-se-á, quando necessário, à avaliação de coisas destruídas, deterioradas ou que constituam produto do crime.
Parágrafo único.  Se impossível a avaliação direta, os peritos procederão à avaliação por meio dos elementos existentes nos autos e dos que resultarem de diligências.
Art. 173.  No caso de incêndio, os peritos verificarão a causa e o lugar em que houver começado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patrimônio alheio, a extensão do dano e o seu valor e as demais circunstâncias que interessarem à elucidação do fato.
São também exames de corpo de delito que recai sobre a coisa que foi destruída, deteriorada ou inutilizada. 
7.5 – exame grafotécnico – art.174/CPP
 Art. 174.  No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á o seguinte:
I - a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o escrito será intimada para o ato, se for encontrada;
II - para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida;
III - a autoridade, quando necessário, requisitará, para o exame, os documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos, ou nestes realizará a diligência, se daí não puderem ser retirados;
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever.
É aquele que tem por objetivo constatar a grafia e a assinatura falta em um documento.
7.6 – exame de embriaguez:
É o exame realizado pó ar expirado ou por exame de sangue ou ainda exame clinico para constatar a ingestão e conseguinte intoxicação por álcool ou substancia de êxito análogo. 
Anotações aula: 24/08
Provas em espécie (Continuação)
- Perguntas ao ofendido: Art. 201/CPP
  Art. 201.  Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas declarações. 
        § 1o  Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser conduzido à presença da autoridade. 
        § 2o  O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem.  .
        § 3o  As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-se, por opção do ofendido, o uso de meio eletrônico.  .
        § 4o  Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para o ofendido.  
        § 5o  Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento multidisciplinar, especialmente nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a expensas do ofensor ou do Estado.   
        § 6o  O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos meios de comunicação. 
 Considerações gerais:
Sempre que possível o depoimento da vítima deve ser colhido. Neste momento a vitima irá narrar a sua versão dos fatos podendo, inclusive, indicar provas que corroborem com o seu depoimento, sendo que, o seu próprio depoimento é um meio de prova.
Repercussões processuais:
Caso a vítima venha a mentir em juízo atribuindo ao acusado a autoria de um crime sabendo não ser ele o verdadeiro autor, não responderá por falso testemunho,mais sim por “denunciação caluniosa” art. 339/CPP
 Denunciação caluniosa
        Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000)
        Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
        § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto.
        § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
OBS!: Silêncio:
A vítima não pode também ficar em silêncio sob pena de também responder por denunciação caluniosa. 
OBS! Possibilidade de reperguntas:
Antes da reforma promovida pela lei 11.689/08 discutia-se se era possível reperguntar, ou seja, formular novas perguntas a vítima após passar o momento em que o representante do Ministério Público, o advogado ou mesmo o magistrado tivessem a palavra.
Com a reforma encenado-se tal discussão sendo plenamente admitida. 
OBS:! Não oitiva da vítima:
A oitiva da vítima acarreta nulidade relativa, devendo a parte que se sentir prejudicada suscitar a nulidade do ato no primeiro momento em que lhe for possível falar, demonstrando, inclusive se possível. 
Prerrogativas do ofendido – art. 201
É direito do ofendido de ser ouvido quando necessário sem a presença do acusado, sendo ainda, seu direito de ser informado sobre a entrada e saída do acusado das dependências do fórum, bem como do estabelecimento prisional, devendo ainda a vítima ser intimada de todos os atos processuais, pessoalmente ou por meio eletrônico, bem como, quando necessário, ser ouvido por videoconferência e ter acompanhamento psicossocial.
OBS! Final:
Caso a vítima devidamente intimada para comparecer a audiência de instrução, afim de que seja colhido o seu depoimento, se recuse a comparecer, o juiz poderá determinar a sua condenação coercitiva, se mesmo assim ela se recusa, Guilherme de Souza NUCCI, tem o entendimento de que ela deve responder por desobediência art. 329/CP. 
Já Tourinho Filho e Nestor não concordam com tal posicionamento, defendendo a aplicação da pena de multa. 
PROVA TESTEMUNHAL
Conceito e natureza jurídica
A testemunha é um terceiro desinteressado que presenciou o fato ou possui informações relevantes acerca da autoria e/ou materialidade do fato.
Trata-se, portanto, de um meio de prova.Características:
Judicialidade:Referi-se a obrigatoriedade da prova testemunhal ser colhida em juízo, respeitado-se o contraditório e a ampla defesa.
Oralidade: o depoimento da testemunha será oral e reduzido a termo, sendo que a testemunha assinará o termo.
OBS: art.. 221, 1/CPP: o Presidente da República , o vice presidente, presidente do STF, do senado terão a prerrogativa de oferecer o seu testemunho por escrito.
Objetividade: a testemunha deve ser objeiva em seu depoimento, narrando, apenas, o que for indispensável para a elucidação do fato sem trazer,também, suas impressões pessoais, a não ser que sejam relacionadas ao fato.
Retrospectividade: a testemunha sempre se refere a um fato passado.
Individualidade: o depoimento de uma testemunha deve ser colhido sem a presença das demais testemunhas.
Recusa: art. 206/CPP
Art. 206.  A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias
A recusa refere-se à categoria de pessoas que não são obrigadas a serem arroladas como testemunhas sendo que, os parentes do réu não são obrigados a testemunhar, não são submetidos ao compromisso de dizer a verdade, podendo, portanto, inclusive mentir em juízo sem que configure o falso testemunho. 
Já os parentes da vítima, uma vez arroladas como testemunhas são obrigadas a dizer a verdade sendo, portanto, compromissadas. 
OBS: Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.
Impedimentos: art. 207/CPP
Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Algumas pessoas em razão de sua profissão, ministério, cargo ou oficio estão naturalmente excluídas de falar, salvo se a própria parte autorizar o testemunho.
Deveres da testemunha:
Comparecimento: a testemunha uma vez intimada regularmente é obrigada a comparecer em juízo e testemunhar caso se recuse de forma injustificada sofrerá uma sanção correspondente apena de multa e sofrerá pelo crime de desobediência.
Compromisso com a verdade: a testemunha é obrigada a dizer a verdade, não podendo mentir, calar a verdade ou negar a verdade respondendo pelo crime de falso testemunho.
Informação para fácil localização: 
Art. 284.  Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso.
É dever que a testemunha tem que fornecer endereço completo, bem como durante o período de um ano informar ao magistrado sobre qualquer mudança de endereço.
Número de testemunhas:
08 (oito) testemunhas por fato
Procedimento sumário> 05 (cinco) testemunhas por fato
Procedimento sumaríssimo : 03 (três) testemunhas por fato
Segunda fase do júri: 05 (cinco) testemunhas por fato
Lei de tóxico: 05 (cinco) testemunhas por fato
Anotações da aula: 
Classificação das testemunhas:
As testemunhas podem ser:
Numerarias: que são aquelas em que as partes arrolam ao processo, que por sua vez, passam a pertencer a este. Uma vez trazidas ao processo às testemunhas não pertencem mais as partes e sim ao processo.
Extranumerárias: aquelas que ultrapassam o número permitido. Em alguns casos é permitido a lei retirar as testemunhas.
Próprias: são as testemunhas do fato delituoso. Esses tipos de testemunhas, em seu depoimento, falam sobre o delito cometido.
Impróprias: esse tipo de testemunha fala acerca de um ato processual ocorrido, a exemplo a prisão em flagrante.
Laudares: aquelas testemunhas que irão falar sobre o réu, da parte, falam da personalidade, da vida pregressa do réu.
Testemunho da coroa: conhecidas como os agentes infiltrados,cujo testemunho coza de veracidade. Tem fé pública, cabendo a parte o ônus da prova que o agente mentiu.
Local de oitiva:
Interrogatório do réu: 
Lei: 10.792/03
Lei: 11.900/09 (videoconferência)
Lei 11.719/09
Antes da lei: Lei: 10.792/03º interrogatório do réu era a primeira coisa que se fazia. Era o juiz e o réu que interrogava sem a interrupção do advogado que com o advento da lei 11.900/09 tornou-se obrigatório à presença do advogado no interrogatório sob pena de nulidade.
Divisão do interrogatório
Qualificação do réu: nome, onde mora..etc (pessoa do acusado)
Sobre a acusação (Fatos ocorridos)
Natureza jurídica:
Doutrina classifica como meio de prova
Doutrina classifica como estratégia de defesa
Outra parte da doutrina classifica como ora meio ora é defesa
OBS: Para Auri Lopes Júnior a natureza jurídica do interrogatório é as duas ao mesmo tempo.
Art. 186 o réu não é obrigado a responder todas as indagações realizadas pelo juiz. 
Se a vítima ficar calada no interrogatório ela cometerá uma denunciação caluniosa.
Com a lei 11.719/09 o interrogatório é realizado no final, depois que forem realizadas todos os outros meios de provas, antes do debate e das considerações finais.
O fundamento desse entendimento é a ampla defesa do réu no momento do interrogatório.
No plenário do júri a oitiva do réu é antes de se iniciarem os debates.
Alegações finais são os memoriais...
Citação do réu:
Para ser interrogado o réu tem que ser citado. As formas podem ser:
Hora certa (réu escondido)
Edital (se o réu não for encontrado)
Advogado dativo: será nomeado um advogado dativo quando houver a citação por edital
Procedimento do interrogatório:
Na justiça penal, as perguntas são feitas diretamente ao réu “cross interrogation e direct interrogation”
Interrogação direta: quando o MP faz perguntas diretas a testemunha que trouxe ao processo.
Cross interrogation: as perguntas são feitas diretamente a testemunha arrolada pela outra parte. Em ambos os casos sempre quem primeiro fará as perguntas será a acusação só depois a defesa.
A testemunha não pode mentir ou omitir-se. 
Anotações aula: 14/09
Do interrogatório do acusado:
O interrogatório pessoal deve ser o preferencial
Somente ocorrerá interrogatório por videoconferencio:
Somente em casos excepcionais
Questões de segurança pública
Economia processual e pública
Do procedimento: (continuação)
Interrogatório por videoconferência
Trata-se de procedimento excepcional na colheita do interrogatório do acusado. Foi introduzido no CPP através da lei 11.900/0;caberá o interrogatório por videoconferência,somente em casos em que há sério risco a segurança pública e quando o autor do fato é periculoso e acusado de praticar crime grave e fazer parte de organização criminosa.
Argumentos favoráveis:
Questão de segurança pública;
Economia processual;
Economia processual para o Estado
Argumentos contrários:
Ofensa à publicidade dos atos;
Violação do contraditório e ampla defesa;
Uma vez que, o réu será o seu depoimento colhido no próprio estabelecimento prisional o que já influi nas suas declarações, bem como, de acordo com a doutrina, pode ainda o réu sofrer coação na tomada do seu depoimento.
Inexistirá o contato entre o juiz e i réu, o que pode prejudicar tanto o acusado quanto o próprio magistrado que não perceberá algumas expressões do próprio réu.
Obs: HC88917-0 STF
Este HC foi julgado procedente pelo STF que declarou inconstitucional a lei do Estado de São Paulo que previa o interrogatório por videoconferência antes do advento da lei 11.900/09.
Porém, embora o STF no julgamento tenha utilizado os argumentos contrários, acima narrados, na sua decisão final limitou-se a declarar a inconstitucionalidade apenas no aspecto formal em razão da violação do art. 22, I da CF
Questões especiais:
Retratabilidade art. 200 CPPArt. 200.  A confissão será divisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto.
A confissão consiste na declaração expressa e inequívoca do autor do fato assumindo a autoria e materialidade daquilo que lhe é imputado. A confissão pode ser divisível, ou seja, ele pode assumir a autoria e materialidade de apenas partes dos fatos que lhe são imputados.
OBS 1!: autoacusação:
Quando o suposto autor do fato confessa em sede de delegacia ou em qualquer procedimento de investigação preliminar teremos uma autoacusação.
OBS 2: retratabilidade
 Dilação premiada:
Reconhecimento de coisas e de pessoas art. 226-288/CPP
Acareação: art. 229-230/CPP
Das prisões cautelares:
Definição:
Periculum libertatis e fumus comissi delieti
Medidas cautelares e diversas da prisão – art. 282 e 319/CPP
II UNIDADE
Anotações da aula 05/10
Prisões cautelares (continuação):
Prisão preventiva – art. 311 – 316 CPP
Art. 311.  Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. 
Art. 313.  Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva
I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;  
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I docaput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal;  
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência
IV - (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único.  Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida.
A prisão preventiva é medida cautelar de natureza pessoal em que é a restrição ao segundo bem jurídico mais importante: a liberdade.
Para tanto, é necessário que haja a constatação da materialidade do fato e a fonte indicadora de autoria, preenchendo o requisito do Fumus comissi delicti.
É necessário, ainda, a demonstração do Periculum libertates, ou seja, que o investigado ou acusado represente o perito para a sociedade e para o bem jurídico quando estiver livre.
Requisitos
Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). 
O art. 312 do CPP determina que para decretação da prisão preventiva o juiz além de constatar Fumus comissi delicti e o Periculum libertates, deve ainda indicar uma das quatro hipóteses previstas no art. Mencionado. Quais sejam:
Garantia da ordem pública: tal critério é alvo de criticas da doutrina por se tratar de uma expressão extremamente ampla, violando o princípio da taxatividade. Guilherme Nucci estabeleceu que deve existir três sub critérios para a configuração da garantia da ordem pública.
Anotações aula: 00/00
Direito Processual Penal II
Prisões Cautelares (cont.) Periculum Liberta TCS / Fumus Comissi Delicti. 
3 Prisão Preventiva – art. 311 – 316 CPP
Requisitos - art. 312 CPP
 Hipóteses de cabimento – art. 313 CPP
Excludentes de ilicitude – art. 314 CPP
Fundamentação da decisão – art. 315 CPP
 Revogação – art. 316 CPP
Prisão em Flagrante delito – art. 301-310 CPP
Espécies
Próprio – inciso I e II
Impróprio – inciso III
Presumido – inciso IV
 Lavratura do auto de prisão em flagrante – art. 304 CPP
 Comunicação ao juiz e Nota de Culpa – art. 306 CPP
 Providências adotadas pelo juiz. - art. 310 CPP
 Prisão Preventiva
A prisão preventiva é medida cautelar de natureza pessoal em que é a restrição ao segundo bem jurídico mais importante: a liberdade.
Para tanto, é necessário que haja a constatação da materialidade do fato e a fonte indicadora de autoria, preenchendo o requisito do Fumus comissi delicti.
É necessária, ainda, a demonstração do Periculum libertates, ou seja, que o investigado ou acusado represente o perigo para a sociedade e para o bem jurídico quando estiver livre.
 Requisitos
Art. 312.  A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria. 
Parágrafo único.  A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4o). 
O art. 312 do CPP determina que para decretação da prisão preventiva o juiz além de constatar Fumus comissi delicti e o Periculum libertates, deve ainda indicar uma das quatro hipóteses previstas no art. Mencionado. Quais sejam:
1. Garantia da ordem pública: tal critério é alvo de criticas da doutrina por se tratar de uma expressão extremamente ampla, violando o princípio da taxatividade. Guilherme Nucci estabeleceu que deve existir três sub critérios para a configuração da garantia da ordem pública.
A periculosidade do agente, a repercussão sobre o crime e a gravidade da lesão ao bem jurídico tais critérios são cumulativos.
2. Garantia da ordem econômica: refere-se aos crimes praticados contra a ordem econômica e tributaria, contra o sistema financeiro nacional ou lavagem de capitais, devendo ser demonstrado o risco de continuidade da prática delituosa, bem como a magnitude da lesão à ordem econômica.
3. Conveniência da instrução criminal: refere-se a decretação da prisão em razão da postura do réu que ameaça a o desenrolar do processo, destruindo provas ou ocultando, ameaçando testemunhas, ou ainda alterando a área do crime ou objetos do crime.
4. Aplicação da Lei Penal: Fundamenta-se à decretação da prisão quando há sério e fundado risco de terminado o processo não se conseguir aplicar a lei penal, por exemplo o risco de jukgo.
 Hipóteses de cabimento - art. 313 CPP
Além dos requisitos do art. 312 para a decretação da prisão preventiva é necessário ainda a constatação de uma das hipóteses prescritas no art. 313, quais sejam:
1º que o crime objeto da investigação ou do processo tenha a pena máxima superior a 04 anos;
2º que o agente já tenha sido condenado em definitivo por outro crime doloso;
3º que haja a prática de violência doméstica contra mulher, contra criança ou adolescente, contra idoso ou deficiente e enfermo: O parágrafo único do art. 313 traz ainda uma outra hipótese que é a prisão c/ a identificação.
 Excludente da ilicitude – art. 314 
O art. 314 prevê que uma vez constatado a prática do crime, havendo causa excludente da ilicitude prevista no ar. 23 do CP não será decretado a prisão preventiva. 
– Fundamentação da decisão 
Para a decretação da prisão preventiva o juiz deve fundamentar a decisão indicando a presença do periculium libertati do Fumus caussu deliuti bem como o não cabimento de medida cautelar diversa indicando ainda um dos requisitos do art. 312 e uma das hipóteses do art. 313.
– revogação 
A revogação da prisão preventiva pode ocorrer em qualquer momento do processo. Quando ela se torna desnecessária e inoportuna, ou seja,quando os requisitos que a autorizam deixaram de existir ou são insuficientes. 
OBS: PRAZO: o CPP não prevê prazo para a duração da prisão preventiva, porém, a doutrina e a jurisprudência convencionaram o prazo de 81 dias que seriam, em tese, o tempo de duração de uma instrução criminal.
PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO –ART. 301-310 CPP
  Art. 301.  Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
O art. 301 do CPP autoriza que qualquer pessoa do povo realize a prisão em flagrante, sendo que, a autoridade policial e seus agentes tem obrigação de realizar a prisão em flagrante.
– ESPÉCIES:
Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
 II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
   Art. 303.  Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência.
PRÓPRIO: é aquele que estão previsto nos incisos I e II do art. 302 e aqui o agente esta praticando o crime ou acabou de pratica-lo
IMPRÓPRIO: esta previsto no inciso III do referido art. E já houve a consumação do delito ou a prática do ato executório. No caso de tentativa e o agente esta sendo perseguido pela policia ou populares.
PRESSUMIDO: o inciso IV prevê que será presumido o flagrante quando o agente é encontrado com objetos do crime ou em circunstancias que façam presumir ser ele o autor da infração.
OBS1: flagrante preparado: é ilegal. Aqui a autoridade policial ou agente de policia preparam uma encenação para que o autor do fato pratique o crime, sendo que o crime só foi praticado em razão da conduta da policia. 
OBS 2: Flagrante forjado:
É aquele em que é implantado a prova do crime sendo, portanto, ilegal.
OBS 3: flagrante esperado:
É legal e está relacionado com a ação controlada da policia que pode retardar o flagrante para que, no curso da investigação, obter um resultado melhor.
Aula: 00/00/0000
– lavratura do auto de prisão em flagrante art. 304/CPP
   Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.
– COMUNICAÇÃO AO JUIZ E NOTA DE CULPA – ART. 306/CPP
Art. 306.  A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
§ 1o  Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
§ 2o  No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. 
O auto de prisão em flagrante deve ser encaminhado ao juiz em até 24h da realização da prisão devendo, ainda, ser comunicado a prisão ao Ministério Público e ao advogado indicado pelo preso, não havendo, para a Defensoria Pública.
Vinte quatro horas após a prisão o delegado é obrigado a entregar ao preso a nota d culpa. 
4.4 – PROVIDÊNCIAS ADOTADAS PELO JUIZ
Uma vez recebido o auto de prisão em flagrante o juiz deverá relaxar imediatamente a prisão ilegal ou deverá, de forma fundamentada decreta-la, desde que preenchido os requistos do art. 312 e quando não cabendo medida cautelar diversa da prisão, 
Se couber a medida cautelar, decreta-la também de forma fundamentada.
	PRISÃO TEMPORÁRIA: 7.960/89
5.1 Definição: 
A prisão temporária foi criada para a fase inquisitorial, ou melhor, de investigação, não cabendo sua discussão na fase de instrução processual.
A doutrina critica tal lei, uma vez que se trata, em verdade, da XXXXXXX prisão para averiguação.
5.2 REQUISITOS ART. 1 DA LEI 
Art. 1° Caberá prisão temporária:
I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial;
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes:
O Art. 1 da lei traz três incisos, sendo que só podesrá ser decretada a prisão temporária se o agente PE suspeito de ter praticado um dos delitos previstos no rol taxativo do inciso III.
Ademais, é ainda necessário que haja o preenchimento ou do inciso I ou do II da referida lei.
OBS! A doutrina entende que para a decretação da temporária é necessário o preenchimento dos incisos I, II e III (posicionamento isolado)
– Prazo art. 2
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
§ 1° Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público.
§ 3° O Juiz poderá, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público e do Advogado, determinar que o preso lhe seja apresentado, solicitar informações e esclarecimentos da autoridade policial e submetê-lo a exame de corpo de delito.
§ 4° Decretada a prisão temporária, expedir-se-á mandado de prisão, em duas vias, uma das quais será entregue ao indiciado e servirá como nota de culpa.
§ 5° A prisão somente poderá ser executada depois da expedição de mandado judicial.
§ 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5° da Constituição Federal.
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva.
O prazo de decretação da prisão temporária é de 05 dias prorrogado por igual período desde que de forma fundamentada. Se o crime for hediondo o prazo é de 30 dias prorrogado por igual.
– requerimento e representação – Art. § 2° 
§ 2° O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento.
A prisão temporária só será decretada a partir de requerimento da autoridade policial ou representação do Ministério Público, desde que de forma fundamentada demonstrando a imprescindibilidade da medida.
– prazo para o juiz despachar Art. § 2° 
O juiz de posse do requerimento para decretação da prisão temporária tem o prazo de 24h para despachar decretando ou não a prisão de forma fundamentada. 
6 – prisão domiciliar – art. 317 e 318 do CPP
Art. 317.  A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 318.  Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
Parágrafo único.  Para a substituição,o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
A lei 12.403/11 trouxe como novidade a prisão domiciliar como cautelar XXXXXX de acordo com o art. 317/CPP já o art. 318, prevê a possibilidade da decretação da prisão preventiva em substituição da prisão preventiva, desde que preenchidos os requisitos do próprio art. 
7 – liberdade provisória art.s 321 350/CPP
7.1 – Definição
A liberdade provisória é cabível quando a prisão for legal, porém desnecessária ou inoportuna. 
Neste caso, o indiciado ou réu terá o direito de responder o processo em liberdade. Não há, portanto, o preenchimento do periculum libertate.
7.2- espécies:
Obrigatória - Art. 309 art. 283§ 1o 
Art. 283.  Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva.  
§ 1o  As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam à infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente cominada pena privativa de liberdade.
Art. 309.  Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em flagrante.
Nesses casos, previsto no art. 283 § 1o  e no 309 é direito absoluto do suposto autor do fato responder o processo em liberdade. Quando o tipo penal não prevê pena privativa de liberdade ou quando não é cabível a decretação da preventiva devendo ele assinar o termo de comparecimento aos autos do processo. 
Permitida: art. 310, III e parágrafo único; art. 321; art. 414 
Art. 310.  Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. 
Parágrafo único.  Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
Art. 321.  Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código.
 Art. 413.  O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.
 § 2o  Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão ou manutenção da liberdade provisória.
É permitido ao juiz conceder a liberdade provisória quando ele verificar que o agente praticou a conduta acobertado por uma excludente de ilicitude. 
Caberá, ainda, a liberdade provisória sempre que não couber a decretação da prisão preventiva, podendo o juiz determinar medida cautelar do art. 319.
Por fim, o art. 413 no caso do rito do júri o juiz ao concluir a primeira fase do processo, que é o juízo de admissibilidade da aça, pronunciará o réu, ou seja, encaminhará o processo para a segunda fase do júri quando houverem prova suficientes da autoria e materialidade do fato.
Nesse caso, poderá o juiz conceder a liberdade provisória com ou sem fiança.
7.3 liberdade provisória sem fiança
7.4 liberdade provisória com fiança – art.323 e SS
Aula 00/00/0000
Liberdade provisória – art. 321 340/CPP
4.conceito de crime inafiançável – art.330
Art. 330.  A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar.
§ 1o  A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais preciosos será feita imediatamente por perito nomeado pela autoridade.
§ 2o  Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o valor será determinado pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham livres de ônus.
4.1– Hipóteses de cabimento – Art.323 e 324 CPP
Em verdade CPP não trás hipóteses de cabimento da fiança, mais as hipóteses de não cabimento. 
Dessa forma, são inafiançáveis o racismo, crimes hediondos e equiparados a esses, bem como os grupos armados civis e militares que atentem contra a ordem constitucional do Estado.
O art. 324 também não permite a concessão da fiança, quando houver o quebramento de fiança anteriormente concedia no mesmo processo ou quando há p descumprimento injustificado das condições previstas no art. 327 e 328 ou ainda, nos casos de prisão civil e militar ou quando caiba a prisão preventiva.
Quebramento de fiança: quando se paga o valor a menor da fiança.
– concessão art. 332CPP
Poderá conceder a fiança tanto a autoridade policial quanto o magistrado, sendo que de acordo com o art. 335 do CPP, caso a autoridade policial se recuso ou retarde a concessão da fiança cabe petição simples para o juiz, para que este em 48h decida pela concessão ou não. 
Em sendo caivel a fiança e o juiz se recusando a concede-la, cabe HC ou recurso em sentido estrito art. 585 CPP.
4.2.2 prestação da fiança
A fiança será prestada em moeda corrente, em títulos de crédito, pedras preciosas ou joias e hipoteca. Art. 330
4.3 - Destinação da fiança – art. 336 CPP
Uma vez condenado em definitiva o autor do fato, uma parte da fiança vai para o Estado para cobrir as custas do processo e outra parte para o fundo penitenciário nacional, outra parte do valor irá para indenizar a vítima pelos prejuízos provocados pelo crime.
– quebramento da fiança art. 341, 343, 346 CPP
OBS: Réu pobre o art. 350 prevê que em sendo o réu pobre o juiz arbitrará a fiança e suspenderá o seu valor desde que haja declaração de pobreza.
PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO ART. 394
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
Panorama da lei
A lei 11.719/08 alterou o procedimento comum ordinário, bem como o sumário de tal sorte que promoveu uma microrreforma no CPP.
Dentre as alterações podemos destacar três principais:
A mudança do desejo no prazo de 03 dias para a resposta escrita a ser oferecida em 10 dias, havendo, ainda a mudança da ordem das provas a serem produzidas na audiência de instrução determinando o interrogatório do réu seja a ultima prova a ser produzida e ainda a tentativa de concentração dos atos em uma única audiência privando pela oralidade. 
O art. 394 determina que o procedimento ordinário é aplicado aos crimes com pena máxima igual ou superior a quatro anos
Sequencia de atos:
Oferecimento da denuncia – art. 41 do CP
A peça acusatória inicial deve ser observar os requisitos do art. 41para sua propositura sob pena de ser rejeitado liminarmente.
Em sendo ação penal privada, deve ainda observar o art. 44 do CPP e deve haver o recolhimento de custas. 
Rejeição liminar – art. 395 CPP 
A peça acusatória inicial será liminarmente rejeitado, ou seja, quando sua redação for confusa a tal ponto de impossibilitar a analise ou ainda quando faltar condições da ação, que se refere a possibilidade jurídica do pedido, legitimidade da parte e o interesse de agir ou ainda faltar pressuposto processual e por fim se faltar justa causa que é o lastro probatório mínimo. (possibilidade jurídica do pedido que seja criminoso)
Recebimento da inicial e resposta escrita – art. 396
Não sendo o caso de rejeição liminar da petição inicial o juiz irá receber a denuncia ou queixa-crime e citará o acusadopara apresentar a resposta escrita no prazo de 10 dias, podendo, portanto, alegar preliminarmente oferecer exceções ou ainda apresentar outros argumentos necessários para a sua plena defesa. 
É neste momento que deverá juntar documentos, apresentar o rol de testemunhas e indicar as provas que pretende produzir.
Julgamento antecipado da lide
Trata-se de uma inovação trazida pela lei 11.719/08 que permite ao juiz após o recebimento da resposta escrita julga antecipadamente a lide, absolvendo sumariamente o réu desde que manifesta a causa excludente da ilicitude, da culpabilidade, salvo a imputabilidade ou excludente da punibilidade. 
Audiência de instrução e julgamento art. 399/CPP
O legislador previu duas vezes o recebimento da de nunca, no art. 396 e no art. 399. A jurisprudência vem entendendo que o momento correto para o recebimento da denúncia é do art. 396 uma vez que a citação valida da acusado.
O art. 399, portanto, faz referencia ao mero recebimento físico do processo.
Após o recebimento da denúncia do art. 399 o juiz mandará intimar as partes para a realização da audiência de instrução, interrogativa e julgamento em até 60 dias do recebimento. 
Na audiência a primeira prova a ser produzida é a colheita do depoimento da vítima, quando possível, em segundo assou-se a oitiva das testemunhas de acusação, seguindo a de defesa, após passou-se aos esclarecimentos do perito, podendo ainda haver o recolhimento de custas e pessoas acareações e por fim o interrogatório do acusado. 
Finda a audiência XXXXXXX ter o requerimento e diligencias complementares que tem por finalidade o esclarecimentos de pontos controversos ou produção de outras provas e poder ser determinado de oficio pelo juiz ou requerido pelas partes, cabendo o juiz decidir e não havendo passou-se as alegações finais orais, falando primeiramente o Ministério Público, em 20 minutos prorrogados por mais 10 minutos em seguida a defesa por mesmo tempo se o caso for complexo ou for de grande numero de acusados o juiz poderá determinar que haja os memórias por escrito art. 403.
Por fim, o juiz irá proferir sentença na mesa da audiência ou irpá em tese proferi-la em até 10 dias.

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