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Programa Nacional de Educação

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PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
 NA REFORMA AGRÁRIA
PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
 NA REFORMA AGRÁRIA
MANUAL DE OPERAÇÕES
PRONERA
MINISTÉRIO DO
DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO - MDA
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA
Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária 
PRONERA
MANUAL DE OPERAÇÕES 
Edição Revista e Atualizada
Brasília, abril de 2004
(Aprovado pela Portaria/INCRA/P/Nº 282, de 26 ABRIL de 2004)
Sumário
APRESENTAÇÃO............................................................................................................................11
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................13
1. ANTECEDENTES .......................................................................................................................15
2. PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA
2.1 – Objetivo Geral ...................................................................................................17
2.2 – Objetivos Específicos .......................................................................................17
2.3 – População participante do PRONERA .............................................................17
2.4 – Princípios político-pedagógicos do PRONERA ................................................18
2.5 – Princípio operacional e metodológico do PRONERA .......................................18
3. COMO SE ORGANIZA O PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA
3.1 – GESTÃO NACIONAL
3.1.1 – Direção Executiva ........................................................................................19
3.1.2 – Comissão Pedagógica ......................................................................19
3.2 – GESTÃO ESTADUAL 
 3.2.1 – Operacionalização .......................................................................................20
4. PROJETOS ATENDIDOS PELO PRONERA
4.1 –Das instituições proponentes ............................................................................21
4.2 – Critérios para análise e seleção de projetos ....................................................21
4.3 – Atribuições dos parceiros .................................................................................22
4.3.1 – Movimentos sociais e sindicais de trabalhadores rurais ...................23
4.3.2 – Instituições de ensino .......................................................................24
4.3.3 – Superintendências regionais do INCRA ............................................25
4.3.4 – Sobre a Participação das Secretarias Municipais e Estaduais de 
Educação.......................................................................................................25
5. OS PROJETOS DE EDUCAÇÃO
5.1 – Princípios e pressupostos teórico-metodológicos ............................................27
6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DOS PROJETOS ...........................................................29
7. PROJETOS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:
7.1 - Como devem ser estruturados os projetos de jovens e adultos no ensino 
fundamental................................................................................................................31
7.2 - O processo de qualificação e formação dos educadores/professores e 
coordenadores locais..................................................................................................32
7.3 - Recursos humanos necessários .......................................................................33
7.3.1 - Alfabetização e escolaridade -1º segmento do ensino fundamental....... 33
7.3.2 - Escolaridade - 2º segmento do ensino fundamental ................................34
7.4 – Procedimentos e critérios de seleção dos recursos humanos..........................35
7.5 – Orientações para a apresentação de projetos de educação de jovens e adultos
 – Ensino fundamental 1º e 2º segmentos ........................................................36
8. PROJETOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DE ÁREAS DE 
REFORMA AGRÁRIA
8.1 - Como devem ser estruturados os projetos de formação continuada de 
professores ................................................................................................................39
8.2 – Recursos humanos necessários .......................................................................40
8.3 – Procedimentos e critérios de seleção dos recursos humanos ..........................40
8.4 – Orientações para a apresentação de projetos de formação continuada de 
professores ................................................................................................................41
9. PROJETOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO PARA JOVENS E 
ADULTOS DE ÁREAS DE REFORMA AGRÁRIA
9.1 - Como devem ser estruturados os projetos de formação profissional de nível 
técnico ........................................................................................................................43
9.2 - Recursos humanos necessários ........................................................................44
9.3 - Procedimentos e critérios de seleção dos recursos humanos ..........................44
9.4 - Orientações para a apresentação de projetos de formação profissional de nível 
técnico ........................................................................................................................44
10. PROJETOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL SUPERIOR PARA JOVENS E 
ADULTOS DE ÁREAS DE REFORMA AGRÁRIA
10.1 - Como devem ser estruturados os projetos de formação profissional de nível 
superior .....................................................................................................................47
10.2 - Recursos humanos necessários ..................................................................... 47
10.3 - Procedimentos e critérios de seleção dos recursos humanos ........................48
10.4 - Orientações para a apresentação de projetos de formação profissional de nível 
superior .....................................................................................................................48
ANEXOS......................................................................................................................................49
Anexo I - Orientações para elaboração de projetos de EJA – Alfabetização e Ensino
Fundamental 1º e 2º segmentos ....................................................................................................I
Anexo II - Orientações para elaboração de projetos de formação continuada 
de professores...............................................................................................................................V
Anexo III - Orientações para elaboração de projetos de formação técnico-profissional ..............IX
Anexo IV - Orientações para elaboração de projetos de formação profissional por meio dos
cursos superiores .......................................................................................................................XIII
Anexo V – Demonstrativo de detalhamento das despesas ...................................................XXVII
Anexo VI – Minuta de convênio ...............................................................................................XXVI
Anexo VII – Plano de trabalho ................................................................................................XXXV
Anexo VIII – Modelo de prestação de contas .............................................................................XLI
Anexo IX – Termo de referência para acompanhamento dos projetos .......................................XIL
Anexo X – Orientações para elaboração de relatórios...............................................................LV
Anexo XI – Modelo de Declaração para ordenador de despesas do INCRA ...........................LXXI
Anexo XII – Logomarca do PRONERA ..................................................................................LXXIII
Anexo XIII - Relação dos gestores do PRONERA ................................................................. LXXV
Anexo XIV - Endereço das Superintendências Regionais do INCRA .................................LXXVII
APRESENTAÇÃO
O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária é uma política 
pública de Educação do Campo desenvolvida em áreas de Reforma Agrária, 
executada pelo governo brasileiro. Seu objetivo é fortalecer o mundo rural como 
território de vida em todas as suas dimensões: econômicas, sociais, ambientais, 
políticas, culturais e éticas.
O PRONERA nasceu em 1998 da luta dos movimentos sociais e sindicais 
de trabalhadores rurais pelo direito à educação com qualidade social. Desde então, 
milhares de jovens e adultos, trabalhadoras e trabalhadores das áreas de Reforma 
Agrária têm garantido o direito de alfabetizar-se e de continuar os estudos em 
diferentes níveis de ensino. 
Esta ação significa o empenho do governo brasileiro na promoção da justiça 
social no campo por meio da democratização do acesso à educação na alfabetização 
e escolarização de jovens e adultos, na formação de educadores para as escolas de 
assentamentos e na formação técnico - profissional de nível médio e superior. 
Este governo assume, portanto, por intermédio das ações do PRONERA, o 
compromisso com a educação como meio para viabilizar a implementação de novos 
padrões de relações sociais no trabalho, na organização do território e nas relações 
com a natureza nas áreas de Reforma Agrária.
Enquanto política pública, o PRONERA fundamenta-se na gestão 
participativa e na descentralização das ações das instituições públicas envolvidas 
com a educação. Essas instituições criam por meio dos projetos a oportunidade de 
exercitar e realizar ações com a co-participação dos movimentos sociais e sindicais de 
trabalhadores e trabalhadoras rurais, instituições de pesquisa, governos estaduais e 
municipais, em prol do desenvolvimento sustentável no campo, da construção da 
solidariedade e da justiça social.
Para melhor orientar essas ações, lançamos o Manual de Operações para 
elaboração de projetos de educação na Reforma Agrária, que se destina ao conjunto 
de organizações e entidades sociais dispostas a participar da construção da 
Educação do Campo no nosso país. 
Rolf Hackbart
Presidente do INCRA
11
12
O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA é 
expressão de um compromisso entre Governo Federal, instituições de ensino e os 
movimentos sociais e sindicais de trabalhadores e trabalhadoras rurais, governos 
estaduais e municipais. Seu objetivo é executar políticas de educação em todos os 
níveis nas áreas de Reforma Agrária.
O PRONERA é operacionalizado de forma estratégica, associado ao 
desenvolvimento territorial, para contribuir com a elevação das condições de vida e de 
cidadania de milhares de brasileiros e brasileiras que vivem no campo. Compreende 
que o modo de vida do povo do campo tem especificidades quanto a maneira de se 
relacionar com o tempo, o espaço, o meio-ambiente, de organizar a família, a 
comunidade, o trabalho, a educação e o lazer que lhe permite a criação de uma 
identidade cultural e social própria.
Por essa razão , o PRONERA é o executor das práticas e de reflexões 
teóricas da Educação do Campo, (no âmbito do INCRA(, que tem como fundamento a 
formação humana como condição primordial, e como princípio a possibilidade de 
todos e todas serem protagonistas da sua história. Assim, criarem novas 
possibilidades para descobrir e reinventar, democraticamente, relações solidárias e 
responsáveis no processo de reorganização socioterritorial em que vivem.
Esta edição do Manual de Operações tem por objetivo orientar as 
instituições de ensino e todos os parceiros a elaborar projetos cada vez mais 
consistentes com uma política pública de Educação do Campo para jovens e adultos 
das áreas de Reforma Agrária.
É imprescindível na elaboração dos projetos uma leitura atenta de todos os 
itens deste Manual. Esclarecimentos adicionais podem ser obtidos nas 
Superintendências Regionais do INCRA em cada estado e na Direção Executiva do 
PRONERA em Brasília.
PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA - PRONERA
Diretoria Executiva
SBN, Ed. Palácio do Desenvolvimento, 14º andar, sala 1424
CEP.: 70.057-900 - Brasília/DF
Fones: 0XX61 3411-7276/7278/7392/7698
Fax: 0XX61 3328-7481
e-mail: pronera@incra.gov.br
Home page: www.pronera.gov.br
INTRODUÇÃO
13
14
1. ANTECEDENTES
Em julho de 1997, foi realizado o I Encontro Nacional das Educadoras e 
Educadores da Reforma Agrária - ENERA, resultado de uma parceria entre o Grupo de 
Trabalho de Apoio à Reforma Agrária da Universidade de Brasília - GT-RA/UnB, o Movimento 
dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra - MST, representado pelo seu Setor de Educação, e o 
Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF, Unesco e CNBB.
Estiveram presentes no ENERA professores de mais de vinte universidades 
brasileiras que vinham desenvolvendo atividades na área de educação nos projetos 
de assentamento da Reforma Agrária. Essas atividades cobriam diferentes frentes de 
atuação: educação de jovens e adultos, ensino fundamental, formação e capacitação 
técnica dos trabalhadores rurais, entre outras. Resultavam, na maior parte, de uma 
parceria informal entre esses professores e movimentos sociais, principalmente o 
MST. 
Os participantes concluíram ser necessária uma articulação entre os 
trabalhos em desenvolvimento, bem como sua multiplicação, dada a grande 
demanda dos movimentos sociais por educação no meio rural e a situação deficitária 
da oferta educacional no campo, agravada pela ausência de uma política pública 
específica no Plano Nacional de Educação. 
Em dois de outubro do mesmo ano, representantes de universidades - 
Universidade de Brasília - UnB, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, 
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, Universidade Regional do 
Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUI, Universidade Federal de Sergipe 
- UFS e Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho - UNESP — reuniram-se na 
UnB para discutir a participação das instituições de ensino superior no processo 
educacional nos assentamentos. Examinadas as possíveis linhas de ação, decidiu-se 
dar prioridade à questão do analfabetismo de jovens e adultos, sem ser excluído o 
apoio a outras alternativas. As razões para essa opção foram:
o alto índice de analfabetismo e os baixos níveis de escolarização entre os 
beneficiários do Programa de Reforma Agrária;
a preferência do Ministério da Educação pela política de reforço do ensino 
regular;
tendência verificada entre os dirigentes municipais de considerar os 
assentamentos áreas federais e, portanto, fora do âmbito de sua atuação. 
Ao fim do encontro, foi eleito um grupo para coordenar a produção do 
processo de construção de um projeto educacional das instituições de ensino superior 
nos assentamentos. Foi elaborado um documento apresentado no III Fórum do 
Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, nos dias 6 e 7 de novembro de 
1997. As universidades participantes do Fórum aprovaram a proposta que visava 
tornar a educação no meio rural a terceira fase da parceria existente entre o então 
Ministério Extraordinário da Política Fundiária, o INCRA e o CRUB.
Em 16 de abril de1998, por meio da Portaria Nº. 10/98, o Ministério 
Extraordinário de Política Fundiária criou o Programa Nacional de Educação na 
Reforma Agrária – PRONERA, vinculando ao Gabinete do Ministro e aprovou o seu 
Manual de Operações.
15
No ano de 2001, o Programa é incorporado ao INCRA. É editada a 
Portaria/INCRA/nº 837, aprovando a edição de um novo Manual de Operações.
Em 2004, frente à necessidade de adequar o PRONERA as diretrizes 
políticas do atual Governo, que prioriza a educação em todos os níveis como um 
direito social de todos, foi elaborado este Manual de Operações, aprovado pela 
Portaria/INCRA/Nº 282 de 16/4/2004.
16
2. O PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO NA
REFORMA AGRÁRIA - PRONERA 
O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA - é 
uma política pública de educação envolvendo trabalhadores(as) das áreas de 
Reforma Agrária. O PRONERA é um programa articulador de vários ministérios; de 
diferentes esferas de governo; de instituições e movimentos sociais e sindicais de 
trabalhadores (as) rurais para qualificação educacional dos assentados da Reforma 
Agrária. 
2.1 – Objetivo geral:
Fortalecer a educação nas áreas de Reforma Agrária estimulando, 
propondo, criando, desenvolvendo e coordenando projetos educacionais, utilizando 
metodologias voltadas para a especificidade do campo, tendo em vista contribuir para 
a promoção do desenvolvimento sustentável.
2.2 – Objetivos específicos:
¨ garantir a alfabetização e educação fundamental de jovens e adultos 
acampados(as) e/ou assentados(as) nas áreas de Reforma Agrária;
¨ garantir a escolaridade e a formação de educadores(as) para atuar na 
promoção da educação nas áreas de Reforma Agrária;
¨ garantir formação continuada e escolaridade média e superior aos 
educadores (as) de jovens e adultos - EJA - e do ensino fundamental e médio nas 
áreas de Reforma Agrária;
¨ garantir aos assentados (as) escolaridade/formação profissional, 
técnico-profissional de nível médio e curso superior em diversas áreas do 
conhecimento;
¨ organizar, produzir e editar os materiais didático-pedagógicos 
necessários à execução do programa;
¨ promover e realizar encontros, seminários, estudos e pesquisas em 
âmbito regional, nacional e internacional que fortaleçam a Educação do Campo.
2.3 – População participante do PRONERA:
O PRONERA tem como população participante jovens e adultos dos 
projetos de assentamento criados pelo INCRA ou por órgãos estaduais de terras, 
desde que haja parceria formal entre o INCRA e esses órgãos.
No caso da Educação de Jovens e Adultos - EJA nas modalidades de 
alfabetização e escolaridade/ensino fundamental, também podem participar 
todos(as) os (as) trabalhadores(as) acampados(as) e cadastrados pelo INCRA. Para 
atender à demanda da EJA nos acampamentos, os projetos devem garantir a 
formação e a capacitação dos (as) educadores(as).
17
2.4 – Princípios político-pedagógicos do PRONERA:
Os princípios político-pedagógicos do PRONERA baseiam-se na relação 
indissociável da educação e do desenvolvimento territorial como condição essencial 
para a qualificação do modo de vida da população assentada. Neste sentido, 
apresentamos quatro princípios básicos:
Inclusão: a indicação das demandas educativas, a forma de participação e 
gestão, os fundamentos teórico-metodológicos dos projetos devem 
ampliar as condições do acesso à educação como um direito social 
fundamental na construção da cidadania dos jovens e adultos que 
vivem nas áreas de Reforma Agrária. 
Participação: a indicação das demandas educativas é feita pelas comunidades 
das áreas de Reforma Agrária e suas organizações, que em conjunto 
com os demais parceiros, decidirão sobre a elaboração, execução e 
acompanhamento dos projetos.
Interação: as ações são desenvolvidas por meio de parcerias entre os órgãos 
governamentais, instituições públicas de ensino e instituições 
comunitárias de ensino sem fins lucrativos, movimentos sociais e 
sindicais de trabalhadores e trabalhadoras rurais e as comunidades 
assentadas, no intuito de estabelecer uma interação permanente entre 
esses sujeitos sociais pela via da educação continuada e da 
profissionalização no campo;
Multiplicação: a educação dos assentados(as) visa a ampliação não só do 
número de pessoas alfabetizadas e formadas em diferentes níveis de 
ensino, mas também do número de educadores e educadoras, de 
técnicos e técnicas /agentes mobilizadores e mobilizadoras nas áreas 
de Reforma Agrária.
2.5 – Princípio operacional e metodológico do PRONERA:
A parceria é a condição para a realização das ações do PRONERA. 
Os principais parceiros são os movimentos sociais e sindicais de 
trabalhadores e trabalhadoras rurais, o INCRA, as instituições públicas de ensino, as 
instituições comunitárias de ensino sem fins lucrativo e os governos municipais e 
estaduais.
Na parceria, o PRONERA se desenvolve por meio de uma gestão 
participativa, cujas responsabilidades são assumidas por todos(as) em uma 
construção coletiva na elaboração dos projetos, no acompanhamento e na 
avaliação.
18
3. COMO SE ORGANIZA O PROGRAMA NACIONAL
DE EDUCAÇÃO NA REFORMA AGRÁRIA
3.1 – GESTÃO NACIONAL:
A gestão nacional é exercida pela Direção Executiva e pela Comissão 
Pedagógica Nacional.
3.1.1 – Direção Executiva
A Direção Executiva é responsável pela administração e gestão do 
Programa. É composta pelo seu Diretor(a) Executivo(a) e servidoras/servidores do 
INCRA designados para tais fins.
A Direção Executiva tem as seguintes atribuições:
¨ elaborar as programações operacionais;
¨ definir sobre a gestão política, financeiro-administrativa e pedagógica 
do Programa;
¨ planejar, implementar, acompanhar e avaliar os projetos custeados 
pelo Programa;
¨ supervisionar as atividades gerenciais nas áreas financeira, técnica e 
de apoio administrativo;
¨ integrar os parceiros, as áreas administrativas e pedagógicas do 
Programa;
¨garantir a articulação das ações do Programa com o conjunto das 
políticas de educação; 
¨ mobilizar e articular o Programa junto aos diferentes ministérios e 
poderes públicos;
¨ apoiar e orientar os colegiados executivos estaduais;
¨ acompanhar e avaliar as ações do Programa nos estados e regiões.
A Direção Executiva é coordenada por uma pessoa nomeada para tal fim e 
operacionalizada pelos seus membros. Está sediada no Instituto Nacional de 
Colonização e Reforma Agrária em Brasília. 
3.1.2 – Comissão Pedagógica Nacional
A Comissão Pedagógica Nacional é a instância responsável pela orientação 
e definição das ações político-pedagógicas do Programa.
A Comissão Pedagógica tem as seguintes atribuições: 
¨ coordenar as atividades didático-pedagógicas do Programa;
¨ definir os indicadores de desempenho e instrumentos de avaliação;
¨ identificar, discutir, desenvolver, divulgar e avaliar as metodologias e 
instrumentos pedagógicos pertinentes aos pressupostos teórico-metodológicos do 
Programa;
¨ apoiar e orientar os colegiados executivos estaduais;
¨ emitir parecer técnico sobre propostas de trabalho e/ou projetos; 
¨ mobilizar e articular o Programa junto aos diferentes ministérios e 
poderes públicos;
19
¨ acompanhar e avaliar as ações do Programa nos estados e nas 
regiões.
A Comissão Pedagógica é composta por doze membros e coordenada 
pelo(a) Diretor(a) Executivo(a):
¨ três representantes da Coordenação Nacional;
¨ cinco representantes das universidades das cinco regiões do país;
¨ dois representantes dos movimentos sociais e sindicais de 
trabalhadores e trabalhadoras rurais;
¨ um representante do Ministério da Educação;
¨ um representante do Ministério do Trabalho e Emprego.
A CoordenaçãoNacional pode convidar outros profissionais especialistas 
para colaborar com os trabalhos da Comissão Pedagógica.
3.2 – GESTÃO ESTADUAL:
3.2.1 Operacionalização
O PRONERA nos Estados é operacionalizado por um Colegiado 
Executivo Estadual com as seguintes atribuições:
¨ divulga, coordena, articula, implementa, acompanha e avalia o 
Programa;
¨ mobiliza, dinamiza e orienta as atividades de alfabetização, 
escolarização em nível fundamental e médio, formação técnico-profissional de nível 
médio e de nível superior junto às instituições de ensino públicas e/ou comunitárias 
sem fins lucrativos;
¨ promove parcerias entre governo do estado, municípios, movimentos 
sociais e sindicais de trabalhadores e trabalhadoras rurais e instituições de ensino 
públicas e/ou comunitárias sem fins lucrativos; 
¨ avalia as atividades pedagógicas desenvolvidas no seu estado.
O Colegiado Executivo Estadual é composto por representantes:
¨ da Superintendência Regional do INCRA; 
¨ das instituições públicas e comunitárias de ensino parceiras do 
Programa;
¨ dos movimentos sociais e sindicais de trabalhadores e trabalhadoras 
rurais envolvidos diretamente em algum projeto do Programa;
¨ do governo do estado e de governos municipais.
O Colegiado Executivo é coordenado e operacionalizado por um(a) 
representante indicado(a) pela Superintendência Regional do INCRA.
20
4. PROJETOS ATENDIDOS PELO PRONERA
Em conformidade com os seus objetivos, o PRONERA atende os seguintes 
projetos:
- alfabetização e escolarização de jovens e adultos no ensino 
fundamental e capacitação e escolaridade de educadores (as) para o ensino 
fundamental em áreas da Reforma Agrária;
- formação continuada e escolaridade de professores(as) de áreas da 
Reforma Agrária (nível médio na modalidade normal ou em nível superior por meio 
das licenciaturas);
- formação profissional conjugada com a escolaridade em nível médio por 
meio de cursos de educação profissional de nível técnico ou superior (de âmbito 
estadual, regional ou nacional) em diferentes áreas do conhecimento voltados para 
a promoção do desenvolvimento sustentável no campo.
4.1 – Das instituições proponentes:
Para apresentar projetos, as instituições de ensino e/ou órgãos 
governamentais devem:
¨ ser públicas ou comunitárias sem fins lucrativos; 
¨ ministrar cursos de ensino fundamental ou médio, ou educação 
profissional de nível técnico e/ou superior;
¨ estar habilitada para a certificação necessária e/ou responsabilizar-se 
por ela;
¨ dispor de corpo docente com qualificação específica.
Observação: para os cursos de licenciatura ou bacharelado em Educação, 
cursos superiores em áreas de interesse dos movimentos sociais e sindicais de 
trabalhadores e trabalhadoras rurais reconhecidos pelo Ministério da Educação, 
somente serão aceitos os projetos cujos executores sejam universidades públicas ou 
comunitárias sem fins lucrativos.
4.2 – Critérios para análise e seleção de projetos:
Os projetos, para serem aprovados quanto ao mérito, devem atender as 
orientações gerais e as orientações específicas para a elaboração de Projetos do 
PRONERA, e ainda as seguintes condições:
¨ devem ser elaborados coletivamente pelas instituições públicas 
federais, estaduais ou municipais de ensino, ou instituições comunitárias sem fins 
lucrativos que trabalhem com o ensino fundamental, médio, profissional, técnico e 
superior, em articulação com as superintendências regionais do INCRA, e os 
movimentos sociais e sindicais de trabalhadores e trabalhadoras rurais a serem 
atendidos;
21
¨ as instituições de ensino devem comprovar a disponibilidade de 
professores, alunos e demais especialistas e sua intenção de participar no 
desenvolvimento do projeto, observando o disposto no inciso XVI, do artigo 37 da 
Constituição Federal;
¨ compromisso formal das instituições e entidades parceiras de 
respeitar a estrutura administrativa e os pressupostos teórico-metodológicos do 
PRONERA;
¨ o projeto deve vir assinado pelos movimentos sociais e sindicais 
parceiros; 
¨ deve estar em consonância com as legislações de ensino vigentes no 
país e nos estados, bem como conter todas as informações apontadas nas 
diretrizes para a elaboração de projetos do PRONERA;
¨ as propostas curriculares da educação básica dos projetos devem 
estar em consonância com a legislação nacional da educação e, em especial, com 
as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica das Escolas do Campo quando 
se tratar dos cursos de educação básica e de formação de educadores(as) para a 
educação básica e técnico profissional.
As instituições de ensino deverão encaminhar o projeto em duas vias: 
oficialmente à Superintendência Regional do INCRA que o submeterá à análise do(a) 
gestor(a) do PRONERA na Superintendência. O(A) gestor(a) observará se estão 
contempladas as orientações deste Manual, a legislação federal que rege a 
celebração de convênio e a alocação de recursos. Após análise, as duas vias do 
projeto deverão ser encaminhadas a à Coordenação Nacional do PRONERA para 
análise e apreciação.
As propostas consideradas satisfatórias pela Direção Executiva, serão 
encaminhadas à Comissão Pedagógica Nacional que as analisará quanto ao 
conteúdo e à metodologia.
Os projetos aprovados serão implementados conforme disponibilidade 
orçamentária, mediante convênio a ser firmado entre a Superintendência Regional 
do INCRA e a instituição proponente.
Os projetos reprovados serão encaminhados à Superintendência Regional 
do INCRA e os que não atenderem a algum requisito serão devolvidos à instituição 
proponente para reformulação.
4.3 – Atribuições dos parceiros:
As atribuições dos parceiros se distribuem da seguinte forma:
4.3.1 – Movimentos sociais e sindicais de trabalhadores e 
trabalhadoras rurais
¨ mobilizar jovens e adultos moradores das áreas de Reforma Agrária 
para a identificação das demandas; 
22
¨ identificar, em conjunto com os demais parceiros, as áreas de Reforma 
Agrária que participarão dos projetos;
¨ participar da elaboração e do acompanhamento durante a execução 
dos projetos educacionais;
¨ buscar, em conjunto com as instituições públicas de ensino, governos 
estaduais e municipais e o INCRA, a infra-estrutura necessária ao funcionamento do 
Programa nas áreas de Reforma Agrária;
¨ acompanhar, em conjunto com os demais parceiros, todo o processo 
pedagógico desenvolvido pelos(as) educadores(as) e coordenadores(as) locais 
quanto à adequação curricular, metodologias, formas de participação, entre outros;
¨ participar da seleção e capacitação dos(as) educadores(as) das 
áreas de Reforma Agrária;
¨ discutir, acompanhar e avaliar em conjunto com os demais parceiros a 
aplicação dos recursos e execução do Plano de Trabalho e do Projeto.
4.3.2 – Instituições de ensino: 
¨ identificar, em conjunto com os demais parceiros, as áreas de 
Reforma Agrária que participarão do projeto;
¨ quantificar e qualificar a demanda educacional nas áreas de Reforma 
Agrária;
¨ elaborar e executar os projetos educacionais com a participação dos 
parceiros; 
¨ selecionar, capacitar e habilitar os(as) educadores (as) e 
coordenadores(as) locais a utilizar pedagogias e metodologias adequadas às 
diretrizes do Programa; 
¨ identificar, em conjunto com os demais parceiros, as áreas de 
Reforma Agrária que participarão dos projetos;
¨ participar da elaboração e do acompanhamento durante a execução 
dos projetos educacionais;
¨ buscar, em conjunto com as instituições públicas de ensino, governos 
estaduais e municipais e o INCRA, a infra-estrutura necessária ao funcionamento do 
Programa nas áreas de Reforma Agrária;
¨ acompanhar, em conjunto com osdemais parceiros, todo o processo 
pedagógico desenvolvido pelos(as) educadores(as) e coordenadores(as) locais 
quanto à adequação curricular, metodologias, formas de participação, entre outros;
¨ participar da seleção e capacitação dos(as) educadores(as) das 
áreas de Reforma Agrária;
¨ discutir, acompanhar e avaliar em conjunto com os demais parceiros a 
aplicação dos recursos e execução do Plano de Trabalho e do Projeto.
4.3.2 – Instituições de ensino: 
¨ identificar, em conjunto com os demais parceiros, as áreas de 
Reforma Agrária que participarão do projeto;
¨ quantificar e qualificar a demanda educacional nas áreas de Reforma 
Agrária;
¨ elaborar e executar os projetos educacionais com a participação dos 
parceiros; 
¨ selecionar, capacitar e habilitar os(as) educadores (as) e 
coordenadores(as) locais a utilizar pedagogias e metodologias adequadas às 
diretrizes do Programa; 
23
acompanhar o desempenho dos alunos mediante proposição de 
novas estratégias quando necessárias;
¨ acompanhar em conjunto com os demais parceiros, todo o processo 
pedagógico desenvolvido pelos(as) educadores(as) e coordenadores(as) locais 
quanto à adequação do currículo, metodologias, avaliação, entre outros;
¨ organizar o quadro docente responsável; 
¨ estabelecer parcerias necessárias à execução do projeto;
¨ discutir, acompanhar e avaliar em conjunto com os demais parceiros a 
aplicação dos recursos e execução do plano de trabalho e do projeto;
¨ articular, em conjunto com os demais parceiros, a participação de 
outras instituições públicas de ensino, das secretarias estaduais e municipais de 
educação;
¨ buscar, em conjunto com os demais parceiros, os governos estaduais 
e municipais e o INCRA, a infra-estrutura necessária ao funcionamento do 
Programa nas áreas de Reforma Agrária.
Os projetos desenvolvidos no âmbito do PRONERA deverão ser 
coordenados por um(a) professor(a) da instituição de ensino que se responsabilizará 
pela formulação, implementação, acompanhamento e controle técnico-operacional 
do projeto, obedecendo ao plano de trabalho. O(A) coordenador(a) deverá ainda 
responsabilizar-se pela elaboração e apresentação de relatórios técnicos parciais e 
do relatório final exigidos pelo Programa e pela legislação em vigor. 
4.3.3 – Superintendências Regionais do INCRA:
¨ divulgar, articular, implantar, implementar e acompanhar o PRONERA 
no âmbito da Superintendência;
¨ identificar, em conjunto com os demais parceiros, as áreas de 
Reforma Agrária que participarão dos projetos;
¨ quantificar, em conjunto com os demais parceiros, a demanda 
educacional nas áreas de Reforma Agrária e, quando for o caso, dos 
acampamentos;
¨ articular, em conjunto com os demais parceiros, a participação de 
outras instituições públicas de ensino das secretarias estaduais e municipais de 
educação;
¨ buscar, em conjunto com os demais parceiros, os governos estaduais 
e municipais e os movimentos sociais e sindicais de trabalhadores e trabalhadoras 
rurais, a infra-estrutura necessária ao funcionamento do Programa nas áreas de 
Reforma Agrária;
¨ acompanhar e avaliar, em conjunto com os demais parceiros, a 
aplicação dos recursos e execução do plano de trabalho e do projeto;
¨ articular a participação das secretarias municipais e estaduais de 
educação, agricultura, saúde, meio-ambiente e outras entidades, para assegurar a 
implantação e implementação dos projetos, bem como a sua continuidade.
24
4.3.4. Sobre a participação das Secretarias Municipais e Estaduais de 
Educação:
Entre os parceiros que podem propor o desenvolvimento das ações 
educativas, o Programa destaca a participação dos governos estaduais e municipais. 
Eles poderão participar diretamente quando propuserem ações educacionais 
específicas com os movimentos sociais e sindicais e outras instituições formadoras 
de ensino superior ou indiretamente das ações do Programa visto que, é também de 
sua responsabilidade e competência a garantia do acesso à educação básica com 
qualidade social.
Os governos poderão participar de forma articulada com as diferentes 
secretarias de estado ou secretarias municipais. Entre elas, o PRONERA prioriza a 
participação das secretarias estaduais e municipais de educação. Estas podem: 
¨ identificar, em conjunto com os demais parceiros, as áreas de 
Reforma Agrária que participarão dos projetos;
¨ contribuir para a implantação e execução dos projetos no âmbito 
estadual ou municipal;
¨ criar estratégias para a continuidade da escolaridade dos jovens e 
adultos participantes do PRONERA;
¨ garantir a infra-estrutura necessária ao funcionamento do 
Programa nas áreas de Reforma Agrária;
¨ garantir diretamente ou por meio de parcerias a certificação 
dos(as) estudantes das áreas de Reforma Agrária;
¨ acompanhar e avaliar, em conjunto com os demais parceiros, a 
aplicação dos recursos e execução do plano de trabalho e do projeto;
¨ articular a participação das demais secretarias municipais e 
estaduais: agricultura, saúde, meio-ambiente e outras entidades, para assegurar a 
implantação e implementação dos projetos, bem como sua continuidade.
25
26
5. OS PROJETOS DE EDUCAÇÃO
5.1- Princípios e pressupostos teórico-metodológicos: 
Os princípios e pressupostos presentes nas propostas pedagógicas do 
PRONERA, em todos os níveis de ensino, devem ter por base a diversidade cultural, 
os processos de interação e transformação do campo, a gestão democrática, o 
acesso ao avanço científico e tecnológico voltados para o desenvolvimento das áreas 
de Reforma Agrária.
São princípios orientadores destas práticas:
Princípio do Diálogo: é preciso garantir uma dinâmica de aprendizagem-
ensino que assegure o respeito à cultura do grupo, a valorização dos diferentes 
saberes e a produção coletiva do conhecimento.
Princípio da Práxis: é preciso construir um processo educativo que tenha 
por base o movimento ação-reflexão-ação e a perspectiva de transformação da 
realidade; uma dinâmica de aprendizagem-ensino que ao mesmo tempo valorize e 
provoque o envolvimento dos educandos/educandas em ações sociais concretas, e 
ajude na interpretação crítica e no aprofundamento teórico necessário a uma atuação 
transformadora.
Princípio da Transdisciplinaridade: é preciso construir um processo 
educativo que contribua para a articulação de todos os conteúdos e saberes locais, 
regionais e globais garantindo livre trânsito entre um campo de saber e outro. É 
importante que nas práticas educativas os sujeitos identifiquem as suas necessidades 
e potencialidades e busquem estabelecer relações que contemplem a diversidade do 
campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos, econômicos, de 
gênero, geração e etnia.
Para que esses princípios sejam atendidos, deve-se fazer uso de 
instrumentos didático-pedagógicos de uma educação problematizadora, dialógica e 
participativa. Isto significa pensar um processo de aprendizagem-ensino que 
comporte três etapas básicas:
¨ investigação dos grandes temas geradores que mobilizem a 
comunidade ou o grupo e que podem ser transformados também em eixos 
temáticos estruturadores do currículo;
¨ contextualização crítica dos temas geradores identificados 
privilegiando uma abordagem histórica, relacional e problematizadora da realidade;
¨ processos de aprendizagem-ensino que se vinculem a ações 
concretas de superação das situações-limite do grupo.
27
28
6. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO 
DE PROJETOS
O acompanhamento e a avaliação dos projetos do PRONERA serão 
realizados mediante uma metodologia específica conforme o “Termo de Referência 
para o Acompanhamento de Projetos” - Anexo IX. Ocorrerá também por meio doexame de relatórios parciais, relatório final de atividades do projeto e reuniões locais 
por parte dos parceiros do projeto. Os relatórios deverão seguir a “Orientação para 
Apresentação de Relatórios” Formulário 1 e 2, Anexo X.
29
30
7. PROJETOS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E 
ADULTOS: ALFABETIZAÇÃO E ENSINO FUNDAMENTAL
A Educação de Jovens e Adultos - EJA das Áreas de Reforma Agrária é 
uma política de universalização da educação escolar com qualidade social para todos 
os sujeitos. Dar-se-á por meio da alfabetização e da continuidade dos estudos 
escolares no ensino fundamental na modalidade supletiva (1º e 2º segmentos). Os 
projetos devem conter três ações básicas:
¨ alfabetizar e escolarizar jovens e adultos nos dois segmentos do 
ensino fundamental;
¨ capacitar pedagogicamente e escolarizar educadores/educadoras no 
ensino fundamental para que venham a atuar como agentes multiplicadores(as) nas 
áreas de Reforma Agrária;
¨ formar e escolarizar os coordenadores/coordenadoras locais para 
atuarem como agentes sociais multiplicadores e organizadores de atividades 
educativas comunitárias. 
Nos casos em que a instituição de ensino e os parceiros constatarem, por 
meio de comprovação, a existência nas áreas de Reforma Agrária de educadores(as) 
formados(as) em nível médio na modalidade normal ou em nível superior, ficarão 
estas instituições responsáveis por apresentar nos seus projetos propostas de 
capacitação em serviço.
7.1 – Como devem ser estruturados os projetos de Educação de 
Jovens e Adultos no Ensino Fundamental
ALFABETIZAÇÃO:
A alfabetização é a primeira fase do processo de escolaridade dos jovens e 
adultos das áreas de Reforma Agrária e deverá compreender, no mínimo 400 horas 
presenciais durante um período de 12 meses. 
EXCEPCIONALIDADE:
Em virtude das características físicas e geográficas da região norte, os 
projetos poderão apresentar o período máximo de 15 meses para a alfabetização e 
de 30 meses para escolaridade. Neste caso, enquanto há interrupção das aulas no 
período das chuvas (três meses), os(as) educadores(as) permanecerão 
participando dos encontros de formação e escolaridade, realizando estudos e 
pesquisas para melhorar a sua atuação profissional no campo.
ESCOLARIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL
1º segmento:
Compreende a escolaridade dos jovens e adultos trabalhadores e 
trabalhadoras das áreas de Reforma Agrária, maiores de 15 anos. Os (As) estudantes 
que participarem do Programa com êxito, concluirão em 24 meses de execução do 
projeto o primeiro segmento do ensino fundamental .
A carga horária para esse segmento é de 1600 horas, sendo 800 horas por 
ano, respeitando a legislação e a carga horária definidas pelos Conselhos Estaduais e 
Municipais de Educação para a Educação de Jovens e Adultos.
31
2º segmento:
A escolaridade dos jovens e adultos trabalhadores e trabalhadoras das 
áreas de Reforma Agrária no 2º segmento deverá ser realizada durante os 24 meses 
de execução do projeto, sendo 800 horas/ano. Deverão ser totalizadas 1600 horas de 
ensino, respeitando a legislação e a carga horária definidas pelos Conselhos 
Estaduais e Municipais de Educação para a Educação de Jovens e Adultos. O 2° 
Segmento pode ser desenvolvido prioritariamente nos assentamentos ou 
acampamentos, podendo ser complementados nos centros de formação por meio de 
encontros, cursos e oficinas. 
Destas 1600 horas, poderão ser utilizadas 480 horas, o que corresponde a 
30% da carga-horária total, em atividades de estudos e pesquisas a serem realizadas 
pelos alunos(as) em sua comunidade ou em um espaço destinado à intervenção 
prática ou à reflexão teórica-prática dos(as) educandos(as). Estes(as) serão 
orientados e acompanhados por professores(as) e coordenadores(as) locais, 
especialistas ou alunos(as) universitários. Ao final dos 24 meses, esses(as) 
educandos(as) deverão estar aptos a continuar seus estudos em cursos de nível 
médio.
A formação dos coordenadores(as) locais será real izada 
concomitantemente ao trabalho de escolaridade dos educandos(as) e visa preparar 
lideranças comunitárias capazes de atuar como agentes sociais multiplicadores e 
organizadores de atividades educativas comunitárias.
A conclusão do ensino fundamental ficará submetida ao cumprimento da 
carga-horária e das disciplinas específicas conforme prevêem a legislação federal e 
estadual de ensino.
Nos projetos do PRONERA, o ano letivo não precisa ser o mesmo do ano 
civil. O calendário escolar deve ser flexível salvaguardando nos diversos espaços 
pedagógicos e tempos de aprendizagem os princípios da política de igualdade, 
conforme prevê o art 7º da Resolução CNE/CEB nº1, de 3.4.2002, e o art. 28 da LDB. 
7.2 – O processo de formação dos(as) educadores(as)/professores(as) 
e coordenadores(as) locais:
Os educadores(as) e coordenadores(as) locais devem participar de 
processo de formação compreendendo:
¨ capacitação pedagógica para a educação de jovens e adultos 
(alfabetização e escolaridade);
¨ escolaridade no ensino fundamental para os educadores(as) que 
ainda não tem o título de professor para ministrar aulas na alfabetização. Esta 
deverá ser conjugada com a capacitação pedagógica.
A escolaridade/capacitação dos educadores(as) a ser realizada ao longo 
dos 24 meses de execução do projeto deve totalizar 1800 horas de ensino 
presencial desenvolvidas nos centros de formação por meio de encontros, cursos e 
oficinas. Dessas 1800 horas, podem ser utilizadas 540 horas, o que corresponde a 
30% da carga-horária total, em atividades de estudos e pesquisas a serem 
realizadas pelos alunos(as) em sua comunidade, em um espaço destinado à 
intervenção prática ou à reflexão teórico-prática dos(as) educandos(as) orientados 
e acompanhados por professores(as) e coordenadores(as) locais, especialistas ou 
32
A formação dos coordenadores(as) locais será realizada 
concomitantemente aos cursos de formação e capacitação dos 
educadores(as)/professores(as) e visa preparar lideranças comunitárias capazes 
de atuar como agentes sociais multiplicadores e organizadores de atividades 
educativas comunitárias.
Esclarecimento: Está incluída no total de 1800 horas, 200 horas de 
capacitação pedagógica pois, segundo a legislação em vigor, a conclusão do 2º 
segmento do ensino fundamental requer em média um total de 1.600 horas. 
O desenvolvimento anual será da seguinte forma:
1º ano: 800 horas de estudos das disciplinas específicas do ensino 
fundamental e 100 horas de capacitação pedagógica;
2º ano: 800 horas de estudos das disciplinas específicas do ensino 
fundamental e 100 horas de capacitação pedagógica;
Total: 1600 horas de Ensino Fundamental mais 200 horas de capacitação.
A conclusão do Ensino Fundamental dos educadores(as)/professores(as) 
ficará submetida ao cumprimento da carga-horária e das disciplinas específicas 
conforme prevê a legislação federal e estadual de ensino.
7.3 – Recursos humanos necessários
7.3.1. Alfabetização/escolaridade - 1º segmento do ensino 
fundamental:
A fim de viabilizar a meta de alfabetização/escolaridade e dos 
procedimentos operacionais do projeto, bem como permitir que sejam acompanhados 
de forma eficiente e com efeito multiplicador, estão previstos os seguintes critérios por 
região: 
Regiões: Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste, Sul :
A meta máxima a ser apresentada por projeto é de 2.400 educandos e o 
mínimo é de 240 educandos. O programa tomará como referência uma média de 
1.200 educandos por projeto para estabelecer a base de cálculo.
¨ A cada 1.200 educandos ou 60 turmas com 20 alunos cada será 
constituída uma equipe com:
um
¨ Em caso de ser um projeto para 2.400 alunos(as), deverá ser 
respeitadoo número de um(a) coordenador(a) para cada 1.200 alunos(as).
5 alunos(as) universitários(as) que acompanharão 240 alunos(as) e 
doze turmas;
5 coordenadores(as) locais que acompanharão 240 alunos(as) e 
doze turmas;
60 educadores(as)/professores(as).
 coordenador-geral professor(a) da instituição proponente 
33
¨ No caso dos projetos que contemplem o mínimo de 240 
alfabetizandos significa em termos de equipe:
Um coordenador-geral professor(a) da instituição proponente
2 alunos(as) universitários(as) que acompanharão 240 alunos(as) e 
doze turmas;
2 coordenadores(as) locais que acompanharão 240 alunos(as) e doze 
turmas;
12 educadores(as)/professores(as).
Os projetos poderão apresentar necessidade de participação de outros 
profissionais para exercer coordenações, desde que os valores pagos não sejam 
excessivos e venham prejudicar as demais despesas do projeto. 
Região Norte:
Em 2003 e 2004, os diversos encontros de avaliação e acompanhamento 
dos projetos da região Norte realizados pelo PRONERA apontaram para a 
necessidade de um tratamento diferenciado na distribuição da equipe pedagógica. 
Entre os problemas, os de maiores destaque foram a grande distância entre os 
assentamentos e as instituições que coordenam os projetos; o grande período de 
chuvas na região que inviabilizam a passagem e as precárias condições de acesso às 
áreas de Reforma Agrária.
Por estas razões, a região Norte participará do PRONERA na seguinte 
condição:
A meta máxima a ser apresentada por projeto é de 2.400 alunos e a mínima 
é de 240 educandos. O programa tomará como referência uma média de 1.200 alunos 
por instituição para estabelecer a base de cálculo.
¨ A cada 1.200 educandos ou 60 turmas com 20 alunos cada será 
constituída uma equipe com:
um coordenador-geral professor(a) da instituição proponente. 
Em caso de ser um projeto para 2.400 alunos(as) deverá ser respeitado 
o número de um(a) coordenador(a) para cada 1.200 alunos(as).
8 alunos(as) universitários(as) que acompanharão 150 alunos(as) e 
sete ou oito turmas;
8 coordenadores(as) locais que acompanharão 150 alunos(as) e sete 
ou oito turmas;
60 educadores(as)/professores(as).
¨ No caso dos projetos que contemplem o mínimo de 240 
alfabetizandos, significa em termos da equipe:
um coordenador-geral professor(a) da instituição proponente;
2 alunos(as) universitários(as) que acompanharão 120 alunos(as) e 
seis turmas;
2 coordenadores(as) locais que acompanharão 120 alunos(as) e seis 
turmas;
12 educadores(as)/professores(as).
Os projetos poderão apresentar necessidade de participação de outros 
profissionais para exercer coordenações, desde que os valores pagos não sejam 
excessivos e venham prejudicar as demais despesas do projeto. 
7.3.2. Escolaridade - 2º segmento do Ensino Fundamental:
A meta máxima a ser apresentada por projeto é de 2.400 alunos e o mínimo 
é de 120 alunos. O programa tomará como referência uma média de 1.200 alunos por 
projeto para estabelecer a base de cálculo. 
34
Estima-se que para este segmento as turmas tenham uma média de 40 
alunos. Essas turmas poderão funcionar nos próprios acampamentos ou 
assentamentos, em centros de formação ou escolas das redes estadual ou municipal, 
sedes de institutos, fundações ou organizações sociais que disponham de condições 
físicas e de fácil acesso para os educandos.
A forma de distribuição das turmas pode ocorrer por pólos, por município, 
por áreas de Reforma Agrária que agregam muitos assentamentos. No caso dos 
professores, estes devem ter tempo disponível para permanecer nos 
assentamentos/acampamentos ou para conviver de forma intensiva/modular no 
período letivo nos centros de formação.
A cada 1.200 alunos, ou 30 turmas com 40 alunos cada, será constituída 
uma equipe com:
um coordenador-geral professor(a) da instituição proponente;
05 alunos(as) universitários(as) que acompanharão os alunos(as) do 
2º segmento nas diferentes áreas do conhecimento;
05 coordenadores(as) locais que acompanharão os alunos(as) do 2º 
segmento nas diferentes áreas do conhecimento;
professores(as) licenciados com tempo disponível para trabalhar em 
diferentes tempos e espaços e, em conformidade com o que prevê a legislação de 
ensino.
No caso dos projetos que contemplem o mínimo de 120 alunos significa em 
termos da equipe:
um coordenador-geral professor(a) da instituição proponente;
01 ou 02 alunos(as) universitários(as) que acompanharão os 
alunos(as) do 2º segmento nas diferentes áreas do conhecimento;
01 ou 02 coordenadores(as) locais que acompanharão os alunos(as) 
do 2º segmento nas diferentes áreas do conhecimento;
professores(as) licenciados com tempo disponível para trabalhar em 
diferentes tempos e espaços e em conformidade com o que prevê a legislação de 
ensino. 
Todos os projetos terão um coordenador-geral podendo também ter mais de 
um coordenador, a depender da necessidade da instituição e de acordo com as 
exigências acima. 
7.4 – Procedimentos e critérios de seleção dos recursos humanos:
Quanto aos educadores(as)/professores(as) que estejam 
ministrando aulas de alfabetização:
¨ devem ser das áreas de Reforma Agrária devendo estar entre os 
assentados/acampados(as) com maior nível de escolaridade na comunidade;
¨ devem ser indicados pelos movimentos sociais e sindicais de 
trabalhadores rurais;
¨ devem ser selecionados pela instituição de ensino por meio de 
critérios previamente estabelecidos;
¨ devem ter disponibilidade para participar dos cursos de capacitação e 
escolaridade, além das horas-aula a serem ministradas nas classes de 
alfabetização/escolaridade – 1º segmento.
35
Quanto aos educadores(as)/professores(as) da escolaridade – 1º 
e 2º segmentos:
¨ devem preferencialmente ser do quadro da instituição de ensino, ou 
ainda professores da rede federal, estadual ou municipal de ensino;
¨ ser licenciados na disciplina/área de sua responsabilidade;
¨ devem ser indicados ou selecionados pela instituição de ensino;
¨ devem ter disponibilidade para ministrar as aulas, acompanhar os 
alunos(as) bolsistas, acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem dos(as) 
alunos(as) quando estes estiverem em regime de alternância nas áreas de Reforma 
Agrária.
Quanto aos coordenadores locais: 
¨ devem ser representantes dos assentados/acampados(as); 
¨ devem ser indicados pelos movimentos sociais e sindicais de 
trabalhadores e trabalhadoras rurais;
¨ devem ser selecionados pela instituição de ensino por meio de 
critérios previamente estabelecidos;
¨ devem dispor de dedicação de 80 horas mensais ao Projeto;
¨ devem ter disponibilidade para o trabalho pedagógico e para 
participar de cursos de capacitação e escolaridade e, ainda acompanhar os alunos 
no tempo escola e também na atividades do tempo comunidade. 
Quanto aos alunos bolsistas exige-se: 
¨ dedicação de 80 horas mensais ao Projeto;
¨ matrícula regular em curso superior nos cursos de educação 
(Pedagogia e demais licenciaturas);
¨ apresentarem desempenho satisfatório no curso superior mediante 
exame do seu histórico escolar e serem selecionados por intermédio de entrevista;
¨ assumirem o compromisso de cumprir o plano de atividades previsto 
para sua participação no projeto.
7.5 – Orientações para a apresentação de projetos de Educação de 
Jovens e Adultos – Ensino Fundamental 1º e 2º segmentos.
Para candidatar ao desenvolvimento de um ou mais projetos de educação 
de jovens e adultos atendidos pelo PRONERA, a instituição deverá encaminhar um 
projeto pedagógico de acordo com a orientação explicitada no Anexo I, o 
Demonstrativo de Detalhamento de Despesa – Anexo V.
Recomenda-se que asproponentes procurem estabelecer vínculos de 
parceria com outras iniciativas de apoio à formação dos jovens e adultos. A 
certificação desses cursos é de inteira responsabilidade da instituição de ensino.
Os projetos de Educação de Jovens e Adultos, deverão respeitar o que 
prevê a legislação nacional, os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação 
Básica da educação de jovens e adultos e, especialmente, as Diretrizes Operacionais 
para a Educação Básica nas Escolas do Campo e as diretrizes aprovadas pelos 
conselhos estaduais de educação. 
36
O projeto pedagógico deverá obedecer às diretrizes metodológicas e 
orçamentárias indicadas neste manual, ou seja, não será atendida nenhuma 
solicitação de recursos e de atividades que fujam destes parâmetros.
Observação: Para minimizar os problemas de evasão e desistências nos 
cursos do PRONERA, recomendamos que nos projetos de alfabetização as turmas 
sejam recompostas a qualquer tempo. Nos projetos de escolarização – ensino 
fundamental e médio – os alunos poderão ser substituídos até a segunda etapa do 
tempo-escola, desde que a instituição de ensino assuma o compromisso de repor as 
disciplinas ou módulos da etapa anterior.
37
38
8. PROJETOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE
PROFESSORES DE ÁREAS DE REFORMA AGRÁRIA
Os projetos de formação continuada de professores (as) de áreas de 
Reforma Agrária, destinam-se à consecução dos objetivos específicos já 
mencionados, quais sejam: elevar o nível de formação continuada e escolaridade dos 
educadores(as) dos Ensinos Fundamental e Médio de áreas de Reforma Agrária, 
mediante cursos normais de nível médio, cursos superiores de licenciatura plena, 
especialmente Pedagogia ou cursos de pós-graduação.
8.1 - Como devem ser estruturados os projetos de formação 
continuada de professores:
Os cursos devem contemplar as situações-problema vivenciadas pelos 
assentados, a fim de que os alunos encontrem soluções para eles e simultaneamente 
se capacitem. Serão desenvolvidos conforme o princípio da metodologia da 
alternância caracterizada por dois momentos: tempo de estudos desenvolvidos nos 
centros de formação (tempo-escola) e o tempo de estudos desenvolvidos na 
comunidade.
Na comunidade serão realizados estudos e pesquisas que levem a uma 
reflexão teórica-prática das questões pertinentes à Educação do Campo, os 
problemas de ensino-aprendizagem, à gestão escolar, entre outros, que subsidiarão 
as intervenções práticas. Estas atividades serão orientadas e acompanhadas por 
professores(as), especialistas, alunos(as) universitários e educadores(as) ou 
orientadores(as) pedagógicos dos movimentos sociais. O tempo destinado às 
pesquisas e aos estudos na comunidade não poderá ultrapassar 30% da carga-
horária total dos cursos.
A metodologia desses cursos deve respeitar:
¨ a construção de processos educativos em diferentes tempos e 
espaços;
¨ a transversalidade dos conhecimentos que contemplem a 
diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos, 
econômicos, de gênero, geração e etnia;
¨ a formação profissional para além dos espaços escolares;
¨ a articulação ensino-pesquisa como fundamento para repensar a 
relação teoria-prática;
¨ desenvolvimento de teorias e práticas que tenham como principal 
referência o desenvolvimento sustentável do campo.
É importante que os projetos estejam pautados em dois elementos básicos:
um caráter sistemático envolvendo planejamento, execução e 
avaliação do processo pedagógico por meio da pesquisa-ação-reflexão;
um caráter político que supõe uma intencionalidade a favor da inclusão 
social da melhoria das condições de vida do(a) assentado(a) e da comunidade do 
entorno.
39
No caso do curso normal de nível médio, o desenvolvimento da proposta 
curricular respeitará a carga horária de 3.200 horas, conforme legislação em vigor, 
podendo ser desenvolvida entre 3 e 4 anos, conforme programas executados pelas 
instituições públicas de ensino.
Os projetos de cursos superiores em Pedagogia e demais licenciaturas 
plenas deverão respeitar o currículo estabelecido pelo MEC, bem como a carga-
horária aprovada pelos colegiados dos cursos das referidas IES e estar consoante a 
orientação de projetos para cursos superiores, item 10 deste manual.
8.2 – Recursos humanos necessários:
Para viabilizar a meta de formação de professores e os procedimentos 
operacionais do projeto, bem como permitir que sejam acompanhados de forma 
eficiente, estão previstos os seguintes critérios: 
¨ as turmas não deverão ultrapassar o número de 60 alunos(as);
¨ um projeto poderá apresentar a meta de mais de uma turma, a 
depender da necessidade identificada coletivamente pelos parceiros;
¨ cada projeto terá um coordenador-geral professor(a) da instituição de 
ensino. Em caso de curso superior, o coordenador-geral deverá ter no mínimo o 
mestrado (curso Strictu Sensu) e ser da área objeto do projeto. A depender da 
necessidade, cada instituição poderá indicar mais de um coordenador por projeto. 
É importante que as instituições de ensino envolvam o maior número de 
estudantes que já fazem os cursos que estão sendo ministrados, tanto em estágios 
curriculares como extra-curriculares a fim de proporcionar-lhes o maior envolvimento 
com os problemas concernentes à questão agrária e à Educação do Campo.
8.3 – Procedimentos e critérios de seleção dos recursos humanos
Quanto aos educandos:
¨ devem ser das áreas de Reforma Agrária e indicados pelas 
organizações sociais; 
¨ devem ser selecionados pela instituição de ensino por meio de 
critérios previamente estabelecidos;
¨ devem ter disponibilidade para participar dos cursos de formação. 
Quanto aos alunos bolsistas, exige-se: 
¨ dedicação de 80 horas mensais ao projeto;
¨ matrícula regular em curso normal de nível médio ou superior em 
Pedagogia ou demais licenciaturas;
¨ apresentarem desempenho satisfatório no curso em que estão 
freqüentando mediante exame do seu histórico escolar e selecionados mediante 
entrevista;
¨ assumirem o compromisso de cumprir o plano de atividades previsto 
para sua participação no projeto.
Quanto aos educadores(as) ou orientadores(as) dos 
movimentos sociais e sindicais, exige-se: 
¨ Disponibilidade para acompanhar os(as) alunos(as) no tempo-escola 
e no tempo-comunidade;
¨ ter concluído um curso do mesmo nível ou superior ao que está 
orientando;
40
¨ ser indicado(a) pelos movimentos sociais e sindicais parceiros;
¨ assumir o compromisso de cumprir o plano de atividades previsto 
para sua participação no projeto;
¨ trabalhar em conjunto com todos os membros do Projeto;
8.4 – Orientações para a apresentação de projetos de formação 
continuada de professores:
O projeto deve apresentar o quadro de professores(as) da própria 
instituição que irá trabalhar no desenvolvimento das disciplinas podendo, se 
necessário, incluir educadores(as) de outras instituições. Recomenda-se priorizar a 
formatação dos cursos com professores da própria instituição na perspectiva de 
estimular a produção de novas pesquisas sobre a questão do campo.
O espaço físico necessário como salas de aula, auditórios, salas de 
reuniões, alojamentos, dentre outras condições de infra-estrutura deverão ser 
viabilizados pela proponente e demais parceiros.
Recomenda-se que as proponentes procurem estabelecer vínculos de 
parceria com outras iniciativas de apoio à formação de educadores(as), 
especialmente com programas/projetos já estabelecidos na área. A certificação 
desses cursos é de inteira responsabilidade da entidade de ensino devendo vir 
claramente descrito no projeto.
Para se candidatarao desenvolvimento de Projetos de Formação 
Continuada de Professores(as) atendidos pelo PRONERA, a instituição de ensino 
deverá encaminhar um projeto pedagógico de acordo com a orientação explicitada no 
Anexo II, o Demonstrativo de Detalhamento de Despesa – Anexo V.
O projeto pedagógico deverá obedecer as leis da educação nacional, as 
Diretrizes Curriculares Nacionais, as diretrizes metodológicas e orçamentárias 
indicados neste Manual. Não será atendida nenhuma solicitação de recursos e 
atividades que fujam destes parâmetros.
No caso dos cursos superiores a seleção dos alunos far-se-á mediante 
processo seletivo especial de vestibular aprovado pelos conselhos superiores das 
instituições de ensino. 
Os alunos desistentes poderão ser substituídos até a segunda etapa 
presencial desde que a instituição de ensino assuma o compromisso de repor o 
conteúdo das disciplinas da etapa anterior.
41
42
9. PROJETOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL 
TÉCNICO PARA JOVENS E ADULTOS DE ÁREAS DE 
REFORMA AGRÁRIA
Os projetos de formação profissional de nível técnico para jovens e adultos 
de áreas de Reforma Agrária, destinam-se a consecução dos objetivos específicos já 
mencionados quais sejam: garantir aos (as) assentados (as) escolaridade e formação 
profissional de nível técnico articulado com o Ensino Médio.
Esses cursos têm como objetivo geral disponibilizar em cada assentamento 
recursos humanos capacitados que possam contribuir para a promoção do 
desenvolvimento sustentável das áreas de Reforma Agrária.
9.1 – Como devem ser estruturados os projetos de formação 
profissional de nível técnico:
Segundo a legislação do ensino (LDB 9.394/96 e o Decreto Federal 
5.154/04) “a educação profissional será desenvolvida por meio de cursos e 
programas de formação inicial e continuada de trabalhadores e educação 
profissional técnica de nível médio” (art.º 1). A educação profissional técnica de nível 
médio será desenvolvida de forma articulada com o ensino médio (art.º 4). Para a 
obtenção do diploma de técnico de nível médio, o aluno deverá concluir seus estudos 
de educação profissional técnica de nível médio e de ensino médio. (parágrafo 
único, art. º. 7)
Os cursos devem contemplar as situações-problema vivenciadas pelos 
assentados a fim de que os alunos encontrem soluções para estes e, 
simultaneamente, se capacitem. Serão desenvolvidos conforme o princípio da 
metodologia da alternância caracterizada por dois momentos: tempo de estudos 
desenvolvidos nos centros de formação e o tempo de estudos desenvolvido na 
comunidade.
Na comunidade serão realizados estudos e pesquisas que levem a uma 
reflexão teórica-prática das questões pertinentes ao desenvolvimento sustentável 
das áreas de Reforma Agrária, importantes para subsidiar as intervenções práticas. 
Estas atividades serão orientadas e acompanhadas por professores(as), 
especialistas, bolsistas ligados às instituições de ensino e educadores sociais ou 
orientadores dos movimentos sociais. Estes últimos deverão acompanhar todas as 
etapas do trabalho pedagógico. O tempo destinado às pesquisas e aos estudos na 
comunidade não poderá ultrapassar 30% da carga-horária total dos cursos.
A metodologia desses cursos deve respeitar:
¨ a articulação da educação profissional técnica com o Ensino Médio;
¨ a construção de processos educativos em diferentes tempos e 
espaços;
¨ a transversalidade dos conhecimentos que contemplem a 
diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos, 
econômicos, de gênero, geração e etnia;
¨ a articulação ensino-pesquisa como fundamento para repensar a 
relação teoria-prática;
¨ desenvolvimento de teorias e práticas que tenham como principal 
referência o desenvolvimento sustentável do campo.
É importante que os projetos estejam pautados em dois elementos básicos:
um caráter sistemático envolvendo planejamento, execução e avaliação 
do processo pedagógico por meio da pesquisa-ação-reflexão;
um caráter político que supõe uma intencionalidade a favor da inclusão 
social, da melhoria das condições de vida do(a) assentado(a) e da comunidade do 
entorno.
43
O desenvolvimento da proposta curricular dos cursos profissionais de nível 
técnico deverá respeitar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Parecer 
CNE 16/99, a Resolução 4/99, o parecer para o Ensino Médio 15/98, a Resolução 
3/98, o Decreto 5.154/04, as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas 
Escolas do Campo e as reais necessidades dos assentamentos.
9.2 – Recursos humanos necessários:
Para viabilizar a meta de formação de profissionais de nível técnico e os 
procedimentos operacionais do projeto, bem como permitir que sejam acompanhados 
de forma eficiente, estão previstos os seguintes critérios: 
¨ as turmas não deverão ultrapassar o número de 60 alunos(as);
¨ um projeto poderá apresentar a meta de mais de uma turma a 
depender da necessidade identificada coletivamente pelos parceiros;
¨ cada projeto terá um coordenador-geral professor(a) da instituição de 
ensino. 
É importante que as instituições de ensino envolvam o maior número de 
estudantes de diversas áreas do conhecimento que já fazem os cursos regulares, 
tanto em estágios curriculares como extra-curriculares, na qualidade de bolsistas, a 
fim de proporcionar-lhes o maior envolvimento com os problemas concernentes à 
questão agrária e mais especificamente à Educação do Campo.
9.3 – Procedimentos e critérios de seleção dos recursos humanos:
Quanto aos educandos:
¨ devem ser das áreas de Reforma Agrária e indicados pelas 
organizações sociais; 
¨ devem ser selecionados pela instituição proponente por meio de 
critérios previamente estabelecidos;
¨ devem ter disponibilidade para participar dos cursos de formação.
Quanto aos alunos bolsistas, exige-se: 
¨ dedicação de 80 horas mensais ao Projeto;
¨ matrícula regular em curso profissional de nível técnico, ou em cursos 
superiores de áreas afins de acordo com as parcerias;
¨ apresentarem desempenho satisfatório no curso em que está 
freqüentando mediante exame do seu histórico escolar e selecionados mediante 
entrevista;
¨ assumirem o compromisso de cumprir o plano de atividades previsto 
para sua participação no projeto.
Quanto aos educadores(as) ou orientadores(as) dos movimentos 
sociais e sindicais, exige-se: 
¨ Disponibilidade para acompanhar os(as) alunos(as) no tempo-escola e no 
tempo-comunidade;
¨ ter concluído um curso do mesmo nível ou superior ao que está orientando;
¨ ser indicado(a) pelos movimentos sociais e sindicais parceiros;
¨ assumir o compromisso de cumprir o plano de atividades previsto para 
sua participação no projeto;
¨ trabalhar em conjunto com todos os membros do Projeto;
9.4 – Orientações para a apresentação de projetos de formação 
profissional de nível técnico:
O projeto deve apresentar o quadro de professores(as) da própria instituição 
que irá trabalhar no desenvolvimento das disciplinas podendo, se necessário, incluir 
educadores(as) de outras instituições. Recomenda-se priorizar a formatação dos 
cursos com professores da própria instituição, na perspectiva de estimular a produção 
de novas pesquisas sobre a questão do campo.
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O espaço físico necessário como salas de aula, auditórios, salas de 
reuniões, alojamentos, dentre outras condições de infra-estrutura deverão ser 
viabilizados pela proponente e demais parceiros.
Recomenda-se que a proponente procure estabelecer vínculos de parceria 
com outras iniciativas de apoio à formação dos(as) educandos(as), especialmente 
com programas/projetos já estabelecidos na área. A certificação desses cursos é de 
inteiraresponsabilidade da instituição de ensino devendo vir claramente descrito no 
projeto.
Para se candidatar ao desenvolvimento de Projetos de Formação 
Profissional de Nível Técnico apoiado pelo PRONERA, a instituição proponente 
deverá encaminhar um projeto pedagógico de acordo com a orientação explicitada no 
Anexo III, o Demonstrativo de Detalhamento de Despesa – Anexo V.
O projeto pedagógico deverá obedecer as leis da educação nacional, 
Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, as Diretrizes 
Curriculares Nacionais, as diretrizes metodológicas e orçamentárias indicados neste 
manual. Não será atendida nenhuma solicitação de recursos e de atividades que 
fujam destes parâmetros.
Os alunos poderão ser substituídos até a segunda etapa presencial desde 
que a instituição de ensino assuma o compromisso de repor o conteúdo das 
disciplinas da etapa anterior.
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10. PROJETOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL 
SUPERIOR PARA JOVENS E ADULTOS DE ÁREAS DE 
REFORMA AGRÁRIA
Os Projetos de Formação Profissional em nível superior para Jovens e 
Adultos de Áreas de Reforma Agrária, destinam-se à consecução dos objetivos 
específicos já mencionados, quais sejam: garantir a formação profissional mediante 
cursos superiores de graduação ou cursos de pós-graduação para qualificar as ações 
dos sujeitos e disponibilizar em cada área de Reforma Agrária, recursos humanos 
capacitados que contribuam para o desenvolvimento socialmente justo e 
ecologicamente sustentável.
10.1 - Como devem ser estruturados os projetos de formação 
profissional de nível superior:
Os cursos devem contemplar as situações-problema vivenciadas pelos 
assentados a fim de que os alunos encontrem soluções para os problemas e, 
simultaneamente, se capacitem. Serão desenvolvidos conforme o princípio da 
metodologia da alternância caracterizada por dois momentos: tempo de estudos 
desenvolvidos nos centros de formação e o tempo de estudos desenvolvidos na 
comunidade.
Na comunidade serão realizados estudos e pesquisas que levem a uma 
reflexão teórico-prática das questões pertinentes ao campo que subsidiarão as 
intervenções práticas. Estas atividades serão orientadas e acompanhadas por 
professores(as) e especialistas e ainda por alunos(as) universitários. O tempo 
destinado às pesquisas e aos estudos na comunidade não poderá ultrapassar 30% da 
carga-horária total dos cursos.
A metodologia desses cursos deve respeitar:
¨ a construção de processos educativos em diferentes tempos e 
espaços;
¨ a transversalidade dos conhecimentos que contemplem a 
diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos, 
econômicos, de gênero, geração e etnia;
¨ a articulação ensino-pesquisa como fundamento para repensar a 
relação teoria-prática;
¨ desenvolvimento de teorias e práticas que tenham como principal 
referência o desenvolvimento sustentável do campo.
É importante que os projetos estejam pautados em dois elementos básicos:
um caráter sistemático envolvendo planejamento, execução e avaliação 
do processo pedagógico por meio da pesquisa-ação-reflexão;
um caráter político que supõe uma intencionalidade a favor da inclusão 
social da melhoria das condições de vida do(a) assentado(a) e da comunidade do 
entorno.
10.2 – Recursos humanos necessários:
Para viabilizar a meta de formação profissional em nível Superior e os 
procedimentos operacionais do projeto, bem como permitir que sejam 
acompanhados de forma eficiente, estão previstos os seguintes critérios: 
¨ as turmas não deverão ultrapassar o número de 60 alunos(as);
¨ um projeto poderá apresentar a meta de mais de uma turma a 
depender da necessidade identificada coletivamente pelos parceiros;
¨ cada projeto terá um(a) coordenador(a)-geral professor(a) da 
instituição proponente. Em caso de curso superior, o coordenador-geral deverá ter 
no mínimo o mestrado (curso Strictu Sensu) e ser da área objeto do projeto. A 
depender da necessidade de cada instituição, poderá indicar mais de um(a) 
coordenador(a) por projeto. 
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É importante que as instituições de ensino envolvam o maior número de 
graduandos dos cursos regulares, tanto em estágios curriculares como extra-
curriculares, na qualidade de bolsistas, a fim de proporcionar-lhes o maior 
envolvimento com os problemas concernentes à questão agrária.
10.3 – Procedimentos e critérios de seleção dos recursos humanos:
Quanto aos educandos:
¨ devem ser das áreas de Reforma Agrária e indicados pelas 
organizações sociais; 
¨ devem ser selecionados pela instituição de ensino por meio de 
critérios previamente estabelecidos;
¨ devem ter disponibilidade para participar dos cursos de formação. 
Quanto aos alunos(as) bolsistas, exige-se: 
¨ dedicação de 80 horas mensais ao Projeto;
¨ matrícula regular no curso superior;
¨ apresentarem desempenho satisfatório no curso em que está 
freqüentando mediante exame do seu histórico escolar e selecionados mediante 
entrevista;
¨ assumirem o compromisso de cumprir o plano de atividades 
previsto para sua participação no projeto.
10.4 – Orientações para a apresentação de projetos de formação 
profissional de nível superior:
O projeto deve apresentar o quadro de professores(as) da própria 
instituição que irá trabalhar no desenvolvimento das disciplinas podendo, se 
necessário, incluir educadores(as) de outras instituições. Recomenda-se priorizar a 
formatação dos cursos com professores da própria instituição na perspectiva de 
estimular a produção de novas pesquisas sobre a questão do campo.
O espaço físico necessário como salas de aula, auditórios, salas de 
reuniões, alojamentos, dentre outras condições de infra-estrutura, deverão ser 
viabilizados pela proponente e demais parceiros.
Os projetos de cursos superiores deverão respeitar a legislação nacional, 
bem como as normas e resoluções aprovadas pelos Conselhos e Colegiados dos 
cursos das referidas instituições de ensino superior.
Recomenda-se que as proponentes procurem estabelecer vínculos de 
parceria com outras iniciativas de apoio à formação dos(as) educandos(as), 
especialmente com programas/projetos já estabelecidos na área.
Os alunos desistentes, poderão ser substituídos até a segunda etapa 
presencial desde que a instituição de ensino assuma o compromisso de repor o 
conteúdo das disciplinas da etapa anterior.
A certificação dos alunos dos cursos é de inteira responsabilidade da 
instituição de ensino devendo vir claramente descrito no projeto.
Para se candidatar ao desenvolvimento de Projeto de Formação 
Profissional de Nível Superior apoiado pelo PRONERA, a instituição de ensino deverá 
encaminhar um projeto de acordo com a orientação explicitada no Anexo IV, o 
Demonstrativo de Detalhamento de Despesa – Anexo V.
O projeto pedagógico deverá obedecer as leis da educação nacional, o 
conjunto de normas acadêmicas das instituições proponentes, a aprovação do 
projeto na instituição, a orientação para projetos de cursos superiores, às diretrizes 
metodológicas e orçamentárias indicados neste Manual, não sendo atendida 
nenhuma solicitação de recursos e de atividades que fujam a estes parâmetros. 
Obs: Os casos excepcionais não previstos neste Manual deverão ser 
remetidos para a análise e parecer da Direção Executiva e Comissão Pedagógica 
Nacional do PRONERA.
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ANEXOS
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Anexo
I
Orientação para elaboração de Projetos de EJA - Alfabetização
e Ensino Fundamental 1º e 2º segmentos
As propostas dos projetos de Educação de Jovens e Adultos – EJA 
devem atender às orientações gerais do PRONERA, as Diretrizes Nacionais para a 
Educação de Jovens e Adultos, a

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