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FISIOLOGIA CARDÍACA

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Jéssika Medeiros
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FISIOLOGIA DO CORAÇÃO
Músculo Cardíaco
O coração é composto por 3 tipos principais de músculo: o atrial , o ventricular e as fibras excitatórias e condutoras. As fibras agem como um sistema de controle dos batimentos cardíacos.
Os discos intercalados são membranas celulares que separam as células miocárdicas, esses discos formam junções comunicantes que permitem a propagação mais rápida dos potenciais de ação. Dessa forma, o miocárdio age como um sincício excitatório.
Sincício Atrial
Sincício Ventricular
Esta divisão ocorre, pois, entre o átrio e o ventrículo, há um tecido fibroso que circunda as aberturas das válvulas atrioventriculares (A-V). Há um sistema especializado na condução átrio-ventricular que é o chamado feixe A-V.
 Faz com que haja um atraso da
 condução do atrial para o ventrículo ,
 ou seja, o átrio contrai primeiro.
O feixe atrioventricular é um sistema de condução especializado para iniciar a contração ventricular com um pequeno atraso em relação a atrial.
 Começa no septo interatrial e termina no septo interventricular
 Conhecido como feixe de Hiss
Potenciais de Ação do Músculo Cardíaco
-O potencial de ação registrado na fibra ventricular tem em média 105mv.
Potencial de Ponta(spike)-inicial: Após esse potencial a membrana permanece despolarizada durante 0,2 segundos, exibindo um platô2 que é seguindo de uma repolarização.
 Faz com que a contração do músculo ventricular
 dure 15 vezes mais que no músculo esquelético
Imediatamente após o início do potencial de ação, é diminuída a permeabilidade da membrana aos íons potássio em cerca de 5 vezes, efeito que não se observa nas fibras musculares esqueléticas. Esta permeabilidade reduzida faz com que o efluxo de íons potássio durante o platô do potencial de ação diminua acentuadamente, impedindo o retorno precoce da voltagem do potencial de ação para o seu valor de repouso.
NODO SINUSAL
PLATÔ
Ciclo Cardíaco
Cada ciclo é iniciado pela geração espontânea de potencial de ação no nodo sinusal, esse potencial se difunde por ambos os átrios e depois, pelo feixe AV, para os ventrículos. Esse atraso entre a contração atrial e a ventricular permite que o sangue seja bombeado do átrio para o ventrículo antes da contração ventricular acontecer, ou seja, os átrios agem como bomba de escorva-munição- para os ventrículos. 
1) Início da diástole, abertura das válvulas tricúspide e mitral e enchimento ventricular;
2) Fechamento das válvulas de entrada, final da diástole;
3) Contração ventricular, abertura das válvulas pulmonar e aórtica - sístole ventricular;
4) Final da sístole ventricular, fechamento das válvulas pulmonar e aórtica;
5) Reinício da diástole atrial e ventricular.
Sístole
Passagem de sangue dos ventrículos pelas valvas aótica e pulmonares.
Ocorre: contração isovolumétrica, ejeção rápida e ejeção lenta.
As valvas atrioventriculares se fecham devido a contração do ventrículo a qual vai elevar a pressão no ventrículo gradativamente. Este período termina com a abertura das semilunares.
Quando as semilunares se abrem, a pressão continua aumentando mesmo com ejeção de sangue. Este período só termina quando a pressão dos ventrículos começa a cair.
Como a pressão dos ventrículos diminuiu, a ejeção continua acontecendo, mas de forma mais lenta. A pressão continua diminuindo e esse período só termina com o fechamento das semilunares.
Diástole
 Passagem de sangue dos átrios para os ventrículos.
Ocorre: relaxamento isovolumétrico, enchimento rápido, enchimento lento e contração atrial.
Começa com o fechamento das valvas semilunares, neste período a pressão dos ventrículos diminui gradativamente. Este período só acaba com a abertura das valvas atrioventriculares.
Assim que as valvas atrioventriculares se abrem o sangue acumulado nos átrios durante a sístole dos ventrículos passa rapidamente para os ventrículos. (platô) Neste período, a pressão do ventrículo permanece em 0 e seu volume sanguíneo aumenta. Só acaba quando todo sangue acumulado nos átrios passa para o ventrículo.
Neste período, o sangue continua passando do átrio para o ventrículo, mas agora o fluxo é reduzido já que o sangue que está passando não estava acumulado. Esse período só acaba com a despolarização atrial(onda P).
Quando ocorre a despolarização atrial o sangue que estava acumulado nas aurículas passa para o ventrículo devido a um discreto aumento de pressão. Esse período só termina com o fechamento das valvas atrioventriculares. 
Débito Cardíaco
É a quantidade de sangue colocada para dentro do ventrículo.
- Volume Diastólico final: é o volume de sangue presente no ventrículo ao final da diástole. (aproximadamente 120 ml)
-Volume Sistólico ou de ejeção: é a quantidade de sangue colocada para fora do ventrículo em cada batimento. (aproximadamente 80 ml)
-Volume Sistólico final: é o volume de sangue que fica no ventrículo após a sístole. (aproximadamente 40 ml)
-Frequência Cardíaca: é a quantidade de sístoles por minuto.
 Taquicardia
Bradicardia 60bpm-100bpm 
D.C.=V.E X F.C.
V.E.= VOLUME DE EJEÇÃO.
OBS: Em um indivíduo praticando exercício físico aeróbico o volume circulante é maior devido às contrações mais fortes. Assim, aumenta o volume sistólico, mas diminui o volume sistólico final, aumentando o débito cardíaco.
Com a realização de exercícios aeróbicos, somente, o coração fica com um maior volume, sem hipertrofiar, isso quer dizer que esse coração vai poder se encher de muito mais sangue e assim pode ejetar muito sangue e consequentemente ele poderá trabalhar com uma frequência cardíaca mais baixa. 
Exemplo: aqueles atletas de maratona podem ter uma frequência cardíaca de 40 batimentos por minuto. Isso é excelente. O indivíduo que tem uma frequência cardíaca em repouso de 40 bpm vai chegar aos 100 anos e não vai morrer de problema cardíaco. É bem simples: o coração batendo devagar descansa muito mais tempo (diástole), assim o desgaste será bem menos. 
Se o indivíduo fizer exercício anaeróbio é diferente: o volume permanece o mesmo, mas a parede aumenta. Isso é péssimo. Primeiro, a frequência cardíaca será igual a de um sedentário. A parede está aumentada e ele não tem vasos sanguíneos que suportem esse aumento. A probabilidade desse indivíduo ter um infarto é muito maior, até maior que o do sedentário mesmo. Por isso é desaconselhável fazer somente musculação.
O débito cardíaco é sempre proporcional ao volume de ejeção. Ele também vai ser diretamente proporcional à frequência cardíaca até que se atinja a F.C.máx., a partir desse ponto passa a ser inversamente proporcional.
 F.C.máx.=220 – IDADE
Tipos de Valvas
Valvas Atrioventriculares
-Tricúspide: está entre o A.D e o V.D
-Bicúspide/mitral: está entre o A.E e o V.E
Obs.: As valvas abrem devido a um gradiente de pressão.
A primeira bulha cardíaca é provocada pelo choque do sangue contra as valvas atrioventriculares fechadas.
Valvas Semilunares
Localizam-se entre os ventrículos e as artérias.
-Pulmonar: está entre o V.D e o tronco pulmonar
-Aórtica: está entre o V.E e a artéria aorta
A segunda bulha é gerada pelo choque do sangue contra as valvas semilunares fechadas.
CONCEITOS DE PRÉ-CARGA E PÓS-CARGA:
Pré-carga: grau de tensão do músculo quando ele começa a se contrair. Geralmente é considerada a pressão diastólica final.
Pós-carga: é a pressão na artéria à saída do sangue do ventrículo. É considerada uma resistência. 
Excitação Rítmica do Coração
Nodo Sinusal(sinoatrial): Está situado no átrio direito um pouco abaixo da entrada da veia cava superior, as fibras do nodo sinusal não são calibrosasas se ligam às fibras musculares que circundam os átrios. Assim, qualquer potencial de ação que se inicie no nodo sinusal é difundido para ambos os átrios. 70-80impulsos/min.
Nodo Atrioventricular: Está situado no septo interatrial, ele retarda a transmissão do impulso elétrico do átrio para o ventrículo e a geração de atividade elétrica. 40-60impulsos/min.
Feixe Atrioventricular(feixe de Hiss): Começa no septo atrioventricular e termina no septo interventricular, gera impulso elétrico e transmite o impulso do átrio para o ventrículo. 40impulsos/min.
Fibras de Purkinje: Estão situadas nas paredes dos ventrículos. Geram atividade elétrica e aceleram a condução pelo ventrículo.
 Eletrocardiograma(ECG)
A atividade elétrica conduzida no coração pode ser registrada por eletrodos colocados na superfície corporal no eletrocardiograma. 
Espaço PR-começa na onda P e termina no início do complexo QRS, demonstra o atraso da condução elétrica.
Espaço QT-começa no início do complexo QRS e termina no fim da onda T.
Onda P-aparece durante a despolarização dos átrios, sinalizando o início da contração atrial.
Complexo QRS-aparece durante a despolarização do ventrículo, sinalizando o início da contração ventricular.
Onda T-é a repolarização dos ventrículos, sinalizando o relaxamento ventricular.
A despolarização e a repolarização ventricular são representadas pelo complexo QRS e pela onda T.
	Derivações:
São registros da variação de voltagem entre dois pontos de superfície corporal. Como o eletrocardiograma regista as correntes que saem do coração, cada derivação vai mostrar uma perspectiva diferente dessa corrente elétrica.
No ECG de 12 derivações, 6 delas são periféricas e 6 pré-cordiais. Das 6 periféricas, 3 são bipolares (DI, DII e DIII) e 3 unipolares (aVR, aVF e aVL). As pré-cordiais são captadas com a colocação de um eletrodo diretamente sobre o tórax, seguindo a delimitação dos espaços intercostais; são designadas de V1, V2, V3, V4, V5 e V6. 
Periféricas Bipolares:
D1: Posição dos eletrodos no MSD(+) e MSE(-), explora a superfície lateral e do coração. É uma deflexão positiva. 
D2: Posição dos eletrodos no MSD(-) e MIE(+), explora a superfície lateral esquerda. É uma deflexão positiva.
D3: Posição dos eletrodos no MSE(-) e MIE(+), explora a superfície lateral esquerda. É bipolar e positiva.
Periféricas Unipolares:
aVR: posicionado no MSD(+), explora o átrio direito e a captação de atividades produz ondas negativas
aVL: posicionado no MSE(+), explora a superfície lateral esquerda e produz ondas positivas.
aVF: posicionado no MIE(+), explora a superfície lateral esquerda e a inferior, produz ondas positivas.
Precordiais: 
Determinação do Eixo Elétrico:
aVF
aVR
D1
4° -
3° -
2° +
1° +

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