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Aula EMN TCN END AMANDA 21092017

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG
ENGENHARIA MECÂNICA NAVAL
Tecnologia da Construção Naval 
Ensaios Não Destrutivos
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Objetivos da aula:
Conceito;
Importância;
Principais técnicas;
Referências;
				
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Conceito
Os Ensaios Não Destrutivos (END) são técnicas utilizadas na inspeção de materiais e equipamentos sem danificá-los, sendo executados nas etapas de fabricação, construção, montagem e manutenção.
Constituem uma das principais ferramentas do controle da qualidade de materiais e produtos, contribuindo para garantir a qualidade, reduzir os custos e trazer confiabilidade operacional.
Utilização: fabricação, construção, montagem, inspeção em serviço e manutenção, sendo largamente aplicados em soldas, fundidos, forjados, laminados, plásticos, concreto, entre outros. Nos setores petróleo/petroquímico, nuclear, aeroespacial, siderúrgico, ferroviário, naval, eletromecânico e automotivo.
				
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VANTAGENS
Utilizados diretamente nos elementos a serem utilizados;
Realizados em todo os elementos constituintes de uma estrutura;
Regiões críticas de uma mesma peça podem ser examinadas simultaneamente e permite inspeções repetidas;
Materiais e peças de alto custo de produção não são perdidos
Requerem pouca preparação de amostras, podem ser portáteis e em geral mais baratos e mais rápidos que os Ensaios Mecânicos.
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LIMITAÇÕES
São em geral qualitativos e poucas vezes quantitativos, pode haver discrepâncias quanto à interpretação dos resultados.
Não medem diretamente cargas de falha ou vida útil, mesmo indiretamente.
Na interpretação das indicações dos ensaios são necessárias experiências prévias.
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DESCONTINUIDADES X DEFEITOS
Todo defeito é uma descontinuidade, mas nem toda descontinuidade é defeito.
Defeitos são descontinuidades inaceitáveis na peça para determinadas aplicação.
Em geral, as normas técnicas definem que tipo e tamanho de descontinuidades é aceitável em uma peça para determinada aplicação.
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DESCONTINUIDADES
Porosidade;
Inclusão de escória;
Falta de fusão;
Falta de Penetração;
Trinca;
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DEFEITOS
FONTE: SILVA; BRACARENSE; PESSOA, 2012
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-92242012000400004
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PRINCIPAIS FATORES PARA ESPECIFICAÇÃO DOS ENSAIOS
Tipo de material: características magnéticas, de massa específica (densidade), de composição;
Processos de fabricação: fundição, forjamento, processo de revestimento, etc.
Geometria da peça: forma, dimensões, condições superficiais.
Defeitos: superficiais, subsuperficiais, internos, localização e tamanho dos defeitos;
Estágios que aparecem os defeitos: Elaboração da matéria prima, na fabricação e utilização.
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PRINCIPAIS END
Inspeção Visual;
Ensaios radiográficos – raios x - γ;
Ultra som;
Partículas magnéticas;
Líquidos penetrantes,
Correntes parasitas;
Termografia.
				
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INSPEÇÃO VISUAL
Primeiro método de ensaio que deve ser utilizado para avaliar peças ou componentes que deverão ser submetidos a outros END.
Evita perda de tempo e reduz custo.
Requer ainda inspetores treinados e especializados, para cada tipo ou família de produtos.
Qualquer condição da superfície que possa vir a inviabilizar a realização de um determinado ensaio posteriormente será detectada e corrigida.
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INSPEÇÃO VISUAL
Condições necessárias:
Limpeza da peça com objetivo de retirar resíduos que impeçam a visualização da descontinuidades; 
Iluminação adequada. 
Ferramentas:
Olhos (exame visual direto);
Lupas e microscópios;
Tuboscópio, Boroscópio;
Câmeras, microcâmeras;
Gabaritos;
Espelhos;
Etc.
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INSPEÇÃO VISUAL - APLICAÇÕES
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INSPEÇÃO VISUAL - AVALIAÇÃO
De acordo com padrões de aceitação especificados no código de fabricação ou norma de referência;
Lista de verificação para o planejamento do ensaio visual.
NORMAS UTILIZADAS: 
ABNT NBR NM 315:2007 Ensaios não destrutivos - Ensaio visual - Procedimento 
ABNT NBR NM 329:2011 Ensaios não destrutivos — Ensaio Visual — Terminologia 
ABNT NBR 16244:2013 Ensaios não destrutivos — Ensaio visual — Inspeção subaquática 
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ENSAIOS RADIOGRÁFICOS
Consiste basicamente em penetrar um feixe de radiação X, γ ou nêutrons através do objeto em estudo;
Baseia-se na absorção diferenciada da radiação pela matéria. Onde existe um vazio ou descontinuidade há menos material para absorver a radiação.
A absorção diferenciada da radiação poderá ser detectada através de um filme, ou através de um tubo de imagem ou mesmo medida por detectores eletrônicos de radiação.
 A variação na quantidade de radiação absorvida irá nos indicar, entre outras coisas, a existência de uma falha interna ou defeito no material.
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ENSAIOS RADIOGRÁFICOS
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ESPECTRO TÍPICO- RAIO X
Cada elemento quando atingido por elétrons em alta velocidade, emite o seu raio-X característico.
Raios-X contínuos são chamados dessa forma porque o seu espectro de energia é contínuo. 
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RAIO X
O ânodo e o cátodo são submetidos a uma tensão elétrica da ordem de milhares de Volts, sendo o polo positivo ligado ao anodo e o negativo no cátodo. O ânodo é constituído de uma pequena parte fabricada em tungstênio, também denominado de alvo, e o cátodo de um pequeno filamento, tal qual uma lâmpada incandescente por onde passa uma corrente elétrica da ordem de miliamperes.
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RAIO X
Quando elétrons de suficiente energia (alta velocidade) interagem com um átomo, são gerados raios-X.
Requisitos para a geração de raios X:
Fonte de elétrons;
Meio acelerador de elétrons;
Alvo que recebe o feixe de elétrons.
A qualidade da radiografia está relacionada ao tamanho do
 ponto focal, quanto menor, produzirá melhores detalhes
 de imagem.
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RAIO X
Quanto menor for o comprimento de onda, maior é a capacidade de penetração da radiação. O comprimento de onda depende da tensão aplicada ao tubo;
A intensidade da radiação está intimamente ligada com o tempo de exposição;
 O painel, digital, resume uma série de informações técnicas sobre a exposição, tais como distância fonte-filme, Tensão, Corrente, tempo de exposição.
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RAIO X - UTILIZAÇÃO
QUANDO UTILIZAR???
Quando a descontinuidade causar uma diferença detectável na sua espessura, na densidade ou na composição do material.
Quando o material for consideravelmente homogêneo.
Quando a configuração da peça a ser radiografada permitir o acesso aos dois lados. Um lado para posicionar o filme e outro a fonte.
Quando a descontinuidade a ser detectada estiver devidamente orientada em relação ao feixe de radiação.
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RAIOS (γ) - Gamagrafia
Os raios γ são ondas eletromagnéticas de baixo comprimento de onda e com as mesmas propriedades dos raios-X.
Materiais radioativos são introduzidos em reatores nucleares , onde são submetidos a um alto fluxo de nêutrons . Quando os núcleos dos átomos capturam um nêutron, estes átomos se tornam instáveis emitindo partículas e energia sob a forma de radiação γ
O Cobalto 60 e o Irídio 192 são os mais utilizados.
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RAIOS (γ) - Gamagrafia
Requerem cuidados especiais com a segurança (cada blindagem é dimensionada para conter um elemento radioativo específico).
É necessário levar em conta o decaimento da atividade do isótopo, pois isso afeta as condições do ensaio.
Não é necessário empregar energia elétrica para gerar raios gama. Portanto, eles podem ser usados em locais remotos, até mesmo onde não haja energia elétrica.
Os equipamentos para gamagrafia são mais simples, têm menor custo inicial e requerem menor manutenção, comparados aos de raios X;
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FORMAÇÃO DA IMAGEM RADIOGRÁFICA 
Para obtenção de imagens bem definidas ou próximas ao tamanho do objeto, devemos ter:
• O diâmetro da fonte emissora de radiação deve ser o menor possível;
• A fonte emissora deve estar posicionada o mais afastado
possível do material a
ensaiar;
• O filme radiográfico deve estar mais próximo do material;
• O feixe de radiação deve se aproximar o mais possível, da perpendicularidade em relação ao filme;
• O plano do material e o plano do filme devem ser paralelos.
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INDICADORES DA QUALIDADE DA IMAGEM RADIOGRÁFICA
Indicadores ASTM (tipo placa ou fio)
Indicadores DIN (tipo fio)
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ULTRASSOM
O aparelho de audição do ser humano é sensível somente a sons com frequência entre 20 e 20000Hz. Ondas mecânicas longitudinais com frequência abaixo de 20Hz são chamadas infrassom e acima de 20000Hz, ultrassom;
Normalmente as frequências ultrassônicas entre 0,5 e 25 MHz são usadas para aplicações industriais, as ondas ultrassônicas são geradas por transdutores construídos a partir de materiais piezoelétricos;
A impedância acústica está relacionada com a resistência ou dificuldade do meio a passagem do som;
Uma camada de ar entre o transdutor e a superfície da peça impede que as vibrações mecânicas produzidas pelo transdutor se propague para a peça em função da impedância acústica elevada que é formada. Por esta razão, deve-se usar um líquido que minimize a impedância.
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ULTRASSOM
Assim como uma onda sonora, reflete ao incidir num anteparo qualquer, a vibração ou onda ultrassonica ao percorrer um meio elástico, refletirá da mesma forma, ao incidir numa descontinuidade ou falha interna neste meio considerado.
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ULTRASSOM
O objetivo a detecção de defeitos ou descontinuidades internas
Atualmente na indústria, principalmente nas áreas de caldeiraria e estruturas marítimas, o exame ultrassonico, constitui uma ferramenta indispensável para garantia da qualidade de peças de grandes espessuras, geometria complexa de juntas soldadas, chapas.
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ULTRASSOM 
PRINCIPIOS FÍSICOS
Longitudinais
Transversais
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ULTRASSOM 
PRINCIPIOS FÍSICOS
Ondas longitudinais:
Ondas transversais : 
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Raylegh
Ondas transversais que tangenciam a superfície do material, ocorrendo no segundo ângulo crítico. Sua penetração no material é de cerca de um comprimento de onda e sua velocidade em torno de 90% da velocidade de uma onda transversal.
Creeping
Ondas longitudinais que tangenciam a superfície do material, ocorrendo no segundo ângulo crítico. Elas são utilizadas para a detecção de descontinuidades superficiais e subsuperficiais.
Lamb
As ondas também são denominadas ondas de chapa, ocorrendo em chapas com espessura de cerca de um comprimento de onda, sendo utilizadas para inspeção de chapas finas
ULTRASSOM 
PRINCIPIOS FÍSICOS
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ULTRASSOM 
MÉTODOS DE ENSAIO
Quanto ao tipo de acoplamento, o ensaio por ultrassom pode ser classificado em dois grupos
Ensaio de Contato Direto: Ensaio por Imersão:
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ULTRASSOM 
MÉTODOS DE ENSAIO
Pelo tipo de transdutor utilizado, podemos classificar o ensaio por ultrassom em quatro técnicas: por transparência, por pulso eco, por duplo cristal e por transdutores angulares.
Técnica de Transparência: 
Acoplamento dos transdutores nos dois lados da peça, perfeitamente alinhados.
Não se pode determinar a posição da descontinuidade, sua extensão e localização na peça
Esta técnica é mais indicada para processos automáticos que envolvem grandes produções
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ULTRASSOM 
MÉTODOS DE ENSAIO
Técnica por pulso eco: 
Nos ensaios por ultrassom em processos manuais, geralmente usamos os transdutores do tipo monocristal, emissor e receptor (pulso eco), pela facilidade de manuseio e de operação.
É fácil entender que, se o pulso emissor bater numa descontinuidade, haverá um eco retornando, antes de terminar a emissão.
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ULTRASSOM 
MÉTODOS DE ENSAIO
Técnica de duplo cristal 
Para ensaiar peças com pouca espessura, nas quais se espera encontrar descontinuidades próximas à superfície, os transdutores pulso eco não são adequados, neste caso, usamos outro tipo de transdutor - o transmissor e receptor (TR), por duplo cristal..
Os transdutores TR são usados frequentemente para verificar dimensões de materiais e detectar, localizar e avaliar falhas subsuperficiais
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ULTRASSOM 
MÉTODOS DE ENSAIO
Técnica com transdutores angulares
Imagine a colocação de qualquer dos transdutores vistos anteriormente sobre um cordão de solda. Não teríamos acoplamento suficiente para o ensaio. Neste caso, usamos os transdutores angulares, que possibilitam um acoplamento perfeito e a detecção das descontinuidades.
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ULTRASSOM 
MÉTODOS DE ENSAIO
Técnica Tandem
Dois cabeçotes. O som emitido pelo emissor é detectado pelo receptor caso haja uma descontinuidade.
É utilizada quando se quer examinar uma região a uma dada profundidade onde a ocorrência de descontinuidades deve ser pesquisada.
Em função dessa profundidade determina-se o espaçamento dos cabeçotes.
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ULTRASSOM
Vantagens em relação a outros ensaios:
Trincas devido a tratamento térmico, fissuras e outros de difícil detecção por ensaio de radiações penetrantes (radiografia ou gamagrafia).
Para interpretação das indicações, dispensa processos intermediários, agilizando a inspeção.
No caso de radiografia ou gamagrafia, existe a necessidade do processo de revelação do filme, que via de regra demanda tempo do informe de resultados.
Ao contrário dos ensaios por radiações penetrantes, o ensaio ultrassônico não requer planos especiais de segurança ou quaisquer acessórios para sua aplicação.
A localização, avaliação do tamanho e interpretação das descontinuidades encontradas são fatores intrínsecos ao exame ultrassônico, enquanto que outros exames não definem tais fatores.
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ULTRASSOM
Limitações em relação a outros ensaios.
Requer grande conhecimento teórico e experiência por parte do inspetor.
O registro permanente do ensaio não é facilmente obtido.
Faixas de espessuras muito finas, constituem uma dificuldade para aplicação do método.
Requer o preparo da superfície para sua aplicação. Em alguns casos de inspeção de solda, existe a necessidade da remoção total do reforço da solda, que demanda tempo de fábrica.
A localização, avaliação do tamanho e interpretação das descontinuidades encontradas são fatores intrínsecos ao exame ultrassônico, enquanto que outros exames não definem tais fatores.
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ULTRASSOM - SOLDAS
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ULTRASSOM - ERROS
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PARTICULAS MAGNÉTICAS
Detecção de descontinuidades superficiais e sub-superficiais em materiais ferromagnéticos.
Detecção feita por meio de campos magnéticos aplicados ao material e o uso de pequenas partículas de materiais magnéticos.
As partículas se acumulam em regiões onde ocorre a fuga do fluxo magnético ocasionada pela descontinuidade.
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PARTICULAS MAGNÉTICAS LIMITAÇÕES
São constituídas de pó de ferro, óxidos de ferro muito finos e, portanto, com propriedades magnéticas semelhantes as do ferro. Na realidade elas SÃO PARTÍCULAS MAGNETIZÁVEIS E NÃO PEQUENOS ÍMÃS OU PÓ DE ÍMÃ.
A partir de uma determinada profundidade , a distorção nas linhas do campo não será suficiente para produzir fuga do fluxo na superfície. Portanto, a limitação apresentada por este método de teste é A PROFUNDIDADE DE DETECÇÃO DE DESCONTINUIDADES
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PARTICULAS MAGNÉTICAS EXECUÇÃO DO ENSAIO
ETAPAS PARA A EXECUÇÃO DO ENSAIO 
1- Preparação e limpeza da superfície.
2 - Magnetização da peça;
3 - Aplicação das partículas magnéticas;
4 - Inspeção da peça e limpeza;
5 – Desmagnetização da peça.
NORMAS PARA REFERÊNCIA: 
NORMA PETROBRAS N-1598 Ensaio não-destrutivo – Partículas magnéticas. 1998
ABNT NBR NM 342:2014 Versão Corrigida: 2015 Ensaios não destrutivos - Partículas magnéticas 
ABNT NBR 16241:2013 Ensaios não destrutivos — Partícula magnética — Inspeção subaquática 
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PARTICULAS MAGNÉTICAS
VIA SECA
Normalmente fornecidas nas cores amarela, vermelha, cinza, branca e preta.
Devem ser selecionadas de modo a possibilitar um bom contraste com a superfície examinada.
Granulação entre 50 μm e 150 μm.
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PARTICULAS MAGNÉTICAS 
 VIA ÚMIDA
São disponíveis para serem utilizadas nos ensaios realizados com luz branca ou ultravioleta.
Partículas que fluorescem emitindo luz com tonalidade verde amarelada são mais comuns, devido a sensibilidade ao olho humano.
Preparadas para serem utilizadas como suspensão em destilado leve de petróleo, óleo ou água, a uma dada concentração.
Aplicadas à superfície a ser examinada por aspersão, spray ou gotejamento.
Granulação entre 3 μm e 10 μm.
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PARTICULAS MAGNÉTICAS 
Métodos de Magnetização
Multidirecional: método em que simultaneamente são aplicados dois ou mais campos magnéticos tanto pelo método longitudinal como pelo método circular. 
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PARTICULAS MAGNÉTICAS 
Técnicas de Magnetização
Indução de Campo:
Yoke;
Bobina;
Condutor Central.
Passagem de Corrente:
Eletrodo;
Contato Direto.
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PARTICULAS MAGNÉTICAS
 Técnicas de Magnetização:
YOKES: é um dos equipamentos mais utilizados neste tipo de ensaio.
A intensidade do campo magnético gerado é função do nº de espiras e da corrente (CC ou CA) que circula pelo enrolamento ou bobina. 
Extremidades articuladas possibilitam a análise em superfícies curvas.
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PARTICULAS MAGNÉTICAS 
Técnicas de Magnetização
TÉCNICA DA BOBINA
Também chamada de técnica da magnetização longitudinal. 
A peça é colocada no interior de uma bobina eletromagnética. Ao circular corrente elétrica pela bobina, forma-se um campo longitudinal na peça por indução magnética.
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PARTICULAS MAGNÉTICAS 
Técnicas de Magnetização
TÉCNICA DO CONDUTOR CENTRAL
Técnica usual para ensaios de tubos. Um condutor elétrico, que irá induzir um campo magnético circular, é introduzido no tubo, facilitando a visualização das suas descontinuidades longitudinais.
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PARTICULAS MAGNÉTICAS
TÉCNICA DO ELETRODO
Eletrodos: permitem a passagem de uma corrente elétrica para a peça, gerando campos magnéticos circulares utilizados para a inspeção.
Tanto para a técnica do Yoke como para a técnica dos eletrodos, a magnetização da peça deve ser feita em duas direções ortogonais, de modo a possibilitar o exame de toda a região de interesse.
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PARTICULAS MAGNÉTICAS
TÉCNICA POR CONTATO DIRETO:
A magnetização é efetuada pela passagem de corrente de uma extremidade da peça à outra. O campo magnético que se forma é circular. Tem sua maior aplicação em máquinas estacionárias.
Máquinas Estacionárias são projetados para serem utilizados em laboratórios ou em linhas de produção, com características especiais para atender a cada necessidade.
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PARTICULAS MAGNÉTICAS
ACESSÓRIOS
Medidores de campo magnético: medem a intensidade do campo magnético tangencial à superfície da peça. Ainda podem ser utilizados para a medição do campo magnético residual no material após a realização do ensaio.
Lâmpada ultravioleta: apresenta comprimentos de onda entre 100 e 400 nm no espectro eletromagnético. De acordo com o seu comprimento de onda, elas são separadas em três classes.
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PARTÍCULAS MAGNÉTICAS ACESSÓRIOS
Medidores de luz : utilizados para verificar a intensidade de luz ultravioleta e branca na superfície da peça antes da realização do ensaio.
 Indicadores de campo magnético: São construídos de forma a simular a presença de uma descontinuidade, provocando, sob a ação de um campo magnético, fugas de fluxo em sua superfície.
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LÍQUIDOS PENETRANTES
O ensaio por líquidos penetrantes é um método desenvolvido especialmente para a detecção de descontinuidades essencialmente superficiais, e ainda que estejam abertas na superfície do material. .
É muito usado em materiais não magnéticos como alumínio, magnésio, aços inoxidáveis austeníticos, ligas de titânio, e zircônio, além dos materiais magnéticos. É também aplicado em cerâmica vitrificada, vidro e plásticos. 
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LÍQUIDOS PENETRANTES – ETAPAS PARA A REALIZAÇÃO DO ENSAIO
Preparação limpeza da superfície
Secagem (Aguardar! )
Aplicação do Penetrante
Aguardar! 
Remoção do excesso de penetrante.
Aplicação do Revelador 
Avaliação das indicações produzidas
Limpeza Final
NORMAS DE REFERÊNCIA: 
NORMA PETROBRAS N-1596 Ensaio não-destrutivo - Líquido penetrante. 1996.
ABNT NBR NM 334:2012 Ensaios não destrutivos — Líquidos penetrantes — Detecção de descontinuidades
ABNT NBR 15691:2009 Ensaios não destrutivos - Líquido penetrante - Prática padronizada 
ABNT NBR 16450:2016 Ensaios não destrutivos — Líquido penetrante — Qualificação de procedimento
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LÍQUIDOS PENETRANTES – ETAPAS PARA A REALIZAÇÃO DO ENSAIO
FONTE:
SILVA JUNIOR, S.F.; MARQUES, P.V. Apostila: Ensaios não destrutivos. Belo Horizonte, 2006. 
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LÍQUIDOS PENETRANTES 
TIPOS
Quanto à visibilidade podem ser:
Fluorescentes (método A): são ativados e processados para apresentarem alta fluorescência quando excitados por raios ultravioleta (luz negra).
Visíveis coloridos (método B): Esses penetrantes são geralmente de cor vermelha, para que as indicações produzam um bom contraste com o fundo branco do revelador.
Quanto a forma de remoção:
Com Água (diretamente)
Com Solvente (primeiramente com estopa seca e depois com solvente)
Com Emulsificante (para penetrantes a base de óleo insolúveis em água), aplica-se o emulsificante depois lava-se com água.
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LÍQUIDOS PENETRANTES VANTAGENS
Simplicidade e rapidez.
Facilidade de interpretar seus resultados.
Treinamento simples do operador
Sem limitações de tamanho, forma, material das peças a serem ensaiadas.
O ensaio pode revelar descontinuidades extremamente finas, da ordem de 0,001 mm de largura, imperceptíveis a olho nu.
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LÍQUIDOS PENETRANTES 
LIMITAÇÕES
O ensaio só detecta descontinuidades abertas e superficiais, já que o líquido tem de penetrar na descontinuidade. 
A descontinuidade não pode estar preenchida com qualquer material estranho.
A superfície do material a ser examinada não pode ser porosa ou absorvente, já que não conseguiríamos remover totalmente o excesso de penetrante, e isso iria mascarar os resultados.
O ensaio pode se tornar inviável em peças de geometria complicada, que necessitam de absoluta limpeza após o ensaio, como é o caso de peças para a indústria alimentícia, farmacêutica ou hospitalar
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CORRENTES PARASITAS
São induzidas no material sob teste através de uma bobina alimentada por uma corrente alternada, a uma determinada freqüência.
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CORRENTES PARASITAS
Enquanto estiver sobre uma região homogênea do material, a impedância total da bobina permanecerá inalterada. 
Caso a bobina atravesse uma região do material com uma região com uma inclusão ou trinca, as correntes parasitas serão alteradas, alterando o campo secundário e, consequentemente no campo resultante.
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CORRENTES PARASITAS
Aplicações:
Detecção de descontinuidades em metais ferrosos e não ferrosos. 
Medição de condutividade elétrica em metais não-magnéticos. 
Medição de espessuras de camadas não condutivas sobre metais condutores não-magnéticos. 
Medição de espessuras de camadas não-magnéticas sobre metais magnéticos. 
Diferenciação de metais quanto à composição química, dureza, microestrutura, etc. 
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CORRENTES PARASITAS
Vantagens:
Ótima sensibilidade na detecção de descontinuidades superficiais. 
Aplica-se tanto a materiais ferrosos e não-ferrosos. 
As indicações são imediatas. 
Não a necessidade de materiais de consumo. 
O método possibilita elevadas velocidades de inspeção. 
Não exige uma preparação superficial rigorosa das peças e serem ensaiadas. 
A grande versatilidade do método, permite que o mesmo seja utilizado com sucesso em inúmeras aplicações. 
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CORRENTES PARASITAS
Limitações:
A profundidade de penetração do ensaio é limitado, e depende da freqüência e do material ensaiado. 
Mais de uma variável afeta simultaneamente o ensaio. 
Em algumas aplicações,
o investimento inicial torna-se elevado. 
Apresenta algumas dificuldades na obtenção de registros permanentes. 
Em algumas aplicações, as peças a serem ensaiadas precisam ter geometria uniforme. 
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CORRENTES PARASITAS
APLICAÇÕES
Detecção de trincas superficiais:
É necessário utilizar um padrão que contenha descontinuidades similares a trincas para a calibração do sistema de ensaio.
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CORRENTES PARASITAS
APLICAÇÕES
Inspeção de tubos em trocadores de calor
Utilizam-se sondas internas.
Para a calibração do sistema de ensaio, utiliza-se padrões adotados pelo Código ASME, contendo furos de fundo plano com diferentes diâmetros e profundidades. São descontinuidades básicas existentes neste padrão.
NORMAS DE REFERÊNCIA: 
ABNT NBR 15193:2016 Ensaios não destrutivos — Correntes Parasitas — Tubos não ferromagnéticos instalados em trocadores de calor
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TERMOGRAFIA
NORMAS DE REFERÊNCIA: 
ABNT NBR 16485:2016 Ensaios não destrutivos - Termografia - Medição e compensação da emissividade utilizando câmeras termográficas ou radiômetros
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TERMOGRAFIA
NORMAS DE REFERÊNCIA: 
ABNT NBR 16485:2016 Ensaios não destrutivos - Termografia - Medição e compensação da emissividade utilizando câmeras termográficas ou radiômetros
O princípio da termografia está baseado na medição da distribuição de temperatura superficial do objeto ensaiado, quando este estiver sujeito a tensões térmicas. Medição esta que é realizada pela detecção da radiação térmica ou infravermelha emitida por qualquer corpo, equipamento ou objeto.
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TERMOGRAFIA
Quanto mais clara for a cor, maior a temperatura, maior a emissão de radiação infravermelha.
Técnicas de Manutenção Preditiva definida por alguns como uma atividade de monitoramento capaz de fornecer dados suficientes para uma análise de tendências. 
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TERMOGRAFIA - APLICAÇÕES
Setor elétrico
Eletrônica
Indústria de Processo
Construção civil
Industria automotiva
Militar
Medicina
Dispositivos mecânicos
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LÁPIS TÉRMICO OU DE FUSÃO
São próprios para medir a temperatura de materiais;
Utiliza-se a propriedade de que cada substância tem um ponto de fusão único e característico.
Disponíveis nas temperaturas de 38ºC a 1093ºC.
Na soldagem, são utilizados para o controle de temperatura de pré-aquecimento, interpasse e pós-aquecimento.
Alguns lápis mudam a uma determinada temperatura, ao invés de 
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CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL
ABENDI – Associação Brasileira de Ensaios Não destrutivos e Inspeção; 
É uma entidade técnico-científica, sem fins lucrativos, de direito privado, fundada em março de 1979, com a finalidade de difundir as técnicas de END e Inspeção.
CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear 
É o órgão superior de planejamento, orientação, supervisão e fiscalização, estabelece normas e regulamentos em radioproteção e licencia, fiscaliza e controla a atividade nuclear no Brasil.
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DÚVIDAS???
Agradeço a oportunidade!
		 Muito obrigado pela atenção !
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Referências
SILVA JUNIOR, S.F.; MARQUES, P.V. Apostila: Ensaios não destrutivos. Belo Horizonte, 2006. 
SCHAEFFER, C. Apresentação Prof. Eng. Claudio Schaeffer: Partículas Magnéticas – Materiais II. IFSC, Florianópolis
SAMPAIO, R.; Apostila: Inspeção de equipamentos – Inspeção visual
RODRIGUES, L. E. M. J. Apresentação Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues Ensaios Mecânicos de materiais – líquido penetrante. IFSP, São Paulo
NORMA PETROBRAS N-1596 Ensaio não-destrutivo - Líquido penetrante. 1996.
NORMA PETROBRAS N-1598 Ensaio não-destrutivo – Partículas magnéticas. 1998
SILVA, W.C.D; BRACARENSE, A.Q; PESSOA, E.C.P. Efeito da profundidade de soldagem no hidrogênio difusível de soldas molhadas Soldag. insp. vol.17 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2012
			
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São aqueles que após sua realização não deixam nenhuma marca ou sinal, e portanto, nunca inutilizam a peça ou o corpo de prova.
Por esse motivo podem ser utilizados para se detectar falhas em produtos acabados ou semi-acabados.
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Em linha de produção peças com problemas (descontinuidades ou defeito) são usadas, propositalmente, para aferir a qualidade da inspeção ou inspetor.
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a radiografia é um método capaz de detectar com boa sensibilidade defeitos volumétricos. Isto quer dizer que a capacidade do processo de detectar defeitos com pequenas espessuras em planos perpendiculares ao feixe, como trinca dependerá da técnica de ensaio realizado. Defeitos volumétricos como vazios e inclusões que apresentam uma espessura variável em todas as direções, serão facilmente detectadas desde que não sejam muito pequenos em relação à espessura da peça.
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Geralmente o tubo de raios-X é uma ampola de vidro 
de alta resistência ao calor.
A qualidade da radiografia está relacionada ao tamanho do
 ponto focal, que quanto menor, produzirá melhores detalhes
 de imagem.
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Para que possamos julgar a qualidade da imagem de uma certa radiografia são
empregadas pequenas peças chamadas Indicadores de Qualidade de Imagem (IQI)
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