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Ensaios não destrutivos - END INSPEÇÃO DE QUIPAMENTOS O INMETRO define inspeção como avaliação pela observação e julgamento acompanhados, conforme apropriado, por medições, ensaios ou uso de calibres. Na manutenção, a inspeção é um procedimento de rotina que objetiva diagnosticar o estado dos equipamentos. Técnicas comuns de inspeção: inspeção visual, termografia, ultra-som, vibrações, líquidos penetrantes, ferrografia, etc. Os ensaios não destrutivos permitem a inspeção antes da utilização inicial ou mesmo inspeções continuas ao longo da vida útil da peça ao longo da sua vida útil, apontando o momento exato de ação de manutenção, antes da ruptura em serviço END Os Ensaios Não Destrutivos (END) são técnicas utilizadas na inspeção de materiais e equipamentos sem danificá-los, sendo executados nas etapas de fabricação, construção, montagem e manutenção. São os ensaios que após sua realização não deixam nenhuma marca ou sinal e, por consequência, nunca inutilizam a peça ou corpo de prova. Por essa razão, podem ser usados para detectar falhas em produtos acabados e semiacabados. Definição Objetivos END ➢ Garantir a qualidade, no processo de fabricação ou montagem de equipamentos. ➢ Reduzir os custos e qualidade da manutenção. ➢ Aumentar a confiabilidade da inspeção. ➢ Preservação da vida e do meio ambiente, sendo fator de competitividade para as empresas que os utilizam. São largamente utilizadas nos setores petróleo/petroquímico, químico, aeronáutico, aeroespacial, siderúrgico, naval, eletromecânico, papel e celulose, entre outros. uso Além do uso industrial, tem crescido significativamente a aplicação dos END para: ✓ a conservação de obras de arte, ✓ na agropecuária - controle da camada de gordura de bovinos e suínos – ✓ na medicina END INSPEÇÃO DE QUIPAMENTOS Vantagens Ensaio realizado diretamente nos elementos a serem utilizados Podem ser realizados em todos os elementos constituintes de uma estrutura Regiões críticas de uma mesma peça podem ser examinadas simultaneamente Auxiliam na manutenção preventiva Materiais e peças de alto custo de produção não são perdidos Em geral, requerem pouca ou nenhuma preparação da amostra; podem ser portáteis e normalmente mais baratos e rápidos que os ensaios destrutivos Desvantagens Por envolverem avaliações indiretas de suas características, o comportamento em serviço da peça ensaiada pode não ser satisfatoriamente caracterizado São em geral qualitativos e poucas vezes quantitativos Na interpretação das indicações dos ensaios são necessárias experiencias prévias END Fatores principais para especificação do ensaio Tipo de material: características magnéticas, de massa específica( densidade) e composição química Processo de fabricação: Fundição, forjamento, processos de revestimentos ou tratamentos térmicos Geometria da peça: forma, dimensões, condições superficiais Defeitos: superfícies, subsuperfícies, internos, localização e tamanho dos defeitos Estágio da aparência do defeito: elaboração da matéria prima, na fabricação e utilização END Custos ✓ Numero de peças que serão inspecionadas ✓ Tamanho e o peso das peças ✓ Facilidades de manejo das peças no recinto do ensaio ✓ Sistemas de inspeção adotadas( manuais ou mecânicos) ✓ Sensibilidade do ensaio ✓ Porcentagem de peças defeituosas obtidas no ensaio ✓ Grau de instrução dos operadores e inspetores ensaio visual líquido penetrante Partículas magnéticas Radiografia (Raios X, Gama) Correntes parasitas análise de vibrações Termografia Ultra som -emissão acústica, estanqueidade e análise de deformações. Métodos END ENSAIO VISUAL Conceito: este ensaio consiste, simplesmente, na visualização através do olho humano, ou por aparelhos de defeitos e descontinuidades em peças e produtos. Propriedades Avaliadas: A inspeção visual é um importante recurso na verificação de:alterações dimensionais, padrão de acabamento superficial observação de descontinuidades superficiais visuais em materiais e produtos em geral Ex: trincas, corrosão, deformação, alinhamento, cavidades, porosidade, montagem de sistemas mecânicos A ABENDE classifica o ensaio ou inspeção visual como: Ensaio Visual Direto - Ensaio realizado a olho nu ou com auxílio de lentes de aumento. Ensaio Visual Remoto - Ensaio realizado com o auxílio de instrumentos ópticos simples e/ou de controle remoto. Quanto ao local do ensaio, classifica-se a inspeção em: Visual Externa – quando se observam elementos localizados nas partes externas dos equipamentos, sem que estes sejam desmontados. Visual Interna – quando se observam elementos localizados nas partes internas dos equipamentos, com ou sem necessidade de desmontagem. END • Primeiro método de ensaio não destrutivo aplicado em qualquer tipo de peça ou componente. É, com certeza, o ensaio mais barato, usado em todos os ramos da indústria. • É um importante recurso na verificação de alterações dimensionais, padrão de acabamento superficial e na observação de descontinuidades superficiais visuais em materiais e produtos em geral • A inspeção visual exige definição clara e precisa de critérios de aceitação e rejeição do produto que está sendo inspecionado. • Requer ainda inspetores treinados e especializados, para cada tipo ou família de produtos. • É aplicado, frequentemente associado a outros ensaios de materiais. • Não existe nenhum processo industrial em que a inspeção visual não esteja presente • Na aviação, o ensaio visual é a principal ferramenta para inspeção de componentes. ENSAIO VISUAL END Na manutenção industrial, a inspeção visual é um importante recurso para: Observar alterações dimensionais em peças; Diagnosticar o estado das superfícies dos materiais (acabamento, incrustações, limpeza, trincas, desgaste, cavidades, porosidades e corrosão); Descoberta de vazamento; Verificação de alinhamento entre eixos; Verificação da condição de montagem de sistemas mecânicos, etc . ENSAIO VISUAL END • Outras condições necessárias ao ensaio: ❑ Limpeza da peça com objetivo de retirar resíduos que impeçam a visualização da descontinuidades; ❑ Peças que tenham acabamento podem necessitar de preparação (produzir rebarbas na peça); ❑ Iluminação adequada. Melhor com luz natural, sendo é mais utilizada luz artificial devendo ser posicionada atrás do inspetor ou em local que produza bom contraste; ❑ Distância adequada para a inspeção, menos que 25cm produz distorções; ❑ Em linha de produção peças com problemas (descontinuidades ou defeito) são usadas, propositalmente, para aferir a qualidade da inspeção ou inspetor. ENSAIO VISUAL END • Uso de lupas e microscópios ❑ Formam imagens virtuais maiores que o objeto e possuem escala graduada para dimensionar as descontinuidades. • Principal ferramenta do ensaio visual: os olhos ❑ O olho é considerado um órgão pouco preciso. A visão varia em cada um de nós, e mostra-se mais variável ainda quando se comparam observações visuais num grupo de pessoas. ❑ Ajudando os nossos olhos: ❖Lupas e microscópios; ❖Espelhos e tuboscópios; ❖Câmeras em circuito fechado. ENSAIO VISUAL END • Uso de espelhos e tuboscópio Na indústria, espelhos também são usados para inspeção de cantos, soldas e superfícies onde nossos olhos não alcançam. ▪ Uso de tuboscópios São sistemas de tubulares longos de pequeno diâmetro espelhados e iluminados internamente que servem observam tubos longos de pequeno diâmetro, por exemplo, os utilizados em caldeiras Espelho Tuboscópio • Uso de câmeras em circuito fechado Uma câmera acoplada à um tuboscópio permite ao inspetor executar o exame de superfícies a grandes distâncias; este recurso é utilizado quando o ambiente em que se encontra a peça, ou a parte dela a ser examinada, não é favorável devido a gases tóxicos, altas temperaturas ou radiação. ENSAIO VISUAL END LÍQUIDO PENETRANTE Buscam detectar descontinuidades superficiais e que sejam abertasna superfície, tais como trincas, poros, dobras, defeitos não aparentes; etc. Podem se aplicados em todos os materiais sólidos e que não sejam porosos ou superfície muito grosseira É muito usado em materiais magnético e não magnético , Também aplicado em cerâmicas vitrificadas , vidro e polímeros • O método consiste em fazer penetrar na abertura da descontinuidade um líquido. Após a remoção do excesso de líquido da superfície, faz-se sair da descontinuidade o líquido retido através de um revelador. A imagem da descontinuidade fica então desenhada sobre a superfície. END LÍQUIDO PENETRANTE Vantagens • Ensaio rápido • Simplicidade de realização e interpretação dos resultados. • Sem limitações quanto ao tamanho, forma, tipo de material a ser ensaiado • O ensaio pode revelar descontinuidades extremamente finas, da ordem de 0,001mm de largura, totalmente imperceptíveis a olho nu. Limitações • O ensaio só detecta descontinuidades abertas e superficiais, já que o líquido tem de penetrar na descontinuidade. • A superfície do material a ser examinada não pode ser porosa ou absorvente, já que não conseguiríamos remover totalmente o excesso de penetrante, e isso iria mascarar os resultados. END Etapas: A. Preparação e limpeza da superfície. B. Aplicação do líquido penetrante. C. Remoção do excesso de penetrante. D. Revelação. E. Inspeção. F. Limpeza final. ENSAIO LÍQUIDO PENETRANTE O método por Líquido penetrante pode ser descrito em 6 etapas END etapa 1/6 Preparação da superfície - Limpeza inicial; etapa 2/6 Aplicação de penetrante; LÍQUIDO PENETRANTE ENSAIO END etapa 3/6 Remoção de excesso de penetrante etapa 4/6 Revelação LÍQUIDO PENETRANTE ENSAIO END Luxímetro etapa 5/6 Avaliação e inspeção etapa 6/6 Limpeza pós ensaio e registro LÍQUIDO PENETRANTE ENSAIO END ANÁLISE TERMOGRÁFICA A termografia é a técnica que permite o acompanhamento de temperaturas e a formação de imagens térmicas, conhecidas por termogramas. A termografia é uma técnica que permite mapear um corpo ou uma região com o intento de distinguir áreas de diferentes temperaturas, sendo portanto uma técnica que permite a visualização artificial da luz dentro do espectro infravermelho. O infravermelho corresponde a uma faixa frequência eletromagnética emitida por qualquer corpo à temperatura próxima à do ambiente (22ºC). A emissão de ondas eletromagnéticas é estudada na Física mediante o que denomina-se Lei de Plank. Esse estudo levou ao desenvolvimento da mecânica quântica. Com a termografia hoje, é possível eliminar muitos problemas de produção, evitando falhas elétricas, mecânica e fadiga de materiais. Muitas indústrias de todo o mundo têm descoberto a vantagem de incorporá-las em seus programas de manutenção preventiva. É o mapeamento sem contato e análise dos padrões térmicos da superfície de um objeto. Para formação de uma imagem térmica, devemos ter diferenças de temperatura. Se tivermos uma superfície com temperatura constante, não se formará nenhuma imagem. END ANÁLISE TERMOGRÁFICA Aplicações Instalações elétricas As falhas se detectam principalmente na conexões, falta de aperto e sobrecargas elétricas. Atraves da análise temperatura em cada componente pode facilmente identificar o problema END ANÁLISE TERMOGRÁFICA Os problemas em equipamentos rodantes podem ser vistos em pleno processo. Problemas de lubricação, desgaste e desalinhamento podem ser detectados facilmente. Instalações Mecânicas Anomalias mecânicas produz dissipação de calor acima de valores de operação, a inspeção os encontra rapidamente. Ex: Rolamentos, motores, linhas de vapor, isolamentos térmicos, válvulas, caldeiras, etc. ANÁLISE TERMOGRÁFICA ENSAIO COM PARTÍCULAS MAGNÉTICAS Conceito: O ensaio por partículas magnéticas é utilizado para detectar descontinuidades superficiais e subsuperficiais, até aproximadamente 3 mm de profundidade, em materiais ferromagnéticos. • O processo consiste em submeter a peça, ou parte desta, a um campo magnético. • Na região magnetizada da peça, as descontinuidades existentes, ou seja a falta de continuidade das propriedades magnéticas do material, irão causar um campo de fuga do fluxo magnético. • Com a aplicação das partículas ferromagnéticas, ocorrerá a aglomeração destas nos campos de fuga, uma vez que serão por eles atraídas devido ao surgimento de polos magnéticos. • A aglomeração indicará o contorno do campo de fuga, fornecendo a visualização do formato e da extensão da extensão da descontinuidade. ENSAIO COM PARTÍCULAS MAGNÉTICAS • Campo magnético é uma região do espaço que foi modificada pela presença de um imã . Limalha sob ação das linhas de indução Quando existem defeitos, o local da trinca atrai um maior número de partículas, formando uma camada carga e concentrada (“Campo de Fuga”.) . Desta forma, o ensaio por partículas magnéticas funciona como um “detector” de campos de fuga METODOS de ENSAIO METODOS de ENSAIO • Multidirecional – método em que simultaneamente são aplicados dois ou mais campos magnéticos tanto pelo método longitudinal como pelo método circular. • Indução de campo ❑ Bobina ❑ Yoke ou Ioque ❑ Condutor central • Passagem de corrente ❑ Eletrodo ❑ Contato direto Magnetização METODOS de ENSAIO ❑ Bobina - • Indução de campo ❑ Yoke ou Ioque ❑ Condutor central METODOS de ENSAIO • Passagem de corrente ❑ Eletrodo – permitem a passagem de corrente elétrica pela peça. ❑ Contato direto - O campo magnético criado é circular. ANÁLISE ULTRA-SÔNICA Medição de sons de alta frequência ajuda-nos a descobrir vazamentos, válvulas mal fechadas ou com problemas de folga excessiva. • Qualquer som é resultado da propagação de vibrações mecânicas através de um meio material, carregando energia e não matéria. • Essas ondas, ao atingir o ouvido produzem uma sensação sonora. • O aparelho de audição do ser humano é sensível somente a sons com frequência entre 20 e 20000Hz. Ondas mecânicas longitudinais com frequência abaixo de 20Hz são chamadas infrassom e acima de 20000Hz, ultrassom. As ondas ultrassônicas são geradas por transdutores construídos a partir de materiais piezoelétricos ANÁLISE ULTRA-SÔNICA Conceito: esse ensaio é baseado em ondas de ultrassom geradas por para detecção de defeitos internos. Nesse ensaio são induzidas ondas ultrasônicas que se propagam através do material. Pelo eco captado no receptor, determina-se a existência ou não de descontinuidades. Propriedades Avaliadas: descontinuidades e defeitos internos em peças, produtos e matéria prima; ENSAIO DE ULTRASSOM Vantagens: • Localização precisa das descontinuidades independente da localização das mesmas. • Alta sensibilidade ao detectar pequenas descontinuidades; • Respostas imediatas pelo uso de equipamento eletrônico. Desvantagens: • Exigência de bons conhecimentos técnicos do operador; • Atenção durante todo o ensaio; • Obediência a padrões para calibração do equipamento; • Necessidade de aplicar substâncias que façam a ligação entre o equipamento de ensaio e a peça (acoplantes). METODOS de ENSAIO técnicas Técnica de transparência ❑ Havendo descontinuidades, o receptor recebe uma porcentagem inferior ao sinal emitido. ❑ Esta técnica é mais indicada para processos automáticos que envolvem grandes produções. ❑ Ela não é apropriada para processos de medições manuais. Técnica por pulso eco Em processos manuais usa-se o transdutor monocristal, emissor e receptor (pulso eco) pela facilidade Se o pulso emissor bater numa descontinuidade, haverá um eco retornando antes de terminar a emissão METODOS de ENSAIO técnicas Técnica de duplo cristal • Para ensaiar peças com pouca espessura, nas quais se espera encontrar descontinuidades próximas à superfície, os transdutores pulso eco não são adequados, neste caso, usamos o transmissor e receptor (TR), por duplo cristal.A zona morta ou de Fresnel, neste caso, é menor. Transdutores TR são usados para verificar espessuras de materiais e analise de falhas suberificais Técnica com transdutores angulares . Usamos os transdutores angulares, que possibilitam um acoplamento perfeito e a detecção das descontinuidades para inspeções de soldas METODOS de ENSAIO Inspeção de soldas METODOS de ENSAIO Técnica de duplo cristal Na radiografia industrial, utilizamos o mesmo princípio da radiografia clínica. RADIOGRAFIA INDUSTRIAL Poderoso método que pode detectar com alta sensibilidade descontinuidades com poucos milímetros de extensão,desempenham um papel importante na comprovação da qualidade da peça ou componente em conformidade com os requisitos das normas, especificações e códigos de fabricação. Gamagrafia e Raios X Raios Gama e X tem grande capacidade de penetração em linha reta em materiais indo afetar um filme radiografico ( material fotográfico com emulsão) colocado a posterior da peça. Se o material apresentar qualquer descontinuidade ( bolhas,impurezas, vazios, composição química diferente) o feixe emergente apresentara intensidade variável RADIOGRAFIA INDUSTRIAL Usados nas indústrias de petróleo e petroquímica, nuclear, alimentícia, farmacêutica, inspeção em soldas e fundidos, e ainda na indústria bélica para inspeção de explosivos, armamento e mísseis. com os propósitos de investigação, inspeção de rotina e controle de qualidade Gamagrafia e Raios X Metodologia: Coloca-se o material a ser ensaiado entre uma fonte emissora de radiação e um filme receptor.Uma parte dos raios emitidos é absorvida pelo material e a outra parte irá atravessá-lo, sensibilizando o filme e produzindo nele uma imagem do material ensaiado. Aplicações básicas: Detectar descontinuidades internas em materiais e soldas Inspeção de fundidos para avaliar falhas de sedimentação do material Usado em materiais : ferrosos e não ferrosos; não metalicos, cerâmicos e polimeros Aplicação RADIOGRAFIA INDUSTRIAL raios-x para os ensaios não destrutivos são produzidos pela interação de elétrons de alta energia ou íons, com a matéria Raio X RADIOGRAFIA INDUSTRIAL Gamagrafia Com emissão eletromagnética, similar aos raios X, porem de maior intensidade, são usado para exames com maior mobilidade , principalmente em tubulações. Sua aplicação é similar ao do raio x METODOS de ENSAIO O que é Vibração? • Vibração é o movimento alternativo de um corpo ao redor de uma posição de equilíbrio, causado por uma força indesejável. A oscilação de um eixo ao redor de uma posição central em um mancal de escorregamento. Por exemplo: Um corpo é dito estar vibrando quando ele descreve um movimento de oscilação em torno de uma posição de referência. O número de vezes de movimento completo (Ciclos) efetuados no período de 1(um) segundo é chamado de frequência e medido em hertz (Hz). A análise de vibrações busca por indícios (mudanças) de amplitude e frequências nos sinais coletados que são indícios de alteração no funcionamento do equipamento. Análise de vibração Pode-se acompanhar a evolução do nível de vibrações de uma máquina rotativa, a partir da análise do espectro de freqüências do sinal de vibrações e identificar o surgimento de novos esforços dinâmicos ou o aumento repentino da amplitude do nível de vibrações, que são fortes indicadores do surgimento de defeitos ou degradação do funcionamento da máquina rotativa. ❖ O sinal de vibrações pode ser analisado através do domínio do tempo e do domínio da freqüência (espectro de freqüência). ❖ O domínio de tempo é uma representação bidimensional de amplitude no eixo vertical e o tempo no eixo horizontal. O domínio da freqüência representa a amplitude no eixo vertical e as freqüências no eixo horizontal. Análise de vibração Análise de vibração A análise da vibração consiste em identificar frequências específicas no espectro de frequência dos sinais coletados das máquinas em funcionamento a fim de identificar antecipadamente falhas do sistema. Um sinal no domínio do tempo não demonstra claramente quais as falhas de um equipamento. O processamento dos sinais e visualização no domínio da frequência é necessário para melhor identificação das frequências que pode, indicar uma falha do equipamento. Sinal no domínio do tempo Sinal no domínio da frequência Análise de vibração Vantagens: • Os sinais coletados identificam prontamente a mudança da condição dos equipamentos; • É capaz de detectar avaria na sua fase inicial, quando ainda não gerou danos graves no equipamento; • Pode (e deve) ser aplicado com a máquina em funcionamento; • Na maioria dos casos permite identificar o componente que está gerando a vibração; • Alguns equipamentos de coleta de dados (ex: coletores portáteis) e sensores tem tamanho pequeno e portanto facilidade para uso em campo; • Permite monitoramento intermitente ou permanente. Análise de vibração Entre os modos de falha que podem ser identificados por análise de vibração estão: • Defeitos de rolamento; • Desbalanceamento e desalinhamento; • Excentricidade; • Interferência; • Erosão localizada; • Abrasão; • Ressonância; • Folgas; Aplicação Análise de vibração Principais técnicas utilizadas para o diagnóstico de máquinas: • Deslocamento, velocidade e aceleração global; • Fator de crista (Crest factor); • Análise no domínio do tempo; • Análise espectral; • Análise do Envelope; • Curtose. Estas técnicas serão detalhadas nos capítulos posteriores. • Cada defeito gera um padrão característico de vibrações • A frequência de vibração é determinada pela geometria da máquina e pela sua velocidade de operação • Uma única medição de vibração fornece informação acerca de vários componentes Regras Básicas de Diagnóstico de Defeitos AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DOS SINAIS DE VIBRAÇÃO FFT Transdutor Nível Global de Energia Forma de Onda A m p litu d e Tempo Espectro A m p litu d e Freqüência VIBRAÇÕES DE MÁQUINAS FFT ESPECTRO DE VIBRAÇÃO TÍPICO Muitos picos isolados Desbalanceamento Desbalanceamento tipicamente gera vibração na freqüência de rotação (1N) Espectro de Vibração Típico Desalinhamento Desalinhamento tipicamente gera picos nas freqüências 1N e/ou 2N N = freqüência de rotação Espectro de Vibração Típico Análise de lubrificantes A análise de óleo procura identificar as condições do lubrificante e identificar a presença de partículas em suspensão no lubrificante. Existem basicamente duas técnicas de análise: a) Ferrografia: Investigação microscópica dos fragmentos em suspensão para determinar o tipo e a localização das falhas; b) Espectrografia: Amostras de lubrificantes passam por análise química para determinar a presença de materiais que possam ser resultado de abrasão entre os componentes. • A Ferrografia distingue o tamanho e forma da partícula mas possui restrição a pequenos tamanhos (< 2mm) e identificação dos componentes da amostra; • A Espectrometria não distingue tamanho e forma, mas pode identificar partículas menores e quais são os componentes da amostra. Análise de lubrificantes A Ferrografia baseia-se na avaliação microscópica visual de partículas extraídas e depositadas em uma lâmina de microscópio chamada de ferrograma. Examinando forma, cor, detalhe das bordas, efeitos de um campo magnético e outros testes como tratamento térmico e adição de reagentes químicos, pode-se identificar o mecanismo de desgaste. Essa tecnologia diferencia o tipo de material contido na amostra e determina o componente de desgaste a partir do qual ele foi gerado. A espectrometria é uma técnica que se baseia na avaliação das frequências luminosas emitidas pelos elementos de uma amostra de óleo quando entram em combustão (cada elemento químico possui a sua própria frequência). Permite a identificação de substâncias metálicas (ferro, cobre, alumínio, etc.) e contaminações externas (ex: silício). ANÁLISEDE LUBRIFICANTES Quantitativa: identificam-se os tamanhos dos particulados e separam-se os mesmos em tamanhos grande e pequeno. Pode-se assim obter informações sobre o modo de desgaste e a severidade. Data da coleta Amos tra Viscosidad e a 40°C (cSt) S L L+S PLP (%) 12/02/0 7 01 124 60 184 244 50,8 2 13/07/0 7 02 423,3 46,5 108, 3 154, 8 39,9 Analítica: identifica-se a forma dos particulados. Pode-se assim obter informações das causas dos desgastes. Partículas com desgaste normal encontrado em um redutor comum, com engrenagens cementadas. (aumento de 500 vezes) Fonte: Tribolab Desgaste perigoso por pitting em rolamentos, encontrado num compressor de ar, tipo parafuso. (aumento de 500 vezes) Fonte: Tribolab Ferrografia: Análise de lubrificantes O estado do óleo pode ser analisado de forma mais ampla para indicar outras anormalidades: INDICAÇÃO CAUSA PROVÁVEL AÇÃO SUGERIDA Espuma Agitação excessiva ou passagem sob pressão através de uma restrição. Verificar o sistema Emulsão - Separa-se naturalmente ou por Centrifugação Contaminação por água Drenar a água Trocar o óleo Escurecimento Oxidação do óleo Temperatura elevada Produtos de combustão em contato com o óleo Trocar o óleo Dureza: A dureza é uma propriedade mecânica muito importante para o bom desempenho de inúmeros componentes: engrenagens, eixos, alojamentos, rolamentos, buchas, etc. A medição da dureza é relativamente simples e não exige equipamentos sofisticados e pessoal especializado. A dureza é utilizada no controle de peças novas e peças em uso; podendo fornecer informações para o controle de qualidade e nos serviços de manutenção dos equipamentos. Correntes Parasitas: A inspeção por correntes parasitas, ( correntes de Foucault ou do inglês “eddy currents”), é baseada na introdução da corrente elétrica no material a inspecionar e observação na interação entre a corrente e o material. As correntes parasitas são geradas por meio de bobinas eletromagnéticas, localizadas na sonda ou bobina de inspeção, que têm impedância continuamente monitorada. Como se trata de um ensaio que emprega indução eletromagnética, não necessita de contato entre a sonda e a peça, requerendo apenas, que o material seja condutor elétrico. Os defeitos da peça provocam a distorção das correntes parasitas que alteram a impedância da bobina que pode ser detectada pelo aparelho, permitindo a localização dos defeitos. A inspeção por correntes parasitas é uma técnica de múltiplas aplicações, sendo utilizada principalmente em materiais delgados. Teste Hidrostático: É utilizado para a identificação de defeitos em reservatórios pressurizados. Este teste faz parte de um dos requisitos de segurança (Ver NR13 – Caldeiras e Vasos de Pressão). Para a execução do teste o recipiente do equipamento a ser testado é completamente preenchido com água. A pressão de teste normalmente não ultrapassa em 1,5 a pressão nominal de operação. Pressurizar e após atingir a pressão de teste o equipamento deve passar por um período de observação para a avaliação da estanqueidade ( até 24 horas). Durante a avaliação do teste deve ser monitorada a pressão. Caso seja observada a queda da pressão, devem ser identificados os vazamentos e posteriormente efetuado o reparo. O teste deve ser repetido até eliminação de todos os defeitos.
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