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PROFESSOR(A): TATIANA VARELA VIEIRA SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL O que é SGQT? • A Qualidade Total tem como característica conferir nova ênfase às atividades usuais de uma empresa. É um processo para o aperfeiçoamento contínuo da organização e que indica a necessidade de realizar constantes avaliações do que está sendo feito. • Tais avaliações devem estar centradas tanto no processo de produção quanto no próprio produto. No primeiro caso, trata-se de acompanhar o modelo de implantação da Qualidade e verificar como ocorrem as alterações propostas pelo programa; no segundo, pode-se determinar os resultados finais obtidos. Este esforço de estudo e análise está centrado em tudo aquilo que foi efetivamente implantado. O por que da QT? 1. Cliente exigente – cada vez mais os clientes exigem das empresas qualidade e competência para sua satisfação plena; 2. Concorrência – diante de um mundo cada vez mais evoluído, a concorrência se acentua, exigindo competitividade e competência; 3. Rápidas mudanças – as novidades surgem a todo tempo, e obrigam tanto as pessoas como as instituições a terem ações ágeis e rápidas, tomar decisões inteligentes e serem flexíveis para adaptações às exigências de consumo e na forma de viver; 4. Desenvolvimento de RH – as pessoas precisam estar e se sentir valorizadas e treinadas, para se obter criatividade, produtividade e desempenho qualificados; 5. Comprometimento social e ambiental – cuidados com a imagem e a participação das organizações em seu meio de influência. Observar e fomentar as condições de sustentabilidade. O por que da QT? • orientação dos objetivos empresariais, garantindo a confiabilidade no fornecimento de bens e/ou serviços. • A liderança desse processo é marcada pela ISO (International Organization for Standardization) – uma entidade que abriga os órgãos de padronização e normalização de 170 países, dentre os quais se encontra o Brasil, que é representado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). • As normas técnicas adotadas pela ISO tratam de objetivos: • econômicos – busca a redução da variedade de produtos e serviços. • relativos à comunicação – facilita a comunicação dentro de uma comunidade globalizada. • relativos à segurança – gera proteção à vida e à saúde dos operários, assim como do mercado consumidor. • relativos à regulamentação – visa à redução da oportunidade de conflitos devido a barreiras técnicas e/ou comerciais. Quais os requisitos gerais do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)? • Identificar os processos • Determinar a sequência e a interação entre os processos • Assegurar a eficácia e o controle da operação • Assegurar a disponibilidade de recursos e informações • Monitorar, medir e analisar os processos • Implementar ações para o alcance dos resultados esperados • e para melhoria contínua Quais os preceitos do SGQT? AMPLITUDE DA QUALIDADE CONFORMIDADE CONFIABILIDADE QUALIDADE PERCEBIDA ATENDIMENTO APRESENTAÇÃO DESEMPENHO PRAZOS DURABILIDADE Conformidade • Podemos definir como qualquer atividade com o objetivo de afirmar e estabelecer, direta ou indiretamente, que: um processo, um produto, uma pessoa ou serviço atende aos requisitos a ele estabelecido e especificado, obedecendo assim as condições técnicas e de desempenho desejados. Confiabilidade • Os produtos e serviços, portanto devem atender e cumprir com as suas funções específicas de uso, de forma adequada, durante um determinado período de tempo (vida útil). Qualidade percebida • O ápice da qualidade é quando o cliente consegue perceber que conseguiu mais benefícios em relação aos produtos e serviços do que pagou por eles. Atendimento • É fundamental na atualidade, o “atendimento”. Diante de inúmeras opções, concorrência enorme, quem consegue se sobressair no atendimento, conquistar a confiança do cliente, para que este sempre retorne, por ser bem tratado e ter suas necessidades atendidas. Prazos • Uma organização cumpridora de seus prazos sejam eles, quais forem, como por exemplo: entrega, financiamento, atendimento; irá sempre atuar de forma competitiva e ganhará pontos importantíssimos e em especial e mais importante é a intervenção da concorrência em seu negócio. Apresentação • Obedecendo sempre a ética, deve-se sempre buscar cada vez mais condições de vender tanto sua imagem como a imagem de uma empresa, ao seu público, de tal forma que no mínimo seus clientes, sejam eles internos ou externos tenha uma percepção positiva sobre o que ele espera de: sua postura de seus produtos, de seus serviços. E é oportuno observar que esta apresentação não representa apenas a parte visual. Pois a apresentação reflete em áreas como, por exemplo: o meio ambiente, à comunidade, etc. Desempenho • Podemos analisar o desempenho das pessoas, dos produtos e serviços, e normalmente isso ocorre de forma comparativa, por se ter um referencial de desempenho em qualquer área. Durabilidade • O atributo “durabilidade”, relacionado à obsolescência do produto, do serviço, ou mesmo da capacidade funcional de desempenho de um trabalhador. • A durabilidade também está diretamente relacionada à atualidade, continuidade, modernidade e tecnologia, pois de nada adianta você ter um produto durável, mas, sendo que a concorrência aproveita a oportunidade e lança um produto similar, com a mesma capacidade de durabilidade, porém muito mais moderno e atual. Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) Documentação • Política e objetivos da qualidade • Manual da qualidade (MQ) • Procedimentos: 1. Objetivo – estabelecer os procedimentos para análise crítica de propostas comerciais solicitadas pelos clientes. 2. Aplicação – abrange todo o processo – desde o recebimento do pedido de cotação até a entrada e saída da programação – caso aprovada a contratação do serviço. 3. Áreas envolvidas – comercial, administrativa, técnica e laboratório. 4. Definições – a análise crítica de contrato engloba todas as análises de propostas, cotações, orçamentos, contratos e negociações comerciais. Exemplo de Procedimento Cadeia de processo Entradas Atividades Saídas Clientes Fornecedores Processos Elementos dos Processos 1. Fornecedores: Os recursos utilizados para conduzir suas atividades, são obtidos junto a diversas fontes fornecedoras que fazem parte do processo, como por exemplo: indústrias, prestadores de serviços, governo, etc. 2. Entradas: para a operacionalização das atividades e produção dos bens e serviços para os clientes, a organização precisa usar recursos, que podem ser: humanos, materiais e tecnológicos. Os elementos buscados no ambiente externo para o seu processo produtivo são as entradas. 3. Atividades: meio pelo qual ocorre o processo de transformação dos bens e serviços do segmento da organização. 4. Saídas: é o fornecimento de produtos e serviços ao público consumidor. Os produtos e serviços são os resultados da operação proposta pela organização. 5. Cliente: é a razão da existência de toda organização, pois se trata do consumidor dos bens e serviços produzidos por qualquer organização. Auditoria Auditoria é um conjunto de atividades com caráter de verificação. Essas atividades foram desenvolvidas com o objetivo de constatar se as ações planejadas têm sido realizadas, o que estabelece uma relação quanto à eficácia do processo. Define-se também como um exame analítico e pericial que acompanha o desempenho das operações em que se verifica se as proposições estão sendo atendidas e os objetivos alcançados. As organizações devem sepreparar para as auditorias com as ações cotidianas que evidenciam a prática da política e dos objetivos da qualidade. Auditoria interna • A auditoria interna tem a função de apontar os desvios com a proposição de ações de melhorias para garantia de processos estáveis e documentação confiável. Além disso, avaliar o SGQ quanto aos procedimentos de aderência às normas, no sentido de evidenciar possíveis desvios e instabilidade às quais a organização está sujeita. Auditoria externa • A auditoria externa é realizada por meio da contratação de uma empresa de auditoria independente para a qual será apresentado o SGQ com suas particularidades e documentações referentes aos processos a serem auditados. Auditoria • As auditorias podem ser classificadas em: Auditoria de sistemas Auditoria de processos Auditoria do produto Finalidade da auditoria • Certificação – objetiva a aceitação do sistema de gestão por uma organização certificadora independente. • Supervisão ou manutenção – visa à manutenção e ao acompanhamento do sistema para a garantia da certificação. • Prêmio – busca a verificação de atendimento aos critérios estabelecidos para concorrer à premiação. Exemplo: Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), que estabelece critérios específicos de avaliação. • Gestão – verifica a efetividade do sistema no atendimento dos padrões de gestão estabelecidos. • Garantia da qualidade – audita a capacidade do sistema em garantir os requisitos especificados pelo cliente. Métodos de auditoria • sistema empurrado – inicia-se no pedido do cliente até a entrega do produto; • sistema puxado – inicia-se na entrega do produto até o pedido do cliente; • aleatório – as verificações acontecem segundo o desejo do auditor, sempre observando que todas as áreas planejadas para auditoria deverão ser contempladas. Liderança A palavra liderar vem do verbo inglês to lead, que significa, entre outras coisas, conduzir, dirigir, guiar, comandar, persuadir, encaminhar, encabeçar, capitanear, atravessar. Liderança Max Weber definiu três tipos de autoridade que são a base para os trabalhos relacionados a liderança: 1. A autoridade tradicional – tem como base os costumes e as tradições de um determinado grupo. É representada pela figura dos pais, dos mais antigos ou mesmo pela família. Esse tipo de autoridade se abriga nos hábitos, nos costumes e tradições. 2. A autoridade carismática – inspira-se no personalista, ou seja, uma pessoa é respeitada por suas características e assume um papel baseado no carisma. Não é delegável e geralmente é representada por pessoas que assumem ser profetas, tornam-se heróis – cuja liderança é instável e carente da aceitação de quem a ela se submete. 3. A autoridade racional-legal – baseia-se no racionalismo. Portanto, está sujeita a regras e normas que são aceitas pela sociedade e regulamentam as ações por meio de características formais, meritocráticas e impessoais. Essa autoridade é fundamentada no conjunto de direitos e obrigações decorrente dos acordos firmados. Esse tipo de autoridade fundamenta grande parte dos estudos da administração, pois estabelece a hierarquia em que quanto mais elevada for a posição maior será a autoridade de quem a ocupa. Teoria dos traços Gordon Allport estabeleceu três tipos básicos de traços: cardinais, centrais e secundários (ALLPORT, 1966): 1. Traço cardinal – é a característica que direciona os comportamentos da pessoa. Por exemplo, uma pessoa generosa por natureza pode dirigir a sua atividade para ações de caráter humanitário ou alguém que tenha uma grande ambição pode orientar sua vida pela permanente necessidade de controle. 2. Traços centrais – são as características fundamentais da pessoa, como a sinceridade, a honestidade e a sociabilidade. 3. Traços secundários – são características comportamentais que indicam o gosto ou não pela prática de alguma atividade. Embora essa teoria seja questionada, podemos observar quais atributos pessoais são manifestados quando pessoas assumem papéis de liderança nos vários grupos em que participam. Teorias comportamentais • Hugo Munsterberg – propôs dois aspectos fundamentais: Análise e adaptação do trabalhador ao trabalho: estudos sobre processo de seleção, métodos de aprendizagem do trabalho e estudos sobre fadiga e acidentes no trabalho. Análise e adaptação do trabalho ao trabalhador: estudo da motivação das lideranças e os relacionamentos interpessoais nas organizações. • Elton Mayo – ficou célebre pelas experiências de Hawthorne cujo foco foi o relacionamento das pessoas no trabalho. Suas principais contribuições foram: Trabalhadores são influenciados por fatores externos e também pelos fatores psicológicos e fisiológicos nas organizações. Pausas no trabalho aumentam a produtividade dos operários. O relacionamento social entre operários e líderes impactam na produtividade da organização. Lideranças mais sociáveis conseguem maior colaboração dos grupos. • Kurt Lewin – contribuiu com o desenvolvimento das dinâmicas dos grupos estabelecendo uma relação entre a teoria e a ação social focada os grupos como o campo das percepções, ações e sentimentos humanos com as seguintes determinantes: Interação – relacionamento entre pessoas para resolver problemas e alcançar objetivos. Localização – proximidade necessária para as pessoas interagirem. Interesses comuns – objetivos comuns levam a coesão dos grupos. Tamanho – quantidade de pessoas que permitam a interação e a estabilidade nos grupos (suas experiências indicam como cinco o número ideal para Formação de grupos). Comunicação – processo de informação fundamentado na interação e formação de consenso. • T. R. Mitchell – definiu aspectos básicos da motivação: Motivação é um fenômeno individual – cada pessoa é única e suas ações também são. Motivação é intencional – comportamentos ligados à motivação são vistos como escolha do indivíduo. Motivação tem muitas faces – pode ser caracterizada por estímulo ou escolha de comportamento. Teorias motivacionais pretendem predizer o comportamento – refere-se às ações e forças internas e externas que influenciam a escolha de ação por um indivíduo. Teorias da motivação • Maslow – propôs a teoria da hierarquia das necessidades que estabeleceu uma escala de possibilidade de surgimento e predominância. Essa teoria é expressa na forma de uma pirâmide. • Alderfer – desenvolveu uma teoria denominada ERC com três níveis de necessidades de motivação para as pessoas nas organizações, que são: necessidade de existência, necessidade de relacionamento, necessidade de crescimento. • Frederick Herzberg – contribuiu com a teorização de dois fatores que determinam a satisfação dos indivíduos nas organizações: fatores de higiene e fatores motivacionais. Liderança nas organizações LÍDER GERENTE LIDERANÇA, AUTORIDADE E PODER Liderança na gestão da qualidade Melhorias: 1. Qualidade – conjunto de medições relacionadas aos critérios de avaliação dos atributos de qualidade. 2. Velocidade – medições relacionadas ao tempo utilizado na produção de bens ou serviços. 3. Confiabilidade – geralmente indicam o grau de confiança do consumidor em relação à entrega do bem ou serviço solicitado. 4. Flexibilidade – indica a capacidade que a organização tem para adaptar os processos com relação às necessidades do mercado. 5. Custos – indica como a empresa está tratando o dinheiro para atender ao cliente.
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