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FUNÇÕES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PLANEJAMENTO O Planejamento é a base do Processo Administrativo, e as demais funções deverão segui-lo e deverá orientar os esforços da organização em direção aos seus objetivos e metas. A função de Planejamento comumente segue uma ordem de etapas sequenciais, Chiavenato, define as etapas da seguinte forma: 1. Definir os objetivos –pelo fato de os objetivos servirem de base para todos ou outros planos da organização, devem ser os primeiros a serem estabelecidos. O que queremos? 2. Verificar qual a situação atual em relação aos objetivos – deve-se verificar qual a situação da organização em relação aos seus objetivos, entendendo o que é necessário para alcançá-los. Onde estamos? 3. Desenvolver premissas quanto às condições futuras – trata-se da construção de cenários alternativos que possam se apresentar no futuro, levando em consideração a complexidade do ambiente em que a organização está inserida. O que temos pela frente? 4. Analisar as alternativas de ação – diante das alternativas de ação apresentadas, deve-se analisar cada uma delas, buscando compreender quais serão as mais adequadas à organização. Quais os caminhos possíveis? 5. Escolher um curso de ação entre as várias alternativas – feita a análise, escolhe-se uma das alternativas apresentadas. Qual o melhor caminho? 6. Implementar o plano e avaliar os resultados – trata-se da execução do plano, sempre monitorando os resultados e avaliando a necessidade de ações corretivas. O Planejamento, assim como as outras funções, se desdobra ao longo dos níveis hierárquicos da organização. Daí entram os níveis de planejamento: • O nível estratégico: é aquele em que o planejamento é de longo prazo, generalista, voltado para o estudo de alternativas e escolha de caminhos e engloba a organização como um todo. • O nível tático: é imediatamente inferior ao estratégico, foca no médio prazo e suas ações afetam cada gerência ou área específica. • O nível operacional: se ocupa das atividades rotineiras da organização, abrangendo o curto prazo e com foco em alto detalhamento. Elabora cronogramas específicos, cada tarefa deve ser planejada, daí são criados métodos, procedimentos, normas, metas, programas. Cabe ressaltar que o Planejamento não deve ser imutável ou estático, ou seja, esta função deve possuir flexibilidade suficiente para que as organizações possam adaptá-lo durante a sua execução, conforme as outras funções ocorram. ORGANIZAÇÃO A função de organização consiste em alocar, com a máxima eficiência possível visando reduzir desperdícios e aumentar os índices de produtividade para alcançar os resultados previstos, os recursos da organização. Assim, devem ser consideradas as seguintes fases para esta função administrativa: • Divisão do trabalho – a primeira fase é analisar o tipo de trabalho que a organização executa, quais as atividades e tarefas necessárias para isso e qual a lógica mais racional a ser adotada, dividindo o trabalho em cargos ou funções, cada um com seu grau de complexidade e especialização. • Definição de autoridade e responsabilidade – feita a divisão do trabalho, estando definidas as atribuições dos cargos, deve-se proceder à definição das autoridades e responsabilidades necessárias à execução do trabalho, por meio da definição da cadeia de comando e amplitude de controle. • Desenho da estrutura – com a divisão do trabalho e as linhas de autoridade e responsabilidade pensadas, a organização deve optar por um tipo de estrutura (orgânica ou mecanicista, com os respectivos tipos de desenho de cada uma) e de departamentalização, mais rígida ou flexível. O Organograma da empresa é definido nessa função administrativa, este serve para representação da estrutura da empresa, estrutura departamental, deixando claro os níveis hierárquicos. DIREÇÃO A Direção é a função do processo administrativo responsável por conduzir os trabalhos, designando e orientando as pessoas. Nesta função, a Gestão de Pessoas da organização, com os seus subsistemas ganha destaque, daí entram os trabalhos de comunicação, motivação e liderança. Cada gestor deve ter capacidades, em diferentes graus, de comunicar, motivar e liderar seus subordinados, potencializar suas competências e gerenciar possíveis conflitos organizacionais. Os gestores comumente são conhecidos como: Diretores (nível estratégico), Gerentes (nível tático) e Supervisores (nível operacional). Alguns princípios da direção: • Unidade de Comando: Cada funcionário tem um superior ao qual deve prestar contas • Delegação: Compreende designação de tarefas, de autoridade, de responsabilidade. • Amplitude de Controle: Há um limite quanto ao número de posições que podem ser eficientemente supervisionadas por um único indivíduo. • Princípio da coordenação ou relações humanas: harmoniza os esforços individuais em benefício de um bem comum. CONTROLE Para que o processo administrativo faça sentido, deve-se analisar se os esforços feitos nas funções anteriores foram eficazes e efetivos. Para que isso seja possível, entra a função de controle, função em que são definidos os padrões de desempenho, monitoramento, avaliação e são adotadas medidas corretivas. A função de controle apresenta um processo com quatro etapas, conforme define Chiavenato: 1. Estabelecimento de objetivos ou padrões de desempenho. 2. Avaliação/mensuração do desempenho atual. 3. Comparação do desempenho atual com os objetivos ou padrões estabelecidos. 4. Realização de ação corretiva para a correção de desvios. CARACTERÍSITICAS DE UM CONTROLE EFICAZ • Foco nos pontos estratégicos – o controle deve ser mais apurado em pontos que possam gerar maiores problemas para a empresa, pontos que sejam mais críticos à operação da organização; • Precisão – os sistemas de controle devem evidenciar as informações sobre variação de forma precisa, viabilizando uma tomada de decisão adequada; • Rapidez – as informações devem ser disponibilizadas rapidamente ao tomador de decisões; • Objetividade – as informações devem ser claras e objetivas, indicando, quando for o caso, com objetividade o desvio detectado; • Economia – o custo do sistema deve ser menor do que os benefícios proporcionados; • Aceitação – as pessoas precisam compreender que o sistema de controle é uma parte importante de seu trabalho; • Ênfase na exceção – a ênfase do sistema deve ser nos desvios detectados; • Critérios múltiplos de avaliação de desempenho – o sistema deve propiciar a avaliação de variados critérios de desempenho, o que proporcionará uma informação mais rica ao gestor. ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS A estrutura organizacional constitui a forma pela qual as atividades organizacionais são estabelecidas, divididas e organizadas. Um conceito interessante a ser levado para a prova é o de estruturas mecanicistas (mais rígidas) e orgânicas (mais flexíveis). Também é importante ressaltar que a organização possui sua estrutura formal, representada pelo organograma, o qual permite visualizar os níveis hierárquicos, a cadeia de comando e a divisão de trabalho da organização, e a estrutura informal, aquela que se estabelece de forma espontânea, em decorrência das interações dos empregados. Nesta, são identificadas variáveis que vão além da estrutura formal, como grupos informais, integração social (que afeta a produtividade) e comportamento social (com normas e padrões informais, balizadores de comportamentos). Cabe ressaltar que a estrutura informal é impossível de ser extinta. Centralização e descentralização A centralização significa manter a concentração da tomada de decisão nos níveis mais altos da empresa, em apenas uma ou poucas pessoas, sendo indicada para organizações de tamanho reduzido, diante de sua baixa complexidade. Proporciona a economia de escala, por facilitar o gerenciamento dos recursosda empresa, com a tomada de decisões mais racionais acerca da alocação dos recursos; proporciona, também, maior controle e melhor execução do trabalho, pela padronização deste e, por fim, decisões mais rápidas e mais segurança nas informações. Tem como desvantagem principal a lentidão nas decisões. Já a descentralização significa distribuir o poder de decisão ao longo dos níveis hierárquicos, chegando até os mais baixos da organização. Prestigia a agilidade, com a tomada de decisão mais próxima aos fatos. Além disso, conserva a riqueza de detalhes dos fatos ocorridos e das soluções empregadas. A descentralização viabiliza, ainda, o que ficou conhecido como empowerment (empoderamento), que gera mais comprometimento dos empregados, visto que eles recebem novas atribuições. Assim, com o empowerment, os empregados terão sua criatividade e independência estimulados, sentindo-se mais valorizados e tendo um senso de identidade com a equipe. No entanto, a descentralização nas estruturas organizacionais também apresenta desvantagens. Dentre elas, destacam-se a perda de uniformidade e padronização nas decisões; duplicidade de utilização de recursos e maior necessidade de controle e coordenação. Amplitude de controle (ou administrativa) A amplitude de controle, ou amplitude administrativa, significa a quantidade de subordinados que estão sob o controle de cada superior, quanto mais empregados estiverem sob o controle de um superior, maior a amplitude de controle. Em contrapartida, quanto menos subordinados estiverem sob o controle de um superior, menor a amplitude. Uma estrutura com baixa amplitude administrativa possui custos administrativos maiores, pela necessidade de haver mais chefes para menos subordinados. No entanto, tem como vantagem o fato de o chefe poder dar maior atenção a cada subordinado. É indicada para organizações em que os subordinados possuem menor autonomia. Já a amplitude de controle alta é indicada para organizações em que a autonomia e criatividade dos empregados são incentivadas, com cada gestor possuindo muitos empregados sob o seu controle, o que gera menor custo. TIPOS DE ESTRUTURAS • Estrutura Linear: Esta estrutura é conhecida pela unidade de comando, com cada subordinado reportando- se a um único chefe. Trata-se de um tipo de estrutura altamente centralizado, em que as decisões são todas tomadas por uma autoridade máxima. Indicada para ambientes altamente estáveis. • Estrutura Funcional: Caracteriza-se pelo fato de cada subordinado reportar-se a mais de um chefe, cada um deles na sua área de atuação, não havendo, portanto, unidade de comando. Esta estrutura é caracterizada pela divisão nas funções organizacionais, como Recursos Humanos; financeira, dentre outras. Promove a especialização dos funcionários, mas dificulta a coordenação entre os departamentos e a visualização dos objetivos organizacionais. • Linha-Staff: As posições funcionais assumem caráter de staff, ou seja, consultoria, apoio, suporte e recomendações relativas à sua área de especialização, sem caráter executório. Os órgãos de staff costumam ficar diretamente ligados à alta administração, funcionando como consultores dela em suas respectivas áreas. Tem como desvantagem a possibilidade de gerar disputa de autoridade e conflitos entre a autoridade de linha e o staff, em decorrência da possível ambiguidade de orientações aos subordinados. • Estrutura em Rede: que são caracterizadas pela sua flexibilidade e adaptabilidade, pois permitem a reorganização e reestruturação com relativa agilidade, buscando adaptar-se a ambientes dinâmicos. Troca a tradicional rigidez departamental pela lógica de adaptação e mobilidade, utilizando maciçamente a tecnologia, com a finalidade de otimizar o tempo utilizado nos trabalhos e comunicações, e ganhar eficiência na questão física, integrando pontos da rede em diferentes localidades físicas. ESTRUTURAS DE MINTZBERG Mintzberg define alguns tipos de estruturas organizacionais, que quando caem em prova causam grande confusão aos estudantes. 1. Estrutura Simples: é de baixíssima complexidade, ela não é uma estrutura, por possuir poucos controles e formalização, além de reduzido planejamento e padronização do trabalho. 2. Burocracia Mecanizada: é caracterizada por alta padronização do trabalho, com alta especialização nas tarefas operacionais padronizadas., levando consigo todas as características burocráticas conhecidas. 3. Burocracia Profissional: tem como principal mecanismo de coordenação a padronização de habilidades e conhecimentos, gerando especialização. O autor exemplifica com universidades e hospitais, nos quais os trabalhadores possuem liberdade para executarem seus trabalhos. 4. Estrutura Divisionalizada: tem por principal mecanismo de coordenação a padronização de resultado s e é caracterizada principalmente por ser uma estrutura com várias subdivisões, adotando esta forma em decorrência da alta complexidade dos mercados e a alta diversidade de produtos e serviços oferecidos pela organização, que merecem uma coordenação exclusiva e separada para cada, com cada divisão possuindo sua própria estrutura. 5. Adhocracia, ou estrutura adhocrática: é aquela estabelecida para uma determinada finalidade definida, específica, buscando a melhor alocação de recursos e competências, com grande liberdade para os membros da equipe desenvolverem suas competências. FERRAMENTAS DE PLANEJAMENTO ANÁLISE SWOT Análise do ambiente interno – o ambiente interno é controlável pela organização, podendo esta buscar uma melhor gestão, potencializando e mantendo suas forças, e reduzindo suas fraquezas. Está dividido em: • Forças (strenghts) – pontos fortes da empresa, que gerem vantagem competitiva a ela. Exemplos: recursos humanos qualificados, bom ponto de localização. • Fraquezas (weakness) – pontos fracos da empresa, que gerem desvantagem perante os concorrentes. Exemplos: alto custo de produção; baixa qualificação técnica dos recursos humanos. Análise do ambiente externo – o ambiente externo não é controlável pela organização. Como sistemas abertos, as organizações interagem com o ambiente externo, influenciando e sendo influenciadas por ele. O que vai variar é a capacidade de cada organização influenciar o ambiente externo. Divide-se em: Oportunidades (opportunities) – representam possibilidades de atuação da empresa no sentido de se obter alguma vantagem. Exemplos: falência de um concorrente; entrada de novos potenciais consumidores no mercado. Ameaças (threats) – são variáveis que representam riscos para a empresa, e com as quais ela precisa se preocupar. Exemplos: nova regulação governamental ou legislação, que podem aumentar substancialmente o custo de produção de um determinado produto ou prestação de um serviço; instabilidade no cenário político; entrada de novo produto ou serviço no mercado, que tenha inovação e diferença de qualidade acentuada em relação aos da organização. BALANCED SCORECARD (BSC) O BSC busca sanar esta limitação, inovando ao trazer a possibilidade de se medir e acompanhar outras perspectivas, fazendo com que as organizações se fortalecesses e dispusesses de mais subsídios para uma gestão estratégica mais aprimorada. Estas perspectivas são: • Perspectiva Financeira – Analisa o negócio do ponto de vista financeiro, através de índices de lucratividade, receita líquida, dentre outros. Fornece informações para os acionistas avaliarem os resultados da gestão financeira da organização. • Perspectiva dos Clientes – Estabelece e analisa indicadores como satisfação dos clientes, retenção de clientes, lucro por cliente e participação de mercado. Para isso, deve-se atentar para as reais necessidades dos clientes e como satisfazê-las. • Perspectiva dos Processos Internos – Como os processos internos são os que realmente criam valor para o cliente, deve-se estabelecerindicadores, tais como: qualidade, produtividade, inovação, dentre outros, que permitam avaliar de forma aprofundada a eficiência e eficácia desses processos, sempre pensando na melhoria e otimização deles. • Perspectiva do Aprendizado e do Crescimento – Analisa, de forma preponderante, a capacidade da organização responder a demandas novas e diferentes, aprendendo com as ações passadas e utilizando este aprendizado para os novos desafios. Impacta diretamente na cultura e clima organizacional, tendo também como base as pessoas da organização, que são quem efetivamente incorporam o aprendizado à empresa. MATRIZ GUT Trata-se de uma ferramenta de gestão que consiste em analisar problemas conforme três variáveis, cujas iniciais geram a sigla da ferramenta: • Gravidade – esta variável tem como objetivo analisar os possíveis e prováveis impactos que determinado problema trará, buscando identificar o quão profundo e custoso será esse impacto; • Urgência – é o fator temporal que envolve o problema. Serve para identificar se o problema deve ser resolvido imediatamente ou se pode aguardar um determinado período; • Tendência – trata-se de variável que identifica a tendência de crescimento e aprofundamento do problema. O problema pode se agravar no tempo? Ou a tendência é se manter estável, ou até mesmo regredir? Caso possa se agravar, quão rapidamente irá se agravar? Para cada problema identificado atribui-se uma nota de 1 a 5 em cada uma das variáveis. Multiplicam-se as notas, e o problema que tiver o maior número deve ser priorizado. Por exemplo, suponhamos que um problema teve: G = 5, U = 1, T = 2. 5x1x2 = 10. Outro problema teve G = 2, U = 3, T = 5. 2x3x5 = 30. Note que, apesar de o primeiro problema apresentar maior gravidade, na combinação das variáveis o segundo problema terá prioridade na resolução. CINCO FORÇAS COMPETITIVAS DE PORTER Trata-se de fatores que afetam a estratégia da organização, conforme se segue: • Ameaça de produtos substitutos: quando a organização possui produtos que facilmente podem ser substituídos, isto se torna um problema. Nesse sentido, as organizações buscam cada vez mais agregar valores únicos aos seus produtos; • Ameaça de novos entrantes: são os novos players que ingressam em determinado mercado; • Poder de negociação dos clientes: representa o grau de influência que os clientes podem exercer sobre a organização, notadamente quando os clientes são poucos ou detêm grande fatia das vendas da organização; • Poder de negociação dos fornecedores: representa o grau de influência que os fornecedores exercem sobre a empresa, notadamente quando possuem exclusividade no fornecimento de determinado insumo; • Rivalidade entre os concorrentes: quanto mais empresas disputarem o mesmo mercado, maior será a rivalidade, o que poderá acarretar a redução na lucratividade da empresa. Diante das 5 forças competitivas, Porter estabeleceu três estratégias genéricas para as organizações trabalharem: • Diferenciação: busca visa passar para o cliente a percepção de que ele está adquirindo ou tendo contato com algo único, diferente de tudo aquilo que o mercado pode oferecer; • Foco, enfoque ou nicho: consiste no fato de a organização focar em um determinado nicho de mercado e se dedicar a atendê-lo; • Liderança em custos: está relacionada à eficiência na utilização dos recursos, reduzindo, assim, os custos. ANÁLISE PEST Entre as ferramentas de planejamento estratégico, esta tem o mesmo princípio da Análise SWOT, e serve também para auxiliar no processo de estruturação de um novo negócio. MATRIZ BCG É mais útil para negócios com um número limitado de produtos em função da quantidade de análises. • Produtos vacas-leiteiras: Geram muito lucro para a empresa sem que seja necessário muito investimento; • Produtos estrela: Geram muito lucro (boa margem), mas também exigem muitos investimentos para obter um bom nível de vendas/margem. • Produtos pontos de interrogação: Ainda não geram muitos lucros. Em geral, são produtos inovadores e/ ou recém-lançados, que parecem ter bom potencial de geração de lucros, mas ainda exigem altos investimentos de marketing e vendas, principalmente. • Produtos cachorro ou Abacaxi: Nãobvendem bem, não têm boa margem de lucro e contribuem pouco para os resultados. Nem mereciam aumentos de investimentos, já que o mercado para esses produtos não aponta crescimento (ou até vai diminuir) nos próximos anos. MATRIZ DE ANSOFF É composta por quatro quadrantes que são definidos pela combinação de duas variáveis. Seu objetivo é identificar e avaliar diferentes opções de crescimento e expansão. 1. Penetração de mercado: objetivo – aumentar a participação da empresa no mercado focando no mercado atual e nos produtos/serviços já existentes; 2. Desenvolvimento de produtos: objetivo – atender às necessidades dos clientes de forma inovadora desenvolvendo novos produtos ou melhorando os já existentes; 3. Desenvolvimento de mercado: objetivo – entrar em novos mercados com os produtos/serviços existentes; 4. Diversificação: objetivo – diversificar tanto os produtos/serviços quanto os mercados criando produtos/serviços para atender novos segmentos de mercado. 5W2H Através de perguntas que começam com O que, Quando, Onde, Quem, Por que, Quanto e Como, o gestor consegue delimitar exatamente o que precisa ser feito. ETAPAS DO PLANEJAMENTO Uma definição conhecida seria a seguinte: 1. Definição dos objetivos; Missão, Visão e Valores. ⇵ Essa ordem pode trocar 2. Diagnóstico estratégico; Verifica-se a situação atual da Organização e examina-se o ambiente interno e externo, geralmente por meio da análise SWOT. 3. Formulação de Estratégias; Desenvolvidos a partir das metas e objetivos traçados a partir do diagnóstico estratégico obedecendo a missão visão e valores. 4. Implementação; São executadas as ações previstas de acordo com as estratégias definidas. 5. Controle e avaliação Monitoramento das estratégias implementadas e a avaliação retroativa para guiar e corrigir. DEPARTAMENTALIZAÇÃO Departamentalização é o agrupamento, de acordo comum critério específico de homogeneidade, das atividades e correspondentes recursos – humanos, financeiros, tecnológicos e materiais e equipamentos – em unidades organizacionais DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR FUNÇÕES É o critério mais utilizado pelas empresas. Aqui, as atividades são agrupadas de acordo com as funções principais desenvolvidas dentro da organização. É indicada em circunstâncias estáveis e de pouca mudança que requeiram desempenho continuado de tarefas rotineiras. Com efeito, é aconselhada para empresas que tenham poucas linhas de produtos ou serviços, os quais permaneçam inalterados por longo tempo. Outrossim, a departamentalização por funções reflete um elevado nível de auto orientação e de introversão administrativo, isto é, a organização se volta para si mesma. Vantagens: • permite agrupar vários especialistas sob uma única chefia comum; • permite a maior concentração e uso de recursos especializados, pois estes serão alocados em unidades organizacionais específicas; • garante plena utilização das habilidades técnicas das pessoas, pois se baseia no princípio da especialização ocupacional; • orienta as pessoas para uma atividade específica, concentrando sua competência de maneira eficaz; • permite economia pela utilização máxima de máquinas e de produção em massa (economia de escala). Desvantagens: • reduz a cooperação interdepartamental, pois exige forte concentração interdepartamental e cria barreiras entre os departamentos devido à ênfase nas especialidades; • é inadequada quando a tecnologia e as circunstâncias externas são mutáveis e imprevisíveis; • a responsabilidade pelo desempenho total está somente na alta administração, já que cada executivo fiscaliza apenasuma função específica; • dificulta a adaptação e a flexibilidade a mudanças externas, devido à visão introvertida (voltada para dentro), que não percebe o que está ocorrendo fora da organização; • baixo cumprimento de prazos e orçamentos, pois este tipo de departamentalização não cria condições para uma perfeita interligação das várias atividades da empresa; • focaliza os esforços das pessoas em suas especialidades (visão parcial), em detrimento do desempenho global. DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PRODUTOS OU SERVIÇOS Neste tipo de departamentalização, ocorre o agrupamento das atividades e tarefas de acordo com os produtos ou serviços oferecidos pela empresa. Imagine uma empresa de bebidas, ela pode criar departamentos de refrigerantes, de bebidas alcoólicas e de sucos. Outra perspectiva desta departamentalização é dizer que o agrupamento ocorre de acordo com os resultados, sendo o vocábulo resultados empregado no sentido de produtos ou serviços gerados. É o tipo de departamentalização recomendada para circunstâncias ambientais instáveis e mutáveis. Vantagens: • é possível fixar a responsabilidade dos departamentos para um produto ou serviço; • propicia a alocação de capital especializado para cada um dos grupos de produtos ou serviços; • facilita a coordenação interdepartamental; • propicia condições favoráveis para a inovação e criatividade; • permite a flexibilidade, pois as unidades de produção podem ser maiores ou menores, conforme as condições mudem, sem interferir na estrutura organizacional. Desvantagens: • devido a duplicação de esforços, decorrente da existência de atividades comuns nos vários grupos de produtos ou serviços, tem tendência ao aumento dos custos operacionais; • enfatiza a coordenação em detrimento da especialização; • pode provocar problemas humanos de temores e ansiedades quando em situação de instabilidade externa, pois os empregados tendem a ser mais inseguros com relação a alguma possibilidade de desemprego ou retardamento em sua carreira profissional; • como cada departamento se preocupa com o produto ou serviço que oferece, dificulta a visão geral da organização, pois cada gestor vai defender os interesses de seu setor; • dificulta o estabelecimento de políticas gerais da empresa. DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA OU TERRITORIAL Ocorre a diferenciação e agrupamento das atividades de acordo com a localização onde o trabalho é desempenhado ou uma área de mercado a ser servida pela empresa. Vantagens: • permite fixar responsabilidade de lucro e desempenho para cada departamento; • favorece a obtenção de vantagens econômicas de determinadas operações locais; • possibilita ações mais adequadas e rápidas em determinada região; • permite a aplicação de treinamento e capacitação dos profissionais pela atuação direta no território considerado; • é indicado para firmas de varejo, contudo algumas funções (como compras e finanças) devem ser centralizadas; • maior facilidade de conhecer os fatores de influência e os problemas locais por ocasião da decisão. Desvantagens: • deixa em segundo plano a coordenação, em face da liberdade e autonomia colocada nas regionais e filiais; • se não houver um planejamento efetivo, pode gerar a duplicação de instalações e pessoal; • preocupação estritamente territorial concentra-se mais nos aspectos mercadológicos e de produção, e quase não requer especialização. As outras áreas da empresa tornam-se, normalmente, secundárias. DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTE Agrupamento ocorre de acordo com o tipo de pessoa ou pessoas para quem o trabalho é executado. Nessa linha, uma empresa de roupas pode criar um departamento masculino, um feminino e um infantil. A ênfase é no cliente. Sendo assim, a organização apresenta uma orientação extroversiva (para fora) mais voltada para o cliente do que para si mesma. Vantagens: • propicia, para a empresa, situação favorável para tirar proveito das condições de grupos de clientes bem definidos; • assegura o reconhecimento e o atendimento contínuo e rápido aos diferentes tipos e classes de clientes; • permite à organização concentrar seus conhecimentos sobre as distintas necessidades e exigências dos canais mercadológicos. Desvantagens: (1) as demais atividades da organização (como produção e finanças) podem tornar-se secundárias ou assessorias, decorrente da preocupação compulsória pelo cliente; (2) os demais objetivos da organização (como lucratividade e produtividade) podem ser sacrificados em função da satisfação do cliente. DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROCESSO Também chamada de departamentalização por fases do processo, por processamento ou por equipamento, representa o agrupamento das atividades de acordo com as etapas de um processo, meta ou objetivo específico. Caracteriza-se pela ênfase na tecnologia de produção, sendo empregada, normalmente, nas áreas produtivas ou de operação. Vantagens • maior especialização dos recursos alocados; • permite o melhor arranjo físico e disposição racional dos recursos; • permite uma utilização mais econômica dos recursos tecnológicos; • possibilidade de comunicações de informações técnicas mais rápidas; • melhor coordenação e avaliação de cada parte ou etapa do processo. Desvantagens • possibilidade de perda da visão global do andamento do processo; • flexibilidade restrita para ajustes no processo. DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROJETOS Ocorre o agrupamento das atividades de acordo com as saídas e os resultados (outputs) relativos a um ou a vários projetos da empresa. Normalmente é utilizado em grandes empresas que desenvolvem projetos com grande concentração de recursos e prolongado tempo de produção, a exemplo da construção de edifícios. A principal diferença para a departamentalização por produtos é que aqui os produtos assumem enormes proporções, demandando investimentos e recursos elevados, tecnologia específica e períodos prolongados para planejamento e execução. Vantagens • permite alto grau de responsabilidade da equipe de execução do projeto; • possibilita que os funcionários envolvidos tenham elevado grau de conhecimento de todos os trabalhos inerentes ao projeto; • tem alto grau de versatilidade e adaptabilidade, aceitando novas ideias e técnicas durante o desenvolvimento dos trabalhos; • possibilita melhor atendimento aos clientes dos projetos; • permite melhor cumprimento de prazos e orçamentos. Desvantagens • para atender à complexidade dos projetos, torna-se necessário montar equipes altamente especializadas. Contudo, ao término do projeto, a empresa pode ser obrigada a dispensar o pessoal ou paralisar máquinas e equipamentos caso não tenha outro projeto em vista; • como decorrência do problema anterior, ocorre forte ansiedade e angústia nas pessoas pela imprevisibilidade de futuro no emprego; • geralmente não apresenta um sistema de comunicação e tomada de decisão adequado; • pode gerar uma situação de recursos ociosos ou mal empregados. DEPARTAMENTALIZAÇÃO MATRICIAL É uma forma intermediária entre os tipos de departamentalização funcional e por projetos – ou, às vezes, funcional e por produtos ou serviço, tendo como característica marcante a autoridade dual (chefe funcional x chefe de projeto). Com esse tipo de agrupamento, mantém-se a estrutura funcional para as atividades cotidianas, somando com a possibilidade de o líder de um projeto aprimorar sua rede de contato com sua equipe de trabalho. Vantagens: • possibilita o maior aprimoramento técnico da equipe de trabalho; • maior especialização das atividades desenvolvidas; • melhor atendimento aos clientes do projeto; • maior cumprimento de prazos e do orçamento; Desvantagens: • citamos a dupla subordinação, gerando um climade ambiguidade de papéis e relações; • o conflito de interesses de poder entre os chefes funcionais e os chefes de projetos. GESTÃO DA QUALIDADE Ferramentas da Qualidade • Gráfico de Pareto: é utilizado para categorizar e priorizar os problemas e suas causas, com a máxima, advinda do princípio de Pareto, de que 80% dos problemas são gerados por 20% das causas, ou seja, determinadas causas impactam mais nos problemas da empresa. Assim, permite-se identificar as causas que geram mais problemas e priorizar as soluções. • Diagrama espinha de peixe, diagrama de causa e efeito ou diagrama de Ishikawa: é uma ferramenta que permite, dentro de um problema ocorrido (efeito), chegar às suas possíveis causas, especificando os fatores que possivelmente contribuíram. • Histograma: é um gráfico quantitativo, que permite agrupar as variáveis por quantidade. Consiste em agrupar determinados dados conforme suas frequências, identificando mediante barras. • Fluxograma: é o desenho do caminho de um processo, demonstrando sua sequência lógica de etapas e interações mediante uma representação gráfica, baseado em uma notação que possui determinados significados. • Lista de verificação, ou check list: é uma ferramenta simples, que possibilita coletar dados sobre um processo ou falhas de um determinado procedimento. A ferramenta é utilizada para checar se todos os itens necessários a um determinado processo foram providenciados, bem como para identificar e categorizar a ocorrência de falhas • Carta de controle ou gráfico de controle: é um tipo de gráfico utilizado para medir a variação de defeitos de um determinado processo. Possui uma linha média e um limite mínimo e máximo de tolerância, e, se o processo estiver dentro desses limites, está no nível aceitável de variação. Caso ultrapasse, precisa ser verificado o porquê e corrigir. • Diagrama de dispersão ou gráfico de dispersão, ou, ainda, diagrama de correlação: serve para demonstrar a correlação entre duas ou mais variáveis, em que se demonstra o impacto que a alteração de uma determinada variável vai gerar em outra (exemplo clássico: aumento da temperatura e vendas de sorvete). ARQUIVOLOGIA TÉCNICAS DE ARQUIVO E CONTROLE DE DOCUMENTOS: Classificação, codificação, catalogação e arquivamento de documentos, classificação e tabela de temporalidade no Poder Executivo Federal; ARQUIVO O termo arquivo pode se referir a: 1. Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do suporte ; 2. Instituição ou serviço que tem por finalidade a custódia, o processamento técnico, a conservação e o acesso a documentos; 3. Instalações onde funcionam arquivos; 4. móvel destinado à guarda de documentos. Documento Unidade de registro de informações (ideias e fatos), qualquer que seja o suporte ou formato utilizado. É suscetível de consultas, pesquisas ou estudos, e pode ser utilizado como evidência ou prova, neste caso servindo para, respectivamente, evidenciar ou comprovar a ocorrência ou existência de fatos, fenômenos, formas de vida e pensamentos do homem, em uma determinada época ou lugar. CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS • Extensão de sua atuação Podem ser setoriais e gerais ou centrais. Os arquivos setoriais (núcleos de arquivo ou arquivo descentralizado) são aqueles estabelecidos junto aos órgãos operacionais, cumprindo funções de arquivo corrente. Os arquivos gerais ou centrais são os que se destinam a receber os documentos correntes provenientes dos diversos órgãos que integram a estrutura de uma instituição, centralizando as atividades de arquivo corrente. • Natureza dos documentos Podem ser especiais e especializados. O arquivo especial é aquele que tem sob sua guarda documentos de formas físicas diversas – fotografias, discos, fitas, slides, disquetes, CD-ROM – e que, por esta razão, merecem tratamento especial. Arquivo especializado é o que tem sob sua custódia os documentos resultantes da experiência humana num campo específico, independentemente da forma que apresentem. Ex.: arquivos médicos, arquivos de engenharia, arquivos técnicos. • Gênero (característica) Podem ser: escritos ou textuais, cartográficos (mapas e plantas), iconográficos (fotografias, desenhos, gravuras), filmográficos (filmes e fitas vide magnéticas), sonoros (discos e fitas audiomagnéticas), micrográficos (rolo, microficha, jaqueta), informáticos (disquetes, HD, CD-ROM). • Natureza do Assunto (característica) Quanto à natureza do assunto os documentos podem ser ostensivos e sigilosos. Ostensivo é o documento cuja divulgação não prejudica a administração. São sigilosos os documentos que, por sua natureza, devam ser de conhecimento restrito e, por isso, requerem medidas especiais de guarda para sua custódia e divulgação. • Forma: Refere-se ao estágio de preparação do documento, se ele é pré-original, original, ou pósoriginal. Simplificando: se o documento é rascunho (quando estamos o elaborando e podemos alterá-lo) ou minuta (quando para torná-lo ‘oficial’ faltam apenas os sinais de validação, como a assinatura) dizemos que ele é um pré-original e quando se configura em uma cópia idêntica ao original chamamos de porta-original. • Formato: É determinado de acordo com as características físicas e técnicas de registros com que se apresenta o documento. São exemplos de formatos: livros, fichas, caderno e pergaminho. • Tipologia: Tipologia documental é a configuração que assume a espécie de acordo com a atividade que a gerou, por exemplo: Ata de reunião, Contrato de prestação de serviço, Certidão de nascimento ETAPAS DE ARQUIVAMENTO São as seguintes as fases de arquivamento: inspeção, estudo, classificação, codificação, ordenação e guarda dos documentos. Inspeção: Consiste no exame, por intermédio da leitura, do documento para verificar se ele se destina ao arquivamento. Estudo: Consiste na leitura cuidadosa de cada documento para verificar a entrada que lhe deverá ser atribuída, a existência de antecedentes, bem como a necessidade de serem feitas referências cruzadas. Classificação: Consiste na determinação da entrada e das referências cruzadas que lhe serão atribuídas através de um processo interpretativo. Codificação: Consiste na aposição dos símbolos correspondentes ao método de arquivamento adotado. Ordenação: É o agrupamento dos documentos de acordo com a classificação e codificação adotadas. Sua finalidade é agilizar o arquivamento e racionalizar o trabalho. Guarda dos documentos: É o arquivamento propriamente dito. TEORIA DAS TRÊS IDADES A cada uma dessas fases – que são complementares – corresponde uma maneira diferente de conservar e tratar os documentos e, consequentemente, uma organização adequada. Arquivos de primeira idade, corrente, ativo ou de movimento: são aqueles constituídos de documentos em curso ou consultados frequentemente conservados em dependências próximas de fácil acesso. Arquivos de segunda idade, intermediários ou limbo: são aqueles constituídos de documentos que deixaram de ser frequentemente consultados, mas cujos órgãos que os receberam e os produziram podem ainda solicitá-los. Não há necessidade de conservá-los próximos aos escritórios. A permanência dos documentos nesses arquivos é transitória. Por isso, são também chamados de “limbo” ou “purgatório”. Arquivos de terceira idade, de custódia ou permanentes: são constituídos de documentos que perderam todo o valor de natureza administrativa, que se conservaram em razão de seu valor histórico ou documental e que constituem os meios de conhecer o passado e sua evolução. Estes são os arquivos propriamente ditos. TIPOS DE ARQUIVAMENTO Pode ser horizontal ou vertical. Horizontal se os documentos ou fichas foremarquivados uns sobre os outros, bem como em caixas, estantes ou escaninhos. Será vertical se os documentos ou fichas estiverem dispostos uns atrás dos outros, permitindo sua rápida consulta, sem a necessidade de remover outros documentos para ter acesso a um determinado documento ou ficha. EMPRÉSTIMO E CONSULTA Documentos de arquivo só podem ser consultados ou cedidos, por empréstimo, aos órgãos que os receberam ou produziram, aos órgãos encarregados das atividades a que se referem os documentos e às autoridades superiores, na mesma linha hierárquica. HABILIDADES HUMANAS Para administrar uma empresa são necessárias uma série de habilidades e estas são divididas em três categorias, são elas: 1. Habilidade Conceitual: são aquelas que se referem à capacidade cognitiva de considerar a empresa como um todo e perceber as relações entre as partes. 2. Habilidade Humana: envolvem a capacidade do administrador de trabalhar com e por outras pessoas e ficam evidentes na maneira como o gestor se relaciona com outras pessoas, o que inclui a capacidade de motivar, facilitar, coordenar, liderar, comunicar e resolver conflitos. 3. Habilidade Técnica: o domínio de tarefas específicas e o domínio no desempenho delas LIDERANÇA Kurt Lewin • Autocrático: estilo de liderança centralizador. O líder é quem dá as ordens, determina as tarefas e os métodos de trabalho, com comportamento dominador. A participação dos colaboradores é praticamente nula. Trata- se de um estilo em que os líderes mandam, e os colaboradores se limitam a obedecer; • Democrático: neste estilo de liderança, o líder envolve as pessoas na tomada de decisão, encorajando a participação dos colaboradores. Assim, o líder assume a função de facilitador e incentivador. Pode ser classificado em: Consultivo: em que o líder busca e considera as opiniões dos empregados, mas toma a decisão sozinho; Participativo: em que as decisões são tomadas pelo grupo, sendo o líder um orientador; • Liberal: trata-se de estilo de liderança em que o líder concede total liberdade aos colaboradores. O líder atua de forma bastante limitada, apenas quando é solicitado, intervindo o mínimo possível. Os Quatro Estilos De Liderança De Likert Seus sistemas eram baseados em quatro variáveis: processo decisorial, sistema de comunicações, relacionamento interpessoal e sistema de recompensas e punições. • AUTORITARIO-COERCITIVO: tem por característica ser rígido, arbitrário e autoritário, com um rigoroso controle de tudo o que acontece na organização. A decisão é centralizada na cúpula, as comunicações são descendentes. Além disso, há ênfase nas punições e medidas disciplinares, sendo raras as recompensas. • AUTORITARIO-BENEVOLENTE: é um pouco menos rígido, se comparado com o autoritário-coercitivo. O processo decisório centralizado na cúpula, no entanto, há uma pequena abertura para delegação, em decisões de caráter rotineiro e repetitivo. A comunicação continua descendente, sendo permitida uma certa retroação dos níveis inferiores. A organização informal ainda é desestimulada, mas há um clima de condescendência caso haja o relacionamento interpessoal. Ênfase nas punições e medidas disciplinares, embora ofereça mais recompensas. • CONSULTIVO: No sistema consultivo, o líder realiza consultas aos subordinados para tomar as decisões. A comunicação é descendente e ascendente, além de lateral (na interação entre os subordinados). Além disso, o sistema consultivo se caracteriza pela presença de recompensas materiais e simbólicas, bem como de punições. • PARTICIPATIVO: este sistema é altamente democrático, com total participação dos empregados no processo decisório. Possui comunicação aberta, alto relacionamento interpessoal, e ênfase nas recompensas simbólicas e sociais, embora também haja recompensas materiais. Poucas punições. TEORIAS MOTIVACIONAIS O Ciclo Motivacional O ciclo motivacional pode ser resumido da seguinte forma: • Necessidade não satisfeita – o ciclo começa com este input, ou seja, um novo estímulo, uma nova necessidade que surgiu e ainda não foi satisfeita. Por ser uma necessidade financeira, afetiva, enfim, qualquer uma que de fato motive o indivíduo a realizá-la; • Tensão aumentada – havia um estado de equilíbrio, o qual foi rompido pelo surgimento da nova necessidade. Este fato elevou a tensão do indivíduo no sentido de satisfazê-la, “resolver logo o problema”; • Esforço – nesta fase, desdobramento da tensão aumentada, o indivíduo realizará o que estiver ao seu alcance para que satisfaça a necessidade que o motivou, acionando todos os mecanismos necessários e possíveis para a satisfação da necessidade; • Necessidade satisfeita – após todo o esforço, a tendência é que a necessidade seja satisfeita; • Tensão diminuída – após a satisfação da necessidade que o motivou, a tendência é a de que o indivíduo tenha a sua tensão diminuída, retornando à fase de estabilidade, até que uma nova necessidade o motive, realimentando o ciclo. Hierarquia das necessidades, de Maslow *Teoria que mais cai. Apresenta as necessidades humanas e sua capacidade de motivação em níveis hierárquicos, com a imagem de uma pirâmide, em que a base da pirâmide são as necessidades mais urgentes a serem satisfeitas. A satisfação de um nível abre espaço para a satisfação do próximo. • Necessidades Fisiológicas: são as necessidades básicas humanas, tais como alimentação, sono, repouso, abrigo, desejo sexual, dentre outras. São as necessidades que dominam os instintos humanos mais básicos; • Necessidades De Segurança: são as necessidades de estabilidade, proteção contra privações ou perigos e conservação do emprego. Quanto mais estáveis sejam as decisões e políticas de uma organização, mais segurança haverá para o empregado; • Necessidades Sociais: são as necessidades de associação, participação, amizades, afeto e amor. O ser humano é um ser social, que possui necessidade de se relacionar com seus semelhantes; • Necessidades De Estima: são as necessidades de autoconfiança, aprovação social, respeito, status, reconhecimento e prestígio. Toda pessoa gostaria de ser respeitada e reconhecida socialmente; • Necessidades De Autorrealização: são as necessidades mais elevadas, incluindo o autodesenvolvimento e crescimento profissional. Teoria das Necessidades Adquiridas Ela sugere que essas necessidades são adquiridas ao longo da vida de uma pessoa como resultado de experiências, sucessos e fracassos A teoria identifica três principais necessidades psicológicas que influenciam o comportamento humano: 1. Necessidade de Realização (nACH): Indica a necessidade de se destacar em atividades desafiadoras, superar obstáculos e alcançar metas significativas. Indivíduos com alta nACH tendem a buscar feedback sobre seu desempenho e gostam de assumir responsabilidades. 2. Necessidade de Poder (nPOW):Refere-se à vontade de influenciar, liderar e controlar outras pessoas. Pessoas com uma alta necessidade de poder geralmente buscam posições de liderança e gostam de ter impacto sobre os outros. 3. Necessidade de Associação (nAFF): Reflete a necessidade de relacionamentos interpessoais, aceitação social e interação social positiva. Indivíduos com uma alta necessidade de associação valorizam a colaboração e a interação harmoniosa com os outros. Teoria ERG, de Clayton Alderfer A Teoria ERG oferece uma abordagem mais flexível do que a hierarquia de necessidades de Maslow, reconhecendo que as pessoas podem buscar simultaneamente a satisfação de diferentes conjuntos de necessidades. 1. Existência (Existence): Inclui as necessidades básicas de sobrevivência, como alimentação, abrigo, segurança e condições de trabalho adequadas. Essas necessidades são semelhantes às categorias fisiológicas e de segurança na hierarquia de Maslow. 2. Relacionamento (Relatedness): Envolvem as necessidadessociais e interpessoais, como a necessidade de interação social, amizade, afiliação e relacionamentos interpessoais positivos. Essa categoria corresponde em parte às necessidades sociais na hierarquia de Maslow. 3. Crescimento (Growth): Refere-se à busca de desenvolvimento pessoal e crescimento individual, incluindo a necessidade de desenvolver habilidades, alcançar o potencial máximo e contribuir para o bem comum. Isso se alinha, em parte, às categorias de estima e autorrealização na hierarquia de Maslow. Um aspecto significativo da Teoria ERG é a ideia de frustração-regressão, que sugere que, se as necessidades mais elevadas não podem ser satisfeitas, um indivíduo pode voltar a focar nas necessidades mais básicas. Teoria dos dois fatores, de Herzberg 1. Fatores motivacionais ou satisfacientes (ou, ainda, intrínsecos) – relacionados ao reconhecimento e realização, conteúdo do cargo, incremento de atribuições e responsabilidades, e possibilidades de desenvolvimento. Sua presença motiva, mas sua ausência não gera desmotivação, e sim não-motivação, neutralidade; 2. Fatores higiênicos ou insatisfacientes (ou, ainda, extrínsecos) – aqui estão presentes o salário, relações interpessoais, políticas da empresa, segurança e condições de trabalho. Sua presença não motiva, ou seja, não gera satisfação, mas sua ausência gera insatisfação. • ATENÇÃO!!!! salário ou remuneração NÃO É UM FATOR MOTIVADOR. De acordo com a teoria Herzberg, trata-se de um FATOR HIGIÊNICO. • Satisfação – seu oposto é a não-satisfação (e não a insatisfação). • Insatisfação – seu oposto é a não-insatisfação (e não a satisfação). As teorias X e Y, de Mcgregor Define dois estilos de comportamento humano, que geram duas concepções de gestão: a teoria X e a teoria Y. • Teoria X é baseada na tradicional visão mecanicista, com a concepção de que o homem se motiva apenas mediante recompensas monetárias. Além disso, as pessoas seriam preguiçosas por natureza e evitam o trabalho ou realizam o mínimo possível, precisando de controle constante por meio da administração. Tal teoria vai ao encontro da abordagem clássica e suas visões mais restritas do homem na organização, refletindo um estilo de administração duro, rígido e autocrático. • Teoria Y é baseada nos estudos da Teoria Comportamental, indicando que o homem tem capacidade de se motivar, potencializar o seu desempenho, assumir responsabilidades e que o trabalho pode ser uma fonte de satisfação. A Teoria Y preconiza que as pessoas não são reativas ao trabalho de forma nata, mas que podem se tornar assim mediante experiências laborais. Gera um estilo de gestão aberto, dinâmico e democrático, em que a organização deve criar as condições para o desenvolvimento das pessoas. A Teoria da Expectativa, Victor Vroom É uma teoria da motivação que se concentra nas relações entre expectativas individuais, esforço, desempenho e recompensa. Ela é baseada em três conceitos principais: 1. Expectativa (Expectancy): Refere-se à crença do indivíduo de que seus esforços levarão a um bom desempenho. Em outras palavras, é a percepção de que se uma pessoa trabalhar duro, ela terá a capacidade de atingir as metas desejadas. 2. Instrumentalidade (Instrumentality): Relaciona-se à crença de que um bom desempenho será seguido por uma recompensa desejada. É a percepção de que, se você alcançar o desempenho desejado, isso levará a uma recompensa significativa. 3. Valência (Valence): Refere-se à importância que o indivíduo atribui à recompensa. A valência está relacionada ao valor pessoal que a pessoa coloca na recompensa. Por exemplo, uma promoção pode ter uma valência alta para alguém que valoriza a progressão na carreira. A teoria sugere que a motivação de um indivíduo para realizar ações é influenciada pela interação desses três fatores. Ele tomará uma ação específica se acreditar que seus esforços levarão a um bom desempenho (expectativa), e que o bom desempenho será seguido por uma recompensa desejada (instrumentalidade) e que valoriza essa recompensa (valência). Processos de Gestão de Pessoas Transmissão de informações - aumentar o conhecimento e a habilidade das pessoas. Desenvolvimento de habilidades - melhorar ou desenvolver habilidades e destrezas necessárias à execução ou operação de tarefas requeridas pelo cargo ocupado. Desenvolvimento ou modificação de atitudes - geralmente a mudança de atitudes negativas para atitudes mais favoráveis. Pode também envolver a aquisição de novos hábitos e atitudes, principalmente em relação a novos clientes e usuários. Desenvolvimento de conceitos - elevar o nível de abstração e conceitualização de ideias e filosofias. Para podermos atingir os objetivos da organização e da área de Gestão de Pessoas, necessitamos atuar em diversos processos e necessidades – tanto da organização quanto dos funcionários. Abaixo podemos ver os principais processos de Gestão de Pessoas: 1. Agregar pessoas Agregar é fazer com que novos profissionais façam parte da empresa, contribuindo com suas competências, para que as tarefas diárias sejam executadas com maestria. Para isso, é preciso ter um processo de recrutamento e seleção bem estruturados. A seleção, por sua vez, deve funcionar como um funil. No topo, entram diversos candidatos, mas, na ponta, só saem aqueles que possuem as competências necessárias e aderência à cultura organizacional. Para estabelecer um bom processo de seleção, é preciso investir em diversas táticas, tais como: entrevistas presenciais, dinâmicas em grupo, provas e testes psicológicos. 2. Aplicar pessoas Após contratar um novo profissional, é crucial integrálo à cultura da empresa e sua nova equipe de trabalho, contudo, é preciso criar um bom processo de integração, que vai desde a apresentação do código de conduta da companhia até visitas aos setores mais importantes. Veja alguns pontos que podem fazer parte desse processo: • apresentação da história da empresa; • apresentação da missão, visão e valores; • entrega do código de conduta; • explicação sobre os principais benefícios e remuneração; • visita às instalações e departamentos; • apresentação da nova equipe de trabalho. . 3. Recompensar pessoas É preciso que os trabalhadores sejam reconhecidos e recompensados por suas conquistas. Isso cria um forte senso de meritocracia, o merecer. Quando um profissional sente que está sendo recompensado de acordo com os seus resultados, passa a empenhar-se mais na realização de cada tarefa, aumentando sua produtividade e seu comprometimento com os resultados. Para criar boas recompensas, além de oferecer um salário justo e bons benefícios, é preciso levar algumas coisas em consideração. Veja as principais: • recompense de acordo com a complexidade de cada tarefa; • equilibre recompensas financeiras e nãofinanceiras; • defina estímulos que sejam realmente desejados pelos funcionários; • recompense de acordo com a saúde financeira da empresa. 4. Desenvolver pessoas Refere-se à necessidade de manter todos os colaboradores treinados. Um bom treinamento deve ser iniciado com uma avaliação de desempenho dos funcionários, buscando identificar quais conhecimentos, habilidades e atitudes devem ser aprimorados. Isso, comumente, é feito por meio de uma avaliação 360. *DIFERENÇAS ENTRE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO TREINAMENTO é o núcleo de um esforço contínuo desenhado para melhorar a atividade das pessoas e, consequentemente, o desempenho organizacional. Trata-se de um dos processos de gestão de pessoas mais importantes. O treinamento é desenhado para construir talentos com conhecimentos e habilidades necessárias aos seus cargos atuais ou construir competências individuais. DESENVOLVIMENTO envolve aprendizagem que vai além do cargo atual e se estende à carreira da pessoa com um foco no longo prazo para prepararas pessoas para acompanhar as mudanças e o crescimento da organização. 5. Manter pessoas Quando a evasão de funcionários é elevada, a empresa é prejudicada de diversas formas. Além dos altos custos com processos de rescisão contratual, existe a perda contínua de mão de obra qualificada e o acúmulo de tarefas para os profissionais que ficaram. Por tudo isso, é indispensável que uma empresa saiba como reter seus colaboradores, mantendo-os felizes e fiéis à marca empregadora. Desse modo, algumas coisas devem ser consideradas. Veja as principais: • crie um ambiente de trabalho agradável e produtivo; • melhore o diálogo interno; • estimule o relacionamento entre líderes e seus liderados; • ofereça feedbacks de forma contínua; • estabeleça um plano de carreira; • invista em benefícios complementares. 6. Monitorar os resultados A última atividade é a de monitorar os resultados que estão sendo atingidos pelo setor de RH e os funcionários. Para isso, o mais indicado é estabelecer alguns indicadores-chave de desempenho. Esses indicadores, também conhecidos como KPIs (Key Performance Indicator), funcionam como um termômetro interno, indicando o que está sendo realizado com excelência. Veja alguns dos indicadores mais utilizados: • taxa de turnover (evasão de funcionários); • nível de absenteísmo; • nível de satisfação e fidelidade dos colaboradores; • retorno sobre investimentos (ROI); • nível de satisfação dos clientes finais. Esses indicadores devem ser acompanhados de forma contínua, e utilizados para tomar decisões estratégicas dentro da empresa, como: treinar, promover ou demitir alguém. Avaliação de Treinamento 1. Reação (Nível 1): Avalia a reação e a satisfação dos participantes em relação ao treinamento. Isso envolve coletar feedback imediato sobre o treinamento, geralmente por meio de questionários, pesquisas ou discussões em grupo. O objetivo é entender como os participantes perceberam a qualidade, relevância e utilidade do treinamento. 2. Aprendizado (Nível 2): Mede o quanto os participantes realmente aprenderam durante o treinamento. Isso pode ser avaliado por meio de testes de conhecimento, avaliações práticas ou demonstrações de habilidades. O foco é determinar se os participantes adquiriram o conhecimento e as habilidades que eram o objetivo do treinamento. 3. Comportamento (Nível 3): Avalia se os participantes aplicaram no ambiente de trabalho o que aprenderam durante o treinamento. Isso pode envolver observações no local de trabalho, entrevistas ou análise de desempenho para determinar se houve uma mudança mensurável no comportamento dos participantes. Avaliação de desempenho Método da Escala Gráfica: É o método mais utilizado por ser simples e fácil de entender. Consiste num formulário de dupla entrada, no qual as linhas representam os fatores que estão sendo avaliados e as colunas, os graus de avaliação. Cada fator tem uma descrição simples e objetivas das qualidades a serem avaliadas. Na primeira coluna fica as variáveis a serem avaliadas de maneira simples e objetiva e nas colunas seguintes ficam os valores de cada uma destas variáveis. Ex.: Os valores podem ser substituídos com notas de 0 a 5. Tem uma visão geral das características que a empresa deseja e a situação de cada funcionário. Esse método favorece o surgimento do Efeito Halo que é uma análise subjetiva das informações, levando a generalização. Método Da Escolha Forçada: Consiste em avaliar o desempenho dos indivíduos mediante a escolha de frases que descrevem seu desempenho individual. O avaliador recebe formulários organizados em blocos de duas ou quatro frases. Em cada bloco, ele deve forçosamente escolher uma ou duas que melhor se aplica(m) ao desempenho do empregado avaliado. Este método neutraliza o subjetivismo e a influência do avaliador, considerar na análise apenas o trabalho e os respectivos resultados obtidos e utilizar frases descritivas de desempenho individual para o avaliador assinalar o desempenho revelado. Este método é mais confiável por eliminar os estereótipos. Ele é simples e com isso, o avaliador não precisa ter muito conhecimento. Sua elaboração é mais complexa, por isso, é bem mais demorado. O avaliador fica sem noção sobre o resultado de seu subordinado. Método de auto avaliação: Neste método o funcionário faz sua própria análise de desempenho. Este método ajuda o funcionário a desenvolver sua capacidade de autoconhecimento. Primeiro ele responde um questionário que o faz refletir sobre seu trabalho e posteriormente ele discute com seu superior o que pode ser feito para melhorar seu desempenho. Método da avaliação por resultados: Este método é muito utilizado pelas empresas que tem programas de administração por objetivos. É uma comparação entre os resultados que se espera do funcionário e resultados que ele alcançou efetivamente. Ele visa descobrir os pontos em que o funcionário precisa melhorar e reforçar os pontos em que ele está bem. Pesquisa de Campo: Baseia-se no princípio da responsabilidade de linha e da função de staff no processo de avaliação de desempenho. Requer entrevistas entre um especialista em avaliação (staff) e os gerentes (linha) para, em conjunto, avaliarem o desempenho dos respectivos colaboradores. Lista de Verificação: Baseado em uma relação de fatores de avaliação a serem considerados (check-list) a respeito de cada colaborador. Cada um desses fatores de desempenho recebe uma avaliação quantitativa. Métodos Mistos: Empresas que são mais complexas tende a utilizar métodos variados adaptando conforme suas necessidades e objetivos. Avaliação direta (90 graus): Ela é feita pelo gestor com o auxílio do RH de forma objetiva diretamente com os colaboradores Avaliação 180 graus: É um modelo mais tradicional e muito usado por grandes empresas onde o colaborador é avaliado pelo seu superior, mas em contrapartida, ele avalia o seu superior também. Isto ajuda a reduzir a rigidez da hierarquia. Avaliação 360 graus: Nesta avaliação o colaborador será analisado por várias pessoas que estão ligada a ela direta ou indiretamente com seus superiores, subordinados, colegas da mesma seção entre outros. Por ter mais fontes acabe tempo mais dados refletindo a verdade. Esta avaliação ajuda a compreensão individual e coletiva ajudando como um todo. Avaliação por competências: Ela vai além do desempenho. Os fatores considerados são conhecidos como CHA. C – Conhecimento: aptidões cognitivas, “saber algo”. H – Habilidade: domínio psicomotor, “saber fazer”. A – Atitude: fator motivador, “querer fazer”. Nesse método de avaliação leva-se em consideração tanto as competências técnicas como as comportamentais do funcionário. Avaliação por indicadores: Esta avaliação reflete mais a realidade, porque utiliza não só a opinião das pessoas, mas usa dados reais. O profissional que irá fazer a avaliação deve definir quais os indicadores que a empresa está necessitando avaliar. Avaliação da equipe: Avaliar a equipe serve para ajustar o desempenho do grupo e com isso, melhorando o relacionamento e fluxo de trabalho para melhorar os resultados. Avaliação comportamental: Além de avaliar as competências e desempenho do funcionário, ela avalia seu perfil comportamental. Variáveis analisadas: Dominância, estabilidade, cautela e influência. Avaliação por metas e objetivos: Esta avaliação é muito utilizada pelas empresas que tem como coma a administração por objetivo (APO) onde tem maior participação do chefe e sua equipe. Esta empresa substitui o processo hierárquico, onde é o chefe que define os objetivos, passa para a equipe e depois a avalia. Nesta avaliação é a própria equipe que avalia o desempenho de seus membros e juntos tomam ações para melhorar e assim atingirem seus objetivos. Avaliação baseada no custo: Avaliação que não foca o desenvolvimento de seu funcionário e sim saber se ele tem um bom custo benefício para a empresa.Normalmente usada para baixar custos ou demissões. Avaliação por distribuição forçada: Os funcionários são distribuídos em categorias para ver quem deve ser promovido ou demitido. É uma avaliação superficial. Incidentes críticos: Não é uma avaliação do dia a dia do funcionário e sim como ele reage a situações extremas positivas ou negativas. Avaliação do líder: Ele é avaliado tanto por seus colaboradores como por seus superiores, dando uma visão geral sobre o seu desempenho. Quais os indicadores que devemos avaliar? Os indicadores usados vão depender do objetivo da avaliação • Assiduidade: Quem está comprometido com os horários da empresa • Produtividade: Se metas são atingidas • Satisfação no trabalho: Colaborador satisfeito produz mais e melhor. • Erros, acidentes e retrabalho: Mede a atenção do colaborador Erros que costumam acontecer em avaliações de desempenho • O avaliador não explicar direito como funciona a avaliações e posteriormente dar um feedback confuso deixando o avaliado frustrado. • O avaliador analisar o colaborador somente pelos fatos ocorridos recentemente. • O avaliado não dar respostas sinceras por achar que pode prejudicar os colegas ou por medo da chefia. • Erro de contraste: Dar avaliações só positivas ou só negativas • Erro Efeito Horn: É quando o avaliador vê uma característica negativa na avaliação e acaba estendendo para todas as outras. Opinião pessoal. • Erro Efeito Halo: É quando o avaliador vê uma característica positiva na avaliação e acaba estendendo para todas as outras. Opinião pessoal. • Erro de Recenticidade: O avaliador só lembra dos resultados das avaliações mais recente. • Erro de Tendência Central: O avaliador avalia pela média, ou seja, nem muito alta e nem muito baixa. O avaliador faz assim para não prejudicar o avaliado ou no caso de nota alta ter que apresentar justificativas. • Erro de Leniência ou complacência: É quando o avaliador acha que todas as pessoas são boas e com isso, tem a tendência de dar muitas avaliações positivas. • Erro de Fadiga ou Rotina: Quando o avaliador tem muitas avaliações para fazer acaba ficando cansado e perde a qualidade na análise. • Erro de tendência, semelhança ou identificação: Ele avalia favoravelmente as pessoas que se parecem com ele a nível de valores e ou características profissionais. • Erro de Primeira Impressão ou Avaliação Congelada: Independente se o avaliado melhore ou piores, o avaliador não muda sua primeira opinião que tem dele. GESTÃO DE CONFLITOS E CLIMA ORGANIZACIONAL Nas organizações, e mais especificamente no contexto do trabalho, predominam os conflitos interpessoais, que podem ser de duas ordens: 1- Hierárquicos: quando envolvem tensões no nível gerencial ou mais precisamente na relação com as autoridades dentro da organização. Esse tipo de conflito pode ser decorrente, inclusive, da falta de legitimidade ou não reconhecimento do corpo dirigente. 2- Pessoais: quando envolvem tensões entre os indivíduos, geralmente causadas por disputas, luta por poder e prestígio ou discordâncias de concepção e procedimentos no processo de trabalho." Fatores de influência sobre o Clima Organizacional • Cultura Organizacional: é a “manifestação dos valores da empresa na prática”. Ou seja, são as crenças, as regras, os hábitos, os valores, a linguagem, o ambiente físico, visão, enfim, tudo que faz parte da estrutura da organização e seu funcionamento. • Políticas e práticas organizacionais: As Políticas e Práticas Organizacionais fazem parte da Cultura Organizacional, mas merecem lugar de destaque. Podem ser entendidas como os processos, procedimentos e fluxos operacionais. São as Políticas e Práticas que dirão como cada tarefa deve ser realizada, por quais meios (ferramentas, processos), qual o nível de autonomia de cada colaborador, entre outros. São geralmente estabelecidas em formato de guias. Assim, compõem as Políticas Organizacionais instrumentos de gestão como o Código de Ética e Conduta, Regulamentos, Política de Segurança da Informação, Políticas de Recursos Humanos, Políticas de Saúde e Segurança, entre outros. • Relações interpessoais: Independentemente do estilo de organização, do tipo de linguagem que se usa, do formato de trabalho, etc, para manter um bom Clima é preciso pautar-se numa cultura de respeito, de colaboração e apoio mútuo. • Remuneração e Benefícios: Além do pagamento de um salário justo, que leve em consideração critérios válidos, ter uma política de benefícios é também fundamental para garantir que as boas ações e o bom trabalho sejam recompensados. 4. Resultados (Nível 4): Mede os resultados finais e impactos do treinamento no nível organizacional. Os resultados podem incluir melhorias no desempenho organizacional, aumento da produtividade, redução de custos ou qualquer outro impacto mensurável. Este nível está focado em entender como o treinamento contribui para os objetivos mais amplos da organização. Níveis da Cultura Organizacional *Atenção para este Chiavenato costuma definir a percepção dos aspectos da cultura como um “iceberg”, que se caracteriza por ter um nível visível, superficial, e outro nível submerso, fora do campo de visão convencional. Da mesma forma, a cultura organizacional também possui níveis superficiais, mais fáceis de serem observados, e níveis que demandarão um esforço maior para serem percebidos. 1. Artefatos: é o mais superficial. Nele estão contidos todos os aspectos percebidos logo no primeiro contato com a organização. Aqui se encaixam os produtos, serviços, padrões de comportamento, linguagem, tipos de vestimentas, estruturas físicas, entre outros artefatos. 2. Valores Compartilhados: que definem valores e atitudes que são aceitáveis ou não na organização, e o porquê de serem ou não aceitáveis. São compartilhados de forma consciente pelos membros. 3. Crenças Básicas (ou pressupostos básicos): são o nível mais profundo da cultura e permeiam todos os níveis da cultura organizacional. São valores que são tão enraizados, tão bem estabelecidos, que dispensam explicações. Moldam a forma de agir e de pensar dos membros da organização de maneira tão intensa que são reproduzidos de forma inconsciente. Seria o nível mais profundo do iceberg citado anteriormente. Elementos da Cultura Organizacional Diante disso, existem elementos pelos quais a cultura é transmitida aos novos funcionários. • Símbolos: que transmitem significados físicos, como os mobiliários, vestimentas, espaço físico, dentre outros. • Linguagem: que os empregados aprendem a reproduzir em sua rotina. • Histórias: que se referem a eventos marcantes na organização, seja com relação ao seu início, com protagonismo aos fundadores, seja acerca de fatos ocorridos ao longo de sua existência. • Mitos: que são eventos fictícios usados para massificar valores culturais. • Heróis: são personalidades influentes, que fizeram (ou fazem) história na organização. • Normas: que são regras escritas balizadoras de comportamento. tópico • Tabus: são condutas ou atitudes proibidas na organização. • Ritos: que podem ser descritos como um conjunto de ações previamente elaborados e realizados de forma repetitiva, com a finalidade de reforçar valores e crenças que sejam chave para a organização.