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TRABALHO DE MATERIAIS

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CENTRO UNIRSITÁRIO ESTÁCIO DO RECIFE
UNIDADE SAN MARTIN
ENGENHARIA MECÂNICA 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA LEAN À PRODUÇÃO
Aluno: André Cordeiro de Souza 
Recife – PE
2017
ANDRÉ CORDEIRO DE SOUZA
AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA LEAN À PRODUÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Coordenação do Curso de Graduação em Engenharia Mecânica da Faculdade Estácio do Recife, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Mecânica.
Orientadora: Flávia Gonçalves Domingues Ferreira
Recife – PE
2017
ANDRÉ CORDEIRO DE SOUZA
AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DA LOGÍSTICA LEAN À PRODUÇÃO
Esta monografia foi julgada adequada como parte dos requisitos para a obtenção do título de
Engenheiro Mecânico aprovada em sua forma final pela banca examinadora da Faculdade Estácio do Recife.
Aprovado em____ de _______ de 2017
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Flávia Gonçalves Domingues Ferreira
Orientador 
__________________________________________
Nome do professor 
Examinador
__________________________________________
Nome do professor
Examinador
AGRADECIMENTOS 
Agradecer significa reverenciar o comportamento ou a ajuda de pessoas pelo incentivo, carinho e amor sempre demonstrados pelas pessoas, direta ou indiretamente, envolvidas. 
É a oportunidade de reconhecer aqueles que ajudaram na caminhada e que ajudaram a tornar possível a formação universitária de um modo ou de outro.
Pais, amigos, parentes e professores geralmente são lembrados e honradamente destacados neste momento.
RESUMO 
NO MÁXIMO 300 PALAVRAS
NÃO EXISTEM PARÁGRAFOS.
Palavras-chave: 3 palavras chaves separadas por ponto. 
		
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – XXXXXXXXXXX..................................................................................................... 12
Figura 2 – XXXXXXXXXXX..................................................................................................... 25
Figura 3 – XXXXXXXXXXX......................................................................................................30
Figura 4 – XXXXXXXXXXX......................................................................................................41
OPCIONAL
FIGURAS, GRÁFICOS, QUADROS, FLUXOGRAMAS, ETC.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – XXXXXXXXXXX................................................................................... 12
Tabela 2 – XXXXXXXXXXX................................................................................... 25
Tabela 3 – XXXXXXXXXXX....................................................................................30
Tabela 4 – XXXXXXXXXXX.....................................................................................41
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
111 INTRODUÇÃO.............................................................................................................� 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................xx x2.1 LOGISTICA................................................................................................................�x
2.2 PENSAMENTO ENXUTO.........................................................................................xx
2.2.1 Logística Lean..........................................................................................................xx
2.3 DESENVOLVIMENTO DA ABORDAGEM ENXUTA...........................................xx
2.4 LOGÍSTICA ENXUTA...............................................................................................xx 2.5 O VALOR PARA A LOGÍSTICA ENXUTA.............................................................xx
2.6 A CADEIA DE VALOR PARA A LOGÍSTICA ENXUTA.......................................xx
���2.7 LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS	..........................................................xx
���3 METODOLOGIA	.........................................................................................................xx
384 PROCEDIMENTO	.........................................................................................................�
435 RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................................�
556 CONCLUSÕES...............................................................................................................�
56REFERÊNCIAS.................................................................................................................�
1 INTRODUÇÃO 
Neste presente trabalho, pretende-se obter a compreensão sobre as características que influenciam à questão sobre a importância proposta com relação os mecanismos dispostos na logística lean para o fornecimento de linhas de produção de uma empresa.
A busca da melhoria pela qual as organizações industriais vem continuamente por meio de seus processos, tem como objetivo, adquirir uma circunstância de estabilidade em meio ao mercado, pela intenção de erradicar desperdícios, diminuir custos, na procura de sobressair na competitividade, no entanto, as empresas devem ser cuidadosas com relação as características do produto, e do mercado pelo qual se encontram (JOB, 2003). 
A logística Lean é derivada da formulação de produção enxuta, onde, de acordo com Womack e Jones (2004) é um sistema de gestão por onde é provável “fazer cada vez mais com cada vez menos”, e, sobreposto à importância de circulação de materiais, deriva através da logística Lean. 
A Logística Lean é tratada como algo pertencente ao processo de abastecimento, evidenciando a importância de se estudar ferramentas que contribuam para o progresso de atividades da rotina de uma empresa, como é observado o abastecimento dentro das linhas de produção, focando o pensamento enxuto, ao lado das ferramentas amoldadas para atingir as metas desejadas e erradicando desperdício, não somente das características do negócio, como também, por meio do confiável uso das ferramentas acessíveis por meio do pensamento Lean (TUBINO, 2006).
Deste modo, em vista do que foi relacionado acima, o presente estudo se propõe a distinguir os desperdícios que sobrevêm por meio do abastecimento interno através das linhas de produção, e detectando a principal causa das possíveis dificuldades por meio da atividade e pontuando as formas pelo qual a logística pode cooperar nesta questão.
Ao longo deste trabalho acadêmico, serão conferidos elementos com relação à demanda do mercado, com a intenção de observar as oscilações de mercado instigam desde o planejamento, programação e controle da produção, até o abastecimento, para que a produção possa ter um bom andamento, dando assim ênfase às ferramentas de suporte por onde uma empresa inicie o contexto de logística Lean, passando a inspecionar os processos de desabastecimento, ruptura de fluxo e grandes desperdícios e custos adicionais para armazenagemdentro do processo de abastecimento de linhas de produção. A função pelo qual se justifica a existem atividades que são desenvolvidas sem seu real valor, contudo, tais questões absorvem recursos, de maneira indevida, o que pode ser observado como falhas que devem ser corrigidas.
É possível que todas as questões citadas, são decorrência da falta de um planejamento inicial, no que tange a conduta e o andamento da demanda do mercado, que, por meio de ausência de informação adequada, um planejamento com falhas é pode desencadear muitas atividades desnecessárias, desperdício de tempo e outras questões decorrentes pela falta de planejamento correto. Sendo que o conceito principal é a verificação de importantes melhorias no fluxo de matérias e consequentemente na gestão da logística e redução de custos (RIBEIRO; RIBEIRO, 2012).
Destacam-se como objetivos específicos:
Conceituar através da Logística Lean a manutenção do abastecimento através da manutenção do fluxo, e não através da geração de estoques;
Observar a criação de valor na logística desde a questão cliente e produção;
Diagnosticar o valor do tempo certo e fornecer o suprimento no momento em que o item estiver em produção;
Verificar questão do valor do local certo, a fim de fornecer o insumo o mais próximo ou no exato ponto de consumo;
Implantar questão do valor do acondicionamento certo: minimizar a movimentação e manter a segurança.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Fundamentação Teórica evidenciará os principais conceitos deste trabalho acadêmico, é um desenvolvimento que marcará o que o titulo dispõe e o sue principal alvo e demais elementos. 
O referencial teórico permite verificar o estado do problema a ser pesquisado, sob o aspecto teórico e de outros estudos e pesquisas já realizados (MARCONI; LAKATOS, 2017).
De acordo com Marion, Dias e Traldi (2002), “O referencial teórico deve conter um apanhado do que existe, de mais atual na abordagem do tema escolhido, mesmo que as teorias atuais não façam parte de suas escolhas”.
Assim, o referencial teórico é que possibilita fundamentar, dar consistência a todo o estudo, ou seja, a questão da Logística e o pensamento enxuto, que é o arcabouço deste trabalho.
2.1 LOGISTICA 
A logística é um ramo que a cada ano cresce no Brasil, junto aos modais de transporte, a logística alavanca a economia e emprega milhões de pessoas mesmo em meio a crise econômica. Assim, a logística uma área de grande ênfase para as empresas, pois é praticamente impossível imaginar em meio a um mundo globalizado, competitivo e que busca cada vez mais melhorar seu desempenho sem o suporte da logística (PEINADO; GRAEML, 2007). 
De acordo com Bussinger (2008), de maneira histórica, a logística é utilizada desde os tempos mais antigos, na organização dos suprimentos das guerras, que duravam por muito tempo e tais guerras eram travadas longe das pessoas, com isso, ficou necessário um grande movimento de suprimentos de um lugar para outro, como também as tropas ficavam encarregadas de transportar tudo. E deste modo, por grande período a logística ficou conhecida como uma atividade militar, incorporada a outros ramos da atividade militar na Segunda Guerra Mundial, já que, naquela ocasião, após tantos períodos em meio a uma logística rudimentar, neste período já existia tecnologia mais avançada. 
O autor ainda dispõe de uma indagação em afirmar que: “a logística trata do planejamento, organização, controle e realização de outras tarefas associadas à armazenagem, transporte e distribuição de bens e serviços” (BUSSINGER, 2008), como pode ser observado na Figura 1. 
Figura 1 – Fluxo de Integração Operacional
Fonte: COMPLETA LOGÍSTICA (2014).
A logística submerge em todos os processos de abastecimento, passando pelos suprimentos e decorre até sua distribuição. Gasnier (2010) distingue a logística como a energia que impulsiona os métodos de abastecimento interno e externo de uma empresa, e o entendimento para coordenar os diversos elementos dispostos pela logística para que, os fluxos não sejam atravancados e as demandas não deixem de ser recebidas.
Numa melhor concepção do conceito logístico, é que ela é o processo de programação, implementação e domínio de fluxo de maneira eficiente e economicamente dinâmica de matérias-primas, estoques em processo, produtos acabados e informações concernentes desde sua etapa inicial até seu destino final, consumo, com a intenção de suprir às exigências do consumo (BALLOU, 1993).
Reconhecida atualmente como um conceito de negócio, a Logística só veio evoluir em meados dos anos 1950, sobretudo, com relação à complexidade e à dificuldade pelas grandes demandas que veio crescendo e a necessidade de fornecer um serviço Poe meio de um contexto inicial da globalização. Este negócio, que é chamado de logística pode ter o foco interno, isto é, na entrada, chamada de Logística Inbound, ou por uma visão externa: na saída, chamada de Logística Outbound que cobre o fluxo e a armazenagem dos materiais desde seu início, denominado de nascedouro ao destino final, que é o ponto de consumo (AVOZANI; SANTOS, 2010). 
Enfim, a finalidade da logística na manufatura é a de assegurar que cada máquina e estação de trabalho sejam alimentadas com o material necessário, na quantidade necessária, na qualidade necessária, no local necessário. No entanto, o “necessário” é muito subjetivo. Depende de cada ponto de vista. Na interpretação de alguns, a quantidade necessária pode ser a quantidade do mês, enquanto, para outros, pode ser o equivalente à 1h ou até mesmo conforme o takt� segundo a tradição Lean. O mesmo pode dizer quanto ao material, à qualidade e, sobretudo, o local (TAKEUCHI, 2015).
2.2 PENSAMENTO ENXUTO
A origem do pensamento enxuto vem do pensamento de gestão de qualidade e produção, como também o que distingue o Controle da Qualidade Total e o Sistema Toyota de Produção. 
No que conceitua Womack e Jones (2004) o pensamento enxuto foi configurado nos anos de 1950, contudo, por meio de diferentes vias que cursaram e apresentaram diferentes autores, propagando e baseando por meio conceitos como a uniformização das operações, a disposição e o aperfeiçoamento dos elementos da qualidade, os processos de melhoria continuada, as questões com relação a conduta humana e o modelo de produção fundamentado na abolição de desperdícios a fim de capacitar a Toyota e por fim, obter a competir frente as demais empresas.
De acordo com Womack e Jones, os principais conceitos que fizeram com que o Sistema Toyota de Produção nascesse visam em torno do Pensamento Enxuto, onde, sua intenção mais conceitual era a de oferecer ao cliente os anseios que mais tinham necessidade. Assim, os autores Womack e Jones (2004) dispõem cinco princípios para o Pensamento Enxuto, no que concerne:
		- O ponto de partida para o Pensamento Enxuto é o valor. Este valor só pode ser definido pelo cliente final. E só é significativo quando expresso em termos de um produto específico que atenda as necessidades específicas do cliente, a um preço específico, em um momento específico;
	- O segundo passo é a identificação da cadeia de valor, que é um conjunto de todas as ações específicas necessárias para se levar um produto específico a passar pelas tarefas de desenvolvimento, de gerenciamento da informação e da transformação física.
	- O terceiro passo é fazer o valor fluir pela cadeia produtiva sem interrupções. Um conceito essencial nesta etapa é a definição do tempo takt, que sincroniza e define a velocidade, ou rimo da produção, de forma a se trabalhar na velocidade de venda desejada pelo cliente. Consiste na divisão do tempo disponível para produção pela demanda do cliente. 
	- O quarto passo é a produção puxada, onde um processo inicial não deve produzir um bem ou serviço sem que o cliente deste processo o solicite. Isto significa ter condições de projetar, programar e produzir exatamente o que o cliente quer. A produção passa a ser requisitada pela demanda realdo cliente.
	- O quinto e último passo é a perfeição, que decorre do fato de que os outros quatro interagem entre si, de modo que o processo nunca tenha fim.
O pensamento enxuto é uma metodologia que possibilita que uma empresa erradique de maneira plena os desperdícios, com a intenção de que o cliente adquira apenas aquilo que deseja, no momento e na quantidade requisitada. Este é, pois, uma forma de fazer cada vez mais, com cada vez menos esforço humano, onde, a disposição de equipamentos, tempo, espaço, e na mesma maneira, coligar-se cada vez e dispor aos clientes justamente o que eles almejam (WOMACK e JONES, 2004).
2.2.1 Logística Lean
O conceito de Lean, é originário da palavra magro/enxuto, e quando unida ao termo logística se transforma em um conceito chamado logística lean, o qual visa à banimento dos desperdícios ao longo de toda a cadeia, que de acordo com o descrito por Nishida (2009) abrange o planejamento e a gerencia de todas as atividades da logística, que estarão se desdobrando, causando interferências em alguns de seus elos, como por exemplo, as decisões de planejamento que podem estar resultando em produções desnecessárias, além de outros problemas que os autores abaixo, descrevem como sendo:
[...] excesso de inventário, previsões de vendas não confiáveis, ociosidade ou excesso de capacidade produtiva, incertezas no planejamento da produção, deficiência no atendimento às necessidades dos clientes, e consequentemente, um aumento nos custos ou perda na lucratividade. (METTERS, 1997, apud DIAZ; PIRES, 2003, p.2).
 	O gerenciamento da cadeia de suprimentos, de acordo com a visão de Nishida (2009) abrange o planejamento e a gerência de todas estas atividades da logística, incluindo também a coordenação e a colaboração com parceiros da cadeia, como os fornecedores, distribuidores e clientes. De todo este sistema o estudo em questão se limita a abordar como que o uso de ferramentas da logística lean, podem estar amenizando os desperdícios que ocorrem especificamente na atividade de abastecimento de linhas de produção, em virtude da ocorrência de variações na demanda.
A logística passa a ser “enxuta” quando a teoria do pensamento enxuto é utilizada para alcançar uma maior racionalização dos recursos utilizados na movimentação, seja de pessoas, empilhadeiras, maior giro de estoques, redução do espaço físico necessário para armazenar partes, simplificar o fluxo de informações e ter maior estabilidade de informações (ALVES; SANTOS, 2013). 
Quando a racionalização destes recursos não ocorre, Nishida (2009) aponta as situações de desperdício que podem ocorrer, como a existência de estoques em excesso, falta de confiabilidade nos processos, flutuação descontrolada da demanda; transportes desnecessários de materiais devido à falta de planejamento e informação correta, equipamentos subutilizados na planta pela inexistência de uma adequada engenharia de processos, áreas de estoques desnecessários (sub inventários), investimento em sistemas de armazenagem caros devido aos níveis elevados de estoque; esperas com subutilização da mão de obra, equipamentos, materiais parados; embalagens sendo solicitadas além da necessidade, ou transportando simplesmente “ar”, além de desperdícios por embalagens danificadas, retrabalhos, entre outros.
Para gerenciar o abastecimento da linha de produção de maneira enxuta, com o objetivo de eliminar os desperdícios citados, é necessário ter uma logística enxuta, alicerçada fundamentalmente na meta de reduzir o tamanho do lote; aumentar a freqüência e nivelar o fluxo de entrega. 
Para tanto, Nishida (2009) ressalta a importância de implementar um sistema puxado com reposição nivelada e freqüente em pequenos lotes, definidos entre as linhas ao longo do fluxo, visando a melhor sincronia com o consumo real, o qual normalmente sofre modificações, pois os pedidos são alterados repentinamente, ocasionando transtornos, desperdícios e custos elevados.
Porém, para a empresa adequar-se e desenvolver atividades lean, precisa saber que deve buscar o valor de suas atividades se preocupando com a perspectiva do cliente, onde a mesma realize esforços e desenvolva produtos se preocupando com o desejo do consumidor final. 
É o que relata Womack et al., (2004), dizendo que o valor deve ser fundamentalmente repensado a partir da perspectiva do cliente. Quando o foco das atividades de uma empresa se voltar para desprender esforços para produzir e desenvolver bens e serviços voltados para o que tem valor da perspectiva do cliente, neste momento passamos a encontrar um sistema de produção puxado, que é definido como:
[...] não produzir até que o cliente (interno ou externo) de seu processo solicite a produção de determinado item. Neste caso a programação da produção usa as informações de PMP para emitir ordens apenas para o último estágio do processo produtivo, assim como dimensionar a quantidade de estoques em processo para os demais setores. (TURBINO, 2006, p. 105).
Para ativar este sistema Nishida (2009) diz que os componentes da cadeia de abastecimento lançam mão de várias ferramentas, como programação via kanbans, filosofia just-in-time, etc., sendo úteis ao longo do processo em que os itens vão se fazendo necessários e o cliente recorre aos estoques de seu fornecedor, para que os itens consumidos sejam fabricados/comprados e repostos os estoques. 
2.3 DESENVOLVIMENTO DA ABORDAGEM ENXUTA
O desenvolvimento enxuto dispõe de uma forma pelo qual deve-se fazer mais com menos. O significado disso, está em utilizar menos esforço humano, menos equipamento, menos tempo e menos espaço, ao mesmo tempo em que realiza produtos que os clientes realmente desejam, facilitando, desta forma, o aumento do valor e simultaneamente a redução de desperdícios (WOMACK; JONES, 2004).
Ainda de acordo com Womack e Jones (2004), coloca importantes recomendações contra desperdícios que sugerem contemporizam ações na melhor sequência, para efetuá-las de maneira cada vez mais eficiente, eliminando, consequentemente, atividades consideradas desperdícios. Comparada a outras medições para racionalizar o fluxo do trabalho, que simplesmente reduzem tarefas, esta abordagem cria outras novas e torna o trabalho mais satisfatório às pessoas por meio de feedback imediato de esforços para converter desperdícios em valor.
Segundo os autores acima citados, a aplicação dos cinco princípios enxutos nos processos e em toda a empresa conduzirá ao que eles chamam de estado "enxuto". Esse estado é resultante da eliminação de desperdícios nas operações, de tal forma que os produtos possam ser desenvolvidos com uma mínima parcela dos custos totais de material, tempo e esforço humano.
Estes princípios são:
• Princípio do Valor: especificar de forma precisa o valor;
• Princípio do Fluxo do Valor: identificar o fluxo do valor;
• Princípio do Fluxo: fazer com que o valor identificado flua;
• Princípio do Sistema Puxado: deixar que o consumidor puxe o valor;
• Princípio da Perfeição: esforço a perfeição.
Princípio do Valor: especificar de forma precisa o valor: Fornecer ao cliente o produto errado, seja este um bem ou um serviço, significa desperdício, mesmo que o processo esteja sendo realizado de forma correta. Com o objetivo de prevenir este desperdício, o primeiro passo no pensamento enxuto deve ser uma análise do contato com consumidores específicos para entender suas necessidades particulares em determinado momento e o quanto eles estão dispostos a pagar por isto. Uma vez que as necessidades desses consumidores foram identificadas, torna-se mais fácil definir o valor em termos de propriedades físicas e preços específicos. Para acompanhar este primeiro objetivo, devem ser ignorados ativos e tecnologias existentes e devem-se introduzir equipes mais fortes e dedicadas, ou seja, o foco fluxo contínuo (WOMACK; JONES, 2004). 
Princípio do Fluxo do Valor: identificar o fluxo do valor: este pensamento pode ser definido como o conjuntode todas as ações exigidas para conduzir um produto por meio de um gerenciamento crítico de tarefas de um negócio específico. Uma importante distinção comparada com outras perspectivas de processo é que o fluxo de valor é focado em um único ou específico produto, em oposição às perspectivas baseadas em processos agregados (WOMACK; JONES, 2004). 
Princípio do Fluxo: fazer com que o valor identificado flua: O objetivo do princípio do fluxo consiste em redefinir o trabalho ou funções, departamentos e empresas, de forma que eles possam contribuir de forma positiva para a criação de valor e alcançar as reais necessidades do processo em todos os pontos do fluxo do valor, tornando-o, assim, de interesse de todos. Para realizar isto com sucesso, não se requer somente focar em determinado produto ou serviço e criar uma empresa enxuta para cada um. É preciso repensar as fronteiras tradicionais do trabalho, funções, departamentos, empresas, práticas e ferramentas de um trabalho específico, a fim de eliminar refluxos, desperdícios e paradas de qualquer tipo e, então, tornar o fluxo mais suave (WOMACK; JONES, 2004). 
Princípio do Sistema Puxado: deixar que o consumidor puxe o valor: O pensamento enxuto, contudo, não se preocupa somente com a questão de como prover bens e serviços desejados pelo cliente; ele volta-se também a provê-los quando os clientes o desejarem. A estratégia subjacente é o princípio da produção puxada – que significa deixar o cliente puxar o produto da empresa quando necessário, ao invés de empurrar os produtos para o cliente, provocando o acúmulo de estoque. Ainda que olhando inicialmente ao cliente final, este princípio se aplica ao longo de todo o fluxo de valor e, portanto, significa que nenhuma estação a montante do processo deve produzir um bem ou um serviço sem que antes a estação a jusante o solicite (WOMACK; JONES, 2004).
Princípio da Perfeição: esforço a perfeição: Este último princípio enxuto é alcançar a perfeição. Conseguir a perfeição implica melhoria de processos e aumentos sucessivos de eficiência. Por exemplo, a indústria aumenta com sucesso em 30% a eficiência de alguns processos toda vez que estes processos são revistos (WOMACK; JONES, 2004). 
De uma maneira mais contundente e resumida, destas cinco técnicas e ferramentas enxutas já estavam bem propagadas e dominadas, estes princípios baseados na interpretação dos autores a respeito do Sistema Toyota de Produção, pode ser vista na tabela abaixo:.
Tabela 1 – Princípios enxutos
	PRINCÍPIOS ENXUTOS
	1. Especificar e aumentar o valor dos produtos sob a ótica do cliente 
	2. Identificar a cadeia de valor para cada produto e remover os desperdícios 
	3. Fazer o valor fluir pela cadeia 
	4. De modo que o cliente possa puxar a produção 
	5. Gerenciamento rumo à perfeição 
Fonte: Womack e Jones, 2004.
Assim, estes princípios compõem os fundamentos da produção enxuta, e servem de base ou de solidez para o emprego de um conjunto de conceitos referente ao sistema Toyota. 
O pressuposição, conforme afirma Banõlas (2007, p.1), visa que: “[...] se os princípios fossem entendidos, os gerentes poderiam utilizar totalmente o potencial das técnicas enxutas e criar valor real e duradouro para as empresas”. 
Em vista destes princípios, os executivos e gestores estarão suscetíveis a fazer com que as organizações procedam o valor desejado pelos clientes, de maneira eficiente, sem perdas de tempo ou esforço, construindo, deste modo, uma empresa mais competitiva e lucrativa. 
Desta forma, por meio da consolidação dos sistemas enxutos de produção, diversos autores começaram a pesquisar a aplicação desses princípios em setores que vão além da produção. 
Os próprios autores Womack e Jones no livro “Soluções enxutas” (Lean Solutions), publicado em 2005, deliberaram estudar as técnicas enxutas no consumo, pelo qual, surgiu o conceito de “Consumo Enxuto”. 
Assim, conforme afirma Figueiredo (2006, p.3) é a de que: “[...] os clientes não comprem menos e sim que tenham menos dificuldades e menos aborrecimentos no momento de usar ou de consumir os produtos e serviços que adquirem”. 
É visto que muitos teóricos afirmam que as empresas deveriam perceber o consumo como um processo, procurando meios de para criar valor para os consumidores ao mesmo tempo em que diminuem os desperdícios, só desta forma estes poderiam assegurar a satisfação dos clientes durante o processo de aquisição de um produto ou serviço.
Com isso, o modelo produtor-consumidor e estabelecem, com ineditismo, os princípios do consumo enxuto, que incide em indicar às empresas como extinguir a ineficiência no processo de consumo (WOMACK; JONES, 2004).
Abaixo, na tabela 2, pode-se observar a interação que este princípio deve existir frente as demandas alcançadas e estabelecidas.
Tabela 2 - Princípios Enxutos x Consumo Enxuto
	PRINCÍPIOS ENXUTOS (PRODUÇÃO) 
	CONSUMO ENXUTO (CONSUMIDOR) 
	Especificar e aumentar o valor dos produtos sob a ótica do cliente 
	Solucionar totalmente o problema do cliente 
	Identificar a cadeia de valor para cada produto e remover os desperdícios 
	Não desperdiçar o tempo do cliente 
	Fazer o valor fluir pela cadeia 
	Oferecer exatamente aquilo que o cliente quer 
	De modo que o cliente possa puxar a produção 
	Oferecer o que o cliente quer exatamente onde ele quer 
	Gerenciamento rumo à perfeição 
	Oferecer o que o cliente quer, onde ele quer e exatamente quando ele quer 
	
	Agregar continuamente soluções para reduzir tempo e aborrecimentos do cliente 
Fonte: Womack e Jones, 2004.
Por fim, mesmo que os princípios apresentados tenham sido exprimidos com ênfase no consumidor final, para Figueiredo (2008, p.3): “[...] eles são perfeitamente adaptáveis para todo tipo de cliente”. 
2.4 LOGÍSTICA ENXUTA
A Logística Enxuta (Lean Logistics) é a conceito pelo qual os princípios do Sistema Toyota de Produção estão elaborados no desenvolvimento e melhoria dos processos e operações de uma cadeia de suprimentos (TAKEUCHI, 2015). 
Em síntese, o conceito de Logística Enxuta está relacionada a aplicação da abordagem nos quatros processos da logística, ou seja: suprimentos, responsável pelo planejamento e operacionalização do suprimento, tratamento logístico dos produtos, gestão dos estoques e opcionalmente pela atividade de compras; interna, especializada no fluxo de matérias primas e de produtos acabados em fábricas, armazéns e centros de distribuição; distribuição, responsável pela administração dos materiais a partir da saída dos produtos da linha de produção até a entrega do produto ao cliente; e, reversa, área da logística que trata dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro produtivo ou descarte (ALVES; SANTOS, 2013).
Com isso, a logística é a parte da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla, com eficiência (otimização de custos), eficácia (alcance de objetivos) e efetividade (compromisso com o social e com o meio ambiente), os fluxos adiante e reverso e a estocagem de bens, serviços e informações desde sua origem até a chegada ao consumidor, com a intenção de atender aos requisitos dos clientes (NOGUEIRA NETO et al, 2016).
Este conceito envolve a integração, a informação, o transporte, o inventário, o armazenamento, a embalagem e a movimentação de materiais e, não havendo o suporte logístico, qualquer ação de marketing ou de fabricação se torna mais complexa (NOGUEIRA NETO et al, 2016). 
Assim, mesmo que a logística não interessante para muitos, pois, sua abrangência seja complexa e que envolva altos custos, a logística é em si, a camada vital para qualquer empresa que queira resistir e continuar competitiva no mercado. 
Pelo fato de que a logística ser de grande abrangência, como pode-se ser observado na Figura 2 abaixo, é comum que um sistema logístico disponha de inúmeras perdas ou desperdícios no processo pelo qual implicará menores níveis de serviços e maiores custos totais.
Figura 2 – Visão da logística integradaFonte: CAMELO et al, 2010.
O objetivo do aproveitamento da metodologia enxuta em um sistema logístico está na simplificação desses processos, que, por meio da identificação pelo o que se vai ser agregada ou não ao valor, por onde procura-se sempre amortizar custos através da redução e/ou exclusão de desperdícios e ao mesmo tempo aumentar o valor agregado ao cliente (TAKEUCHI, 2015). 
Se bem aplicada essa metodologia cooperará com o objetivo da logística que é a ampliação dos níveis de serviços e reduzir os custos totais. Além de assinalar-se como uma vantagem competitiva em vista de seus concorrentes em qualquer segmento de atuação, a sua aplicação impactará na questão da confiabilidade, flexibilidade, estabilidade e capacidade de reação do sistema logístico. 
Esta questão considerará sobre a aplicação dos princípios enxutos sob a perspectiva da logística, conforme apresenta na Figura 3 abaixo, e seu valor final.
Figura 3 – Princípios enxutos sob a perspectiva logística
Fonte: LEI, 2010.
Por fim, por ser uma atividade mais complexa que a produtiva e que recorre a questão sobre consumo e por apresentar clientes tanto de ordem interna como externa, tal demanda podem ser feitas tanto por pessoas físicas quanto pessoas jurídicas, os princípios enxutos na logística não são amostras idênticas desses dois conjuntos de princípios (produção e consumo), sendo necessário especificá-los.
2.5 O VALOR PARA A LOGÍSTICA ENXUTA
Para mencionar e aumentar o valor agregado de um produto ou serviço em relação a ótica do cliente é necessário entender em princípio o que é valor. 
Deste modo, esclarecer e compreender o que é valor não é tarefa fácil, pois isso associa em algumas áreas do conhecimento, como por exemplo: economia, sociologia e filosofia, investigam a sua noção. Esta visão de valor pode ser constituída ao custo ou preço de um produto ou serviços, e de outra forma, pode ser compreendida a uma relação entre benefícios, utilidade e preço, e há aqueles em que situam matematicamente a definição de valor como sendo o resultado da qualidade de um produto ou serviço por seu preço e custo associado (CAMELO et al, 2010). 
Assim, o valor aqui é compreendido como algo relacionado pelo cliente ao produto ou serviço. É à maneira de como o cliente julga estar disposto a pagar pelo produto e pelo serviço. 
O conceito principal deste deve ser visto que, em cada produto e/ou serviço e seu fluxo de valor, ao oposto da questão da organização, ativos, tecnologias e carreiras. O valor disposto para um cliente só é compreensível naquilo que ele adquire, isto é, um produto ou um serviço.
Nesta questão, usando a colocação pelo qual Warren Buffet (2008 apud GOLDBERG, 2009): “[...] preço é o que você paga [...] valor é o que você leva”. Isso dispõe de que a idéia de que o valor é determinado não pelo que a organização faz, mas pelos clientes que pegam pelos seus bens e serviços. O valor não só toma muitas formas como se materializa por meio de diversas fontes: utilidade do produto, qualidade, benefícios, disponibilidade (distribuição), imagem (resultante da publicidade e propaganda), status, preço, etc. (GOLDBERG, 2009).
Em um sistema de produção de bens, o valor é integrado quando as matérias-primas são convertidas em produtos. Quaisquer outras atividades de produção que não cooperam com o processo de transformação podem ser avaliadas como não agregadoras de valor (perdas) (OLIVEIRA et al, 2015). 
Na produção, as atividades de transporte e movimentação são vistas como desperdícios de tempo e recursos. Quaisquer excessos decorrentes pela manipulação de material em meio as área de produção não associam valor ao produto, e precisam ser abolidos ou reduzidos. Já os estoques são avaliados desperdícios de investimento e espaço, e, devem-se erradicar as causas oriundas da necessidade de manter estoques (GOLDBERG, 2009).
Na logística, clientes ou consumidores são todos que adquirem algum produto ou serviço para uso ou consumo, seja elas pessoas físicas ou jurídicas, e com isso, a definição e a especificação do valor em um sistema logístico devem levar em consideração o tipo de pessoa (física ou jurídica) que adquire um produto ou serviço. 
Pode-se definir valor, para os clientes e consumidores físicos, em um sistema logístico através dos seis princípios do Consumo Enxuto, como dispõe Tabela 3 abaixo:
Tabela 3 - Princípios do Consumo Enxuto
	VALOR DO PONTO DE VISTA DO CONSUMIDOR PESSOA FÍSICA
	Solucionar totalmente o problema do cliente 
	Não desperdiçar o tempo do cliente 
	Oferecer exatamente aquilo que o cliente quer 
	Oferecer o que o cliente quer exatamente onde ele quer 
	Oferecer o que o cliente quer, onde ele quer e exatamente quando ele quer 
	Agregar continuamente soluções para reduzir tempo e aborrecimentos do cliente 
Fonte: Womack e Jones, 2006.
Caso o cliente seja uma pessoa jurídica (fornecedores, entidades, organizações e empresas em gerais), o valor pode ser comparativamente estabelecida conforme as exigências atendidas dos clientes que está relacionada ao produto, lugar, tempo, condição, quantidade, custo e destino, assim, na tabela 4 abaixo, pode-se observar este conceito:
Tabela 4: Sete Cs ou Sete Certos
	VALOR DO PONTO DE VISTA DO CLIENTE PESSOA JURÍDICA
	Produto certo 
	Lugar certo 
	Tempo certo 
	Condição certa 
	Quantidade certa 
	Custo certo 
	Destinatário certo 
Fonte: Womack e Jones, 2006.
A questão do valor também deve ser abrangido em duas diferentes situações: o valor durante a saída de um processo; o valor durante a realização das atividades do processo. O primeiro está relacionada a questão de produzir saídas requeridas, com eficácia, sem defeito e no menor tempo possível e trata do valor agregado de um produto que é entregue ou de um serviço que é prestado a um cliente. O segundo valor está fundamentada no conhecimento de como os processos (conjuntos de ações que transformam as entradas em saídas), produtos e serviços estão impactando os clientes (internos e externos) em termos de: preço, qualidade, entrega no prazo, flexibilidade, e entre outros (OLIVEIRA et al, 2015). 
2.6 A CADEIA DE VALOR PARA A LOGÍSTICA ENXUTA
Neste tópico, o presente trabalho irá conceituar o está em acordo a identificação princípio trata de identificar a cadeia de valor para cada produto e remover os desperdícios. A cadeia de valor, neste ponto, é compreendida como todas as ações (que agregam ou não valor) necessárias para conduzir um produto pelos principais fluxos (desenvolvimento de produto, suprimento, manufatura, distribuição, vendas, marketing, etc.) até a entrega ao cliente. 
Conforme o mapeamento da cadeia de valor é possível reduzir ao máximo os desperdícios, refreando a interrupção dos fluxos de materiais e produtos, por meio do comportamento irregular do sistema e o acúmulo de prejuízos nas mais diversas formas. 
De acordo com Neves (2007): “A identificação e a eliminação de desperdícios representam um ponto chave para a implantação da cultura na logística enxuta”.
Em relação ao valor em uma cadeia, de acordo com Neves (2007), as atividades podem ser distinguidas em: 
Atividades que agregam valor;
Atividades que não agregam valor:
• Necessárias para a realização do processo – devem ser reduzidas;
• Não necessárias para a realização do processo – devem ser eliminadas.
De maneira geral, menos de 5% das atividades englobam valor a um processo, e entre 95% que não agregam valor nenhum. Contudo, as empresas na maioria das vezes reúnem esforços e energia na melhoria de processos e atividades que disponham valor, e não analisam como oportunidade a melhoria dos processos que não concentra valor e que significam a maior parcela em um sistema logístico (NEVES, 2007). 
A abordagem enxuta se dispõe como solução para o problema apresentado, pelo fato de lançar os desperdícios em ações que não agregam valor, procurandoreduzi-los e eliminá-los, e desta forma, contribua para o aumento de informação das atividades agregadoras de valor. Desta forma, é indispensável que se entenda o que é desperdícios e quais são essas perdas para a logística enxuta (WOMACK; JONES; ROOS, 1997).
Contudo, os desperdícios são os elementos dos processos que não acrescentam valor algum ao produto ou serviço, e de forma geral, só sobrepõem custo e tempo a um processo. 
Para Ohno (1997) um conjunto destes de sete perdas para a produção são: 
1) excesso de produção; 
2) transporte; 
3) processos desnecessários; 
4) defeitos; 
5) movimentação; 
6) esperas; 
7) estoque.
Na Tabela 5 abaixo, podemos ver de maneira mais acentuada as sete perdas na produção enxuta conforme as descrições obtidas pela pesquisa.
Tabela 5 - As sete perdas na produção enxuta
	7 PERDAS NA 
PRODUÇÃO ENXUTA 
	DESCRIÇÃO DE CADA PERDA
	Perdas por excesso de produção (superprodução) 
	Quando se produz mais do que é vendido ou se produz antes que seja necessário. 
	Perdas por transporte 
	Movimentos desnecessários de produtos, materiais ou informação. 
	Perdas por processamento 
	Refere-se a materiais que aguardam em filas para serem processados. Qualquer atraso entre o final da atividade de um processo e o início da próxima atividade. 
	Produtos defeituosos 
	Produzir produtos defeituosos significa desperdiçar materiais, mão-de-obra, movimentação de materiais defeituosos e outros. Resulta em retrabalho ou refugo. 
	Perdas por movimentação 
	Movimentação desnecessária de pessoal, assim como caminhar, levantar, curvar-se e esticar-se. 
	Perdas por esperas 
	Refere-se a materiais que aguardam em filas para serem processados. Qualquer atraso entre o final da atividade de um processo e o início da próxima atividade. 
	Perdas por estoque 
	Qualquer estoque de processo que excede o que é exigido para satisfazer a demanda dos clientes. 
Fonte: Camelo, 2008.
Com isso, de acordo com Giannini (2007, p. 44): “[...] desperdícios são considerados perdas e, analisar as perdas, é um aspecto bastante relevante nas empresas, por se tratarem de fortes oportunidades para melhoria de produtividade”. 
Desta forma, com relação a estas perdas relacionadas acima, na Tabela 6 abaixo, serão apresentadas e detalhadas, os sete tipos de perdas com em vista da logística enxuta e o que devem ser excluídas em um sistema logístico.
Tabela 6 – Perdas na produção x perdas na logística
	7 PERDAS NA PRODUÇÃO ENXUTA
	7 PERDAS NA LOGÍSTICA ENXUTA
	Perdas por superprodução 
	Superoferta por quantidade 
	Perdas por transporte 
	Superoferta por antecipação 
	Perdas por processamento 
	Perdas por processamento 
	Produtos defeituosos 
	Perdas por defeitos 
	Perdas por movimentação 
	Perdas por movimentação 
	Perdas por esperas 
	Perdas por esperas 
	Perdas por estoque 
	Perdas P (previsão, planejamento, programação, prazo) 
Fonte: Womack e Jones, 2004.
	De acordo com Giannini (2007, p. 44): “[...] desperdícios são considerados perdas e, analisar as perdas, é um aspecto bastante relevante nas empresas, por se tratarem de fortes oportunidades para melhoria de produtividade”. 
Na Tabela 7 abaixo, serão apresentados de maneira detalhada, os sete tipos de perdas dada logística enxuta pelo qual devem ser eliminados em um sistema logístico.
Tabela 7 – As sete perdas na logística enxuta
	
	7 PERDAS NA 
LOGÍSTICA ENXUTA 
	DESCRIÇÃO DE CADA PERDA 
	1 
	Superoferta por quantidade 
	É a quantidade que excede a necessidade do cliente e do estoque na cadeia de suprimentos. Resulta em excesso de estoque. 
	2 
	Superoferta por antecipação 
	É a quantidade enviada para o cliente em antecipação ao momento do consumo. 
	3 
	Perdas por esperas 
	Quando um produto espera um recurso para ser processado. 
	4 
	Perdas por defeitos 
	São defeitos que resultam em avarias nos produtos ou equipamentos durante um processo logístico. 
	5 
	Perdas por movimentação 
	Movimentos inúteis (ex: procurar por ferramentas) e desnecessários (ex: mais movimentos que o necessário para realizar uma operação) 
	6 
	Perdas por processamento 
	São falhas, perdas e desperdícios ao processar os pedidos. 
	7 
	Perdas P 
	Caracterizadas pela variação artificial nas necessidades. Estão ligadas a quatro Ps: previsão, planejamento, programação e prazo. 
Fonte: Bañolas, 2007.
Após os detalhes apresentados dessas perdas, fica mais evidente percebê-las no contexto logístico. Na figura 4 abaixo, podemos ver os exemplos dessas sete perdas.
Figura 4 - Exemplos das sete perdas na logística enxuta
Fonte: Bañolas, 2007
	Por fim, este conceito apresentado remonta a qualidade pelo qual a logística de maneira geral pode ser observada, e qual a importância de cada etapa Ra o desenvolvimento mais amplo deste conceito.
���2.7 LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS	
De acordo com Ballou (2007), o conceito de cadeia de suprimentos está no conjunto de instalações dispersas geograficamente que interagem entre si, como por exemplo: fornecedores de matéria-prima, plantas produtivas, centros de distribuição, varejistas, estoque em trânsito, produtos intermediários e produtos acabados entre as instalações.
A logística é responsável pela movimentação de materiais e produtos, por meio da utilização de equipamentos, mão de obra e instalações por onde o consumidor tenha alcance ao produto na hora e com o menor custo possível. Assim, a logística é o processo estrategicamente de aquisição, movimentação e armazenamento de materiais, peças e produtos (DIAS, 1993).
De acordo com Dias (2015) a finalidade da logística é:
• Ter insumos corretos, na quantidade correta com qualidade, no lugar certo, no tempo adequado com método, preços justos e com boa impressão;
• Ajudar aumentar o grau de satisfação do cliente. Neste trabalho iremos observar como a rede de casas Pernambucanas administra sua logística, com base em textos lidos, de visitas a loja e entrevista com o gestor.
Nos dias atuais, é imprescindível adquirir a satisfação do cliente, contudo, esta satisfação não resume somente em oferecer um produto de qualidade superior, mas, tem a intenção de proporcionar um menor preço agregado ao um menor prazo para a entrega do produto, garantindo, desta forma, o cumprimento do prazo e a regularidade no atendimento, troca de informações via EDI, isto é, o Intercambio eletrônico de Dados, que comporte assim um contato eficiente entre fornecedor e cliente (PIRES, 2004).
A armazenagem e o manuseio de mercadorias são pressupostos fundamentais para o conjunto de atividades logísticas, os custos podem submergir de 12 a 40% das despesas logísticas da empresa (BALLOU, 2007).
A logística pode ser delineada como a integração da administração de materiais com a distribuição física, isto é, as duas grandes etapas do processo logístico são suprimento físico (administração de materiais) e as distribuições físicas.
Conforme dispõe Gomes (2004) as atividades essenciais as duas grandes etapas do procedimento físico são praticamente idênticas, diferenciando somente pelo fato de o suprimento físico lidar com matérias-primas e a distribuição física com produtos acabados.
São três as etapas do processo logístico: suprimento, produção e distribuição física 
As principais atividades de distribuição física são: projeto, especificações e métodos de produções e produtos, programação, processamento de pedidos, fabricação, gestão de estoques, controle de qualidade, manutenção, transporte/expedição.
O conceito logística integrada à cadeia de suprimentos, leva a união de funções como transporte e estoques, que pode ser organizada e otimizada com o uso de estratégias como JIT, ECR e QR, com a estratégia certa e a escolha do modal certo, pode reduzir o transit time e conseqüentemente, os custos (GOMES; RIBEIRO, 2004).
Na figura 5 abaixo, podemos verificar o processo de Logística integrada, nacadeia de suprimentos:
Fonte: BLOG DA QUALIDADE, 2013
De acordo com Ballou (1993) a gestão da cadeia de suprimentos, visa administrar, planejar e controlar diversos fatores, para que se possa produzir e distribuir produtos e serviços para atender rapidamente o cliente, criando um diferencial com a concorrência, diminuir os custos financeiros e operacionais por meio do uso de menos capital de giro, reduzindo desperdícios e evitando esperas e armazenamento inúteis.
Podemos separar as atividades da cadeia de suprimentos em quatro categorias: Planejamento, Compras, Produção e Entrega. Ela não substitui as outras funções da empresa, contudo, esta integra com estas áreas para obter mais eficiência nas operações da organização. Sem falar da tecnologia de informação que possibilita à empresa gerenciar a cadeia de suprimentos com maior eficácia e eficiência. Nestes tempos modernos em que a exigência de consumo atingiu o limite extremo, permite às empresas alcançarem melhores padrões de competitividade.
• A cadeia de suprimentos deve ser vista como entidade única;
• Derivando-se da primeira, requer tomada de decisão estratégica, o suprimento é compartilhado por praticamente todas as funções da cadeia, com impacto direto sobre os custos e participação de mercado;
• Os estoques são utilizados como mecanismo de balanceamento, como último recurso.
���3 METODOLOGIA	
 
4 PROCEDIMENTO	
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Dedicatória (opcional)
� Takt = Tempo disponível para a produção dividido pela demanda do cliente.

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