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1 CRIOLIPÓLISE: UMA REVISÃO DA LITERATURA Keila Marina Cheva¹, Mayara Dias de Paula², Natália Benedita dos Santos Nazário Alves³ Silvia Patrícia de Oliveira 4 1 Acadêmico do curso Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR). 2 Acadêmico do curso Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR). 3 Acadêmico do curso Tecnologia em Estética e Cosmética da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR). 4 Professora adjunto da Universidade Tuiuti do Paraná, especialista em Fisioterapia em Dermato Funcional (Curitiba, PR) Endereço para correspondência: Keila Marina Cheva, keilamcheva@hotmail.com, Mayara Dias de Paula, mayaradias.paula@gmail.com, Natália Benedita dos Santos Nazário Alves, na.nazario@hotmail.com RESUMO:A criolipólise é uma técnica inovadora, que comparada a procedimentos invasivos é considerada de menor agressão, pois não se utiliza agulhas, cânulas e nem anestésicos. A criolipólise usa a tecnologia de resfriamento intenso e localizado que atinge e elimina a células de gorduras. Esse resfriamento é feito pela ponteira do aparelho que quando acoplado na região desejada resfria intensamente o local, em nível suficiente para atingir os adipócitos, e com a ajuda da membrana anticoagulante sem afetar a epiderme. O organismo reage com uma resposta inflamatória levando a eliminação dessas células, assim resultando na diminuição da circunferência. Esse método é indicado para pessoas que possuem gordura localizada.Neste artigo será abordado a fisiologia da criolipólise na gordura localizada. Palavra-chave:Gordura localizada, tecido adiposo, criolipólise. 2 INTRODUÇÃO Os padrões de beleza vêm mudando ao decorrer dos anos. O conceito da beleza hoje se difere muito do que era considerado belo há alguns anos. A sociedade impõe a necessidade de estar dentro do padrão de beleza considerado como o ideal no mercado de trabalho atual. A preocupação com a gordura localizada e com o peso ganha grande importância dentro da estética (MELLO et. al., 2009; XAVIER & PETRI, 2009). A gordura localizada é a concentração de células gordurosas em áreas específicas, resistentes a dietas alimentares e exercícios físicos e estão totalmente relacionadas ao número de adipócitos. Existem diversos locais de distribuição da gordura, acumulada no organismo. Esta é uma tendência genética de cada indivíduo. Algumas pessoas acumulam gordura em região abdominal, chamado de obesidade andróide, e outras, em região de pernas e quadril, chamado de obesidade ginóide (AGNE, 2009, GUIRRO & GUIRRO, 2002). Um tratamento não invasivo muito utilizado para gordura localizada é a criolipólise, que provoca a apoptose, morte das células congeladas que, segundo programa genético, desencadeia um processo de autodigestão controlada, seguida da remoção das células lesadas, sem a alteração do microambiente celular. Esse tratamentofoi descoberto em 2009 através de estudos dermatológicos realizados por Rox Anderson, um norte-americano da Escola de Medicina de Harvard(PAROLIN, REASON, 2001; GRIVICH, REGNER, ROCHA, 2007; PAULA, VIEGAS, SILVA, 2002). O objetivo desse artigo é através da revisão da literatura analisar os efeitos fisiológicos dacriolipólise na gordura localizada. Tecido Adiposo O tecido adiposo é um tipo de tecido conjuntivo frouxo de células adiposas semelhante a sacos, é especializado no armazenamento de gordura. Está localizado embaixo da pele, especificamente na hipoderme, suas células adiposas são encontradas em todo o corpo como na camada subcutanea da pele, ao redor dos rins, no interior das articulações e na medula dos ossos longos, correspondendo por 20 a 25% do peso corporal da mulher e 15 a 20% do homem (RIZZO, 2012; JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2004). O desenvolvimento do tecido adiposo acontece desde a vida intrauterina até a puberdade através do aumento das quantidades de células de gordura. Na fase adulta estas células não aumentam mais na sua quantidade, mas sim no seu tamanho, as mesmas só diminuíram de quantidade em casos extremos, sendo assim quando o indivíduo engorda as células ficam grandes e quando ele emagrece as células diminuem (GABRIEL, 2006.) 3 Gartner e Hiatt (2010) ressaltam que existem dois tipos de tecido adiposo, sendo: tecido adiposo unilocular ou gordura branca: armazena gordura em uma única e grande gotícula, ocupando a maior parte da célula, por formar uma camada de gordura sob a pele atua na absorção de impactos e como isolante térmico. Em recém-nascidos possui uma espessura uniforme e nos adultos sua espessura e distribuição é regulada por hormônios; tecido adiposo multilocular ou gordura parda: são raras nos seres humanos, porém estão presentes nos recém- nascidos. Possui inúmeras gotículas de gorduras em seu citoplasma e mitocôndrias. Sua principal função é gerar calor e proteger o recém-nascido do frio. O tecido adiposo é um órgão com várias funções: isolamento térmico, barreira física ao trauma, armazenamento energético e secreção de proteínas e peptídeos bioativos com ação local e à distância (COSTA et al.,2006). Para Guyton e Hall (2003) a principal função do tecido adiposo é o armazenamento dos triglicerídeos até que eles sejam necessários ao suprimento de energia em outras partes do corpo. O Excesso de tecido adiposo é um sério problema de saúde, pois reduz a expectativa de vida pelo aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardíacas coronarianas, hipertensão, diabetes, osteoartrite e certos tipos de câncer. Este excesso de gordura pode existir mesmo em pessoas que não possuem um peso elevado, o que explica a presença do famoso culote mesmo em mulheres aparentemente magras (BORGES, 2006; GARCIA et. al., 2006). Gordura Localizada A gordura localizada é uma patologia do tecido gorduroso, em que a gordura se acumula em locais determinados mais que em outros locais (FORNAZIERI, 2005). De acordo com Guirro (2004), a má formação das células adiposas na infância é o principal motivo para a formação da adiposidade, mais entre esses fatores, destaca-se entre os principais predisponentes: genética, idade, sexo e desequilíbrio hormonal. Entre os fatores determinantes, os quais podem agravar os predisponentes, pode citar o estresse, o fumo, sedentarismo, maus hábitos alimentares e disfunções no organismo geral. O padrão de distribuição regional de gordura corporal é classificado de duas maneiras: periférico e centrípeto. O padrão periférico é caracterizado por maior depósito de gordura na região do quadril, glúteo e coxa superior. O padrão centrípeto é definido por uma maior quantidade de gordura na região do tronco, principalmente no abdômen (MAIO, 2004). A gordura corporal, embora desempenhe funções importantes no corpo humano, 4 quando em excesso pode causar sérios distúrbios para saúde como: problemas cardiovasculares, hipertensão, distúrbios renais, diabetes, osteoartrite e cálculos biliares, além de ser indesejável nos padrões estéticos da sociedade contemporânea (McARDLEet al, 1992; POLLOCK & WILMORE, 1993; SAMAIO et. al., 2001). Nos padrões estéticos que exigem a perfeição, a gordura localizada constitui-se em uma queixa recorrentes nos consultórios e pode interferir sobre o bem-estar físico psíquico social das pacientes (GUIRRO E GUIRRO, 2002). Criolipólise Através de estudos iniciados, por meio de uma publicação da década de 70, alguns pesquisadores observaram que após a retirada das amígdalas, crianças tomavam muito sorvete e apresentavam covinhas nas bochechas. Rox Anderson então passou apesquisar a reação do frio nas células de gordura e como aplicar a mesma técnica para combater a gordura localizada. Perceberam-se então efeitos da criolipólise seletiva, que nada mais é a destruição intencional do tecido adiposo através do frio, sem afetar os tecidos adjacentes e sem alterações clínicas (NEVES, 2014). A criolipólise trata-se da diminuição da temperatura para -5ºC a -15ºC no tecido adiposo, por meio de um aplicador específico que tem ação de vácuo, sugando a gordura subcutânea, dispondo-a entre placas resfriadoras que reduzem a temperatura até o nível terapêutico. Com isso, ocorre uma paniculite lobular, que colabora para a morte dos adipócitos por apoptose, havendo a redução da gordura localizada (KNOBLOCH, JOEST, VOGT, 2010). A paniculite como preparadora do apoptose das células adipócitas se justifica pela atuação da adipocina, uma proteína expelida pelo tecido adiposo. As adipocinas realizam um papel significativo na homeostasia energética, na sensibilidade à insulina, na resposta imunológica e na doença vascular. Por meio dessa fisiologia, há adipocinas com função imunológica, e, entre elas, o fator de necrose tumoral (TNF-alfa), que é produzido pelos adipócitos em resposta a processos infecciosos ou inflamatórios. O TNF-alfa, entre outras funções, provoca a apoptose adipocitária. Confia-se que a paniculite fria seria um dispositivo iniciante para que o TNF-alfa também seja um dos responsáveis pelo apoptose adipocitária pós-criolipólise (COSTA, 2006; SANTOS, 2010). Diante disso, compreende-se que a reação inflamatória causada pelo resfriamento dos adipócitos resultana redução da camada de gordura. Essa inflamação é, portanto, vista como a estimuladora do acontecimento do apoptose, que causa a morte das células congeladas, segundo programa genético, desencadeando um processo de autodigestão controlada, seguida 5 da remoção das células lesadas, sem a alteração do microambiente celular, reduzindo assim a gordura localizada e, portanto, é a responsável pelo resultado estético do tratamento (ELICKSON, 2009; COLEMAN, 2009; NELSON, WASSERMAN, AVRAM, 2009; FERRARO, 2012). O pico do processo inflamatório ocorre em torno do 15º dia, decrescendo após o 30º dia pós- tratamento, embora as reduções no tecido adiposo sejam observadas até o 90º dia (KWON et al, 2014). Aparelho O equipamento é formado por uma central de controle, chamado de console, onde geralmente encontramos ajustes do tempo de aplicação, do nível de vácuo e do grau de resfriamento. É também constituído pelo aplicador, o qual realiza um vácuo que efetuará a sucção da pele e da porção de gordura localizada do local selecionado, a seguir acontece o resfriamento intenso e controlado da região. Dependendo do aparelho pode ser encontrado até quatro manoplas com tamanhos diferentes, indicados para áreas especificas do corpo, que funcionam separadamente ou em simultâneo (BORGES, 2016; FELICIANO, 2014). A técnica pode ser feita apenas em algumas partes do corpo, aquelas que se adaptam bem as ponteiras. Os aplicadores são classificados em: pequenos, utilizados para adutores, braços e bolsas de “gordura”; médios, para flancos, coxas, costas e pequenas áreas do abdome; e grandes usados em regiões com grandes depósitos de gordura, principalmente na região abdominal inferior (MUTTI, 2013; BORGES, 2016). Na maioria, as placas de resfriamento estão localizadas nas laterais internas do aplicador, variam de tamanho e não seguem um padrão. Porém, quanto maior for à placa, maior será a área resfriada, aumentando a eficácia do tratamento. Entretanto é necessário estar atento ao bom funcionamento dos painéis de resfriamento, pois caso contrário pode comprometer os resultados pretendidos e causar incidentes como queimaduras (BORGES, 2016). Técnica de aplicação Para realização do procedimento é preciso que o profissional siga algumas regras, como certificar que o equipamento esteja registrado na ANVISA; fazer a manutenção correta do aparelho; atender um cliente de cada vez e nunca deixá-lo sozinho; deixar claro como é a técnica e seus riscos, elaborar um Termo de Consentimento Livre Esclarecido; registrar rodas as etapas do tratamento; utilizar equipamentos de proteção individual; manter o ambiente com o máximo de higiene, segurança e dentro das normas da ANVISA (CREFITO, 2015). 6 Para a aplicação do aparelho da criolipólise é fundamental usar uma membrana anticoagulante entre a pele e o aplicador, que em nenhuma hipótese deve ser reutilizada. O uso dessa garante o congelamento da pele protegendo assim de lesões e queimaduras. É formada por um tecido fino, umedecido em um fluído anticoagulante; água deionizada, glicerina, propileno-glicol, serina, vitaminas, óleos vegetais, etc. Além de proteção, atribui a membrana outra função, de auxiliar para que os tecidos escorreguem para dentro do aplicador, facilitando a formação da prega e garantindo maior quantidade de tecido que será resfriado pelas placas dentro do corpo (BORGES, 2016). Existem tamanhos específicos de membrana para cada tamanho de aplicador, o mesmo deve ser totalmente posicionado sobre a membrana, que deve cobrir toda a área a ser tratada. Desta forma observando que a membrana tenha um tamanho compatível com as dimensões do aplicador escolhido (BORGES, 2016). De acordo com Mansteinet al (2008) o tempo ideal de aplicação é de 60 minutos em cada área tratada, tendo em vista que, quanto maior for o tempo de aplicação maior será a profundidade de ação do resfriamento, desta forma mais gordura profunda será atingida. Sobre o número de aplicações necessárias não há uma regra específica, portanto para se obter um resultado satisfatório geralmente são realizadas em média de uma a três aplicações, porém em muitos casos pode-se chegar em até 73% a taxa de satisfação em uma única aplicação (DIERICKX et al., 2013). Contraindicações Como todo procedimento estético, a criolipóliseapresenta contraindicações tais como, dermatites ou pruridos na região a ser tratada; cirurgia recente, cicatriz ou hérnia na região a ser tratada; gravidez ou lactação; feridas abertas ou infectadas; doenças neuropáticas; sensibilidade conhecida ao frio; sensação dérmica prejudicada; hemoglobinúria paroxística ao frio; crioglobulinemia, pacientes com dispositivos intrauterinos (DIU), tumores, câncer, pouca gordura na área alvo, lúpus eritematoso sistêmico, uso de anticoagulantes, diabetes, trombofilia, varizes, excesso de peso (BOEY et al., 2014). Efeitos adversos As complicações pós-procedimentos incluem: alterações transitórias na função sensorial, porém, sem lesões em longo prazo nas fibras nervosas sensoriais, eritema, o qual ocorre imediatamente após a aplicação e pode desaparecer em até 30 minutos após o término da sessão, bem como pequenas alterações nos níveis de lipídeos ao longo do tempo, entretanto, 7 dentro dos limites considerados normais (MANSTEIN, D et al, 2008). A dor pode ocorrer durante a aplicação e persistir até por um dia ou até uma semana após o procedimento. A maioria dos pacientes apresenta dormência no local, mas se resolve dentro de uma semana ou em menos de um mês (NELSON et al., 2009; KIM, 2014). A maior adversidade no tratamento com a criolipólise é a queimadura, congelamento ou necrose epidérmica superficial, que ocorre com o uso de aparelhos desregulados, membrana de má qualidade ou mal aplicada. Pode haver ainda a deformação tecidual local que acontece em virtude da formação da prega e resfriamento durante a aplicação, pode ocorrer em até 60 minutos, caso não seja realizada manobras de massagem apóso procedimento (SASAKI, 2014; BORGES, 2016). METODOLOGIA Esse artigo é uma revisão bibliográfica com publicações entre os anos de 1993 a 2016, por meio do site Google Acadêmico para consulta de seus acervos de dados como Scielo, Redalyc, Visão universitária, PubMed. Os descritores utilizados foram: Gordura localizada, tecido adiposo, criolipólise. DISCUSSÃO Com o crescimento da criolipólise no mercado, os profissionais da área de estética têm procurado cada vez mais sobre esse assunto. Segundo Zelicksonet al (2009), esse procedimento tem uma resposta inflamatória, que acontece pelo resfriamento dos adipócitos, reduzindo a camada de gordura. A resposta inflamatória é o que desencadeia a apoptose, que é a chave da morte dos adipócitos e daredução da gordura localizada, portanto é o responsável pelos resultados estéticos do tratamento (FERRARO et al., 2012). Essa lesão inflamatória pode ser observada a partir do 2º dia, e ocorrer durante os próximos 30 dias. Após uma semana foi verificado que a inflamação se torna mais densa atingindo o seu pico, e após o 14º até o 30º dia a inflamação se torna fagocitária e consistente (JALIAN et al., 2013). Em 2008 Manstein, comprovou a eficácia da criolipólise onde o frio resultou em inflamação, morte adipocitária por apoptose, redução de 40% (em media) da camada de gordura e por fim, a fagocitose do adipócito. Mencionou também a morte adipocitária por reperfusão. Em 2009 Zelickson, comprovou a eficácia, onde a inflamação precedeu a perda da 8 gordura, e pode iniciar-se de 24 até 72 horas após a aplicação, e perdurar por até 30 dias. Garibyan em 2014 verificou a real alteração do volume da gordura após o tratamento com criolipólise, no lado tratado comparado com o lado não tratado, houve redução do volume de gordura de 39,6 cc; redução de 7 mm no pinçamento e 82% dos indivíduos estavam satisfeitos com os resultados. Uma explicação muito discutida e duvidosa é a segurança do método em relação ao metabolismo da gordura após a morte do adipócito. Porém acredita-se que como o adipócito é destruído e fagocitado, a gordura pode ser liberada para o sangue, mas de forma insignificante, sem alterar o perfil lipídico e sem causar disfunções hepáticas, comprovando a segurança da criolipólise (NELSON, 2009). CONSIDERAÇÕES FINAIS Através da revisão bibliográfica, observamos que a criolipólise é um tratamento eficaz no tratamento de gordura localizada, onde verificamos sua segurança, eficácia e método não invasivo. No entanto, a criolipólise tem sua prática clínica atual motivada e induzida por publicidade que muitas vezes colocam o aspecto comercial acima de questões científicas, intensificando ainda mais a não padronização da técnica. Isto tem trazido alguns resultados adversos, como queimaduras, e não significativos. Porém, analisa-se que quando realizada por profissionais capacitados e de maneira segura é efetiva, gerando respostas positivas e tornando-se um bom negócio para quem empreende ou se submete ao tratamento com criolipólise. A divulgação de pesquisas científicas, assegura a comprovação da eficácia e possíveis efeitos que possam ocorrer. Porém é necessário ressaltar a importância da normalização da técnica e de maiores estudos científicos com diversos tipos de abordagens e amostras, a fim de divulgar seus efeitos em longo prazo. 9 REFERÊNCIAS BORGES, Fábio dos Santos; SCORZA, Flávia Acedo. Fundamentos de criolipólise. Fisioterapia Ser . vol. 9 - nº 4 .2014. 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