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Importância da Metodologia de Projeto no Desenvolvimento de Produtos: Estudo de Caso de uma Esponja de Banho

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A IMPORTÂNCIA DO USO DA 
METODOLOGIA DE PROJETO NO 
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS 
PRODUTOS: PROJETO DE UMA 
ESPONJA DE BANHO 
 
Priscila da Cunha Jácome (UFERSA) 
pris_cefet@hotmail.com 
Oskallyne Rafaelly das Chagas Oliveira (UFERSA) 
oskallyne@yahoo.com.br 
PAULYARA DE OLIVEIRA ARAUJO (UFERSA) 
paulyara@yahoo.com.br 
Kléber da Silva Barros (UFERSA) 
klerros@gmail.com 
 
 
 
Este trabalho tem como objetivo apresentar o resultado de um estudo 
teórico/prático em que se desenvolveu uma metodologia de projeto de 
produto específica, baseada em metodologias existentes, para conceber 
e executar o projeto de uma nova eesponja de banho. Pesquisas 
teóricas subsidiaram a criação da nova metodologia, a qual norteou o 
desenvolvimento do projeto com foco na melhoria dos atributos 
funcionais de produtos similares já existentes e na inovação. Como 
resultado prático, foi concebido uma nova esponja de banho que 
acomoda o sabonete em barra impedindo-o de cair no chão, mostrando 
também que a partir de idéias simples e inovadoras discutidas em sala 
de aula, pode-se gerar produtos que vêm atender necessidades latentes 
do mercado, muitas vezes despercebidas por grandes empresas. 
 
Palavras-chaves: projeto do produto, metodologia, esponja de banho 
XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. 
São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. 
 
 
 
 
 
 
2 
 
1. Introdução 
O desenvolvimento e aperfeiçoamento de produtos não é uma atividade recente. Romeiro 
(2009) afirma que a relação do homem com os produtos tridimensionais é tão antiga quanto à 
própria humanidade, adveio da necessidade de sobrevivência. Os produtos tendem a evoluir 
com o homem e alguns tentam facilitar sua vida. Nos tempos primitivos os primeiros 
utensílios serviram como vantagem competitiva para os seus possuidores, na época o maior 
desafio era manter-se vivo e qualquer artifício que o mantivesse nesse propósito seria de 
grande valia. 
Segundo Rozenfeld (2006) desenvolver produtos consiste em um conjunto de atividades por 
meio das quais se busca, a partir das necessidades do mercado e das possibilidades e 
restrições tecnológicas, e considerando as estratégias competitivas e de produto da empresa, 
chegar às especificações de projeto de um produto e de seu processo de produção, para que a 
manufatura seja capaz de produzi-lo. 
De acordo com este mesmo autor, a inovação ainda continua sendo o foco para o ganho de 
consumidores, porém apenas ela não é atributo exclusivo para o ganho de pedidos. Um novo 
produto necessita de um projeto bem estruturado que descreva metodicamente todas as fases 
de planejamento e execução, além do mapeamento das necessidades e anseios dos clientes. 
O objetivo deste trabalho é apresentar o resultado de uma atividade da disciplina Projeto e 
desenvolvimento do produto, do curso de Engenharia de Produção da UFERSA (Universidade 
Federal Rural do Semi-Árido), sediada na cidade de Mossoró-RN, em que foi concebido um 
novo método de projeto de produto inspirado nos já existentes e consolidados, a fim de 
possibilitar a concepção de um novo produto para atender uma necessidade do mercado com 
foco na inovação. 
A principal justificativa está em mostrar que a partir de idéias simples, geradas e discutidas 
em sala de aula, é possível desenvolver novos produtos que venham atender necessidades 
latentes do mercado consumidor e que muitas vezes não são percebidas pelas grandes 
empresas, podendo se tornar inclusive, projetos patenteados e desenvolvidos em larga escala. 
Para o desenvolvimento do trabalho foi realizado um vasto estudo teórico sobre as 
metodologias existentes, as quais possibilitaram a criação de um novo método que permitiu a 
descoberta da necessidade do mercado e o surgimento de um novo produto. 
2. Projeto de Produto 
No cenário mercadológico atual, os esforços em busca de superar as expectativas dos clientes 
estão cada vez mais acentuados, seja na produção de bens ou serviços. Segundo Chase (2006) 
projetar novos produtos e lançá-los ao mercado rapidamente é o desafio enfrentado pelos 
fabricantes nos mais diversos setores, seja o de chips de computador ou o de batatas chips. 
Para tanto, a palavra-chave associada a esse foco chama-se: inovação, necessária ao ganho de 
vantagem competitiva diante às concorrentes. 
Inovar não é somente criar algo integralmente novo, segundo Carvalho (2009) inovação 
também refere a uma melhoria nas características funcionais do produto. Para este autor, as 
inovações do produto podem utilizar novos conhecimentos ou tecnologias, ou podem basear-
se em novos usos ou novas combinações para conhecimentos ou tecnologias existentes. 
Assim, em alguns casos a fusão de funções em um só produto que antes eram de produtos 
distintos, traz consigo um diferencial para o cliente. 
 
 
 
 
 
 
3 
A engenharia do produto tem como foco dentre outros fatores a qualidade e a geração de 
produtos com grandes diferenciais, buscando cada vez mais desenvolver um produto que 
satisfaça todas as necessidades do cliente, utilizando-se de uma ampla gama de ferramentas 
(NETTO, 2006). Diversos autores comungam da idéia de que a adoção de um método 
específico torna-se fundamental no empreendimento de um novo produto. De acordo com 
Chase (2006), o processo de desenvolvimento do produto consiste em seis etapas, conforme 
Figura 1. 
 
Etapa 0 
Planejamento 
Etapa 1 
Desenvolvimento 
de Conceito 
Etapa 2 
Projeto no Nível 
do Sistema 
Etapa 3 
Detalhamento do 
Projeto 
Etapa 4 
Teste e 
Refinamento 
Etapa 5 
Início da 
Produção 
Projeto 
 Considerar 
plataforma e 
arquitetura 
 Avaliar novas 
tecnologias 
 Investigar a 
viabilidade de 
produto 
 Desenvolver 
conceitos de 
projeto industrial 
 Construir e testar 
protótipos 
experimentais 
 Gerar 
arquiteturas 
alternativas de 
produto 
 Definir 
principais 
subsistemas e 
interfaces 
 Redefinir o 
projeto industrial 
 Definir 
geometria da 
peça 
 Escolher 
materiais 
 Atribuir 
tolerâncias 
 Completar a 
documentação 
de controle do 
projeto industrial 
 Teste de 
confiabilidade 
 Teste de 
desempenho 
 Obter 
aprovações 
regulatórias 
 Implementar 
mudanças de 
projeto 
 Avaliar 
resultado de 
produção 
preliminar 
Fonte: Adaptado de Chase et al (2006) 
Figura 1 – Etapas do processo de desenvolvimento do produto 
Rozenfeld (2006) classifica as atividades de projeto em três fases: pré-desenvolvimento, 
desenvolvimento e pós-desenvolvimento. Na visão de engenharia de produto a fase mais 
crítica do projeto encontra-se no desenvolvimento a partir da elaboração dos projetos 
informacional, conceitual e detalhado, conforme destacado na Figura 2. 
 
 Desenvolvimento 
 Projeto Informacional Projeto Conceitual Projeto Detalhado 
Engenharia de 
Produto 
Definir requisitos do produto Modelar funcionalmente o produto Otimizar Produto 
Definir especificações meta do 
produto 
Desenvolver princípios de solução para as 
funções 
Criar, reutilizar, procurar e 
codificar SSC’s 
 
Desenvolver as alternativas de solução 
para o produto 
Calcular e desenhar os SSC’s 
 Definir arquitetura para o produto Especificar tolerâncias 
 
Analisar sistemas, subsistemas e 
componentes (SSC) 
Integrar os SSC’s 
 Selecionar a concepção do produto Finalizar desenhos e documentos 
Fonte: Adaptado de Rozenfeld (2006) 
Figura 2 – Fases do processo de desenvolvimento de produtos 
Outros autores ressaltama importância de se ter um método para iniciar o projeto. Baxter 
(2001) afirma que o desenvolvimento de novos produtos é uma atividade complexa que 
requer pesquisa, planejamento cuidadoso, controle meticuloso e o mais importante, métodos 
sistemáticos. Munari (1997) ressalta que não se deve projetar sem método, pensar de forma 
artística procurando logo a solução, sem se ter feito uma pesquisa para se documentar acerca 
do que foi feito de semelhante, sem saber que materiais utilizar para a construção, sem ter 
precisado bem sua exata função. 
A Figura 3 ilustra uma comparação entre as metodologias sugeridas por Baxter (2001) e 
Munari (1997) que embora distintas, possuem relações diretas entre suas etapas. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Figura 3 – Comparação entre as metodologias de Baxter (2001) e Munari (1997) 
Para Munari (1997) o pressuposto é que independente do método adotado ou adaptado à 
necessidade, o importante é ter um método que seja seguido e gerenciado. Tal afirmação 
corrobora com as palavras de Romeiro (2009), quando ressalta que a grande quantidade de 
variáveis a serem controladas ao longo do desenvolvimento de um novo produto é o que 
determina a necessidade latente de se ter uma linha de raciocínio e de trabalho definida e 
documentada, ou seja, um método. 
3. O Projeto do Novo Produto 
3.1. Metodologia desenvolvida 
Para concepção e execução da proposta do produto, foi desenvolvido um método específico 
ao projeto a partir de metodologias já existentes na literatura, conforme detalhado nos nove 
itens abaixo e na Figura 4. 
1) Formulação do objetivo: nesta etapa foi discutido qual objetivo genérico do trabalho e que 
necessidade este iria sanar. O grupo focalizou na descoberta das necessidades dos usuários 
e nas oportunidades de novos produtos, buscando idealizar um produto que tivesse uma 
função para sociedade, de baixo custo e de baixa complexidade, possibilitando a 
confecção de um protótipo. 
Como ferramenta de geração de idéias foi utilizada a técnica do brainstorming, que 
possibilitou várias discussões entre a equipe e a descoberta de necessidades e 
oportunidades de produtos. 
2) Definição do problema: com base nas discussões geradas no brainstorming e na 
observação das tarefas diárias de cada componente da equipe, foi possível identificar a 
oportunidade de se desenvolver um produto para auxiliar a tarefa de se ensaboar durante o 
banho, tendo em vista o problema do escorregamento do sabonete em barra durante esta 
atividade. 
BAXTER (2001) MUNARI (1997) 
P 
DP 
CP
P 
RD 
AD 
MT 
C 
S 
DC 
V 
M 
E 
Definição do Problema 
Recolha de Dados 
Análise dos Dados 
Criatividade 
Materiais e Técnicas 
Componentes do Problema 
Experimentação 
Modelo 
Verificação 
Desenhos Construtivos 
SOLUÇÃO 
PROBLEMA 
Oportunidade 
Ideia 
Produção 
Conceitos 
Configurações 
Detalhamento 
 
 
 
 
 
 
5 
3) Compreensão do problema: a partir da descoberta da necessidade e da oportunidade do 
produto, a equipe passou a compreender o problema por meio de observação situada em 
que cada membro passou a observar e registrar todos os detalhes envolvidos na tarefa de 
se ensaboar, alegando-se as seguintes definições: 
a) Ao passar o sabão no corpo com a mão molhada o produto é dissolvido em forma de 
espuma, o que diminui o atrito com a palma da mão, aumentado a possibilidade de 
escorregar; 
b) Em grande parte, os consumidores descartam o sabão em barra antes de acabá-lo por 
completo, pois se torna difícil mantê-lo na mão quando atinge uma pequena espessura 
devido ao uso; 
c) Ao cair, o sabonete pode absorver as impurezas que estão no solo, podendo gerar 
inclusive, riscos à saúde; 
d) O modo de uso do sabonete sólido pode ser considerado um estereótipo popular, pois 
todos consumidores tendem a passar o sabão no corpo da mesma forma: segurando-o 
na palma da mão e deslizando na superfície cutânea; 
e) Os sabonetes em barra seguem um determinado padrão de forma e tamanho, 
considerando os fabricantes comumente encontrados no mercado consumidor. 
O estabelecimento dessas características possibilitou ao grupo o entendimento de que o 
produto a ser desenvolvido não deveria mudar a forma de se ensaboar, mas sim melhorar a 
atividade do ponto de vista a manter o sabão em barra seguro na mão, tornando o banho 
mais confortável. 
4) Análise de mercado: nessa etapa foram realizadas todas as pesquisas externas que 
pudessem contribuir para o andamento do projeto e definição do produto. Foi verificada 
no mercado a existência de produtos similares e dos preços já praticados no mercado. 
Também foi realizada uma consulta via internet ao site do INPI (Instituto Nacional da 
Propriedade Intelectual), a fim de verificar a existência de produtos já patenteados com 
esse fim. Conforme Figura 4, foram encontrados produtos como “esponja porta sabonete” 
e “esponja de banho com cavidade interna para acomodar sabonete", porém constatou-se a 
possibilidade da criação de um novo produto diferenciado dos já existentes, a partir do 
melhoramento do seu caráter funcional. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Figura 4 – Pesquisa de patentes junto ao INPI 
5) Criatividade: formulação de desenhos para seleção da melhor proposta em termos de 
forma, usabilidade e fabricação, conforme Figura 5. O processo criativo não deve ser 
limitado, ou seja, é preciso pensar e criar como se todos os recursos estivessem 
disponíveis, com o objetivo de facilitar a primeira idéia de cada membro da equipe. Após 
os rascunhos e descrição de cada desenho foi realizada uma análise mais criteriosa 
baseada nos recursos disponíveis em termos de material, tempo e técnica a ser utilizada, 
para então decidir a melhor proposta de produto. 
 
Figura 5 – Desenhos formulados na etapa criativa do método 
6) Materiais e técnicas: foi definido nesta fase que a esponja seria confeccionada com tecido 
de algodão, rede de nylon, fita de cetim e viés de algodão, enquanto que a técnica 
necessária a sua montagem seria a de corte e costura. O tecido de nylon, a fita e o viés são 
materiais de fácil aquisição, enquanto a rede de nylon foi obtida através da aquisição de 
outro tipo de esponja, que foi desmontada para retirada deste componente. Todo material 
foi escolhido com base na disponibilidade dele no mercado local e na verificação do uso 
destes tipos de materiais em produtos similares. 
A decisão pela técnica de corte e costura para montagem do produto se deu em 
decorrência de ser a que melhor se encaixa para unir os materiais escolhidos. Além de 
que, pôde ser contratada a um baixo custo para produção dos protótipos. 
7) Seleção: nesta etapa foi escolhido o melhor modelo para prototipagem, além de uma nova 
verificação da inexistência de produtos idênticos já patenteados junto ao INPI. Após 
excluir os desenhos que traziam as mesmas características de produtos já patenteados, o 
modelo foi escolhido, considerado a menor dificuldade em relação ao detalhes 
construtivos e o atendimento às dimensões mais utilizadas pelos fabricantes dos sabonetes 
em barra e ao modo usual de se utilizar este tipo de sabonete. 
8) Projeto para fabricação: nesta etapa, todas as especificações da esponja em termos de 
forma, material e planilha de custos foram estabelecidas de modo que possibilitasse a 
execução do projeto, conforme Tabela 1. Esta especificação estabeleceu tanto os detalhes 
construtivos como os valores monetários gastos em cada parte do produto, pois objetivou 
demonstrar o projeto como um todo e teve foco na descrição de um único protótipo. Caso 
o produto fosse fabricado em volumes maiores e fizesse parte do planejamento da 
produção de uma fábrica, seria necessárioenvolver outras análises de custo mais 
aprofundadas, que neste momento foram dispensadas por se tratar de um protótipo. 
 
Tabela de Especificação do Produto 
Produto: Esponja de banho para sabão em barra Data: 16/12/2009 
Material Quantidade Custo (R$) Desenho 
Rede de Nylon 4 x 150 cm² 0,50 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Tecido de Algodão 2 x 126 cm² 0,25 
 
Fita de Cetim 1 x 12 cm (Comprimento)/4 cm (Largura) 0,10 
 
 
Viés de Algodão 46cm 0,05 
 
 
Linha de Costura 1m 0,01 
 
 
Mão de Obra 20 min 1,00 
 
 
 Total 1,91 
Tabela 1 – Especificação do produto 
9) Confecção do protótipo: a fabricação do produto foi terceirizada por um profissional da 
área de corte e costura a fim se obter o protótipo físico da esponja. A confecção do 
protótipo, além de representar claramente o resultado do projeto desenvolvido para o 
produto, proporciona a realização de teste de usabilidade e funcionalidade, além de revelar 
muitas características e detalhes que por vezes fica oculta na etapa de concepção. 
A Figura 5 ilustra a sequencia de passos realizados, com as devidas precedências, as quais 
representam o método criado para concepção e produção do produto apresentado. 
 
Figura 5 – Metodologia adotada para o PDP adaptado de MUNARI (1997) 
3.2. O Produto 
O produto criado tem como caráter inovador a praticidade de utilizar uma esponja onde o 
sabonete em barra possa estar encaixado, assegurando que o mesmo não escorregue da mão, 
além de ser confeccionado com materiais de baixo custo. As figuras 6 e 7 apresentam uma 
análise estrutural do produto. 
 
Figura 6 – Protótipo da esponja de banho 
1. Formulação 
do Objetivo 
2. Definição 
do Problema 
3. Compreensão 
do Problema 
4. Análise de 
Mercado 
5. Criatividade 
6. Materiais e 
Técnicas 
7. Seleção 8. Projeto para 
Fabricação 
9. Confecção 
do Protótipo 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Figura 7 – Partes da esponja de banho 
1ª parte: Alças 
As alças são utilizadas para que o produto possa estar seguro na mão, auxiliando a pega do 
mesmo. Para isso foi proposto uma largura de fita adequada para fornecer um melhor cômodo 
da esponja na mão. 
2ª parte: Tecido de revestimento com abertura no meio 
O tecido de revestimento é utilizado para cobrir toda, além de conter uma abertura central 
para inserir o sabonete. 
3ª parte: Nylon 
O nylon é utilizado para que o sabonete possa ter contato com a pele, bem como ajuda na sua 
esfoliação, o que garante uma melhor limpeza do corpo. 
4ª parte: Viés 
O viés é utilizado para o acabamento final do produto, reforçando a costura e melhorando a 
estética do mesmo. 
3.3. Ergonomia do produto 
O estudo dos fatores ergonômico no produto, segundo Gomes Filho (2003), possibilita a 
melhor adequação ou adaptação do “objeto” aos seres vivos em geral, sobretudo no que diz 
respeito à segurança, ao conforto e à eficácia de uso ou de operacionalidade dos objetos, mais 
particularmente, nas atividades e tarefas humanas. Analisando o produto desenvolvido sob a 
perspectiva dos três Fatores Ergonômicos Básicos definidos por este autor (Requisito do 
Projeto, Ações de Manejo e Ações de Percepção), de forma sucinta, tem-se: 
a) Esponja permite colocar o sabonete no seu interior, de forma segura para que o 
produto não escorregue da mão do usuário; 
b) Objeto feito com material antialérgico e possuidor de alças que impossibilita a queda 
da esponja; 
c) Facilidade de pega e eficiência no uso; 
d) Produto de utilização simples e adaptável a todos os tipos de sabonete de até 90 
gramas; 
e) Exige pouca habilidade e pouca precisão para seu uso; 
f) Produto adaptável a grande maioria dos usuários, exceto os que tem algum tipo de 
limitação física que o impeça de tomar banho sozinho; 
g) Alça que permite um bom manuseio do produto. 
1ª parte 
2ª parte 
4ª parte 
3ª parte 
 
 
 
 
 
 
9 
 
4. Considerações Finais 
O desenvolvimento de novos produtos está intimamente ligado a adoção de um método, que 
depende principalmente do tipo de trabalho, da complexidade do mesmo e da escolha de um 
desses, que atenda as necessidades da equipe, essa que deve ser multidisciplinar para que o 
produto seja visto por vários âmbitos. 
O produto apresentado neste trabalho, intitulado “Esponja banho bom”, foi concebido a partir 
de uma metodologia específica, baseada em metodologias já existentes e consolidada na 
literatura, o que permitiu a possibilidade de aprofundamento dos conteúdos teóricos e de 
experimentações práticas de grande valia para entendimento dos processos envolvidos no 
desenvolvimento de novos produtos, fator este fundamental para a formação do Engenheiro 
de Produção. 
A utilização de um método para o projeto de um produto permitiu um melhor gerenciamento 
de todas as fases do processo, fazendo com que o projeto da esponja “banho bom”, tenha 
atendido aos objetivos propostos na disciplina, além de reforçar a idéia de que a excelência de 
um projeto não está atrelada a complexidade do objeto e que idéias inovadoras e funcionais 
podem surgir em diferentes momentos e locais, bastando um direcionado para isto. 
Referências 
BAXTER, M. Projeto de Produto: guia prático para o desenvolvimento de novos produtos. 2ª ed. São Paulo: 
Edgard Blücher, 2001. 
CARVALHO, M. M.; Inovação: estratégias e comunidades de conhecimento. São Paulo: Atlas, 2009. 
CHASE, R. B.; JACOBS, F. R.; AQUILANO, N. J.; Administração da produção e operações para vantagens 
competitivas. 11ª ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006. 
GOMES FILHO, J.; Sistema Técnico de Leitura Ergonômica. São Paulo: Escrituras, 2003. 
MUNARI, B. Design e Comunicação Visual. 1ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. 
OLIVEIRA NETTO, A. A.; TAVARES, W. R.; Introdução à Engenharia de Produção. Florianópolis: Visual 
Books, 2006. 
ROMEIRO FILHO, E.; FERREIRA, C. V.; CAUCHICK MIGUEL, P. A.; GOUVINHAS, R. P.; 
NAVEIRO, R. M.. Projeto do Produto. 1ª ed. São Paulo: Campus, 2009. 
ROZENFELD, H.; FORCELLINI, F. A.; AMARAL, D.C.; TOLEDO, J. C.; SILVA, S. L.; 
ALLIPRANDINI, D. H.; SCALICE, R. K. Gestão de Desenvolvimento de Produtos: uma referência para a 
melhoria do processo. São Paulo: Saraiva, 2006.

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