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1 Javan de Moraes Mariano O que é necessário para criar um produto? Rio de Janeiro 2020 2 RESUMO O desdobramento de novos produtos está evidentemente relacionado á capacidade de uma empresa em se tornar ou se manter atrativa por meio da renovação. Em um cenário de diversas evoluções e processos acelerados, essa característica mostra-se como um mecanismo essencial para contornar os desafios e gerar oportunidade. Todavia, apesar da importância da inovação no contexto empresarial, muitos negócios enfrentam dificuldades. E, entre os motivos aparentes, estão os custos envolvidos no processo de inovação. A disparidade entre os produtos de sucesso e as inovações falidas está na fase de desenvolvimento. Centenas de desenvolvedores têm boas ideias, mas e quanto a capacidade de transformar essas ideias em produtos vendáveis? 3 Sumário Introdução .............................................................................................................................. 4 O que se caracteriza um projeto? .......................................................................................... 5 Metodologias para o projeto de produtos ............................................................................. 7 Visões Parciais do Desenvolvimento de Produtos ............................................................... 10 Abordagens de estudo do Desenvolvimento de Produto .................................................... 11 Metodologias de projeto ...................................................................................................... 13 Processo de desenvolvimento de novos produtos .............................................................. 15 Importância de um Protótipo ............................................................................................... 17 Analise de Falhas .................................................................................................................. 18 Registro de Marca/Patente .................................................................................................. 19 CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................. 28 4 Introdução O publico em geral tem uma cultura tradicional e muitas vezes deixam de testar o que é novo, ou o menos conhecido. O que um novo artigo precisaria ter para que você o prove, e deixe o arcaico tradicional? Para muitas industrias desenvolver novos itens com maior velocidade, maior eficiência, e maior efetividade é a grande meta. Sinais mostram que o design e o desenvolvimento efetivo de novos produtos têm uma repercussão significativa em custo, qualidade, satisfação do cliente, e na vantagem competidora. Por meio deste processo a empresa irá buscar novos horizontes, incorporar inovações e expandir seu potencial competitivo lançando novos produtos. Além dos fatos comuns de custo e qualidade, o tempo na atualidade é de grande relevância para o êxito de novos produtos. O enfoque das empresas em atuar sobre os processos empresarial, e principalmente atuar no processo empresarial de Desenvolvimento de Produtos a fim de aumentar a sua eficiência passa a ser fundamental para a competitividade da empresa. Consequentemente o temor em entender este processo e os fatores que levam produtos a serem bem sucedidos ou então falharem se tornou uma aflição de várias empresas. Kotler (2000) tentou demonstrar os fatores que separam os vencedores e os perdedores no aperfeiçoamento e introdução de novos produtos. Vários estudos, desde a década de 60 até os dias atuais, alarmam para o fato de que nem tudo está bem no desenvolvimento de novos produtos. O estudo de Moreira (2005) revelou que metade dos atributos de desenvolvimento foi alocada em projetos de novos produtos que falharam no mercado. 5 O que se caracteriza um projeto? Um projeto é um empenho único, provisório e paulatino requerido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Isso quer dizer que um projeto é uma ação restrita que tem início e fim determinados, e uma finalidade clara a ser alcançado dentro dos recursos que são destinados. Normalmente, os projetos são separados em etapas, as quais são executadas para gerar entregas. Logo, os projetos não devem ter uma durabilidade indefinida e nem recursos ilimitados — ambos devem ser planejados previamente para estabelecer uma linha de base a ser seguida. Conforme o Guia PMBOK, o triunfo de um projeto é avaliado pela qualidade do produto e do projeto, pela precisão, pelo cumprimento do orçamento e pelo grau de satisfação do cliente. Abaixo um detalhadamento da as principais características de um projeto: 6 É impar: isso revela que um projeto não pode ser repetido ininterruptamente, ele é um evento único e planejado. Tem início e fim definidos: quando discutimos que um projeto é transitório, isso não quer dizer que ele terá curto prazo, mas que há um início e um fim determinado, um prazo a ser considerado. É gradual: levando em consideração o prazo de finalização que tem que ser atingido, o projeto deve ser segregado em etapas, e não finalizado de uma vez só. Frequentemente, as entregas são compostas por tarefas que interagem entre si e dependem umas das outras. Tem definição de recursos: a matéria-prima para executar um projeto são definidos conforme o que consta no escopo do projeto. Para determinar as linhas de base dos recursos, é normal que se faça uma investigação de custos antes da execução, para certificar que a falta de algum recurso inviabilize a entrega do projeto. Tem objetivo claro e viável: mais uma particularidade dos projetos é que eles são realizados com um objetivo claro e viável, isto é, capaz de ser alcançado. É necessário elucidar, ainda sim, que um projeto não é uma meta, uma vontade ou mesmo a visão de futuro de uma empresa: ele pode ser uma trilha para alcançá-los. Para entender melhor o que é um projeto: Desenvolver um novo produto, serviço ou resultado; Efetuar uma mudança na estrutura, envolvendo pessoas e/ou processos; Adquirir, modificar ou desenvolver um sistema; Realizar uma pesquisa cujo resultado será divulgado; Construir um prédio, planta industrial ou infraestrutura. https://www.sinonimos.com.br/ininterruptamente/ https://artia.com/blog/escopo-do-projeto-como-fazer-em-6-passos/ 7 Metodologias para o projeto de produtos Para achar melhores soluções, com o desenvolvimento do potencial e do conhecimento do projetista, é necessário usar metodologias regradas. O projeto de um artefato industrial, que é um processo particular de solução de problemas, afirma e define soluções, adéqua-se a problemas não resolvidos anteriormente ou soluções inovadoras para impasses que foram anteriormente resolvidos, mas de outra forma (DIETER, 1983). Todo projeto tem sua história particular, com suas singularidades, por tanto seu progresso configura um modelo quase rotineiramente comum à maioria dos projetos (ASIMOW, 1962). As técnicas sistemáticas são denominadas metodologias de projeto e baseiam-se em mecanismos que, além de sistemáticos, são metodológicos, com a finalidade de idealizar um produto industrial que atenda necessidades humanas. Algumas fazes das metodologias de projeto, que associam diversos procedimentos, podem ser apresentadas em algoritmos. As metodologias assumem que a dificuldade de projeto é generalizável (aplicável a mais de um problema) e minimizado em problemas menores. A metodologia do projeto provê ao projetistao conhecimento sobre o processo de projeto, incluindo um conjunto de métodos, procedimentos, conceitos de trabalho e regras. Demais a mais, ela assimila um modo tipico de prosseguir, o que engloba vários passos, prévia e racionalmente determinados. Além disto, ao decorrer de todo o procedimento, o desenvolvedor deve proceder com neutralidade, sempre buscando ao êxito. Os resultados também devem se referir à realidade. Por isso, os projetistas, em diversos momentos do processo de projeto, fazem inclusão de conhecimentos advindos da observação, como levantamentos de requisitos ou determinação de critérios de seleção. As metodologias de projeto partem do pressuposto de que a ideia de um produto pode ser decomposta em subsistemas, sobre os quais se pode aplicar a busca por conceitos físicos alternativos e buscar a melhor opçao, levando em consideração os critérios apropriados como base da avaliação. 8 Os subsistemas são formados por peças ou componentes unidos, relacionados, conectados, constituídos e configurados a partir de determinados materiais. Esses subsistemas, ou componentes, possuem propriedades mensuráveis e definíveis, como peso, resistência, altura, forma e velocidade. O conjunto formado pelas propriedades dos subsistemas ou dos componentes proporciona as propriedades do produto. As características aparentes ou externas do produto são julgadas pelo publico, produtores e clientes. Então, qualquer função pode ser representada por uma composição de subfunções, e qualquer produto pode ser representado por uma integração de subconjuntos ou componentes. Como consequência, a função de um produto pode ser representada pela composição das subfunções dos componentes ou dos subsistemas que o integram (YOSHIKAWA, 1989). Quando se inicia o projeto de um produto, somente se conhece o que o consumidor deseja ou necessita – informações que serão transformadas em especificações de projeto (primeiro problema do projeto) e serão satisfeitas pela função do produto. As especificações preservam a função do produto e a ramificação dela em subfunções formando um sistema. Essa operação é conhecida como síntese funcional. A terceira adversidade do projeto é a averiguação ou a busca por possibilidades capazes de cumprir a função do produto. Separamos as possibilidades mais adequadas, que são definidas por critérios de seleção baseados nas qualidades ou características desejadas pelo consumidor, ou em restrições impostas. O quarto problema do projeto é dar forma ou caracterizar fisicamente os caminhos selecionadas de acordo com a arquitetura definida para produto, definindo a disposição dos componentes, as formas, os tamanhos, os materiais, etc. O quinto problema do projeto é a detalhamento do produto, abrangendo a forma, o tamanho e a estrutura, viabilizando, a fabricação. Além de tudo, o projeto deve ser estudado após cada etapa ou problema – no mínimo –, criando conhecimento e apontando possíveis modificações para melhorias. Ao final do processo de projeto, é possível auditar o processo e o produto para garantir a obtenção dos resultados desejados. 9 No final da década de 1960, Rodolf Wächtler, professor da Universidade Técnica de Darmstadt, afirmou que o projeto criativo é um processo de aprendizado, pois a otimização do processo de projeto deve ser analisada de forma dinâmica (WÄCHTLER, 1969). Com isso, a ideia gerada no processo de projeto retorna diversas vezes até que se chegue o nível de informação para o qual a solução foi identificada encontrada. Então, o processo de aprendizado incrementa o nível de informação e facilita a busca de soluções para o projeto. Na década de 1970, Wolf Georg Rodenacker, professor da Universidade de Munique, desenvolveu um método original de projeto, caracterizado por solucionar a estrutura de trabalho requerida por meio de relacionamentos lógicos, físicos e de configuração. Outras características do método são (RODENACKER, 1991): • O reconhecimento e a supressão de distúrbios e falhas, o mais cedo possível, durante a formulação do processo físico. • A avaliação de todos os parâmetros do sistema técnico em relação aos critérios quantitativos, qualitativos e de custo. • O destaque na composição de funções lógicas norteadas em lógica binária Entretanto, o fato mais importante dessa metodologia é que ele dá relevância não apenase às tarefas do processo de projeto, mas também para o desenvolvimento de novos produtos, perguntando: em que novo propósito um efeito físico conhecido pode ser utilizado? Ele buscou, com isso, descobrir soluções amplamente novas e consequentemente, novas produtos. Com o deslocar-se dos anos, as metodologias de projeto foram se adaptando com a estratégia de René Descartes (1596-1650), que inicia com a obtenção e construção de bases (observação e análise), que são assumidas como princípios ou verdades, para começar a solução do problema. Nas metodologias de projeto, consequentemente, o usuário é observado, e os condições são levantados. Sucessivamente, as metodologias de projeto passaram a dividir ou a decompor o problema em partes para simplificar ou 10 facilitar a obtenção de uma solução total do problema, a partir de soluções parciais de problemas parciais. Visões Parciais do Desenvolvimento de Produtos Uma das maiores tribulações em gerenciar o processo de desenvolvimento de produto é a existência de varias visões parcial. No meio de ensino e pesquisa, desenvolver produtos vem sendo abordado de maneira destacada pelas diversas áreas de entendimento especializado. Consequentemente, profissionais de engenharia inclinam-se a pensar o desenvolvimento de produto como ocupações específicas de cálculos e testes (engenheiros químicos em termos de balanços de energia e dimensionamento de equipamentos, engenheiros mecânicos em termos de cálculos e desenhos necessários para processos mecânicos, etc...); " designers" ou programadores visuais como o resultado de estudos de conceito; administradores como algo mais teórico, independente do contexto tecnológico e voltado para os adversidades organizacionais e estratégicos; especialistas em qualidade como a aplicação de ferramentas específicas; e muitos outros que poderiam ser aqui listados. Quando migradas para a realidade estas visões podem acarretar muitos problemas e ineficiências. Por Isto todo desenvolvimento, por maior o domínio de um estabelecido conteúdo tecnológico, origina-se em conhecimentos de várias destas visões. Este processo é um todo adaptado e depende, para um com resultado final, a importância de diversos fatores ligados às mais diversas áreas do conhecimento. Cada visão parcial leva consigo também uma linguagem e distinta com valores próprios, que dificulta a integração entre os profissionais pertencentes a cada uma dessas escolas. Confrontar esta situação depende do desenvolvimento de uma visão holística, ou seja, da edificação de uma imagem única e integrada do processo de desenvolvimento de produto. A maneira de exempla-la empregada pelo Grupo de Engenharia Integrada é por meio do modelo de referência para o processo de desenvolvimento de produto. http://www5.eesc.usp.br/portaldeconhecimentos/index.php/por/index.php/por/Modelo_de_Refer%C3%AAncia_FIM.html 11 Abordagens de estudo do Desenvolvimento de Produto Muitas abordagens propostas para a análise e intercessões no processo de desenvolvimento de produto. Possuem origens em diversas áreas do conhecimento, valorizando diferentes aspectos deste processo. Algumas das mais importantes são: Estudos de Harvard & MIT: No final da década de 80 e início dos 90 foram desenvolvidos por pessoas ligadas a Harvard e ao MIT importantes projetos de pesquisa correlacionados com a manufatura sucinta e o gerenciamento do processo de desenvolvimento de produto. Estes primeiros trabalhos, totalmente analíticos,tornaram-se padrão e largamente referenciados na literatura sobre desenvolvimento de produto (CLARK & FUJIMOTO, 1991 e WOMACK, JONES & ROSS, 1994) e geraram muitos dos conceitos aplicados nesta área. Os princípios gerados nesta pesquisa têm uma finalidade de aplicação mais ampla que uma perspectiva específica. Eles são geralmente empregados por grande parte das pessoas que estudam e trabalham com o desenvolvimento de produto e, por isso têm uma relevância por si própria no meio desta área. Eles foram à base de uma ponto de vista para gerenciar este processo, que é apresentada nos livros de CLARK & WHEELWRIGHT (1993a e b). Nesta abordagem os autores segregam o processo de desenvolvimento de produto em três etapas maiores: Estratégia de Desenvolvimento, Gerenciamento do Projeto e Específico Aprendizagem . Stuart Pugh: A interpretação proposta por PUGH (1990 e 1996) contem uma grande influência da experiência prática que esteve trabalhando por anos como projetista e gerente de projetos em diversas indústrias. Sua maior preocupação era com a procura de um olhar ampla da atividade de projeto, ou seja, que passasse a frente das visões parciais presentes em cada setor tecnológico específico. Para chegar neste objetivo ele dedicou uma grande ênfase à educação e desenvolveu um modelo, que ficou muito conhecido como Total Design. Este padrão possui um grupo de 6 etapas todas elas recíprocas e aplicáveis a seja qual forr tipo de projeto. Cada etapa é simbolizada por um cilindro significando que nela são pradicados 12 um conjunto específico de conhecimentos compostos por inúmeras visões tecnológicas parciais. Don Clausing: Este autor teve uma enorme influência do trabalho de Pugh e Taguchi. Somando concepções destes autores, com os quais conviveu e trabalhou, à sua vivencia criou uma abordagem a qual batizou de Total Quality Development. Nela há uma perspectiva muito grande para as técnicas QFD, Método Taguchi e Matriz de Pugh e para os conceitos sobre gerenciamento dos times de desenvolvimento de produto. Incluindo uma de suas vitais contribuições é a de mostrar a relação entre o QFD e o método Taguchi. As fases em que ele separa o processo de desenvolvimento de produto são: Conceito (onde ele foca na metodologia do QFD); Design (divide em projeto dos subsistemas e projetos das partes); e preparação/produção. Prasad: Este autor recomenda uma sofisticada ótica para engenharia simultânea que inclui diversos fatores em uma estrutura amplamente independente das fases de um processo de desenvolvimento de produto. Ele divide a engenharia simultânea em duas rodas chamadas de Organização do Produto e Processo (Product and Process Organization Wheel - PPO) e a do Desenvolvimento de Produto Integrado (Integrated Product Development Wheel - IPD). As duas possuem no seu centro a explicação dos quatro elementos de suporte desta metodologia que são: modelos, métodos, métricas e medidas. As duas rodas dispõem também um anéis intermediários idênticos que representam os times, ou a sistema organizacional que orienta as ações dentro do processo de engenharia simultânea. A primeira roda, PPO, discute os fatores que definam o grau de complexidade do gerenciamento do desenvolvimento de produto e os fatores organizacionais. A segunda roda, IPD, define de uma maneira bastante flexível a integração do processo de desenvolvimento de produto. APQP da QS 9000: O Manual de Planejamento e Controle da Qualidade do Produto concebido dentro do conjunto de normas da QS 9000 detém uma estrutura que pode servir como referência para a estruturação e gerenciamento do processo de desenvolvimento de produto. Ainda que não tenha sido desenvolvido particularmente para este fim ele resume um bloco 13 de preocupações, técnicas e um modelo abastadamente detalhado capazes de servir de base para intervenções neste processo. Simultaneamente a estas existe a Proposta do Grupo de Engenharia Integrada, que está em desenvolvimento e tem como objetivo fundamental promover a visão holística do processo de desenvolvimento de produto. Metodologias de projeto Koller (1979) criou uma metodologia de projeto que possibilita a utilização computacional. O autor instituiu o desenvolvimento de sua metodologia assumindo que, em sistemas técnicos, somente os estados e fluxos de energia, material e sinal podem ser modificados em magnitude e direção. Koller (1979) sugeriu um método de projeto orientado físico- algoritmicamente, onde utilizou catálogos de soluções antecipadamente definidas e guardadas para as funções elementares. Para isso, criou 12 operações e suas inversas, que foram chamadas de operações básicas, e podem mudar os fluxos de material, energia e sinal. Podemos mencionar, por exemplo, as operações básicas de transformar, agrupar e ampliar. A metodologia de Koller (1979) foi fragmentada em síntese de função, síntese qualitativa e síntese quantitativa. Ela usa a informação vinda do planejamento do produto, em que se define a necessidade do mercado e se obtém a definição do produto para definir uma lista de quesitos na fase de síntese de função. A partir da lista de requisitos e de informações do planejamento do produto, o encargo global do produto é formulada e, sucessivamente, desmembrado em funções parciais ou em funções elementares, criando uma estrutura de funções elementares. Funções elementares são funções indivisíveis sobre as quais se exerce abstração, visando à obtenção das operações básicas correspondentes. Logo, na síntese qualitativa, pesquisam-se conceitos de solução que satisfaçam às atividades básicas, mirando a estrutura de funções elementares e verificando a conformidade dos princípios de solução em relação às soluções das operações básicas próximas (KOLLER, 1979). Na fase de síntese quantitativa, realiza-se dimensionamento das configurações do produto e os documentos de produção. 14 A recomendação de projeto alemã VDI 2221 expõe uma sistemática de procedimentos para a aplicação de projetos de produtos industriais (FIOD, 1993). Essa sistemática separa o projeto em quatro fases principais e, cada fase, em passos. Uma entrada e uma saída de informação estão relacionadas a cada passo. Ao longo do processo de projeto, as informações são processadas e repassadas as fases seguintes. Fase I - Estuda-se a adversidade a ser solucionado. Nesta etapa, busca-se concluir e esclarecer o problema. As informações sobre o mercado consumidor, leis de proteção ambiental, patentes, produtos similares, entre outros, são obtidas. Como resultado, cria-se a lista de quesitos de projeto. Fase II - Pesquisam-se opiniões ou soluções que respondam às exigências do problema em estudo. Começando da lista de requisitos e da definição do problema, a função global do produto é determinada. Essa função geral é dividida em funções menores, ou subfunções, de complexidade menor. Uma vez alcançadas as subfunções do produto, busca-se por conceitos de solução que satisfaçam as subfunções. Então, unem-se as opiniões de solução de forma a atender à função global do produto. Fase III - Elabora-se o projeto inicial, tentando dar forma e dimensão a cada módulo, selecionando materiais e processos de manufatura, concluindo as medidas iniciais do produto e testando a harmonia entre as partes. A VDI 2221 enfatiza a segregação do produto em módulos funcionais, além de avaliar técnica e economicamente as soluções. Essa etapa resulta em representações formais para todo o produto, com catálogos de componentes e recomendações genéricas de fabricação e montagem. Fase IV - Detalha-se o projeto, provendo especificações determinantes sobre os componentes quanto a formas, medidas, acabamentos superficiais, especificações de materiais, custos estimados de fabricação, etc. 15 Processo de desenvolvimento de novos produtosNão há um modelo que defina qual processo para o desenvolvimento de novos produtos, o correto ou mais eficiente, o que se pode afirmar é que em todos os casos as empresas veem o desenvolvimento de novos produtos importante para manterem-se competitivas e em beneficio em relação aos concorrentes, inclusive todas buscam implantar os seis estágios, sendo elas: Geração de ideias (brainstorming): Pode-se falar que é o ponta pe inicial do processo de desenvolvimento de produtos. Etapa de liberar a criatividade para catalogar o máximo de insights possível, tendo como base alguns direcionamentos essenciais como tendências de mercado, objetivos do negócio e público-alvo. Os conceitos inovadores de produtos podem vir das necessidades dos clientes, sugestões de clientes, tendências de vendas e ações da concorrência, por exemplo. Triagem de ideias: escolhas das ideias mais prosperam e economicamente viáveis. Para selecionar com precisão, você deve levar em conta parâmetros como custos de produção, orçamento da empresa, perspectivas do mercado-alvo e viabilidade técnica. Teste preliminar e prototipação: O teste liminar, igualmente chamado de teste de conceito, serve para examinar o produto será assimilado pelo público-alvo e percebido como uma solução para um problema específico. Nessa faze, você pode coordenar pesquisas internas e externas, enviando questionários por e-mail, conduzindo entrevistas ou fazendo dinâmicas para compreender se o valor do produto é reconhecido. Vale questionar se as pessoas comprariam esse produto, se identificam a utilidade e se ele satisfaz suas necessidades. https://pt.wikipedia.org/wiki/Produtos https://blog.wagglbrasil.com/8-ideias-inovadoras-na-gestao-de-pessoas-e-como-aplica-las/ https://fia.com.br/blog/jornada-do-cliente/ 16 Outra alternativa é criar um protótipo ou um MVP (Minimum Viable Product ou Produto Mínimo Viável) que mantenha as principais funcionalidades do produto e possa ser testado com um grupo de controle. Construir plano de negócio: nesta etapa se dá a criação do plano de negócio, através de pesquisa de mercado é verificada a necessidade do cliente, este estudo é feito de forma miniciosa para atender com propriedade as preferências e exigências do projeto em questão. A execução do trabalho se dá de forma eficaz e econômica, abordando o fluxo de caixa para melhores resultados. Desenvolvimento: Enfim, chega a etapa de desenvolvimento, onde o plano do produto será colocado em prática e a ideia final materializada. Nessa faze, a produção está absolutamente alinhada com o marketing para criar o produto ideal, baseado nos resultados das pesquisas e testes realizados até aqui. O processo englobam questões básicas como o design do produto, criação da marca, fabricação, embalagem e também questões burocráticas como patentes, licenças e certificações. Validação de mercado: No estagio de validação de mercado, são feitos os últimos testes antes de lançar oficialmente o produto. Aqui, é importante utilizar grupos focais de consumidores alinhados à ao produto, para ter certeza que o resultado final supri às expectativas do público estudado. Mesmo nessa etapa, ainda há tempo para ajustes finais antes de escalar a produção e distribuir o produto no mercado. No caso das startups, por exemplo, esse período de experimentação e arrecadação de feedback dos consumidores pode se repetir várias vezes, aprimorando cada vez mais a solução. Neste estágio as visões econômicas são revistas, é testada a viabilidade do projeto e a acolhimento pelo cliente, assim como todo o processo do projeto para validação dos resultados. https://blog.wagglbrasil.com/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-feedback/ 17 Lançamento: Enfim, o produto é lançado no tempo planejado, conforme o estudo das oportunidades de mercado. Nesse instante, é importante contar com uma campanha de lançamento muito bem estruturada, que acerte em cheio o público-alvo nas mídias certas e com a mensagem certa — e claro, um conceito à altura da inovação. Além disso, a distribuição deve atestar a disponibilidade do produto em pontos estratégicos, para afirmar que a novidade chegue até os consumidores antes de iniciar a campanha de lançamento. Após passar por todas essas etapas da criação de novos produtos, você aumenta suas chances de acertar nas previsões e inovar com sucesso. Importância de um Protótipo O uso do protótipo transfigura-se como necessário para um desenvolvimento de projeto que visa a redução de erros na sua validação e execução do produto final. Faz-se necessário para muitas coisas como: Comprovar a funcionalidade: ponto essencial para um bom resultado final. A resposta deve ser obtida buscando tais perguntas: O projeto está atendendo todas as funções almejadas? Funciona como planejado? Precisa de alterações? Como elas podem ser realizadas? Provar sua praticidade: os usuários podem relacionar-se com o protótipo, a com intuito de entender quais pontos do produto funcionam e o que precisa de modificações. Espaço para feedbacks: imaginando e entendendo como o modelo funciona, através da experiência com o protótipo, os feedbacks são mais claros e construtivos. Diminuir riscos: ao sugerir uma inovação no mercado os riscos são muitos, mas alguns podem ser sanados com um protótipo, como o de lançar um produto falho ou que não ative demanda de compra. Reduzir perdas de dinheiro: perdas que acontecem ao se investir em um produto que pode conter erros e não ter receptividade no mercado. 18 O protótipo ideal é consequência de uma boa criação e projeção do produto podendo ser elaborador com duas principais finalidades: uma com foco básico mais no funcionamento, e a outra uma aparência mais complexa que, além das funções, tende a avaliar um design mais aproximado do resultado final. Analise de Falhas Entre as atividades industriais que existem para minimizar erros está o FMEA, que em inglês se refere à Failure Mode and Effects Analysis. No Brasil, a sigla foi traduzida como Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos e atua como uma utensílio que tem o objetivo de evitar possíveis problemas durante um processo industrial. Para tal, o método opera uma análise das possíveis falhas que podem acontecer em componentes e gerar um efeito sobre a função de todo o conjunto. Desse modo, são analisadas as imperfeições potenciais e orientações de ações de melhoria para o desenvolvimento do produto ou do processo. O FMEA faz uso, em consequência, da prevenção, ao detectar falhas antes mesmo que elas ocorram. Em particular, o FMEA serve para reduzir ou até mesmo eliminar a evento de falhas em produtos e processos, similarmente como evitar as suas consequências. Porem não é só isso, indiretamente, a ferramenta serve para minimizar custos para a empresa, sendo que a metodologia pode também reduzir a quantidade de matéria prima utilizada em um processo tornará todo o procedimento mais eficaz. Já que o FMEA está reduzindo as chances do produto ou processo falhar, quem ganha também é o consumidor. Se o item produzido é adquirido pelo consumidor final, ele vai correr um risco menor de adquirir um produto que apresente problemas de fabricação, escapando que tenha que contatar a assistência técnica. Mesmo na ocasião que o serviço terceirizado imediatamente repara e cobre a falha, existe um grau de insatisfação do cliente. Além disso, existem situações em que um produto que pode expor falhas futuras pode colocar em risco a vida dos clientes indiretos, como aviões e aparelhos de hospitais. 19 Registro de Marca/Patente Mais comum do que se imagina, é a inversão dos conceitos de marca e patente. Afinal, as duas estão relacionadas à atividade empresarial, guardando todo o seu conteúdo criativo, inovador, diferenciador que é englobado pela propriedade intelectual. E,além disso, é parte importante do patrimônio imaterial de uma empresa. Marca talvez seja a mais conhecida dos conjuntos de propriedade intelectual e está presente por todos os lados, onde quer que nossos olhos alcancem. Na verdade, essa é exatamente uma das características da marca, ser um sinal distintivo por excelência. Essencialmente, a marca serve para reconhecer e distinguir produtos e serviços no mercado, possibilitando que o consumidor crie um vínculo – até afetivo – com aquela marca que identifica aquele produto (ou serviço) que lhe agrada. A marca também cria um elo de identificação de origem, possibilitando assim que usuários identifiquem rapidamente o fabricante ou prestador de serviço. Quer dizer, que em seu surgimento a marca tinha a função de fazer alusão a indicação de origem ou procedência. Desse modo, muitos formatos podem ser considerados marcas, como expressões, imagens etc. No Brasil, ao contrário do que pode acontecer em outros países do mundo, somente as marcas visualmente perceptíveis podem ser registradas, o que quer dizer que ainda que você tenha criado um sinal distintivo, como um som ou uma fragrância, não poderá protegê-lo através do registro de marca. O registro de uma marca é realizado através do sistema e-marcas, do INPI. Empreendedores que queiram efetuar sua proteção devem apresentar requerimento com os elementos nominativos e figurativos da marca, bem como definir a classe/especificação de atuação em que se deseja proteger a marca. Na atualidade para registrar uma marca os valores variam entre R$ 142,00 e R$ 355,00, a depender da natureza jurídica do solicitante. Os preços mais acessíveis são exercidos para microempresas, microempreendedores individuais e empresas https://www.fgpi.com.br/propriedade-industrial-o-que-e-isso/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost https://conta.mobi/blog/marcas-e-patentes-13-duvidas-e-respostas/ https://www.fgpi.com.br/como-registrar-uma-marca-no-brasil-2/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/marcas/e-marcas?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/marcas/arquivos/marcas-com-portaria-e-brasao.pdf?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost 20 de pequeno porte, como forma de estimulo a sua formalização, inclusive no que diz respeito à propriedade intelectual. Após a permissão, que pode levar um bom tempo, seu prazo de proteção é de 10 anos, renováveis por novos períodos de 10 anos, sucessivamente. A cada renovação, novas taxas se aplicam, mas esse é muito mais um investimento do que um gasto. O termo patente é aplicado para identificar um nome de propriedade sobre uma invenção ou modelo de serventia e, entretanto, não tem nada a ver com MARCA. Assim, a invenção é patenteada e a marca é registrada. A patente é a expressão examinada pelo Estado àquele que inventou algo e que não está compreendido nas proibições da lei. Para que a invenção possa ser patenteada, além do rigoroso e (lamentavelmente) lento processo, é necessário que reúna 03 requisitos fundamentais: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Há por sua vez, a Patente de Modelo de Utilidade, que protege um artefato de uso prático ou mesmo uma parte desse, exibindo uma nova forma ou disposição, que envolva, um ato inventivo e que tenha como consequência uma melhoria funcional no seu uso ou fabricação. A patente distingue da marca por proteger outro tipo de propriedade intelectual do empreendedor. Ela ajuda a para garantir direito de privilégio à exploração comercial de produtos e processos originais, frutos da criatividade e inovação humanas, por tempo determinado. Isto é, não é a denominação da origem ou fabricação de um produto, mas sim uma forma de encorajamento aos inventores de produtos e processos que tenham fins econômicos e relevância para a sociedade. No Brasil, existem as patentes de invenção e as patentes de modelo de utilidade, e seu registro é válido para todo o território nacional. https://www.fgpi.com.br/quanto-custa-e-quanto-tempo-demora-registrar-uma-marca/ https://www.fgpi.com.br/patente/ https://www.fgpi.com.br/marca/ 21 O passo a passo para obter uma patente de invenção é muito mais melindroso e técnico e, como o da marca, é muito recomendado que você seja assessorado por um especialista em marcas e patentes. Sendo assim, será fundamental avaliar a legislação para antes de tudo entender se o que você inventou é patenteável. Em seguida, será essencial realizar uma pesquisa de antecessores, para confirmar que não há nada igual já patenteado ou solicitado. E atenção, diferente da marca, a novidade aqui deve ser mundial, o que exige, portanto uma pesquisa muito mais complexa e detalhada. Um vez passada por essas fases, você terá que realizar o pedido, mas antes preenchendo os formulários disponíveis no INPI, que requer conhecimento técnico específico. É necessário aprontar um resumo da invenção, um relatório, as reivindicações e possivelmente desenhos técnicos. Com tudo isso alinhado, é recolher as taxas e protocolar o pedido. Os valores para solicitação do pedido de patente variam de acordo com a natureza jurídica do solicitante, por isso vale a pena checar as taxas mais atualizadas na tabela do INPI. Os valores menores para microempresas, microempreendedores individuais e empresas de pequeno porte seguem a mesma lógica da tabela referente ao registro de marcas. Observados esses aspectos, a carta patente será emitida e somente seu titular poderá explorar aquela invenção, pelo tempo de 20 anos (e 15 anos para modelos de utilidade), desde que mantida a exploração da patente e o pagamento de suas taxas de manutenção. O prazo para isso tudo acontecer pode chegar a 8 anos no Brasil. https://www.fgpi.com.br/saiba-como-proteger-a-sua-invencao http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/marcas/arquivos/tabela-de-retribuicao-de-servicos-de-marcas-inpi-20170606.pdf/view https://www.fgpi.com.br/?p=33467&utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://www.inpi.gov.br/legislacao-arquivo/docs/resolucao_85-13-anexo_diretrizes_mu.pdf?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost http://www.inpi.gov.br/legislacao-arquivo/docs/resolucao_85-13-anexo_diretrizes_mu.pdf?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost 22 Gerenciamento de Projetos É impensável falar sobre Gerenciamento de Projetos sem mencionar o PMI e o PMBOK. PMI é o maior instituto de Gerenciamento de Projetos que temos no mundo. Fundado em 1969, hoje está presente em mais de 170 países e já atestou mais de 260 mil gerentes de projetos. Já o Guia PMBOK é um grupo de boas práticas de gerenciamento. Fazendo que algumas delas se tornaram normativas desde a 6ª Edição, de acordo com a norma ISO 21500. Segundo Guia PMBOK, o Gerenciamento de Projetos é a execução de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às tarefas do projeto a fim de atender as suas primícias. Quando falamos em conhecimento, falamos dos métodos aplicados para gerenciar projetos. Já as aptidões são as aplicações do conhecimento na prática, e as ferramentas e técnicas são o Guia PMBOK e outras metodologias utilizadas nessa área. 1. Gerenciamento de Integração É no Gerenciamento da Integração que tudo inicia. É nesta etapa que começa um projeto, da necessidade corporativa ou demanda de mercado. Área mais importante do Gerenciamento de Projetos. Ela garante a integração entre todas as entradas do projeto, que são os cronogramas, recursos e demandas. Para atestar isso, é proposta a unificação, consolidação, articulação e ações integradoras. Um dos objetivos essenciais dessa área é otimizar o cronograma do projeto. Isto é, tentar conferir o projeto no menor tempo plausível, desde que a execução seja realizada com qualidade. Como todas as outras áreas do projeto serão integradas pelo Gerenciamento da Comunicação, a integração entre as áreas tambémbeneficia a redução de custos, uma vez que a comunicação entre todas as partes envolvida no processo será feita com maior eficiência. O Gerenciamento da Integração também aprimora a otimização de recursos. 23 2. Gerenciamento do Escopo Ao falarmos da estrutura do projeto, a primeira parte é o Gerenciamento do Escopo. Temos Escopo do Produto e o Escopo do Projeto. O primeiro refere-se à explicação detalhada de como é o produto. O segundo relata qual será o trabalho indispensável para produzir o produto. Quem define e detalha o produto é o cliente. Então, faça uma reunião com ele e com as partes empenhadas no projeto para que sejam adquiridos os requisitos. Tenha muito cuidado, pois essa parte é crucial para o sucesso do projeto, ou seja, se os requisitos não forem atendidos, o projeto será um fracasso. Agora que você tem as informações em mãos, é hora de escrever o escopo do projeto 3. Gerenciamento de Cronograma É um dos gerenciamentos mais importantes do projeto. Logo a relevâcia deve ser quadriplicada para que todos os prazos sejam cumpridos. O Gerenciamento de Cronograma engloba os processos que certificam a execusão do projeto dentro do prazo. É nessa etapa que se determina quem faz como será feito e qual a plataforma que será utilizada. Para a concepção do cronograma, a empresa pode selecionar se o mesmo será elaborado através de uma planilha de papel ou por meio de um instrumento informatizado, como Microsoft Excel, ou ainda melhor para esse tipo de tarefa, o Microsoft Project. 4. Gerenciamento de Custos O Gerenciamento de Custos é formado de todos os processos que cercam estimativas e orçamentos do projeto. Essa etapa também irá constituir o planejamento do Gerenciamento do Projeto realizado na área de conhecimento Gerenciamento da Integração. Neste estágio de um projeto, a equipe envolvida já tem ciência de quais são as serviços e os recursos envolvidos, logo é fundamental saber de onde virá o investimento do projeto. Isto significa, cabe aos responsáveis pelo gerenciamento de custos terem a segurança sobre as despesas do projeto serão sanadas por um único cliente ou se a corporação que irá desenvolver o mesmo precisará de algum suporte externo. Caso tenha a necessidade de um financiamento, é fundamental definir se a busca de financiamento ocorrerá através 24 de bancos ou por meio de parceiros. Dessa forma, no início do projeto a área de Gerenciamento de Custos irá definir as regras. Sendo elas para o levantamento de capital ou do acompanhamento e controle da utilização desses recursos. 5. Gerenciamento da Qualidade A Gestão da Qualidade deverá ser uma de suas diretrizes a prevenção ao invés da correção. Do momento em que a equipe de Gerenciamento de Projetos se atenta com a prevenção de erros, o planejamento corre conforme o esperado e, como resultado, com maior qualidade. Desta maneira, a norma ISO:9001 salienta a importância do nível hierárquico da gerência na garantia e no controle da qualidade. Por dentro do Gerenciamento de Projetos, é essencial que todos tenham seus tarefas bem definidos e que todos estejam atentos à qualidade do projeto. A Melhoria Contínua também é imprescindível para a qualidade de um projeto. Essa teoria nos mostra que os nossos processos podem a cada dia chegar um novo nível de excelência e concomitante a isso, uma maior qualidade. 6. Gerenciamento de Recursos O Gerenciamento de Recursos denomina a função dos membros da equipe. Na construção de um prédio, por exemplo, essa parte demonstra o que será realizado pelo analista de projetos, pelo engenheiro civil e também pelo estagiário. As responsabilidades, o que cada colaborador deve entregar, fazem parte do processo de gerenciamento de recursos. Em um projeto, dois funcionários podem ter a mesma função, porém as entregas podem ser diferentes. 7. Gerenciamento das Comunicações Para que um projeto seja executado com êxito, é fundamental a comunicação entre todas as partes. Sendo assim, o principal objetivo dos processos de planejamento das comunicações é organizar uma comunicação palpável. E, para que esse processo seja otimizado, o gerente de projetos deve responder a algumas perguntas, como: 25 Quem precisa desse conhecimento? Quando sabemos quem precisa desses conhecimentos é possível enviar as mesmas apenas para aquela pessoas. Isso evita com que outras áreas recebam informações estratégicas ou desnecessárias. Qual o fuso-horário e o idioma dos envolvidos no projeto? Quando não se sabe qual é o fuso-horário pode se enviar um e-mail no momento de descanso do destinatário, se o objetivo é o de obter uma resposta rápida, o mesmo não será atingido. Pode acontecer também com o idioma, o gerente de projetos deve saber o seu receptor. Se ele enviar a mensagem em um idioma que o outro não conheça, haverá uma grande barreira na comunicação. 8. Gerenciamento das partes interessadas Na hora de executar do planejamento do projeto, deve estar claro quem é a equipe do projeto, quais serão os agentes externo e como a comunidade será impactada com o mesmo. Em uma obra pública, por exemplo, a população com certeza será impactada. Seja com o transtorno no trânsito, a sujeira que a obra vai trazer ou também com os benefícios que esse novo empreendimento irá trazer. Além disso, um encarregado maior tem que ser denominado, por responder pelo projeto. Pois ele quem terá alto poder e interesse nas decisões tomadas ao longo do projeto. 9. Gerenciamento de Riscos Por menor que seja o risco que alguns possam ser, não se pode negar que cada projeto apresenta um risco diferente para os envolvidos. Dessa maneira, cabe aos encarregados gerenciar os riscos, averiguar as contingências do projeto, a casualidade de algum problema acontecer. 26 10. Gerenciamento das Aquisições O gerente do projeto, em companhia de a sua equipe, faz o escopo, a detalhamento das atividades e listou o indispensável dos recursos necessários para a condução e execução desse projeto. As etapas de gerenciamento das adquirições incluem contratos, documentos legais entre um comprador e um fornecedor. O contrato retrata um acordo que gera obrigações entre as partes e que obriga o fornecedor a cumprir com produtos serviços ou resultados específicos contratados. Esse documento também obriga o comprador a fornecer uma contraprestação monetária ou de outro tipo. Em geral, é função dessa área do gerenciamento de projetos planejarem, conduzir, guiar e encerrar aquisições. 27 CONCLUSÃO O desenvolvimento de produtos é algo complexo, com um número incontável de possibilidades e variáveis e para isso não existe uma “receita de bola” para dar certo. Com as variedades processuais e tecnologias se transformando velozmente, acredito que o numero de produtos/serviços que podem ser explorados são inimagináveis. Empresas e profissionais que ser manterem atualizados, com uma boa gestão de projetos, foco inovador e um bom planejamento estratégico trilharão um belo caminho ao sucesso. 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS UNISALESIANO,”MARKETING DE NOVOS PRODUTOS LANÇAMENTO E INOVAÇÃO”. Disponível em: <http://unisalesiano.edu.br/simposio2011/publicado/artigo0137.pdf> Acessado em: 25/09/2020. WIKIHOW. “Desenvolver-um-Produto.” Disponível em: < https://pt.wikihow.com/Desenvolver-um-Produto >. Acessado em: 25/05/2020. SERASA EXPERIAN, “Desenvolver Novos Produtos”. Disponível em: <https://empresas.serasaexperian.com.br/blog/desenvolver-novos-produtos//> Acessado em: 25/09/2020. WIKIPEDIA, “Desenvolver Novos Produtos”. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Desenvolvimento_de_novos_produtos> Acessado em: 25/09/2020. eesc.usp.br, “Desenvolver Novos Produtos”. 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