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TUTELAS PROVISÓRIAS

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TUTELAS PROVISÓRIAS
São tutelas jurisdicionais não definitivas fundadas em cognição sumaria fundada em um exame menos profundo da causa capaz de levar a prolação de decisões baseadas em juízo de probabilidade e não de certeza, podem fundar-se em evidencia ou em urgência.
PERICULUM IN MORA E FUMUS BONI IURIS.
Características:
Art. 296 CPC – eficácia – conserva durante o processo, e durante a suspensão do processo também (se o magistrado dizer expressamente sobre a suspensão do processo e dos efeitos da tutela, os dois param, se não dizer nada, o processo suspende e a tutela continua produzindo seus efeitos);
Possibilidade de revogação e modificação a qualquer tempo, mas para isso é preciso ter base de novos elementos no processo (juiz fundamentara tudo, se não o fizer será considerado nulo);
Art. 297 CPC – aplicam-se as regras do CPC para cumprir uma decisão que determina tutela provisória, utilizam-se as regras do cumprimento provisório de sentença;
Momento de requerimento – Da tutela de urgência = antecedente (antes da propositura da ação) ou incidental (No decorrer da ação). Da tutela de Evidencia = Apenas incidental (no decorrer da ação); *INCIDENTAL NÃO SOFRE OS EFEITOS DA PRECLUSÃO TEMPORAL, PODEM SER REQUERIDAS A QUALQUER TEMPO;
 Competência – art. 299 CPC = o juízo competente da tutela principal(ação principal) é o competente para analisar pedido de tutela; *PROCESSOS DE COMPETENCIA ORIGINARIA DE TRIBUNAIS E RECURSOS = o pedido de tutela será dirigido diretamente ao órgão responsável pela analise do mérito (relator em caráter monocrático);
Poder tutelar geral do juiz – art.297 CPC – Pode adotar todos os tipos de medidas provisórias, mesmo que não estejam previstas em lei, mas sempre com fundamentação detalhada;
Art. 298 CPC – Motivação das decisões
*PARA TUTELAS PROVISORIAS CABE RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
TUTELAS DE URGENCIA
Art. 294 CPC – divide-se em Cautelar e Antecipada (Satisfativa).
Cautelar = Destina-se a assegurar um futuro resultado útil do processo, nos casos em que uma situação de perigo põe em risco sua efetividade (do processo). PROTEGE PARA EXECUTAR.
Antecipada /Satisfativa = Destina-se a permitir a imediata realização do direito delegado pelo demandante revelando-se adequada em casos nos quais se afigure presente uma situação de perigo iminente para o próprio direito substancial (material). EXECUTA PARA PROTEGER.
Tem dois requisitos comuns para as tutelas de urgência, sejam cautelar ou antecipada:
Periculum in mora = Perigo da demora no processo
Fumus Boni Iuris = probabilidade da existência do direito
A tutela de urgência Antecipada tem um requisito a mais, cumulando três requisitos:
Art. 300 §3º CPC = Requisito negativo que não pode existir = Não pode existir efeitos irreversíveis da tutela, ela precisa poder ser revertida se necessário, e voltar ao status antes da tutela.
*A IRREVERSSIBILIDADE NÃO É ABSOLUTA = tem exceções – Ex: Direito de alimentos, o dinheiro que já foi pago durante os efeitos da tutela vigentes não serão devolvidos.
*LOGICA DA IRREVERSSIBILIDADE = impedir que uma decisão provisória produza efeitos definitivos.
*HÁ CASOS DE IRREVERSSIBILDADE RECIPROCA = Magistrado precisa analisar também, que se ele não conceder a tutela os efeitos também serão irreversíveis. EX: Procedimentos cirúrgicos, quando a pessoa precisa de uma cirurgia senão morre,se a pessoa vir a óbito de que adianta das a prestação jurisdicional com resolução de mérito.
CAUÇÃO
Chamada caução de contra tutela, art. 300 CPC, aplicada nos dois tipos de tutelas de urgência, juiz analisa o caso concreto, pode ser de dois tipos: Real ou Fidejussória, desde que seja idônea, ou seja, possa cobrir os danos possíveis do réu.
Finalidade – proteger a outra parte, medida destinada a acautelar o assim chamado periculum in mora inverso, o perigo de que o demandado sofra em razão da demora do processo, um dano de difícil ou impossível reparação.
É possível que haja a dispensa da caução, se a parte que requereu for hipossuficiente e não puder cobri-la, então nem sempre haverá caução para uma tutela, mas a tutela não poderá deixar de ser concedida apenas por falta de caução se estiver presentes os requisitos necessários para a concessão desta.
*além se aplica o art. 520 do CPC para dispensar a caução.
Art. 300 §2º CPC – Deferimento sem ouvir a parte contraria – inaldita altera part – decisão liminar e também é possível que seja concedido após justificação previa (acontece sempre que a parte precisa para obter a tutela de urgência ouvir prova oral, então é marcado uma audiência de justificação para ouvir as testemunhas, que declararão apenas sobre a tutela e não sobre o mérito)
Art. 301 – A CAUTELAR pode ser efetivada mediante as medidas nominadas nesse artigo e outras alem da lei, aplicando o poder geral de cautela do juiz.
Art. 302 – A parte que pedir a tutela e teve a tutela deferida vai responder pelos danos processuais e por qualquer prejuízo que a efetivação dessa tutela possa causar a outra parte, a tutela provisória gera também responsabilidade civil. O valor dessa responsabilidade será liquidado nesse mesmo processo, não será aberto outro apenas para isso.
TUTELA ANTECIPADA COM CARATER ANTECEDENTE
Uma das espécies da tutela de urgência, tratada a partir do art. 303 CPC.
Nos casos em que não há possibilidade de esperar a convicção do processo, pela demora.
Requisitos = A petição inicial da tutela provisória precisa ter a exposição dos fatos e o direito da lide, e demonstrar o periculum in mora e o fumus boni iuris, e indicar qual vai ser o pedido de tutela final, e já ira estabelecer o valor da causa, levando em consideração o pedido de tutela principal, que será o norte do valor.
Art. 303 §1º CPC – Concedida a tutela o autor terá que aditar a petição inicial – completar o que não deu tempo de colocar pela urgência – em 15 dias ou em outro prazo dado pelo juiz dependendo da complexidade do caso. E então será feita a citação do réu.
Art. 303 §2º CPC – Se não aditar o pedido, o processo será extinto.
Art. 303 §3º CPC – O aditamento será feito nos mesmo autos, sem novas custas processuais.
Art. 303 §6º CPC – Se o juiz entender que não tem os requisitos necessários para a tutela, ele manda emendar em 5 dias, sob pena de indeferimento e extinção sem analise do mérito.
Art. 304 CPC – Estabilidade da tutela com caráter antecedente – Se a tutela for concedido e o réu não propor recurso (agravo de instrumento), a tutela sofre estabilidade antecedente, a incidental não possui esse efeito.
Art. 304 §1º CPC – Se não houver recurso e ocorrer a estabilização da tutela, o processo será extinto sem resolução do mérito, mas os efeitos da tutela continuaram, pois o réu não manifestou interesse em desconstituir a decisão.
Art. 304 §2º §3º §4º §5º e §6º CPC – Mesmo depois de estabilizada, qualquer das partes pode pedir o desarquivamento dos documentos para rever, reformar ou invalidar a tutela concedida, por uma nova ação, no período de 2 anos (prazo decadencial), mas os efeitos serão conservados até decisão em contrario. O prazo de 2 anos decadencial,conta-se apartir da data em que as partes estão cientes da estabilização da tutela. A tutela não se torna coisa julgada, mas é estável, tornando-se IMUTABILIDADE DAS EFICACIAS ANTECIPADAS.
Mas há limites para a estabilização – mesmo que não haja recurso do réu, não haverá estabilização quando:
O réu for citado por edital ou por hora certa
Se tratar de direitos indisponíveis
Processos urgentes preparatórios contra a fazenda pública.
TUTELA CAUTELAR COM CARATER ANTECEDENTE
Requisitos = Petição inicial – art. 305 CPC – fatos e direito, fundamentos da lide, periculum in mora e fumus boni iuris, caso o juiz entenda ser antecipada ele converte no art. 303 CPC automaticamente, utilizando a REGRA DA FUNGIBILIDADE.
Se não houver prova documental suficiente, será marcada audiência de justificação para oitiva de testemunhas, o réu não é intimada, é feita uma produção de provas unilateral.
Se concedida a liminar, o autortem prazo para peticionar ação principal, se não o fizer o processo e as tutelas serão extintos.
Se a liminar for indeferida, o juiz entendeu que ainda não tem os requisitos necessários, mas nada impede que seja deferida mais tarde ou no processo principal, sendo indeferida o réu será intimado para contestar e produzir provas, se não o fizer, tudo o que foi tratado durante a tutela será dado como verdadeiro, se for contestado seguira então o procedimento comum.
Se for deferida e efetivada – o pedido deve ser formulado em 30 dias nos mesmos autos sem novas custas. O Procedimento esta no art. 308 e §§
Art. 309 – cessa a eficácia nas hipóteses dos incisos – se cessar a eficácia a parte autora não poderá renovar o pedido de tutela, a não ser que tenha novos fundamentos.
TUTELA DE EVIDENCIA
Não precisa que seja comprovado o Periculum in mora nem o fumus boni iuris.
Não se destina ao perigo do dano.
A finalidade é promover uma redistribuição do ônus pela demora do processo.
Aplica-se a casos que a probabilidade de que o autor tem a razão do que pede tão alta, ou seja, há a seu favor uma verossimilhança tão intensa que se constada ser um gravame desproporcional ao autor ter que arcar com o peso da demora do processo.
É evidente que o autor tem razão e é muita grande a probabilidade que o autor vá vencer a demanda, então é melhor se antecipar a entrega do direito ou parte do direito para que esse possa se utilizar então o réu também terá que suportar o ônus da demora do processo.
Art. 311 CPC – São as hipóteses de cabimento
E essa tutela se subordina as regras gerais das tutelas, não pode ser irreversível e também há a hipótese de irreversibilidade recíproca, e também pode ser modificada ou revogada.

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