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O Novo Processo Civil
Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015
Profº. Tannus Neto
Por que?
Pra que?
Como?
O processualista João Monteiro aponta lapidar e memorável analogia entre “direito judiciário” ou direito processual civil e a ciência médica (1956, p. 66): 
“... o Direito Judiciário é um instituto medicinal, cuja atividade consiste em opor as regras de direito (o direito no estado fisiológico) às violações das relações de direito (o direito no estado patológico), de modo que se restabeleça a saúde das mesmas relações jurídicas. 
Assim como a fisiologia é o estudo do mecanismo humano em seu estado de integridade ou de saúde, assim também podemos denominar ciência da fisiologia jurídica o estudo do direito em sua abstração legislativa; e bem como a patologia é o estudo das desordens ocorridas no organismo humano ou das moléstias, assim também a patologia jurídica será o estudo das violações das relações de direito. 
E como a terapêutica é o complemento da patologia, faz-se ainda o estudo dos remédios contra aquelas desordens ou moléstias; e então, bem como a terapêutica é a parte da medicina que tem por objetivo o curativo das moléstias, assim a terapêutica jurídica será o estudo dos meios restabelecedores do equilíbrio das relações de direito. Desta ideia vem a natural transição para o Direito das ações”.
A efetivação de um processo justo e efetivo exige conceitos justos e exatos de uma constituição e de um código possíveis, grande experiência adquirida através dos tempos e dos acontecimentos da nação e do mundo globalizado, além dos importantes substratos colhidos da doutrina e da jurisprudência e, acima de tudo, uma boa vontade predisposta a aceitar e a aplicar estas leis.
DA TUTELA PROVISÓRIA
PARTE GERAL – LIVRO “V” – ARTS. 294 a 311.
 - Basicamente, 17 artigos.
 - Teoria geral.
Vacatio legis
Art. 1045. Este Código entra em vigor após decorrido 1 (um) ano da data de sua publicação oficial.
O SINCRETISMO PROCESSUAL
Opinião da doutrina (textos, congressos, simpósios, etc.): Em maior parte, positiva. Misto de entusiasmo e precaução. Necessidade de debate constante.
 
	Houve, pois, avanço quanto à disciplina legal da tutela provisória.
	
	Marcos Destefenni: “O futuro do processo civil”.
Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do processo ajuizado. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002).
O que é sincretismo processual?
	Em linhas gerais, significa a simplificação do processo direcionada à tutela jurisdicional efetiva, adequada e tempestiva.
	Exemplo: art. 273, parágrafo sétimo, CPC/73.
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
A consagração, no novo CPC, da tutela/modelo constitucional do processo.
 	Na atualidade, princípios constitucionais.
	Com o novo CPC, princípios constitucionais, mas, também, infraconstitucionais.
	DUPLA NATUREZA.
Vãs seriam as liberdades do indivíduo, se não pudessem ser reivindicadas e defendidas em Juízo. 
	
	Mas, é necessário que o processo possibilite efetivamente à parte a defesa de seus direitos, a sustentação de suas razões, a produção de suas provas. 
	A oportunidade de defesa deve ser realmente plena, e o processo deve desenvolver-se com aquelas garantias, em cuja ausência não pode existir o “devido processo legal”, inserido em toda Constituição realmente moderna. 
	
	(GRINOVER, Ada Pellegrini. As garantias constitucionais do direito de ação. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1973, pp. 15-16).
Segundo antiga lição do processualista uruguaio Eduardo J. Couture (1974, p. 148): “A tutela do processo se realiza pelo império das previsões constitucionais”.
- FUNDAMENTAÇÃO
- CONTRADITÓRIO
 - AMPLA DEFESA
- PUBLICIDADE
- EFICIÊNCIA
DIGNIDADE HUMANA -
PRIMAZIA DO MÉRITO -
IMPARCIALIDADE -
BOA-FÉ -
RAZOÁVEL DURAÇÃO - DO PROCESSO
https://g1.globo.com/ro/ariquemes-e-vale-do-jamari/noticia/liminar-judicial-ordena-que-der-ro-faca-recuperacao-de-rodovia-em-buritis-ro.ghtml
Liminar judicial ordena que DER-RO faça recuperação de rodovia em Buritis, RO
Ação civil pública foi proposta pelo MP-RO após constatar precariedades na pista. DER-RO diz que RO-460 passará por restauração e ainda será toda recapeada em 2018...
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2018/02/07/interna_politica,740904/lula-tera-dificuldades-para-conseguir-liminar-no-supremo-acredita-min.shtml
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem chances quase nulas de conseguir uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) que suspenda a execução da sentença de prisão do TRF-4. Essa decisão reverteria a negativa do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas não é algo que ocorra, alertou o ministro Gilmar Mendes, do STF. O que se costuma fazer nesses casos é enviar o caso de volta ao tribunal de baixo. Ao mesmo tempo, ele não acredita sequer que haja uma comoção no país, caso Lula acabe preso, tampouco aposta em candidatos que não têm vivência de relação com o Congresso. “De quatro eleitos desde 1988, dois terminaram, e os dois que não terminaram, aparentemente, não tinham vivência na relação com o Congresso”, diz ele.
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/em-1-mes-prefeito-de-paulinia-ignorou-liminar-e-criou-342-cargos-antes-da-troca-de-favores-com-vereadores-diz-denuncia.ghtml
Em 1 mês, prefeito de Paulínia ignorou liminar e criou 342 cargos antes da troca de favores com vereadores, diz denúncia
Prefeitura entrou com recurso para suspender efeito de veto que barrava novas contratações de comissionados em 2017. Parlamentares teriam feito 68 nomeações e votação de CP segue indefinida.
http://www.folhadaregiao.com.br/ara%C3%A7atuba/liminar-isenta-empres%C3%A1rio-de-ara%C3%A7atuba-de-pagar-ipva-1.387685
Uma liminar da Vara da Fazenda Pública de Araçatuba garante temporariamente um empresário da cidade, o direito de não pagar o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotivo) de um carro avaliado em pouco mais de R$ 90 mil. Ele, que é portador de deficiência física, obteve a isenção do tributo no ano passado, mas devido à alteração na legislação, perdeu o benefício neste ano e teria que pagar R$ 3.671,84 do imposto. 
A decisão liminar é do juiz José Daniel Dinis Gonçalves e atende a ação movida pelo advogado Evandro da Silva. Nela, ele argumenta que a Constituição Federal prevê diversas garantias e implementou normas que asseguram a proteção especial às pessoas com deficiência, para suprimir as desvantagens existentes para eles em diversos aspectos da sociedade.
Ainda de acordo com o advogado, a lei estadual 13.296/2008 dispensa do pagamento do IPVA as pessoas com deficiência física que possuem um único veículo por elas conduzido. Entretanto, em outubro de 2017, entrou em vigor a lei 16.498/2017, que limitou a isenção do tributo para veículos avaliados em até R$ 70 mil.
https://g1.globo.com/politica/noticia/ministro-do-stf-derruba-liminar-que-impedia-privatizacao-da-eletrobras.ghtml
Ministro do STF derruba liminar que barrava privatização da Eletrobras
Em janeiro, juiz de Pernambuco havia suspendido parte de medida provisória sobre desestatização. Decisão de Alexandre de Moraes atende a pedido da Câmara.
http://gaz.com.br/conteudos/geral/2018/01/20/111712-estado_obtem_reintegracao_de_posse_de_area_ocupada_pelo_mst.html.php
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE-RS) obteve liminar, nessa sexta-feira, 19, para reintegração de posse de área onde está instalada a Fepagro, em Encruzilhada do Sul. O local foi ocupado por integrantes do Movimento Sem Terra durante a madrugada de sexta. A liminar foi deferida pela Vara Judicial de Encruzilhada do Sul.
De acordo com a decisão, o município de Rio Pardo deve providenciar dentro do prazo de 30 dias local para desocupação voluntária, assegurando o direito à moradia das cerca de 250 famílias que ocupam a área.
Tridimensionalidade?
CAPÍTULO I
DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DOPROCESSO CIVIL
Art. 1º. O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.
PREÂMBULO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
Lex superior derogat legi inferiori
O novo CPC consagra, no plano legal, o modelo constitucional de processo (tutela constitucional do processo, visão constitucional do processo ou constitucionalização do processo). 
Nada mais nada menos, do que a submissão das normas processuais infraconstitucionais àquelas de índole constitucional, dado o “caráter fundacional e primazia normativa” da Constituição “como norma superior do Ordenamento Jurídico” (Canotilho, 2003, p. 1147), também evidenciados pelo axioma lex superior derogat legi inferiori.
Incivile est, nisi tota lege perspecta, una aliqua particula ejus proposita, judicare, vel respondere – “é contra o Direito julgar ou emitir parecer, tendo diante dos olhos, ao invés da lei em conjunto, só uma parte da mesma” (Maximiliano, 2011, p. 105).
Segundo o processualista italiano Andrea Proto Pisani (2014, p. 180), o princípio da demanda subordina o exercício da jurisdição à demanda de um sujeito estranho à atividade jurisdicional, funciona como um limite e condição desta e encontra a sua ratio na exigência de neutralidade e imparcialidade (“nell’esigenza di terzietà ed imparzialità”) do juiz.
Quanto às exceções ao referido princípio, o Código de Processo Civil de 2015 delimita-as em uma série de dispositivos.
Dentre as ordens e medidas de ofício, incluem-se, por exemplo, a restauração de autos (art. 712, NCPC), a alienação judicial de bens (art. 730, NCPC), arrecadação de bens de herança jacente (art. 738, NCPC) e de ausentes (art. 744, NCPC), a determinação de entrega de documentos e dados (art. 772, III, NCPC), o pedido de instauração do incidente de resolução de demandas repetitivas (art. 977, I, NCPC) e a atividade probatória (art. 370, NCPC).
Inafastabilidade do controle jurisdicional – Direito de Ação.
Art. 3º. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
Art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
Fredie Didier Jr. (2016, p. 155) conceitua a palavra “jurisdição” como “a função atribuída a terceiro imparcial (a) de realizar o Direito de modo imperativo (b) e criativo (reconstrutivo) (c), reconhecendo/efetivando/protegendo situações jurídicas (d) concretamente deduzidas (e), em decisão suscetível de controle externo (f) e com aptidão para tornar-se indiscutível (g)”.
Solução consensual de conflitos: tônica do novo CPC.
Art. 3º... § 1º. É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2º. O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3º. A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
A proposta legal de mudança de cultura: Resolução consensual de conflitos x Litigância excessiva.
Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência...
Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:
	I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
ENSINO JURÍDICO: REFLEXÕES NECESSÁRIAS.
BOA-FÉ PROCESSUAL.
Ética e processo
Art. 5º Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. 
Exemplo:
Vistos.
“É bem verdade que os embargos de declaração opostos às fls. 234/235 deveriam ter sido declarados manifestamente protelatórios no despacho de fls.262, pois evidentemente ausentes de qualquer fundamentação para sua oposição, uma vez que, nos termos da lei, cabe ao Tribunal conhecer do agravo retido, caso requerido expressamente em recurso. 
Tal fato poderia levar à ausência de interrupção de prazo para novos recursos (STF, AI-AgR-ED-ED-ED-AgR 241860/SP).
Ocorre que referida decisão acabou por não apontar tal questão explicitamente e, em respeito à boa-fé processual, reconsidero a decisão de fls. 289 e recebo o recurso de apelação interposto às fls. 275 e ss. em seus efeitos legais. 
Às contra razões pelo autor.
Após, remetam-se os autos à Superior Instância.
Int.” 2 de março de 2016.
Flávio Tartuce aponta as virtudes fundantes do instituto:
 
	Voltando à análise do art. 422 do atual Código Civil, o dispositivo consagra a necessidade de as partes manterem, em todas as fases contratuais, sua conduta dentro da mais estrita boa-fé. Como afirma Teresa Negreiros, esse comando legal traz especializações funcionais da boa-fé objetiva: a eqüidade, a razoabilidade e a cooperação. Essas três expressões estão próximas daquelas apontadas por Orlando Gomes: lealdade, confiança e colaboração.
	Portanto, a partir dos ensinamentos de Teresa Negreiros e de Orlando Gomes, pode-se apontar uma relação do princípio da boa-fé objetiva com seis palavras-chave para a compreensão do instituto: lealdade, confiança, eqüidade, razoabilidade, cooperação e colaboração.
	TARTUCE, Flávio. Função social dos contratos: do Código de Defesa do Consumidor ao Código Civil de 2002. Coleção Prof. Rubens Limongi França; v. 2. São Paulo: Método, 2007, p. 216-217.
RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO/ DIREITO A UM PROCESSO SEM DILAÇÕES INDEVIDAS
Art. 4º. As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.
Art. 6º. Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Art. 5º, LXXVIII, CF - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Outros dispositivos constitucionais: artigos 5º, XXXV, LIV, e 37, caput. 
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos com enfoque no direito penal (artigo 14, 3, c) e Convenção Americana de Direitos Humanos com abrangência às demais áreas (Pacto de San Jose da Costa Rica, artigo 8º, 1), inseridos no sistema jurídico pátrio em 1992 pelos Decretos 592/92 e 678/92, respectivamente.
HOFFMAN, Paulo. O direito à razoável duração do processo e a experiência italiana. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/7179. Consulta realizada aos 08/09/2010.
Critérios para apuração da razoável duração do processo
	Deve-se levar em conta os critérios adotados pela Corte Europeia de Direitos do Homem, lembrados por Paulo Hoffman, assim engendrados: 
a) complexidade do caso; 
b) o comportamento das partes; 
c) o comportamento dos juízes, dos auxiliares e da jurisdição interna de cada país, 
para verificação em cada caso concreto sob violação do direito à duração razoável do processo.
Ainda sobre razoável duração do processo.
Qualifica-se, portanto, como instituto de direito processual constitucional e segundo Nery Júnior:
	... possui dupla função porque, de um lado, respeito ao tempo do processo em sentido estrito, vale dizer, considerando-se a duração que o processo tem desde seu início até o final com o trânsito em julgado judicial ou administrativo, e, de outro, tem a ver com a adoção de meios alternativos de solução de conflitos, de sorte a aliviar a carga de trabalho da justiça ordinária, o que, sem dúvida, viria a contribuir para abreviar a duração média do processo.
Dica de leitura
TANNUS NETO, José Jorge. Tempo, razoabilidade e processo. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 2800, 2 mar. 2011.Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/18606>. 
CONTRADITÓRIO
Art. 9º. Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.
	Art. 5º, LV, CF – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
DECISÃO SURPRESA
Isto é: Tem-se reconhecido no poder-dever de o juiz dar conhecimento prévio às partes sobre a existência de questões de ordem pública, a respeito das quais poderá decidir ex officio – para que elas possam, querendo, tomar as medidas que entenderem adequadas –, não somente como decorrência da garantia do contraditório (proibição da decisão-supresa), mas como limite à atividade do juiz no processo. 
	(Princípios do processo na Constituição Federal: processo civil, penal e administrativo. 9. ed. rev., ampl., e atual. com as novas súmulas do STF (simples e vinculantes) e com análise sobre a relativização da coisa julgada. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009, pp. 222-223).
1. O processo civil pátrio labora sob a perspectiva de que os feitos cíveis não devam se assemelhar a um filme de “suspense”, tramas em que, não raro, os envolvidos veem-se, já no apagar das luzes, tomados pela surpresa.
2. Considerada a vertente do contraditório que faculta às partes influir na convicção do magistrado para a solução do caso concreto, resolvê-lo a partir de fundamento “retirado da cartola”, sem que se oferte às partes a possibilidade de, antes da tomada da decisão, ter ciência do mesmo, agride, frontalmente, o direito fundamental ao contraditório.
3. A despeito de tratar-se de matéria que o Estado-Juiz deva manifestar-se oficiosamente, mostra-se imprescindível facultar aos contendores a possibilidade, como regra, prévia, de influenciar na construção da solução judicial do caso concreto. (TORRES, Artur. et. al. Novo Código de Processo Civil Anotado/OAB. Porto Alegre: OAB RS, 2015, p. 30).
CONTRADITÓRIO DIFERIDO
Exceções do art. 9º
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência; 
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III - a decisão prevista no art. 701. 
Ação direta de inconstitucionalidade
	
	Data/Hora: 8/4/2016 - 08:24:40 
	STF - ADI questiona dispositivos do novo Código de Processo Civil O governador do Rio de Janeiro ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5492, com pedido de medida liminar, contra dispositivos da Lei Federal 13.105/2015, que instituiu o novo Código de Processo Civil. Para o estado, as inconstitucionalidades apontadas agridem valores fundamentais albergados pela Constituição da República. Alega que foram “claramente transgredidos os limites em que cabia ao legislador ordinário atuar”.
... Já nos demais artigos questionados (artigos 9º, parágrafo único, inciso II; 311, parágrafo único; 985, parágrafo 2º, e 1.040, inciso IV, e também no artigo 52, parágrafo único), o autor declara que foram desrespeitadas as garantias fundamentais do processo que balizam o devido processo legal, em especial a garantia do contraditório participativo...
	... O governador pede também a declaração de inconstitucionalidade dos dispositivos que versam sobre a concessão liminar de tutela da evidência fundada em precedente vinculante (artigos 9º, parágrafo único, inciso II, e 311, parágrafo único). Em respeito ao contraditório, para o governador, somente a urgência justifica a postergação da oitiva do réu para decisão que causa agravo à sua esfera de interesses... 
A ADI está sob a relatoria ministro Dias Toffoli. Fonte: STF.
FUNDAMENTAÇÃO/MOTIVAÇÃO
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
Art. 93, IX, CF – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
NORMA PRINCÍPIO x NORMA REGRA
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:...
 
	§ 1º. Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
	I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
	II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; 
	III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
	IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
	V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; 
	VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. 
... § 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o objeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as razões que autorizam a interferência na norma afastada e as premissas fáticas que fundamentam a conclusão. 
§ 3º A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé. 
Requisitos da petição inicial
Art. 319.  A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação.
 O deslinde do feito está diretamente ligado ao resultado do processo 0000...8.26.0114, da 2ª Vara da Fazenda Pública (caso se entenda, confirmando-se a sentença, tratar-se de taxa e não de preço público, o serviço não poderá ser interrompido, porém a Fazenda poderá executar o valor devido; caso, ao contrário, seja reconhecida a existência de preço público, prepondera a natureza contratual e pode o serviço ser interrompido na ausência de pagamento). Determino, pois, a suspensão do feito no aguardo do julgamento da apelação naqueles autos, com fundamento no artigo 313, V, a, do Código de Processo Civil. Fls. 190/194: não obstante a tutela de urgência deferida nestes autos, e confirmada em segunda instância, o Município reitera correspondência enviada anteriormente, comunicando a suspensão do serviço, o que caracteriza inequívoco descumprimento da decisão judicial. Arbitro, pois, multa de R$ 1.000,00 (um mil reais) para cada novo ato de descumprimento.
LIVRO V
DA TUTELA PROVISÓRIA
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.
TUTELA DA EVIDÊNCIA NO CPC/73 – POSSESSÓRIAS DE FORÇA NOVA
Da Manutenção e da Reintegração de Posse
Art. 926. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho.
Art. 927. Incumbe ao autor provar:
I - a sua posse;
II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;
III - a data da turbação ou do esbulho;
IV - a continuaçãoda posse, embora turbada, na ação de manutenção; a perda da posse, na ação de reintegração.
Art. 928. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, sem ouvir o réu, a expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração; no caso contrário, determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer à audiência que for designada.
Note-se: expressão “urgência” e não “emergência”.
TUTELA DE URGÊNCIA
1) CAUTELAR (conservativa)
2) ANTECIPADA (satisfativa)
Observações: a) Ambas, espécies do mesmo gênero; b) A antecipação de tutela nem sempre tem por fundamento a urgência.
Uniformização terminológica. Exclusão de expressões dúbias, tais como, dano irreparável ou de difícil reparação e prova inequívoca. Fim da discussão sobre fumaça do bom direito e prova inequívoca.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
Pressuposto comum:
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
a) probabilidade do direito (cognição incompleta, superficial) e;
b) o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
FIM DA DIVERGÊNCIA SOBRE O CONCEITO DE “LIMINAR” – PONTO DE VISTA PRAGMÁTICO
§ 2º. A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
É possível demonstrar o perigo da demora no caso da tutela da evidência?
DA TUTELA DA EVIDÊNCIA (OU SEM URGÊNCIA)
	Art. 311.  A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando...
Extinção da ação de depósito como procedimento especial
DA TUTELA DA EVIDÊNCIA
JÁ PREVISTA NO CPC/73
	I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
	III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
Enunciado 34 – FPPC
(art. 311, I) Considera-se abusiva a defesa da Administração Pública, sempre que contrariar entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa, salvo se demonstrar a existência de distinção ou da necessidade de superação do entendimento. (Grupo: Tutela Antecipada) 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
Subdivisão: tutela de evidência liminar e não liminar.
DA TUTELA DA EVIDÊNCIA
NOVAS HIPÓTESES
	II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
	
	IV – a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
DA TUTELA DA EVIDÊNCIA DEFINITIVA
Do Julgamento Antecipado Parcial do Mérito
Art. 356.  O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:
I - mostrar-se incontroverso;
II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.
	§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.
	§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.
§ 4o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz.
§ 5o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento.
IMPORTANTE!
MUDANÇA DO CONCEITO DE SENTENÇA NO NOVO CPC?
Art. 354.  Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença.
Parágrafo único.  A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento.
A tutela antecipada em processo preparatório (antecedente), com possibilidade de estabilização!
MOMENTO PARA SE PLEITEAR A TUTELA PROVISÓRIA
Art. 294, Parágrafo único.  A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
DEFERIMENTO DA TUTELA PROVISÓRIA
a) LIMINAR;
b) DEPOIS DO PRAZO DA CONTESTAÇÃO;
c) NA SENTENÇA;
d) NA FASE RECURSAL;
e) NA FASE DE LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA, ESPECIFICAMENTE A TUTELA CAUTELAR;
f) NA FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, ESPECIFICAMENTE A TUTELA CAUTELAR
REDAÇÃO MAIS COMPLETA!
Art. 1.012.  A apelação terá efeito suspensivo.
	§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
	V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
REDAÇÃO (CPC/73):
Art. 520. A apelação será recebida em seu efeito devolutivo e suspensivo. Será, no entanto, recebida só no efeito devolutivo, quando interposta de sentença que: 
	VII - confirmar a antecipação dos efeitos da tutela
A TUTELA PROVISÓRIA NO ÂMBITO DOS TRIBUNAIS
Art. 1012. § 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
	I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
	II - relator, se já distribuída a apelação.
EM CARÁTER PREPARATÓRIO DEPENDE DO PAGAMENTO DE CUSTAS!
O CARÁTER INCIDENTAL DA TUTELA PROVISÓRIA
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas.
Art. 296.  A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único.  Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
TÉCNICA LEGISLATIVA RECOMENDADA!
EFETIVAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA
Art. 297.  O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único.  A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
E mais:
Art. 519.  Aplicam-se as disposições relativas ao cumprimento da sentença, provisório ou definitivo, e à liquidação, no que couber, às decisões que concederem tutela provisória.
RESPONSABILIDADE PELA EFETIVAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA
Art. 302.  Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
	I - a sentença lhe for desfavorável;
	II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; Responsabilidade subjetiva?
	III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
	IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
	Parágrafo único.  A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível. (SINCRETISMO).
MOTIVAÇÃO OU FUNDAMENTAÇÃO?
Art. 298.  Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso.
Pedido cautelar via simples petição no tribunal
COMPETÊNCIA
Art. 299.  A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único.  Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.
Art.932.  Incumbe ao relator:
	... II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
ENUNCIADOS DO FÓRUM PERMANENTE DE PROCESSUALISTAS CIVIS
ENUNCIADO Nº 28 (CANCELADO)
Redação original: “Tutela antecipada é uma técnica de julgamento que serve para adiantar efeitos de qualquer tipo de provimento, de natureza cautelar ou satisfativa, de conhecimento ou executiva”. (Grupo: Tutela Antecipada) 
Carta de Vitória – FPPC
O enunciado foi formulado com base na versão da Câmara dos Deputados, aprova- da em 26.03.2014; na versão final do CPC-2015. Na redação, final, o termo “tutela antecipada”, tal como constava da versão da Câmara, foi substituído por “tutela provisória”; de outro lado, o termo “satisfativa”, que constava da versão da Câmara, foi substituído por “antecipada”. 
22 Redação original: “Tutela antecipada é uma técnica de julgamento que serve para adiantar efeitos de qualquer tipo de provimento, de natureza cautelar ou satisfativa, de conhecimento ou executiva”. (Grupo: Tutela Antecipada) 
23 O enunciado foi formulado com base na versão da Câmara dos Deputados, aprovada em 26.03.2014; na versão final do CPC-2015, a redação do dispositivo foi alterada. Na redação, final, o termo “tutela antecipada”, tal como constava da versão da Câmara, foi substituído por “tutela provisória”; de outro lado, o termo “satisfativa”, que constava da versão da Câmara, foi substituído por “antecipada”. 
ENUNCIADO Nº 29
A decisão que condicionar a apreciação da tutela antecipada incidental ao recolhimento de custas ou a outra exigência não prevista em lei equivale a negá-la, sendo impugnável por agravo de instrumento.
ENUNCIADO Nº 30
O juiz deve justificar a postergação da análise da liminar da tutela antecipada de urgência sempre que estabelecer a necessidade de contraditório prévio
ENUNCIADO Nº 141
O disposto no art. 299, caput, CPC, aplica-se igualmente à decisão monocrática ou colegiada do Tribunal [art. 298 do novo CPC]
ENUNCIADO Nº 142
Da decisão monocrática do relator que concede ou nega o efeito suspensivo ao agravo de instrumento ou que concede, nega, modifica ou revoga, no todo ou em parte, a tutela jurisdicional nos casos de competência originária ou recursal, cabe o recurso de agravo interno nos termos do art. 1034 do CPC [art. 1021 do novo CPC]
ENUNCIADO Nº 143
A redação do art. 301, caput, superou a distinção entre os requisitos para a tutela cautelar e para a tutela satisfativa de urgência, erigindo a probabilidade e o perigo na demora a requisitos comuns para a prestação de ambas as tutelas de forma antecipada [art. 300 do novo CPC]
ENUNCIADO Nº 217
A apelação contra o capítulo da sentença que concede, confirma ou revoga a tutela antecipada da evidência ou de urgência não terá efeito suspensivo automático
DA REGRA À EXCEÇÃO
IRREVERSIBILIDADE (TUTELA DE URGÊNCIA)
Art. 300. § 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
CAUÇÃO
Art. 300, § 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
Superior Tribunal de Justiça
	AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 945.769 - MT (2007/0195655-0)
	... 1. A exigência de caução é ato discricionário do juiz, o qual avaliará sua idoneidade e se ela comporta a cobertura do risco de dano, caso vencido o autor e ao réu advierem prejuízos decorrentes da execução da medida previamente deferida...
	Publique-se.
	Brasília (DF), 15 de março de 2011.
	Ministro Luis Felipe Salomão
	Relator
Por que se fala no fim da autonomia das cautelares no novo CPC?
PRÓXIMOS CAPÍTULOS:
MEDIDAS CAUTELARES NO NOVO CPC
TUTELA DE URGÊNCIA CAUTELAR
Art. 301.  A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito. 
(A crítica de Cássio Scarpinella Bueno)
	CPC/73 - CAPÍTULO II
DOS PROCEDIMENTOS CAUTELARES ESPECÍFICOS
	
	Seção I
	Do Arresto
	Art. 813. O arresto tem lugar:
	I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado;
	II - quando o devedor, que tem domicílio:
	a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente;
	b) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou lesar credores;
	III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidas;
	IV - nos demais casos expressos em lei.
CPC/73. Art. 814. Para a concessão do arresto é essencial:         
	I - prova literal da dívida líquida e certa;      
	II - prova documental ou justificação de algum dos casos mencionados no artigo antecedente.  
	Parágrafo único. Equipara-se à prova literal da dívida líquida e certa, para efeito de concessão de arresto, a sentença, líquida ou ilíquida, pendente de recurso, condenando o devedor ao pagamento de dinheiro ou de prestação que em dinheiro possa converter-se.      
LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973.
Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências. 
... Art. 247 - Averbar-se-á, também, na matrícula, a declaração de indisponibilidade de bens, na forma prevista na Lei. (incluído pela Lei nº 6.216, de 1975)
ENUNCIADO Nº 31
O poder geral de cautela está mantido no novo CPC
Doutrina italiana – herança de Liebman
O fim da autonomia do processo cautelar?
NOVO CPC: Concepção tradicional de instrumentalidade do processo cautelar.
NATUREZA TEMPORÁRIA E NÃO PROVISÓRIA;
AUTONOMIA E AUSÊNCIA, EM TESE, DE PERIGO DA DEMORA
MEDIDA CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTO
CAUÇÃO DE DANO INFECTO
Prevista no artigo 1281 do CC:
Art. 1.281. O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de DANO IMINENTE, exigir do autor delas as necessárias GARANTIAS contra o prejuízo eventual.
É de natureza satisfativa, prevista no direito de vizinhança.
Pode-se exigir do vizinho a caução, se houver a possibilidade de causar dano. 
No caso de ocorrer o dano, este já estará caucionado.
É uma prevenção.
Resquício da antiga fungibilidade. Fungibilidade restrita?
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE
Art. 305.  A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único.  Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
TUTELA CAUTELAR NÃO SE ESTABILIZA
Leitura da regra do novo art. 231, CPC
Art. 306.  O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.
Art. 231.  Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
	I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
	II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
	III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;
	IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
	V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimaçãoou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
	VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;
	VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
	VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.
Ideia de sincretismo: Por que?
Parágrafo único.  Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.
Art. 308.  Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
	§ 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
	§ 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
	§ 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.
§ 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Art. 309.  Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
	I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
	II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
	III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
	Parágrafo único.  Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.
	Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
A Ligação entre o contraditório eventual e o Direito Premial
Técnicas do contraditório
1) PRÉVIO;
2) DIFERIDO;
3) EVENTUAL
A TUTELA ANTECIPADA E A TÉCNICA MONITÓRIA
A ESTABILIZAÇÃO DA TUTELA ANTECIPADA
CARÁTER ANTECEDENTE 
Art. 303.  Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
A lógica do novo CPC (trecho da exposição de motivos):
... Pretendeu-se converter o processo em instrumento incluído no contexto social em que produzirá efeito o seu resultado. Deu-se ênfase à possibilidade de as partes porem fim ao conflito pela via da mediação ou da conciliação.21 Entendeu-se que a satisfação efetiva das partes pode dar-se de modo mais intenso se a solução é por elas criada e não imposta pelo juiz...
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
§ 2o Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito...
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6o Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
A estabilização da tutela antecipada afasta a necessidade de aditamento da inicial
ESTABILIDADE DA TUTELA ANTECIPADA
Art. 304.  A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2o.
Há necessidade ou não de sentença no procedimento da tutela antecipada requerida em caráter antecedente com vocação à estabilidade, uma vez não interposto recurso pelo réu, observando-se, ainda, o disposto no parágrafo primeiro do art. 304 do novo CPC?
DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DO ÔNUS DA PROVA – regra de saneamento e não de julgamento
Ônus da prova na “demanda invertida”?
Art. 373.  O ônus da prova incumbe:
	I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
	II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
	§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
	§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o.
§ 6o A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2o deste artigo.
Questões:
Basta o recurso para desestabilizar a tutela antecipada?
Cabível o procedimento da estabilização nos casos das tutelas de evidência, passíveis de concessão inaudita altera parte?
E a remessa necessária (lacuna)?
O pedido de suspensão formulado pelo Poder Público pode desestabilizar a tutela antecipada?
	CAPÍTULO IX
DA RECLAMAÇÃO
	Art. 988.  Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:
	I - preservar a competência do tribunal;
	II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;
	III - garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
	IV - garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência.
	§ 1o A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir.
... § 6o A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação.
Art. 992.  Julgando procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada à solução da controvérsia.
www.stf.jus.br
	Reclamação constitucional garante a preservação da competência do STF
	A Reclamação(RCL) é um instrumento jurídico com status constitucional que visa preservar a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) e garantir a autoridade de suas decisões. Originalmente, ela é fruto da construção jurisprudencial do STF que, com o decorrer do tempo, foi sendo incorporada ao texto constitucional (artigo 102, inciso I, alínea “i”, da Constituição Federal).
	Regulamentado pelo artigo 13 da Lei 8.038/1990 e pelos artigos 156 e seguintes do Regimento Interno da Corte (RISTF), o instituto pertence à classe de processos originários do STF – ou seja, deve ser ajuizada diretamente no Tribunal, a quem cabe analisar se o ato questionado na ação invadiu competência da Corte ou se contrariou alguma de suas decisões.
	Art. 102. CF. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
	I - processar e julgar, originariamente:
	l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
LEI Nº 8.437, DE 30 DE JUNHO DE 1992.
	Dispõe sobre a concessão de medidas cautelares contra atos do Poder Público e dá outras providências.
...
Art. 4° Compete ao presidente do tribunal, ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso, suspender, em despacho fundamentado, a execução da liminar nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento do Ministério Público ou da pessoa jurídica de direito público interessada, em caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.
Art. 496.  Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
	I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
	II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
	§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
Dica de leitura: 2008 - 2012
Doutorado em Direito 
Universidade do Estado do Rio de Janeiro 
Título: Coisa julgada e preclusões dinâmicas:entre continuidade, permanência e transição entre posições processuais estáveis (Antonio do Passo Cabral).
AS ESTABILIDADES PROCESSUAIS:
a) Preclusões;
b) Tutela antecipada estabilizada;
c) Coisa julgada;
CRÍTICAS
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
“Novidade”: Negócio jurídico processual!
ENUNCIADO Nº 32: Além da hipótese prevista no art. 305, é possível a estabilização expressamente negociada da tutela antecipada de urgência satisfativa antecedente [art. 304 do novo CPC]
ENUNCIADO Nº 33: Não cabe ação rescisória nos casos de estabilização da tutela antecipada de urgência
Art. 190.  Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.
	Parágrafo único.  De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
Art. 191.  De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.
	§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
	§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
EXERCÍCIOS
Questões dissertativas:
 
 
	1) Cite exemplos de aplicação prática do princípio da razoável duração do processo, justificando a resposta.
	2) Quais são as espécies de tutela de urgência? Explique-as.
	3) Por que a decisão que defere tutela antecipada com vocação à estabilização não pode ser impugnada por ação rescisória?
	4) O artigo 9º do novo Código de Processo Civil dispõe: Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. Em matéria de tutela provisória, a regra, todavia, admite exceção? Cite, ao menos, uma, justificando a resposta. 
Múltipla escola
	1) Sobre tutela provisória e sincretismo processual é correto afirmar:
 
	a) Tutela provisória não tem nenhuma relação com sincretismo processual.
	b) A aplicação do sincretismo processual se limita às hipóteses de tutela provisória.
	c) Sincretismo processual não se encontra contemplado, de modo, implícito no novo Código de Processo Civil, principalmente nos artigos que tratam da tutela provisória.
	d) A tutela provisória, no novo Código de Processo Civil, foi, também, inspirada no sincretismo processual, pois, além da simplificação da matéria, destina-se a proporcionar a entrega do bem da vida postulado em juízo com maior rapidez.
	2) Sobre a tutela antecipada vocacionada à estabilização é correto afirmar:
	a) O Código de Processo Civil de 1973 já previa o instituto, ou seja, a possibilidade de estabilização da tutela antecipada.
	b) A decisão que defere a tutela antecipada tendente à estabilização produz coisa julgada material.
	c) A decisão que defere a tutela antecipada tendente à estabilização é impugnável por recurso de apelação.
	d) A tutela antecipada se estabiliza, caso não haja recurso por parte do réu.
	3) Sobre a tutela constitucional ou modelo constitucional do processo é correto afirmar:
	a) Os princípios constitucionais aplicáveis ao processo não estão contemplados no novo Código de Processo Civil.
	b) O princípio da razoável duração do processo não tem aplicação prática.
	c) O juiz pode condicionar a apreciação do pedido de tutela antecipada ao pagamento das custas judiciais iniciais, o que não ofende o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional.
	d) Com o novo Código de Processo Civil, alguns princípios constitucionais processuais, inserindo-se, dentre eles, o princípio da fundamentação, passaram a ter dupla natureza, não só constitucional, mas também infraconstitucional.
	4) Sobre tutela provisória e contraditório é correto afirmar:
 
	a) A concessão da tutela provisória depende, obrigatoriamente, de contraditório prévio.
	b) Somente nos casos de tutela provisória cautelar, o juiz poderá deferir a liminar, ou seja, o pedido cautelar, antes de ouvir o réu.
	c) A tutela provisória concedida inaudita altera parte implica na adoção da técnica do contraditório diferido.
	d) A tutela provisória de urgência concedida inaudita altera parte implica em violação ao princípio do contraditório.
 
	5) No novo Código de Processo Civil, a tutela provisória pode fundamentar-se:
	a) Em urgência ou evidência.
	b)Em urgência, evidência ou incontrovérsia parcial dos pedidos.
	c) Em urgência, evidência ou manifesto propósito protelatório do réu.
	d) Em urgência, evidência ou ausência de recursos financeiros para custear os encargos pecuniários decorrentes do processo.
	6) Sobre a tutela antecipada da evidência, assinale a alternativa incorreta:
	a) Trata-se de instituto novo trazido pelo novo Código de Processo Civil.
	b) Trata-se de instituto que já existia, embora sem essa denominação, no Código de Processo Civil de 1973.
	c) A tutela antecipada de evidência independe do pressuposto periculum in mora.
	d) No novo Código de Processo Civil, a ação de depósito como procedimento especial foi extinta, o que não impede o ajuizamento dela pelo rito comum ordinário, incluindo-se, por exemplo, na inicial, pedido de tutela antecipada de evidência de natureza reipersecutória, fundado, necessariamente, em prova documental.
 
	7) Sobre o novo Código de Processo Civil, assinale a questão correta, completando a frase: A apelação terá...
	a) Efeito suspensivo e devolutivo, caso a sentença defira a tutela provisória.
	b) Efeito translativo, caso a sentença revogue a tutela provisória.
	c) Efeito suspensivo automático, caso a sentença confirme a tutela provisória.
	d) Efeito meramente devolutivo, caso a sentença confirme, conceda ou revogue a tutela provisória.
	8) Sobre a  tutela cautelar e a tutela antecipada no novo Código de Processo Civil é correto afirmar:
	a) Os requisitos para a concessão de uma ou de outra permaneceram os mesmos do Código de Processo Civil de 1973.
	b) Os requisitos da tutela cautelar passaram a ser a prova inequívoca das alegações e o perigo da demora.
	c) Os requisitos da tutela antecipada passaram a ser plausibilidade das alegações e perigo de dano ao resultado útil do processo.
	d) A tutela antecipada e a tutela cautelar passaram a ter requisitos comuns, nomeadamente a probabilidade e o perigo da demora.
 
	9) Sobre a caução e a tutela de urgência no novo Código de Processo Civil é incorreto afirmar:
 
	a) O juiz não pode dispensar a caução quando concede liminarmente a tutela de urgência, sob pena de causar prejuízo à parte contrária.
	b) A exigência de caução, real ou fidejussória, constitui ato discricionário do juiz.
	c) O juiz pode dispensar a caução, havendo fortes indícios de que o suposto credor de duplicata mercantil, emitiu o referido título de crédito sem fundamento em um negócio jurídico celebrado com o devedor, autor da medida cautelar de sustação de protesto.
	d) A caução pode ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
	10) No novo Código de Processo Civil, sobre o pedido de estabilização da tutela antecipada é incorreto afirmar:  
	a) O pedido pode ser formulado via simples petição.
	b) O pedido deve ser formulado em ação própria.
	c) Concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a inicial a fim de completá-la com mais argumentos, documentos e pedido de confirmação da tutela final no prazo de quinze dias ou em prazo maior fixado pelo juiz, mas o aditamento, embora determinado por lei, será desnecessário caso o réu não recorra da liminar.
	d) Estabilizada a tutela antecipada, o processo independe de prolação de sentença.
	11) Contra a decisão interlocutória que defere ou indefere pedido de tutela provisória, cabe:
 
	a) Somente pedido de reconsideração.
	b) Apelação.
	c) Agravo de instrumento.
	d) Propositura, dentro de dois anos contados da ciência de decisão, de ação de revisão, modificação ou invalidação.
	12) Sobre o conceito de sentença no novo Código de Processo Civil é correto afirmar:
	a) Sentença é ato do juiz que põe fim ao processo.
	b) Sentença é decisão una com ou sem resolução de mérito.
	c) Sentença é decisão cujo conceito deverá ser revisto pela doutrina e jurisprudência, notadamente em razão da possibilidade de haver, no curso do processo, decisão definitiva parcial do mérito.
	d) Está mantido o princípio da unicidade da sentença.

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