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FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM ESTÁCIO BELÉM ALDEIN FREITAS, HILLEANDRO TEIXEIRA E MONIK SCARLETH ENTROPIA E TERMODINÂMICA DAS SOLUÇOES BELÉM-PARÁ NOVEMBRO/2017 FACULDADE ESTÁCIO DE BELÉM ESTÁCIO BELÉM ALDEIN FREITAS, HILLEANDRO TEIXEIRA E MONIK SCARLETH ENTROPIA E TERMODINÂMICA DAS SOLUÇOES Trabalho apresentado ao Prof.ª André Sarmento Disciplina: Termodinâmica Turma: 3001 Turno: Noite BELÉM-PARÁ NOVEMBRO/2017 SUMÁRIO Introdução ..................................................................................... 1 1. Entropia ................................................................................................................2 1.1Diagrama de fases ..................................................................................................... 3 1.2 Desigualdade de Clausius ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,....................... 4 1.3 Terceiro princípio da Termodinâmica ....................................................................... 5 1.4 Variação de Entropia em gases ideais ........................................................................ 6 2. Termodinâmica das Soluções .................................................................... .7 2.1 Propriedades Parciais molares ................................................................................ 8 2.2 Solução Ideal ........................................................................................................... 9 2.3 Solução Real e o conceito de atividade ...................................................................... 10 2.4 Lei de Rauolt e Lei de Henry ....................................................................................... 11 2.5 Afastamento da idealidade ............................................................................................. 12 3. Conclusão ........................................................................................... 13 4. Bibliografia ..........................................................................................14 INTRODUÇÃO Termodinâmica é o ramo da física que estuda as relações entre calor, temperatura, trabalho e energia. Abrange o comportamento geral dos sistemas físicos em condições de equilíbrio ou próximas dele. A energia pode apresentar-se na natureza sob diversas formas, mas, exceto no caso da energia hidráulica e eólica, deve ser transformada em trabalho mecânico por meio de máquinas, para ser utilizada pelo homem. A termodinâmica nasceu justamente dessa necessidade, e foi o estudo de máquinas térmicas que desenvolveu seus princípios básicos. Sabemos que a Termodinâmica, também denominada de termologia, tem diversas aplicações. Com isso ela consegue descrever tantas situações simples como situações complexas, fazendo uso de uma pequena quantidade de variáveis. As variáveis que a termodinâmica utiliza para descrever diferentes situações são temperatura, pressão, volume e número de mols. Neste trabalho abordamos de forma especifica e abrangente todos os seus aspectos e aplicabilidades. 1- ENTROPIA A Entropia é uma função de estado extremamente importante. O conceito de entropia é crucial para entender a segunda lei da termodinâmica. Existem duas maneiras de introduzir o conceito de entropia microscopicamente e macroscopicamente. A disponibilidade de um sistema para realizar trabalho útil e chamada, em termodinâmica, entropia (conteúdo de transformação) e as variações de entropia de um sistema são medidas como segue: em todo processo reversível o aumento de entropia de todo sistema participante do processo e igual ao calor absorvido por este sistema dividido pela sua temperatura absoluta. A expressão da variação entrópica dS para todo o sistema participante do processo que tenha lugar de maneira reversível. Em outras palavras, a entropia dá o nível de energia térmica absorvida pelo sistema. Da mesma forma a definição de entropia segue que em um processo ideal reversível o somatório das variações entrópicas de todos os sistemas participantes do processo e igual a zero. A entropia de um sistema depende unicamente das variáveis de estado e, portanto, temperatura, pressão e volume. A variação entrópica que se verifica em uma transformação de um sistema de um estado inicial a um estado final depende unicamente das variáveis que definem os dois estados e não do trajeto entre dois estados (como caso de energia interna). 1.1 Diagrama de TxS Como se vê na figura a cima e representado por uma área infinitesimal no diagrama T x S. a quantidade de calor trocada numa transformação internamente reversível é calculada por. Que corresponde a área debaixo da curva que representa um processo num diagrama T x S portanto, a área debaixo da curva representa um processo internamente reversível num diagrama T x S, é proporcional à quantidade de calor trocada nesse processo. Se a temperatura permanece constante e igual a Tº durante uma transformação, isto é, nesse caso das transformações isotérmicas. Nas relações anteriores T é a maior temperatura absoluta e, portanto, é sempre positiva. Por isso, a quantidade de calor trocada por um sistema num processo reversível é positiva e se a entropia aumentar e negativa e se a entropia diminuir. 1.2 Desigualdade de Clausius Esta desigualdade diz que num sistema isolado, a entropia do sistema não pode diminuir quando ocorrer uma transformação espontânea. Se o sistema não está isolado a variação de entropia das vizinhanças pode ser calculada como: Onde qirrev é o calor transferido ao meio externo ou absorvido do meio externo realizado irreversivelmente, e Tviz é a temperatura do meio externo. Se o processo é reversível a transferência de calor é realizada reversivelmente. Neste caso: A desigualdade tem a mesma interpretação do enunciado de Kelvin Planck: a igualdade é válida quando não ocorre irreversibilidades internas, e a desigualdade é válida quando irreversibilidades estão presentes. Com isso podemos escrever a desigualdade. 1.3 Terceiro princípio da Termodinâmica (O postulado de Nernst) O terceiro princípio da Termodinâmica, devido a W, Nesnst, afirma: é impossível resfriar qualquer sistema até o zero absoluto. Ou seja, o zero absoluto é inatingível muitas vezes, adiciona-se por um número finito de operações. Para tentar atingir o zero absoluto. A entropia de um cristal perfeito a 0 K é zero. • A entropia varia dramaticamente em uma mudança de fase. • Ao aquecermos uma substância a partir do zero absoluto, a entropia deve aumentar. • Se existem duas formas de estado sólido diferentes para uma substância, a entropia aumenta na mudança de fase do estado sólido. 1.4 Variação da Entropia dos Gases ideais Uma expressão para a variação de entropia de um gás ideal pode ser obtida empregando as relações entre propriedades dos gases ideais, substituindo , a variação diferencial da entropia de um gás ideal torna-se: A variação da Entropia para um processo é obtida pela integração dessa relação entre os estados e final: Uma segunda relação para a variaçãoda entropia de um gás ideal e obtida de modo semelhante substituindo dh= Cp dT e v= RT/P e integrando o resultado é: Os calores específicos dos gases ideais, com exceção dos gases monatômicos, dependem da temperatura, e as integrais não podem ser resolvidas, a menos que a dependência entre Cw, Cp e a temperatura seja conhecida. Mesmo quando as funções CvT e CpT estão disponíveis, a solução de integrais complicadas, sempre que a variação da entropia for calculada, não é pratica, assim resta duas opções razoáveis: efetuar as integrações simplesmente admitindo calores específicos constantes ou revolver as integrais uma vez e tabelar os resultados. 2.0 Termodinâmica das Soluções Vivemos num mundo cheio de misturas de diferentes substâncias: ar, comida, gasolina, etc. Nas atividades diárias de nossa vida, efetuamos uma série de ações que incluem a transferência de substâncias de uma mistura a outra: quando respiramos, o oxigênio do ar dissolve no sangue, e o CO2 deixa o sangue e passa para o ar; no tradicional cafezinho, uma série de materiais solúveis em água são extraídos do pó de café. Em cada uma dessas experiências existe uma transferência de massa de uma fase à outra. Isto só acontece porque, quando duas fases são colocadas em contato, elas tendem a trocar seus componentes até que a composição de cada fase atinja um valor constante. Quando isto acontece, dizemos que foi atingido o estado de equilíbrio. A composição de equilíbrio de cada fase pode ser muito diferente, e é esta diferença que nos permite separar misturas por extração, destilação e outras operações de contato de fases. Estas composições de equilíbrio dependem de muitas variáveis, temperatura, pressão, natureza química e concentração inicial das substâncias na mistura. A termodinâmica do equilíbrio de fases procura estabelecer relações entre essas propriedades. 2.1 Propriedades Parciais Molares Uma solução é uma mistura homogênea de espécies químicas. As soluções podem ser gasosas, líquidas ou sólidas. As soluções de dois componentes são chamadas binárias, as de três, ternárias e as de quatro, quaternárias. Em geral, o componente em maior quantidade é chamado de solvente, enquanto que os componentes (um ou mais) presentes em quantidades pequenas são denominados solutos. Entretanto, a distinção entre solvente e soluto é mais utilizada para sólidos dissolvidos em líquidos. Alguns exemplos de soluções são: bronze (solução sólida), soro fisiológico (solução líquida) e ar (solução gasosa). O conceito de propriedade parcial molar é muito importante no estudo de soluções, uma vez que traduz a variação duma determinada propriedade com a composição, temperatura e pressão constantes. Foi G. N. Lewis quem definiu propriedade parcial molar do seguinte modo: se M representa uma propriedade extensiva dum sistema homogéneo, então: ijn,T,P i i n M M (1) representa uma propriedade parcial molar do componente i, no mesmo sistema. Concretizando, se M for, por exemplo, o volume total duma mistura binária contendo n1 moles do componente 1 e n2 moles do componente 2, então os volumes parciais molares V1 e V2 dos componentes 1 e 2, respectivamente, serão dados por: 2 1 1 n,T,P n V V (2) 1 2 2 n,T,P n V V (3) e estão relacionados com o volume total da solução através de: 2211 VnVnV (4) Por transformação das equações (2) e (3) pode obter-se, T,P x V xVV 1 m 2m1 (5) T,P x V xVV 1 m 1m2 (6) expressões que são adequadas ao cálculo dos Vi. Vm é normalmente dado por um polinómio em x2 de grau 3, 3 2 2 22m dxcxbxaV (7) Logo vem: )32( 2222m1 dxcxbxVV (8) )32)(1( 2222m2 dxcxbxVV (9) Há que acentuar o seguinte: embora a propriedade parcial molar do componente i, Mi, se refira a um só dos componentes da mistura, Mi reflete a influência das interações entre i e os restantes componentes da solução. Isto é, Mi depende, não só das variáveis termodinâmicas comuns, mas também da natureza de todos os componentes presentes na mistura. Define-se volume de excesso, VE, através de, id mm E VVV (10) onde VE é uma função da composição usualmente expressa na forma, 21121E )12()12( xCxBAxxV (11) Daqui se pode concluir que, )65)(21()43( 222 2 211 xxCxBAxVV * (12) )56)(12()34( 111 2 122 xxCxBAxVV * (13) A substância A se comporta da mesma maneira nos dois casos? Como seria o comportamento de “A” em soluções com concentrações diferentes? Em geral, as propriedades termodinâmicas dos componentes em solução variam com a composição, porque o ambiente químico de cada tipo de átomo ou molécula muda à medida que a composição se altera. 2.1 Soluções Ideais Solução Ideal: Uma solução de dois componentes A e B é ideal sob o ponto de vista termodinâmico se a Entalpia de mistura é nula e a Entropia de mistura é função exclusiva da fração molar de cada componente: Assim: Qp= Delta H(mistura) = 0 Delta h (mistura) – R(XaLnxa+Xb+Lnxb) Uma solução é definida como ideal no regime de baixa concentração de soluto (isto é a fração molar x2 → 0) na qual o solvente segue a lei de Raoult e sua pressão de vapor é proporcional a fração molar x1. 2.2 Soluções Real e conceitos de atividade (Lei de Raolut, Lei de Henry) A questão que se levanta, então, é como trataremos matematicamente os sistemas reais (ou não ideais). Na termodinâmica, tentamos sempre manter a forma das equações para sistemas ideais, de modo a permitir uma simples mudança ao considerar outro tipo de sistema. Por isto, introduzimos uma nova quantidade chamada de atividade, que é definida de forma que a expressão: μi = μi 0 + RT ln ai é válida em todas as concentrações e tanto para o solvente quanto para o soluto. Algumas soluções cujos componentes são voláteis respeitam uma relação que diz que a razão entre pressão parcial de vapor de cada componente e a pressão de vapor do componente puro é aproximadamente igual a fração molar do componente em questão. Essa relação foi descrita pelo químico francês, François Raoult e soluções deste tipo são chamadas soluções ideais. A expressão matemática dessa relação, chamada de Lei de Raoult é: pA=XA⋅P∗A Onde pA, XA e P∗A são a pressão de vapor, a fração molar e a pressão de vapor puro do componente A respectivamente. Foi observado que em soluções diluídas reais a pressão de vapor também é proporcional à fração molar do componente, entretanto a constante de proporcionalidade não é a pressão de vapor da substância pura e sim uma constante empírica. Essa relação é conhecida como Lei de Henry e estabelece que: pA=XA⋅KA Onde KA é chamada constante de Henry e depende da substância e temperatura. Nesse caso o composto A é um soluto em concentrações baixas. Soluções onde o soluto obedece a lei de Henry e o solvente obedece a lei de Raoult são chamadas de soluções diluídas ideais.A lei de Henry permite, entre outras coisas, o estudo da solubilidade de gases. É possível notar que a quantidade de um gás dissolvido é proporcional a pressão daquele gás na superfície da solução. Isso é coerente com a noção de equilíbrio químico, onde podemos imaginar a reação de dissolução do gás A em água: A(g)⇌A(aq)Como esperado o aumento da pressão de A(g) deve aumentar a quantidade de A(aq). A segunda observação experimental é que a constante de Henry diminui com a temperatura. Isso pode ser explicado devido à agitação térmica, soluções mais quentes possui uma agitação molecular maior e, portanto, o gás se desprende do líquido mais facilmente. Para aplicações práticas a lei de Henry é utilizada em uma forma ligeiramente diferente. A fração molar do composto é substituída pela modalidade, representada por b: pA=bA⋅KA Definição de atividade: O que ocorreria com a lei de Raoult se a fase líquida não fosse ideal? Nesse caso, não haveria a identidade entre atividade e fração em quantidade de matéria. A expressão para a variação da energia de Gibbs devida à mistura respeitaria a seguinte desigualdade: 3 Conclusão Neste trabalho foi possível definir alguns conceitos básicos da termodinâmica como sistemas de fases, estado e transformação e outras mais especificas como termodinâmica das soluções e estatísticas de extrema importância para o curso de engenharia mecânica, aprendemos também algumas aplicabilidades que serão de suma importância para o desenvolvimento da matéria em si como de outras interligadas a essa, foi possível explorar alguns ramos de matérias e físico química se ampliando até a nossa área, e imprescindível o conhecimento da matéria para aplicabilidades funcionais do curso em questão. 2.4 Bibliografia STADISI, Luigui.Fornos Elétricos Forni eletrici.Itália: Copyright Hemus,2002. OLIVEIRA, Mário. Termodinâmica, São Paulo: Livraria de Fisica,2005. WRESZINSKI, Walter Termodinâmica, São Paulo: Editora Universidade de São Paulo, 2003 CORAZZA, Marcos Termodinâmica das Soluções: Universidade Federal do Paraná, Curitiba 1996. ÇENGEL, Yunid e BOLES, Michael Termodinâmica 7 Edição: São Paulo, Amgh editora ltda,2013. FRIENDMAN, Schraga, H. A., “Volume Changes in Hidrocarbon-Water Systems. Partial Molal Volumes of Alcohol-Water Solutions”, J. Phys. Chem., 69 (1965) 3795.
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