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RESUMO DO CAPÍTULO 5 – TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA 5.1 Política Econômica: objetivos e instrumentos Enquanto a microeconomia amplia detalhes de mercados específicos para analisá-los, a macroeconomia simplifica particularidades e analisa suas inter-relações, procurando visualizar o conjunto. Dessa forma temos que a microeconomia procura explicar: Como o consumidor determina a distribuição de sua renda entre os muitos produtos e serviços à sua disposição, visando maximizar o seu bem-estar; Como a empresa determina a mais baixa combinação de custos de capital e trabalho para elaborar seu produto, visando produzir mais com menos; A macroeconomia analisa como se determinam a produção total de bens e serviços e o emprego total de recursos, bem como o que força esses índices totais a flutuarem. 5.2 Metas de Política Econômica A política macroeconômica, como toda política possui metas a serem atingidas. Dentre essas metas temos: alto nível de emprego, estabilidade de preços, distribuição da renda e crescimento econômico. 5.2.1 Instrumentos de Política Macroeconômica Política Fiscal: Refere-se aos instrumentos que o governo dispõe para formar sua receita e controlar suas despesas se o objetivo é aumentar o emprego ele reduz os impostos, se seu objetivo é controlar à inflação ele reduz o gasto público Política Monetária: Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e de títulos públicos, com o objetivo de manter o valor da moeda. Política Cambial: Os países realizam transações comercias entre si e, como tem diferentes moedas, será necessário estabelecer uma relação de troca entre elas Política comercial refere-se aos estímulos fiscais (crédito-prêmio do ICMS, IPI etc.). 5.2.2 Estrutura de Análise Macroeconômica As principais variáveis macroeconômicas são determinadas nos quatro principais mercados- o de bens e serviços, o de trabalho, o financeiro e o de cambio. 5.3 Contabilidade Social Contabilidade Nacional é um mecanismo que permite medir a totalidade das atividades econômicas. Enquanto a Microeconomia se utiliza de valores teóricos e planejados antecipando o que pode ocorrer (ex ante), a Contabilidade Social procura medir os principais agregados, com base em valores já realizados (ex post). 5.4 Do PIB ao PNB PNB é a somatória de todas as riquezas produzidas por um país durante determinado período, em território nacional, ou não Já o PIB, este que mede o valor de mercado de todos os produtos e serviços produzidos num determinado território em determinado período, leva em conta apenas os produtos finais produzidos, outro fator importante no PIB é que um produto será contabilizado apenas em seu ano de fabricação. 5.5 Valores Nominais e Valores Reais o PIB nominal refere-se ao valor do PIB calculado a preços correntes. Já o PIB real calcula-se a preços constantes, onde se escolhe um ano-base, eliminando assim o efeito da inflação. Portanto o resultado do PIB real é na maioria das vezes menor do que o do PIB nominal. 1 PARADIGMAS ECONÔMICOS O paradigma clássico-liberal, voltado as questões estruturais de longo prazo relativas à determinação da oferta agregada, onde os preços se ajustam de modo a conduzir os mercados de bens de trabalho ao equilíbrio. Já o paradigma keynesiano, com perspectiva de curto prazo, direcionado às questões conjunturais determinantes da demanda agregada, enfocando a hipótese de que falhas de mercado levam ao desemprego. A proposta keynesiana destaca o papel do governo que, com seus gastos de custeio e investimento, é capaz de aumentar a despesa agregada e consequentemente, o nível de produção. 2 DEMANDA E OFERTA AGREGADA Pode-se dizer que a demanda agregada é a quantidade de bens ou serviços que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir em determinado período de tempo e por determinado preço. 3 COMPORTAMENTO DOS AGREGADOS MACROECONÔMICOS demanda agregada (somatório de demanda de todos os agentes econômicos). A decisão de investir depende, de forma geral, da possibilidade de rendimento do investimento (taxa de retorno) e do custo de oportunidade do capital. 4 POLÍTICA FISCAL A Política fiscal é administração das receitas e despesas do governo. o setor público tem como papel as seguintes funções: função alocativa (fornecimento bens e serviços não produzidos pelo setor privado, tal como o saneamento), função distributiva (promover a distribuição de renda) e a função estabilizadora (estabilidade através da política econômica). Quando a arrecadação supera os gastos o orçamento público apresenta superávit. Esses índices são descritos pelo resultado nominal e primário. O nominal consiste em indicar o fluxo de financiamentos realizados para cobrir o excesso de gastos públicos, já o resultado primário corresponde ao resultado real das contas públicas, ou seja, diz se foi gasto mais ou menos do que a sua receita permitia. Mercado Financeiro e política monetária 1 - Moeda e suas funções: A não existência de uma moeda de troca dificultava e muito as negociações entre os indivíduos contidos neste modelo de sociedade primitiva por que era preciso trocar um bem por outro. A moeda está fortemente conectada a economia. Além de ser fonte de pagamento por produtos/serviços e caracterizar-se como medida monetária de transações, com a moeda também é possível ter reserva de valor, ou seja, permite ao detentor a possibilidade de reter recursos pelo tempo que se julgar conveniente, sem custos. 2 - Evolução da moeda Com o passar dos tempos a moeda precisou evoluir devido as novas necessidades da sociedade. Divisibilidade permitiu que as transações ocorressem sem custos adicionais graças ao fracionamento da moeda. Durabilidade permitiu maior aceitação não prejudicando o último detentor. Dificuldade de falsificação aumentou a confiança. Transportabilidade facilitou as trocas não impondo custos adicionais. A evolução tecnológica influenciou muito na redução de custos operacionais e na segurança. Isso quer dizer que se abriram portas para os cartões de débito automático e dinheiro virtual. Portanto conclui-se que a moeda passou por diversas fases, sendo elas: Escambo e trocas diretas; Moedas-mercadorias e metalismo; Moeda-papel: conversibilidade plena; Papel-moeda: conversibilidade eventual; Moeda-escritural: cheques e transferência eletrônica. Contudo, o aumento das emissões de moedas pelos bancos fez com que fosse criada um monopólio para controle. Este monopólio é chamado Banco Central e tem como âmbito uniformizar a emissão de moeda no pais. 3 – Oferta da moeda Pode ser dita como meio de pagamento, sendo utilizada para liquidar transações econômicas. Isto é chamado de moeda em poder público - moedas metálicas e cédulas. 3.1 - O banco central e a oferta primária da moeda Operações ativas do banco central: Reservas internacionais – compra e venda de moeda estrangeira; Tesouro nacional – financiamento para cobertura de gastos governamentais; Títulos públicos federais – Controle de quantidade de moeda em circulação; Redesconto e empréstimos - Emprestador de última instancia para bancos comerciais. 3.2 - Oferta de moeda e bancos comerciais Para aumentar a rentabilidade monetária o sistema bancário estabelece a expansão múltipla da moeda escritural. Isto significa que quando um indivíduo deposita capital em um banco X, uma parcela deste valor é destinada a empréstimos para outros indivíduos que irão provavelmente depositar em outros bancos, assim sucessivamente. O resultado deste processo é a criação de capital a partir de depósitos. 3.3 - Demanda de moeda Demanda de moeda é definida por retenção de moeda em forma de haveres monetários. 3.4 - Política monetária Quem decide as diretrizes da política monetária é o banco central. Dispõe-se da taxa de juros básicas na economia, taxa de redesconto, taxa compulsória e mercado de título público. 3.5 - Teoria quantitativa da moeda . Esta teoria busca estabelecer uma relação entre a variação preço/quantidadede moeda em circulação. 4 - O regime das metas de inflação Tem o objetivo de manter a inflação no nível desejado sendo delimitada pela atuação do banco central na política monetária para estabilidade de preços. Para atingir as metas de inflação o banco central deve comprometer-se com a estabilidade de preços a longo prazo. 5 – Sistema Financeiro O sistema financeiro nacional divide-se em dois subsistemas: normativo e operativo. O subsistema normativo é composto pelo conselho monetário nacional, banco central do Brasil e comissão de valores mobiliários. Já o subsistema operativo é composto pelos mercados: monetários, crédito, capitais, câmbio e seguros capitalização e previdência privada. Cap. 8 comercio internacional e cambio capitalismo industrial, tinha como objetivo o individualismo na busca pelo lucro. Com isso surgiu o termo livre-comércio (mercado de troca de bens e serviço entre países não afetados por restrições do governo) idealizado por pensadores liberais, sendo um deles Adam Smith com a teoria da vantagem absoluta que tinha como idéia que cada país deve se concentrar na produção de bens com vantagem absoluta, ou seja, com menores insumos e custos, e o que sobrar ser exportado para gerar receitas e assim importar outros bens produzidos em outros países. Ao contrário do livre-comércio as formas de protecionismo, medidas governamentais, barram o mercado internacional e tem como medida preservar indústrias locais são elas: Concessão de incentivos e subsídios as exportações: ou seja, os produtos exportáveis são isentos de tributação barateando artificialmente esses produtos; Imposição de restrições tarifárias às importações: sobrepreço das importações aplicada aos impostos de importação; Restrições não tarifárias: medida de caráter administrativo, governo restringe importações, não são definidas por legislação. Ao contrário do livre-comércio as formas de protecionismo, medidas governamentais, barram o mercado internacional e tem como medida preservar indústrias locais são elas: Concessão de incentivos e subsídios as exportações: ou seja, os produtos exportáveis são isentos de tributação barateando artificialmente esses produtos; Imposição de restrições tarifárias às importações: sobrepreço das importações aplicada aos impostos de importação; Restrições não tarifárias: medida de caráter administrativo, governo restringe importações, não são definidas por legislação. O balanço de pagamento tem como objetivo registrar as transações internacionais informando a movimentação e as disponibilidades em moedas estrangeiras, com o intuito de subsidiar as decisões de política econômica 1- Transações correntes: balança comercial+serviços+transferências líquidas. Balança Comercial: resultado das exportações menos as importações; Serviços: representa o líquido das receitas e despesas dos seguintes serviços; - Viagens internacionais - Transporte - Seguros - Governamentais (embaixada e consulados) - Rendas de capitais (juros, lucros) - Diversos (aluguel de filmes, aquisição de software, patentes etc.) Transferências Líquidas: registra a transferência de qualquer espécie, moeda ou mercadorias; 2- Capitais Autônomos: transações monetárias. Investimentos (novas firmas estrangeiras) Reinvestimentos (multinacionais já instaladas no país) Empréstimos e financiamentos (Banco Mundial, BID, bancos privados e oficiais estrangeiros) Outros (amortizações e capitais de curto prazo) 3- Erros e comissões: acertar as diferenças nos valores das mercadorias, serviços e valores de caixa. 4- Saldo: Superávit/ déficit (soma das transações correntes, capitais Autônomos e erros e comissões. 5- Financiamento Compensatório:mostra como o saldo foi financiado ou alocado. Empréstimos oficiais (FMI) Reservas (alteração na moeda) Outros estrutura básica do balanço: 1- Transações correntes: balança comercial+serviços+transferências líquidas. Balança Comercial: resultado das exportações menos as importações; Serviços: representa o líquido das receitas e despesas dos seguintes serviços; - Viagens internacionais - Transporte - Seguros - Governamentais (embaixada e consulados) - Rendas de capitais (juros, lucros) - Diversos (aluguel de filmes, aquisição de software, patentes etc.) Transferências Líquidas: registra a transferência de qualquer espécie, moeda ou mercadorias; 2- Capitais Autônomos: transações monetárias. Investimentos (novas firmas estrangeiras) Reinvestimentos (multinacionais já instaladas no país) Empréstimos e financiamentos (Banco Mundial, BID, bancos privados e oficiais estrangeiros) Outros (amortizações e capitais de curto prazo) 3- Erros e comissões: acertar as diferenças nos valores das mercadorias, serviços e valores de caixa. 4- Saldo: Superávit/ déficit (soma das transações correntes, capitais Autônomos e erros e comissões. 5- Financiamento Compensatório:mostra como o saldo foi financiado ou alocado. Empréstimos oficiais (FMI) Reservas (alteração na moeda) Outros Câmbio Flutuante O sistema de câmbio flutuante é aquele em que o mercado estabelece os valores das taxas de câmbio. Este processo ocorre através da lei de oferta e procura. Neste sistema podem ocorrer grande variações das taxas de câmbio em intervalos curtos de tempo. A vantagem é que o próprio mercado regula as taxas, e não ocasiona distorções cambiais na economia. A desvantagem é a valorização excessiva de moedas estrangeiras pode ocasionar inflação, enquanto a desvalorização destas moedas pode ocasionar diminuição das exportações. Câmbio Fixo O câmbio fixo é aquele em que o valor da moeda estrangeira é fixado pelo governo. 1 Desenvolvimento econômico e economia brasileira Crescimento x desenvolvimento um indicador de quantos variou, em termos quantitativos, o PIB em determinado período de tempo. 4 Planos de estabilização com o plano real, que obteve-se sucesso no controle do processo inflacionário. As medidas implantadas no plano real foram: ajuste fiscal emergencial (corte de gastos, maior controle sobre os bancos estatais); criação da URV (Unidade Real de Valor, que oferece referência estável de valor); lançamento da moeda real; reformas estruturais e reformas constitucionais propostas. Medidas essas, responsáveis pelo controle da inflação. Devido a esses anos turbulentos da economia brasileira, e seu histórico com dívidas intermináveis até os dias atuais; o Brasil enfrenta problemas no governo, na educação, na segurança, no desemprego, e consequentemente na economia do país. Sem perspectivas de melhorias imediatas. Keynes A politica econômica teve seu grande momento a partir das ideias de Keynes na área de macroeconomia, que visando o pleno emprego, o maior desenvolvimento econômico e estabilidade da moeda. Aplicada da forma correta, esta politica acaba se transformando em um planejamento econômico. Em 1930 foi escrito “Tratado sobre a moeda” esse livro estabeleceu uma distinção entre poupança e investimento, argumentando que quando a poupança excede o investimento ocorre uma recessão “Teoria geral de emprego, do juro e da moeda” essa foi a obra mais importante de Keynes e uma das obras mais importante da literatura econômica pois nela Keynes lança as bases conceitual da Macroeconomia. O pensamento de Keynes Contra o liberalismo econômico, uma teoria na qual defende que a economia por si só é capaz de se manter. Keynes era contrario a estatização da economia, onde ele defendia o sistema capitalista porem acreditava que deveria ver ação e medidas de controle por parte do estado. A queda da bolsa de valores onde grande parte da população tinha seu dinheiro investido foi o ponto crucial nesse marco na história mundial. Principais motivos que influenciaram para que a crise de 1929 acontecesse foram: Superprodução, Liberalismo, Concentração de renda, Recuperação da Europa e Especulação na bolsa de valores. Keynesianismo É uma teoria econômica do século XX, que defendia a ação do estado na economia com o objetivo de atingir o pleno emprego. Friedrich August von HayekSegundo Hayek, uma economia é um sistema demasiado complexo para ser planejado por uma instituição central e deve evoluir espontaneamente, por meio do livre mercado. A economia tem um movimento incontrolável. De acordo com o autor, ninguém consegue assimilar a grande quantidade de informações e elementos que regem os movimentos da economia. Isso torna impossível planejar ou administrar os movimentos de mercado. O problema para Hayek é o fato de o Estado trazer para dentro de si indivíduos que acreditam possuir o conhecimento do todo, mas que não o detém Em suas ideias o Estado deveria ter o papel apenas de regulador de fornecedor de uma infraestrutura básica para a garantia da igualdade. Em 1994 o Brasil adota o plano real, cujo objetivo principal era vencer a superinflação que havia gerado Com esses problemas surge a corrente do “novo desenvolvimentismo” ou “neodesenvolvimentismo”, que se trata de um conjunto de propostas de reformas institucionais e de políticas econômicas, de uma estratégia de desenvolvimento de longo-prazo, cujo objetivo final é tornar o Brasil um país plenamente desenvolvido NOVO DESENVOLVIMENTISMO E A MACROECONOMIA Nos países periféricos acreditava-se que a melhor solução para acabar com a crise seria abrir a economia para investimentos externos. O banco Mundial e o FMI receitaram políticas macroeconômicas: Liberação comercial, privatização das estatais e desregulamentação financeira. No Brasil essa estratégia foi implantada em 1994 com o plano real. Essa estratégia estabilizou o processo inflacionário, porém colaborou com a estagnação do crescimento do país, deixando uma grande dívida. O novo desenvolvimentismo tem uma política industrial voltada às empresas com capacidade de competição internacional e também não admite inflação, déficits públicos e em conta corrente. A Nova Economia Institucional (NEI) veio para explicar as instituições, essas que são as “regras do jogo”. As sociedades têm instituições, essas são as regras formais e informais. Regras formais são leis e constituições formalizadas e escritas, em geral impostas por um governo ou agente com poder de coerção. E as regras informais são as normas ou códigos de conduta, formados em geral no seio da própria sociedade. Os três principais nomes citados quando estudamos a nova economia institucional é Ronald Coase, Oliver E. Williamson e Douglass North.
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