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02 SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO



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CENTRO UNIVERTÁRIO DE RIO PRETO
ANDRE LUIS MARQUEZAN SIMONATO 20123135
SANEAMENTO BÁSICO
São José do Rio Preto – SP
2017
CENTRO UNIVERTÁRIO DE RIO PRETO
 
ANDRE LUIS MARQUEZAN SIMONATO 20123135
SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO
Trabalho da disciplina Saneamento Básico referente ao 10º período, apresentado no curso de engenharia civil da instituição de ensino UNIRP – Universidade de Rio Preto/SP.
Orientador: Antônio Osmar Fontana
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP
2017
Sumário
4OBJETIVO	�
51 - Introdução	�
61.1	Tratamento de Esgoto – Fase Liquida	�
61.2	Tratamento de Esgota – Fase Sólida	�
83	Tratamento de esgoto	�
83.1	Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA)	�
83.2	Lagoa facultativa	�
93.3	Lagoa anaeróbia	�
93.4	 Lagoa aerada	�
93.5	Baias e valas de infiltração	�
93.6	Flotação	�
103.7	Lagoa de maturação	�
118 - Conclusão	�
129 – REFERÊNCIAS	�
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OBJETIVO
O tratamento de esgoto é uma medida de saneamento básico tendo como objetivo acelerar o processo de purificação da água antes de ser devolvida ao meio ambiente ou reutilizada. A origem dessa água poluída se dá através da rede de esgoto proveniente de residências, comércios e indústrias.
Outros métodos mais ecológicos e baratos de tratamento de esgoto são recomendados a cidades menores. Outra fonte ecológica aplicada principalmente em zonas rurais é a fossa séptica, mesmo sendo de construção individual, ela é vantajosa por não necessitar de rede de captação de esgoto e pelo o custo baixo.
 Cerca de 100 milhões de brasileiros não possuem coleta e tratamento de esgoto, resultando na contaminação do solo. Somente 10% do esgoto brasileiro coletado é tratado, o resto é descartados nos afluentes, acarretando em doenças como a cólera, leptospirose, hepatites, diarreia e esquistossomose são alguns exemplo.
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1 - Introdução 
Indispensável para a saúde humana, o saneamento básico pode ser compreendido como o controle e a manutenção de todos os meios físicos do homem que possam afetar prejudicialmente a sua saúde.
Em questões práticas, a importância do saneamento básico está ligada a implantação de sistemas e modelos públicos que promovam o abastecimento de água, esgoto sanitário e destinação correta de lixo, com o objetivo de prevenção e controle de doenças, promoção de hábitos higiênicos e saudáveis, melhorias da limpeza pública básica e, consequentemente, da qualidade de vida da população.
O tratamento de esgotos consiste na remoção de poluentes e o método a ser utilizado depende das características físicas, químicas e biológicas. Na Região Metropolitana de São Paulo, o método utilizado nas grandes estações de tratamento é por lodos ativados, onde há uma fase líquida e outra sólida. O método, desenvolvido na Inglaterra em 1914, é amplamente utilizado para tratamento de esgotos domésticos e industriais. O trabalho consiste num sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recirculada e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio (aeróbio).
O processo é estritamente biológico e aeróbio, no qual o esgoto bruto e o lodo ativado são misturados, agitados e aerados em unidades conhecidas como tanques de aeração. Após este procedimento, o lodo é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico.
No Interior, além das estações convencionais possui as lagoas de tratamento. Já no Litoral, as instalações adotam o método de lodos ativados e em algumas cidades há emissários submarino para lançar os esgotos tratados no mar.
Tratamento de Esgoto – Fase Liquida 
Tratamento de Esgota – Fase Sólida
Tratamento de esgoto tem por sua vez remover todo e qualquer tipo de material sólido; reduzir a demanda bioquímica de oxigênio; exterminar micro-organismos patogênicos; reduzir as substâncias químicas indesejáveis. 
As diversas unidades da estação convencional podem ser agrupadas em função das eficiências dos tratamentos que proporciona. 
Assim temos:
Tratamento preliminar: Gradeamento, remoção de gorduras e remoção de areia. Esse tratamento é usado, por exemplo, nas ETAs (Estações de Tratamento de água) onde a água captada dos rios, lagos ou poços passa por grades colocadas em lugares estratégicos para impedir a passagem de detritos (e também de peixes e plantas).
Tratamento primário: tratamento preliminar, decantação, digestão do lodo e secagem do lodo. Essa é uma técnica física de separação de misturas formadas principalmente por sólidos em líquidos. Ela consiste em deixar a mistura em repouso para que, em razão da diferença de densidade e da ação da gravidade, os sólidos sedimentem-se, ou seja, depositem-se no fundo do recipiente para serem então separados da parte líquida, que fica em cima.
Tratamento secundário: tratamento primário, tratamento biológico, decantação secundária e desinfecção. Nesse caso, são usados tratamentos biológicos para a retirada de substâncias biodegradáveis presentes no efluente. Isso significa que os métodos de tratamentos secundários de efluentes visam à remoção da matéria orgânica, que pode estar dissolvida (DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) solúvel) ou em suspensão (DBO suspensa ou particulada), por meio de métodos que aceleram o processo de decomposição dos poluentes orgânicos que ocorreria de maneira natural, porém mais lentamente.
Tratamento terciário:  Os tratamentos terciários de efluentes consistem em técnicas físico-químicas ou biológicas para a retirada de poluentes específicos que não foram retirados pelos outros processos mais comuns. Alguns desses poluentes específicos podem ser matéria orgânica, compostos não biodegradáveis, nutrientes, metais pesados, entre outros.
Esses tratamentos terciários podem incluir diversas etapas que vão depender do tipo de poluição do efluente e do grau de depuração que se deseja obter. 
3	tratamento de esgoto 
3.1	Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA)
É um reator fechado. O tratamento biológico ocorre por processo anaeróbio, isto é, sem oxigênio. A decomposição da matéria orgânica é feita por microorganismos presentes num manto de lodo. O esgoto sai da parte de baixo do reator e passa pela camada de lodo que atua como um filtro. A eficiência atinge de 65% a 75% e, por isso, é necessário um tratamento complementar que pode ser feito através da lagoa facultativa. É um mecanismo compacto e de fácil operação.
3.2	Lagoa facultativa
Tem de 1,5 a 3 metros de profundidade. O termo "facultativo" refere-se à mistura de condições aeróbias e anaeróbias (com e sem oxigenação). Em lagoas facultativas, as condições aeróbias são mantidas nas camadas superiores das águas, enquanto as condições anaeróbias predominam em camadas próximas ao fundo da lagoa. Embora parte do oxigênio necessário para manter as camadas superiores aeróbias seja fornecido pelo ambiente externo, a maior parte vem da fotossíntese das algas, que crescem naturalmente em águas com grandes quantidades de nutrientes e energia da luz solar.
As bactérias que vivem nas lagoas utilizam o oxigênio produzido pelas algas para oxidar a matéria orgânica. Um dos produtos finais desse processo é o gás carbônico, que é utilizado pelas algas na sua fotossíntese. Este tipo de tratamento reduz grande parte do lodo, e é ideal para comunidades pequenas, normalmente situadas no Interior do Estado.
3.3	Lagoa anaeróbia
Neste caso, as lagoas são profundas, entre 3 e 5 metros, para reduzir a penetração de luz nas camadas inferiores. Além disso, é lançada uma grande carga de matéria orgânica, para que o oxigênio consumido seja várias vezes maior que o produzido.
O tratamento ocorre em duas etapas. Na primeira, as moléculas da matéria orgânica são quebradas e transformadas em estruturas mais simples. Já na segunda, a matéria orgânica é convertidaem metano, gás carbônico e água. 
3.4	 Lagoa aerada
	O processo necessita de oxigênio e a profundidade das lagoas varia de 2,5 a 4,0 metros. Os aeradores servem para garantir oxigênio no meio e manter os sólidos bem separados do líquido (em suspensão). A qualidade do esgoto que vem da lagoa aerada não é adequada para lançamento direto, pelo fato de conter uma grande quantidade de sólidos. Por isso, são geralmente seguidas por outras, quando a separação dessas partículas pode ocorrer.
3.5	Baias e valas de infiltração
Trata-se de um tratamento complementar que consiste na passagem do esgoto por um filtro instalado no solo, formado por pedregulho e areia.
3.6	Flotação
É um processo físico-químico, no qual uma substância coagulante ajuda na formação de flocos de sujeira. Com isso, as partículas ficam mais concentradas e fáceis de serem removidas. Para ajudar no tratamento, a água é pressurizada, formando bolhas que atraem as partículas, fazendo com que elas flutuem na superfície. O lodo formado é enviado a uma estação de tratamento de esgotos.
3.7	Lagoa de maturação
São lagoas de baixa profundidade, entre 0,5 a 2,5 metros, que possibilitam a complementação de qualquer outro sistema de tratamento de esgotos. Ela faz a remoção de bactérias e vírus de forma mais eficiente devido à incidência da luz solar, já que a radiação ultravioleta atua como um processo de desinfecção.
	
 
8 - Conclusão 
A determinação de uma rede de distribuição deve estar contida em bases e dados significativos que geraram qualidade ao projeto, para que o consumidor final conseguida desfrutar do termino do projeto. As especificações necessárias se baseiam perante normas e leis estabelecidas para que haja o engajamento profissional, ético e moral atentando as maneiras como deverá ser levado o projeto, buscando acima de tudo a qualidade final, que evitara custos adicionais ou futuros. 
Desde que as cotas do terreno sejam favoráveis, sempre a preferência será pela construção de reservatórios semi-enterrados, dependendo dos custos de escavação e de elevação, bem como da estabilidade permanente da construção, principalmente quando a reserva de água for superior a 500 m3. Reservatórios elevados com volumes superiores implicam em custos significativamente mais altos, notadamente os de construção, e preocupações adicionais com a estabilidade estrutural. Portanto a preferência é pelo semi-apoiado, considerando-se problemas construtivos, de escavação, de empuxos e de elevação. Quando os volumes a armazenar forem grandes, principalmente acima dos 800 m³ e houver necessidade de cotas piezométricas superiores a do terreno, na saída do reservatório, a opção mais comum é a construção de um reservatório elevado conjugado com um semi-enterrado. Neste caso toda a água distribuída pela rede à jusante será bombeada do reservatório inferior para o superior a medida que a demanda for solicitando, mantendo-se sempre um volume mínimo no reservatório superior de modo a manter a continuidade do abastecimento em caso de interrupção neste bombeamento
	
9 – REFERÊNCIAS
Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=49> Acesso em 21 de Maio de 2017 às 14:00h
Nuvolari, Ariovaldo. Esgoto Sanitário - Coleta, Transporte, Tratamento e Reúso Agrícola - 2ª Ed. São Paulo: EDGARD BLUCHER, 2011.
Mendonça, Sérgio Rolim; Mendonça, Luciana Coelho. Sistemas Sustentáveis de Esgoto. São Paulo: EDGARD BLUCHER, 2016.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Determinação de População em Olímpia. Disponível em: 
<http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=353390&search=sao-paulo|olimpia> 
Universidade Federal de Campina Grande, Reservatórios de Agua. Disponível em: 
<http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Reserv01.html.> “Acesso em 16 de Abril de 2017”.
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Definição e Finalidades sobre reservatórios. Disponível em: 
<http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/Apostila%20IT%20179/Cap%204%20parte%203.pdf.> “Acesso em 16 de Abril de 2017”.