Buscar

Introdução à Engenharia completa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 53 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Eduardo Batman Júnior
Introdução à 
Engenharia
Revisada por Eduardo Ferreira Blatt (janeiro/2013)
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Introdução à Engenha-
ria, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autô-
nomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) 
uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 O ENGENHEIRO ....................................................................................................................................... 7
1.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................11
1.2 Atividades Propostas...............................................................................................................................................12
2 SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES ......................................................................................13
2.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................18
2.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................18
3 PRODUTIVIDADE ................................................................................................................................. 19
3.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................24
3.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................24
4 CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS ........................................................................... 25
4.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................29
4.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................29
5 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS .................................................... 31
5.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................33
5.2 Atividades Propostas...............................................................................................................................................33
6 COMUNICAÇÃO .................................................................................................................................... 35
6.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................37
6.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................37
7 CRIATIVIDADE ........................................................................................................................................ 39
7.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................40
7.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................40
8 OTIMIZAÇÃO .......................................................................................................................................... 41
8.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................45
8.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................45
9 CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE ..................................................... 47
9.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................49
9.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................49
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 51
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 53
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 57
ANEXO ............................................................................................................................................................. 59
SUMÁRIO
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
Esta apostila tem o objetivo de introduzir o(a) aluno(a) no mundo da engenharia. Todos nós conhe-
cemos algum engenheiro, mas raramente conhecemos as competências e habilidades que formaram 
esse engenheiro. Nesta apostila, estudaremos o engenheiro de produção e o engenheiro ambiental, seu 
comportamento, suas atribuições, suas áreas de atuação e o mercado de trabalho.
Também estudaremos o Sistema Internacional de Unidades (SI), sua importância e abrangência; 
aprenderemos o conceito de produtividade e a aplicação prática nas empresas; veremos as boas práticas 
na construção de tabelas e gráficos, ferramentas tão importantes no dia a dia do engenheiro; faremos 
menção ao projeto, início de tudo na engenharia; entraremos no tema comunicação para engenheiros, 
cuja necessidade de aprimoramento muitas vezes passa despercebida; abordaremos a criatividade, que 
precisa ser muito aguçada e desenvolvida nesses profissionais; e, por fim, mas não menos importante 
por isso, consideraremos a consciência ambiental e a sustentabilidade, tão comentadas nos dias de hoje, 
mas que, para que tomem lugar efetivo na vida do engenheiro, precisam ser discutidas desde o primeiro 
dia de aula.
Bom estudo!
Prof. Eng. Eduardo Batman Jr.
INTRODUÇÃO
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
7
1 O ENGENHEIRO
Basta olhar ao redor para vermos a importân-
cia dos engenheiros. Nossas roupas foram fabrica-
das em máquinas desenvolvidas por engenheiros. 
Nosso relógio, nosso telefone celular, o computa-
dor, enfim, quase tudo que temos ou usamos,in-
clusive a energia elétrica e as lâmpadas que estão 
nos iluminando, foi desenvolvido, projetado e exe-
cutado por engenheiros.
Você sabe o que as personalidades a seguir, 
com sobrenomes famosos, têm em comum? 
Yasser Arafat, Alexandre Gustave Eiffel, Osa-
ma Bin Laden, Boris Yeltsin, Henry Laurence Gantt, 
Henry Ford, Alfred Hitchcock, Karl Benz, Jimmy Car-
ter, Joseph Bombardier, Jacques Cousteau, Rudolf 
Diesel, Ferdinand Porsche, Alexander Graham Bell, 
Scott Adams, Edwin Armstrong, Rowan Atkinson, 
Ray Dolby, Michael Bloomberg, Thomas Edison, 
William Hewlett, David Packard, Guglielmo Mar-
coni, Arthur Nielsen, Nikola Tesla e George Westin-
ghouse são engenheiros!
Todos nós também conhecemos algum en-
genheiro, no círculo de amigos, na empresa, na vi-
zinhança ou até remotamente, pela televisão, mas 
vamos agora definir o engenheiro. Segundo Holt-
zapple e Reece (2006, p. 1),
engenheiros são indivíduos que combi-
nam conhecimentos da ciência, da mate-
mática e da economia para solucionar pro-
blemas técnicos com os quais a sociedade 
se depara. É o conhecimento prático que 
distingue os engenheiros dos cientistas, 
que também são mestres da ciência e da 
matemática. Essa ênfase na praticidade foi 
eloqüentemente relatada pelo engenhei-
ro A. M. Wellington (1847-1895) que des-
creveu a engenharia como ‘a arte de fazer 
bem, com um dólar, aquilo que qualquer 
outro pode fazer com dois’.
Depois de definir o engenheiro, temos que 
definir engenharia e, para isso, vamos ao dicioná-
rio: “Aplicação de conhecimentos científicos e em-
píricos, e certas habilitações específicas, à criação 
de estruturas, dispositivos e processos para con-
verter recursos naturais em formas adequadas ao 
atendimento das necessidades humanas.” (FERREI-
RA, 2000, p. 267).
De acordo com Bazzo e Pereira (2008), as atri-
buições legais de um engenheiro, dentro de suas 
competências técnicas legais, são: 
ƒƒ administrar;
ƒƒ analisar;
ƒƒ assessorar;
ƒƒ avaliar;
ƒƒ construir;
ƒƒ consultar;
ƒƒ controlar;
ƒƒ desenvolver;
ƒƒ dirigir;
ƒƒ emitir parecer;
ƒƒ ensinar;
ƒƒ ensaiar;
ƒƒ especificar;
ƒƒ estudar;
ƒƒ executar;
ƒƒ experimentar;
ƒƒ fiscalizar;
ƒƒ gerenciar;
ƒƒ manter;
ƒƒ operar;
ƒƒ pesquisar;
ƒƒ planejar;
ƒƒ produzir;
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
8
ƒƒ projetar;
ƒƒ supervisionar;
ƒƒ testar;
ƒƒ vender;
ƒƒ vistoriar.
Caro(a) aluno(a), se você pesquisar em livros 
ou na internet, certamente encontrará muitas ou-
tras definições para engenheiro e engenharia, tão 
corretas quanto essas, mas creio que com elas nós 
já conseguimos atingir nossos objetivos, que é 
deixar claras as atribuições genéricas de um enge-
nheiro.
Sobre as competências e habilidades dos 
engenheiros, Bazzo e Pereira (2008) apresentam a 
Tabela 1.
Tabela 1 – Competências e habilitações dos engenheiros.
Aplicar conhecimentos científicos, matemáticos, 
tecnológicos e instrumentais.
Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e 
serviços técnicos.
Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e 
processos.
Projetar e conduzir experimentos e interpretar 
resultados.
Identificar, formular e resolver problemas. Desenvolver e utilizar novas ferramentas e técnicas.
Assumir uma postura de permanente atualização 
profissional.
Avaliar criticamente a operação e a manutenção de 
sistemas.
Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e 
gráfica.
Avaliar os impactos sociais e ambientais de suas 
atividades.
Avaliar a viabilidade econômica de projetos. Atuar em equipes multidisciplinares.
Trabalhar com ética e responsabilidade profissional. Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas.
Fonte: Bazzo e Pereira (2008, p. 89).
As novas atribuições dos engenheiros foram 
amplamente discutidas por Laudares e Ribeiro 
(2000):
 
As mudanças ocorridas na organização 
do trabalho passaram a utilizar, em maior 
escala, o componente intelectual do tra-
balhador, em detrimento do componen-
te físico-manual. Dessa forma, articula-
-se uma nova base técnica com a lógica 
sistêmica de organização da produção e 
formas participativas de atuação. O en-
genheiro, nesse contexto, ocupa posição 
estratégica, assumindo responsabilidades 
de gerenciamento de pessoas e processos 
que lhe exigem conhecimentos humanos 
e sociais somados àqueles de cunho pura-
mente técnicos. Os cursos universitários, 
outrora baseados numa lógica instrumen-
tal e tecnicista, vêm discutindo a urgência 
de um novo modelo que possibilite uma 
formação mais ampliada do engenheiro, 
envolvendo questões que incluem as di-
mensões humana e social, econômica e 
política.
Agora, vamos ajustar um pouco mais as de-
finições às nossas habilitações: Engenharia de Pro-
dução e Engenharia Ambiental. 
AtençãoAtenção
O engenheiro de produção deve dedicar-
-se ao projeto, implementação, operação, 
controle, gerenciamento e melhoria dos 
sistemas produtivos, através de ferramen-
tal matemático e tecnológico para a to-
mada de decisões administrativas e estra-
tégicas que privilegiem sua empresa sem 
desconsiderar o meio ambiente. 
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
9
O curso de engenharia de produção visa a 
formar profissionais generalistas, com base cien-
tífica e conhecimentos amplos e abrangentes em 
todas as áreas da produção, considerando os as-
pectos humanos e sociais, econômicos, materiais, 
energéticos, tecnológicos e ambientais, para aten-
der às demandas de empresas industriais e de ser-
viços. 
Segundo a Associação Brasileira de Enge-
nharia de Produção (ABEPRO, 2010) consideram-
-se atividades típicas do engenheiro de produção 
a utilização de métodos organizacionais e técnicas 
de natureza matemática e estatística para projeto, 
seleção, modelagem, simulação, estruturação, ava-
liação, qualificação, otimização e manutenção de 
produtos (bens e serviços) gerados pelos sistemas 
de produção, inclusive, produzindo normas e pro-
cedimentos de controle e auditoria.
Quanto ao mercado de trabalho, o Engenhei-
ro de Produção é habilitado para trabalhar em in-
dústrias dos mais diversos setores, agroindústrias, 
em empresas de prestação de serviços, como mer-
cado financeiro, empresas de comércio, hospitais, 
consultorias, instituições de pesquisa e ensino e 
órgãos governamentais.
As atividades ainda incluem investigação, 
monitoramento, análise e diagnóstico para avalia-
ção da contribuição de fontes de poluição na de-
gradação ambiental, desenvolvimento de projetos, 
programas e tecnologias que permitam a redução 
de impactos ambientais e a recuperação do meio, 
além da pesquisa, implantação e operação de sis-
temas produtivos ambientalmente sustentáveis. 
Quanto ao mercado de trabalho, o Engenhei-
ro Ambiental é habilitado para trabalhar em in-
dústrias dos mais diversos setores, agroindústrias, 
em empresas de prestação de serviços, empresas 
de comércio, consultorias, concessionárias de ser-
viços, Organizações Não Governamentais (ONGs), 
instituições de pesquisa e ensino e Administração 
pública municipal, estadual e federal.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula 
da Silva, no dia três de dezembro de 2008, na aber-
tura do Congresso Mundial de Engenheiros (World 
Engineers’ Convention – WEC), organizado pela pri-
meira vez nas Américas, em seu discurso destacou 
a importância da engenharia para a implementa-
ção de infraestrutura e outras melhorias que ofe-
reçam melhores condições de vida à população e 
a necessidade de formação de novos profissionais 
da categoria nos próximos anos: “Hoje, há mais de-
manda por engenheiros do que conseguimos for-
mar.” (UNESCO, 2009).
O secretário de Desenvolvimento do Estado 
de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante sua prele-
ção, em 24 de setembro de 2009, no VII Congresso 
Nacional dosEngenheiros (Conse) citou que, nos 
países que mais crescem no mundo, como China 
e Índia, a graduação na área tecnológica chega a 
30% do total de estudantes, enquanto, no Brasil, 
situa-se em menos de um quarto desse percentual. 
Saiba maisSaiba mais
“A ABEPRO é a instituição representativa 
de docentes, discentes e profissionais de 
Engenharia de Produção. A associação 
atua há mais de 20 anos assumindo as 
funções: de esclarecer o papel do Enge-
nheiro de Produção na sociedade e em 
seu mercado de atuação, ser interlocu-
tor junto às instituições governamentais 
relacionadas à organização e avaliação 
de cursos (MEC e INEP) e de fomento 
(CAPES, CNPq, FINEP e órgãos de apoio 
à pesquisa estaduais), assim como em 
organizações privadas, junto ao CREA, 
CONFEA, SBPC, ABENGE e outras organi-
zações não governamentais que tratam 
a pesquisa, o ensino e a extensão da en-
genharia.” (ABEPRO, 2010).
AtençãoAtenção
O engenheiro ambiental deve se dedicar-
-se ao desenvolvimento, projeto e execu-
ção de planos e programas para minimizar 
a ação poluidora sobre a água, o ar e o solo 
causada pelas ações do homem, e promo-
ver a preservação da qualidade ambiental 
e da sustentabilidade, além da proteção 
dos recursos naturais não renováveis.
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
10
Esses números indicam, como atestou ele, a carên-
cia na formação de engenheiros para que induzam 
e contribuam para o desenvolvimento nacional. 
Nesse mesmo congresso, o deputado federal Ciro 
Gomes discursou sobre a conjuntura e os enge-
nheiros e disse: “Esta é uma nação por fazer e fal-
tam engenheiros para tanto. Não há como superar 
as assimetrias competitivas sem esses profissionais 
e sem educação.” (FNE, 2009).
Para corroborar com nossas definições, o Mi-
nistério da Educação (MEC) ainda dispõe em seu 
sítio na internet os referenciais nacionais para os 
cursos de engenharia, assim dispostos:
REFERENCIAL DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Carga Horária Mínima: 3600h
PERFIL DO EGRESSO
O Engenheiro de Produção é um profissional de formação generalista, que projeta, implanta, 
opera, otimiza e mantém sistemas integrados de produção de bens e serviços, envolvendo homens, 
materiais, tecnologias, custos e informação, bem como a sua interação com o meio ambiente; analisa 
a viabilidade econômica, incorporando conceitos e técnicas da qualidade em sistemas produtivos; 
coordena e/ou integra grupos de trabalho na solução de problemas de engenharia, englobando 
aspectos técnicos, econômicos, políticos, sociais, éticos, ambientais e de segurança. Coordena e 
supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e 
fiscaliza obras e serviços técnicos; e efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. 
Em suas atividades, considera a ética, a segurança, a legislação e os impactos ambientais.
TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO
Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia, os conteúdos profissionalizantes do 
curso são: Eletricidade Aplicada; Mecânica dos Sólidos; Mecânica dos Fluídos; Ciência dos Materiais; 
Engenharia do Produto; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Estratégia e Organização; Gerência 
de Produção; Gestão Ambiental; Gestão Econômica; Gestão de Tecnologia; Materiais de Construção 
Mecânica; Métodos Numéricos; Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas; Pesquisa Operacional; 
Processos de Fabricação; Qualidade; Sistemas de Informação; Transporte e Logística; Controle 
Estatístico do Processo; Ferramentas da Qualidade; Gerência de Projetos; Gestão do Conhecimento; 
Gestão Estratégica de Custos; Instalações Industriais; Planejamento do Processo; Planejamento e 
Controle da Produção.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
O Engenheiro de Produção é habilitado para trabalhar em empresas de manufatura dos mais diversos 
setores, como metalúrgica, mecânica, química, construção civil, eletroeletrônica, agroindústria; em 
organizações de prestação de serviços, como bancos, empresas de comércio, instituições de pesquisa 
e ensino e órgãos governamentais.
REFERENCIAL DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
Carga Horária Mínima: 3600h
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
11
PERFIL DO EGRESSO
O Engenheiro Ambiental é um profissional de formação generalista, que atua no Planejamento, na 
Gestão Ambiental e na Engenharia e Tecnologia Ambiental. Atua nos aspectos do relacionamento 
Homem-Meio Ambiente e seus efeitos na cultura, no desenvolvimento sócio-econômico e na 
qualidade de vida. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade 
técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; e efetua vistorias, perícias e 
avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em suas atividades, considera a ética, a segurança, a 
legislação e os impactos ambientais.
TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO
Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia, os conteúdos profissionalizantes do 
curso são: Ecologia e Microbiologia; Climatologia; Geologia; Pedologia; Cartografia e Fotogrametria; 
Informática; Geoprocessamento; Mecânica dos Sólidos; Mecânica dos Fluídos; Gestão Ambiental; 
Planejamento Ambiental; Hidrologia; Hidráulica Ambiental e Recursos Hídricos; Poluição Ambiental; 
Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais; Saneamento Ambiental; Saúde Ambiental; Caracterização 
e Tratamento de Resíduos Sólidos; Líquidos e Gasoso; Legislação e Direito Ambiental; Ciência dos 
Materiais; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Métodos Numéricos; Modelagem Ambiental; Análise 
e Simulação de Sistemas Ambientais; Sistemas de Informação.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
O Engenheiro Ambiental é habilitado para trabalhar em empresas e órgãos públicos e privados; 
empresas de consultoria técnica e organizações não governamentais (ONGs). (BRASIL, 2010).
DicionárioDicionário
Egresso: nesse contexto, é o aluno que se for-
mou e saiu da faculdade.
1.1 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, abordamos a importância dos engenheiros para o dia a dia da 
sociedade. Citamos as atribuições legais que esse profissional precisa ter e desenvolver, tais como: admi-
nistrar, assessorar, controlar e vistoriar.
As competências e habilitações do engenheiro de Produção e Ambiental também foram mencio-
nadas, pois hoje esses profissionais ocupam uma posição estratégica na empresa ou instituição que es-
tão inseridos.
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
12
1. A formação atual de um engenheiro exige novas dimensões de conhecimento. Quais são elas?
2. Cite três competências e habilitações dos engenheiros.
1.2 Atividades Propostas
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
13
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, o obje-
tivo é apresentar o Sistema Internacional de Uni-
dades (SI) e como devemos realizar a conversão de 
maneira correta.
Muitos livros e sítios da internet apresentam 
esses materiais e alguns sítios, inclusive, já fazem 
o cálculo da conversão automaticamente, on-line, 
como, por exemplo, o sítio do Instituto de Pesos 
e Medidas (IPEM) de São Paulo, cujo endereço é 
http://www.ipem.sp.gov.br/5mt/cv2/index.htm. 
Para vender ou comprar algo, para fazer uma 
deliciosa comida, para fabricar um bem ou cons-
truir um prédio, temos a necessidade de medidas. 
Por exemplo, compramos açúcar por quilograma, 
gasolina por litro, numa determinada receita usa-
mos 250 mililitros de água, numa construção utili-
zamos 100 metros de barras de ferro etc.
A necessidade de medir é muito grande e an-
tiga e acompanha o homem desde a sua origem. 
Por muito tempo, cada região teve seu próprio sis-
tema de medidas, diferente dos outros, o que oca-
sionava muitos transtornos, inclusive na hora do 
comércio entre as nações. 
Para resolver esses impasses, era necessário 
converter uma medida em outra e tambémera 
muito importante converter uma moeda em outra, 
para que os negócios pudessem ser fechados. Em 
muitos países, inclusive no Brasil dos tempos do 
Império, a instituição que cuidava da moeda tam-
bém cuidava do sistema de medidas.
O IPEM (2010) relata o seguinte em seu sítio 
na internet sobre a origem do SI:
Em 1789, numa tentativa de resolver esse 
problema, o Governo francês pediu à Aca-
demia de Ciência da França que criasse um 
sistema de medidas baseado numa ‘cons-
tante natural’, ou seja, não arbitrária. As-
sim foi criado o Sistema Métrico Decimal, 
constituído inicialmente de três unidades 
básicas: o metro, que deu nome ao siste-
ma, o litro e o quilograma (posteriormen-
te, esse sistema seria substituído pelo Sis-
tema Internacional de Unidades – SI).
O Sistema Internacional de Unidades – SI 
foi sancionado em 1960 pela Conferên-
cia Geral de Pesos e Medidas e constitui 
a expressão moderna e atualizada do an-
tigo Sistema Métrico Decimal, ampliado 
de modo a abranger os diversos tipos de 
grandezas físicas, compreendendo não 
somente as medições que ordinariamen-
te interessam ao comércio e à indústria 
(domínio da metrologia legal), mas esten-
dendo-se completamente a tudo o que diz 
respeito à ciência da medição.
O Brasil adotou o Sistema Internacional de 
Unidades – SI em 1962. A Resolução nº 12 
de 1988 do Conselho Nacional de Metro-
logia, Normalização e Qualidade Industrial 
– CONMETRO ratificou a adoção do SI no 
País e tornou seu uso obrigatório em todo 
o território nacional.
No SI, temos duas classes de unidades: as uni-
dades de base e as unidades derivadas. A divisão 
das unidades nessas duas classes é arbitrária, por-
que não é uma imposição da física.
De acordo com o Instituto Nacional de Me-
trologia, Normalização e Qualidade Industrial (IN-
METRO, 2007), a Conferência Geral de Pesos e Me-
didas, levando em consideração as vantagens de 
adotar um tema prático único para ser utilizado 
mundialmente nas relações internacionais, no en-
sino e no trabalho científico, decidiu basear o SI em 
sete unidades, consideradas independentes sob o 
ponto de vista dimensional: o metro, o quilograma, 
o segundo, o ampère, o kelvin, o mol e a candela.
2 SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
14
Tabela 2 – Unidades de base.
Grandeza Nome Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampère A
Temperatura termodinâmica kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd
Fonte: Inmetro (2007).
AtençãoAtenção
As unidades de base do SI são: o metro, o 
quilograma, o segundo, o ampère, o kel-
vin, o mol e a candela.
Saiba maisSaiba mais
“O Instituto Nacional de Metrologia, Nor-
malização e Qualidade Industrial – In-
metro – é uma autarquia federal, vincu-
lada ao Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior, que atua 
como Secretaria Executiva do Conselho 
Nacional de Metrologia, Normalização e 
Qualidade Industrial (Conmetro), cole-
giado interministerial, que é o órgão nor-
mativo do Sistema Nacional de Metrolo-
gia, Normalização e Qualidade Industrial 
(Sinmetro).” (INMETRO, 2011).
A segunda classe de unidades do SI elenca as 
unidades que podem ser formadas combinando 
unidades de base, segundo relações algébricas que 
interligam as grandezas correspondentes. Confor-
me o Inmetro (2007), diversas dessas expressões 
algébricas, em razão de unidades de base, podem 
ser substituídas por nomes e símbolos especiais, o 
que permite sua utilização na formação de outras 
unidades derivadas.
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
15
De acordo com o Inmetro (2007), certas uni-
dades derivadas, que são mencionadas na Tabela 3, 
receberam nome especial e símbolo particular, por 
questões de comodidade. Esses nomes e símbolos 
podem ser utilizados para expressar outras unida-
des derivadas. Os nomes especiais e os símbolos 
particulares permitem expressar, de maneira mais 
simples, unidades frequentemente utilizadas.
Tabela 3 – Exemplo de unidades do SI derivadas, expressas a partir das unidades de base.
Grandeza Nome Símbolo
Superfície metro quadrado m²
Volume metro cúbico m³
Número de ondas 1 por metro 1/m
Densidade de massa quilograma por metro cúbico kg/m³
Concentração mol por metro cúbico mol/m³
Volume específico metro cúbico por quilograma m³/kg
Velocidade metro por segundo m/s
Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s²
Densidade de corrente ampère por metro ao quadrado A/m²
Campo magnético ampère por metro A/m
Fonte: Inmetro (2007).
Tabela 4 – Unidades SI derivadas possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares.
Grandeza derivada Nome Símbolo Expressão em outras unidades SI
Expressão em 
unidades SI de base
Ângulo plano radiano rad 1 m/m
Ângulo sólido esferorradiano sr 1 m²/m²
Frequência hertz Hz 1/s –
Força newton N kg·m/s² –
Pressão, esforço pascal Pa kg/(m·s²) N/m²
Energia, trabalho, quantidade 
de calor joule J kg·m²/s² N·m
Potência, fluxo de energia watt W kg·m²/s³ J/s
Quantidade de eletricidade, 
carga elétrica coulomb C s.A –
Diferença de potencial elétrico, 
força eletromotriz volt V kg·m²/(s³·A) W/A
Resistência elétrica ohm Ω kg·m²/(s³·A²) V/A
Capacidade elétrica farad F A²·s²·s²/(kg·m²) A·s/V
Condutância elétrica siemens S A²·s³/(kg·m²) A/V
Indutância henry H kg·m²/(s²·A²) Wb/A
Fluxo magnético weber Wb kg·m²/(s²·A) V·s
Densidade de fluxo magnético tesla T kg/(s²·A) Wb/m²
Temperatura em Celsius grau Celsius °C – K
Fluxo luminoso lúmen lm cd cd·sr
Luminosidade lux lx cd/m² lm/m²
Atividade radioativa becquerel Bq 1/s –
Dose absorvida gray Gy m²/s² J/kg
Dose equivalente sievert Sv m²/s² J/kg
Fonte: Inmetro (2007). 
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
16
Tabela 5 – Exemplos de unidades SI derivadas, cujos nomes e símbolos compreendem unidades SI derivadas 
tendo nomes especiais e símbolos particulares.
Grandeza Nome Símbolo Expressão em outras unidades SI
Expressão em 
unidades SI de base
Velocidade angular radiano por segundo rad/s 1/s Hz
Aceleração angular radiano por segundo por segundo rad/s² 1/s² Hz²
Momento de força newton metro N·m kg·m²/s² –
Densidade de carga coulomb por metro cúbico C/m³ A·s/m³ –
Campo elétrico volt por metro V/m kg·m/(s³·A) W/(A·m)
Entropia joule por kelvin J/K kg·m²/(s²·K) N·m/K
Calor específico joule por quilograma por kelvin J/(kg·K) m²/(s²·K) N·m/(K·kg)
Condutividade térmica watt por metro por kelvin W/(m·K) kg·m/(s³·K) J/(s·m·K)
Intensidade de radiação watt por esferorradiano W/sr kg·m²/(s³·sr) J/(s·sr)
Fonte: Inmetro (2007). 
Os usuários do SI precisam empregar conjuntamente certas unidades que não fazem parte 
dele, mas estão amplamente difundidas. Essas unidades têm papel tão importante que é necessário 
conservá-las para uso geral com o SI.
Tabela 6 – Unidades fora do SI, em uso com ele.
Unidade Símbolo Valor em unidade SI
minuto min 1 min = 60 s
hora h 1 h = 60 min = 3600 s
dia d 1 d = 24 h = 86 400 s
grau ° 1° = π/180 rad
minuto ‘ 1’ = (1/60)° = π/10 800 rad
segundo “ 1“ = (1/60)’ = π/648 000 rad
litro l ou L 1 l = 0,001 m³
tonelada t 1 t = 1000 kg
neper Np 1 Np = 1
bel B 1 B = 
Fonte: Inmetro (2007). 
DicionárioDicionário
Entropia: grandeza que, em termodinâmica, 
permite avaliar a degradação da energia de um 
sistema; a entropia de um sistema caracteriza o 
seu grau de desordem. 
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
17
Tabela 7 – Prefixos SI.
Nome Símbolo Fator
yotta Y 1024
zetta Z 1021
exa E 1018
peta P 1015
tera T 1012
giga G 109mega M 106
quilo k 103
hecto h 102
deca da 101
deci d 10-1
centi c 10-2
mili m 10-3
micro m 10-6
nano n 10-9
pico p 10-12
femto f 10-15
atto a 10-18
zepto z 10-21
yocto y 10-24
Fonte: Inmetro (2007). 
É necessário admitir, também, algumas outras unidades que não pertencem ao SI, cujo uso é útil 
em domínios especializados da pesquisa científica. 
Tabela 8 – Unidades fora do SI, em uso com ele, cujo valor em Unidades SI é obtido experimentalmente.
Nome Símbolo Valor em unidades SI
Elétron volt eV 1 eV = 1,602 176 487(40) x 10−19 J
Unidade de massa atômica u 1 u = 1,660 538 782(83) x 10−27 kg
Unidade astronômica ua 1 ua = 1,495 978 706 91(30) x 1011 m
Fonte: Inmetro (2007). 
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
18
Tabela 9 – Outras unidades fora do SI em uso com ele.
Nome Símbolo Valor em unidade SI
milha marítima – 1 milha marítima = 1852 m
nó – 1 nó = 1 milha marítima por hora = 1852/3600 m/s
are a 1 a = 100 m²
hectare ha 1 ha = 10 000 m²
acre – 40,47 a
barn b 1 b = 10−28 m²
ångström Å 1 Å = 10−10 m
bar bar 1 bar = 100 000 Pa
Fonte: Inmetro (2007). 
2.1 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, apresentamos o SI, que é dividido em 2 classes (unidades de 
base e derivadas), suas conversões e importâncias que precisam fazer parte do conhecimento técnico do 
engenheiro.
2.2 Atividades Propostas
1. Quais são as sete unidades que servem de base para o SI?
2. Qual o significado da palavra quilo (k)?
3. Uma fazenda com 78.000 m² tem quantos hectares?
4. Quantos segundos têm duas horas e doze minutos?
5. Quantas toneladas equivalem a 415 kg?
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
19
A intenção deste capítulo é fazer com que 
você tenha contato com algumas técnicas para re-
solução de problemas, comuns aos engenheiros, e 
entenda o conceito de produtividade.
Segundo Martins e Laugeni (2005), no fim 
do século XIX, nos Estados Unidos, surgiram os 
trabalhos de Frederick W. Taylor, pai da Adminis-
tração Científica. Neles, aparece a sistematização 
do conceito de produtividade, ou seja, a procura 
por melhores métodos de trabalho e processos de 
produção, com o objetivo de melhorar a produtivi-
dade com o menor custo possível. Esse objetivo é 
perseguido até hoje pelas empresas, mudando-se 
apenas as técnicas utilizadas.
Inicialmente, vamos observar alguns concei-
tos importantes, como a diferença de produção 
e produtividade. A Produção pode ser entendida 
como a quantidade produzida de um bem ou ser-
viço. A produtividade é a relação entre a quantida-
de ou valor produzido e a quantidade ou valor dos 
insumos utilizados.
A Figura 1 é uma representação clássica de 
um sistema de produção.
Todo sistema de produção compõe-se de 
três elementos básicos: as entradas (também co-
nhecidas com inputs), as saídas (também conheci-
das como outputs) e as funções de transformação.
3 PRODUTIVIDADE
AtençãoAtenção
Produzir mais utilizando menos recursos é 
aumentar a produtividade!
Figura 1 – Sistema de produção.
 Fonte: Martins e Laugeni (2005, p. 11).
 
EMPRESA 
 
 
 
Mão-de-obra 
 
Capital Produtos 
 
Energia Serviços 
 
Outros insumos 
A 
M 
B 
I 
E 
N 
T 
E 
E 
N 
T 
R 
A 
D 
A 
S 
 
S 
A 
Í 
D 
A 
S 
 
A 
M 
B 
I 
E 
N 
T 
E 
Funções de 
transformação 
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
20
As entradas ou inputs são os insumos, ou seja, 
o conjunto de todos os recursos necessários, tais 
como: mão de obra, capital, energia elétrica, ma-
téria-prima, informações e outros. Eles são trans-
formados em saídas ou outputs, pelas funções de 
transformação, como decisões e processos, entre 
outros fatores. As saídas ou outputs são os produ-
tos manufaturados, serviços prestados ou informa-
ções fornecidas.
As funções de transformação ou função pro-
dução são entendidas como um conjunto de ati-
vidades que levam à transformação de um bem 
tangível em outro com maior utilidade e, conse-
quentemente, com mais valor. Qualquer organiza-
ção possui uma função produção, porque produz 
algum tipo de bem ou serviço. 
Portanto, os sistemas de produção são aque-
les que têm por objetivo a fabricação de bens ma-
nufaturados, a prestação de serviços ou o forneci-
mento de informações. 
Em 1950, a Comunidade Econômica Europeia 
(CEE) apresentou uma definição formal de produti-
vidade como sendo “o quociente obtido pela divi-
são do produzido por um dos fatores de produção”.
Dessa forma, pode-se falar da produtividade 
do capital, das matérias-primas, da mão de obra e 
outros. Em outras palavras, produtividade é pro-
duzir mais e melhor, em menos tempo e gastando 
menos, com foco no lucro e na competitividade.
As empresas calculam a sua produtividade 
de tempos em tempos para avaliar seu desempe-
nho. Também comparam sua produtividade com a 
dos concorrentes, para verificar seu nível de com-
petitividade.
Vamos examinar alguns exemplos de cálculo 
de produtividade.
Saiba maisSaiba mais
“As estatísticas de renda per capita são 
usadas para se ter uma ideia grosseira 
do nível de vida dos habitantes de vários 
países e da produtividade industrial des-
ses mesmos países.” (SANTIAGO, 2010).
Exemplo 1
Determinar a produtividade parcial da mão de obra de uma empresa que produziu 180.000 tone-
ladas de cimento em um determinado ano, utilizando 150 funcionários, que trabalharam em média 160 
horas/mês.
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
21
Solução:
A fórmula da produtividade é:
P = OUTPUT/INPUT
Para calcular o INPUT:
INPUT: 150 Homens x 160 horas/mês x 12 meses/ano = 288.000 Homens.hora/ano
Ou
150 H x 160 h x 12 m = 288.000 H.h
 m ano ano 
Em que cortamos mês (m) com mês (m) e sobra H.h/ano como unidade.
OUTPUT: 180.000 toneladas/ano
P = OUTPUT= 180.000 t/ano = 0,63 t/H.h
 INPUT 288.000 H.h/ano
Em que cortamos ano com ano e sobra t/H.h como unidade.
Resposta: A produtividade é 0,63 t/h.H, que significa que cada homem trabalhando durante uma hora 
produz para a empresa 0,63 tonelada de cimento, em média.
Exemplo 2
Outra empresa, fabricante de lâmpadas, em um período de 6 semanas produziu 480.000 unidades, 
que foram vendidas a $ 3,50/unidade. Determine a produtividade total nesse período, sabendo que a 
empresa gastou $500.000,00 com todos os insumos utilizados.
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
22
Solução:
INPUT: $500.000,00
OUTPUT: 480.000 unidade x $ 3,50/unidade = $1.680.000,00 unidade = $1.680.000,00
 unidade 
P = OUTPUT = $1.680.000,00 = 3,36
 INPUT $500.000,00 
Nesse caso, cortamos cifrão com cifrão e temos unidade, ou seja, um número puro, que podemos 
transformar em porcentagem, dessa forma:
3,36 x 100 = 336%
Resposta: Podemos dizer que produtividade total é 3,36 (ou 336%) e entender que o valor faturado 
pela empresa é 3,36 vezes maior que o valor investido em todos os insumos.
Exemplo 3
Uma empresa fabricante de alimentos produziu, em 2006, 840.000 toneladas com o emprego de 
7.530 colaboradores. Em 2007, sua produção foi de 799.000 toneladas, com o emprego de 6.790 colabo-
radores. Determine as produtividades em 2006 e 2007 e sua variação.
Solução:
Em 2006:
INPUT: 7.530 homensOUTPUT: 840.000 toneladas 
P = OUTPUT = 840.000 t = 111,55 t/H 
 INPUT 7.530 H
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
23
Em 2007:
INPUT: 6.790 homens
OUTPUT: 799.000 toneladas 
P = OUTPUT = 799.000 t = 117,67 t/H 
 INPUT 6.790 H
P (2006) = 111,55 t/H 
P (2007) = 117,67 t/H 
Para calcularmos a variação da produtividade, utilizaremos a seguinte fórmula:
Variação = rP = P depois
 P antes
Onde:
∆P = 117,67 = 1,05 ou x 100 = 105%
 111,55
Resposta: A produtividade aumentou 5%.
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
24
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo apresentamos algumas técnicas para a resolução de problemas 
envolvendo o conceito de produtividade.
3.1 Resumo do Capítulo
3.2 Atividades Propostas
1. Um fabricante de molas, em 2007, produziu 6.750.000 molas utilizando 14.000.000 metros 
de arame. No ano seguinte, após melhorias no processo produtivo, fabricou 7.980.000 molas 
utilizando 14.200.000 metros de arame. Quanto foi a porcentagem de aumento da produtivi-
dade dessa empresa?
2. (Fundação Carlos Chagas – 2008 – METRÔ-SP – Analista Trainee) Nos anos de 2006 e de 2007, 
respectivamente, a empresa AlfaMetro obteve os seguintes resultados de produção:
Analisando os dados da AlfaMetro, a produtividade de:
a. 2006 é 50% menor que a de 2007.
b. 2006 é 50% maior que a de 2007.
c. 2006 é menor que a de 2007.
d. 2006 é maior que a de 2007.
e. 2006 é igual à de 2007. 
3. Um fazendeiro colheu 50.000 dúzias de laranja, em uma área de 12.000 m², utilizando 28 fun-
cionários, que trabalharam em média 8 horas por dia, durante 18 dias. Seu vizinho, também 
produtor de laranjas, colheu 70.000 dúzias, em uma área de 18.000 m², utilizando 34 funcioná-
rios, que trabalharam em média 9 horas por dia, durante 24 dias. Pergunta-se:
a. Qual dos dois teve a maior produtividade por área plantada?
b. Qual dos dois teve a maior produtividade da mão de obra?
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
25
Todo engenheiro deve saber construir e in-
terpretar tabelas e gráficos, pois são ferramentas 
valiosas e muitos dados são apresentados des-
sa forma. Neste capítulo nosso objetivo é sugerir 
boas práticas na construção destes.
Tabelas:
ƒƒ As tabelas devem explicar um determi-
nado evento, ou seja, devem ter signifi-
cado próprio;
ƒƒ Todas as tabelas devem ter um título e 
este deve ser autoexplicativo. Nele, po-
dem constar as unidades de medida que 
serão utilizadas no corpo da tabela;
ƒƒ O cabeçalho sempre deve ser delimitado 
por traços horizontais;
ƒƒ Toda tabela deve ter uma fonte, ou seja, 
quem foi o responsável pelo levanta-
mento dos dados;
ƒƒ Sempre que possível, ordene os dados 
de colunas e/ou linhas de sua tabela de 
maneira crescente ou decrescente;
ƒƒ As tabelas devem ter totais de linhas e/
ou colunas para que as comparações se-
jam facilitadas;
ƒƒ Se uma tabela tiver muitas linhas em seu 
corpo, estas devem estar em cores dife-
rentes, alternadas ou com espaçamen-
tos diferentes e alternados, para facilitar 
a visualização;
ƒƒ As células de uma tabela não devem fi-
car em branco, por convenção temos: 
ƒƒ Utilize somente as casas decimais ne-
cessárias, pois o excesso pode desviar a 
atenção das comparações que realmen-
te são importantes;
ƒƒ Se uma tabela precisar ser dividida em 
mais páginas, o cabeçalho deve ser re-
petido em todas as páginas, com o título 
apresentado apenas na primeira página.
4 CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS
DicionárioDicionário
Convenção: acordo, pacto, contrato; conven-
ção verbal. Na linguagem vulgar, aquilo que 
está geralmente admitido ou tacitamente con-
tratado; convenções sociais.
... Dado desconhecido
– Dado omitido
X Dado inexistente
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
26
Exemplo de tabela:
AtençãoAtenção
Nunca exagere nas ilustrações que acom-
panham o gráfico para não o “poluir” visu-
almente, dificultando o entendimento do 
que realmente importa.
Gráficos:
ƒƒ Assim como as tabelas, os gráficos de-
vem explicar um determinado evento, 
ou seja, devem ter significado próprio;
ƒƒ Todos os gráficos devem ter um título, 
acima ou abaixo do gráfico, e este deve 
ser autoexplicativo. Também devem ter 
escala, para serem interpretados sem 
necessidade de explicações adicionais;
ƒƒ Para cada tipo de evento, existe um tipo 
gráfico mais apropriado. Preste muita 
atenção na escolha do gráfico;
ƒƒ Quando o gráfico tem como base um 
eixo cartesiano, no eixo das abscissas (x), 
a escala cresce da esquerda para direita e 
deve ser escrita embaixo do eixo; no eixo 
das ordenadas, a escala cresce de baixo 
para cima e deve ser escrita à esquerda 
do eixo. Em ambos, devem estar inclusas 
as unidades de medida e podem ser utili-
zadas setas para indicar essa orientação. 
A escala deve ser iniciada em zero, mas, 
quando esta estiver deslocada, devemos 
fazer uma indicação de “quebra” nos ei-
xos para mostrar esse deslocamento;
ƒƒ As escalas dos eixos são muito impor-
tantes para não distorcer as informações 
que se pretende transmitir. Para compa-
rar as informações de dois os mais gráfi-
cos, devemos utilizar a mesma escala;
ƒƒ Sempre que necessário, inclua uma le-
genda para facilitar o entendimento do 
gráfico;
ƒƒ Todo gráfico deve ter uma fonte, ou seja, 
quem foi o responsável pelo levanta-
mento dos dados, exibido no seu roda-
pé.
Vamos ver agora os principais tipos de grá-
ficos:
1. Gráfico de linhas: deve ser utilizado para 
mostrar evolução ou tendências nos da-
dos no mesmo intervalo de tempo;
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
27
Exemplo de gráfico de linhas:
Fonte: Fictícia.
2. Gráfico de colunas ou barras: deve ser 
utilizado para demonstrar as alterações 
de dados em um período de tempo ou 
representar comparações entre dados. 
No gráfico de colunas, as categorias são 
organizadas na horizontal e os valores 
são distribuídos na vertical, para enfa-
tizar as variações ao longo do tempo. 
Os gráficos de barras são semelhantes, 
mas, ao invés de colunas (verticais), te-
mos barras (horizontais); estes melhor 
representam comparações entre dados 
individuais; 
Exemplo de gráfico de colunas:
Fonte: Fictícia.
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
28
Exemplo de gráfico de barras:
Fonte: CETESB.
3. Gráfico circular: também chamado gráfi-
co de pizza, por sua forma característica, 
esse gráfico serve para mostrar o tama-
nho proporcional de itens que consti-
tuem uma série de dados e é muito útil 
quando você deseja dar ênfase a um 
dado em relação aos outros.
Exemplo de gráfico circular:
 Fonte: Fictícia.
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
29
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, mostramos alguns exemplos de tabelas e gráficos que o enge-
nheiro deve saber construir e interpretar, dando o significado correto do que está sendo representado.
4.1 Resumo do Capítulo
4.2 Atividades Propostas
1. Quando devemos utilizar um gráfico de linhas?
2. Quando devemos utilizar um gráfico de colunas ou barras?
3. Quando devemos utilizar um gráfico circular?
4. Quais os elementos faltantes na tabela a seguir?
MÊS ESTOQUE VENDA DEVOLUÇÃO TOTAL
JANEIRO 84.560 8.420 30 76.170
FEVEREIRO 76.170 6.850 22 69.342
MARÇO 69.342 7.590 18 61.770
ABRIL 61.770 9.560 44 52.254
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
31
Caro(a) aluno(a), transformar uma ideia em 
algo tangível depende de um projeto. Essa trans-
formação do imaginário em real, para satisfazer 
alguma necessidade humana, é o que move a en-genharia.
Neste capítulo, iremos apresentar alguns 
conceitos de desenvolvimento de projetos, sem a 
menor pretensão de esgotar o assunto, que será 
tratado em outras disciplinas do curso, mas nosso 
objetivo é instigar os(as) alunos(as) ao estudo de 
projetos.
De acordo com Holtzapple e Reece (2006), o 
método de projeto de engenharia contém os se-
guintes elementos:
ƒƒ síntese: combinação de vários elementos 
em um todo integrado;
ƒƒ análise: uso de matemática, técnicas de 
engenharia e economia para quantificar 
o desempenho das várias opções;
ƒƒ comunicação: apresentações escritas e 
orais;
ƒƒ implementação: execução do plano.
Este método pode deve ser desdobrado em 
fases, conforme a Figura 2.
5
CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO 
DE PROJETOS
Figura 2 – Método de projeto de engenharia.
 Fonte: Holtzapple e Reece (2006, p. 84).
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
32
ƒƒ Fase 1: a identificação da necessidade 
pode ser realizada por qualquer pessoa, 
mas o engenheiro deve definir o proble-
ma, pois sempre existe uma maneira me-
lhor, ou mais viável, para satisfazer uma 
necessidade;
ƒƒ Fase 2: a montagem da equipe de proje-
to deve ser multidisciplinar, com pessoas 
das mais variadas áreas, pois, dessa for-
ma, podemos abranger com mais recur-
sos todas as variáveis do projeto. O tama-
nho da equipe deve ser proporcional ao 
tamanho e complexidade do projeto;
ƒƒ Fase 3: os projetos sempre apresentam 
limitações. Essas limitações podem ser 
de orçamento, de tempo (ou prazo), de 
pessoas, de legislação, de viabilidade de 
produção, entre outros fatores. Quanto 
aos critérios de sucesso, podemos citar a 
estética (ou design), desempenho, quali-
dade, custo, segurança, manutenção, en-
tre muitos outros critérios;
ƒƒ Fase 5: a análise de cada solução em po-
tencial deve ser realizada primeiramente 
no âmbito da viabilidade econômica. A 
solução escolhida deverá ser economica-
mente viável. Depois, essa proposta deve 
ser transformada em um projeto preli-
minar, que, obtendo sucesso, deverá ser 
documentado e comunicado à gerência, 
para finalmente ser encaminhado para a 
realização de um projeto detalhado;
ƒƒ Fase 6: a escolha da melhor solução tam-
bém deve ser realizada de acordo com a 
viabilidade econômica e deve ser apro-
vada em um projeto preliminar;
ƒƒ Fase 7: nessa etapa, os engenheiros de-
vem documentar as soluções escolhidas, 
de acordo com a viabilidade econômica 
e o projeto preliminar;
ƒƒ Fase 8: depois de documentadas, as solu-
ções devem ser levadas ao conhecimen-
to da gerência para que seja novamente 
discutido o assunto e aprovado para a 
realização do projeto detalhado;
ƒƒ Fase 9: normalmente, nessa fase, um 
protótipo deverá ser construído a partir 
dos documentos produzidos. Se tudo 
funcionar bem, de acordo com as expec-
tativas, uma linha de produção deverá 
ser montada, fornecedores deverão ser 
desenvolvidos, colaboradores devem ser 
treinados e o projeto executado;
ƒƒ Fase 10: depois que o primeiro produto 
sair da linha de produção, ele deverá ser 
testado e submetido a avaliações. Caso 
haja algum problema com a produção, 
este deve ser encontrado e corrigido. Se 
produto atender às especificações do 
projeto, o trabalho estará terminado.
AtençãoAtenção
Fase 4: buscar soluções significa que o en-
genheiro deve sempre pensar na melhor 
solução para o problema apresentado e, 
para isso, pode usar muitas técnicas, como 
identificar os parâmetros críticos, utilizar 
analogias, trocar funções, separar fun-
ções, eliminar necessidades etc.
DicionárioDicionário
Analogia: relação, semelhança de uma coisa 
com outra; analogia de formas, de gostos. 
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
33
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, apresentamos o conceito de desenvolvimento de projetos. Um 
projeto é constituído das seguintes etapas: síntese, análise, comunicação e implementação.
5.1 Resumo do Capítulo
1. Qual a vantagem de uma equipe multidisciplinar trabalhando em um projeto?
2. Qual o objetivo do protótipo?
3. Cite três limitações e três critérios de sucesso de um projeto.
5.2 Atividades Propostas
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
35
Somente as técnicas básicas adquiridas no 
curso de engenharia não são suficientes para ser 
um excelente profissional. Para que o profissional 
seja completo, é preciso que saiba utilizar, além da 
memória e raciocínio, a capacidade de se expressar 
com clareza em suas ideias e soluções para os pro-
blemas.
A forma mais importante de comunicação é a 
escrita, mas outras formas são: oral, gráfica ou atra-
vés de modelos icônicos. Na engenharia, todas 
elas têm o seu uso.
Para escrever ou se preparar para uma apre-
sentação oral, o engenheiro deve levar em conta 
três passos:
1. seleção do tema: que pode ser livre ou 
direcionado;
2. pesquisa: revistas técnicas, anais de con-
ferências, livros, internet, artigos, relató-
rios governamentais, estatísticas, resu-
mos, catálogos de bibliotecas, patentes 
etc.;
3. organização: conhecer sua audiência e 
planejar o que irá apresentar.
Como engenheiro(a), você precisará fazer 
propostas a clientes, explicar ao chefe os resulta-
dos de uma determinada análise, entre outras coi-
sas. Segundo Holtzapple e Reece (2006), as apre-
sentações orais se dividem em:
ƒƒ introdução: é aqui que você cativa ou 
não a sua audiência, conectando os ou-
vintes ao seu mundo;
ƒƒ corpo: é o coração da apresentação. Use 
capítulos para que o público se situe 
quando você mudar os tópicos;
ƒƒ conclusão: você deve fechar a apresenta-
ção com pontos importantes. Pense em 
qual mensagem você quer deixar para o 
público;
ƒƒ recursos visuais: busque a simplicidade 
sempre. Os mais usados são quadros de 
palavras, tabelas, gráficos, fotografias, es-
quemas, mapas e slides;
ƒƒ ansiedade de falar em público: suor, 
pernas bambas, gastrite, aumento dos 
batimentos cardíacos e da respiração 
são sinais típicos da ansiedade pré-apre-
sentação. Para dominar esses sintomas, 
treine, pratique, fique bem preparado. 
6 COMUNICAÇÃO
AtençãoAtenção
Desenvolver bem o trabalho e se comuni-
car com eficácia em sua área de atuação 
é um objetivo a ser alcançado pelo enge-
nheiro que pretende ser bem-sucedido, 
embora alguns estudantes coloquem em 
segundo plano a importância da comuni-
cação escrita e falada na engenharia.
DicionárioDicionário
Modelos icônicos: são representações em esca-
la reduzida, com muita semelhança e clareza, 
do sistema real. Exemplos: mapas, maquetes, 
plantas, desenhos etc.
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
36
Permita-se cometer erros, se exercite ho-
ras antes, para que o corpo esteja bem 
relaxado, e se entregue ao público;
ƒƒ estilo: olhe nos olhos do seu público, fale 
com a voz alta e confiante, não se fixe 
nos slides, não se distraia com seu reló-
gio, anel ou moedas no bolso. Esteja bem 
arrumado para mostrar respeito pela au-
diência e seja otimista. 
A comunicação escrita é essencial ao tra-
balho do engenheiro. Expedir pedidos ou ordens 
aos funcionários da empresa, preparar memoran-
dos, elaborar relatórios técnicos para clientes ou 
diretores, redigir cartas comerciais ou propostas 
e escrever artigos em revistas técnicas são alguns 
exemplos. O engenheiro precisa escrever de forma 
precisa, breve, clara e fácil de entender, pois o ob-
jetivo maior é expressar e não impressionar. A boa 
escrita exige editoração, nada de improvisação e 
sempre se colocar no lugar de quem irá ler (públi-
co-alvo) aquele texto.
Eis algumas dicas de Holtzapple e Reece 
(2006):
ƒƒ evite frases fragmentadas e muito lon-
gas;
ƒƒ prefira voz ativa;
ƒƒ evite palavras vagas,com duplo sentido;
ƒƒ elimine redundâncias;
ƒƒ use menos preposições;
ƒƒ use referências claras e pronomes;
ƒƒ evite infinitivos modificados por advér-
bios;
ƒƒ evite a linguagem burocrática, prefira fra-
ses com poucas palavras;
ƒƒ evite linguagem informal;
ƒƒ evite linguagem muito rebuscada, pom-
posa.
A linguagem técnica deve ser clara e objetiva, 
sem dar margem a outras interpretações. Ao usar-
mos essa linguagem, temos que levar em conta o 
público-alvo, para usarmos uma terminologia ade-
quada para que o público seja atingido sem ruído 
na comunicação. Ler com frequência e consultar 
dicionários enriquece o vocabulário técnico.
Segundo Bazzo e Pereira (2008) um texto téc-
nico deve ser:
ƒƒ impessoal: redigido na terceira pessoa;
ƒƒ objetivo: sem ressalvas;
ƒƒ modesto e cortês: sem engrandecer o 
próprio trabalho;
ƒƒ claro: preciso.
Para o engenheiro, o desenho é outro instru-
mento de muita utilidade, pois permite visualizar 
os sistemas espacialmente, ou seja, ele é capaz de 
executar a visão espacial.
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
37
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, focamos a importância do engenheiro em se comunicar de 
forma clara, precisa, utilizando sua memória e o raciocínio para escrever e desenhar.
Escrever bem é muito importante, pois, em sua atividade diária, esse profissional precisará elabo-
rar e enviar propostas a clientes, apresentar relatórios técnicos aos superiores e subordinados, conduzir 
reuniões.
Expressar-se bem depende também de leitura, com frequência, de textos gerais e específicos de 
sua área profissional.
6.1 Resumo do Capítulo
6.2 Atividades Propostas
1. Em sua opinião, qual a importância da comunicação no dia a dia de um engenheiro?
2. Como deve ser um texto técnico?
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
39
O engenheiro é um profissional que precisa 
ser criativo, pois muitos imaginam que este se uti-
liza apenas de técnicas prontas para a resolução de 
problemas ou elaboração de projetos, mas, para 
satisfazer as necessidades humanas, muitas vezes 
o engenheiro precisa inovar, usando, para isso, 
uma grande dose de criatividade.
Segundo Holtzapple e Reece (2006), a criati-
vidade é um talento que não é ensinado; é inato do 
ser humano e precisa ser estimulado e desenvolvi-
do. Para o engenheiro, a criatividade também deve 
ser estimulada tonificando os “músculos de sínte-
se”, sem ignorar algumas restrições peculiares à 
função, limitadas pelas leis da física e da economia. 
Justamente por isso, o engenheiro deve ter grande 
criatividade.
E qual a origem da criatividade? Holtzapple e 
Reece (2006) classificam as pessoas em:
ƒƒ pensadores organizados: têm uma men-
te bem compartimentada. Os fatos são 
armazenados em locais únicos e recupe-
rados com facilidade quando necessá-
rios;
ƒƒ pensadores desorganizados: não têm es-
trutura. Os fatos podem ser armazenados 
em locais múltiplos, mas de difícil recu-
peração quando necessários;
ƒƒ pensadores criativos: são uma combina-
ção dos dois outros tipos. Uma mente 
criativa é organizada e estruturada, mas 
a informação é armazenada em locais 
múltiplos e, quando a informação é ne-
cessária, há maior probabilidade de en-
contrá-la. Para o pensador criativo, a in-
formação é armazenada em vários locais, 
com links úteis e facilidade de resolução 
rápida e eficaz do problema.
Quais são as características de um engenhei-
ro criativo? Conforme Holtzapple e Reece (2006), 
são elas:
ƒƒ persistência: um engenheiro de sucesso 
não desanima;
ƒƒ pergunta por que: é curioso em relação 
ao mundo e à solução de problemas;
ƒƒ nunca está satisfeito: fará o que puder 
para melhorar o projeto que está sendo 
produzido; 
ƒƒ aprende com erros e acidentes: muitas 
descobertas foram feitas por acidente. O 
engenheiro deve ser sensível ao inespe-
rado;
ƒƒ faz analogias: as analogias aumentam as 
chances de encontrar a solução de pro-
blemas. Quem faz analogias armazena as 
informações em locais múltiplos;
ƒƒ generaliza: para que o sucesso de um 
projeto seja aproveitado em outras situa-
ções;
ƒƒ desenvolve entendimentos qualitativos 
e quantitativos: o engenheiro deve de-
senvolver não apenas aptidões analíti-
cas quantitativas, mas também aptidões 
qualitativas. Números e processos desen-
volvem o subconsciente para um mode-
lo qualitativo;
ƒƒ habilidade de visualização: muitas so-
luções envolvem visualização tridimen-
sional. Normalmente, a solução pode 
aparecer em um novo arranjo de compo-
nentes, girando ou duplicando, com boa 
aptidão espacial;
ƒƒ habilidade para desenho: dessa forma, 
poderá comunicar relações espaciais, di-
mensões, ordens de preparação, fluxos, 
de maneira muito mais eficaz;
7 CRIATIVIDADE
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
40
ƒƒ pensamento sem fronteiras: é pensar na 
engenharia em geral, sem ficar restrito a 
uma única habilitação, combinando co-
nhecimentos de todas as especialidades, 
de maneira generalista;
ƒƒ interesses amplos: é preciso ter equilíbrio 
entre as necessidades intelectuais, físicas 
e emocionais;
ƒƒ informação especializada: problemas fá-
ceis podem ser resolvidos com informa-
ções largamente difundidas. Problemas 
difíceis precisam de informações espe-
cializadas, que nem sempre estão dispo-
níveis;
ƒƒ trabalha com a natureza: a natureza po-
derá guiar o engenheiro até a solução de 
um problema. Fique atento(a) às suas so-
luções;
ƒƒ possui uma “caixa de ferramentas” de en-
genharia: o engenheiro precisa de uma 
grande “caixa” para armazenar todas as 
ferramentas adquiridas com sua expe-
riência.
Anotar ideias é um bom hábito para o pro-
cesso criativo. Registrar faz com que as ideias não 
se percam nem sejam esquecidas ou se transfor-
mem em traços vagos. Conforme Bazzo e Pereira 
(2008), as etapas do processo criativo são:
ƒƒ preparação;
ƒƒ esforço concentrado;
ƒƒ afastamento do problema;
ƒƒ visão da ideia;
ƒƒ revisão das soluções.
Manter a perseverança e a liberdade de pen-
sar faz com que estimulemos a criatividade e saia-
mos da mesmice profissional. Além da criatividade, 
a experiência e o bom-senso são vitais para a atua-
ção do engenheiro.
7.1 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), um engenheiro criativo, que inova, que surpreende, realmente se destaca em 
sua atuação: “pense fora da caixa!”.
A capacidade de síntese também deve ser estimulada e desenvolvida, pois, assim, a imaginação é 
exercitada.
Dica: tenha o hábito de anotar ideias!
AtençãoAtenção
Sintetizar ideias e concatenar combina-
ções são atividades dos criativos e o en-
genheiro deve desenvolver a criatividade 
para potencializar a quantidade e qualida-
de de soluções, exercitando sempre a ima-
ginação. A criatividade é uma capacidade 
inerente ao ser humano e todos podem 
desenvolver esse potencial.
7.2 Atividades Propostas
1. Por que os engenheiros devem desenvolver a criatividade?
2. Cite três características de um engenheiro criativo.
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
41
Sabemos que houve uma mudança muito 
grande nas atribuições dos engenheiros desde o 
século passado. De aplicador de tecnologias im-
portadas de países mais desenvolvidos para ges-
tores de departamentos e até de empresas, os en-
genheiros tiveram um aumento considerável de 
atividades, o que os torna um profissional muito 
mais completo e desejado pelo mercado. 
Chamamos esse procedimento otimização: 
busca da melhor condição para a solução de situa-
ções que envolvam custos, consumo ou tempo.
Vamos rever os conceitos de processos e ope-
rações e entender como podemos melhorar pro-
cessos industriais. Vamos começar com o conceito 
de processo: em uma empresa industrial, entende-
mos como processo o percurso realizado por um 
materialdesde que entra na empresa até que dela 
sai, com um grau determinado de transformação. 
Agora vamos ver o conceito de operação: é o tra-
balho desenvolvido sobre o material por homens 
ou máquinas em um determinado tempo. Um pro-
cesso, normalmente, é constituído de diversas ope-
rações.
Segundo Martins e Laugeni (2005), a melho-
ria dos processos industriais se compõe de quatro 
estágios e um estágio preliminar. No estágio preli-
minar, é importante ver as coisas sob todos os as-
pectos e ter uma nova maneira de pensar. As coisas 
objeto de análise devem ser relacionadas em qua-
tro categorias:
ƒƒ causa e efeito;
ƒƒ oposição;
ƒƒ similaridade;
ƒƒ proximidade.
Estágio 1
Devemos identificar claramente o problema 
e entender que sempre podemos melhorar algo. 
Na área industrial, devemos:
ƒƒ observar as máquinas e equipamentos e 
tentar descobrir problemas;
ƒƒ buscar reduzir os defeitos a zero, mesmo 
que isso pareça impossível;
ƒƒ examinar as operações comuns a produ-
tos diferentes e procurar reduzir custos, 
através de padronização;
ƒƒ identificar as causas dos problemas. 
Estágio 2
Para conseguir uma melhoria num processo, 
devemos primeiramente entendê-lo e, para isso, 
recorremos a representações gráficas e modelos 
conceituais, como, por exemplo, o 5W1H.
O 5W1H é um tipo de lista de verificação uti-
lizada para informar e assegurar o cumprimento de 
um conjunto de planos de ação, diagnosticar um 
problema e planejar soluções. Essa técnica consis-
te em equacionar o problema, descrevendo-o por 
escrito, da forma como é sentido naquele momen-
to particular: como afeta o processo, como afeta 
as pessoas, que situação desagradável o problema 
causa. 
8 OTIMIZAÇÃO
AtençãoAtenção
Para que tenha sucesso na administração 
de empreendimentos, o engenheiro pre-
cisa estar focado sempre no aumento do 
rendimento de sistemas e de sua produ-
tividade. 
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
42
ƒƒ WHAT: O que será feito (etapas);
ƒƒ HOW: Como deverá ser realizada cada 
tarefa/etapa (método);
ƒƒ WHY: Por que deve ser executada a tare-
fa (justificativa);
ƒƒ WHERE: Onde cada etapa será executa-
da (local);
ƒƒ WHEN: Quando cada uma das tarefas 
deverá ser executada (tempo);
ƒƒ WHO: Quem realizará as tarefas (respon-
sabilidade).
Exemplo do 5W1H:
WHAT
O que
HOW
Como
WHY
Por que
WHERE
Onde
WHEN
Quando
WHO
Quem
Limpar as 
cabeças de 
impressão
Seguindo as 
operações do 
manual
Para melhorar 
a qualidade de 
impressão
No painel de 
controle
A cada 2 
semanas João
Estágio 3
Planejamento das melhorias. Devem ser rea-
lizadas as seguintes tarefas:
ƒƒ envolvimento no problema, para que 
seja entendido claramente. A clara defini-
ção do problema é um dos pontos mais 
importantes e, frequentemente, um dos 
mais negligenciados;
ƒƒ geração de ideias para resolvê-lo. Uma 
das maneiras mais eficazes para a geração 
de ideias é o método do brainstorming.
O brainstorming, mais que uma técnica de 
dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida 
para explorar a potencialidade criativa do indiví-
duo, colocando-a a serviço de seus objetivos. É 
uma ferramenta para geração de novas ideias, con-
ceitos e soluções para qualquer assunto ou tópico 
num ambiente livre de críticas e de restrições à 
imaginação. É útil quando se deseja gerar, em cur-
to prazo, uma grande quantidade de ideias sobre 
um assunto a ser resolvido, possíveis causas de um 
problema, abordagens a serem usadas ou ações a 
serem tomadas.
Regras do brainstorming que devem ser se-
guidas:
ƒƒ não julgar: são proibidos os debates e as 
críticas às ideias apresentadas, pois cau-
sam inibições e desvios dos objetivos;
ƒƒ quantidade é importante: quanto mais 
ideias, melhor;
ƒƒ liberdade total: nenhuma ideia é ruim o 
bastante para ser desprezada. Pode ser 
que ela sirva de inspiração para outras 
ideias excelentes;
ƒƒ mudar e combinar: é permitido que al-
guém apresente uma ideia que seja uma 
modificação ou combinação de outras 
ideias já apresentadas. Contudo, as ideias 
originais devem ser preservadas;
ƒƒ igualdade de oportunidade: todos de-
vem ter chance de apresentar suas ideias.
Podemos também, juntamente ao brainstor-
ming, utilizar o método das “12 perguntas instiga-
doras”, proposto por Martins e Laugeni (2005):
1. Pode ser eliminado?
2. Pode ser feito inversamente?
3. Isso é normal ou excepcional?
4. No processo, o que é sempre fixo e o que 
é variável?
DicionárioDicionário
Brainstorming: a tradução do inglês é algo como 
“tempestade cerebral”.
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
43
5. É possível aumento e redução nas variá-
veis do processo?
6. A escala do projeto modifica variáveis?
7. Podem-se combinar duas ou mais ope-
rações em uma só?
8. Há backup de dispositivos, ferramentas e 
meios de armazenamento de materiais?
9. As operações podem ser realizadas em 
paralelo?
10. Pode-se mudar a sequência das opera-
ções?
11. Há diferenças ou características comuns 
a peças e operações?
12. Há movimentos ou deslocamentos em 
vazio?
Também pode ser utilizado um modelo de 
registro de atividades que Agregam Valor (AV) e 
que Não Agregam Valor (NAV), no qual se separa 
as atividades que agregam valor das que não agre-
gam. A atividade que agrega valor é aquela que 
adiciona algo no produto que o cliente valoriza e 
se dispõe a pagar.
Na Figura 3, temos uma carta AV/NAV, na 
qual estão demonstradas as atividades, separadas 
nas que agregam e nas que não agregam valor, e 
o tempo gasto em cada uma delas. O objetivo da 
empresa é verificar a possibilidade de extinguir as 
atividades que não agregam valor ou diminuir seu 
tempo e concentrar-se nas atividades que agre-
gam valor.
Figura 3 – Carta AV/NAV.
 
 Fonte: Martins e Laugeni (2005, p. 99).
Saiba maisSaiba mais
“A Análise do Valor teve origem durante a 2ª Guerra Mundial, como resultado da aplicação de conceitos 
desenvolvidos por Lawrence D. Miles que na época, era engenheiro do Departamento de Compras da 
General Eletric Co. Durante a guerra, o Governo dos Estados Unidos, determinou que a disponibilidade 
das matérias-primas ‘nobres’ – como níquel, cromo e platina, ficasse reservada exclusivamente para uso da 
indústria de material bélico ou de interesse militar. Isto fez com que a indústria, em geral sentisse a neces-
sidade de encontrar materiais alternativos para mantê-la em funcionamento. Lawrence D. Miles, aplicando 
o seu raciocínio lógico e os conceitos por ele desenvolvidos, obteve grandes resultados, pois além de con-
seguir redução de custos, notou melhorias tanto na qualidade como no desempenho dos produtos ana-
lisados. Terminada a guerra, Miles estende a aplicação destes conceitos para a concepção de um produto, 
com o intuito de substituir as soluções tradicionais por outras mais econômicas.” (ABEAV, 2011).
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
44
Figura 4 – Otimização.
 Fonte: Bazzo e Pereira (2008).
Estágio 4
Implementação das melhorias. Toda mudan-
ça organizacional tende a causar problemas, pois 
as pessoas apresentam resistência. Devemos en-
tender o cenário e tomar diferentes ações para que 
a implantação dê resultado, tais como:
ƒƒ prevenir possíveis problemas, eliminan-
do as causas do problema em potencial;
ƒƒ impedir que o problema se alastre, caso 
tenha ocorrido;
ƒƒ remover os efeitos gerados pelo proble-
ma ocorrido. Não é eliminada a causa, 
mas procura-se eliminar os danos decor-
rentes.
Segundo Bazzo e Pereira (2008), a Figura 4 
ilustra o conceito de otimização.
Serão exigidas do engenheiro muita arte, 
criatividade e intuiçãopara que ele aperfeiçoe uma 
situação problema, pois, de acordo com Bazzo e 
Pereira (2008), as principais variáveis encontradas 
serão sempre:
ƒƒ peso: deve ser reduzido para diminuir 
custos, de produção, transporte ou arma-
zenamento;
ƒƒ resistência: aumentar significa conseguir 
maior eficiência, ou seja, com a utilização 
de menos material, consegue-se resistir a 
um mesmo nível de carga;
ƒƒ rendimento e melhoria: significam dimi-
nuição de perdas ou aumento de produ-
ção.
Ainda de acordo com Bazzo e Pereira (2008) 
podemos identificar dois modelos de otimização:
ƒƒ modelo otimizante: permite a determi-
nação direta da condição ótima. Quando 
ao ser alimentado com parâmetros de 
entrada e executados os procedimentos 
operacionais adequados, retorna a me-
lhor condição. Os modelos homeostáti-
cos (que mantêm algumas de suas variá-
veis dentro de limites especificados) são 
exemplos de modelos otimizantes. A ge-
ladeira é um sistema homeostático, pois 
o termostato regula automaticamente a 
temperatura interna entre o máximo e o 
mínimo desejado, sem que haja interfe-
rência;
ƒƒ modelo entrada-saída: as variáveis do 
sistema são substituídas por valores nu-
méricos apropriados (entradas) e é de-
terminado o valor de uma variável que 
é dependente das demais (saídas). As 
simulações matemáticas são exemplos 
desse método.
Para finalizar, segundo Bazzo e Pereira (2008), 
os métodos de otimização se dividem em:
Introdução à Engenharia
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
45
ƒƒ por evolução: a melhoria nos processos 
de industrialização de alimentos, por 
exemplo, ocorreu em decorrência da 
evolução da tecnologia dessa indústria;
ƒƒ por intuição: habilidades para boas so-
luções sem uma justificativa com base 
científica, somente intuitiva;
ƒƒ por tentativa: iniciada com esboço preli-
minar da solução e, através de tentativas, 
chega-se à melhor solução, que é ineren-
te ao processo do projeto;
ƒƒ técnica gráfica: utiliza-se de esquemas e 
desenhos, que auxiliam na definição de 
proporções e formas;
ƒƒ método analítico: baseado na teoria ma-
temática da otimização. O advento dos 
computadores contribuiu muito para o 
desenvolvimento e aplicação desse mé-
todo. Entre os tipos de otimização que 
utilizam a matemática, estão: programa-
ção linear e não linear, programação geo-
métrica, programação dinâmica, cálculo 
diferencial etc.
8.1 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, vimos que o engenheiro precisa ser um profissional completo 
e diferenciado no mercado. Para isso, ele deve dominar com excelência a otimização dos processos, a fim 
de que os custos, o consumo e o tempo sejam os menores possíveis.
8.2 Atividades Propostas
1. Qual a diferença entre processo e operação?
2. Cite quatro atividades que não agregam valor em uma produção industrial.
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
47
Caro(a) aluno(a), para o completo entendi-
mento do capítulo, algumas definições se fazem 
necessárias. Como abordaremos o meio ambiente 
como cenário, este deve ser o primeiro a ser con-
ceituado e, para isso, voltemos ao Dicionário Au-
rélio: “meio ambiente é o conjunto de condições 
e influências naturais que cercam um ser vivo ou 
uma comunidade e que agem sobre eles.” (FERREI-
RA, 2000). De acordo com Batalha et al. (2008), o 
uso do meio ambiente para a produção de merca-
dorias ocorre, sobretudo, por meio da exploração 
dos recursos naturais. Entretanto, a grande maioria 
desses recursos não é renovável, ou seja, eles são li-
mitados em nosso planeta. Vem daí a preocupação 
com a conservação do meio ambiente, de forma a 
utilizar, mas não esgotar, seus recursos.
Outra definição importante e muito difundi-
da é a de desenvolvimento sustentável. Desenvol-
vimento sustentável é o desenvolvimento capaz de 
suprir as necessidades da geração atual, garantin-
do a capacidade de atender às necessidades das 
futuras gerações; é o desenvolvimento que não 
esgota os recursos para o futuro. Essa é a princi-
pal definição, entre muitas, e surgiu no Relatório 
Brundtland, criado pela Comissão Mundial sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela Or-
ganização das Nações Unidas (ONU) para discutir e 
conciliar dois objetivos: o desenvolvimento da eco-
nomia e a conservação do meio ambiente. 
Durante muitos anos, a pujança de nossa 
indústria foi caracterizada por chaminés soltando 
grande quantidade de fumaça preta no ar. Quanto 
mais fumaça, maior era a capacidade produtiva da 
empresa e maior o seu poder. O tempo passou e 
as mudanças climáticas trouxeram consigo o alerta 
de que o caminho da humanidade estava errado. O 
controle corretivo ou as técnicas de fim de tubo 
para tratar os resíduos industriais já não são sufi-
cientes para diminuir a agressão ao meio ambiente 
quando pensamos no conceito de sustentabilida-
de. É nesse contexto que as técnicas de Produção 
Mais Limpa (P+L) surgem para aumentar a eficiên-
cia nos processos das empresas, fazendo com que 
estas gerem menos resíduos. 
Podemos encontrar muitas definições de 
P+L, mas a elaborada pela United Nations Indus-
trial Development Organization (UNIDO, 2010) é 
bem completa:
Produção Mais Limpa significa a aplicação con-
tínua de uma estratégia econômica, ambiental 
e tecnológica integrada aos processos e pro-
dutos, a fim de aumentar a eficiência no uso 
de matérias-primas, água e energia, através da 
não geração, minimização ou reciclagem de 
resíduos gerados, com benefícios ambientais e 
econômicos para os processos produtivos.
9 CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE
DicionárioDicionário
Técnicas de fim de tubo: são ações que apenas 
ajudam a diminuir o impacto ambiental de de-
terminados resíduos, ao dar-lhes tratamento. 
Portanto, o Fim de Tubo só é válido para tratar 
aqueles resíduos que não puderam ser evitados 
no processo, sendo considerado uma alternati-
va de remediação (FIESP, 2010).
Eduardo Batman Júnior
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
48
Outra palavra que surgiu recentemente, Eco-
design (projeto para o meio ambiente) ou Design 
Ambiental, remete ao conceito de avaliar o efeito 
que um produto tem sobre o meio ambiente em 
todos os estágios do seu ciclo de vida, promoven-
do a utilização de materiais alternativos, menos 
tóxicos e mais abundantes ou reciclados, e pla-
nejando o desenvolvimento, a produção, o uso e 
o descarte (ou pós-uso), procurando minimizar o 
impacto causado pela produção sobre o meio am-
biente. Esse tipo de projeto deve ser o alvo de todo 
engenheiro.
Todo engenheiro de produção deve preocu-
par-se com o meio ambiente quando desenvolve 
um projeto e todo engenheiro ambiental deve co-
nhecer os processos produtivos, grandes gerado-
res de resíduos, para que seu trabalho seja eficaz.
Podemos observar, na Figura 5, o modelo de 
desenvolvimento escolhido pelos seres humanos 
até os dias de hoje.
AtençãoAtenção
É impossível imaginar, nos dias de hoje, 
um engenheiro que não tenha consci-
ência ambiental e que não se preocupe 
com a sustentabilidade em seus proje-
tos. Nosso planeta clama pela utilização 
racional de seus recursos e as gerações 
futuras dependem de como estamos ad-
ministrando o mundo atualmente.
Figura 5 – Modelo de desenvolvimento.
Energia
Fonte: Braga et al. (2002).
Saiba maisSaiba mais
Os benefícios da P+L (FIESP, 2010) são:
 
Para a produção: 
ƒƒ redução no consumo de matéria-prima, 
energia e água; 
ƒƒ redução de resíduos e emissões; 
ƒƒ reuso de resíduos de processo; 
ƒƒ reciclagem de resíduos. 
Para os produtos: 
ƒƒ redução de desperdícios (Ecodesign);
ƒƒ uso de material reciclável para novos pro-
dutos;
ƒƒ diminuição do custo final;
ƒƒ redução de riscos.
Eis algumas premissas que precisam ser con-
sideradas para que haja sobrevivência no planeta.
ƒƒ suprimento

Outros materiais