Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Eduardo Batman Júnior Introdução à Engenharia Revisada por Eduardo Ferreira Blatt (janeiro/2013) É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Introdução à Engenha- ria, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autô- nomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina. A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis- ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail. Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informação e documentação. Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple- mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal. A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar! Unisa Digital APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5 1 O ENGENHEIRO ....................................................................................................................................... 7 1.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................11 1.2 Atividades Propostas...............................................................................................................................................12 2 SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES ......................................................................................13 2.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................18 2.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................18 3 PRODUTIVIDADE ................................................................................................................................. 19 3.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................24 3.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................24 4 CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS ........................................................................... 25 4.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................29 4.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................29 5 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS .................................................... 31 5.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................33 5.2 Atividades Propostas...............................................................................................................................................33 6 COMUNICAÇÃO .................................................................................................................................... 35 6.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................37 6.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................37 7 CRIATIVIDADE ........................................................................................................................................ 39 7.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................40 7.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................40 8 OTIMIZAÇÃO .......................................................................................................................................... 41 8.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................45 8.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................45 9 CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE ..................................................... 47 9.1 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................49 9.2 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................49 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 51 RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 53 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 57 ANEXO ............................................................................................................................................................. 59 SUMÁRIO Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 5 Esta apostila tem o objetivo de introduzir o(a) aluno(a) no mundo da engenharia. Todos nós conhe- cemos algum engenheiro, mas raramente conhecemos as competências e habilidades que formaram esse engenheiro. Nesta apostila, estudaremos o engenheiro de produção e o engenheiro ambiental, seu comportamento, suas atribuições, suas áreas de atuação e o mercado de trabalho. Também estudaremos o Sistema Internacional de Unidades (SI), sua importância e abrangência; aprenderemos o conceito de produtividade e a aplicação prática nas empresas; veremos as boas práticas na construção de tabelas e gráficos, ferramentas tão importantes no dia a dia do engenheiro; faremos menção ao projeto, início de tudo na engenharia; entraremos no tema comunicação para engenheiros, cuja necessidade de aprimoramento muitas vezes passa despercebida; abordaremos a criatividade, que precisa ser muito aguçada e desenvolvida nesses profissionais; e, por fim, mas não menos importante por isso, consideraremos a consciência ambiental e a sustentabilidade, tão comentadas nos dias de hoje, mas que, para que tomem lugar efetivo na vida do engenheiro, precisam ser discutidas desde o primeiro dia de aula. Bom estudo! Prof. Eng. Eduardo Batman Jr. INTRODUÇÃO Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 7 1 O ENGENHEIRO Basta olhar ao redor para vermos a importân- cia dos engenheiros. Nossas roupas foram fabrica- das em máquinas desenvolvidas por engenheiros. Nosso relógio, nosso telefone celular, o computa- dor, enfim, quase tudo que temos ou usamos,in- clusive a energia elétrica e as lâmpadas que estão nos iluminando, foi desenvolvido, projetado e exe- cutado por engenheiros. Você sabe o que as personalidades a seguir, com sobrenomes famosos, têm em comum? Yasser Arafat, Alexandre Gustave Eiffel, Osa- ma Bin Laden, Boris Yeltsin, Henry Laurence Gantt, Henry Ford, Alfred Hitchcock, Karl Benz, Jimmy Car- ter, Joseph Bombardier, Jacques Cousteau, Rudolf Diesel, Ferdinand Porsche, Alexander Graham Bell, Scott Adams, Edwin Armstrong, Rowan Atkinson, Ray Dolby, Michael Bloomberg, Thomas Edison, William Hewlett, David Packard, Guglielmo Mar- coni, Arthur Nielsen, Nikola Tesla e George Westin- ghouse são engenheiros! Todos nós também conhecemos algum en- genheiro, no círculo de amigos, na empresa, na vi- zinhança ou até remotamente, pela televisão, mas vamos agora definir o engenheiro. Segundo Holt- zapple e Reece (2006, p. 1), engenheiros são indivíduos que combi- nam conhecimentos da ciência, da mate- mática e da economia para solucionar pro- blemas técnicos com os quais a sociedade se depara. É o conhecimento prático que distingue os engenheiros dos cientistas, que também são mestres da ciência e da matemática. Essa ênfase na praticidade foi eloqüentemente relatada pelo engenhei- ro A. M. Wellington (1847-1895) que des- creveu a engenharia como ‘a arte de fazer bem, com um dólar, aquilo que qualquer outro pode fazer com dois’. Depois de definir o engenheiro, temos que definir engenharia e, para isso, vamos ao dicioná- rio: “Aplicação de conhecimentos científicos e em- píricos, e certas habilitações específicas, à criação de estruturas, dispositivos e processos para con- verter recursos naturais em formas adequadas ao atendimento das necessidades humanas.” (FERREI- RA, 2000, p. 267). De acordo com Bazzo e Pereira (2008), as atri- buições legais de um engenheiro, dentro de suas competências técnicas legais, são: administrar; analisar; assessorar; avaliar; construir; consultar; controlar; desenvolver; dirigir; emitir parecer; ensinar; ensaiar; especificar; estudar; executar; experimentar; fiscalizar; gerenciar; manter; operar; pesquisar; planejar; produzir; Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 8 projetar; supervisionar; testar; vender; vistoriar. Caro(a) aluno(a), se você pesquisar em livros ou na internet, certamente encontrará muitas ou- tras definições para engenheiro e engenharia, tão corretas quanto essas, mas creio que com elas nós já conseguimos atingir nossos objetivos, que é deixar claras as atribuições genéricas de um enge- nheiro. Sobre as competências e habilidades dos engenheiros, Bazzo e Pereira (2008) apresentam a Tabela 1. Tabela 1 – Competências e habilitações dos engenheiros. Aplicar conhecimentos científicos, matemáticos, tecnológicos e instrumentais. Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços técnicos. Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos. Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados. Identificar, formular e resolver problemas. Desenvolver e utilizar novas ferramentas e técnicas. Assumir uma postura de permanente atualização profissional. Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas. Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica. Avaliar os impactos sociais e ambientais de suas atividades. Avaliar a viabilidade econômica de projetos. Atuar em equipes multidisciplinares. Trabalhar com ética e responsabilidade profissional. Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas. Fonte: Bazzo e Pereira (2008, p. 89). As novas atribuições dos engenheiros foram amplamente discutidas por Laudares e Ribeiro (2000): As mudanças ocorridas na organização do trabalho passaram a utilizar, em maior escala, o componente intelectual do tra- balhador, em detrimento do componen- te físico-manual. Dessa forma, articula- -se uma nova base técnica com a lógica sistêmica de organização da produção e formas participativas de atuação. O en- genheiro, nesse contexto, ocupa posição estratégica, assumindo responsabilidades de gerenciamento de pessoas e processos que lhe exigem conhecimentos humanos e sociais somados àqueles de cunho pura- mente técnicos. Os cursos universitários, outrora baseados numa lógica instrumen- tal e tecnicista, vêm discutindo a urgência de um novo modelo que possibilite uma formação mais ampliada do engenheiro, envolvendo questões que incluem as di- mensões humana e social, econômica e política. Agora, vamos ajustar um pouco mais as de- finições às nossas habilitações: Engenharia de Pro- dução e Engenharia Ambiental. AtençãoAtenção O engenheiro de produção deve dedicar- -se ao projeto, implementação, operação, controle, gerenciamento e melhoria dos sistemas produtivos, através de ferramen- tal matemático e tecnológico para a to- mada de decisões administrativas e estra- tégicas que privilegiem sua empresa sem desconsiderar o meio ambiente. Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 9 O curso de engenharia de produção visa a formar profissionais generalistas, com base cien- tífica e conhecimentos amplos e abrangentes em todas as áreas da produção, considerando os as- pectos humanos e sociais, econômicos, materiais, energéticos, tecnológicos e ambientais, para aten- der às demandas de empresas industriais e de ser- viços. Segundo a Associação Brasileira de Enge- nharia de Produção (ABEPRO, 2010) consideram- -se atividades típicas do engenheiro de produção a utilização de métodos organizacionais e técnicas de natureza matemática e estatística para projeto, seleção, modelagem, simulação, estruturação, ava- liação, qualificação, otimização e manutenção de produtos (bens e serviços) gerados pelos sistemas de produção, inclusive, produzindo normas e pro- cedimentos de controle e auditoria. Quanto ao mercado de trabalho, o Engenhei- ro de Produção é habilitado para trabalhar em in- dústrias dos mais diversos setores, agroindústrias, em empresas de prestação de serviços, como mer- cado financeiro, empresas de comércio, hospitais, consultorias, instituições de pesquisa e ensino e órgãos governamentais. As atividades ainda incluem investigação, monitoramento, análise e diagnóstico para avalia- ção da contribuição de fontes de poluição na de- gradação ambiental, desenvolvimento de projetos, programas e tecnologias que permitam a redução de impactos ambientais e a recuperação do meio, além da pesquisa, implantação e operação de sis- temas produtivos ambientalmente sustentáveis. Quanto ao mercado de trabalho, o Engenhei- ro Ambiental é habilitado para trabalhar em in- dústrias dos mais diversos setores, agroindústrias, em empresas de prestação de serviços, empresas de comércio, consultorias, concessionárias de ser- viços, Organizações Não Governamentais (ONGs), instituições de pesquisa e ensino e Administração pública municipal, estadual e federal. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no dia três de dezembro de 2008, na aber- tura do Congresso Mundial de Engenheiros (World Engineers’ Convention – WEC), organizado pela pri- meira vez nas Américas, em seu discurso destacou a importância da engenharia para a implementa- ção de infraestrutura e outras melhorias que ofe- reçam melhores condições de vida à população e a necessidade de formação de novos profissionais da categoria nos próximos anos: “Hoje, há mais de- manda por engenheiros do que conseguimos for- mar.” (UNESCO, 2009). O secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, durante sua prele- ção, em 24 de setembro de 2009, no VII Congresso Nacional dosEngenheiros (Conse) citou que, nos países que mais crescem no mundo, como China e Índia, a graduação na área tecnológica chega a 30% do total de estudantes, enquanto, no Brasil, situa-se em menos de um quarto desse percentual. Saiba maisSaiba mais “A ABEPRO é a instituição representativa de docentes, discentes e profissionais de Engenharia de Produção. A associação atua há mais de 20 anos assumindo as funções: de esclarecer o papel do Enge- nheiro de Produção na sociedade e em seu mercado de atuação, ser interlocu- tor junto às instituições governamentais relacionadas à organização e avaliação de cursos (MEC e INEP) e de fomento (CAPES, CNPq, FINEP e órgãos de apoio à pesquisa estaduais), assim como em organizações privadas, junto ao CREA, CONFEA, SBPC, ABENGE e outras organi- zações não governamentais que tratam a pesquisa, o ensino e a extensão da en- genharia.” (ABEPRO, 2010). AtençãoAtenção O engenheiro ambiental deve se dedicar- -se ao desenvolvimento, projeto e execu- ção de planos e programas para minimizar a ação poluidora sobre a água, o ar e o solo causada pelas ações do homem, e promo- ver a preservação da qualidade ambiental e da sustentabilidade, além da proteção dos recursos naturais não renováveis. Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 10 Esses números indicam, como atestou ele, a carên- cia na formação de engenheiros para que induzam e contribuam para o desenvolvimento nacional. Nesse mesmo congresso, o deputado federal Ciro Gomes discursou sobre a conjuntura e os enge- nheiros e disse: “Esta é uma nação por fazer e fal- tam engenheiros para tanto. Não há como superar as assimetrias competitivas sem esses profissionais e sem educação.” (FNE, 2009). Para corroborar com nossas definições, o Mi- nistério da Educação (MEC) ainda dispõe em seu sítio na internet os referenciais nacionais para os cursos de engenharia, assim dispostos: REFERENCIAL DO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Carga Horária Mínima: 3600h PERFIL DO EGRESSO O Engenheiro de Produção é um profissional de formação generalista, que projeta, implanta, opera, otimiza e mantém sistemas integrados de produção de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologias, custos e informação, bem como a sua interação com o meio ambiente; analisa a viabilidade econômica, incorporando conceitos e técnicas da qualidade em sistemas produtivos; coordena e/ou integra grupos de trabalho na solução de problemas de engenharia, englobando aspectos técnicos, econômicos, políticos, sociais, éticos, ambientais e de segurança. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; e efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em suas atividades, considera a ética, a segurança, a legislação e os impactos ambientais. TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia, os conteúdos profissionalizantes do curso são: Eletricidade Aplicada; Mecânica dos Sólidos; Mecânica dos Fluídos; Ciência dos Materiais; Engenharia do Produto; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Estratégia e Organização; Gerência de Produção; Gestão Ambiental; Gestão Econômica; Gestão de Tecnologia; Materiais de Construção Mecânica; Métodos Numéricos; Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas; Pesquisa Operacional; Processos de Fabricação; Qualidade; Sistemas de Informação; Transporte e Logística; Controle Estatístico do Processo; Ferramentas da Qualidade; Gerência de Projetos; Gestão do Conhecimento; Gestão Estratégica de Custos; Instalações Industriais; Planejamento do Processo; Planejamento e Controle da Produção. ÁREAS DE ATUAÇÃO O Engenheiro de Produção é habilitado para trabalhar em empresas de manufatura dos mais diversos setores, como metalúrgica, mecânica, química, construção civil, eletroeletrônica, agroindústria; em organizações de prestação de serviços, como bancos, empresas de comércio, instituições de pesquisa e ensino e órgãos governamentais. REFERENCIAL DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Carga Horária Mínima: 3600h Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 11 PERFIL DO EGRESSO O Engenheiro Ambiental é um profissional de formação generalista, que atua no Planejamento, na Gestão Ambiental e na Engenharia e Tecnologia Ambiental. Atua nos aspectos do relacionamento Homem-Meio Ambiente e seus efeitos na cultura, no desenvolvimento sócio-econômico e na qualidade de vida. Coordena e supervisiona equipes de trabalho, realiza estudos de viabilidade técnico-econômica, executa e fiscaliza obras e serviços técnicos; e efetua vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres. Em suas atividades, considera a ética, a segurança, a legislação e os impactos ambientais. TEMAS ABORDADOS NA FORMAÇÃO Atendidos os conteúdos do núcleo básico da Engenharia, os conteúdos profissionalizantes do curso são: Ecologia e Microbiologia; Climatologia; Geologia; Pedologia; Cartografia e Fotogrametria; Informática; Geoprocessamento; Mecânica dos Sólidos; Mecânica dos Fluídos; Gestão Ambiental; Planejamento Ambiental; Hidrologia; Hidráulica Ambiental e Recursos Hídricos; Poluição Ambiental; Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais; Saneamento Ambiental; Saúde Ambiental; Caracterização e Tratamento de Resíduos Sólidos; Líquidos e Gasoso; Legislação e Direito Ambiental; Ciência dos Materiais; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Métodos Numéricos; Modelagem Ambiental; Análise e Simulação de Sistemas Ambientais; Sistemas de Informação. ÁREAS DE ATUAÇÃO O Engenheiro Ambiental é habilitado para trabalhar em empresas e órgãos públicos e privados; empresas de consultoria técnica e organizações não governamentais (ONGs). (BRASIL, 2010). DicionárioDicionário Egresso: nesse contexto, é o aluno que se for- mou e saiu da faculdade. 1.1 Resumo do Capítulo Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, abordamos a importância dos engenheiros para o dia a dia da sociedade. Citamos as atribuições legais que esse profissional precisa ter e desenvolver, tais como: admi- nistrar, assessorar, controlar e vistoriar. As competências e habilitações do engenheiro de Produção e Ambiental também foram mencio- nadas, pois hoje esses profissionais ocupam uma posição estratégica na empresa ou instituição que es- tão inseridos. Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 12 1. A formação atual de um engenheiro exige novas dimensões de conhecimento. Quais são elas? 2. Cite três competências e habilitações dos engenheiros. 1.2 Atividades Propostas Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 13 Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, o obje- tivo é apresentar o Sistema Internacional de Uni- dades (SI) e como devemos realizar a conversão de maneira correta. Muitos livros e sítios da internet apresentam esses materiais e alguns sítios, inclusive, já fazem o cálculo da conversão automaticamente, on-line, como, por exemplo, o sítio do Instituto de Pesos e Medidas (IPEM) de São Paulo, cujo endereço é http://www.ipem.sp.gov.br/5mt/cv2/index.htm. Para vender ou comprar algo, para fazer uma deliciosa comida, para fabricar um bem ou cons- truir um prédio, temos a necessidade de medidas. Por exemplo, compramos açúcar por quilograma, gasolina por litro, numa determinada receita usa- mos 250 mililitros de água, numa construção utili- zamos 100 metros de barras de ferro etc. A necessidade de medir é muito grande e an- tiga e acompanha o homem desde a sua origem. Por muito tempo, cada região teve seu próprio sis- tema de medidas, diferente dos outros, o que oca- sionava muitos transtornos, inclusive na hora do comércio entre as nações. Para resolver esses impasses, era necessário converter uma medida em outra e tambémera muito importante converter uma moeda em outra, para que os negócios pudessem ser fechados. Em muitos países, inclusive no Brasil dos tempos do Império, a instituição que cuidava da moeda tam- bém cuidava do sistema de medidas. O IPEM (2010) relata o seguinte em seu sítio na internet sobre a origem do SI: Em 1789, numa tentativa de resolver esse problema, o Governo francês pediu à Aca- demia de Ciência da França que criasse um sistema de medidas baseado numa ‘cons- tante natural’, ou seja, não arbitrária. As- sim foi criado o Sistema Métrico Decimal, constituído inicialmente de três unidades básicas: o metro, que deu nome ao siste- ma, o litro e o quilograma (posteriormen- te, esse sistema seria substituído pelo Sis- tema Internacional de Unidades – SI). O Sistema Internacional de Unidades – SI foi sancionado em 1960 pela Conferên- cia Geral de Pesos e Medidas e constitui a expressão moderna e atualizada do an- tigo Sistema Métrico Decimal, ampliado de modo a abranger os diversos tipos de grandezas físicas, compreendendo não somente as medições que ordinariamen- te interessam ao comércio e à indústria (domínio da metrologia legal), mas esten- dendo-se completamente a tudo o que diz respeito à ciência da medição. O Brasil adotou o Sistema Internacional de Unidades – SI em 1962. A Resolução nº 12 de 1988 do Conselho Nacional de Metro- logia, Normalização e Qualidade Industrial – CONMETRO ratificou a adoção do SI no País e tornou seu uso obrigatório em todo o território nacional. No SI, temos duas classes de unidades: as uni- dades de base e as unidades derivadas. A divisão das unidades nessas duas classes é arbitrária, por- que não é uma imposição da física. De acordo com o Instituto Nacional de Me- trologia, Normalização e Qualidade Industrial (IN- METRO, 2007), a Conferência Geral de Pesos e Me- didas, levando em consideração as vantagens de adotar um tema prático único para ser utilizado mundialmente nas relações internacionais, no en- sino e no trabalho científico, decidiu basear o SI em sete unidades, consideradas independentes sob o ponto de vista dimensional: o metro, o quilograma, o segundo, o ampère, o kelvin, o mol e a candela. 2 SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 14 Tabela 2 – Unidades de base. Grandeza Nome Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica ampère A Temperatura termodinâmica kelvin K Quantidade de matéria mol mol Intensidade luminosa candela cd Fonte: Inmetro (2007). AtençãoAtenção As unidades de base do SI são: o metro, o quilograma, o segundo, o ampère, o kel- vin, o mol e a candela. Saiba maisSaiba mais “O Instituto Nacional de Metrologia, Nor- malização e Qualidade Industrial – In- metro – é uma autarquia federal, vincu- lada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que atua como Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro), cole- giado interministerial, que é o órgão nor- mativo do Sistema Nacional de Metrolo- gia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro).” (INMETRO, 2011). A segunda classe de unidades do SI elenca as unidades que podem ser formadas combinando unidades de base, segundo relações algébricas que interligam as grandezas correspondentes. Confor- me o Inmetro (2007), diversas dessas expressões algébricas, em razão de unidades de base, podem ser substituídas por nomes e símbolos especiais, o que permite sua utilização na formação de outras unidades derivadas. Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 15 De acordo com o Inmetro (2007), certas uni- dades derivadas, que são mencionadas na Tabela 3, receberam nome especial e símbolo particular, por questões de comodidade. Esses nomes e símbolos podem ser utilizados para expressar outras unida- des derivadas. Os nomes especiais e os símbolos particulares permitem expressar, de maneira mais simples, unidades frequentemente utilizadas. Tabela 3 – Exemplo de unidades do SI derivadas, expressas a partir das unidades de base. Grandeza Nome Símbolo Superfície metro quadrado m² Volume metro cúbico m³ Número de ondas 1 por metro 1/m Densidade de massa quilograma por metro cúbico kg/m³ Concentração mol por metro cúbico mol/m³ Volume específico metro cúbico por quilograma m³/kg Velocidade metro por segundo m/s Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s² Densidade de corrente ampère por metro ao quadrado A/m² Campo magnético ampère por metro A/m Fonte: Inmetro (2007). Tabela 4 – Unidades SI derivadas possuidoras de nomes especiais e símbolos particulares. Grandeza derivada Nome Símbolo Expressão em outras unidades SI Expressão em unidades SI de base Ângulo plano radiano rad 1 m/m Ângulo sólido esferorradiano sr 1 m²/m² Frequência hertz Hz 1/s – Força newton N kg·m/s² – Pressão, esforço pascal Pa kg/(m·s²) N/m² Energia, trabalho, quantidade de calor joule J kg·m²/s² N·m Potência, fluxo de energia watt W kg·m²/s³ J/s Quantidade de eletricidade, carga elétrica coulomb C s.A – Diferença de potencial elétrico, força eletromotriz volt V kg·m²/(s³·A) W/A Resistência elétrica ohm Ω kg·m²/(s³·A²) V/A Capacidade elétrica farad F A²·s²·s²/(kg·m²) A·s/V Condutância elétrica siemens S A²·s³/(kg·m²) A/V Indutância henry H kg·m²/(s²·A²) Wb/A Fluxo magnético weber Wb kg·m²/(s²·A) V·s Densidade de fluxo magnético tesla T kg/(s²·A) Wb/m² Temperatura em Celsius grau Celsius °C – K Fluxo luminoso lúmen lm cd cd·sr Luminosidade lux lx cd/m² lm/m² Atividade radioativa becquerel Bq 1/s – Dose absorvida gray Gy m²/s² J/kg Dose equivalente sievert Sv m²/s² J/kg Fonte: Inmetro (2007). Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 16 Tabela 5 – Exemplos de unidades SI derivadas, cujos nomes e símbolos compreendem unidades SI derivadas tendo nomes especiais e símbolos particulares. Grandeza Nome Símbolo Expressão em outras unidades SI Expressão em unidades SI de base Velocidade angular radiano por segundo rad/s 1/s Hz Aceleração angular radiano por segundo por segundo rad/s² 1/s² Hz² Momento de força newton metro N·m kg·m²/s² – Densidade de carga coulomb por metro cúbico C/m³ A·s/m³ – Campo elétrico volt por metro V/m kg·m/(s³·A) W/(A·m) Entropia joule por kelvin J/K kg·m²/(s²·K) N·m/K Calor específico joule por quilograma por kelvin J/(kg·K) m²/(s²·K) N·m/(K·kg) Condutividade térmica watt por metro por kelvin W/(m·K) kg·m/(s³·K) J/(s·m·K) Intensidade de radiação watt por esferorradiano W/sr kg·m²/(s³·sr) J/(s·sr) Fonte: Inmetro (2007). Os usuários do SI precisam empregar conjuntamente certas unidades que não fazem parte dele, mas estão amplamente difundidas. Essas unidades têm papel tão importante que é necessário conservá-las para uso geral com o SI. Tabela 6 – Unidades fora do SI, em uso com ele. Unidade Símbolo Valor em unidade SI minuto min 1 min = 60 s hora h 1 h = 60 min = 3600 s dia d 1 d = 24 h = 86 400 s grau ° 1° = π/180 rad minuto ‘ 1’ = (1/60)° = π/10 800 rad segundo “ 1“ = (1/60)’ = π/648 000 rad litro l ou L 1 l = 0,001 m³ tonelada t 1 t = 1000 kg neper Np 1 Np = 1 bel B 1 B = Fonte: Inmetro (2007). DicionárioDicionário Entropia: grandeza que, em termodinâmica, permite avaliar a degradação da energia de um sistema; a entropia de um sistema caracteriza o seu grau de desordem. Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 17 Tabela 7 – Prefixos SI. Nome Símbolo Fator yotta Y 1024 zetta Z 1021 exa E 1018 peta P 1015 tera T 1012 giga G 109mega M 106 quilo k 103 hecto h 102 deca da 101 deci d 10-1 centi c 10-2 mili m 10-3 micro m 10-6 nano n 10-9 pico p 10-12 femto f 10-15 atto a 10-18 zepto z 10-21 yocto y 10-24 Fonte: Inmetro (2007). É necessário admitir, também, algumas outras unidades que não pertencem ao SI, cujo uso é útil em domínios especializados da pesquisa científica. Tabela 8 – Unidades fora do SI, em uso com ele, cujo valor em Unidades SI é obtido experimentalmente. Nome Símbolo Valor em unidades SI Elétron volt eV 1 eV = 1,602 176 487(40) x 10−19 J Unidade de massa atômica u 1 u = 1,660 538 782(83) x 10−27 kg Unidade astronômica ua 1 ua = 1,495 978 706 91(30) x 1011 m Fonte: Inmetro (2007). Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 18 Tabela 9 – Outras unidades fora do SI em uso com ele. Nome Símbolo Valor em unidade SI milha marítima – 1 milha marítima = 1852 m nó – 1 nó = 1 milha marítima por hora = 1852/3600 m/s are a 1 a = 100 m² hectare ha 1 ha = 10 000 m² acre – 40,47 a barn b 1 b = 10−28 m² ångström Å 1 Å = 10−10 m bar bar 1 bar = 100 000 Pa Fonte: Inmetro (2007). 2.1 Resumo do Capítulo Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, apresentamos o SI, que é dividido em 2 classes (unidades de base e derivadas), suas conversões e importâncias que precisam fazer parte do conhecimento técnico do engenheiro. 2.2 Atividades Propostas 1. Quais são as sete unidades que servem de base para o SI? 2. Qual o significado da palavra quilo (k)? 3. Uma fazenda com 78.000 m² tem quantos hectares? 4. Quantos segundos têm duas horas e doze minutos? 5. Quantas toneladas equivalem a 415 kg? Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 19 A intenção deste capítulo é fazer com que você tenha contato com algumas técnicas para re- solução de problemas, comuns aos engenheiros, e entenda o conceito de produtividade. Segundo Martins e Laugeni (2005), no fim do século XIX, nos Estados Unidos, surgiram os trabalhos de Frederick W. Taylor, pai da Adminis- tração Científica. Neles, aparece a sistematização do conceito de produtividade, ou seja, a procura por melhores métodos de trabalho e processos de produção, com o objetivo de melhorar a produtivi- dade com o menor custo possível. Esse objetivo é perseguido até hoje pelas empresas, mudando-se apenas as técnicas utilizadas. Inicialmente, vamos observar alguns concei- tos importantes, como a diferença de produção e produtividade. A Produção pode ser entendida como a quantidade produzida de um bem ou ser- viço. A produtividade é a relação entre a quantida- de ou valor produzido e a quantidade ou valor dos insumos utilizados. A Figura 1 é uma representação clássica de um sistema de produção. Todo sistema de produção compõe-se de três elementos básicos: as entradas (também co- nhecidas com inputs), as saídas (também conheci- das como outputs) e as funções de transformação. 3 PRODUTIVIDADE AtençãoAtenção Produzir mais utilizando menos recursos é aumentar a produtividade! Figura 1 – Sistema de produção. Fonte: Martins e Laugeni (2005, p. 11). EMPRESA Mão-de-obra Capital Produtos Energia Serviços Outros insumos A M B I E N T E E N T R A D A S S A Í D A S A M B I E N T E Funções de transformação Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 20 As entradas ou inputs são os insumos, ou seja, o conjunto de todos os recursos necessários, tais como: mão de obra, capital, energia elétrica, ma- téria-prima, informações e outros. Eles são trans- formados em saídas ou outputs, pelas funções de transformação, como decisões e processos, entre outros fatores. As saídas ou outputs são os produ- tos manufaturados, serviços prestados ou informa- ções fornecidas. As funções de transformação ou função pro- dução são entendidas como um conjunto de ati- vidades que levam à transformação de um bem tangível em outro com maior utilidade e, conse- quentemente, com mais valor. Qualquer organiza- ção possui uma função produção, porque produz algum tipo de bem ou serviço. Portanto, os sistemas de produção são aque- les que têm por objetivo a fabricação de bens ma- nufaturados, a prestação de serviços ou o forneci- mento de informações. Em 1950, a Comunidade Econômica Europeia (CEE) apresentou uma definição formal de produti- vidade como sendo “o quociente obtido pela divi- são do produzido por um dos fatores de produção”. Dessa forma, pode-se falar da produtividade do capital, das matérias-primas, da mão de obra e outros. Em outras palavras, produtividade é pro- duzir mais e melhor, em menos tempo e gastando menos, com foco no lucro e na competitividade. As empresas calculam a sua produtividade de tempos em tempos para avaliar seu desempe- nho. Também comparam sua produtividade com a dos concorrentes, para verificar seu nível de com- petitividade. Vamos examinar alguns exemplos de cálculo de produtividade. Saiba maisSaiba mais “As estatísticas de renda per capita são usadas para se ter uma ideia grosseira do nível de vida dos habitantes de vários países e da produtividade industrial des- ses mesmos países.” (SANTIAGO, 2010). Exemplo 1 Determinar a produtividade parcial da mão de obra de uma empresa que produziu 180.000 tone- ladas de cimento em um determinado ano, utilizando 150 funcionários, que trabalharam em média 160 horas/mês. Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 21 Solução: A fórmula da produtividade é: P = OUTPUT/INPUT Para calcular o INPUT: INPUT: 150 Homens x 160 horas/mês x 12 meses/ano = 288.000 Homens.hora/ano Ou 150 H x 160 h x 12 m = 288.000 H.h m ano ano Em que cortamos mês (m) com mês (m) e sobra H.h/ano como unidade. OUTPUT: 180.000 toneladas/ano P = OUTPUT= 180.000 t/ano = 0,63 t/H.h INPUT 288.000 H.h/ano Em que cortamos ano com ano e sobra t/H.h como unidade. Resposta: A produtividade é 0,63 t/h.H, que significa que cada homem trabalhando durante uma hora produz para a empresa 0,63 tonelada de cimento, em média. Exemplo 2 Outra empresa, fabricante de lâmpadas, em um período de 6 semanas produziu 480.000 unidades, que foram vendidas a $ 3,50/unidade. Determine a produtividade total nesse período, sabendo que a empresa gastou $500.000,00 com todos os insumos utilizados. Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 22 Solução: INPUT: $500.000,00 OUTPUT: 480.000 unidade x $ 3,50/unidade = $1.680.000,00 unidade = $1.680.000,00 unidade P = OUTPUT = $1.680.000,00 = 3,36 INPUT $500.000,00 Nesse caso, cortamos cifrão com cifrão e temos unidade, ou seja, um número puro, que podemos transformar em porcentagem, dessa forma: 3,36 x 100 = 336% Resposta: Podemos dizer que produtividade total é 3,36 (ou 336%) e entender que o valor faturado pela empresa é 3,36 vezes maior que o valor investido em todos os insumos. Exemplo 3 Uma empresa fabricante de alimentos produziu, em 2006, 840.000 toneladas com o emprego de 7.530 colaboradores. Em 2007, sua produção foi de 799.000 toneladas, com o emprego de 6.790 colabo- radores. Determine as produtividades em 2006 e 2007 e sua variação. Solução: Em 2006: INPUT: 7.530 homensOUTPUT: 840.000 toneladas P = OUTPUT = 840.000 t = 111,55 t/H INPUT 7.530 H Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 23 Em 2007: INPUT: 6.790 homens OUTPUT: 799.000 toneladas P = OUTPUT = 799.000 t = 117,67 t/H INPUT 6.790 H P (2006) = 111,55 t/H P (2007) = 117,67 t/H Para calcularmos a variação da produtividade, utilizaremos a seguinte fórmula: Variação = rP = P depois P antes Onde: ∆P = 117,67 = 1,05 ou x 100 = 105% 111,55 Resposta: A produtividade aumentou 5%. Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 24 Prezado(a) aluno(a), neste capítulo apresentamos algumas técnicas para a resolução de problemas envolvendo o conceito de produtividade. 3.1 Resumo do Capítulo 3.2 Atividades Propostas 1. Um fabricante de molas, em 2007, produziu 6.750.000 molas utilizando 14.000.000 metros de arame. No ano seguinte, após melhorias no processo produtivo, fabricou 7.980.000 molas utilizando 14.200.000 metros de arame. Quanto foi a porcentagem de aumento da produtivi- dade dessa empresa? 2. (Fundação Carlos Chagas – 2008 – METRÔ-SP – Analista Trainee) Nos anos de 2006 e de 2007, respectivamente, a empresa AlfaMetro obteve os seguintes resultados de produção: Analisando os dados da AlfaMetro, a produtividade de: a. 2006 é 50% menor que a de 2007. b. 2006 é 50% maior que a de 2007. c. 2006 é menor que a de 2007. d. 2006 é maior que a de 2007. e. 2006 é igual à de 2007. 3. Um fazendeiro colheu 50.000 dúzias de laranja, em uma área de 12.000 m², utilizando 28 fun- cionários, que trabalharam em média 8 horas por dia, durante 18 dias. Seu vizinho, também produtor de laranjas, colheu 70.000 dúzias, em uma área de 18.000 m², utilizando 34 funcioná- rios, que trabalharam em média 9 horas por dia, durante 24 dias. Pergunta-se: a. Qual dos dois teve a maior produtividade por área plantada? b. Qual dos dois teve a maior produtividade da mão de obra? Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 25 Todo engenheiro deve saber construir e in- terpretar tabelas e gráficos, pois são ferramentas valiosas e muitos dados são apresentados des- sa forma. Neste capítulo nosso objetivo é sugerir boas práticas na construção destes. Tabelas: As tabelas devem explicar um determi- nado evento, ou seja, devem ter signifi- cado próprio; Todas as tabelas devem ter um título e este deve ser autoexplicativo. Nele, po- dem constar as unidades de medida que serão utilizadas no corpo da tabela; O cabeçalho sempre deve ser delimitado por traços horizontais; Toda tabela deve ter uma fonte, ou seja, quem foi o responsável pelo levanta- mento dos dados; Sempre que possível, ordene os dados de colunas e/ou linhas de sua tabela de maneira crescente ou decrescente; As tabelas devem ter totais de linhas e/ ou colunas para que as comparações se- jam facilitadas; Se uma tabela tiver muitas linhas em seu corpo, estas devem estar em cores dife- rentes, alternadas ou com espaçamen- tos diferentes e alternados, para facilitar a visualização; As células de uma tabela não devem fi- car em branco, por convenção temos: Utilize somente as casas decimais ne- cessárias, pois o excesso pode desviar a atenção das comparações que realmen- te são importantes; Se uma tabela precisar ser dividida em mais páginas, o cabeçalho deve ser re- petido em todas as páginas, com o título apresentado apenas na primeira página. 4 CONSTRUÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS DicionárioDicionário Convenção: acordo, pacto, contrato; conven- ção verbal. Na linguagem vulgar, aquilo que está geralmente admitido ou tacitamente con- tratado; convenções sociais. ... Dado desconhecido – Dado omitido X Dado inexistente Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 26 Exemplo de tabela: AtençãoAtenção Nunca exagere nas ilustrações que acom- panham o gráfico para não o “poluir” visu- almente, dificultando o entendimento do que realmente importa. Gráficos: Assim como as tabelas, os gráficos de- vem explicar um determinado evento, ou seja, devem ter significado próprio; Todos os gráficos devem ter um título, acima ou abaixo do gráfico, e este deve ser autoexplicativo. Também devem ter escala, para serem interpretados sem necessidade de explicações adicionais; Para cada tipo de evento, existe um tipo gráfico mais apropriado. Preste muita atenção na escolha do gráfico; Quando o gráfico tem como base um eixo cartesiano, no eixo das abscissas (x), a escala cresce da esquerda para direita e deve ser escrita embaixo do eixo; no eixo das ordenadas, a escala cresce de baixo para cima e deve ser escrita à esquerda do eixo. Em ambos, devem estar inclusas as unidades de medida e podem ser utili- zadas setas para indicar essa orientação. A escala deve ser iniciada em zero, mas, quando esta estiver deslocada, devemos fazer uma indicação de “quebra” nos ei- xos para mostrar esse deslocamento; As escalas dos eixos são muito impor- tantes para não distorcer as informações que se pretende transmitir. Para compa- rar as informações de dois os mais gráfi- cos, devemos utilizar a mesma escala; Sempre que necessário, inclua uma le- genda para facilitar o entendimento do gráfico; Todo gráfico deve ter uma fonte, ou seja, quem foi o responsável pelo levanta- mento dos dados, exibido no seu roda- pé. Vamos ver agora os principais tipos de grá- ficos: 1. Gráfico de linhas: deve ser utilizado para mostrar evolução ou tendências nos da- dos no mesmo intervalo de tempo; Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 27 Exemplo de gráfico de linhas: Fonte: Fictícia. 2. Gráfico de colunas ou barras: deve ser utilizado para demonstrar as alterações de dados em um período de tempo ou representar comparações entre dados. No gráfico de colunas, as categorias são organizadas na horizontal e os valores são distribuídos na vertical, para enfa- tizar as variações ao longo do tempo. Os gráficos de barras são semelhantes, mas, ao invés de colunas (verticais), te- mos barras (horizontais); estes melhor representam comparações entre dados individuais; Exemplo de gráfico de colunas: Fonte: Fictícia. Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 28 Exemplo de gráfico de barras: Fonte: CETESB. 3. Gráfico circular: também chamado gráfi- co de pizza, por sua forma característica, esse gráfico serve para mostrar o tama- nho proporcional de itens que consti- tuem uma série de dados e é muito útil quando você deseja dar ênfase a um dado em relação aos outros. Exemplo de gráfico circular: Fonte: Fictícia. Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 29 Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, mostramos alguns exemplos de tabelas e gráficos que o enge- nheiro deve saber construir e interpretar, dando o significado correto do que está sendo representado. 4.1 Resumo do Capítulo 4.2 Atividades Propostas 1. Quando devemos utilizar um gráfico de linhas? 2. Quando devemos utilizar um gráfico de colunas ou barras? 3. Quando devemos utilizar um gráfico circular? 4. Quais os elementos faltantes na tabela a seguir? MÊS ESTOQUE VENDA DEVOLUÇÃO TOTAL JANEIRO 84.560 8.420 30 76.170 FEVEREIRO 76.170 6.850 22 69.342 MARÇO 69.342 7.590 18 61.770 ABRIL 61.770 9.560 44 52.254 Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 31 Caro(a) aluno(a), transformar uma ideia em algo tangível depende de um projeto. Essa trans- formação do imaginário em real, para satisfazer alguma necessidade humana, é o que move a en-genharia. Neste capítulo, iremos apresentar alguns conceitos de desenvolvimento de projetos, sem a menor pretensão de esgotar o assunto, que será tratado em outras disciplinas do curso, mas nosso objetivo é instigar os(as) alunos(as) ao estudo de projetos. De acordo com Holtzapple e Reece (2006), o método de projeto de engenharia contém os se- guintes elementos: síntese: combinação de vários elementos em um todo integrado; análise: uso de matemática, técnicas de engenharia e economia para quantificar o desempenho das várias opções; comunicação: apresentações escritas e orais; implementação: execução do plano. Este método pode deve ser desdobrado em fases, conforme a Figura 2. 5 CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS Figura 2 – Método de projeto de engenharia. Fonte: Holtzapple e Reece (2006, p. 84). Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 32 Fase 1: a identificação da necessidade pode ser realizada por qualquer pessoa, mas o engenheiro deve definir o proble- ma, pois sempre existe uma maneira me- lhor, ou mais viável, para satisfazer uma necessidade; Fase 2: a montagem da equipe de proje- to deve ser multidisciplinar, com pessoas das mais variadas áreas, pois, dessa for- ma, podemos abranger com mais recur- sos todas as variáveis do projeto. O tama- nho da equipe deve ser proporcional ao tamanho e complexidade do projeto; Fase 3: os projetos sempre apresentam limitações. Essas limitações podem ser de orçamento, de tempo (ou prazo), de pessoas, de legislação, de viabilidade de produção, entre outros fatores. Quanto aos critérios de sucesso, podemos citar a estética (ou design), desempenho, quali- dade, custo, segurança, manutenção, en- tre muitos outros critérios; Fase 5: a análise de cada solução em po- tencial deve ser realizada primeiramente no âmbito da viabilidade econômica. A solução escolhida deverá ser economica- mente viável. Depois, essa proposta deve ser transformada em um projeto preli- minar, que, obtendo sucesso, deverá ser documentado e comunicado à gerência, para finalmente ser encaminhado para a realização de um projeto detalhado; Fase 6: a escolha da melhor solução tam- bém deve ser realizada de acordo com a viabilidade econômica e deve ser apro- vada em um projeto preliminar; Fase 7: nessa etapa, os engenheiros de- vem documentar as soluções escolhidas, de acordo com a viabilidade econômica e o projeto preliminar; Fase 8: depois de documentadas, as solu- ções devem ser levadas ao conhecimen- to da gerência para que seja novamente discutido o assunto e aprovado para a realização do projeto detalhado; Fase 9: normalmente, nessa fase, um protótipo deverá ser construído a partir dos documentos produzidos. Se tudo funcionar bem, de acordo com as expec- tativas, uma linha de produção deverá ser montada, fornecedores deverão ser desenvolvidos, colaboradores devem ser treinados e o projeto executado; Fase 10: depois que o primeiro produto sair da linha de produção, ele deverá ser testado e submetido a avaliações. Caso haja algum problema com a produção, este deve ser encontrado e corrigido. Se produto atender às especificações do projeto, o trabalho estará terminado. AtençãoAtenção Fase 4: buscar soluções significa que o en- genheiro deve sempre pensar na melhor solução para o problema apresentado e, para isso, pode usar muitas técnicas, como identificar os parâmetros críticos, utilizar analogias, trocar funções, separar fun- ções, eliminar necessidades etc. DicionárioDicionário Analogia: relação, semelhança de uma coisa com outra; analogia de formas, de gostos. Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 33 Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, apresentamos o conceito de desenvolvimento de projetos. Um projeto é constituído das seguintes etapas: síntese, análise, comunicação e implementação. 5.1 Resumo do Capítulo 1. Qual a vantagem de uma equipe multidisciplinar trabalhando em um projeto? 2. Qual o objetivo do protótipo? 3. Cite três limitações e três critérios de sucesso de um projeto. 5.2 Atividades Propostas Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 35 Somente as técnicas básicas adquiridas no curso de engenharia não são suficientes para ser um excelente profissional. Para que o profissional seja completo, é preciso que saiba utilizar, além da memória e raciocínio, a capacidade de se expressar com clareza em suas ideias e soluções para os pro- blemas. A forma mais importante de comunicação é a escrita, mas outras formas são: oral, gráfica ou atra- vés de modelos icônicos. Na engenharia, todas elas têm o seu uso. Para escrever ou se preparar para uma apre- sentação oral, o engenheiro deve levar em conta três passos: 1. seleção do tema: que pode ser livre ou direcionado; 2. pesquisa: revistas técnicas, anais de con- ferências, livros, internet, artigos, relató- rios governamentais, estatísticas, resu- mos, catálogos de bibliotecas, patentes etc.; 3. organização: conhecer sua audiência e planejar o que irá apresentar. Como engenheiro(a), você precisará fazer propostas a clientes, explicar ao chefe os resulta- dos de uma determinada análise, entre outras coi- sas. Segundo Holtzapple e Reece (2006), as apre- sentações orais se dividem em: introdução: é aqui que você cativa ou não a sua audiência, conectando os ou- vintes ao seu mundo; corpo: é o coração da apresentação. Use capítulos para que o público se situe quando você mudar os tópicos; conclusão: você deve fechar a apresenta- ção com pontos importantes. Pense em qual mensagem você quer deixar para o público; recursos visuais: busque a simplicidade sempre. Os mais usados são quadros de palavras, tabelas, gráficos, fotografias, es- quemas, mapas e slides; ansiedade de falar em público: suor, pernas bambas, gastrite, aumento dos batimentos cardíacos e da respiração são sinais típicos da ansiedade pré-apre- sentação. Para dominar esses sintomas, treine, pratique, fique bem preparado. 6 COMUNICAÇÃO AtençãoAtenção Desenvolver bem o trabalho e se comuni- car com eficácia em sua área de atuação é um objetivo a ser alcançado pelo enge- nheiro que pretende ser bem-sucedido, embora alguns estudantes coloquem em segundo plano a importância da comuni- cação escrita e falada na engenharia. DicionárioDicionário Modelos icônicos: são representações em esca- la reduzida, com muita semelhança e clareza, do sistema real. Exemplos: mapas, maquetes, plantas, desenhos etc. Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 36 Permita-se cometer erros, se exercite ho- ras antes, para que o corpo esteja bem relaxado, e se entregue ao público; estilo: olhe nos olhos do seu público, fale com a voz alta e confiante, não se fixe nos slides, não se distraia com seu reló- gio, anel ou moedas no bolso. Esteja bem arrumado para mostrar respeito pela au- diência e seja otimista. A comunicação escrita é essencial ao tra- balho do engenheiro. Expedir pedidos ou ordens aos funcionários da empresa, preparar memoran- dos, elaborar relatórios técnicos para clientes ou diretores, redigir cartas comerciais ou propostas e escrever artigos em revistas técnicas são alguns exemplos. O engenheiro precisa escrever de forma precisa, breve, clara e fácil de entender, pois o ob- jetivo maior é expressar e não impressionar. A boa escrita exige editoração, nada de improvisação e sempre se colocar no lugar de quem irá ler (públi- co-alvo) aquele texto. Eis algumas dicas de Holtzapple e Reece (2006): evite frases fragmentadas e muito lon- gas; prefira voz ativa; evite palavras vagas,com duplo sentido; elimine redundâncias; use menos preposições; use referências claras e pronomes; evite infinitivos modificados por advér- bios; evite a linguagem burocrática, prefira fra- ses com poucas palavras; evite linguagem informal; evite linguagem muito rebuscada, pom- posa. A linguagem técnica deve ser clara e objetiva, sem dar margem a outras interpretações. Ao usar- mos essa linguagem, temos que levar em conta o público-alvo, para usarmos uma terminologia ade- quada para que o público seja atingido sem ruído na comunicação. Ler com frequência e consultar dicionários enriquece o vocabulário técnico. Segundo Bazzo e Pereira (2008) um texto téc- nico deve ser: impessoal: redigido na terceira pessoa; objetivo: sem ressalvas; modesto e cortês: sem engrandecer o próprio trabalho; claro: preciso. Para o engenheiro, o desenho é outro instru- mento de muita utilidade, pois permite visualizar os sistemas espacialmente, ou seja, ele é capaz de executar a visão espacial. Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 37 Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, focamos a importância do engenheiro em se comunicar de forma clara, precisa, utilizando sua memória e o raciocínio para escrever e desenhar. Escrever bem é muito importante, pois, em sua atividade diária, esse profissional precisará elabo- rar e enviar propostas a clientes, apresentar relatórios técnicos aos superiores e subordinados, conduzir reuniões. Expressar-se bem depende também de leitura, com frequência, de textos gerais e específicos de sua área profissional. 6.1 Resumo do Capítulo 6.2 Atividades Propostas 1. Em sua opinião, qual a importância da comunicação no dia a dia de um engenheiro? 2. Como deve ser um texto técnico? Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 39 O engenheiro é um profissional que precisa ser criativo, pois muitos imaginam que este se uti- liza apenas de técnicas prontas para a resolução de problemas ou elaboração de projetos, mas, para satisfazer as necessidades humanas, muitas vezes o engenheiro precisa inovar, usando, para isso, uma grande dose de criatividade. Segundo Holtzapple e Reece (2006), a criati- vidade é um talento que não é ensinado; é inato do ser humano e precisa ser estimulado e desenvolvi- do. Para o engenheiro, a criatividade também deve ser estimulada tonificando os “músculos de sínte- se”, sem ignorar algumas restrições peculiares à função, limitadas pelas leis da física e da economia. Justamente por isso, o engenheiro deve ter grande criatividade. E qual a origem da criatividade? Holtzapple e Reece (2006) classificam as pessoas em: pensadores organizados: têm uma men- te bem compartimentada. Os fatos são armazenados em locais únicos e recupe- rados com facilidade quando necessá- rios; pensadores desorganizados: não têm es- trutura. Os fatos podem ser armazenados em locais múltiplos, mas de difícil recu- peração quando necessários; pensadores criativos: são uma combina- ção dos dois outros tipos. Uma mente criativa é organizada e estruturada, mas a informação é armazenada em locais múltiplos e, quando a informação é ne- cessária, há maior probabilidade de en- contrá-la. Para o pensador criativo, a in- formação é armazenada em vários locais, com links úteis e facilidade de resolução rápida e eficaz do problema. Quais são as características de um engenhei- ro criativo? Conforme Holtzapple e Reece (2006), são elas: persistência: um engenheiro de sucesso não desanima; pergunta por que: é curioso em relação ao mundo e à solução de problemas; nunca está satisfeito: fará o que puder para melhorar o projeto que está sendo produzido; aprende com erros e acidentes: muitas descobertas foram feitas por acidente. O engenheiro deve ser sensível ao inespe- rado; faz analogias: as analogias aumentam as chances de encontrar a solução de pro- blemas. Quem faz analogias armazena as informações em locais múltiplos; generaliza: para que o sucesso de um projeto seja aproveitado em outras situa- ções; desenvolve entendimentos qualitativos e quantitativos: o engenheiro deve de- senvolver não apenas aptidões analíti- cas quantitativas, mas também aptidões qualitativas. Números e processos desen- volvem o subconsciente para um mode- lo qualitativo; habilidade de visualização: muitas so- luções envolvem visualização tridimen- sional. Normalmente, a solução pode aparecer em um novo arranjo de compo- nentes, girando ou duplicando, com boa aptidão espacial; habilidade para desenho: dessa forma, poderá comunicar relações espaciais, di- mensões, ordens de preparação, fluxos, de maneira muito mais eficaz; 7 CRIATIVIDADE Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 40 pensamento sem fronteiras: é pensar na engenharia em geral, sem ficar restrito a uma única habilitação, combinando co- nhecimentos de todas as especialidades, de maneira generalista; interesses amplos: é preciso ter equilíbrio entre as necessidades intelectuais, físicas e emocionais; informação especializada: problemas fá- ceis podem ser resolvidos com informa- ções largamente difundidas. Problemas difíceis precisam de informações espe- cializadas, que nem sempre estão dispo- níveis; trabalha com a natureza: a natureza po- derá guiar o engenheiro até a solução de um problema. Fique atento(a) às suas so- luções; possui uma “caixa de ferramentas” de en- genharia: o engenheiro precisa de uma grande “caixa” para armazenar todas as ferramentas adquiridas com sua expe- riência. Anotar ideias é um bom hábito para o pro- cesso criativo. Registrar faz com que as ideias não se percam nem sejam esquecidas ou se transfor- mem em traços vagos. Conforme Bazzo e Pereira (2008), as etapas do processo criativo são: preparação; esforço concentrado; afastamento do problema; visão da ideia; revisão das soluções. Manter a perseverança e a liberdade de pen- sar faz com que estimulemos a criatividade e saia- mos da mesmice profissional. Além da criatividade, a experiência e o bom-senso são vitais para a atua- ção do engenheiro. 7.1 Resumo do Capítulo Prezado(a) aluno(a), um engenheiro criativo, que inova, que surpreende, realmente se destaca em sua atuação: “pense fora da caixa!”. A capacidade de síntese também deve ser estimulada e desenvolvida, pois, assim, a imaginação é exercitada. Dica: tenha o hábito de anotar ideias! AtençãoAtenção Sintetizar ideias e concatenar combina- ções são atividades dos criativos e o en- genheiro deve desenvolver a criatividade para potencializar a quantidade e qualida- de de soluções, exercitando sempre a ima- ginação. A criatividade é uma capacidade inerente ao ser humano e todos podem desenvolver esse potencial. 7.2 Atividades Propostas 1. Por que os engenheiros devem desenvolver a criatividade? 2. Cite três características de um engenheiro criativo. Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 41 Sabemos que houve uma mudança muito grande nas atribuições dos engenheiros desde o século passado. De aplicador de tecnologias im- portadas de países mais desenvolvidos para ges- tores de departamentos e até de empresas, os en- genheiros tiveram um aumento considerável de atividades, o que os torna um profissional muito mais completo e desejado pelo mercado. Chamamos esse procedimento otimização: busca da melhor condição para a solução de situa- ções que envolvam custos, consumo ou tempo. Vamos rever os conceitos de processos e ope- rações e entender como podemos melhorar pro- cessos industriais. Vamos começar com o conceito de processo: em uma empresa industrial, entende- mos como processo o percurso realizado por um materialdesde que entra na empresa até que dela sai, com um grau determinado de transformação. Agora vamos ver o conceito de operação: é o tra- balho desenvolvido sobre o material por homens ou máquinas em um determinado tempo. Um pro- cesso, normalmente, é constituído de diversas ope- rações. Segundo Martins e Laugeni (2005), a melho- ria dos processos industriais se compõe de quatro estágios e um estágio preliminar. No estágio preli- minar, é importante ver as coisas sob todos os as- pectos e ter uma nova maneira de pensar. As coisas objeto de análise devem ser relacionadas em qua- tro categorias: causa e efeito; oposição; similaridade; proximidade. Estágio 1 Devemos identificar claramente o problema e entender que sempre podemos melhorar algo. Na área industrial, devemos: observar as máquinas e equipamentos e tentar descobrir problemas; buscar reduzir os defeitos a zero, mesmo que isso pareça impossível; examinar as operações comuns a produ- tos diferentes e procurar reduzir custos, através de padronização; identificar as causas dos problemas. Estágio 2 Para conseguir uma melhoria num processo, devemos primeiramente entendê-lo e, para isso, recorremos a representações gráficas e modelos conceituais, como, por exemplo, o 5W1H. O 5W1H é um tipo de lista de verificação uti- lizada para informar e assegurar o cumprimento de um conjunto de planos de ação, diagnosticar um problema e planejar soluções. Essa técnica consis- te em equacionar o problema, descrevendo-o por escrito, da forma como é sentido naquele momen- to particular: como afeta o processo, como afeta as pessoas, que situação desagradável o problema causa. 8 OTIMIZAÇÃO AtençãoAtenção Para que tenha sucesso na administração de empreendimentos, o engenheiro pre- cisa estar focado sempre no aumento do rendimento de sistemas e de sua produ- tividade. Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 42 WHAT: O que será feito (etapas); HOW: Como deverá ser realizada cada tarefa/etapa (método); WHY: Por que deve ser executada a tare- fa (justificativa); WHERE: Onde cada etapa será executa- da (local); WHEN: Quando cada uma das tarefas deverá ser executada (tempo); WHO: Quem realizará as tarefas (respon- sabilidade). Exemplo do 5W1H: WHAT O que HOW Como WHY Por que WHERE Onde WHEN Quando WHO Quem Limpar as cabeças de impressão Seguindo as operações do manual Para melhorar a qualidade de impressão No painel de controle A cada 2 semanas João Estágio 3 Planejamento das melhorias. Devem ser rea- lizadas as seguintes tarefas: envolvimento no problema, para que seja entendido claramente. A clara defini- ção do problema é um dos pontos mais importantes e, frequentemente, um dos mais negligenciados; geração de ideias para resolvê-lo. Uma das maneiras mais eficazes para a geração de ideias é o método do brainstorming. O brainstorming, mais que uma técnica de dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa do indiví- duo, colocando-a a serviço de seus objetivos. É uma ferramenta para geração de novas ideias, con- ceitos e soluções para qualquer assunto ou tópico num ambiente livre de críticas e de restrições à imaginação. É útil quando se deseja gerar, em cur- to prazo, uma grande quantidade de ideias sobre um assunto a ser resolvido, possíveis causas de um problema, abordagens a serem usadas ou ações a serem tomadas. Regras do brainstorming que devem ser se- guidas: não julgar: são proibidos os debates e as críticas às ideias apresentadas, pois cau- sam inibições e desvios dos objetivos; quantidade é importante: quanto mais ideias, melhor; liberdade total: nenhuma ideia é ruim o bastante para ser desprezada. Pode ser que ela sirva de inspiração para outras ideias excelentes; mudar e combinar: é permitido que al- guém apresente uma ideia que seja uma modificação ou combinação de outras ideias já apresentadas. Contudo, as ideias originais devem ser preservadas; igualdade de oportunidade: todos de- vem ter chance de apresentar suas ideias. Podemos também, juntamente ao brainstor- ming, utilizar o método das “12 perguntas instiga- doras”, proposto por Martins e Laugeni (2005): 1. Pode ser eliminado? 2. Pode ser feito inversamente? 3. Isso é normal ou excepcional? 4. No processo, o que é sempre fixo e o que é variável? DicionárioDicionário Brainstorming: a tradução do inglês é algo como “tempestade cerebral”. Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 43 5. É possível aumento e redução nas variá- veis do processo? 6. A escala do projeto modifica variáveis? 7. Podem-se combinar duas ou mais ope- rações em uma só? 8. Há backup de dispositivos, ferramentas e meios de armazenamento de materiais? 9. As operações podem ser realizadas em paralelo? 10. Pode-se mudar a sequência das opera- ções? 11. Há diferenças ou características comuns a peças e operações? 12. Há movimentos ou deslocamentos em vazio? Também pode ser utilizado um modelo de registro de atividades que Agregam Valor (AV) e que Não Agregam Valor (NAV), no qual se separa as atividades que agregam valor das que não agre- gam. A atividade que agrega valor é aquela que adiciona algo no produto que o cliente valoriza e se dispõe a pagar. Na Figura 3, temos uma carta AV/NAV, na qual estão demonstradas as atividades, separadas nas que agregam e nas que não agregam valor, e o tempo gasto em cada uma delas. O objetivo da empresa é verificar a possibilidade de extinguir as atividades que não agregam valor ou diminuir seu tempo e concentrar-se nas atividades que agre- gam valor. Figura 3 – Carta AV/NAV. Fonte: Martins e Laugeni (2005, p. 99). Saiba maisSaiba mais “A Análise do Valor teve origem durante a 2ª Guerra Mundial, como resultado da aplicação de conceitos desenvolvidos por Lawrence D. Miles que na época, era engenheiro do Departamento de Compras da General Eletric Co. Durante a guerra, o Governo dos Estados Unidos, determinou que a disponibilidade das matérias-primas ‘nobres’ – como níquel, cromo e platina, ficasse reservada exclusivamente para uso da indústria de material bélico ou de interesse militar. Isto fez com que a indústria, em geral sentisse a neces- sidade de encontrar materiais alternativos para mantê-la em funcionamento. Lawrence D. Miles, aplicando o seu raciocínio lógico e os conceitos por ele desenvolvidos, obteve grandes resultados, pois além de con- seguir redução de custos, notou melhorias tanto na qualidade como no desempenho dos produtos ana- lisados. Terminada a guerra, Miles estende a aplicação destes conceitos para a concepção de um produto, com o intuito de substituir as soluções tradicionais por outras mais econômicas.” (ABEAV, 2011). Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 44 Figura 4 – Otimização. Fonte: Bazzo e Pereira (2008). Estágio 4 Implementação das melhorias. Toda mudan- ça organizacional tende a causar problemas, pois as pessoas apresentam resistência. Devemos en- tender o cenário e tomar diferentes ações para que a implantação dê resultado, tais como: prevenir possíveis problemas, eliminan- do as causas do problema em potencial; impedir que o problema se alastre, caso tenha ocorrido; remover os efeitos gerados pelo proble- ma ocorrido. Não é eliminada a causa, mas procura-se eliminar os danos decor- rentes. Segundo Bazzo e Pereira (2008), a Figura 4 ilustra o conceito de otimização. Serão exigidas do engenheiro muita arte, criatividade e intuiçãopara que ele aperfeiçoe uma situação problema, pois, de acordo com Bazzo e Pereira (2008), as principais variáveis encontradas serão sempre: peso: deve ser reduzido para diminuir custos, de produção, transporte ou arma- zenamento; resistência: aumentar significa conseguir maior eficiência, ou seja, com a utilização de menos material, consegue-se resistir a um mesmo nível de carga; rendimento e melhoria: significam dimi- nuição de perdas ou aumento de produ- ção. Ainda de acordo com Bazzo e Pereira (2008) podemos identificar dois modelos de otimização: modelo otimizante: permite a determi- nação direta da condição ótima. Quando ao ser alimentado com parâmetros de entrada e executados os procedimentos operacionais adequados, retorna a me- lhor condição. Os modelos homeostáti- cos (que mantêm algumas de suas variá- veis dentro de limites especificados) são exemplos de modelos otimizantes. A ge- ladeira é um sistema homeostático, pois o termostato regula automaticamente a temperatura interna entre o máximo e o mínimo desejado, sem que haja interfe- rência; modelo entrada-saída: as variáveis do sistema são substituídas por valores nu- méricos apropriados (entradas) e é de- terminado o valor de uma variável que é dependente das demais (saídas). As simulações matemáticas são exemplos desse método. Para finalizar, segundo Bazzo e Pereira (2008), os métodos de otimização se dividem em: Introdução à Engenharia Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 45 por evolução: a melhoria nos processos de industrialização de alimentos, por exemplo, ocorreu em decorrência da evolução da tecnologia dessa indústria; por intuição: habilidades para boas so- luções sem uma justificativa com base científica, somente intuitiva; por tentativa: iniciada com esboço preli- minar da solução e, através de tentativas, chega-se à melhor solução, que é ineren- te ao processo do projeto; técnica gráfica: utiliza-se de esquemas e desenhos, que auxiliam na definição de proporções e formas; método analítico: baseado na teoria ma- temática da otimização. O advento dos computadores contribuiu muito para o desenvolvimento e aplicação desse mé- todo. Entre os tipos de otimização que utilizam a matemática, estão: programa- ção linear e não linear, programação geo- métrica, programação dinâmica, cálculo diferencial etc. 8.1 Resumo do Capítulo Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, vimos que o engenheiro precisa ser um profissional completo e diferenciado no mercado. Para isso, ele deve dominar com excelência a otimização dos processos, a fim de que os custos, o consumo e o tempo sejam os menores possíveis. 8.2 Atividades Propostas 1. Qual a diferença entre processo e operação? 2. Cite quatro atividades que não agregam valor em uma produção industrial. Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 47 Caro(a) aluno(a), para o completo entendi- mento do capítulo, algumas definições se fazem necessárias. Como abordaremos o meio ambiente como cenário, este deve ser o primeiro a ser con- ceituado e, para isso, voltemos ao Dicionário Au- rélio: “meio ambiente é o conjunto de condições e influências naturais que cercam um ser vivo ou uma comunidade e que agem sobre eles.” (FERREI- RA, 2000). De acordo com Batalha et al. (2008), o uso do meio ambiente para a produção de merca- dorias ocorre, sobretudo, por meio da exploração dos recursos naturais. Entretanto, a grande maioria desses recursos não é renovável, ou seja, eles são li- mitados em nosso planeta. Vem daí a preocupação com a conservação do meio ambiente, de forma a utilizar, mas não esgotar, seus recursos. Outra definição importante e muito difundi- da é a de desenvolvimento sustentável. Desenvol- vimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, garantin- do a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações; é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Essa é a princi- pal definição, entre muitas, e surgiu no Relatório Brundtland, criado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela Or- ganização das Nações Unidas (ONU) para discutir e conciliar dois objetivos: o desenvolvimento da eco- nomia e a conservação do meio ambiente. Durante muitos anos, a pujança de nossa indústria foi caracterizada por chaminés soltando grande quantidade de fumaça preta no ar. Quanto mais fumaça, maior era a capacidade produtiva da empresa e maior o seu poder. O tempo passou e as mudanças climáticas trouxeram consigo o alerta de que o caminho da humanidade estava errado. O controle corretivo ou as técnicas de fim de tubo para tratar os resíduos industriais já não são sufi- cientes para diminuir a agressão ao meio ambiente quando pensamos no conceito de sustentabilida- de. É nesse contexto que as técnicas de Produção Mais Limpa (P+L) surgem para aumentar a eficiên- cia nos processos das empresas, fazendo com que estas gerem menos resíduos. Podemos encontrar muitas definições de P+L, mas a elaborada pela United Nations Indus- trial Development Organization (UNIDO, 2010) é bem completa: Produção Mais Limpa significa a aplicação con- tínua de uma estratégia econômica, ambiental e tecnológica integrada aos processos e pro- dutos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem de resíduos gerados, com benefícios ambientais e econômicos para os processos produtivos. 9 CONSCIÊNCIA AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE DicionárioDicionário Técnicas de fim de tubo: são ações que apenas ajudam a diminuir o impacto ambiental de de- terminados resíduos, ao dar-lhes tratamento. Portanto, o Fim de Tubo só é válido para tratar aqueles resíduos que não puderam ser evitados no processo, sendo considerado uma alternati- va de remediação (FIESP, 2010). Eduardo Batman Júnior Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br 48 Outra palavra que surgiu recentemente, Eco- design (projeto para o meio ambiente) ou Design Ambiental, remete ao conceito de avaliar o efeito que um produto tem sobre o meio ambiente em todos os estágios do seu ciclo de vida, promoven- do a utilização de materiais alternativos, menos tóxicos e mais abundantes ou reciclados, e pla- nejando o desenvolvimento, a produção, o uso e o descarte (ou pós-uso), procurando minimizar o impacto causado pela produção sobre o meio am- biente. Esse tipo de projeto deve ser o alvo de todo engenheiro. Todo engenheiro de produção deve preocu- par-se com o meio ambiente quando desenvolve um projeto e todo engenheiro ambiental deve co- nhecer os processos produtivos, grandes gerado- res de resíduos, para que seu trabalho seja eficaz. Podemos observar, na Figura 5, o modelo de desenvolvimento escolhido pelos seres humanos até os dias de hoje. AtençãoAtenção É impossível imaginar, nos dias de hoje, um engenheiro que não tenha consci- ência ambiental e que não se preocupe com a sustentabilidade em seus proje- tos. Nosso planeta clama pela utilização racional de seus recursos e as gerações futuras dependem de como estamos ad- ministrando o mundo atualmente. Figura 5 – Modelo de desenvolvimento. Energia Fonte: Braga et al. (2002). Saiba maisSaiba mais Os benefícios da P+L (FIESP, 2010) são: Para a produção: redução no consumo de matéria-prima, energia e água; redução de resíduos e emissões; reuso de resíduos de processo; reciclagem de resíduos. Para os produtos: redução de desperdícios (Ecodesign); uso de material reciclável para novos pro- dutos; diminuição do custo final; redução de riscos. Eis algumas premissas que precisam ser con- sideradas para que haja sobrevivência no planeta. suprimento
Compartilhar