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1 “O uso correto das cores em pról do bem-estar e da prevenção de acidentes” Nome – email Técnico em Segurança do Trabalho Instituição - localidade Cidade, UF, 20 de novembro de 2017 Resumo O setor da construção é caracterizado pela grande proporção de empregabilidade e utilização de mão de obra não qualificada, acarretando assim um perfil de setor desorganizado, dificultando a segurança adequada aos trabalhadores. A NR-18 é a legislação que traz as medidas de melhoria das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, na qual é possível implantar a segurança e saúde aos trabalhadores. A NR-26 estabelece a sinalização de segurança para alertar os trabalhadores e visitantes sobre riscos existentes num canteiro de obras e também a necessidade de utilização de equipamentos de proteção. A partir da compreensão desses conceitos, o principal objetivo deste trabalho é analisar a sinalização de segurança dentro de um canteiro de obras de construção civil e com esta análise expor quais seriam as ideais e/ou necessárias para o trabalho, alertando e chamando a atenção, de forma rápida, dos trabalhadores e visitantes sobre os riscos existentes e a necessidade de utilização dos equipamentos de proteção, e também sobre objetos ou situações que comportem riscos ou possam estar na origem de perigo. Palavras-chave: Construção Civil; NR 26; NR 18. Abstract The construction sector is characterized by the high proportion of employability and the use of unskilled labor, thus resulting in a disorganized sector profile, making it difficult for workers to be adequately safe. The NR-18 is the legislation that brings the measures of improvement of conditions and working environment in the construction industry, in which it is possible to implant the safety and health to the workers. The NR-26 establishes safety signs to alert workers and visitors to risks at a construction site and also the need to use protective equipment. Based on the understanding of these concepts, the main objective of this work is to analyze the safety signs inside a construction site and with this analysis, to explain what would be the ideal and / or necessary for the work, alerting and drawing attention, in a timely manner, of workers and visitors about the existing risks and the need to use protective equipment, as well as about objects or situations that present risks or could be a source of danger. Keywords: Civil Construction; NR 26; NR 18. 2 1. Introdução Este trabalho tem como meta, pesquisar as vantagens da utilização criteriosa das cores, na sinalização de segurança, durante o período laboral, sem causar fadiga visual ou desconforto, assim como a sua colaboração no auxílio de ambientes agradáveis e funcionais. Qualquer programa de segurança no trabalho, para ser bem sucedido, passa por uma sinalização de segurança, através das cores, como ferramenta de prevenção, principalmente para aqueles grupos de pessoas com dificuldades para a leitura, sendo a identificação e compreensão da situação quase que imediata (JUNIOR, 2009). As Organizações utilizam as cores como sinalização de segurança e bem estar dos trabalhadores, porém é preciso compreender esta simbologia, para prevenção de acidentes, através de treinamentos. A aplicação funcional das cores consiste na utilização destas segundo o propósito de satisfazer as necessidades de eficiência e conforto, que estão diretamente relacionadas ao desempenho no trabalho e a segurança do trabalhador. Estudos sustentam a noção de que a cor é capaz de propiciar bem estar, satisfação e contentamento, com as seguintes vantagens: • Aumento no desempenho do trabalhador, resultando em maior produtividade; • Melhoria no padrão de qualidade do trabalho desempenhado; • Menor fadiga visual, através da adaptação dos contrastes; • Reações psicológicas positivas, reações estas relacionadas ao humor, satisfação e motivação; • Redução do índice de acidentes; • Melhoria no clima social de trabalho; • Facilidade de conservação e limpeza do ambiente. 2. Objetivos Informar e ilustrar a importância da sinalização de segurança do trabalho em uma construção civil, para chamar a atenção, alertar, prevenir de acidentes de trabalho, facilitar a circulação dos funcionários e das pessoas dentro ou até mesmo fora da área de trabalho, no intuito de identificar locais onde possam haver situações de riscos iminentes. 3. Desenvolvimento A cada dia que passa a busca por ambientes de trabalho mais seguros faz com que os profissionais envolvidos nesta atividade adotem as mais variadas formas de ação fugindo da utilização apenas das formas mais clássicas e básicas de atuação. Isso na prática quer dizer muitas coisas – algumas destas surgem da criatividade e conforme a necessidade da realidade das organizações – outras são, na verdade, antigas técnicas da prevenção que vão sendo redescobertas e readequadas aos tempos atuais (PALASIO, COSMO,2009). Em meio a tudo isso ocorre a mudança na forma de ver a prevenção que para muitos deixa de ser algo a ser feito apenas a partir da conscientização e passa a ser algo que pode chegar às pessoas por mais 3 de um sentido e diga-se de passagem o mais poderoso deles – a visão (PALASIO, COSMO,2009). Segundo os especialistas no assunto dos cincos sentidos, a visão humana é a que provê o maior número de informações a serem processadas pelo cérebro. Estima-se que metade do potencial de processamento cerebral humano seja utilizada para lidar com informações visuais, e sabe-se também que o ser humano é um animal predominantemente visual. Sabe-se também que tal processo ocorre de forma extremamente rápida e em condições bastante favoráveis; por exemplo, uma pessoa com acuidade visual normal é capaz de identificar uma letra a uma distância 700 vezes maior do que a altura da mesma (860 vezes a distâncias muito pequenas). Ou seja, uma letra de um centímetro a uma distância de 7 metros, ou letras de 2 mm a uma distância de 1,40 metro (PALASIO, COSMO,2009). Por estas, entre outras tantas razões, a questão da sinalização como ferramenta para a prevenção é de suma importância para o sucesso de qualquer programa de segurança que tenha como objetivo alcançar melhores resultados. Embora em muitas organizações a prática de utilizar as cores em prol da prevenção não seja ainda uma realidade, desde muito ela é prevista por meio da Norma Regulamentadora nº 26 (PALASIO, COSMO, 2009). LUENGO (1991) afirma que geralmente nenhuma combinação de cores é a ideal, já que esta depende da sensibilidade de cada olho; porém se recomendam cores cujos valores de cinza sejam distintos. Há tipos de distúrbios da visão que não detectam cores, mas sentem diferenças entre tons claros e escuros com graus de cinza diferenciados, o que justifica a predominância da escolha das cores preta e branca na concepção das placas de sinalização. A luz é uma condição básica para que a percepção visual ocorra. Sem a luz, os olhos não podem observar formas, cores, espaços ou movimentos. O fenômeno do cromatismo, do ponto de vista físico, pode ser explicado através da composição da luz branca, formulada por Isaac Newton. O espectro eletromagnético não só proporciona ao ser humano a impressão luminosa, como também a da cor (FONSECA, 2004). Na sua experiência (Figura 1), Newton observou que um raio de luz solar, luz branca, ao passar através de um prisma, sofre uma refração, o que resulta na decomposição da luz branca em certo número de raios de luz de comprimentos de ondas diferentes, os quais formam o espectro colorido visível, do vermelho ao violeta. Figura 1- Espectro da luz branca FONTE: Fonseca, J.F-Apostila Ergonomiae cor nos ambientes de trabalho-2004, p.4. 4 Vários estudos realizados por diversos autores (FONTANA, 2009; HAYTEN, 1958; PILLOTO, 1980) sugerem que a cor pode ser utilizada para ajudar os indivíduos a se sentirem mais confortáveis no ambiente de trabalho, tanto fisicamente como emocionalmente. A diferença básica entre as cores quentes e frias (Figura 2) é a amplitude e o comprimento da onda eletromagnética. Devido a lentidão do raio vermelho, ele esquenta, enquanto as cores ditas frias vibram tão depressa que não dá tempo de aquecer o local (MYERS, 2003). Tabela 1 – As cores e seus respectivos comprimentos de ondas FONTE: Fonseca, J.F-Apostila Ergonomia e cor nos ambientes de trabalho-2004, p.3. As cores quentes devem ser usadas em ambientes que não recebem muita luz natural, pois aquecem e iluminam o espaço, enquanto que em ambientes que recebem muita luz natural devem ser evitadas, pois transmitem neste caso, sensação de abafamento e diminuem o espaço, acabando por se tornarem cansativas e pesadas. As cores escuras criam a sensação de aproximação, enquanto que as claras dão a impressão de maior amplitude (PILLOTO, 1980). Embora em muitas organizações a prática de utilizar as cores em prol da prevenção não seja ainda uma realidade, desde muito ela é prevista na norma regulamentadora NR-26. Figura 2 – O circulo das cores quentes e frias FONTE: Fonseca, J.F-Apostila Ergonomia e cor nos ambientes de trabalho-2004, p.5. CÔR COMPRIMENTO DE ONDA (nm) Vermelho (limite) 700 Vermelho 700-650 Laranja 650-600 Amarelo 600-580 Verde 580-550 Cyan 550-500 Azul 500-450 Violeta 450-400 Violeta (limite) 400 5 No entanto, não basta simplesmente colorir os espaços de trabalho, é preciso que a escolha das cores seja criteriosa (Tabela 2) e esteja adequada à função do espaço, ás características da tarefa e dos usuários que vivenciam esse espaço (FONSECA, 2004). Através do conhecimento e aplicação da psicologia das cores, em um departamento de determinada empresa, aonde os trabalhadores realizam trabalhos monótonos, pode-se utilizar uma cor mais estimulante, enquanto que em outro cujas atividades necessitam de concentração, pode-se utilizar uma cor menos estimulante, procurando sempre encontrar o equilíbrio entre o conforto e a eficiência, daqueles trabalhadores que vivenciam aquele espaço. Tabela 2-Cor de segurança,padrão Munsell²,cores de contraste CÔR DE SEGURANÇA PADRÃO MUNSELL² CÔR DE CONTRASTE Alaranjada 2.5YR6/14 Preta Amarela 5Y8/12 Preta Verde 10GY6/62. Branca Azul 5PB4/10 Branca Púrpura 10P4/10;2.5RP4/10 Branca Branca Preta Preta Branca FONTE: ABNT NBR– Cores para Segurança – Julho de 1995. A NR-26 tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases e advertindo contra riscos. Deverão ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. O uso de cores deverá ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao etrabalhador. As cores adotadas na norma são as seguintes: vermelha; amarela; branca; preta; azul; verde; laranja; púrpura; lilás; cinza; alumínio e marrom. A indicação em cor, sempre que necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas estranhas ao trabalho, será acompanhada dos sinais convencionais ou da identificação por palavras. a) Vermelho Para distinguir e indicar equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio. Usada excepcionalmente com sentido de advertência de perigo nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e quaisquer outras obstruções temporárias; em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência. Não deve ser usado na indústria para assinalar perigo, por ser de pouca visibilidade em comparação com o amarelo (de alta visibilidade) e o alaranjado (que significa alerta). 6 b) Amarelo O amarelo deverá ser empregado para indicar cuidado. Usado para sinalizar locais onde as pessoas possam bater contra, tropeçar etc. ou ainda em equipamentos que se desloquem, como os veículos industriais. Em canalizações deve-se utilizar o amarelo para identificar gases não liquefeitos. Listras (verticais ou inclinadas) e quadrados pretos serão usados sobre o amarelo quando houver necessidade de melhorar a visibilidade da sinalização. c) Branco Passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas, direção e circulação, localização e coletores de resíduos; localização de bebedouros; áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência; áreas destinadas à armazenagem e zonas de segurança. d) Preto O preto será empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta viscosidade (ex: óleo lubrificante, asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche etc.). e) Verde O verde é a cor que simboliza a segurança e deve ser utilizado para canalizações de água; caixas de equipamento de socorro de urgência; caixas contendo máscaras contra gases; chuveiros de segurança; macas; lava-olhos; dispositivos de segurança; mangueiras de oxigênio (solda oxiacetilênica) etc. f) Laranja Deve ser empregado para canalizações contendo ácidos; partes móveis de máquinas e equipamentos; partes internas das guardas de máquinas que possam ser removidas ou abertas; faces internas de caixas protetoras de dispositivos elétricos; faces externas de polias e engrenagens; botões de arranque de segurança; dispositivos de corte, borda de serras e prensas. g) Púrpura Usada para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares. h) Cinza Cinza claro – usado para identificar canalizações em vácuo; Cinza escuro – usado para identificar eletrodutos. Nos trabalhos de edificações os serviços são normalmente executados por subempreitada, contratando-se empresas especializadas nas diversas etapas da obra. Suas peculiaridades, entre outras, são altos índices de rotatividade de pessoal, baixa qualificação profissional, pequena duração das obras e/ou serviços, porte das empresas pequeno, precarização na contratação dos trabalhadores etc. (LIMA, et al. 2005). 7 O que a norma não diz, mas quem atua em prevenção sabe – ou deveria saber – é que o uso das cores em muitos casos é essencial por permitir a rápida identificação, por exemplo, de determinados produtos químicos em tubulações possibilitando assim reações em tempo hábil diante de emergências, ou ainda que a utilização das cores é uma forma bastante eficaz de trabalhar com grupos de trabalhadores com dificuldades para leitura – sendo a identificação e compreensão da situação quase que imediata nestes casos (PALASIO, COSMO,2009). Usar cores como meio para prevenção deve ser algo criterioso. O uso sem critérios pode criar mais confusão do que prevenção. Além disso, deve haver preocupação e cuidados com as questões da fadiga visual ou outras situações que causem desconforto ou confusão aos trabalhadores (PALASIO, COSMO,2009). Para se compreender o sinal de segurança rapidamente ou com um simples olhar e sem confusão possível, os sinais têm pictogramas e cores diferentes consoante o seu significado. Recomenda-se o uso das cores de contraste do Quadro 1, para se melhorara visibilidade da sinalização. Quadro 1 – Cores de contraste Fonte: http://www.newmidiapropaganda.com.br/SME/NBR7195_Cores_para_seguranca.pdf As cores de contraste também podem ser usadas na forma de listras ou quadrados, para destacar a visibilidade, porém a sua área não pode ultrapassar 50% da área total ( NBR 7195). A sinalização de segurança alerta trabalhadores e visitante sobre os riscos existentes e a necessidade de utilização de equipamentos de proteção. Ou seja, é uma forma rápida de chamar a atenção, de modo inteligente, para objetos ou situações que signifiquem riscos ou possam originar perigos. 8 As placas de sinalização devem obedecer a características mínimas, como: corresponder às especificações normativas de cor e dimensões mínimas; ser simples e resistentes; ser visíveis e compreensíveis; e se for o caso, ser retiradas quando o risco desaparecer. A sinalização de segurança pode ser classificada como: a) Sinais de Obrigação: indicam comportamentos ou ações específicas e a obrigação de utilizar EPI. Exemplo: FIGURA 1 – Placa de Sinalização – Sinal de Obrigação Fonte:http://cipaunivali.blogspot.com.br/2012/02/equipamentos-de-protecao individual- epi_10.html b) Sinais de Perigo: indicam situações de atenção, precaução, verificação ou atividades perigosas. Exemplo: FIGURA 2 – Placa de Sinalização – Sinal de Perigo Fonte: http://www.dkjsinalizacao.com.br/adesivo-de-sinalizacao-area-eletrica/placas-de- sinalizacaoarea-eletrica/sinalizacao-de-perigo-eletrecidade-somente-pessoal- autorizado.html 9 c) Sinais de Aviso: indicam atitudes perigosas ou proibidas para o local. Exemplo: FIGURA 3 – Placa de Sinalização – Sinal de Aviso Fonte: http://www.lojamaxipas.com.br/cat/sinalizacao/4073.html d) Sinais de Emergências: indicam direções de fuga, saídas de emergências ou localização de equipamentos de segurança. FIGURA 4 – Placa de Sinalização – Sinal de Emergência Fonte: http://www.lojamaxipas.com.br/cat/sinalizacao/4047.html Também há outro tipo de classificação, denominada sinalização permanente, que normalmente é utilizada para proibições, avisos, obrigações, meios de salvamento ou de socorro, equipamento de combate a incêndios, assinalar recipientes e tubulações, riscos de choque ou queda, vias de circulação etc. Todos os tipos de sinalização já mencionados são tidos como permanentes Mas há também os de caráter acidental, que seriam: a) Sinais Luminosos: destinados a chamar a atenção para acontecimentos perigosos, chamar os trabalhadores para uma ação específica ou facilitar a evacuação emergencial de trabalhadores; b) Sinais Acústicos: a mesma função dos luminosos; c) Comunicações Verbais e Gestuais: a mesma função dos luminosos. 10 Normalmente a sinalização obedece a pictogramas (símbolos) internacionais, como por exemplo sinais de obrigação: forma circular, fundo azul e pictograma branco. Exemplo: proteção obrigatória dos olhos, proteção obrigatória da cabeça. NR 18 e a Sinalização de Segurança Esta Norma Regulamentadora estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção. Em pesquisas realizadas por Araújo (2002), a autora cita que o custo de implementação da NR 18 não ultrapassa 1,5% do custo total da obra, porém, em contrapartida um canteiro bem organizado e planejado pode levar a uma economia de 10%. As áreas de vivência para a qualidade de vida dos trabalhadores da indústria da construção não só garantem qualidade de vida, condições de higiene e integração dos operários na sociedade, mas também refletem na produtividade da empresa. As áreas de vivência são uma das mais importantes conquistas dos trabalhadores da indústria da construção, sendo estas responsáveis por garantir as boas condições humanas para o trabalho, influenciando o bem estar do trabalhador, e consequentemente o número de acidentes do trabalho (MENEZES; SERRA, 2003). A NR 18 é parte integrante de um conjunto mais amplo de iniciativas no sentido de preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores, devendo estar articulada com o disposto nas demais normas regulamentadoras. NR 18 - item 18.27 – Sinalização de Segurança Segundo a Norma Regulamentadora – NR18, item 18.27, todo canteiro de obras deve estar sinalizado a fim de: a) Indicar as saídas existentes; b) Identificar os locais de apoio; c) Advertir contra eventuais perigos que possam vir a existir na obra; d) Advertir contra risco de queda; e) Indicar a obrigatoriedade do uso de equipamento de proteção individual mínimo (EPI) e para atividades específicas, através de sinalização próxima ao local de execução desta atividade; f) Indicar as áreas isoladas devido ao transporte e à circulação de materiais; g) Identificar os acessos e circulações de veículos e equipamentos; h) Identificar locais onde a passagem de pessoas ocorrer em pé-direito menor de 1,80 m, advertindo-os; i) Identificar os locais em que existam substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas e radioativas. Em caso de obras em vias públicas, o trabalhador deve estar portando colete ou tiras reflexivas na região do tórax e das costas, e o canteiro de obras deve ter seu acesso e sinalizar a movimentação e transporte vertical de materiais. Esta sinalização tem como objetivo alertar os motoristas e pedestres, e deve estar de acordo com as determinações do órgão competente. 11 Recomenda-se a colocação das placas nos locais de maior risco e de maior fluxo. Em estudos de curta duração de memória (CASTRO, 2002), tem sido verificada a facilidade de se esquecer da informação recebida, sendo que o processo de percepção logo morre se não é repetido. Desta forma, a repetição da informação é uma das respostas para a lembrança da ação de prevenção, caso de uma das placas escolhidas (o uso de EPI). Pode-se colocar também, além da necessidade de repetição da informação, o fato de que quanto maior o tamanho da mensagem menor é sua pobreza de assimilação da informação. Assim, para a comunicação visual acessível, recomendam-se (LOCH, 2000): • Tipologia de fácil leitura, compreensão, com grafismo, cor e tamanho adequado; • Colocação de painéis informativos em todos os locais de risco, de circulação e de informação existentes nos andares da edificação, com visibilidade e localização de fácil acesso; • Cores letra/fundo possibilitando contraste adequado; beneficiando os trabalhadores com dificuldade de compreensão e evitando perturbações ou desconforto no usuário geral. 4. CONCLUSÕES Diante do exposto, foi possível concluir a partir de observações feitas, que a sinalização de segurança - NR 26 e a aplicação da norma regulamentadora NR 18 são para a segurança e sinalização do trabalho, normas consideradas como de fundamental importância, não só para atingir melhores índices de qualidade e produtividade, ou para reduzir os custos dos acidentes de trabalho, mas para buscar a satisfação dos trabalhadores, pois independentemente do número de trabalhadores existentes num canteiro de obras, deve haver local exclusivo para o aquecimento de refeições, EPI’s adequados e em perfeito estado de conservação, treinamentospara a utilização dos mesmos, garantindo a saúde e a segurança. A sinalização ajuda na conscientização do trabalhador e serve para lembrá-lo sempre que o local em que está trabalhando pode trazer o risco de acidente e que ele deve priorizar sua saúde. As pessoas que moram próximas ao local da obra e transeuntes, devem observar que a construção é um lugar onde somente pessoas autorizadas podem adentrar, preservando assim a imagem da construtora, mantendo o ambiente de trabalho adequado quanto à segurança. A análise das revisões bibliográficas demonstra que é possível a aplicação funcional das cores nos ambientes de trabalho, com o propósito de satisfazer as necessidades de bem estar e eficiência, que estão diretamente relacionadas ao desempenho no trabalho, e a segurança do trabalhador. 5. REFERÊNCIAS 1) ABNT NBR – Cores para Segurança – Julho – 1995. 2) FONSECA, Juliane. Figueiredo – A contribuição da ergonomia ambiental na composição cromática dos ambientes de locais de trabalho de escritório. 12 Departamento de Artes e Design – Dissertação de Mestrado - PUC-R. J – 2004. 3) FONTANA, Luiz, Aurélio – Estudo da Cor – PUC – GO – 2009. 4) JUNIOR, Cosmo Moraes – Cores na Sinalização de Segurança Revista CIPA, São Paulo, n.351, fev.2009. 5) MPAS – Ministério da Previdência Social – Brasil – 2011. 6) PILLOTO, E. N – Cor e Iluminação nos Ambientes de Trabalho – São Paulo: Liv, Ciência e Tecnologia – 1980. 7) Associação Brasileira de Normas Técnicas. Cores para Segurança – NBR 7195. Disponível em: <www.newmidiapropaganda.com.br> 1995 8) PALASIO, COSMO. Cores na sinalização de segurança. Disponível em: . <www.ogerente.com.br>2009 9) MENEZES, G. S.; SERRA, S. M. B. Análise das áreas de vivência em canteiros de obra. III Simpósio Brasileiro de Gestão e Economia da Construção – III SIBRAGEC. UFScar, São Carlos, SP, 16 a 19 de setembro de 2003.
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