cap14 mercado para fatores de producao

Prévia do material em texto

Capítulo 14
Mercado para 
Fatores de 
Produção
Três diferentes estruturas de mercados de 
fatores
 Mercados de fatores totalmente competitivos.
 Mercados nos quais os compradores de fatores
possuem poder de monopsônio.
 Mercados nos quais os vendedores de fatores
possuem poder de monopólio.
Mercado de Fatores Competitivos
 Principais Características:
1) Grande número de vendedores do fator de produção.
2) Grande número de compradores do fator de produção.
3) Os compradores e vendedores do fator de produção
são tomadores de preços em virtude de não poderem
influenciar o preço do fator, individualmente.
Mercado de Fatores Competitivos
 Demanda por um Fator de Produção Quando
Apenas um Deles é Variável
 A demanda por fatores de produção possui inclinação
negativa e trata-se de uma demanda derivada, pois
depende e deriva do nível de produção de uma
empresa e dos custos dos fatores.
Ex.: demanda de uma loja de roupas por vendedores
depende do salário atual do vendedor e de quantas
unidades a loja espera vender.
Mercado de Fatores Competitivos
 Suponha:
Dois insumos: capital (K) e mão-de-obra (L).
O custo de K é r e o custo da mão-de-obra é w.
K é fixo e L é variável – fábrica e equipamentos
devidamente instalados e a quantidade de mão-de-obra
contratada é a decisão a ser tomada pela firma.
Mercado de Fatores Competitivos
Problema da Firma:
Quanto contratar de mão-de-obra?
A contratação de um trabalhador adicional é justificada se
a receita adicional decorrente da produção desse
trabalhador adicional for maior do que seu custo adicional.
Mercado de Fatores Competitivos
 Receita do Produto Marginal da Mão de
Obra (RMgPL) produção adicional obtida
com a unidade adicional de mão-de-obra
multiplicada pela receita adicional decorrente
de uma unidade extra de produto.
∆𝑹
∆𝑳
=
∆𝑸
∆𝑳
∗
∆𝑹
∆𝑸
Mercado de Fatores Competitivos
 Para o caso de um mercado em competição
perfeita, tem-se que: 𝑹𝑴𝒈 = 𝑷 a empresa
vende seu produto pelo preço de mercado. Logo,
∆𝑹
∆𝑳
=
∆𝑸
∆𝑳
∗
∆𝑹
∆𝑸
→ 𝑹𝑴𝒈𝑷𝑳 = 𝑷𝑴𝒈𝑳 ∗ 𝑷
Receita do Produto Marginal (Demanda)
Horas trabalhadas
Salário
($ por
hora)
RMgPL = PMgLx P
Mercado Competitivo de Produto (P = RMg)
RMgPL = PMgL x RMg
Mercado
Monopolista de
Produto (RMg<P)
Mercado de Fatores Competitivos
 O que acontecerá com o valor da RMgPL quando
mais trabalhadores forem contratados?
 Em decorrência da existência de rendimentos
decrescentes, o PMgL cai à medida que mais
horas de trabalho são contratadas. Logo, a curva
da RMgPL tem inclinação negativa mesmo que o
preço do produto seja constante.
Mercado de Fatores Competitivos
 Escolha da quantidade de mão-de-obra
maximizadora de lucro:
▪ Se 𝑅𝑀𝑔𝑃𝐿 > 𝑊 (custo marginal de contratação de
um trabalhador): contrata-se o trabalhador.
▪ Se 𝑅𝑀𝑔𝑃𝐿 < 𝑊 : a quantidade de mão-de-obra
contratada deve ser reduzida.
▪ Se 𝑹𝑴𝒈𝑷𝑳 = 𝑾 : quantidade de mão-de-obra
maximizadora de lucro.
w* OL
No mercado competitivo de mão-de-obra, uma
empresa se defronta com uma oferta perfeitamente
elástica de mão-de-obra (OL) e pode contratar quantos
trabalhadores desejar, com o salário w*.
Contratações da Empresa no Mercado 
de Mão-de-obra (com capital fixo)
Quantidade de Mão-de-obra (L)
Preço da
Mão-de-obra (w)
Por que não contratar um número
de trabalhadores menor ou maior
do que L*?
RMgPL = DL
L*
A empresa maximizadora de lucros contratará
a quantidade L* de unidades de mão-de-obra
no ponto em que a receita do produto marginal
da mão-de-obra for igual à taxa do salário.
Mercados de Fatores Competitivos
 Se a oferta de mão-de-obra do mercado aumentasse
relativamente à demanda, haveria um excedente de mão-de-
obra e a taxa do salário cairia.
 Como isso afetaria a quantidade demandada de mão-de-obra?
Um Deslocamento na Oferta de Mão-de-obra
Quantidade de Mão-de-obra
Preço da
Mão-de-obra
w1
O1
RMgPL = DL
L1
w2
L2
O2
Mercados de Fatores Competitivos
Mercados de Fatores Competitivos
Mercados de Fatores Competitivos
 Demanda por um Fator de Produção Quando Diversos
São Variáveis
 Agora, o problema da contratação de mão-de-obra torna-
se mais difícil, porque a variação do preço de um insumo
modificará a demanda dos demais insumos.
 Situação
 Produção de equipamento agrícola com dois insumos
variáveis:
Mão-de-obra
Maquinário da linha de montagem
 Determinar a curva da demanda do trabalho da empresa
Mercados de Fatores Competitivos
De que maneira a queda na taxa de salário
afetará a demanda por mão-de-obra?
 Mais trabalho é demandado, ainda que permanecesse inalterado o
investimento da empresa em equipamentos de produção.
 Como o trabalho se torna mais barato, cai o custo marginal da
produção de máquinas e aumenta o produto marginal de capital.
 Torna-se mais lucrativo para a empresa aumentar seu nível de
produção que, provavelmente, investirá em mais equipamentos
para expandir sua capacidade de produção.
 Assim, com o PMgL também maior (mais produtividade), a curva
da RMgPL desloca-se para a direita, elevando também a
quantidade de trabalho demandada.
RMgPL1
RMgPL2
Quando dois ou mais fatores de produção
são variáveis, a demanda da empresa
por um fator de produção depende da
receita do produto marginal 
de ambos os fatores.
Curva de Demanda de Mão-de-obra de uma
Empresa (com variação de capital)
Horas 
trabalhadas
Salários
($ por
horas)
0
5
10
15
20
100 120 140
Quando o salário é $20, o ponto A é um
ponto da curva de demanda da empresa
por mão-de-obra. RMgPL descreve a DL
quando o uso do capital é fixo
Quando o salário cai para $15, 
a curva RMgP desloca-se, gerando
um novo ponto C na curva de demanda por
mão-de-obra da empresa. Sendo assim,
A e C estão na curva de demanda
por mão-de-obra, porém B não está (capital 
e trabalho variáveis).
DL
A
B
C
Curva de Demanda de Mão-de-obra de uma
Empresa (com variação de capital)
 Pelo gráfico, a curva da demanda do trabalho é
mais elástica do que qualquer uma das duas
curvas da RMgPL (que pressupõem capital fixo).
 A maior elasticidade da DL se deve ao fato de que
as empresas possam substituir capital por trabalho
no processo produtivo, uma vez que os insumos
de capital variam no longo prazo.
 Curva da demanda do mercado
 Para se obter a curva da demanda total do trabalho, é
necessário, incicialmente, obter as curvas da demanda do
trabalho em cada setor para depois somá-las
horizontalmente (mesmo processo para obter a demanda de
mercado para um produto).
Mercados de Fatores Competitivos
Mercados de Fatores Competitivos
 Determinação da Curva do Mercado
❖Consideremos a demanda por trabalho quando os 
mercados de produto são totalmente competitivos: 
𝑹𝑴𝒈𝑷𝑳 = (𝑷𝑴𝒈𝑳) ∗ (𝑷)
❖Vamos supor, inicialmente, que a remuneração
seja de $15/hora e que a empresa demanda 100
horas-homem de trabalho.
❖A seguir, vamos supor que a remuneração caia
para $10/hora e a empresa contrate 150 horas-
homem de trabalho.
 Suponha que todas as empresas reajam ao nível mais
baixo de salário:
 Todas as empresas contratam mais trabalhadores.
 A oferta de mercado do produto aumenta.
 O preço de mercado do produto cai.
 Com a queda no preço do produto em virtude da maior
oferta, desloca-se a curva da RMgPL para a esquerda.
Mercados de Fatores Competitivos
RMgPL1
A Demanda por Mão-de-obra pelo Setor
Mão-de-obra
(horas trabalhadas)
Mão-de-obra
(horas trabalhadas)
Salário
($ por
hora)Salário
($ por
hora)
0
5
10
15
0
5
10
15
50 100 150 L0 L2
DL1
Soma horizontal se
o preço do produto
ficasse inalterado
120
RMgPL2
L1
Curva
de demanda
do setor DL2
Empresa Setor/Indústria
 A agregação das curvas da demanda setorial à curva da
demanda do mercado é o passo final: simplesmente
soma-se o trabalho demandado por todos os setores.
 Quando o mercado é não-competitivo, torna-se mais
difícil prever uma modificação no preço do produto em
reação a uma variação da remuneração, pois cada
empresa do mercado provavelmente estará determinando
seus preços de forma estratégica, em vez de tomar o
preço como dado.
Mercados de Fatores Competitivos
Mercados de Fatores Competitivos
 Oferta de Fatores de Produção para uma
Empresa
 Determinação da quantidade de fator (metros de tecido) a
ser adquirida:
 suponha um mercado de fatores perfeitamente
competitivo;
 a empresa adquire a quantidade que deseja de insumo
por um preço fixo;
 por ser apenas uma pequena empresa como parte do
mercado de tecido, poderá adquirir o tecido sem
influenciar o seu preço.
SOferta de mercado
de tecido
Oferta de Fatores para uma Empresa em um 
Mercado de Fatores Competitivo
Metros de
tecido (milhares)
Metros de
tecido (milhares)
Preço
($ por
metro)
Preço
($ por
metro)
D
Demanda de 
mercado de tecido
100
DMg = DMe
10 10
Oferta de
tecido com a qual 
a empresa 
se defronta 
50
Demanda 
de tecido 
RMgP
Observações:
1)A empresa toma o preço de $10 como dado.
2) S = DMe = DMg = $10 (Oferta tot. elástica)
3) DMg = RMgP para 50 unidades
Mercados de Fatores Competitivos
 Oferta de Fatores de Produção para uma Empresa
✓ Enquanto a curva da RMgP estiver acima da curva da DMg, o
lucro poderá ser aumentado por meio da aquisição de mais
insumo, pois o benefício ultrapassa o custo.
✓ Quando a curva da RMgP estiver situada abaixo da curva da
DMg. Algumas unidades resultarão em custo maior que
benefícios.
✓ A maximização de lucros requer que DMg = RMgP.
✓ Quando 50 metros de tecido são adquiridos, a despesa
marginal de $10 é igual à receita marginal obtida por meio
da venda de roupas produzidas utilizando a quantidade
adicional de tecido no processo produtivo.
Mercados de Fatores Competitivos
 Oferta do Mercado de Fatores de Produção
 A oferta de mercado de um produto em um mercado
competitivo geralmente possui inclinação positiva
devido ao fato de o custo marginal da produção do
bem crescer sempre. Esse também é o caso do
tecido e de outros insumos que sejam matéria-
prima.
Mercados de Fatores Competitivos
 No caso do fator trabalho, são as pessoas em vez de
empresas que decidirão quanto ofertar.
 A escolha da quantidade ofertada de mão-de-obra baseia-se em um
problema de maximização de utilidade.
 A utlidade dos trabalhadores depende de horas dedicadas ao lazer e
horas de trabalho.
 O salário mede o preço do lazer.
 Salários mais elevados significam preços mais altos do lazer.
Mercados de Fatores Competitivos
 Salários mais elevados incentivam os trabalhadores
a substituir lazer por trabalho (efeito substituição).
 Salários mais elevados permitem que os
trabalhadores comprem mais bens, inclusive lazer,
o que implica redução das horas trabalhadas (efeito
renda).
 Quando o efeito renda supera o efeito substituição,
a curva de oferta apresenta curvatura para trás.
Efeito Renda 
<
Efeito Substituição
Efeito Renda 
>
Efeito Substituição
Oferta de Mão-de-obra com Curvatura para Trás
Horas de trabalho por dia
Salário
($ por
hora) Oferta de Mão-de-obra
12
C
O trabalhador escolhe o ponto A:
•16 horas de lazer, 8 horas de trabalho
•Renda = $10*8 = $80
16
Q
P
A
w = $10
Efeito Substituição e Efeito Renda
de um Aumento de Salário 
Horas de Lazer
Renda
($ por
dia)
0
240
8 24
480
20
B
w = $20
Suponha um aumento do 
salário para $20/hora
Efeito substituição
Efeito renda 
Após o aumento do salário para
$20/hora, o trabalhador escolhe: 20
horas de lazer e 4 horas de trabalho.
Renda = $20*4 = $80
80
R
Equilíbrio em um Mercado de Fatores
Competitivo
 Um mercado de fatores competitivo está em
equilíbrio quando o preço do fator iguala a
quantidade ofertada à quantidade demandada.
Equilíbrio em um Mercado de Fatores
Competitivo
 Quando os mercados de produto e de insumo são totalmente
competitivos, os recursos são utilizados eficientemente, pois
é maximizada a diferença entre benefícios totais e custos
totais.
 Assim, a receita adicional recebida pela empresa em
decorrência de ter contratado uma unidade adicional de
trabalho será igual ao benefício para os consumidores do
produto adicional que a unidade adicional de trabalho
produz, dado pelo preço do produto vezes o produto
marginal do trabalho.
OL = DMe
OL = DMe
DL = RMgPL DL = RMgPL
P * PMgL
Equilíbrio no Mercado de Trabalho
Número de Trabalhadores Número de Trabalhadores
Salário Salário
Mercado de produto competitivo Mercado de produto monopolista
wC
LC
wM
LM
vM
A
B
Equilíbrio em um Mercado de Fatores
Competitivo
 Quando os mercados de produto e de insumo
não são totalmente competitivos, a curva que
representa o P*PMgL fica acima da curva da
RMg*PMgL.
 WM  remuneração de equilíbrio
 LM  oferta de mão-de-obra de equilíbrio
Equilíbrio em um Mercado de Fatores
Competitivo
 Como o preço do produto é a medida do valor para os
consumidores de cada unidade adicional da produção que
adquirem, P*PMgL é o valor que os consumidores atribuem
às unidades adicionais do insumo trabalho.
 No ponto de equilíbrio, o custo marginal (WM ) para a
empresa será menor do que o benefício para os
consumidores (VM ).
 Nível de produção e de utilização de insumos são menores
quando comparados ao nível eficiente de produção.
 Renda Econômica
 Em um mercado de fatores, renda econômica é a
diferença entre o pagamento realizado por um fator de
produção e o valor mínimo necessário para contratar o
uso de tal fator; ou seja, trata-se do quanto as empresas
estão dispostas a pagar por um insumo menos o
mínimo necessário para adquiri-lo.
Equilíbrio em um Mercado de Fatores
Competitivo
A despesa total (salários)
é o retângulo 0w*AL*Renda Econômica
A renda econômica recebida 
por todos os trabalhadores é ABW*
B
Renda Econômica
Número de Trabalhadores
Salário
OL = DMe
DL = RMgPL
w*
L*
A
0
A renda econômica associada ao 
emprego da mão-de-obra é o excedente de salário 
pago além do valor mínimo necessário para a 
contratação dos trabalhadores.
Mercado Competitivo 
de Mão-de-Obra
Renda Econômica
 A renda econômica acontece como se alguns
trabalhadores estivessem dispostos a trabalhar
recebendo apenas o salário descrito por Dme ao
passo que recebem W*. O cálculo dessa diferença
é a renda econômica.
 Pergunta
 Qual será a renda econômica se OL for perfeitamente
elástica ou perfeitamente inelástica?
 A Terra: Um Caso de Oferta Perfeitamente
Inelástica
 Quando a oferta de terra é perfeitamente inelástica, as
variações no preço de mercado dependem
exclusivamente da demanda, pelo menos no curto
prazo.
Equilíbrio em um Mercado de Fatores
Competitivo
Economic
Rent
O1
O2
Renda da Terra
Número de Hectares
Preço
($ por
hectares)
Oferta de Terra
D2
D1
A quantidade de terras
disponíveis para a 
construção de 
moradias é fixa, pelo
menos a curto prazo e 
independe do preço.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopsônio
 Em alguns mercadosde fatores, certos
compradores individuais possuem poder de
monopsônio. Ex.: fabricantes de automóveis têm
poder na compra de autopeças e componentes;
empresas de laticínios têm poder na compra de
leite dos produtores, etc.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopsônio
 Estamos supondo que:
 O mercado de produto é perfeitamente competitivo.
 O mercado de fator é um monopsônio puro (existe um
único comprador).
 O monopsonista adquire unidades até atingir o ponto
em que o valor marginal é igual à despesa marginal
(Dme < DMg).
OL = Despesa Média (DMe)
Oferta de Fatores 
= 
Oferta de Mercado
Despesa Marginal
(DMg)
D = RMgPL
Despesa Marginal e Despesa Média
Unidades de insumo
Preço
(por unidade
de insumo)
0 1 2 3 L* = 4
5
10
Wc =15
20
W* = 13
Lc = 5
C
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopsônio
 A curva da Dme é a curva da oferta de fatores
mostra as quantidades de insumos que seus
fornecedores estão dispostos a vender à medida
que seu preço vai aumentando.
 A curva da DMg é a mais relevante para a
maximização de lucros da empresa e a decisão
sobre a quantidade de fator a ser adquirida.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopsônio
 O monopsonista contrata L* unidades de trabalho
no ponto em que o benefício decorrente da última
unidade adquirida (RMgP) é exatamente igual ao
custo (DMg).
 w* é obtido encontrando-se o ponto sobre a curva
de despesa média com L* unidades de trabalho.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopsônio
 Para uma empresa que adquire um fator de
produção, o valor ou benefício marginal representa
exatamente a RMgP. Logo,
𝑫𝑴𝒈 = 𝑹𝑴𝒈𝑷
 O monopsonista contrata menos trabalho do que
uma empresa ou grupo de empresas sem poder de
monopsônio (competitivo) e paga uma
remuneração menor (w* < wC).
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopsônio
 Razões para a existência do Poder de Monopsônio:
 Natureza especializada do setor – para ser a única produtora de um
determinado bem
 Localização da empresa
 Acordo entre os compradores de um determinado fator para a
formação de um cartel e pagar preços menores que no mercado
competitivo.
 Ex.: grande empresa mineradora da região detém poder na
compra de mão-de-obra local; governos têm poder na compra
de aeronaves, mísseis e outros equipamentos militares
específicos; etc.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopólio
 Assim como os compradores de insumo podem ter
poder de monopsônio, os vendedores de insumo
podem ter poder de monopólio.
 O exemplo mais importante de poder de
monopólio no mercado de fatores envolve os
sindicatos de trabalhadores (vende serviços de
mão-de-obra).
SL
DLRMg
Quando um sindicato de trabalhadores é um monopolista, ele
escolhe ofertar em pontos da curva de demanda por mão-de-
obra do comprador de acordo com o nível de remuneração.
Poder de Monopólio dos Fornecedores 
de Mão-de-obra
Número de Trabalhadores
Salário
por
trabalhador
A
L*
w*
O vendedor pode maximizar o número de trabalhadores
contratados, L*, ao concordar que os trabalhadores
recebam o salário w*. Nesse caso, o mercado de 
trabalho seria competitivo e a demanda seria
equivalente à oferta.
 Diante do poder de monopólio que dispõe, o
sindicato poderá escolher qualquer nível de
remuneração e a correspondente quantidade de
trabalho ofertada, exatamente como faz o
monopolista de um produto ao escolher seu preço
e determinar a quantidade produzida.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopólio
 Caso o interesse do sindicato seja o de empregar o máximo
número de trabalhadores, deve optar pela solução do
mercado competitivo (ponto A).
 Caso o interesse do sindicato seja o de garantir remuneração
mais elevada para seus membros do que o salário
competitivo, ele limitaria seu número de membros em L1 e
a empresa contratante pagaria w1.
 Quem não conseguisse emprego, estaria em situacão pior.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopólio
w1
L1
A quantidade de mão-de-obra (L1) que maximiza a renda que 
os empregados recebem é determinada pela interseção das 
curvas de receita marginal e de oferta de mão-de-obra; os
membros do sindicato recebem, então, uma remuneração w1.
SL
DL
RMg
Poder de Monopólio dos Fornecedores 
de Mão-de-obra
Número de Trabalhadores
Salário
por
trabalhador
A
L*
w*
 Ao restringir o número de seus membros, o
sindicato estaria atuando como um monopolista
que limita sua produção para poder maximizar
seus lucros.
 Para um sindicato, a renda representa a
remuneração que seus membros recebem como
grupo menos seus custos de oportunidade.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopólio
 Para a renda ser maximizada, o sindicato deverá escolher o
número de trabalhadores contratados, de tal modo que a receita
marginal do sindicato (remunerações adicionais) seja igual ao
custo adicional de persuadir os trabalhadores a trabalhar.
 Esse custo é uma oportunidade marginal, pois é uma forma de
medir o que o empregador tem a oferecer a um funcionário
adicional para que este trabalhe na empresa. O salário necessário
para encorajar mais trabalhadores a aceitar os empregos é dado
pela curva da oferta de mão-de-obra.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopólio
w1
L1
A quantidade de mão-de-obra que maximiza a renda que os 
empregados recebem é determinada pela interseção das curvas 
de receita marginal e de oferta de mão-de-obra.
SL
DL
RMg
Poder de Monopólio dos Fornecedores 
de Mão-de-obra
Número de Trabalhadores
Salário
por
trabalhador
A
L2
w2
Finalmente, se o sindicato desejasse maximizar o 
valor total dos salários agregados pagos 
aos trabalhadores, deveria permitir que um número L2 de 
membros do sindicato aceitasse empregos com 
a remuneração w2 ,pois, assim, a 
receita marginal para o sindicato seria igual a zero.
L*
w*
Acima de L2, qualquer 
contratação adicional reduziria o 
total de remunerações pagas.
 O controle da oferta de mão-de-obra é o principal
determinante do controle do salário e da renda econômica e
o sindicato está fazendo uso do seu poder de monopólio
para aumentar a remuneração de seus membros.
 Um número menor de trabalhadores sindicalizados é
contratado.
 É importante compreender o que ocorre fora da área do
sindicato na economia.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopólio
 Vamos supor que a oferta total de trabalhadores
sindicalizados e não sindicalizados seja fixa.
 O poder de monopólio dos sindicatos afeta também os
setores não sindicalizados da economia.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopólio
Determinação do Nível de Remuneração no Setor 
Sindicalizado e no Setor não Sindicalizado
Número de Trabalhadores
Salário
por
trabalhador
DS
DNS DL
OL
w*
SL
wS
Quando um sindicato monopolista 
aumenta a remuneração no setor
sindicalizado da economia de w*
para wS, o emprego nesse setor cai.
Para que a oferta total de mão-
de-obra permaneça inalterada, a 
remuneração no setor não
sindicalizado deve cair de w*
para wNS: consequência adversa
da estratégia sindical.
NSL
wNS
w*  nível de remuneração 
competitivo.
 Monopólio Bilateral
 Mercado no qual um monopolista vende para um
monopsonista.
 Consideremos agora as consequências das políticas
sindicais quando os contratadores de trabalho possuem
poder de monopsônio.
 Os representantes do sindicato se reúnem para
negociar o nível salarial com empresas que contratam
um determinado tipo de trabalhador.
Mercado de Fatores com Poder de 
Monopólio
Monopólio Bilateral
Número
de Trabalhadores
Saláriopor
trabalhador
DL = RMgPL
RMg
5
10
15
20
25
10 20 40
OL = DMe
DMg
25
19
wC
Sindicato sem poder de monopólio
O monopsonista contrata L=20 a 
w=10, no ponto em que DMg=RMgPL.
Monopólio Bilateral
 O sindicato escolhe um ponto da curva da
demanda que maximiza a remuneração de seus
membros.
 A curva da oferta do trabalho informa ao
sindicato qual a remuneração mínima necessária
para encorajar os trabalhadores a oferecer seu
trabalho às empresas do setor industrial (CMg do
trabalho).
Monopólio Bilateral
Número
de trabalhadores
Salário
por
trabalhador
DL = RMgPL
RMg
5
10
15
20
25
10 20 40
SL = (DMe)
DMg
25
19
wC
Logo, no ponto em 
que RMg=CMg
com L=25 
trabalhadores e 
w=$19/hora, o 
sindicato maximiza
a renda de seus
membros.
Possibi
lidades
de 
salário
Empresas
estariam dispostas
a contratar L=20 e 
pagar w=$10/hora.
Monopólio Bilateral
 Quem sairá vencedor dessa negociação? Qual será o
desfecho?
 O resultado dependerá das estratégias de negociação de ambas as
partes.
 O sindicato vencerá se sua ameaça de greve for crível e poderá
conseguir remuneração mais próxima de $19.
 A empresa vencerá se sua ameaça de contratar trabalhadores não
sindicalizados for crível e poderá pagar um salário mais próximo
de $10.
 Se ambas fizerem ameaças críveis, a remuneração será wc, mais
próxima do nível competitivo.