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Macroeconomia Capítulo 3 (1)

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Macroeconomia
Cap. 3
Karlin Saori Ishii
A macroeconomia clássica: Produto e emprego
O termo macroeconomia surgiu na década de 1930, após a intensificação da necessidade de estudo na área gerado pela depressão econômica mundial de 1929. O corpo teórico que surgiu neste período foi a Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda de John Maynard Keynes que deu origem a chamada Revolução Keynesiana.
O estudo da macroeconomia centraliza-se nas idéias keynesianas, porém é necessário conhecer como é a teoria que explica o funcionamento econômico anterior as idéias de Keynes que ficou conhecido como escola clássica.
No começo consideravam as idéias clássicas extremamente ultrapassadas, mas com o tempo essa reação foi ficando menos exagerada e houve incorporação de algumas das idéias clássicas no pensamento keynesiano.
O pensamento da escola clássica é importante também como ponto de partida para o estudo dos ataques posteriores a escola keynesiana, feita pela escola monetarista e novo-clássica.
Escola clássica: Idéia básica é de mercado de concorrência pura.
Adam Smith (A riqueza das Nações, 1776);
David Ricardo (Princípios de Economia Política, 1817);
John Stuart Mill (Princípios da Economia Política, 1848).
Escola Neoclássica: Abordagem microeconômica de racionalidade.
Alfred Marshall (princípios da Economia, 1920);
Arthur Cecil Pigou (A Teoria do Desemprego, 1933)
Para os clássicos, o nível de renda da economia em qualquer instante no tempo é de pleno emprego, ou aquele que o produto efetivo é igual ao produto potencial.
Lembrete: Pleno emprego é a situação em que emprega-se plenamente os fatores de produção ao nível de preços vigente.
Sem o nível de pleno emprego, os clássicos afirmavam que haveriam forças desbalanceadas de forma a levar a economia ao pleno emprego. Estuda-se os fatores que determinam esse nível de produção de pleno emprego e sua inter-relação com outras variáveis agregadas como emprego, preços, salários e taxa de juros.
A Revolução clássica
A escola clássica surgiu como uma revolução contra um conjunto de idéias conhecidas como mercantilismo. Os clássicos atacavam o metalismo que é a crença de que a riqueza e o poder de uma nação fossem determinados pelos estoques de metal precioso e a crença da necessidade da intervenção estatal para direcionar o desenvolvimento do sistema capitalista.
Os países utilizavam o comércio exterior para conseguir aumentar as exportações líquidas e ter acúmulo de metais preciosos.
Para tanto, havia o intervencionismo estatal na forma de subsídios aos exportadores e barreiras a entrada de produtos estrangeiros além do esforço para o desenvolvimento de colônias de exploração. Para servir ao metalismo, o comércio era regulamentado e as exportações de ouro eram em alguns países proibido. O Estado também era responsável pelo desenvolvimento da indústria doméstica e o desenvolvimento dos recursos naturais.
Os clássicos enfatizavam a importância de fatores reais na determinação da riqueza das nações e enfatizavam a tendência otimizadora dos agentes.
A riqueza da nação era vista como resultado do aumento dos fatores produtivos e avanços das técnicas de produção.
A moeda tinha a função apenas de facilitar as transações (o entesouramento não indicava necessariamente riqueza)
A regulamentação estatal era mal vista pelos clássicos e deveria ser utilizada somente em casos em que a economia deixasse de ser competitiva. Ex: Mercados oligopolizados
O ataque ao metalismo levou os economistas clássicos a afirmarem que a moeda não teria valor intrínseco (somente valor de troca). No metalismo acreditava-se que o aumento da quantidade de ouro levaria ao aumento da demanda de bens e serviços alavancando produção e emprego.
Duas características gerais da escola clássica:
Os clássicos acentuavam o papel de fatores reais por oposição aos monetários na determinação de variáveis reais como a produção e o emprego. A moeda teria somente o valor de troca.
Os clássicos acreditavam na auto-regulação da economia. Por isso a intervenção do Estado era desnecessária e até prejudicial, como é o caso da adequação da demanda a produção (políticas de incentivo da demanda). Tempo para adequar a política de incentivo a demanda é maior que o ajuste de preços.
Produção
Uma relação central do modelo clássico é a função de produção agregada. Ela é baseada na tecnologia das firmas individuais e é uma relação entre a produção e o nível de insumos. Esta relação pode ser escrita como:
O produto (Y) é uma função da tecnologia e da interaçao entre os insumos capital (K) e trabalho (N). O traço acima de K indica que a quantidade de capital é fixa no curto-prazo (planta e equipamentos).
No curto prazo, a produção varia unicamente pela utilização da mão de obra de uma população que é fixa. 
Quando há pouca mão de obra sendo utilizada, um aumento em sua utilização faz com que o produto cresça em um grande volume. 
Quando há grande utilização da mão de obra, o crescimento do produto é menor.
Por isso, diz-se que o produto marginal do trabalhador é decrescente.
Ex: Horta
A baixos níveis de emprego (abaixo de N’), a função de produção é uma linha reta. É um caso de retornos constantes a escala. Os vários aumentos nos níveis de utilização da mão-de-obra causam o mesmo aumento na quantidade produzida.
A partir daí, aumentos na quantidade de mão-de-obra causam aumentos cada vez menores na quantidade de produto.
Enquanto a função de produção é uma reta, o produto marginal do trabalho é constante. A quantidade produzida por um trabalhador adicional é igual. 
A partir de N’, a quantidade produzida por trabalhador quando se acrescenta um trabalhador no processo produtivo começa a cair. Isso indica que a produtividade dos trabalhadores está caindo. 
No exemplo da horta equivale a considerar que há pessoas demais trabalhando e falta equipamentos e o espaço é muito pequeno, portanto sua produtividade cai.
A função de produção é uma relação tecnológica que determina o nível de produção para determinados níveis de utilização da mão de obra. E para os clássicos, a quantidade de emprego é determinada pelas forças de oferta e demanda.
Lembrete: A economia (segundo os clássicos) trabalha a nível de pleno emprego. Então porque a quantidade de emprego pode variar de acordo com as leis de oferta e demanda? R. Isso ocorre porque o pleno emprego para os clássicos não significa necessariamente que todos os trabalhadores estão trabalhando. Significa que todos os trabalhadores que aceitam trabalhar com o salário de mercado conseguem encontrar emprego.
Emprego
Os clássicos supõem que a economia funciona apropriadamente, ou seja, as firmas agem contratando trabalhadores (levando em consideração os custos da firma) de forma ótima (eficiente) e os trabalhadores escolhem se desejam trabalhar ao nível salarial vigente de acordo com o trade off entre lazer e trabalho. 
Se as firmas precisam de mais trabalhadores, aumenta-se os salários nominais e haverá mais trabalhadores dispostos a trabalhar. Se houver trabalhadores demais, as firmas abaixam os salários nominais e alguns empregados optam pelo lazer e abandonam seus postos de trabalho.
Demanda de mão-de-obra (pelas empresas)
No modelo clássico, a firma é perfeitamente competitiva, escolhendo as quantidades a serem produzidas que maximizem os lucros. A curto prazo, a firma só pode escolher a quantidade de mão de obra. Sendo assim, a quantidade produzida vai depender da quantidade de mão de obra existente. 
Na economia clássica, pressupõe-se que a informação é perfeita.
A receita marginal é o preço do produto, ou seja, a receita adicional que a firma aufere ao vender um produto é o próprio preço do produto.
O trabalho é o fator variável na firma, então o custo marginal da mão de obra é igual ao custo marginal do produto da empresa.
O custo marginal do trabalho é igual ao salário pago ao trabalhador dividido pela quantidade que este trabalhador consegue produzir, ou seja:No exemplo da horta, o produto marginal do trabalho indica quanto um trabalhador adicional na horta é capaz de produzir. Se o trabalhador adicional tem o salário de 6reais/hora e conseguir produzir 3 unidades de produto, o custo deste trabalhador será de 2 reais/produto.
A empresa obtém seu maior lucro quando custo marginal for igual a receita marginal. Enquanto o custo para produzir uma unidade adicional de mercadoria for menor que a receita gerada por essa unidade adicional de mercadoria, a firma segue contratando trabalhadores, até que o custo marginal = receita marginal.
Rearranjando:
Somente nos pontos em que salário real é igual a produto marginal do trabalho a firma estaria maximizando lucros.
Esta é a curva de demanda por trabalho da firma (se o salário real for alto, demanda-se menos trabalho e vice versa).
Neste exemplo, com o salário real de 3, a empresa maximizará seus lucros contratando 500 empregados.
Se o salário real fosse 2, a empresa poderia contratar mais trabalhadores (600)
 Sendo assim, a quantidade de trabalho que maximiza os lucros das empresas depende do salário real. E esse relacionamento é inverso. Para salários reais altos, as empresas contratam menos quantidade de mão de obra e para salários reais baixos há maior contratação de mão de obra.
Em que Nd é a demanda de mão de obra e W/P é o salário real. A nível agregado, quando os preços aumentam 5%, os salários nominais aumentam 5%, pois os agente são racionais e conhecem o preço do mercado. O Mercado possui informação completa.
Oferta de mão de obra (pelos trabalhadores)
A última relação necessária para determinar o nível de emprego e salários no modelo clássico é a determinação da curva de oferta de trabalho.
Os serviços de trabalho são fornecidos pelos trabalhadores individuais. A oferta parte da decisão individual do trabalhador entre trabalho e lazer. Dado que o agente é racional, ele conhece os preços na economia e, portanto, levaria em consideração o poder de comprar para ofertar o trabalho, ou seja, o salário real.
No gráfico, horizontalmente há a decisão de trabalho ou lazer durante as 24 hs do dia. Com 8hs de trabalho, opta-se por 16 hs de lazer.
Na parte vertical há a renda. Quanto maiores são as horas de trabalho, maior é a renda. A curva de indiferença são as diversas combinações com mesmo nível de satisfação que cada agente tem em relação a trabalho e lazer.
Quanto maior o salário real, maior é a renda proveniente do trabalho, de forma que os indivíduos tornam-se mais inclinados a trabalhar.
Graficamente:
Com o salário real de 2, o indivíduo estaria disposto a trabalhar 6hs com renda de 12.
Com salário de 3, o indivíduo trabalharia 8hs com renda de 24 e com salário de 4 estaria disposto a trabalhar 9hs com renda de 36.
Portanto, quanto maior o salário maior será a oferta de trabalho.
Portanto:
A oferta de trabalho é uma função do salário real. Com salário real maior, os indivíduos estariam dispostos a trocar lazer por trabalho, pois a renda auferida é maior.
Produto e emprego de equilíbrio
Já se conhece três relações:
Função de produção
Função demanda por trabalho
Função oferta de trabalho
A condição de equilíbrio no mercado de trabalho dá-se no ponto em que oferta de trabalho é igual a demanda de trabalho.
As firmas demandam trabalho levando em consideração a função de produção, o preço do produto e os custos do processo produtivo. As firmas são racionais e buscam minimizar os custos, ou maximizar seus lucros. Para cada quantidade de empregados que ela esteja disposta a contratar, há um salário real máximo que ela está disposta a pagar de acordo com a sua estratégia de maximização de lucros.
Os trabalhadores ofertam mão de obra de acordo com sua preferência entre lazer e trabalho, e o salário real é o salário mínimo que eles estariam dispostos a receber para abandonar o ócio e trabalhar.
Produto, emprego e salário são variáveis determinadas endogenamente. As leis de oferta e demanda é que determinam essas variáveis.
A oferta e demanda no mercado de trabalho determina quantos trabalhadores são utilizados no sistema econômico. O número de trabalhadores determina quanto é o produto da economia.
O equilíbrio no modelo clássico é mostrado a seguir. O ponto de intersecção entre a oferta e a demanda de trabalho define o salário real e o número de trabalhadores de equilíbrio. Esse número de trabalhadores de equilíbrio define quanto é o nível de produção de equilíbrio dado pela função de produção.
Graficamente
Para um dado salário real há um nível de equilíbrio de oferta e demanda no mercado de trabalho, para o qual é contratado N0 trabalhadores.
Esses trabalhadores produzirão Y0 
Determinantes do produto e emprego
Quais são as variáveis exógenas (determinadas fora do modelo) que quando mudam, causam mudanças no nível de emprego e produção? No modelo clássico, essas variáveis são as que determinam as posições na curva de oferta e demanda de trabalho e na função de produção.
O que causa mudanças na função de produção? A mudança tecnológica desloca a função de produção de forma que há tecnologias que podem fazer uso mais eficiente dos fatores produtivos e causar aumentos no produto, ou seja, uma mudança tecnológica positiva faz com que uma mesma quantidade de insumos corresponda a uma quantidade maior de produto.
A curva de demanda de trabalho é a curva de produto marginal do trabalho. Se com o avanço tecnológico, os trabalhadores tornam-se mais produtivos (coeteris paribus) pode ocorrer um deslocamento da curva de demanda de trabalho, em que uma menor quantidade de trabalhadores é empregada ou pode-se manter a quantidade de trabalhadores e aumentar a quantidade produzida.
Em relação à oferta de trabalho, a relação entre emprego e produção dá-se pela alteração do tamanho da força de trabalho. Um crescimento populacional deslocaria a oferta de trabalho para a direita em que a quantidade de trabalhadores N0 exigiria um salário real menor, devido ao aumento de concorrência no mercado de trabalho.
A mudança poderia ocorrer devido a mudanças de preferência entre lazer e trabalho. Com o aumento da preferência por trabalho fazendo com que os trabalhadores aceitem trabalhar com um salário real mais baixo.
A determinação do produto e emprego é associada a oferta (tecnologia e oferta de fatores de produção). Se a análise for realizada levando-se em consideração mudanças de preços, é possível verificar no mercado de trabalho que os agentes são racionais e que conhecem os preços na economia.
Se há inflação e os preços aumentam de P1 para 2P1, haveria menos trabalhadores dispostos a trabalhar e as firmas precisariam aumentar os salários para W1 para 2W1, se quiser continuar com a mesma força de trabalho.
Sendo assim: Acréscimos (ou decréscimos) equiproporcionais nos salários monetários deixam inalterada a quantidade ofertada de trabalho.
Em relação a demanda de mão de obra.
Partindo do ponto de maximização de lucros da firma (Rmg=Cmg) em que:
A quantidade de salário pago pela firma será aquela na qual:
No gráfico da demanda e oferta no mercado de trabalho agregado, verifica-se que para níveis de preços maiores, há um deslocamento para a direita da demanda de trabalho, para um dado salário nominal, porém, dado que os trabalhadores conhecem os preços, haverá pressão para aumento do salário nominal de forma que o salário real fique inalterado. 
Obs: Na prática, para uma firma pequena o que ocorre é a mudança no produto e não a mudança no salário.
A firma pequena não tem condições de afetar o salário nominal vigente no mercado. Então, a curva de oferta de produto em relação ao preço é positiva. Aumento nos preços aumentam contratação e aumenta-se o produto.
Porém, se a análise for transposta para o mercado de trabalho agregado, levando em consideração que a mobilidade do fatores trabalho é perfeita e que o trabalhador é polivalente,um salário maior em um segmento fará com que os trabalhadores migrem para este segmento, havendo um processo de arbitragem dos salários até que todo o mercado de trabalho pague o mesmo salário. Sendo assim, mudanças de preços fazem com que haja mudanças de salários nominais a nível agregado.
Obs: Não se assume que os salários nominais sejam mantidos fixos a nível agregado.
Portanto, mudanças de preços causam mudanças proporcionais nos salários nominais de forma que o salário real seja mantido fixo, e, portanto, não há mudanças no setor real. De outra forma, mudanças em preços não afetam a quantidade produzida, pois não há mudanças na quantidade de trabalhadores empregados no sistema.
Graficamente:
A curva de oferta agregada (produto) mostra a natureza da determinação pelo lado da oferta do modelo clássico. O produto e o emprego são determinados pelo lado da oferta (para trabalhadores, variação populacional ou de preferência do consumidor; e pelo lado das firmas pela tecnologia ( que faz com que mude a oferta de fatores necessários para produzir bens e serviços)
Fatores que não afetam o produto
Como o produto e o emprego são determinados pela oferta, o nível de demanda agregada não terá efeito sobre o produto. O nível de gastos do governo, o nível de demanda de bens e capitais pelas empresas e a quantidade de moeda disponível não exercem influência sobre a determinação do produto e do emprego. O modelo analisa somente o lado da produção de modo que toda a oferta criará a sua própria demanda. Se houver oferta em excesso,(tanto no mercado de bens quanto no mercado de fatores) o mercado ajustará via preços e salários.
A tributação pode gerar efeito no modelo clássico, pois além de afetar a demanda, pode gerar incentivos que afetam a decisão de firmas e trabalhadores.
Ciclos reais de negócios: uma primeira abordagem
Os mecanismos que alteram a oferta de fatores produtivos no modelo clássico, são praticamente estáveis: a população tende a crescer de maneira estável, a tecnologia muda em uma taxa estável e os demais fatores crescem de forma estável também. Porém como se explicaria as flutuações econômicas que as economias sofrem de tempos em tempos utilizando o instrumental clássico?
Os teóricos dos ciclos reais de negócios argumentam que essas mudanças são causadas por variáveis reais do lado da oferta, não aceitando a estabilidade da oferta. Ex: crise do petróleo
Portanto, há forças do lado real da economia que causam mudanças repentinas no produto da economia. Portanto, os teóricos dos ciclos reais de negócios são adeptos da racionalidade do agente e na determinação do produto pelo lado da oferta. A divergência está no fato de que as mudanças do lado da oferta são mais bruscas do que supunham os clássicos.
Verdadeiro ou falso:
1. A macroeconomia surgiu em contraposição as idéias clássicas de que o governo deve ter papel ativo no gerenciamento da economia.
2. A teoria clássica veio como uma forma de ataque ao mercantilismo. A crença dos clássicos era de que a moeda era uma intermediária de troca e não uma reserva de valor.
3. O modelo clássico serve de ponto de partida para os modelos novo-clássicos e dos ciclos reais de negócios.
4. Os avanços teóricos que diferenciam clássicos e neoclássicos são de que os clássicos pregam a racionalidade do agente e os neoclássicos pregam a não intervenção governamental.
5. A economia, segundo os clássicos trabalha a nível de pleno emprego.
6. Para os clássicos, no curto prazo, a economia apresenta rendimentos constantes a escala sempre.
7. A curva de produto marginal do trabalho mostra como a variação na quantidade de mão de obra afeta a produção. 
8. A função de produção de curto prazo apresenta tecnologia fixa.
9. As firmas (agregada) levam em consideração o salário nominal para demandar trabalho, não importando a maximização de lucros.
10. As firmas estão dispostas a contratar mais trabalhadores quanto maior for o salário real pago.
11. Os trabalhadores ofertam trabalho de acordo com o trade off em sua preferência entre consumo de bens e serviços e trabalho.
12. Salários reais maiores fazem com que os trabalhadores estejam dispostos a trabalhar mais horas.
13. Os trabalhadores levam em consideração o salário nominal para ofertar mão de obra.
14. Produto emprego e salário real são variáveis endógenas para os clássicos.
15. O produto e o emprego são determinados por fatores externos ao sistema como o crescimento populacional, a descoberta de novas minas o aumento da fronteira agrícola e descobertas científicas relacionadas a processos produtivos.
16. Os preços têm um importante papel na determinação do produto agregado, pois aumentos de preços causam aumentos de produção no curto prazo.
17. Há um conjunto de teóricos que estudam os ciclos reais de negócios e que enfatizam a importância de fatores como consumo e investimento na determinação das flutuações econômicas.

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