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MODELO CONSTRUTIVISTA JEAN PIAGET

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CÓDIGO: 0471 – PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
Aula 11: MODELO CONSTRUTIVISTA DE JEAN PIAGET – 
 DE BASE INTERACIONISTA – PARTE II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
1. Construtivismo de J. Piaget como referência na Escola Nova; 
2. Implicações do pensamento piagetiano para a aprendizagem; 
3. O processo de ensino aprendizagem; 
4. Obstáculos a aplicação do modelo construtivista; 
5. Equívocos do construtivismo; 
6. Resumo; 
7. Práticas construtivas e destrutivas; 
8. Para refletir. 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
Construtivismo de J. Piaget como referência na Escola Nova: 
 
 A Teoria de J. Piaget vem influenciando há algum tempo as práticas pedagógicas no mundo e no Brasil, 
tendo, inclusive, se amalgamado à tendência escolanovista – década de 1930, cuja importância é 
atribuída aos procedimentos, estratégias cognitivas que conduzem o aluno a sua própria aprendizagem. 
E o Construtivismo é o nome pelo qual se tornou conhecida uma nova linha pedagógica que vem se 
infiltrando nas salas de aula contemporaneamente, baseando-se nos estudos de J. Piaget, em relação ao 
funcionamento da inteligência e da aquisição do conhecimento, rompendo com o modelo tradicional de 
educação. 
 
 Tal abordagem nos ajuda a pensar o conhecimento científico na perspectiva daquele que aprende. 
O seu estudo é centrado em compreender como o aprendiz passa de um estado de menor 
conhecimento para outro de maior conhecimento, o que está intimamente relacionado com o 
desenvolvimento pessoal do indivíduo. 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Construtivismo de J. Piaget como referência na Escola Nova: 
 
 No que diz respeito ao construtivismo de Piaget e o modelo pedagógico escolanovista, é importante 
salientar que foi considerado um avanço em relação à prática tradicional, pois o aluno passou a 
aprender não mais apenas escutando seu professor dissertar passivamente. Ele aprenderia vendo no 
plano concreto um conceito estudado teoricamente; “ao vivo e a cores” através de aulas práticas, em 
laboratórios, na horta, na fazendinha, através de jogos, experimentos, e soluções de situações-
problema, de modo que o aluno se debruçasse sobre o objeto de estudos. Como exemplo, podemos 
citar o conceito de mamífero; o aluno antes de registrar esse conceito, ele constataria o fenômeno, ou 
seja, um bezerro mamando. E é nesse aspecto da constatação de fenômeno no plano concreto que 
assinalamos que a teoria de Piaget pode ser uma referência na Escola Nova. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Construtivismo de J. Piaget como referência na Escola Nova: 
 
 No entanto, vale ressaltar que a Escola Nova teve como representante principal J. Dewey que propunha 
que o aluno, conforme no modelo piagetiano, aprendesse a partir de aulas práticas, aprender fazendo. 
No Entanto, mais tarde, esse modelo de constatar fenômenos no plano concreto, do “colocar a mão na 
massa” foi criticado por educadores progressistas brasileiros a partir da década de 1980, pois, se 
resumia apenas a uma prática pela prática com um fim em si mesmo. Para ilustrar, citamos o exemplo 
do feijão plantado no algodão para se estudar o fenômeno da fotossíntese, para identificar as partes do 
vegetal, no entanto, não se discutia criticamente sobre a fome, a miséria e a desigualdade social, assim 
como não se discutia o papel da mulher na sociedade, a partir das aulas práticas de culinária. Em ambos 
os casos, podemos dizer que o aluno é sujeito ativo na construção do conhecimento, sendo a ele 
permitida a espontaneidade e não a passividade do modelo tradicional. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
 Construtivismo de J. Piaget como 
referência na Escola Nova: 
 
 Colocando a mão na massa. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Implicações do pensamento piagetiano para a aprendizagem: 
 
 Para o processo ensino-aprendizagem, a capacidade do aluno de aprender depende não somente do 
ensino, do método, mas, também das formas ou estruturas de pensamento (cognitivas) que ele 
predispõe para assimilar o ensino, ou seja, depende do nível de competência cognitiva, intelectual do 
aluno. Surge, então, o termo epistemologia genética ou psicogenética de J. Piaget, centrando sua 
atenção na psicogênese, isto é, no estudo das formas mais primitivas de conhecimento até as mais 
complexas. 
 
 Suas ideias estão presentes em diversos colégios do mundo todo e podem ser aplicadas em todos os 
níveis de escolaridade, portanto, extensivas a todas as idades, inclusive no Ensino Superior. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Implicações do pensamento piagetiano para a aprendizagem: 
 
 As teorias construtivistas representam um esforço na busca de caminhos que deem conta da 
complexidade do processo de aprendizagem. Nesta teoria, Jean Piaget explica como o indivíduo, desde 
o seu nascimento, constrói o conhecimento (estágios). 
 
 Modelo construtivista propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a 
experimentação, a pesquisa em grupo, o estímulo, a dúvida e o desenvolvimento do raciocínio. Assim, o 
conhecimento não é dado, pronto ou acabado, ele se constitui por força da ação do sujeito, ou seja, pela 
sua interação com o meio físico e social. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
O processo de ensino aprendizagem: 
 
 É um processo construído internamente. Envolve motivação intrínseca. 
 
 O método deve primar pelo descobrimento por parte do aluno ao invés de receber passivamente o 
conhecimento através do professor. 
 
 A interação social favorece a aprendizagem. As experiências de aprendizagem necessitam estruturar-se 
de modo a privilegiarem a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vista na busca 
conjunta do conhecimento. Professor e aluno, ambos, são parceiros na construção do conhecimento. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
O processo de ensino aprendizagem: 
 
 É prejudicial o ambiente educativo em que o aluno permaneça em atitude passiva e solitária, como 
depositário dos saberes acumulados pelas gerações anteriores, sem possibilidade de questionamento. 
 
 O papel do professor construtivista é de organizar o trabalho didático-pedagógico de modo que o aluno 
seja o copiloto da sua própria aprendizagem, facilitando e elaborando seu planejamento de acordo com 
a realidade de aprendizagem do seu aluno. 
 
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Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Obstáculos a aplicação domodelo construtivista: 
 
 Buscando bases na Psicologia do Desenvolvimento, torna-se altamente instigante pensar nas vias que 
levam ao conhecimento, tentando compreender não só como ele se constrói, mas verificar como se 
pode ajudar a construí-lo, ou seja, que tipo de intervenção pedagógica podemos adotar para facilitar tal 
processo. Entretanto, nem sempre é uma tarefa fácil a aplicação do modelo construtivista pelos sujeitos 
educativos: professores, alunos, direção etc. 
 
 Podemos enumerar alguns itens que funcionam como verdadeiros obstáculos a prática construtivista, 
independente do nível de escolaridade. Por outro lado, nada que não seja possível superar no contexto 
educacional, dependendo da habilidade docente para lidar com os supostos impedimentos. São eles: 
 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Obstáculos a aplicação do modelo construtivista: 
 
 Tempo curto de aula (fragmentação do conhecimento), o que implica em superficialidade no trato do 
conhecimento. O aluno mal tem tempo para refletir sobre o que está estudando, pois, em seguida, 
precisa se concentrar em outra disciplina. 
 
 Salas cheias, impedindo que o professor atenda ao aluno em suas necessidades: lacunas ou 
potencialidades cognitivas. 
 
 Sistemas autoritários, cujas decisões são determinadas de cima pra baixo, impedindo o exercício da 
participação, da autonomia, da democracia. 
 
 Formação docente tecnicista, cuja ênfase é na quantidade de conteúdos e o aprendizado é mecânico, 
reprodutivo. 
 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Obstáculos a aplicação do modelo construtivista: 
 
 Condições inadequadas de trabalho, implicando em alta rotatividade de pessoal, bem como trabalhar 
em vários lugares, de modo que o professor tem dificuldade para fazer vínculos mais duradouros com 
seus pares e trabalhar de forma mais personalizada. 
 
 Falta de tempo do professor para participar de reuniões, dialogar com seus pares, refletindo 
diretamente no isolamento do professor. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Obstáculos a aplicação do modelo construtivista: 
 
 Cultura da dependência do aluno em relação ao professor, ainda, bastante presente nos dias de hoje. 
Alunos e professores, ainda, estão presos ao modelo tradicional de ensino do tipo: o professor dá o 
conhecimento e o aluno recebe pronto, sistematizado. 
 
 Programas oficiais, currículo escolar, determinações políticas e formação docente tradicional, tecnicista, 
de modo que o professor, não menos intencionado, mas, por não ter exercitado a autonomia, não se 
admite ousar, articular o conhecimento, estabelecer relações, ir além do que está posto; contextualizar 
o ensino. 
 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Equívocos do construtivismo: 
 
 Como as teorias construtivistas são bastante complexas, é muito comum que educadores que 
apreciam seus pressupostos e decidem adotá-los para fundamentar suas ações, cometam alguns 
enganos. 
 
 
 Os programas de ensino (plano de curso, plano de aula) devem ser eliminados? 
 
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Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Equívocos do construtivismo: 
 
 Deixar que o ensino transcorra apenas em função dos interesses dos alunos, de acordo com suas 
vontades e necessidades pessoais seria adotar uma postura espontaneísta, aleatória e construtivismo 
não é sinônimo de liberalismo pedagógico. Ao contrário, requer planejamento, porém, levando-se em 
conta o contexto. Na verdade, o construtivismo propõe uma maneira de ensinar que leva em 
consideração o aluno, a forma pela qual ele resolve as situações-problema que lhe são apresentadas. 
Sendo assim, teoricamente, as atividades de ensino devem ser aplicadas de acordo com o grau de 
preparação do educando para responder, ainda, que não se perca de vista a possibilidade de desafiá-lo 
cognitivamente. Os programas de ensino, planos e planejamento são fundamentais, pois, ao elaborá-los, 
o professor reflete sobre o que faz, porquê faz. É um momento de parada, de reflexão, o que não 
significa que é definitivo, que não há mais o que pensar. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Equívocos do construtivismo: 
 
 Avaliações devem ser aplicadas pelo professor construtivista? 
 
 Avaliações são indispensáveis quando se adota uma postura construtivista porque, em lugar de 
considerar apenas o que é certo ou errado, o professor analisa como o aluno está raciocinando, o 
porquê do erro cometido. As avaliações devem evitar questões de memorização, cujas respostas são 
padronizadas, portanto, as provas reflexivas são sempre bem vindas. 
 
 Os professores construtivistas podem chamar atenção do aluno, impor certa disciplina? 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Equívocos do construtivismo: 
 
 Outra crença frequente é de que a adoção do construtivismo elimina qualquer possibilidade de se 
colocar limites e regras. Piaget analisou a construção do julgamento (consciência) moral e ao fazê-lo, 
realçou que, após, a fase da anomia, o indivíduo vive uma fase de heteronomia, na qual ele constrói seu 
modelo de certo e errado a partir dos limites impostos. Deve-se lembrar que as pessoas não atingem a 
autonomia se não passarem pelas fases anteriores, isto é, se não participarem ativamente da 
determinação do que é certo ou errado, das regras de convivência, a partir da intervenção de um adulto, 
no caso da criança, ou do professor que será um mediador das relações, dos conflitos pedagógicos. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Equívocos do construtivismo: 
 
 O construtivismo só se aplica em alunos com nível normal de inteligência? 
 
 É exatamente ao contrário. O construtivismo pode ser perfeitamente aplicável em todos os níveis de 
intelectualidade, principalmente, se levarmos em conta a ideia de que o professor deve conhecer as 
dificuldades e potencialidades cognitivas do aluno, procurando trabalhar situações-problema de acordo 
com o seu grau de desenvolvimento, além do acompanhamento pedagógico durante o processo ensino 
aprendizagem. O surgimento desse pensamento equivocado se deve ao fato de Piaget ter se dedicado 
ao estudo dos filhos que, certamente, se enquadravam nos padrões de normalidade ditados pela 
sociedade. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Equívocos do construtivismo: 
 
 O construtivismo só se aplica em crianças? 
 
 Outra ideia amplamente difundida é de que o construtivismo sugere um modelo de ensino aplicável 
somente em crianças, uma vez que Piaget desenvolveu a teoria dos estágioscognitivos (Teoria do 
desenvolvimento intelectual) da criança. Entretanto, construir conhecimento em parceria, dialogar com 
o aluno na prática de sala de aula, partindo das experiências dos educandos (conceitos espontâneos), 
visando à elaboração de conceitos científicos são nuances da teoria em questão que o professor lança 
mão, ainda, sem se dar conta de que está afinado com o modelo construtivista. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Equívocos do construtivismo: 
 
 O construtivismo é o melhor modelo pedagógico? 
 
 Alguns especialistas no campo da educação costumam considerar que o construtivismo é o modelo 
teórico que melhor fundamenta o ensino e, por este motivo, os professores deveriam ser treinados para 
colocá-lo em prática. Sem dúvida, trata-se de uma postura pedagógica bem fundamentada na pesquisa, 
mas, não se pode afirmar que seja a melhor. Outros modelos de ensino também se basearam em 
pesquisa científica e merecem crédito. Além disso, para se tornar construtivista, um professor tem de 
apresentar algumas habilidades como observação, tolerância à diversidade e ao ritmo de cada aluno, 
espírito democrático, flexibilidade. Na verdade, o melhor método de ensinar é aquele que o professor 
conhece bem e no qual acredita, por isto o aplica com sucesso, portanto, não há um método melhor do 
que outro. Os métodos se complementam. É preciso cuidar para não se colocar em prática sem bases, 
mas, por uma questão de modismo. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Psicologia da Educação 
Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Resumo: 
 
 Entendemos que construtivismo na Educação poderá ser a forma teórica ampla que reúne várias 
tendências atuais do pensamento educacional. Tendências que têm em comum a insatisfação com um 
sistema educacional tradicional, conservador que “teima (ideologia) em continuar essa forma particular 
de transmissão que é a Escola, que consiste em fazer repetir, recitar, aprender, ensinar o que já está 
pronto, em vez de fazer agir, operar, criar, construir a partir da realidade vivida por alunos e professores, 
isto é, pela sociedade” (BECKER, 2001). 
 
 Em linhas gerais, o método de ensino que se inspira no construtivismo tem como base que aprender 
(bem como ensinar) significa construir novo conhecimento, descobrir nova forma para significar algo, 
baseado em experiências e conhecimentos existentes. O construtivismo difere do modelo tradicional de 
ensino que trata o aluno como objeto que deve ser treinado pelo molde comportamentalista, estudado 
pelo behaviorismo. Na prática construtivista, cabe ao professor estimular o educando a raciocinar ao 
invés de assimilar o conteúdo passivamente, reconstruir o conhecimento existente, atribuindo um novo 
significado. 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Resumo: 
 
 
 ESTÁGIOS COGNITIVOS; 
 
 MÉTODO CLÍNICO – Causa do erro; 
 
 ESCOLA NOVA (ativo) X TRADICIONAL (passivo) – do concreto ao 
abstrato; constatação da teoria na prática 
 
 MÉTODO DA SOLUÇÃO DE PROBLEMAS; 
 
 CONTEÚDOS DE ENSINO – GRAU DE COGNIÇÃO; 
 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Resumo: 
 
 
 CONSTRUTIVISMO X MÉTODO TRADICIONAL DE ENSINO; 
 
 MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA X MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA; 
 
 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA X APRENDIZAGEM MECÂNICA; 
 
 MODELO CONSTRUTIVISTA – APLICAÇÃO EM TODOS OS NÍVEIS DE 
ESCOLARIDADE; 
 
 DESAFIOS COGNITIVOS; 
 
 ERRO X PUNIÇÃO; 
 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
Resumo: 
 
 
 AVALIAÇÕES – PROVAS REFLEXIVAS – PROCESSO, 
CARÁTER DE INVESTIGAÇÃO; 
 
 ALUNO COPILOTO DO PROFESSOR (REFERENCIAL); 
 
 QUALIDADE X QUANTIDADE; 
 
 TRABALHO EM GRUPO; 
 
 MEMORIZAÇÃO APÓS SIGNIFICAÇÃO; 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
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Modelo construtivista de Jean Piaget: de base interacionista – Parte II 
 
Práticas construtivas e destrutivas: 
 
Luciana, de 10 anos, derramou seu suco sobre a mesa: 
Professora: “vejo que o suco derramou. Aqui está outro copo e um pano. 
Ela limpou a mesa enquanto a professora ajudava. A professora não acrescentou nenhum 
comentário mordaz ou fez as costumeiras advertências, recomendações ou lições de moral. 
 
Valter, de 10 anos, derramou, sem querer cola sobre seu caderno: 
Professora: “você já é bem grandinho para saber como segurar um vidro de cola; quantas 
vezes tenho que lhe dizer para ser mais cuidadoso com o que você faz? Você é muito 
desastrado!” 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
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Para refletir: 
 
COMO CONSTRUIR O QUE JÁ ESTÁ CONSTRUÍDO? 
 
AULA 11: Modelo construtivista de Jean Piaget – de base interacionista - parte II 
Assuntos da próxima aula: 
1- Um pouco da história de 
Lev Vygotsky (1896-1934); 
2- Resgatando o modelo 
construtivista a luz de J. Piaget para, 
em seguida, estudarmos o 
pensamento de Lev Vygotsky; 
3- Princípios teóricos de Lev Vygotsky; 
Assuntos da próxima aula: 
4- Diferenças e semelhanças entre 
Piaget e Vygotsky: o processo de 
desenvolvimento e aprendizagem; 
5- Aplicação da concepção Vygotskyana 
no contexto educacional; 
6- O desenho da sala de aula: Vygotsky 
X modelo tradicional de ensino.

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