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NORMA JURÍDICA Conceito: O direito Positivo, em todos os sistemas, compõe-se de normas jurídicas, que são padrões de conduta de organização social impostos pelo Estado, para que seja possível a convivência dos homens em sociedade. Esclarece ao agente como e deve agir Norma e regra jurídicas são expressões sinônimas. Estrutura lógica da norma: “Concepção de kelsen: “em determinadas circunstâncias, um determinado sujeito deve observar tal ou qual conduta; se não a observa, outros sujeito, órgão do Estado, deve aplicar ao infrator uma sanção”. O sistema possui duas partes: norma secundária e norma primária Norma primária: define o dever jurídico em face de uma determinada situação de fato. Exemplo: “dado Ft, deve ser P”, ou seja, dado um fato temporal, deve ser feita a prestação. Exemplo: O pai que possui filho menor deve prestar assistência moral e material. Norma secundária: estabelece uma sanção para a hipótese de violação do dever jurídico. Exemplo: “dado Ft, deve ser P”, ou seja: dada a não prestação deve ser aplicada a sanção. O pai que não prestou assistência moral ou material ao filho menor deve ser submetido a uma penalidade. O juízo distintivo de Carlos Cossio: endonorma e perinorma. Endonorma: corresponde ao juízo que impõe uma prestação ao sujeito que se encontra em determinada situação, equipara-se a norma primária de kelsen. Exemplo: um indivíduo que assume a dívida, deve efetuar o pagamento. Perinorma: impõe uma sanção ao infrator, ao sujeito que não efetuou a prestação a que estava obrigado. Exemplo: o devedor que não efetuou o pagamento deverá pagar juros e um multa. Corresponde a norma secundária de kelsen. Assim, a norma jurídica apresenta uma estrutura una, na qual a sanção se integra. Se A é B deve ser, sob pena de S, em que A corresponde a situação de fato; B é a conduta exigida e S a sanção aplicável na eventualidade de não cumprimento de B. Exemplo: quem é contribuinte de imposto de renda (A) deve apresentar a declaração (B), sob pena de multa(S). Quadro das estruturas lógicas; normas morais, jurídicas, técnicas e naturais. Norma Esquema INTERPRETAÇÃO Moral Deve ser “A” Impõe-se por si mesma Jurídica Se A é, B deve ser, sob pena de S” Sob determinada condição (A), deve-se agir de acordo com o que for previsto (B), sob pena de sanção (S) Técnica Se “A é, tem de ser B” Ao escolher um fim(A), deve-se adotar um meio (B) Natural Se A é, é B” Ocorrida a causa (A), ocorrerá um efeito (B) CARACTERES DA NORMA Bilateralidade: o Direito existe sempre vinculando duas ou mais pessoas, atribuindo direito a uma parte e impondo dever à outra. A norma possui dois lados: um representado pelo direito subjetivo e outro pelo dever jurídico. Um não pode existir sem o outro. Generalidade: a norma jurídica é preceito de ordem geral, obrigatório a todos que se acham em igual situação jurídica. Abstratividade: Visando atingir o maior número de situações, a norma jurídica é abstrata, regulando os casos dentro de seu denominador comum. Imperatividade: O direito deve representar o mínimo de exigências, de determinações necessárias. Para garantir a ordem social, o direito se manifesta através de normas de caráter imperativo. Coercibilidade. Coercibilidade quer dizer possibilidade do uso da coação. Classificação: Quanto ao sistema a que pertecem: a) nacionais, estrangeiras e de Direito uniforme; Nacionais( normas obrigatórias no âmbito do Estado, fazem parte do ordenamento jurídico deste); Estrangeira( em uma relação jurídica existente em um Estado, for aplicada a norma jurídica própria de outro) Direito Uniforme( quando dois ou mais Estados resolvem, mediante tratado, adotar inteiramente uma legislação padrão. Quanto à Fonte: podem ser legislativas, consuetudinárias e jurisprudenciais. Legislativas( Escritas, corporificadas nas leis, medidas provisórias, decretos. Emanadas do poder legislativo. Consuetudinárias (normas não escritas, elaboradas espontaneamente pela sociedade, reiterada, constante e uniforme. Jurisprudenciais (normas criadas pelos tribunais) Quanto aos diversos âmbitos de validez. Podem ser: gerais e locais Gerais-se aplicam em todo território nacional Locais - se destinam a parte do território do Estado) Quanto á hierarquia: dividem-se em : constitucionais, complementares, ordinárias, regulamentares e individualizadas. Constitucionais- originais na carta magna ou decorrentes de emendas, condicionam a validade de todas as outras normas e tem o poder de revogá-las. Complementares (art. 69 da CF, por maioria absoluta). Ordinárias (leis, medida provisória e leis delegadas) Regulamentares (contidas nos decretos) Individualizadas (testamentos, sentenças e contratos) Quanto à sanção: dividem-se em perfeitas, mais que perfeitas e menos que perfeitas e imperfeitas. Perfeitas- do ponto de vista da sanção, quando prevê a nulidade do ato, na hipótese de sua violação. Mais que perfeita -além da nulidade estipula pena para os casos de violação; Menos que perfeita -determina apenas a penalidade, quando descumprid0 Imperfeita - quando não se considera nulo ou anulável o ato que a contraria, nem comina castigo aos infratores. Quanto à qualidade: podem ser positivas (permissivas, permitem ação ou omissão) e negativas (ou proibitivas, proíbem ação ou omissão) Quanto às relações de complementação: podem ser primárias e secundárias. Primárias( normas cujo sentido é complementado por outra, as secundárias) Quanto à vontade das partes: podem ser taxativas e dispositivas. Taxativas- resguardam interesses fundamentais da sociedade, obrigam independentemente da vontade das partes. Dispositivas -dizem respeito aos interesses dos particulares. Quanto à flexibilidade ou arbítrio do juiz; podem ser rígidas e cerradas ou Elásticas ou abertas. Elásticas- expressam conceitos vagos, amplos, como boa-fé objetiva, justa causa, quando caberá ao juiz decidir com equidade ao caso concreto. Margem de liberdade ao legislador na definição da norma a ser aplicada. Fechado ou cerrado - não deixam margem à discricionariedade do juiz. Exemplo: maioridade aos 18 anos. Quanto ao modo de presença no ordenamento: podem ser implícitas e explícitas. Explícitas- definem a conduta de forma objetiva. Implícita -complementam fórmulas adotadas pelo legislador. Exemplo: doutrina e jurisprudência Quanto à inteligibilidade: processo de compreensão, podem ser normas de percepção imediata, reflexiva ou mediata, e complexa. Imediata - o legislador capta diretamente o alcance e sentido da norma Mediata -o legislador utiliza-se do método indutivo e dedutivo Complexa - alcance apenas da classe dos juristas, dos que possuem conhecimento do sistema. Vigência, efetividade, eficácia e legitimidade da norma jurídica Vigência: para que uma norma disciplinadora do convívio social ingresse no mundo jurídico e nele produza efeitos, indispensável é que apresente validade formal, que possua vigência. Efetividade: consiste no fato da norma ser observada tanto por seus destinatários quanto pelos aplicadores do direito. Efetividade as normas devem alcançar a máxima efetividade Eficácia: as normas jurídicas não são geradas por acaso, mas visando a alcançar certos resultados sociais. O atributo eficácia significa que a norma jurídica produz, realmente, os efeitos sociais planejados, para que a eficácia se manifeste, indispensável que seja observada socialmente. Legitimidade: fonte constituída pelos representantes escolhidos pelo povo ou então por este próprio, no exercício da democracia direta
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