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INTRODUCAO AO ESTUDO DO DIREITO

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA (ISCED) 
 
 
 
 
 
Curso de Licenciatura em Direito 
 
 
 
 
Celestino dos Santos Alberto Dinis 
 
 
 
 
TEMA: NORMAS JURÍDICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula 
2020 
 
2 
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTANCIA (ISCED) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Licenciatura em Direito 
 
 
 
Celestino dos Santos Alberto Dinis 
 
 
 
 
TEMA: NORMAS JURÍDICAS 
 
 
 
O presente trabalho da cadeira de 
Introdução ao Estudo do Direito, 
leccionada no curso de Licenciatura 
em Direito 1° ano, ministrada pelo: 
 
Tutor: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nampula 
2020 
3 
Índice 
Introdução ....................................................................................................................................... 4 
1. NORMAS JURIDICAS ........................................................................................................... 5 
1.1. Definição de normas jurídicas ............................................................................................. 5 
2. Características das normas jurídicas ........................................................................................ 6 
2.1. Bilateralidade ....................................................................................................................... 6 
2.2. Generalidade ........................................................................................................................ 6 
2.3. Abstratividade ...................................................................................................................... 6 
2.4. Imperatividade ..................................................................................................................... 7 
2.5. Coercibilidade ...................................................................................................................... 7 
3. Classificação das normas jurídicas .......................................................................................... 7 
3.1. Quanto à imperatividade ...................................................................................................... 9 
3.2. Quanto ao autorizamento ..................................................................................................... 9 
3.3. Quanto à hierarquia .............................................................................................................. 9 
3.4. Quanto à aplicação ............................................................................................................. 10 
Conclusão ...................................................................................................................................... 11 
Bibliografia ................................................................................................................................... 12 
4 
Introdução 
 
 
O Direito regula uma enorme e crescente gama de relações humanas e rege-se, em todo o mundo 
civilizado, por numerosos princípios e regras cuja validade é imposta e aceite como condição da 
própria sobrevivência social. 
Tal ordenamento compulsório estabeleceu-se em lenta e trabalhosa evolução, ao longo de 
séculos, como se verá em seguida, através de uma breve referência às suas matrizes históricas 
mais conhecidas, para uma melhor compreensão dos sistemas jurídicos vigentes na actualidade. 
Dai que o trabalho em apreço que aborda sobre as normas jurídicas, tem como estrutura: capa, 
folha de rosto, índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia. 
5 
1. NORMAS JURIDICAS 
 
 
1.1. Definição de normas jurídicas 
 
 
Segundo o autor FREITAS, (2004), na sua obra sumários de Introdução ao Direito, afirma que o 
Direito é um conjunto de normas de conduta, entendendo-se estas como os valores axiológicos 
juridicamente protegidos que fundamentam o ordenamento legal. 
Por sua vez, a norma se traduz em tudo o que se estabelece como base ou medida para a 
realização ou a avaliação de algum facto. Trata-se do modelo, do padrão de conduta e acção para 
o indivíduo em sociedade, sendo, via de regra, uma fórmula abstracta daquilo que deve ser 
seguido e obedecido, em todos os fatos humanos que admitem um juízo de valor por parte dos 
indivíduos. FREITAS, (2004). 
Objectiva-se, com a criação da norma, dar respostas de comportamento e conduta à sociedade, 
em face dos factos produtores de consequências nem sempre desejáveis, dentro de uma linha 
daquilo que é razoavelmente necessário e estritamente proporcional a se exigir do indivíduo para 
a vida na colectividade. 
Para tanto, considera-se moralmente desqualificado para o convívio social aqueles concidadãos 
que não obedecem ao ordenamento jurídico, os quais terão suas liberdades individuais 
gradualmente cerceadas, mediante aplicação de penas, sendo-lhe mitigado o exercício de 
determinadas prerrogativas e direitos, tais como propriedade, possibilidade de desempenho de 
funções públicas, liberdade e vida, este, tão-somente, para os ordenamentos jurídicos que ainda 
adoptam sanções capitais. TELLES, (2000). 
6 
2. Características das normas jurídicas 
 
 
2.1. Bilateralidade 
 
 
Essa característica tem relação com a própria estrutura da norma, pois, normalmente, a norma é 
dirigida a duas partes, sendo que uma parte tem o dever jurídico, ou seja, deverá exercer 
determinada conduta em favor de outra, enquanto que, essa outra, tem o direito subjectivo, ou 
seja, a norma concede a possibilidade de agir diante da outra parte. Uma parte, então, teria um 
direito fixado pela norma e a outra uma obrigação, decorrente do direito que foi concedido. 
 
2.2. Generalidade 
 
 
É a característica relacionada ao facto da norma valer para qualquer um, sem distinção de 
qualquer natureza, para os indivíduos, também iguais entre si, que se encontram na mesma 
situação. A norma não foi criada para um ou outro, mas para todos. Essa característica consagra 
um dos princípios basilares do Direito: igualdade de todos perante a lei. TELLES, (2000). 
 
2.3. Abstractividade 
 
 
Segundo TELLES, (2000), a norma não foi criada para regular uma situação concreta ocorrida, 
mas para regular, de forma abstracta, abrangendo o maior número possível de casos semelhantes, 
que, normalmente, ocorrem de uma forma. A norma não pode disciplinar situações concretas, 
mas tão somente formular os modelos de situação, com as características fundamentais, sem 
mencionar as particularidades de cada situação, pois é impossível ao legislador prevê todas as 
possibilidades que podem ocorrer nas relações sociais. 
7 
2.4. Imperatividade 
 
 
A norma, para ser cumprida e observada por todos, deverá ser imperativa, ou seja, impor aos 
destinatários a obrigação de obedecer. Não depende da vontade dos indivíduos, pois a norma não 
é conselho, mas ordem a ser seguida. TELLES, (2000). 
 
2.5. Coercibilidade 
 
 
Para o Dr. TELLES, Inocêncio Galvão, (2000), pode ser explicada como a possibilidade do uso 
da força para combater aqueles que não observam as normas. Essa força pode se dar mediante 
coacção, que atua na esfera psicológica, desestimulando o indivíduo de descumprir a norma, ou 
por sanção (penalidade), que é o resultado do efectivo descumprimento. Pode-se dizer que a 
Ordem Jurídica também estimula o cumprimento da norma, que se dá pelas sanções premiais. 
Essas sanções seriam a concessão de um benefício ao indivíduo que respeitou determinada 
norma. 
 
3. Classificação das normas jurídicas 
 
 
Conforme magistério consagrado de Hans Kelsen, a norma jurídica deve ser analisada sob 
diversos planos de estudo, o qual passa-se a discorrer, de forma sintética. 
a) Existência: trata-se da verificação se a norma ingressou no ordenamento jurídico, 
adquirindo vigência, mediante a obediência do devido processo legislativo para tanto; 
b) Validade: cuida-se de verificar se a normaem vigor encontra-se procedimentalmente 
compatível (análise formal) e com conteúdo consonante (análise material), dentro do 
ordenamento jurídico vigente, com a norma que lhe é hierarquicamente superior. 
Segundo o escalonamento de normas proposto pelo catedrático austríaco 
susomencionado, a norma jurídica que goza de prelazia sobre as demais é a constituição, 
sendo seguida pelos actos legislativos produzidos pelo parlamento (Poder Constituído 
8 
Legislativo) e, estes, pelos actos administrativos produzidos pela administração pública 
(Poder Constituído Executivo); 
c) Eficácia: é a qualidade e a aptidão da norma para produção de seus regulares efeitos 
jurídicos, no sentido de criar vínculos obrigacionais entre os indivíduos, gerando direitos 
e deveres entre estes; 
d) Efectividade: trata-se da aceitação da norma no meio social em que ela produzirá seus 
regulares efeitos jurídicos, traduzindo-se na receptividade desta com seu consequente 
acolhimento entre os indivíduos; 
e) Aplicabilidade: é a delimitação do campo de incidência da norma jurídica, no sentido de 
se circunscrever quais são os segmentos da sociedade que se encontram sob a égide da 
mesma, isto é, que se encontram sobre o império de sua observância cogente; 
f) Revogação: é a retirada da norma do ordenamento jurídico, operando efeitos no campo 
da existência. Observe-se que somente uma norma de igual hierarquia é capaz de revogar 
outra, retirando-lhe do campo de existência; 
g) Declaração de inconstitucionalidade: traduz-se no reconhecimento de 
incompatibilidade formal (procedimento) e/ou material (conteúdo) de uma norma em face 
daquela que lhe é hierarquicamente superior e lhe outorga validade. Assim, uma vez 
declarada inconstitucional determinado acto legislativo, constata-se que este não possui 
fundamento de validade que o torne apto à produção de seus regulares efeitos jurídicos. 
 
 
A classificação das normas jurídicas, idealizada por FREITAS, (2004), afigura-se como uma das 
mais completas e revela critérios que podem ser adoptados como modelo, em face do que 
cuidaremos de especificá-la em seus pontos essenciais, embora de forma resumida. 
Seus critérios são estabelecidos segundo um ponto de vista semiótico (teoria dos signos – signos 
linguísticos das palavras) das noções de relação sintáctica, semântica e pragmática. 
9 
3.1. Quanto à imperatividade 
 
 
As normas podem ser impositivas (ou de imperatividade absoluta), ordenando a acção ou 
abstenção de conduta, sem qualquer alternativa ou opção diferenciada, ou dispositivas (de 
imperatividade relativa), que por sua vez subdividem-se em permissivas, supletivas ou também 
impositivas por interpretação doutrinária ou jurisprudencial. 
 
 
 
3.2. Quanto ao autorizamento 
 
 
Classificam-se em mais que perfeitas (que autorizam duas sanções – nulidade do ato e 
restabelecimento do status quo, com aplicação de pena ao violador), perfeitas (autorizam a 
declaração do ato que as viola, mas não a aplicação de pena ao violador), menos que perfeitas 
(autorizam a aplicação de pena ao violador, mas não a nulidade do ato) e imperfeitas (cuja 
violação não acarreta qualquer consequência jurídica). 
 
3.3. Quanto à hierarquia 
 
 
Segundo FREITAS, (2004), as classifica como normas constitucionais, leis complementares, leis 
ordinárias, delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções, decretos 
regulamentares, normas internas e normas individuais. Quanto à natureza das suas disposições as 
normas podem ser substantivas (definem e regulam relações jurídicas, criam direitos e impõem 
deveres – normas de direito material) e adjectivas (regulam o modo ou processo de efectivar as 
relações jurídicas – normas de direito processual). FREITAS, (2004). 
10 
3.4. Quanto à aplicação 
 
 
Podem ser classificadas em de eficácia absoluta (insusceptíveis de emenda e com força 
paralisante total da lei que as contraria), de eficácia plena (apresentam todos os requisitos 
necessários para disciplinar as relações jurídicas), de eficácia relativa restringível (de 
aplicabilidade imediata, mas passíveis de redução de sua eficácia pela actividade legislativa – 
eficácia limitada), e de eficácia relativa complementável (possibilidade mediata de produzir 
efeitos, dependendo de norma posterior – eficácia contida). FREITAS, (2004). 
11 
Conclusão 
 
 
Findo o trabalho em apreço importa realçar que a norma jurídica, ao revestir as características de 
imperatividade e coercibilidade, limita a liberdade do indivíduo, impelindo-o a conter os 
impulsos pessoais e a eleger as condutas a seguir de modo a não pôr em causa a liberdade dos 
outros e as bases de convivência social. 
Assim, para que a norma jurídica possa ser observada efectivamente, a par da sua justeza 
intrínseca, joga um papel importante a responsabilidade do indivíduo, que pode levá-lo a ter uma 
conduta conforme ao direito. O acatamento voluntário ou natural dos deveres jurídicos afasta a 
necessidade de coerção na aplicação da norma jurídica. 
12 
Bibliografia 
 
 
ASCENSÃO, José Oliveira, (1989), O Direito. Introdução e Teoria Geral. Almedina, Coimbra, 
7ª edição. 
FREITAS, Amaral do, Diogo, Sumários de Introdução ao Direito, 2ª ed., Lisboa, 2000. Manual 
de Introdução ao Direito, 2004. 
TELLES, Inocêncio Galvão, (2000), Introdução ao Estudo do Direito, I, 11ª ed., Coimbra, 1999 e 
II, 10ª ed., Coimbra.

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