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resumo caio mario

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Capítulo 8: Interpretação da lei 
Toda norma jurídica é objeto de interpretação, seja a lei escrita, a decisão judicial, o direito consuetudinário, o tratado internacional. 
Espécies de interpretação 
Quanto à origem 
i) autêntica 
ii) judicial 
iii) doutrinaria 
Autêntica 
Legislador edita uma lei para interpretar outra; forma interpretativa de fixar a verdadeira vontade legal. 
Judicial 
Realizada pelos tribunais e juízes; 
Doutrinária 
Obra dos jurisconsulto; explicação do professor na cátedra, ao discutir e interpretar a lei
Quanto aos elementos 
i)literal/gramatical 
ii) logica /racional 
iii)sistemática 
iv)histórica 
v)sociológica 
vi) teológica 
Literal/gramatical 
Análise filológica do texto; pesquisa a significação dos vocábulos; leva em conta o que está escrito em seu sentido técnico 
Logica/ racional 
Razão que levou o legislador a editar determinada lei. Pesquisa-se a razão da norma e o que se pretendeu obter com a sua votação. Indaga-se a sua causa determinante ou motivo
Sistematica
Legislador evidencia a subordinação da norma a um conjunto de disposições de maior generalização, do qual não pode ser dissociada. Analisa-se a norma de acordo com o sistema como um todo. 
Historica 
Invoca-se um elemento histórico para coadjuvar o trabalho do interprete. Ve-se a historia para chegar a uma conclusão atual. 
Sociologica 
Fins sociais aos quais a lei se dirige; 
Teleologica 
Verifica-se qual a finalidade, porque o legislador editou aquela regra.
Hermenêutica tradicional 
Escola exegética/ intérpretes do cc
Hermenêutica devia consistir na explicação da lei escrita, subordinada toda a técnica interpretativa á regra de que não há direito fora da lei.
A lei e a fonte exclusiva do direito e na sua palavra estaria expressa a soberania legislativa. 
O juiz não aplica o direito, aplica a lei, e como esta é concretizada na forma escrita, seu entendimento mora na sua expressão vocabular. 
 Interpretação cientifica 
Tese de que o direito não esta congelado no texto, e, ainda, que a lei não e sua fonte exclusiva. 
A hermenêutica não se satisfaz com a indagação de uma hipotética intenção, mas tem de jogar com os mandamentos da justiça e da razão, tem de iluminar a lei com um sentido liberal e humano, e cogitar da realidade social ambiente.
Escola cientifica/ direito livre
Melhor forma de aplicar a lei é adaptá-la as necessidades do caso conforme o arbítrio do juiz, desprendido este conceito de que a lei seja todo-poderosa. 
 Obs1.: Atentar á interpretação dos fatos para, adequadamente, aplicar a lei.
 Obs2.: O juiz não e associado a realidade, o direito deve estar associado a realidade, por isso deve haver fundamentação. 
Direito alternativo
Liberdade judicante a vista apenas dos fatos
Art. 5 LINDB – O interprete há de buscar o entendimento real da norma jurídica em função da sua utilidade e da sua adaptação às injunções da vida social contemporânea de sua aplicação e, quando autorizado o juiz a decidir por equidade, aplica uma norma que estabeleceria se fosse o legislador. 
Mais recentemente: interpretação constitucionalizada, a luz dos direitos fundamentais.
Cap. 9 - Direitos da personalidade 
 Nome civil
O nome integra a personalidade, individualiza a pessoa e indica grosso modo a sua procedência familiar
Sinal indicativo de personalidade 
Todos devem ter um nome
É inalienável e imprescritível. Não tem valor econômico próprio e não pode ser dotado de exclusividade, sendo repetido e usado por pessoas diferentes, dado que a linguagem não e rica o suficiente para que cada um tenha um nome. Porém, a utilização de nome alheio é passível de repressão criminal bem como de responsabilidade civil. O direito condena a usurpação de nome alheio e concede reparação civil àquele que sofrer dai um prejuízo. 
O nome civil possui um aspecto público e um aspecto privado. Envolve um direito subjetivo e interesse social.
Publico 
A lei estabelece, na obrigatoriedade do assento de nascimento, que ali se consignará o nome do registrado, além de estatuir a imutabilidade, salvo os casos especiais de emenda ou alteração, expressamente previstos e sujeitos a autorização judicial.
Privado
Toda pessoa é assegurada a faculdade de se identificar pelo seu próprio nome.
 Nome composto:
Prenome: designação do individuo 
Obs.: O prenome é definitivo, salvo nas hipóteses de substituição por apelidos notórios, proteção da testemunha, erro gráfico evidente, e exposição ao ridículo e em razão de adoção.
Sobrenome ou nome patronímico: característico de sua família, transmissível hereditariamente.
Pseudônimo
São também protegidos pelo direito civil. (art 19)
É um nome convencional ou fictício sobre o qual a pessoa oculta sua personalidade. 
Hipocorístico 
É aquele tratamento familiar que se tem, tal como zezinho, luizinho, huguinho
Alcunha
Apelido, é designação dada por terceiros que compreende algum aspecto ou faceta especial do ser
Embora essas designações não sejam nomes civis, integram a sua personalidade no exercício de suas atividades literárias ou artísticas. Por isso, a proteção jurídica do nome estende-se ao pseudônimo desde que esse seja constante e legitimo (art 19 cc)
 Nome empresarial 
Elemento ativo do estabelecimento para sua designação, integra-o, e, desprendendo-se da pessoa do empresário, faz parte da atividade empresarial. 
Direito à vida e a integridade física 
 Direito ao corpo 
Configura a disposição de suas partes, em vida ou para depois da morte, para finalidades cientificas ou humanitárias, subordinado contudo a preservação da própria vida ou de sua integridade. A lei não pode placitar a autolesão. (Art 13 cc)
Ao paciente capaz caberia o pleno exercício de sua vontade, em respeito á sua liberdade de crença. 
Nada impede a cessão, mesmo onerosa, de partes que se reconstituem naturalmente, como, por exemplo, os cabelos. Nem de outras partes, desde que gratuitamente para fins terapêuticos ou para transplantes. 
O transplante não pode ser objeto de negócio oneroso.
É valida a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte, contudo, ser revogado a todo tempo.
A pessoa pode fazer disposições sobre o destino do seu corpo para depois da morte. O objetivo há de ser altruístico ou cientifico.
À integridade física, inscreve-se o direito de recusar tratamento medico ou intervenção cirúrgica. 
Integridade Moral
Exprime-se pelo direito a honra, a dignidade, ao bom conceito no ambiente social. 
Se estende a cessação da vida da vitima
Proteção a imagem 
A constituição, a par da intimidade, resguarda a imagem, que se representa pela expressão externa (imagem-retrato), como também pela adequada descrição das características da pessoa (imagem-atributo)
A divulgação da imagem será sempre vedada quando importe lesão à honra, reputação, intimidade e outros valores não patrimoniais da pessoa.
Não se subordina o direito à privacidade a prévio requerimento. O requerimento só pode ser entendido do sentido de conferir a pessoa a faculdade de promover as medidas contra quem quer que ameace atentar contra o direito a intimidade
A divulgação e sempre proibida, salvo autorização. Haverá necessidade de demonstrar lesão, no caso de postular o interessado uma indenização 
Independentemente da autorização do interessado, é permitida a divulgação de escritos, transmissão de palavras e afins se necessária à adm da justiça ou à manutenção da ordem publica.~
Quem tem o direito de reprimir todo o abuso, e o próprio indivíduo. Morte ele, a legitimação para proteção transfere-se para o cônjuge, os ascendentes e os descendentes. 
Direito à voz 
Constitui atentado ao direito à imagem, a utilização por outrem, da voz de uma pessoa que por ela se identifique. 
Direito a privacidade
O dispositivo excluía a pessoa jurídica, uma vez que essa não a possui
A proteção a privacidade deve ser compatível com a profissão,atividade pública ou particular, e a posição social ou política. A defesa contra intromissões e inversamente proporcional à projeção da pessoa em sociedade.

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