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DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM DISCIPLINA: Enfermagem no cuidado à Criança e ao Adolescente Elaboração: Professora Elisangela Argenta Zanatta e Lucineia Ferraz SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PEDIATRIA A SAE é um processo de pensamento sistemático essencial para a enfermagem, pois contribui para o atendimento das necessidades de saúde dos usuários. O Processo de Enfermagem (PE) é o método utilizado para sistematizar a assistência, pois propicia condições para individualizar e administrar a assistência, possibilitando maior integração do enfermeiro com o usuário, família e comunidade e também com a equipe de saúde. Atualmente a forma mais conhecida para a execução do PE consiste em cinco fases sequenciais e inter-relacionadas: coleta de dados ou histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação (BRÊTAS et al, 2013). Segundo Brêtas et al (2013) a consulta de enfermagem consiste na assistência sistematizada e privativa do enfermeiro, que segue todas as etapas do PE e está respaldada pela Lei do Exercício Profissional (nº 7498/86) assegurada pelo COFEN (Resolução nº 358/2009). As consultas de enfermagem de puericultura tem o propósito de acompanhar o crescimento e desenvolvimento infantil, realizar orientações e prevenir agravos. Essas ações são de baixo custo para o sistema e integram família e profissionais de saúde, no sentido de estimular a corresponsabilidade no cuidado à criança (CHAGAS et al, 2016). O enfermeiro precisa empoderar a família no processo de cuidar tornando-os protagonistas do cuidado. Além disso, sua atenção deve ir além dos determinantes físicos, observando o contexto socioeconômico, cultural e familiar em que a criança vive, pois, qualquer fragilidade que afete a mãe, a criança e a família, pode representar uma ameaça à saúde infantil (CHAGAS et al, 2016). ROTEIRO DA CONSULTA DE ENFERMAGEM 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Antes de iniciar a consulta de Enfermagem é necessário conferir a existência de alguns equipamentos e condições necessárias, sendo: temperatura da sala, balança, régua ou fita métrica, higienização das mãos, ter escuta sensível e ser empático com a criança/família. (CHRISTOFFEL, 2006) Local:__________________________________________________________________ Data:___________________________________________________________________ Identificação da criança: ___________________________________________________ Data de nascimento: _______________________________________________________ Identificação dos Pais: Nome: __________________________________________________________________ Endereço:________________________________________________________________ Escolaridade:_____________________________________________________________ Estado civil:______________________________________________________________ Idade: __________________________________________________________________ Telefone: ________________________________________________________________ 2 ANAMNESE Gestação, parto e intercorrências clínicas na gravidez:____________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Dados do nascimento: ( ) parto normal ( ) cesariana Triagem neonatal: ( ) Teste do Pezinho_______________________________________________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ ( ) Teste da Orelhinha______________________________________________________ Mamadas (observar e questionar sobre facilidades e dificuldades):____________________ ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________ Interação mãe-bebê:_______________________________________________________ 3 EXAME FÍSICO Durante o exame físico explicar os procedimentos à família e estimulá-los a participar ativamente, respondendo ao que é perguntado e auxiliando nos procedimentos (CHRISTOFFEL, 2006; WONG, HOCKENBERRY, 2011). Deve ser relaizado completo, céfalo-caudal, na primeira consulta do RN, utilizado as técnicas básicas: inspeção, palpação, ausculta e percussão. Nas consultas subsequentes a monitorização do crescimento dever ser rotina, por meio da avaliação do peso, altura e perímetro cefálico (CHAGAS et al, 2016). Medidas antropométricas do RN: Peso...................Estatura...................PC....................PT.................... Sinais vitais: FC: ___________________________________________________ FR:____________________________________________________ PA: ____________________________________________________ TEMP. AXILAR: _________________________________________ Postura: o RN a termo fica em uma postura predominantemente flexora, isto é, com as coxas parcialmente separadas, quadris, joelhos, tornozelos, cotovelos e ombros confortavelmente flexionados (CHRISTOFFEL, 2006) Reflexos: estes são testados conforme quadro que segue abaixo REFLEXOS PRIMITIVOS AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS RESPOSTA NORMAL Reflexo de Babinski Estimular a região externa do pé no sentido do calcanhar para os dedos O RN hiperestende os artelhos, faz uma dorsoflexão do grande artelho e abre os artelhos para fora. - Desaparece após um ano de idade. Reflexo pupilar corneano Em um ambiente escuro, momentaneamente, colocar uma luz brilhante nos olhos do RN. O RN pisca os olhos, ambas pupilas se contraem. - Persiste por toda a vida Reflexo de engatinhar Colocar o RN deitado de barriga para baixo, em uma superfície plana O RN tenta engatinhar para frente, usando braços e pernas. - Desaparece por volta de 6 semanas. Reflexo oculocefálico ou “olhos de boneca” Com o RN em posição supina, vire lentamente a cabeça do RN para esquerda ou direita Os olhos permanecem estacionados (virados para trás). Não se ajustam à nova posição da cabeça. - Desaparecem quando a fixação ocorre, se persistir indica dano neurológico. Reflexo assimétrico do pescoço/ tonicocervical ou defesa Com movimento rápido vire a cabeça do RN para qualquer lado O RN estende as extremidades do lado para o qual a cabeça foi virada e flete as extremidades do lado oposto. - Desaparece em 3 ou 4 meses. Reflexo de galant Usando a unha, gentilmente, estimule um lado da coluna espinhal, da cabeça até as nádegas. O tronco do RN se curva para o lado estimulado. - Desaparece com 4 semanas de vida. Reflexo de apreensão/palmar Colocar o dedo na palma do RN O RN agarra o dedo do examinador. Diminui após 3 meses, sendo substituído por movimento voluntário. Reflexo plantar Colocar o dedo contra a base dos artelhos do RN Os artelhos se curvam para baixo e agarram o dedo do examinador. - Diminui aos 8 meses. Reflexo de moro ou abraço Súbita, mas gentilmente, deixar a cabeça do RN cair para trás (em relação ao tronco) O RN estende e abduz todas as extremidades bilateralmente e simetricamente formando um “C” com o polegar e indicador e depois flete as extremidades. Normalmente a criança chora. - Desaparece após 3 a 4 meses (mais visível nos 2 primeiros meses) Reflexo de procura Tocar a bochecha ou o canto da boca do RN com o dedo (o mamilo também deve desencadear esse reflexo) O RN vira a cabeça em direção aoestímulo, abre a boca e procura a fonte do estímulo. - Persiste por toda a 1ª infância. Reflexo de marcha Segure o RN de pé e coloque um pé levemente sobre uma superfície plana O RN fará movimentos para caminhar, alternando os pés quando um deles tocar a superfície. Idade de desaparecimento indeterminada. Reflexo de sucção Colocar o dedo do próprio RN em sua boca (o mamilo também deve desencadear esse reflexo) O RN suga o dedo ou o mamilo. Deve-se observar a sucção forte, rítmica, coordenada com a deglutição. Reflexo de extrusão O RN empurra a língua para fora quando sua ponta é tocada pelo dedo ou mamilo Extrusão contínua da língua ou com movimentos repetitivos ocorre com anomalias do SNC. Desaparece por volta dos 4- 6 meses. Espirro Resposta espontânea dos condutos nasais à irritação ou obstrução. Provoca espirros. - Persiste por toda a vida. Tosse Irritação da mucosa da laringe ou árvore brônquica Provoca tosse. Geralmente presente um dia após o nascimento. - Persiste por toda a vida. Fonte: CHRISTOFFEL (2006, p.32-33); KENNER (2001, p. 46-47) ; WILSON, HOCKENBERRY (2012) O texto que segue foi elaborado à partir dos seguintes autores: Christoffel (2006), Kenner (2001), Brêtas et al 2013 e Wong, Hockenberry, Wilson (2011) e Wilson, Hockenberry (2012). Pele e mucosas: coloração, turgor, pregas, milium sebáceo, hemangiomas (crescimento, geralmente, benigno dos vasos sanguíneos), manchas (Ex: mancha mongólica – lesão pigmentada azul, benigna, aparecem em 10% dos bebês de raça branca e em 80% de raça negra, desaparece espontaneamente nos primeiros anos de vida), lanugem, descamação da pele – impetigo - dermatite de fraldas. Cabeça e face: formato do crânio, tamanho, ao nascer apresenta duas fontanelas que permitem o crescimento do cérebro, até atingir seu tamanho normal, sendo elas: Fontanela anterior: formato de diamante medindo 2,5 por 4,0 cm apresenta fechamento completo em tono dos 12 aos 18 meses. Fontanela posterior: apresenta formato triangular, medindo 0,5 a1,0 cm, apresentando fechamento completo em torno dos 2 a 3 meses de vida. As fontanelas devem ser achatadas, macias e firmes. Orelhas: devem estar posicionadas na linha horizontal com o canto do olho externo. Observar forma, tamanho, simetria, implantação, curvatura. Dar orientação quanto ao exame de acuidade auditiva/teste da orelhinha (emissão de ruído próximo ao ouvido e observar a resposta - Lei Federal nº 12.303/2010 tornou obrigatória e gratuita sua realização) Olhos: simetria, estrabismo, sobrancelhas, cílios, movimentos palpebrais, edema, secreções purulentas, catarata. Exoftalmia: protrusão do globo ocular Enoftalmia: globo ocular afundado Hipertelorismo: distância exagerada entre os dois olhos Estrabismo: convergente ou divergente Nistagmo: movimento oscilatório do globo ocular Conjuntiva: tracionar a pálpebra inferior para baixo enquanto a criança olha para cima e observar: Cor rósea, rede vascular levemente desenhada, porém, podem estar pálidas, ictéricas, hiperemiadas ou com presença de secreção. Observar presença de conjuntivite. Pupilas: avaliar forma, tamanho, movimento e reação à luz. As pupilas são normalmente arredondadas e de tamanho igual (isocoria), negras. Pupila dilatada (midríase); pupila contraída (miose) e tamanho desigual (anisocoria) Nariz: forma, integridade cutânea, permeabilidade, presença de secreção serossanguinolenta. Boca: presença de dentes (benignos, mas podem estar associados a defeitos congênitos), palato intacto, fenda palatina, fissura labial (lábio leporino), monilíase oral. - Úvula na linha média; - Frênulo de lábio superior; - Frênulo de língua Pescoço: curto, grosso. Observar mobilidade e tônus, presença de linfonodos palpáveis; Tórax: simetria e forma (cilíndrico com ângulo de 90º). Assimetria pode ser determinada por formação incorreta do coração, da coluna ou do arcabouço costal. Ingurgitamento das mamas e/ou presença temporária de leite (em ambos os sexos). Respiração abdominal e irregular. Respiração predominantemente torácica e com retração indica dificuldade respiratória. Coração: ausculta estertores bolhosos desaparecem nas primeiras horas de vida. A presença de estertores ou sibilos pode representar uma patologia. A presença de sopro é comum e pode desaparecer em alguns dias, se este permanecer em algumas semanas é provável que seja manifestação de malformação congênita cardíaca. Abdômen: arredondado, globoso. Auscultar se há peristalse presente. Fígado: palpável 2 a 3 cm do rebordo costal direito. Baço: extremidade pode ser palpável na primeira semana. Rins: principalmente o esquerdo, podem ser palpados 1 a 2 cm acima do umbigo. Cordão umbilical: normalmente branco e gelatinoso nas primeiras horas, com duas artérias e uma veia, começa a secar em poucas horas. Presença de secreção fétida no coto umbilical. Pulsos femorais: iguais bilateralmente Detectar a presença de massas abdominais. Quadril: realizar a manobra de Ortolani - Manter os membros inferiores do RN em flexão nos joelhos e quadris e em adução e rotação interna. Enquanto mantém a flexão passiva, deve-se executar a um movimento de abdução acompanhado de rotação externa. É considerado o teste mais seguro para verificação do deslocamento do quadril. Genitália: observar aspecto, secreção e sangramento. Masculina: Pênis: até o primeiro ano de vida pode apresentar dificuldade de retração do prepúcio devido a presença de aderências fisiológicas, que vão sendo absorvidas durante o primeiro ano de vida. Observar: integridade, higiene, tamanho e coloração. Fimose Bolsa escrotal: observar tamanho, forma, consistência, aspecto da pele (rugosa). Palpar a bolsa à procura dos testículos, caso não estejam palpar os canais inguinais do períneo. Hidrocele: presença de líquido na túnica vaginal que envolve os testículos; Criptorquia lateral: ausência de um testículo; Criptorquia bilateral (ausência dos dois testículos). Meato urinário: examinar observando sua localização Normospádia situa-se no centro da extremidade Hipospádia (ventral), Epispádia (dorsal). Feminina: a higiene sempre deve e feita de cima para baixo. Verificar se há secreção vagina (devido a hormônios maternos). Grandes lábios cobrem os pequenos lábios e o clitóris. Clitóris proeminente, pequenos lábios podem ter verniz caseoso e esmégma nas pregas. Intróito anal: aberto e pérvio. Coluna vertebral: normalmente plana e arredondada, intacta, sem aberturas, massas ou curvas proeminentes. Membros: observar coloração, temperatura, perfusão e a presença de edema. Os dedos devem ser examinados. Pé torto congênito (abdução da parte anterior do pé). Observar a presença de fraturas e paralisias, flexão, pulsos, reflexos, tônus e força. Genuvaro Genuvalgo ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO LACTENTE E INFANTE Este roteiro para a consulta de enfermagem foi adaptado de Zanetello, Ribeiro, Perrone (2006) e Wilson, Hockenberry (2012). A consulta de enfermagem deve ser realizada em um ambiente adequado, que favoreça a privacidade, o acolhimento, a escuta e a troca de informações entre profissionais e familiares. Deve-se pensar em um espaço que mantenham a criança calma, permitindo que ela se sinta segura e acolhida. Equipamentos estranhos e possivelmente ameaçadores devem ser colocadosfora do campo de visão da criança. Se possível, a sala deve dispor de brinquedos (bonecas, bichos de pelúcia, jogos), ser decorada. Importante dar tempo para a que a criança possa brincar e se familiarizar: Ao conversar com o enfermeiro; Ao fazer contato visual; Ao aceitar o equipamento; Ao permitir o contato físico; Zanetello, Ribeiro, Perrone (2006), estabelecem os seguintes passos e condutas para a sua efetivação. 1 ANAMNESE É construída com base no prontuário (dados de identificação, história pregressa, problemas e diagnósticos registrados, condutas), na entrevista e na realização do exame físico. Alguns itens que devem ser abordados durante a anamnese: Aleitamento materno Frequência, tempo e alternância das mamadas, regurgitação, eructação, facilidades e dificuldade Cuidados com a nutriz Revisão pós-parto, problemas com as mamas, condutas adotadas, alimentação e hidratação, medicação, fumo, bebidas alcoólicas, sono, repouso e lazer Inicio do desmame (se ocorreu) Idade, motivo e alimentação complementar Alimentação mista (se recebeu) Tipo de leite, preparo, frequência, quantidade, como foi oferecido, regurgitação, eructação. No caso de uso de outros alimentos: como são preparados, horário, quantidade. Se a criança come sozinha, ambiente das refeições, problemas evidenciados. Líquidos ingeridos, tipo e frequência. Eliminação intestinal e urinária Frequência urinária e na troca das fraldas, consistência, cor e cheiro da urina e fezes. Controle dos esfíncteres (se a criança tiver mais que 18 meses). Sono e repouso Horário, tempo, local, tipo de sono. Higiene corporal Banho (tipo, horário, produtos usados) Higiene do períneo, higiene das fraldas, higiene oral (frequência e produtos) Recreação e estimulação Tipo, local, quem é o cuidador, se a criança recebe sol (horário) Creche/escola Horário, dificuldades Passado mórbido Doenças que já teve. Infecções respiratórias e diarreias Imunizações Quais as vacinas que recebeu? Onde? Quando? Reações? Ambiente familiar Com quem vive? Quais as condições do ambiente (fumo, álcool) Mãe trabalha fora: quem cuida Habitação Tipo, ventilação, posição solar, esgoto, lixo, animais domésticos (vacinados?) Acidentes ocorridos (atentar para a questão da violência) FONTE: adaptado de Zanetello, Ribeiro e Perrone (2006, p.64-68) 2 EXAME FÍSICO Para sua realização é imprescindível captar a confiança da criança e solicitar sua colaboração. Deve ser realizado o mais rápido possível. O enfermeiro deve iniciá-lo tocando gentilmente a criança em um local que não a assuste, se for necessário é importante simulá- lo em um ursinho ou boneca. Observar que as mãos estejam aquecidas e cuidar para não despir toda a criança. O exame físico da criança deve seguir alguns elementos essenciais, segundo a etapa do desenvolvimento. Comprimento_____________________________________________________________ Peso____________________________________________________________________ PC_____________________________________________________________________ Temperatura_____________________________________________________________ Pulso___________________________________________________________________ Respiração_______________________________________________________________ Pressão arterial___________________________________________________________ Aspecto geral____________________________________________________________ Condições da pele e higiene________________________________________________ Cabeça_________________________________________________________________ Pescoço________________________________________________________________ Olhos___________________________________________________________________ Orelhas_________________________________________________________________ Nariz___________________________________________________________________ Boca e orofaringe_________________________________________________________ Tórax (pulmões e coração)_________________________________________________ Abdômen_______________________________________________________________ Genitália ( ) Masculina_____________________________________________________________ ( ) Feminina______________________________________________________________ Ânus___________________________________________________________________ Dorso e membros_________________________________________________________ Exame neurológico - Estado mental___________________________________________________________ - Função motora___________________________________________________________ - Função sensorial (testar visão e audição)______________________________________ ________________________________________________________________________ - Reflexos (acordo com a idade)_______________________________________________ - Fala___________________________________________________________________ Avaliação dos reflexos REFLEXOS PRIMITIVOS AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS RESPOSTA NORMAL Reflexo de Babinski Estimular a região externa do pé no sentido do calcanhar para os dedos O RN hiperestende os artelhos, faz uma dorsoflexão do grande artelho e abre os artelhos para fora. - Desaparece após um ano de idade. Reflexo pupilar corneano Em um ambiente escuro, momentaneamente, colocar uma luz brilhante nos olhos do RN. O RN pisca os olhos, ambas pupilas se contraem. - Persiste por toda a vida Reflexo de engatinhar Colocar o RN em posição pronada, em uma superfície plana O RN tenta engatinhar para frente, usando braços e pernas. - Desaparece por volta de 6 semanas. Reflexo oculocefálico ou “olhos de boneca” Com o RN em posição supina, vire lentamente a cabeça do RN para esquerda ou direita Os olhos permanecem estacionados (virados para trás). Não se ajustam à nova posição da cabeça. - Desaparecem quando a fixação ocorre, se persistir indica dano neurológico. Reflexo assimétrico do pescoço/ tonicocervical ou defesa Com movimento rápido vire a cabeça do RN para qualquer lado O RN estende as extremidades do lado para o qual a cabeça foi virada e flete as extremidades do lado oposto. - Desaparece em 3 ou 4 meses. Reflexo de apreensão/palmar Colocar o dedo na palma do RN O RN agarra o dedo do examinador. Diminui após 3 meses, sendo substituído por movimento voluntário. Reflexo plantar Colocar o dedo contra a base dos artelhos do RN Os artelhos se curvam para baixo e agarram o dedo do examinador. - Diminui aos 8 meses. Reflexo de moro ou abraço Súbita, mas gentilmente, deixar a cabeça do RN cair para trás (em relação ao tronco) O RN estende e abduz todas as extremidades bilateralmente e simetricamente formando um “C” com o polegar e indicador e depois flete as extremidades. Normalmente a criança chora. - Desaparece após 3 a 4 meses (mais visível nos 2 primeiros meses) Reflexo de procura Tocar a bochecha ou o canto da boca do RN com o dedo (o mamilo também deve desencadear esse reflexo) O RN vira a cabeça em direção ao estímulo, abre a boca e procura a fonte do estímulo. - Persiste por toda a 1ª infância. Reflexo de marcha Segure o RN de pé e coloque um pé levemente sobre uma superfície plana O RN fará movimentos para caminhar, alternando os pés quando um deles tocar a superfície. Idade de desaparecimento indeterminada. Reflexo de sucção Colocaro dedo do próprio RN em sua boca (o mamilo também deve desencadear esse reflexo) O RN suga o dedo ou o mamilo. Deve-se observar a sucção forte, rítmica, coordenada com a deglutição. Reflexo de extrusão O RN empurra a língua para fora quando sua ponta é tocada pelo dedo ou mamilo Extrusão contínua da língua ou com movimentos repetitivos ocorre com anomalias do SNC. Desaparece por volta dos 4- 6 meses. Espirro Resposta espontânea dos condutos nasais à irritação ou obstrução. Provoca espirros. - Persiste por toda a vida. Tosse Irritação da mucosa da laringe ou árvore brônquica Provoca tosse. Geralmente presente um dia após o nascimento. - Persiste por toda a vida. DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM Após essa avaliação, em que são identificados os problemas, parte-se para a elaboração dos diagnósticos de enfermagem. Nesse momento o enfermeiro tem que interpretar e tomar decisões. Nessa etapa, segundo Wong e Hockenberry (2011) o enfermeiro organiza os dados coletados em categorias a fim de identificar áreas de importância e toma uma das seguintes decisões: Nenhum problema de saúde relacionado a alguma disfunção – nenhuma intervenção é indicada. Há risco de problemas de saúde relacionados a alguma disfunção: são necessárias intervenções a fim de facilitar a promoção da saúde. Reais problemas de saúde relacionados a alguma disfunção: são necessárias intervenções a fim de facilitar a promoção da saúde. Partindo dessas considerações busca-se pelos diagnósticos de enfermagem da NANDA. PLANEJAMENTO Depois que o diagnóstico de enfermagem tiver sido identificado, deve ser elaborado o plano de cuidados. O objetivo final do plano de cuidados é converter o diagnóstico de enfermagem em um estado de saúde desejado. Este deve ser estabelecido antes que as intervenções possam ser desenvolvidas (WONG, HOCKENBERRY, 2011). IMPLEMENTAÇÃO Começa quando o enfermeiro coloca em ação a intervenção escolhida, fazendo observações a fim de avaliar o resultado da intervenção (WONG, HOCKENBERRY, 2011). EVOLUÇÃO Consiste no último passo da tomada de decisão. O enfermeiro reune dados para determinar se a meta foi atingida, o plano precisa de modificações, e/ou outra alternativa deveria ser levada em consideração. A evolução ou completa o PE ou serve debase para a escolha de outras alternativas em prol da solução dos problemas (WONG, HOCKENBERRY, 2011) REFERÊNCIAS CHAGAS et al. Consulta de enfermagem em puericultura. In: SOUZA, FGM; COSTENARO RGS (org). Cuidado de Enfermagem à criança e ao adolescente na Atenção Básica de Saúde. Porto Alegre: Moriá Editora, 2016. CHRISTOFFEL MM. Promoção da saúde do recém-nascido e sua família. In: Programa de Atualização em Enfermagem: saúde da criança e do adolescente: PROENF/ organizado pela Associação Brasileira de Enfermagem. Porto Alegre, 2006. ciclo 1 modulo 2, p. 9-50. BRÊTAS JR (org). et al. Manual de exame físico para a prética da enfermagem em pediatria. 3 ed. Rev. e atual. São Paulo: Iátria, 2012 ZANETELLO MB, RIBEIRO MRR, PERRONE SGP. Consulta de Enfermagem e a promoção da saúde do Lactente. In: Programa de Atualização em Enfermagem: saúde da criança e do adolescente: PROENF/ organizado pela Associação Brasileira de Enfermagem. Porto Alegre, 2006. Ciclo 1,módulo 3, p. 57-96. WILSON D.; HOCKENBERRY MJ. Wong, manual clínico de enfermagem pediátrica. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012 346 p. WONG DL; HOCKENBERRY MJ; WILSON D.(Ed). Wong fundamentos de enfermagem pediátrica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 1280 p. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/242_teste_da_orelhinha.html
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