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PARASITOLOGIA - AULA 9

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PARASITOLOGIA BÁSICA 
AULA 9: ANCILOSTOMÍDEOS E OUTROS NEMALTEMINTOS 
Ancylostoma duodenale 
A família Ancylostomatidae é uma das mais importantes entre os nematodas, cujos 
estágios parasitários ocorrem em mamíferos, inclusive em humanos, causando 
ancilostomíase ou ancilostomose. 
As espécies Ancylostoma duodenale e Necator americanus são de grande importância 
médica para o homem, causando a doença conhecida popularmente por "amarelão ou 
opilação", que pode causar anemia grave e até fatal. 
Não necessitam de hospedeiros intermediários e apresentam duas fases bem definidas: a 
de vida livre e a de vida parasitária (dentro do hospedeiro). Vivem no intestino delgado 
do homem, principalmente no duodeno. 
A fêmea fecundada inicia a postura dos ovos que são eliminados para o meio exterior 
através das fezes, e que dependendo das condições, tornam-se embrionados. A larva (L1) 
se liberta, e depois cresce para L2 e posteriormente para L3 infectante (larva 
encapsulada). Ao encontrar o tecido do hospedeiro, a cápsula é expulsa e a larva passa a 
produzir enzimas que facilitam o seu acesso através dos tecidos do hospedeiro. Cai na 
circulação e é levada ao coração direito e pulmão, onde sofre outra muda (L4) e sobe até 
a boca (onde vai ser expectorada ou engolida), e caso chegue ao intestino delgado, evolui 
para adulto. 
Pode causar edema, prurido intenso, sensação de queimadura, quadro semelhante a 
pneumonia, hemorragias, úlceras, vômitos, diarreias, fraquezas. 
Toxocara canis 
Toxocara canis é a espécie responsável por causar no homem a “Síndrome da larva 
migrans visceral humana”. Pertence à família Ascaridae e vive no intestino delgado do 
cão e também do gato. 
Cães adultos se infectam ingerindo ovos infectantes com a L3, que atacam os órgãos dos 
mesmos. Ciclo muito parecido com o Ascaris lumbricoides. 
Os órgãos mais afetados são fígado, pulmões, cérebro, olhos e gânglios. (cegueira, 
epilepsia, meningite, hepatite). O diagnóstico é feito por métodos imunológicos. 
Larva migrans cutânea 
Também denominada dermatite serpiginosa/pruriginosa, é causada por larvas de 
Ancylostoma braziliense ou A. caninum (parasitas de cães e gatos). 
Eliminados nas fezes e quando entram em contato com o tecido humano, perfuram o 
epitélio e ficam presos no tecido subcutâneo. Essa penetração pode passar desapercebida 
e afeta mais as áreas mais expostas como braços, pernas. 
Acompanham reação inflamatória e infecções microbianas. 
Trichuris trichiura 
Parasita do intestino grosso do homem. É considerado por muitos autores um parasito 
tissular. 
A fêmea produz vários ovos (com L3) que chegam ao meio externo com as fezes. Uma vez 
ingerido, o ovo eclode no intestino delgado, pondo em liberdade a larva que migra para o 
intestino grosso. 
Normalmente é assintomática, mas pode causar diarreia, anemia e etc. 
Wuchereria bancrofti 
Causa a filaríase linfática. 
Essa microfilárias são ingeridas pelo mosquito Culex quinquefasciatus, mosquito doméstico 
conhecido como pernilongo, muriçoca ou carapanã, ao exercer o hematofagismo em 
pessoa parasitada. Quando o mesmo pica o homem, penetram ativamente na pele e 
chegam aos vasos linfáticos. Tornam-se adultos e um ano depois começam a aparecer 
microfilárias no sangue. 
Pode ser assintomática ou causar estase linfática ou até elefantíase bancroftiana. A pele 
aumenta de espessura, perde a elasticidade, fica ressecada e hiperqueratósica, muito 
sujeita a rachaduras e infecções. 
Onchocerca volvulus 
Causa a oncocercose (tumores benignos). Ciclo muito semelhante ao da W. bancrofti, 
mas o gênero do mosquito é diferente. 
Pode causar dermatite oncocercosa, alterações linfáticas, lesões oculares/cegueira 
total.

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