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Influencia de diferentes hospedeiros no peso e Hemocitos de pupapa de Diaphania Hyalianata

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_____________________
1. O primeiro autor é Aluna do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Universidade Federal Rural de Pernambuco. AV. Dom 
Manoel de Medeiros, s/n. Recife, PE, CEP 52171-900. E-mail: nanebiologa@hotmail.com
2. O segundo autor é Aluna do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, UFRPE. AV. Dom Manuel de Medeiros; s/n. Recife; PE; 
CEP 52171-990.
3. O terceiro autor é Aluna do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, UFRPE. AV. Dom Manuel de Medeiros; s/n. Recife; PE; 
CEP 52171-990.
4. O quarto autor é Aluna do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, UFRPE. AV. Dom Manuel de Medeiros; s/n. Recife; PE; 
CEP 52171-990.
5. O quinto autor é Doutorando do curso de Pós-graduação em Entomologia Agrícola; UFRPE. AV. Dom Manuel de Medeiros; s/n. 
Recife; PE; CEP 52171-990. 
6. O sexto autor é Mestranda do curso de Pós-graduação em Entomologia Agrícola, UFRPE. AV. Dom Manuel de Medeiros; s/n. Recife; 
PE; CEP 52171-990.
7. O sétimo autor é Professor do Programa de Pós-graduação em Entomologia Agrícola, UFRPE. AV. Dom Manuel de Medeiros; s/n. 
Recife; PE; CEP 52171-990. 
8. O oitavo autor é Professor adjunto do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal; UFRPE. AV. Dom Manuel de Medeiros; s/n. 
Recife; PE; CEP 52171-990. 
9. O nono autor é Professora adjunta do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal; UFRPE. AV. Dom Manuel de Medeiros; s/n. 
Recife; PE; CEP 52171-990.
INFLUÊNCIA DE DIFERENTES 
HOSPEDEIROS NO PESO E HEMÓCITOS DE 
PUPAS DE DIAPHANIA HYALINATA (L.)
(LEPIDOPTERA: CRAMBIDAE)
Glaucilane dos Santos Cruz1 , Suzana Maria de França Alves da Silva2 ,Vanessa Feitosa da Silva3,
Carolina Arruda Guedes4, Franklin Magliano da Cunha5, Andresa Cristina Batista de Oliveira6, 
Ailton Pinheiro Lobo7 , Álvaro Aguiar Coelho Teixeira8, Valéria Wanderley Teixeira9
Introdução
Os insetos fitófagos são capazes de 
escolher seus hospedeiros baseados nos 
constituintes nutricionais presentes, além de 
defesas como compostos secundários [1]. Poucos 
estudos, no entanto, respondem se as fêmeas 
escolhem seus hospedeiros baseados no 
desempenho da futura prole, principalmente do 
seu sistema imunológico [2].
O ato da alimentação de um inseto
herbívoro envolve ganhos energéticos com a 
metabolização dos constituintes do tecido vegetal 
ou perdas relacionadas com a sobreposição das 
defesas da planta causando conseqüências 
negativas na historia de vida dos insetos [3].
A broca-das-curcubitáceas Diaphania 
hyalinata (Lepidoptera: Crambidae) é considerada 
a praga-chave da cultura do meloeiro (Cucumis 
melo L.), no Nordeste brasileiro, chegando a gerar 
300 milhões de reais por ano para o país [4]. 
As lagartas consomem principalmente as 
folhas reduzindo sua área fotossintética, 
alimentando-se também de flores e frutos, 
prejudicando a comercialização do produto ou 
tornando-o impróprio para o consumo [5]. O 
controle desta praga é baseado estritamente no uso 
de inseticidas de grupos químicos variados que 
podem ser associados a impactos como 
ressurgência da praga, aumento de pragas 
secundárias, contaminação ambiental e residual 
em alimentos [6].
Os insetos são suscetíveis a vários inimigos 
naturais, por isso, desenvolveram um eficiente 
sistema de defesa como cutícula, sistema 
respiratório, digestivo e hemócitos, sendo estes 
responsáveis pelos processos de aglutinação, 
fagocitose, nodulação e encapsulamento [7].
Desta forma, a utilização de plantas 
atrativas ou repelentes constitui um método 
interessante no controle biológico, visando 
minimizar a ação de insetos-praga nas culturas e 
causando alterações da capacidade de resposta do 
sistema imunológico deste inseto.
Material e Métodos
A. Obtenção e criação dos Insetos
Os insetos foram obtidos na criação 
mantida no Laboratório de Comportamento de 
Insetos, Área de Fitossanidade da Universidade
Federal Rural de Pernambuco – UFRPE desde 
2007. As lagartas de D. hyalinata utilizadas nos 
experimentos foram alimentadas com folhas de 
abóbora, sendo mantidas em ambiente controlado 
a 27º ± 2ºC e UR de 70 ± 10%, sob fotofase de 12 
horas.
Os adultos foram alimentados com algodão 
embebido em solução de sacarose a 10%. As 
folhas com posturas foram retiradas diariamente, 
permanecendo em outras gaiolas até a eclosão das 
lagartas. As pré-pupas e pupas foram recolhidas 
todos os dias, colocadas em recipientes plásticos 
com retalhos de organza, e transferidas para a 
gaiola dos adultos. 
B. Impacto da alimentação de cucurbitáceas por 
lagartas de D. hyalinata sobre o peso das pupas
O bioensaio constou de três grupos de 100 
ovos de mesma idade, sendo individualizados e 
esperada a eclosão das lagartas. Após a eclosão, 
cada lagarta foi transferida para um recipiente 
plástico (7,5 x 5,0 cm) contendo hospedeiros de 
cucurbitáceas. Houve troca diária dos hospedeiros 
até as lagartas atingirem a fase de pupa. As pupas 
foram pesadas com dois dias de desenvolvimento, 
sendo os dados testados quanto às pressuposições 
da análise de variância, e submetidos a teste de 
agrupamento de Scott & Knott [8] a 5% de 
significância. O programa estatístico utilizado foi 
o SAEG.
C. Impacto de hospedeiros de D. hyalinata sobre 
o sistema imunológico de pupas
Amostras de 1,0µL de hemolinfa foram 
retiradas de pupas com dois dias de 
desenvolvimento para determinação da 
composição qualitativa e quantitativa dos tipos de 
hemócitos presentes. O volume foi coletado com o 
auxilio de um microcapilar e adicionado a uma 
solução anticoagulante para insetos. Sendo levada 
posteriormente a câmara de Neubauer para a 
determinação quantitativa, sendo 7 repetições para 
cada hospedeiro. Para a determinação qualitativa 
amostras de 1,0µL da hemolinfa foram 
submetidas a esfregaços em lâminas de vidro, e 
coradas pelo Giemsa. Sendo adotado o mesmo 
numero de repetições. Em cada repetição foram 
contadas 300 células segundo a metodologia de 
Falleiros et al. [9].
Resultados 
As pupas de lagartas alimentadas com 
folhas de melão amarelo alcançaram um peso 
superior às alimentadas com pepino e bucha, 
sugerindo que a escolha de seus hospedeiros é 
diretamente relacionada a um melhor 
desenvolvimento da prole (F= 2,74; GL= 107; P= 
0,06899) (Fig. 1).
A análise estatística da contagem total dos 
hemocitos presentes em pupas com dois dias de 
desenvolvimento demonstraram que não houve 
diferença estatística entre as lagartas alimentadas 
com o melão, bucha e pepino (Fig. 2).
Na contagem diferencial os dados foram 
submetidos a ANOVA. Os resultados 
demonstraram que não houve variação nos tipos 
celulares, exceto para os esferulócitos que 
diminuíram significativamente nas pupas de 
lagartas alimentadas com a bucha (Tab. 1). 
Discussão
Estudos sobre o efeito causado pela 
mudança de espécies hospedeiras de Epirrita 
autumnata (Borkhausen) (Lepidoptera: 
Geometridae) em relação a plantas alternativas e 
suas possíveis conseqüências nas defesas 
imunitárias, na história de vida e outras 
características deste inseto. Verificou-se que 
quando se realizava a troca do hospedeiro 
preferido pela alternativa o peso pupal do inseto 
reduziu, as taxas de desenvolvimento tornaram-se
mais lentas e houve uma diminuição na taxa de 
encapsulamento e na atividade da fenoloxidase 
[10]. Assim, os resultados sugerem que a escolha 
da fêmea para oviposição pode estar relacionada 
com um melhor desenvolvimento da prole, 
refletindo no seu desenvolvimento larval e no 
peso das pupas submetidas a hospedeiros não 
preferidos, afetando também seu sistema 
imunológico.
Referências 
[1] GOULD, F. Arthropod behaviour and the efficacy of plant 
protectants. Annual Review of Entomology, Palo Alto, v. 36, p. 
305–330, 1991.
[2] HAVIOLA, S.; KAPARI, L.; OSSIPOV, V.; RANTALA, 
M.J.; RUUHOLA, T. & HAUKIOJA, E. Foliar phenolics are 
differentlyassociated with Epirrita autumnata growth and 
immunocompetence. Journal Chemical Ecology, New York, v. 
33, p. 1013–1023, 2007.
[3] LILL, J. & MARQUIS T. The effects of leaf quality on 
herbivore performance and attack from natural enemies. 
Ecology, Durham, v. 126, p. 418–428, 2001.
[4] DINIZ, F. 2008 [Online]. Embrapa recursos genéticos e 
biotecnologia.
[5] FERNANDES, O.A. Pragas do meloeiro. In: SOBRINHO, 
R.B; CARDOSO, J.E. & FREIRE, F.C. (Org.); Pragas de 
fruteiras tropicais de importância agroindustrial, Embrapa-
CNPAT, Brasília, DF. p. 209, 1998.
[6]CROCOMO, W.B. Manejo integrado de pragas. Botucatu: 
ED. UNESP, 1990. 358p.
[7] SCHMID-HEMPEL, P. Evolutionary ecology of insect 
immune defenses. Annual Review of Entomology, Switzerland, 
v.50, p.529-551, 2005.
[8]SCOTT, A.J. & KNOTT, M.A. A cluster analysis method 
for groupingmeans in the analysis of variance. Biometrics, 
Washington, v. 30, p. 507-512, 1974.
[9] FALLEIROS, A.M.F.; BOMBONATO, M.T.S. & 
GREGÓRIO, E.A. Ultrastructural and quantitative studies of
hemocytes in the sugarcane borer, Diatraea saccharalis
(Lepidoptera: Pyralidae). Brazilian Archives of Biology and 
Technology, Curitiba, v. 46, p. 287-294, 2003.
[10] YANG, S.; RUUHOLA, T.; HAVIOLA, S. &
RANTALA, M.J. Effects of host-plant shift on immune and 
other key life-history traits of an eruptive Geometrid, Epirrita 
autumnata (Borkhausen). Ecological Entomology, London, v.
33, p. 510-516, 2008. 
Figura 2. Quantidade total de hemocitos presentes em pupas 
de D. hyalinata com dois dias de desenvolvimento. As médias 
seguidas pela mesma letra não diferem significativamente 
entre si pelo teste de Tukey (P < 0,05).
Hospedeiros
Melão Bucha Pepino
P
es
o 
d
e
 p
up
a 
(m
g)
0
20
40
60
80
A
B B
Figura 1. Efeito de hospedeiros no peso de pupas em Diaphania 
hyalinata. As médias seguidas pela mesma letra não diferem 
significativamente entre si pelo teste de Tukey (P ≤ 0,05).
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Melão Pepino BuchaQ
u
a
n
ti
d
a
d
e
 t
o
ta
l 
d
e
 h
e
m
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m
 D
ia
p
h
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n
ia
 h
y
a
li
n
a
ta
 
A
A
A
Tabela 1. As médias seguidas da mesma letra na diferem entre si pelo 
teste de Tukey (p ≤ 0,05).