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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Formação de Professores Departamento de Ciências Graduação em Ciências Biológicas Jamilly Bignon de Souza Avaliação laboratorial de extratos de Dicksonia sellowiana Hook. e Nepholepis cordifolia (L.) Lellinger contra Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852) São Gonçalo, 2019 Raul Apolinário Nota (Dicksoniaceae) Raul Apolinário Nota (Lomariopsidaceae) Jamilly Bignon de Souza Avaliação laboratorial de extratos de Dicksonia sellowiana Hook. e Nepholepis cordifolia (L.) Lellinger contra Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852) Monografia apresentada ao Departamento de Ciências da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como parte das exigências para obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas. Orientador: Isabella Rodrigues Lancellotti Co-orientador: Prof. Dr. Marcelo Gerra Santos São Gonçalo, 2019 CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CEH/D Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese desde que citada a fonte. _____________________________________________ _____________________ Assinatura Data Jamilly Bignon de Souza X 000 Bignon de Souza, Jamilly. Avaliação laboratorial de extratos de Dicksonia sellowiana Hook. e Nepholepis cordifolia (L.) Lellinger contra Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852) como alternativa para o controle de insetos-praga. / Jamilly Bignon de Souza. – 2019. f. Orientador: Isabella Rodrigues Lancelloti Co-orientador: Prof. Dr. Marcelo Guerra Santos. Monografia (Licenciatura Plena em Ciências Biológicas) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Faculdade de Formação de Professores. 1. Pteridófitas. 2. Insetos-praga. 3. Bio Inseticida. 4. Dicksonia sellowiana. 5. Oncopeltus fasciatus I. Isabella Rodrigues Lancellotti II. Marcelo Guerra Santos. III. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Faculdade de Formação de Professores. CDU 00 Avaliação laboratorial de extratos de Dicksonia sellowiana Hook. e Nepholepis cordifolia (L.) Lellinger contra Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852) Monografia apresentada ao Departamento de Ciências da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como parte das exigências para obtenção do título de Licenciado em Ciências Biológicas. Avaliada em 09 de Julho de 2019 Banca Examinadora: _________________________________________________ Mestre Isabella Rodrigues Lancellotti _________________________________________________ Prof. Dra. Selma Ribeiro de Paiva _________________________________________________ Mestre Raul Victor da Cruz Apolinário São Gonçalo, 2019 DEDICATÓRIA A minha família e amigos AGRADECIMENTOS A Deus por ter me concedido o dom da vida, e as oportunidades que tive e ainda terei. A minha família, meu pai Celso e minha mãe Denise, por estarem sempre presentes me dando o apoio necessário em todos os momentos, por toda a educação e oportunidades que me proporcionaram para que eu alcançasse meus objetivos e por seus esforços para me dar tudo que precisei. À minha irmã Bianca por sua companhia e apoio em todos os momentos. Ao meu sobrinho Richard, por todas as vezes que me ajudou a estudar, sendo ouvinte, prestando atenção e aprendendo tudo que ensinei a ele. Ao meu namorado Gabriel, por estar, em todos os momentos da minha vida, presente, me ajudando, auxiliando e tornando tudo mais fácil, pelo simples fato de estar ao meu lado. Por me acalmar nos momentos de angustia e me fazer feliz sempre. E por toda ajuda que ele me ofereceu neste trabalho. Aos amigos da UERJ, Ariel, Nathalia e Vitor, pela convivência, companheirismo tanto nos momentos bons quanto ruins e principalmente pela amizade. Mas, em especial, à minha amiga Gabriela Lima, que, desde o primeiro dia de aula, foi minha companheira e melhor amiga. Por ter estado todos esses anos ao meu lado compartilhando comigo todos os momentos da minha vida acadêmica, por me compreender nos momentos de desespero e por me ajudar diversas vezes. Sem a sua companhia, os dias teriam sido muito mais difíceis. A todos do laboratório de Biodiversidade do Núcleo de Pesquisa e Ensino de Ciências (NUPEC) da Faculdade de Formação de Professores (FFP) da UERJ, que estiveram sempre dispostos a ajudar. Ao professor Dr. Marcelo Guerra Santos, pela oportunidade e amizade. À Mestra Isabella Lancellotti, por toda ajuda oferecida. A PhD Maria Denise Feder, por gentilmente ter cedido os animais e o espaço do Laboratório de Biologia de Insetos da Universidade Federal Fluminense (GBG/UFF), para a realização do trabalho. A Todos os professores do Departamento de Ciências da FFP/UERJ RESUMO BIGNON, J. S. Avaliação laboratorial de extratos de Dicksonia sellowiana Hook. e Nepholepis cordifolia (L.) Lellinger contra Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852). 2019. f. Monografia (Licenciatura Plena em Ciências Biológicas) – Faculdade de Formação de Professores, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019. O Brasil, por ser um país tropical e com uma extensa área cultivada, apresenta sérios problemas com pragas. Os insetos sugadores causam vários danos às plantas, além disso, também podem atuar indiretamente, transmitindo patógenos, especialmente vírus, facilitando a proliferação de bactérias e o desenvolvimento de fungos e outros microorganismos. Os pesticidas desempenham um papel importante na proteção de cultivos, sendo um fator importante para manutenção do rendimento estável das culturas. Contudo, a aplicação de pesticidas tem originado consequências negativas, como o desaparecimento de algumas espécies de insetos úteis e, consequentemente, aparição de novas pragas, além de contaminarem o meio ambiente e trazerem problemas a saúde humana. Desta forma, as empresas e pesquisadores de agroquímicos têm procurado produtos naturais para o desenvolvimento de novos inseticidas. Os metabólitos secundários das plantas desempenham um papel importante em sua proteção contra danos causados por pragas e clima adverso. Alguns metabólitos secundários de plantas possuem atividades inseticidas, hormonais ou anti- alimentantes contra pragas, que atraem a atenção dos pesquisadores. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a atividade inseticida dos extratos etanólicos das folhas das samambaias Dicksonia sellowiana Hook. (Dicksoniaceae) e Nephrolepis cordifolia (L.) Lellinger (Lomariopsidaceae) sobre Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852) (Hemiptera). As espécies Dicksonia sellowiana e Nephrolepis cordifolia foram coletadas nos meses de outubro de 2016 e abril de 2017, respectivamente, no Parque Nacional de Itatiaia. As folhas foram secas, posteriormente trituradas e pesadas. Os extratos foram preparados na proporção de 1L de etanol para 100g de folha e concentrados em evaporador rotatório e diluídos na concentração de 50 mg/mL. Foram utilizados insetos no 4º ínstar em grupos de 10 animais em triplicatas, sendo estes: animais expostos ao extrato obtido a partir da amostra de Dicksonia sellowiana (DS); animais expostos ao extrato obtido a partir da amostra de Nephrolepis cordifolia (NP); animais expostos a água (CN); animais expostos a acetona (CA). Esse é o primeiro experimento que avalia a ação inseticida do extrato de samambaias sobre Oncopeltus fasciatus. O método utilizado para exposiçãofoi do tipo tópico, onde em cada animal foi aplicado 1 μL da respectiva solução na sua cutícula dorsal, utilizando micro pipetador automático. Foram observados efeitos como a toxicidade dos extratos de Dicksonia sellowiana e Nephrolepis cordifolia sobre o inseto alvo. O Oncopeltus fasciatus demonstrou uma maior sensibilidade ao extrato de N. cordifolia, em relação a mortalidade, apresentando 63% de mortalidade dos insetos tratados. Além disso, ambos os extratos interferiram no desenvolvimento dos insetos. Os resultados apontaram um potencial inseticida das espécies de samambaias, sendo promissoras para a pesquisa de substâncias seletivas para uso inseticida. Palavras-chaves: Pteridófitas; Samambaias; Insetos-praga; Bio inseticidas; Dicksonia sellowiana; Oncopeltus fasciatus; Nepholepis cordifolia. Raul Apolinário Nota D. sellowiana e N. cordifolia ABSTRACT BIGNON, J. S. Laboratory evaluation of extracts of Dicksonia sellowiana Hook. and Nepholepis cordifolia (L.) Lellinger against Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852). 2019. . F. Monograph (Full Degree in Biological Sciences) - Faculty of Teacher Training, Rio de Janeiro State University, Rio de Janeiro, 2019. Brazil, as a tropical country with an extensive cultivated area, presents serious problems with pests. Sucking insects cause various damage to plants, and can act indirectly, transmitting pathogens, especially viruses, facilitating the proliferation of bacteria and the development of fungi and other microorganisms. Pesticides play an important role in crop protection and are an important factor in maintaining stable crop yields. However, the application of pesticides has had negative consequences, such as the disappearance of some useful insect species and consequently new pests, in addition to contaminating the environment and bringing problems to human health. In this way, companies and researchers of agrochemicals have been looking for natural products for the development of new insecticides. Secondary plant metabolites play an important role in protecting against damage from pests, germs and adverse weather. Some secondary plant metabolites have insecticidal, hormonal or anti-pest activity that attract researchers' attention. Therefore, the objective of this study was to evaluate the insecticidal activity of ethanolic extracts from leaves of ferns Dicksonia sellowiana Hook ferns. (Dicksoniaceae) and Nephrolepis cordifolia (L.) Lellinger (Lomariopsidaceae) on Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852) (Hemiptera). We collected the species Dicksonia sellowiana and Nephrolepis cordifolia in the months of October 2016 and April 2017, respectively, in the Itatiaia National Park. The leaves were dried, then crushed and weighed. The extracts were prepared in the ratio of 1L of ethanol to 100g of foil, concentrated in a rotary evaporator, and diluted to 50mg / mL. We used insects in the fourth instar in groups of 10 animals in triplicates, these being: animals exposed to the extract obtained from the Dicksonia sellowiana sample (DS); animals exposed to the extract obtained from the sample of Nephrolepis cordifolia (NP); animals exposed to water (CN); animals exposed to acetone (CA). This is the first experiment that evaluates the insecticidal action of fern extracts on Oncopeltus fasciatus. We chose the topical exhibition; where 1 μL of the respective solution was applied to the dorsal cuticle using an automatic micro-pipettor in each animal. We observed toxicity effects of the extracts of Dicksonia sellowiana and Nephrolepis cordifolia on the target insect. Oncopeltus fasciatus showed a higher sensitivity to N. cordifolia extract in relation to mortality, presenting a 63% mortality of treated insects. In addition, both extracts interfered in the development of insects. The results showed a potential insecticide of the fern species, being promising for the research of selective substances for the insecticide use. Keywords: Pteridophytes; Ferns; Pest insects; Bio insecticides; Dicksonia sellowiana; Oncopeltus fasciatus; Nepholepis cordifolia. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Dicksonia sellowiana (Presl.) Hook. ...................................................................... 25 Figura 2: Nephrolepis cordifolia (L.) Lellinger ..................................................................... 26 Figura 3: Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852) ...................................................................... 28 Figura 4: Preparo dos extratos ............................................................................................... 32 Figura 5: Metodologia ............................................................................................................ 34 Tabela 1: Análise mortalidade e mudas ................................................................................. 36 Gráfico 1: Resultados ............................................................................................................. 38 Raul Apolinário Nota Rever a numeração das páginas Raul Apolinário Nota Análise de mortalidade, muda e metamorfose. Raul Apolinário Nota Resultados do tratamento.... LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS FFP Faculdade de Formação de Professores UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro NUPEC Núcleo de Pesquisa e Ensino de Ciências RFFP Herbário da Faculdade de Formação de Professores da UERJ ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade GBG Departamento de Biologia Geral UFF Universidade Federal Fluminense Prof Professor Prof Professora Dr. Doutor Dra. Doutora PhD Philosophiæ Doctor CA Controle Acetona CN Controle Naive DS Dickisonia sellwiana NP Nephrolepis cordifolia AChE Acetilcolinesterase IGR Insect Growth Regulators CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente CITES Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora em Perigo de Extinção DDT Diclorodifeniltricloroetano BHC Hexaclorobenzeno ANOVA Análise de Variância % Porcentagem °C Grau Celsius L Litro mg Miligrama mL Mililitro g Grama Raul Apolinário Nota Fomatação da instituição permite a colocação por ordem de citação, ou é necessária ordem alfabética? Raul Apolinário Nota negativo % (v/v) Porcentagem em volume μL Microlitro PAST Palaeonthological Statistics software package m³/ano Metro cúbico por ano m Metro Nº Número X 2 qui-quadrado (L) Lellinger Raul Apolinário Nota Faltaram: D.C. DAT SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 13 2. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 16 2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................ 16 2.2.Objetivos específicos ........................................................................................................ 16 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 17 3.1. Insetos-pragas ................................................................................................................. 17 3.2. Inseticidas ........................................................................................................................ 18 3.3. Atividade inseticida de plantas ...................................................................................... 21 3.4. Atividade inseticida de Samambaias ............................................................................22 3.5. Dicksonia sellowiana ....................................................................................................... 24 3.6. Nepholepis cordifolia (L.) Lellinger (Lomariopsidaceae) ............................................ 26 3.7. Experimentação em Oncopeltus fasciatus ..................................................................... 27 4. METODOLOGIA .............................................................................................................. 31 4.1. Material botânico ............................................................................................................ 31 4.2. Preparo dos extratos vegetais ........................................................................................ 31 4.3. Colônias ........................................................................................................................... 32 4.4. Grupos experimentais .................................................................................................... 33 4.5. Aplicação tópica .............................................................................................................. 33 4.6. Análise estatística ............................................................................................................ 34 5. RESULTADOS .................................................................................................................. 36 5.1. Tempo de muda .............................................................................................................. 36 5.2. Mortalidade ..................................................................................................................... 37 5.3. Desenvolvimento ............................................................................................................. 37 6. DISCUSSÃO ...................................................................................................................... 39 7. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 41 8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 42 Raul Apolinário Nota Rever o número correto das páginas 13 1. INTRODUÇÃO Estima-se que existam de 5 a 10 milhões de espécies de insetos (LEWINSOHN, JORGE & PRADO, 2012). Embora apresentem grande importância econômica e ecológica, avalia-se que aproximadamente 10% das espécies de insetos sejam consideradas pragas no mundo (ZUCCHI et al., 1992), Elas provocam grandes prejuízos às principais culturas, podendo proporcionar inúmeras perdas nas produções (ZUCCHI et al., 1992), além de prejudicarem os animais domésticos, o homem e as plantas (GALLO et al., 2002). O Brasil apresenta uma extensa área cultivada, e, consequentemente, enfrenta sérios problemas com pragas. Por exemplo, a espécie Helicoverpa armigera era considerada inexistente no continente americano, entretanto, no início de 2013, foi identificada pela primeira vez em território nacional, infestando culturas de soja e algodão nos estados de Goiás, Bahia e Mato Grosso. (CZEPAK et al., 2013). Contudo, além de danos à agricultura, os insetos atuam como vetores de inúmeras doenças (ROBINSON, 1996). O controle dessas pragas é feito, na maioria das vezes, pela utilização de inseticidas químicos, porém a utilização contínua desses inseticidas vem causando problemas sérios, como o surgimento de resistência das pragas aos produtos utilizados e a presença de resíduos tóxicos (PACHECO et al. 1990; SARTORI et al. 1990). Nos últimos anos, empresas e pesquisadores de agroquímicos têm procurado produtos naturais para o desenvolvimento de novos inseticidas (SECOY & SMITH, 1983; XU, 2001; YANG E CHANG, 1988) Desta forma, os metabólitos secundários das plantas, que desempenham um papel importante em sua proteção, também já são descritos na literatura por possuem atividades inseticidas, hormonais ou anti-alimentantes contra pragas, e atraem a atenção dos pesquisadores (PASCUAL-VILLALOBOS & ROBLEDO, 1998), entre elas as samambaias. Ao longo dos anos, a espécie Oncopeltus fasciatus tornou-se um organismo de laboratório popular nos Estados Unidos, devido à sua facilidade de criação, tolerância a uma ampla gama de condições. Além disso, tornou-se, posteriormente, uma das espécies mais importantes para uma ampla gama de questões dentro da entomologia e fisiologia no mundo. Dicksonia sellowiana é uma espécie de samambaia encontrada nas regiões Sudeste e Sul do Brasil. Estudos realizados na Universidade Federal do Paraná (UFPR), apontaram a presença de terpenoides em seu perfil fitoquímico (OLIVEIRA, 2016). Raul Apolinário Nota Pragas agrícolas. Para poder diferir de pragas urbanas, que também causam prejuízos. Raul Apolinário Nota Se quiser, seria interessante expressar essa perda de produtividade através de alguns dados, como por exemplo a perda de produtividade anual no Brasil, já que no próximo parágrafo é citado o nosso país. Raul Apolinário Nota Helicoverpa armigera (Hübner, 1808) (Lepidoptera: Noctuidae) Raul Apolinário Nota Itálico Raul Apolinário Nota & Raul Apolinário Nota possuírem Raul Apolinário Nota Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852) (Hemiptera: Lygaeoidea) Raul Apolinário Nota Qual seria a fonte destas informações? Raul Apolinário Nota Dicksonia sellowiana Hook. (Dicksoniaceae) 14 Nephrolepis cordifolia é outra espécie de samambaia nativa do Brasil, e que pode ser encontrada nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e no Sul, (PRADO, et al., 2015). Estudos realizados por HUANG et al (2010) testaram a atividade inseticida de N. cordifolia e obteve resultados positivos. Análise fitoquímica da espécie demonstrou a presença de terpenos (XAVIER, SELVARAJ, P. & NIDA JOHN, 2016). As duas espécies de samambaias são candidatas promissoras ao estudo da atividade inseticida, tendo em vista a necessidade de buscar novas substâncias que diminuam os danos ao meio ambiente, retarde o surgimento de resistências e não contamine alimentos. Raul Apolinário Nota Nephrolepis cordifolia (L.) Lellinger (Lomariopsidaceae) Raul Apolinário Nota ... nativa do Brasil, que pode ser encontrada... Raul Apolinário Nota sem vírgula depois do Prado Raul Apolinário Nota Seria interessante dizer sobre qual inseto foi avaliada a atividade de N. cordifolia. Os 2 parágrafos poderiam ser unidos (sugestão): Estudos realizados por HUANG et al. (2010) avaliaram a atividade inseticida de N. cordifolia em ......... e obtiveram resultados positivos; e uma análise fitoquímica da espécie vegetal demonstrou a presença de terpenos (XAVIER et al., 2016). (Esse trabalho fala especificamente quais terpenos? Se sim, seria interessante cita-los) Raul Apolinário Nota ...retardem o surgimento de resistências e não contaminem os alimentos. 15 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral: Avaliar a atividade inseticida das samambaias Dicksonia sellowiana Hook. (Dicksoniaceae) e Nephrolepis cordifolia (L.) Lellinger (Lomariopsidaceae) sobre Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1852) (Hemiptera). 2.2. Objetivos específicos: Testar o potencial inseticida dos extratos de folhas das samambaias. Analisar quantitativamente e qualitativamente (má formação e inibição da ecdise) a ação dos extratos de samambaias sobre Oncopeltus fasciatus. Raul Apolinário Nota Pode abreviar os nomes científicos, já foram citados na parte textual. Raul Apolinário Nota Destrinchar mais os objetivos específicos (sugestão): Avaliar a mortalidade de ninfas de O. fasciatus utilizadas na aplicação dos extratos das espécies D. sellowiana e N. cordifolia em tratamentos tópicos. Avaliar o desenvolvimento de ninfas de O. fasciatus utilizadas na aplicação dos extratos das espécies D. sellowiana e N. cordifolia em tratamentos tópicos. Analisarquantitativamente e qualitativamente (má formação e inibição da ecdise) a ação dos extratos de samambaias sobre O. fasciatus. 16 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1. Insetos-pragas Estima-se que aproximadamente 90.000 espécies de insetos sejam consideradas pragas no mundo (ZUCCHI et al., 1992), prejudicando animais domésticos, o homem e as plantas (GALLO et al., 2002). Levantamentos realizados no Brasil indicam que as pragas podem ser responsáveis por perdas da ordem de 2,2 bilhões de dólares para as principais culturas brasileiras (BENTO, 1999). De acordo com Martinelli (1987), no período de 1939 a 1942, as exportações caíram quase 77% no Brasil. O Brasil, por ser um país tropical e com uma extensa área cultivada, apresenta sérios problemas com pragas. Por exemplo, um dos fatores que causou praticamente a destruição da citricultura no Brasil foi causado pela disseminação da doença ―tristeza‖ nos pomares, um vírus transmitido por afídeos, sendo o pulgão-preto-dos-citros (Toxoptera citricida Kirkaldy) o vetor mais importante no Brasil. Embora a tristeza esteja controlada no Brasil, ainda constitui uma ameaça devido ao seu caráter endêmico, à presença do vetor e à grande variabilidade do vírus (ZANUTTO, 2009). Mais atualmente, a ocorrência de lagartas do gênero Helicoverpa foram observadas na região do Cerrado a partir de fevereiro de 2012 em níveis populacionais nunca antes registrados, causando sérios prejuízos econômicos em milho, algodão, soja, feijão comum, caupi, milheto e sorgo. No país, há também relatos de ataques em tomate, pimentão, café e citros (CZEPAK, CECÍLIA et al., 2013) Os insetos sugadores causam vários danos às plantas, os quais podem ser observados em partes do tecido vegetal. Estes insetos sugam a seiva dos vegetais ocasionando seu definhamento, além de injetarem substâncias tóxicas durante a sucção, comprometendo o desenvolvimento normal dos tecidos e sua respectiva produção. Além dos danos físicos, outros prejuízos econômicos e ambientais podem ser causados, os quais são comparáveis aos prejuízos indiretos produzidos pelas pragas (GALLO et al., 1988). Além disso, os insetos também podem atuar indiretamente, transmitindo patógenos, especialmente vírus, facilitando a proliferação de bactérias e o desenvolvimento de fungos e outros patógenos (GALLO et al., 2002). Raul Apolinário Nota Pragas em geral Raul Apolinário Nota pragas agrícolas Raul Apolinário Nota Toxoptera citricida (Kirkaldy, 1907) (Hemiptera: Aphididae) Raul Apolinário Nota Parágrafo longo com referência só no fim Raul Apolinário Nota (CZEPAK et al., 2013) 17 Doenças infeciosas associadas a insetos praga transmitidas ao homem constituem um grupo de doenças com grande importância clínica, epidemiológica e laboratorial. Atualmente, no Brasil, as principais doenças vetoriais (doenças metaxênicas) sujeitas a controle são: dengue e febre amarela transmitidas pelo Aedes Aegypti, malária transmitida por Anopheles culicidae e A. anophelinae, leishmanioses transmitidas por flebotomineos, doença de Chagas transmitida por triatomíneos, e filarioses transmitidas por mosquitos do gênero Culex. (TAUIL, 2006). 3.2. Inseticidas Os pesticidas desempenham um papel importante na proteção de cultivos, sendo um fator importante para manutenção do rendimento estável das culturas; enquanto isso, eles também poluem o meio ambiente (PASCUAL-VILLALOBOS & ROBLEDO, 1999). Embora o controle químico de pragas tenha reduzido o índice de doenças para homens e animais e auxiliado a produção agrícola, agentes químicos podem permanecer ativos no meio ambiente por longos períodos, afetando os ecossistemas. Os efeitos desses agentes ao longo do tempo representam um grande risco para a saúde pública, sendo necessários o monitoramento e a vigilância desses produtos em águas, solos, alimentos e ar (JAVARONI et al., 1991). A aplicação de pesticidas tem originado conseqüências negativas, como o desaparecimento de algumas espécies de insetos úteis e, conseqüentemente, aparição de novas pragas. Além disso, muitas espécies de insetos tornaram-se resistentes a certos inseticidas, o que levou à busca de novos produtos de maior seletividade (SENENT, 1979). No início do século XX, começam os estudos de inseticidas de primeira geração (inorgânicos), compostos por metais pesados como Cobre, Chumbo, Mercúrio, Cádmio e Arsênio. Foram desenvolvidos comercialmente e empregados contra uma grande variedade de pragas, porém com limitada eficácia já que não combatem insetos de aparelho bucal mastigador, além de apresentar elevada toxicidade para animais de sangue quente, causar queimaduras nas plantas, acumular-se nos tecidos orgânicos e persistir no ambiente por longos períodos de tempo. Até 1920 era comum o uso de certos produtos como o arsênico e o enxofre para o controle de insetos na agricultura e suas propriedades tóxicas já eram conhecidas de Dionísio, que viveu na Grécia de 40 a 90 DC (MARICONI, 1977). Raul Apolinário Nota Essa parte de insetos vetores de doenças não se aplica muito no contexto do subitem de insetos pragas. Insetos pragas agrícolas e insetos vetores de doenças são duas vertentes distintas. Sugiro que dê continuidade, do parágrafo anterior, á caracterização de insetos pragas como vetores de patógenos e vírus, explorando alguns exemplos de doenças como a do vírus do mosaico. Raul Apolinário Nota ...havendo, porém, uma possibilidade em poluírem o meio ambiente. Raul Apolinário Nota Parágrafo longo com referência no fim. Raul Apolinário Nota O estudo dos inseticidas inorgânicos podem até ter dado início no sec. XX, mas não significa que se iniciou dali as avaliações das atividades destes elementos. Na referência Moreira et al. (2012), há relatos da utilização inseticida de enxofre a milênios A.C.. 18 Os inseticidas de segunda geração foram descobertos por Muller na Suíça em 1939 com a condensação de clorobenzeno, que descobriu seu potencial como inseticida originando os organoclorados. Muitas pragas foram controladas e dizimadas rapidamente com pouco tratamento e sendo vista como a solução para o controle em sua maioria. Diversos organoclorados passaram a ser desenvolvidos para que controlassem epidemias, pragas agrícolas e domésticas; mas logo suas desvantagens começaram a aparecer (CASIDA & QUISTAD, 1998). Estes pesticidas incluem os derivados clorados do difenil etano (onde se inclui o DDT, seus metabólitos DDE e DDD, e o metoxicloro); o hexaclorobenzeno (BHC); o grupo dos hexaclorocicloexanos (a-HCH, b-HCH, d-HCH e g-HCH ou lindano); o grupo dos ciclodienos (aldrin, dieldrin, endrin, clordano, nonaclor, heptaclor e heptaclor-epóxido), e os hidrocarbonetos clorados (dodecacloro, toxafeno, e clordecone) (CASTRO, 2009). Os inseticidas do grupo do DDT agem nos canais de sódio dos insetos, mantendo-os abertos por um período mais longo. Com isso, ações repetitivas são desencadeadas, uma vez que ocorre transmissão contínua do impulso nervoso. Os insetos eventualmente morrem devido a hiperexcitação (ETO, 1990; GUEDES, 1999). Como os compostos organoclorados são muito lipossolúveis, se acumulando nas camadas de gordura dos organismos, estes acabam percorrendo rapidamente a cadeia alimentar, causando resultados desastrosos para as espécies. (MATUO et al., 1990). No homem, a espécie mais afetada por ocupar uma posição de topo na cadeia alimentar, os organoclorados trazem ainda mais danos. Alguns produtos desse grupo lesam o cérebro, outros os músculos do coração, a medula óssea, o córtex da supra-renal e até mesmo o material genético. A atividade estrogênica, estimulando a testosterona e propiciando a puberdade precoce, foi comprovada para o DDT. Alguns estudos têm evidenciado a atividade imunossupressora de certos produtos desse grupo e as alterações na conduta dos indivíduos (GUERRA & SAMPAIO, 1991; PINHEIRO & MONTEIRO, 1992). Casos de câncerem órgãos do aparelho digestivo, pulmão e rim foram registrados em pessoas contaminadas com BHC (hexaclorobenzeno) (OLIVEIRA & ADEODATO, 1997). Em torno da década de 40 foram desenvolvidos os organofosforados (compostos agrícolas e sanitários de baixa toxicidade), ainda sendo um inseticida de segunda geração. Os organofosforados são compostos orgânicos derivados do acido fosfórico e seus homólogos (WARE, 2003). O inseticida fosforila e inativa a AChE, sucedendo o acúmulo da ACh na fenda sináptica, provocando hiperatividade nervosa e consequentemente colapso do sistema Raul Apolinário Nota Pode usar a abreviação, já foi citado anteriormente. Raul Apolinário Nota Não necessariamente o homem seria mais afetado por estar no topo da cadeia alimentar. Rachel Carson, em Primavera silenciosa (1962) evidenciou a mortalidade de aves principalmente pela bioacumulação de DDT na cadeia alimentar. O homem teve efeitos evidenciados á longo prazo devido ao uso inconsciente e negligente destes compostos. Raul Apolinário Nota Reunir com o parágrafo anterior Raul Apolinário Nota Acetilcolinesterase. Necessário citar antes de abreviar. 19 nervoso, levando o inseto a morte. Por serem biodegradáveis não se acumulam nos tecidos dos insetos e como são quimicamente instáveis, é necessário serem repostos periodicamente já que sua duração no solo é de curto prazo (BEATY & MARQUARDT, 1996). Os organofosforados são os inseticidas com maior toxicidade para os vertebrados, porém, por serem quimicamente instáveis, foram escolhidos em substituição aos organoclorados (MIDIO & SILVA, 1995; WARE, 2003). Os pesticidas de terceira geração atuam de maneira mais eficiente e específica sendo menos tóxica ao ambiente, e se incluem no grupo dos reguladores de crescimento ("Insect Growth Regulators", ou "IGR"), fago-inibidores (inibindo a sua alimentação) e neonicotinoides (derivados de nicotina) (KADIR & BARLOW, 2000; CASIDA & QUISTAD, 1998). Os IGRs podem ser divididos em duas categorias: hormonais e não hormonais. Dentre os grupos de IGRs se destacam os Juvenóides, cujo modo de ação visa prolongar os ínstars larvais e de ninfas, causando distúrbios no desenvolvimento destes insetos e com formação de adultos estéreis. Os IGRs não hormonais atuam na formação do exoesqueleto (ecdise) e a produção de quitina, inibindo o desenvolvimento do inseto (FERREIRA, 1999). Substâncias provenientes do metabolismo dos vegetais são capazes de afetar a produção hormonal de insetos (ecdisona e hormônio juvenil) e diminuir ou interromper a alimentação de insetos, por exemplo: Precoceno I e II obtidos da planta Ageratum houstonianum por Bowers (1976), capazes de promover metamorfose precoce gerando adultóides inférteis; Azadiractina, um triterpenóide obtido de sementes das árvores tropicais Azadirachta indica (BUTTERWORTH & MORGAN, 1968) e Melia azedarach (CABRAL e cols., 1993), capaz de exercer efeito inibitório sobre o crescimento, desenvolvimento e reprodução de insetos pelo decréscimo do nível de hormônio juvenil e ecdisona (GARCIA e cols., 1990) e de inibir o desenvolvimento do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da Doença de Chagas, em seus triatomíneos vetores (GONZALEZ & GARCIA, 1992; GARCIA e cols., 1999; GONZALEZ e cols., 2000); Diacilhidrazinas (tebufenozide, metoxifenozide), agonistas do hormônio responsável pela muda, capazes de competir com a ecdisona pelo seu receptor na membrana de células epidérmicas, se ligam ao receptor e induzem as larvas a muda prematura e letal. Quando aplicados topicamente desequilibram o desenvolvimento do inseto causando sintomas patofisiológicos e morte (GALBRAITH & HORN, 1966; STOKA, 1987); Raul Apolinário Nota Apesar de classificarem os neonicotinoides como 3ª geração, se contesta seus níveis de toxicidade em abelhas. Raul Apolinário Nota et al. Raul Apolinário Nota et al. Raul Apolinário Nota et al. Raul Apolinário Nota et al. Raul Apolinário Nota Agonistas de ecdisteroides 20 Azasteróides, inibidores do metabolismo dos fitoesteróides em insetos levando a inibição da muda e consequentemente impedindo insetos de alcançarem o estádio adulto e viabilidade reprodutiva (STOKA, 1987); Fagoinibidores, hábeis para reduzir a taxa de alimentação através de ação repelente ou antimetabólica tais como a nicotina, piretrinas e rotenonas (GOVINDACHARI & cols., 2001). A Biotecnologia vem se mostrando cada vez mais importante na identificação de pragas (taxonomia) por técnicas moleculares e na produção de plantas transgénicas que apresentam características resistentes a pragas (GALLO e cols., 2002), que podem auxiliar no desenvolvimento de inseticidas de quarta geração. 3.3. Atividade inseticida de plantas Nos últimos anos, empresas e pesquisadores de agroquímicos têm procurado produtos naturais para o desenvolvimento de novos inseticidas (SECOY & SMITH, 1983; YANG & CHANG, 1988; XU, 2001), visto que cerca de 45% das espécies de insetos conhecidas são representadas por insetos fitógafos, e em sua maioria vivem em associação com plantas de diferentes espécies (STRONG et al., 1984). Os metabólitos secundários das plantas desempenham um papel importante em sua proteção contra danos causados por pragas, germes e clima adverso. Alguns desses possuem atividades inseticidas, hormonais ou anti-alimentantes contra pragas, que atraem a atenção dos pesquisadores (PASCUAL-VILLALOBOS & ROBLEDO, 1998). Muitos destes metabólitos, como a piretrina e a rotenona, já vêm sendo utilizados para repelir pragas, e apresentam efeitos abrangentes envolvendo uma ampla variedade de processos biológicos (XU, 2001). A defesa química das plantas é constituída pelos metabólitos secundários e é reaponsável por minimizar a herbivoria e a infecção por organismos patogênicos, que podem ser divididos basicamente em substâncias nitrogenadas, terpenos ou terpenóides, e compostos fenólicos (TAIZ & ZEIGER, 2004). Desta forma os componentes botânicos tornam-se uma importante fonte inseticida (CORRÊA & SALGADO 2011), de forma que estes geralmente não afetam o ambiente e a saúde do homem e animais, nem mesmo de outras espécies que não sejam o inseto-alvo (SALAZAR, 1997). Raul Apolinário Nota et al. Raul Apolinário Nota transgênicas Raul Apolinário Nota et al. 21 Os terpenos, ou terpenóides, constituem a maior classe de produtos secundários, caracterizados principalmente como composto de defesa contra herbívoros em muitas plantas (TAIZ & ZEIGER, 1998; RODRIGUEZ-CONCEPCIÓN & BORONAT, 2002). Podem ser divididos em 5 subclasses: monoterpenos, sesquiterpenos, diterpenos, triterpenos e politerpenos (LU et al., 2002; MARTIN et al., 2003). Os triterpenos destacam-se dentre as subclasses em relação a defesa das plantas. Os esteróides são os mais importantes desta subclasse. Por exemplo, as fitoecdisonas formam um grupo de esteródides de plantas com a mesma estrutura básica dos hormônios de insetos e quando ingerido pelos mesmos, interfere nos processos de desenvolvimento, podendo haver consequências letais (TAIZ & ZEIGER, 1998). A função dos compostos fenólicos está envolvida com a síntese das ligninas que são comuns a todas as plantas superiores, sendo responsáveis pelo suporte mecânico. Os compostos fenólicos são atrativos aos animais para polinização e dispersão de sementes. Além disso, esse grupo de compostos é importante para proteger as plantas contra os raios ultravioleta, insetos e microrganismos. Os taninos são um dos representantes desse grupo e estão ligados diretamente à defesa da planta (CROTEAU et al. 2000; TAIZ & ZEIGER, 2004). Muitos dos metabólitos secundários presentes nas plantas são substâncias nitrogenadas, biossintetizadas a partir de aminoácidos. Entre eles estão inclusos os alcaloides, glicosídeos cianogênicos e os glucosinolatos, substâncias envolvidas em processos de defesa das plantas (TAIZ & ZEIGER, 2004).Dentre os metabólitos secundários com atividade inseticida, encontram-se também os óleos essenciais, que são misturas complexas de substâncias voláteis, podendo ser de natureza terpênica, como os monoterpenos e sesquiterpenos. Os monoterpenos são compostos que apresentam alto potencial para interferências tóxicas em processos bioquímicos básicos, ocasionando alterações fisiológicas e comportamentais em insetos. Também são encontrados limonoides, furano, cumarinas, cromenos, alcaloides e acetogeninas (DE MORAIS & MARINHO-PRADO, 2016). Com as questões ambientais e de segurança alimentar se tornando uma das maiores preocupações do público, os compostos ativos de plantas desempenham papéis cada vez mais importantes no controle de pragas. Tendo em vista a necessidade de buscar novas substâncias com atividade inseticida que diminuam os danos ao meio ambiente, retarde o surgimento de resistências e não contamine alimentos com resíduos as samambaias apresentam um potencial 22 promissor, visto que estudos demonstraram a presença de substâncias com ação inseticida no perfil fitoquímico dessas plantas (DE MORAIS & MARINHO-PRADO, 2016). 3.4. Atividade inseticida de Samambaias As samambaias apresentam ampla distribuição mundial (MORAN, 2008) e estima-se que existam aproximadamente 11.916 espécies em 337 gêneros, 51 famílias, 14 ordens e duas classes (PPGI, 2016). E, apesar da ampla distribuição, a maior diversidade de samambaias ocorre em florestas tropicais úmidas, onde cerca de 70% das espécies de samambaias existentes são encontradas (MEHLTRETER, WALKER & SHARPE, 2010). Ocorrem no Brasil 1.053 espécies de samambaias, desse montante, 450 (38,2%) são endêmicas (PRADO, & SYLVESTRE, 2010) Os mecanismos de defesa das samambaias mais comuns em incluem alto teor de fibras e altas concentrações de tanino em tecidos maduros completamente diferenciados. O alto conteúdo de fibras, associado a paredes celulares lignificadas, torna a alimentação de samambaias mais difícil para herbívoros e é eficaz contra insetos mastigadores. No entanto, é ineficaz contra insetos com partes bucais sugadoras que exploram diretamente a seiva do floema, um tipo de herbívoro que é consequentemente super-representado em samambaias (BALICK et al., 1978; HENDRIX, 1980). Samambaias e licófitas possuem substâncias com propriedades repelentes. Estas substâncias incluem taninos, alcalóides, glicosídeos sesquiterpênicos carcinogênicos, glicosídeos cianogênicos, tiaminase, fitoecdisonas e várias outras proteínas defensivas (MARKHAM et al., 2006). Os taninos são adstringentes e tornam os tecidos foliares apalataveis e indigestos porque se ligam fortemente a proteínas e podem até desnaturar enzimas. Alcalóides e glicósidos sesquiterpênicos carcinogênicos de samambaias e licófitas são supostamente tóxicos para a maioria dos herbívoros, mas sua eficácia em deter os herbívoros não foi estudada. Glicosídeos cianogênicos foram detectados em samambaias e tornam-se efetivos após danos causados às folhas, quando enzimas decompõem os glicosideos em açúcar e ácido cianídrico volátil altamente tóxico (BALICK et al., 1978). As fitoecdisonas são metabolitos secundários sintetizados por vegetais, bastante comuns em samambaias, análogos aos hormônios da muda dos insetos. Seus efeitos são Raul Apolinário Nota representado 23 conhecidos por romperem certas vias de sinalização, levando o organismo a um colapso e morte, e por isso são amplamente utilizados como inseticidas. Os efeitos biológicos do hormônio obtido dependem das vias de administração, que podem ser por via cutânea, por ingestão ou injeção. Dentre estas, a via que provoca menor efeito é a oral, provavelmente devido aos mecanismos de detoxificação dos insetos. As ecdisonas vegetais, quando administradas artificialmente em insetos durante experimentos controlados, promoveram desenvolvimento incompleto, esterilidade e morte, e seu emprego passou a ter grande importância para o controle de pragas. (TAKEMOTO et al., 1967). Outros compostos bioquímicos de samambaias precisam ser testados para seus possíveis efeitos inseticidas são flavonóides, floroglicideos, metais e ácido silícico. (MEHLTRETER, 2010; p. 241). 3.5. Dicksonia sellowiana (Presl.) Hook. (Dicksoniaceae) A espécie Dicksonia sellowiana (Presl.) Hook. conhecida popularmente como xaxim, samambaiaçu, samambaiaçu-imperial e feto arborescente, pertence a família Dicksoniaceae. Possui caule ereto, cilíndrico, folhas bipinadas de até 2 metros presentes no ápice do caule, podendo chegar a 4 metros com caule fibroso e espesso (PPGI, 2016; MANTOVANI, M., 2004). De acordo com Tryon & Tryon (1982), há registros desde o sul do México até o Uruguai, passando pela América Central, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Paraguai e Brasil. No Brasil ocorre nas regiões Sudeste e Sul, com maior intensidade nesta última, provavelmente por influência de fatores climáticos, a espécie ocorre acima dos 600 metros de altitude, chegando até 2.200 na região do Itatiaia, no estado do Rio de Janeiro (FERNANDES, 1997). Essa planta, característica das florestas ombrófilas mistas do Brasil meridional, na mata atlântica, se apresenta com maior frequência em áreas com alta densidade de araucária, (Araucaria angustifolia). Em algumas áreas, esta espécie vegetal é dominante no ambiente terrestre com frequência absoluta de 86,67%, formando por vezes agrupamentos impenetráveis, dando assim uma noção da importância dentro da floresta ombrófila mista (REIS,2000). Raul Apolinário Nota Parágrafo longo com referência no fim. Raul Apolinário Nota ...de samambaias que poderiam ser testados para a verificação de possíveis efeitos inseticidas... Raul Apolinário Nota D. sellowiana é conhecida popularmente como xaxim, samambaiaçu, samambaiaçu-imperial e feto arborescente, pertencendo à família Dicksoniaceae. Raul Apolinário Nota (PPGI, 2016; MANTOVANI, 2004) Raul Apolinário Nota (REIS & GOMES, 2000) 24 Figura 1: Dicksonia sellowiana Fonte: Marcelo Guerra Santos Além da exploração comercial dessa planta para a confecção de vasos para jardinagem e floricultura, a espécie foi muito utilizada no paisagismo servindo de suporte para plantas epífitas, como flor de maio, orquídeas, bromélias e outras samambaias (TRYON E TRYON, 1982; CHURCHILL, TRYON E BARRINGTON, 1998). Visto que as samambaias arborescentes como a Dicksonia sellowiana apresentam crescimento lento, sendo esta uma grande limitação para a sua exploração econômica (SEHNEM, 1978; FERNANDES, 1999; REIS & GOMES, 2000), a exploração intensiva de suas populações, aliada a destruição do seu habitat natural e a escassez de dados sobre o comportamento de suas populações, fez com que o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), elaborasse uma resolução (278/2001), que vetasse o comércio, colocando a planta endêmica da Mata Atlântica, na lista oficial do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), de espécies brasileiras ameaçadas de extinção. A espécie é mantida nesta categoria na Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica e Campos Sulinos (BRASIL, 1998 e 2013). Contudo, Bora et al (2005) testou a atividade antioxidante e avaliou a concentração de substâncias fenólicas em extratos feitos a partir das folhas de D. sellowiana, utilizando solventes de polaridade crescente. O autor observou que os extratos apresentaram atividade antioxidante mais potente, concluindo que a atividade de D. sellowiana deve estar relacionada à presença desta classe de substâncias. Além disso, estudos realizados na Universidade federal Raul Apolinário Nota D. sellowiana Raul Apolinário Nota Os autores observaram... Raul Apolinário Nota Nas referências está como Brasil 2009 25 do Paraná nos anos de 2012 e 2016 sobre a espécie Dicksonia sellowiana apontaram apresença de triterpenoides em seu perfil fitoquímico, o que a torna alvo interessante de estudos sobre seu potencial inseticida. 3.6. Nepholepis cordifolia (L.) Lellinger (Lomariopsidaceae) Nephrolepis cordifolia é uma espécie de samambaia pertencente à família Lomariopsidaceae (PPGI, 2016) é uma planta herbácea perene de cultivo em meia sombra. As folhas medem de 0,50 m até 2,50 m de comprimento por 6 a 15 cm de largura, com pinas inseridas alternadamente na raque, com bordas lisas ou apresentando irregularidades. É a samambaia mais conhecida e cultivada no país. Esta planta não aprecia o frio nem o vento e cresce melhor em ambientes iluminados com luz indireta ou à meia sombra. Pode ser cultivada em vasos, jardineiras ou no chão (PICHI, 1969). Figura 2: Nephrolepis cordifolia. Fonte: Marcelo Guerra Santos Ocorre naturalmente de Cuba à Venezuela, e de Madagascar à Índia, Sri Lanka, China, sudeste da Ásia, Austrália (Queensland, Nova Gales do Sul), Vanuatu, Nova Caledônia, Samoa e Havaí (HOVENKAMP & MIYAMOTO 2005). Naturalizada na América Central e no México, partes da África, sudeste da Austrália (MICKEL & SMITH 2004), Ilha Norfolk e Ilhas Cook. Em regiões tropicais, ocorre em altitudes médias (800-2000m), muitas vezes em florestas submontanas ou montanhosas (HOVENKAMP, P.H. & MIYAMOTO, F.A. 2005) Raul Apolinário Nota D. sellowiana Raul Apolinário Nota N. cordifolia Raul Apolinário Nota vírgula Raul Apolinário Nota (HOVENKAMP & MIYAMOTO, 2005) 26 A espécie N. cordifolia é nativa do Brasil e pode ser encontrada nas regiões: Norte, nos Estados do Acre, Pará e Rondônia; no Nordeste, na Bahia e Pernambuco; Centro-Oeste, no Distrito Federal e Goiás; no Sudeste, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e no Sul, nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (PRADO, et al., 2015). Estudos realizados por HUANG et al (2010) na região de Guangxi Zhuang, na China testaram a atividade inseticida de N. cordifolia sobre o inseto adulto da espécie chamada ―mosca doméstica‖ e obteve resultados positivos. Xavier, Selvaraj, P. & Nida John (2016) realizaram a análise fitoquímica de N. cordifolia a fim de extrair e identificar os metabólitos secundários da espécie, especialmente a fitoecdisona, e buscaram também avaliar a propriedade inseticida da samambaia. O resultado revelou a presença de terpenos, assim como resultados significativos para a mortalidade de larvas da espécie testada (Spodoptera litura). Desta forma, é possível dizer que a espécie apresenta grande potencial para tornar-se alvo de estudos a cerca de sua atividade inseticida, tendo em vista a necessidade de buscar novas substâncias que diminuam os danos ao meio ambiente, retarde o surgimento de resistências e não contamine alimentos. 3.7. Experimentação em Oncopeltus fasciatus As ciências biológicas, bem como as medicinas humana e veterinária, repercutem no desenvolvimento de ações envolvendo a criação e a experimentação animal. Há mais de um século, os animais de laboratório vêm sendo utilizados na pesquisa. O modelo animal consiste na simulação in vivo de um fenômeno a ser estudado, de forma que os resultados obtidos possam ser comparados aos ocorridos na natureza. Desta forma torna-se necessária a utilização de um modelo que seja capaz de representar de forma eficaz a fisiologia das pragas em questão (ANDRADE, A., PINTO, SC. & OLIVEIRA, RS 2002). Raul Apolinário Nota (Prado et al. 2015) Raul Apolinário Nota ....sobre o inseto adulto de Musca domestica (Linnaeus, 1758) (Diptera: Muscidae).... Raul Apolinário Nota Xavier, Selvaraj & Nida (2016) Raul Apolinário Nota Spodoptera litura (Fabricius, 1775) (Lepidoptera: Noctuidae) Raul Apolinário Nota Oncopeltus fasciatus (Dallas, 1758) (Hemiptera: Lygaeidae) Raul Apolinário Nota (ANDRADE, PINTO & OLIVEIRA, 2002) 27 Figura 3: Oncopeltus fasciatus. Disponível em: https://bugguide.net/nodeview/ Os insetos Oncopeltus fasciatus tem uma longa história como animal de laboratório em muitas disciplinas biológicas. Foi aparentemente mencionado pela primeira vez como um organismo de pesquisa por Andre (1934), que deu uma visão geral de sua biologia. Ao longo das décadas intermediárias do século XX, Oncopeltus fasciatus tornou-se um organismo de laboratório extremamente popular nos Estados Unidos, devido à sua facilidade de criação, tolerância a uma ampla gama de condições e inocuidade geral. Ao longo desses anos, tornou- se uma das espécies mais importantes para uma ampla gama de questões dentro da entomologia e fisiologia, desde a digestão e alimentação, passando pelo desenvolvimento, até a toxicologia e a endocrinologia. A "idade de ouro" da pesquisa com O. fasciatus revisada em por Feir (1974) lista mais de 150 artigos dos 30 anos anteriores, dando uma visão ampla da utilidade e das vantagens dessa espécie (CHIPMAN AD., 2017). Como diz Feir (1974, p. 91) em sua revisão: "Existem muito poucos problemas biológicos ou entomológicos básicos para os quais o besouro de milkweed não seria um bom animal experimental". O Oncopeltus fasciatus é um membro dos Lygaeidae, uma das famílias dentro dos Hemiptera, que juntamente com algumas ordens menores, compõem Paraneoptera. Essa espécie de percevejo é hemimetabolo ou seja, apresenta cinco ínstars de ninfas antes de atingir o ínstar adulto, onde os adultos apresentam asas e aparelhos reprodutores completamente desenvolvidos (CHIPMAN AD., 2017). A maioria das filogenias coloca os Paraneoptera como o grupo irmão da Holometabola, ou muito próxima dela (GRIMALDI & ENGEL, 2005; MISOF et al., 2014; SIMON, NARECHANIA, DESALLE E HADRYS, 2012; TRAUTWEIN, WIEGMANN, https://bugguide.net/nodeview/ Raul Apolinário Nota O. fasciatus Raul Apolinário Nota O. fasciatus Raul Apolinário Nota Referência do parágrafo? Raul Apolinário Nota ...revisada por Feir (1974)... Raul Apolinário Nota (CHIPMAN, 2017) Raul Apolinário Nota Percevejo Raul Apolinário Nota O. fasciatus Raul Apolinário Nota (CHIPMAN, 2017) Raul Apolinário Nota SIMON et al., 2012 Raul Apolinário Nota TRAUTWEIN et al., 2012 28 BEUTEL, KJER, & YEATES, 2012), o que significa que os dois táxons divergiram pouco antes da radiação dos insetos holometábolos há cerca de 350 a 400 milhões de anos (MISOF et al., 2014; REHM et al., 2011). Essa posição filogenética torna o Oncopeltus fasciatus idealmente situado para estudar eventos no início da evolução da Holometabola, pouco antes da radiação dramática do clado. (CHIPMAN AD. 2017). Eles possuem muitos traços claramente derivados e especializados, tanto na morfologia geral quanto na embriogênese. A importância de estudar membros de Hemiptera é que eles fornecem um grupo imediato para o Holometabola amplamente estudado, e podem atuar como um ponto de referência para mudanças de polarização dentro de Holometabola. Por exemplo, se um certo caractere é encontrado em algumas, mas não em todas, as espécies estudadas em Holometabola, olhar para um grupo externo de hemiptera pode ajudar a elucidar a história desse personagem. (CHIPMAN AD. 2017) A espécie, como citada anteriormente, é um hemimetábolo, o que significa que passa por metamorfose incompleta, exibindo pequenas alterações ao longo do desenvolvimento, tais como alterações de coloração, desenvolvimento de asas e genitália. O. fasciatus inicia seu desenvolvimento como ovo e passa por cinco estágios ninfais ao longo de 28 a 30 dias antes de mudar para a idade adulta. (LESLIE, J.F., 1990) Oncopeltus fasciatus é uma espécie de inseto herbívoro que se alimenta preferencialmente dos botões florais e vagens de sementes de milkweed, conhecida como plantas de serralha, que são ricos em nutrientes. Apesar de muitos estudos sobre a fisiologia, comportamento e biologia populacional do inseto (revisado por FEIR, 1974), certos aspectos críticos de sua relação com ohospedeiro ainda são desconhecidos. Entre elas, destaca-se o papel nutricional das sementes de serralha (ROOT & CHAPLIN, 1976). Ao evoluir com milkweed, o O. fasciatus adaptou-se aos seus constituintes químicos, conhecidos por serem tóxicos para os vertebrados (DUFFEY E SCUDDER, 1972). Acredita- se que essas substâncias vegetais secundárias sejam a base de um mimetismo mülleriano, incluindo muitos herbívoros de milkweed, que, como O. fasciatus, são brilhantemente coloridos (DUFFEY E SCUDDER, 1972). Acredita-se que animais aposematicos como este aumentem o efeito de sua coloração de advertência agrupando-se (COTT, 1940). No entanto, Bongers (1968) e Bongers e Eggermann (1971) sugerem que O. fasciatus agrega maior eficiência ao se alimentar. Esta espécie ocorre em todo o leste e sudoeste dos Estados Unidos, a oeste de Dakota do Sul, Minnesota, Iowa, Kansas e Missouri. Oncopeltus fasciatus também ocorre na América Central e no Caribe. Os insetos tropicais desta espécie são distintamente menores do que Raul Apolinário Nota O. fasciatus Raul Apolinário Nota (CHIPMAN, 2017) Raul Apolinário Nota sem vírgula Raul Apolinário Nota (CHIPMAN, 2017) Raul Apolinário Nota ...(LESLIE, 1990). Raul Apolinário Nota O. fasciatus Raul Apolinário Nota & Raul Apolinário Nota & Raul Apolinário Nota O. fasciatus 29 aqueles que ocorrem nos EUA (DINGLE, H., 1996). Oncopeltus fasciatus pode ser facilmente criado em cativeiro, e estudos laboratoriais mostraram que seu comportamento migratório é controlado pelo hormônio juvenil, o mesmo hormônio que também controla a metamorfose em larvas e a reprodução em insetos adultos (RIDDIFORD, L. M. 1970). Raul Apolinário Nota (DINGLE, 1996) Raul Apolinário Nota O. fasciatus Raul Apolinário Nota ninfas Raul Apolinário Nota (RIDDIFORD, 1970). 30 4. METODOLOGIA O material botânico utilizado foi disponibilizado pelo laboratório de Biodiversidade do Núcleo de Pesquisa e Ensino de Ciências (NUPEC) da Faculdade de Formação de Professores (FFP) da UERJ, previamente preparado nas seguintes condições: 4.1. Material botânico A espécie Dicksonia sellowiana (Figura 1) foi coletada no mês de outubro de 2016 (final da estação seca) e a espécie Nephrolepis cordifolia (Figura 2) foi coletada no mês abril de 2017 (final da estação chuvosa). Dicksonia sellowiana (22°22‘35,9‖ S 44°45‘38,1‖ W) e Nephrolepis cordifolia (22°28'29.0"S 44°34'48.0"W) foram coletadas no Parque Nacional de Itatiaia. As coletas foram realizadas com autorização para atividades com finalidade científica, no 53534-2, emitida em 28/11/2016, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Parte do material botânico foi herborizado seguindo as técnicas usuais descritas em Fidalgo & Bononi (1989) e todas as exsicatas foram depositadas no Herbário da Faculdade de Formação de Professores da UERJ (RFFP), ainda aguardando número de registro. A espécie foi identificada utilizando-se a seguinte referência bibliográfica: (FERNANDES, 1997). 4.2. Preparo dos extratos vegetais As folhas das espécies de samambaia foram secas em estufa a 50°C, posteriormente trituradas e pesadas. Ao material seco foi adicionado etanol 96% (v/v) na proporção de 1L de solvente para 100g de planta triturada, por um período de aproximadamente 45 dias. Para obtenção do extrato concentrado, foi utilizado o evaporador rotatório sob temperatura média de 40°C. Os extratos foram evaporados duas vezes, e ao final do processo, armazenados em temperatura ambiente. A partir do extrato bruto foi preparada uma solução na concentração de Raul Apolinário Nota D. sellowiana Raul Apolinário Nota N. cordifolia Raul Apolinário Nota D. sellowiana Raul Apolinário Nota N. cordifolia Raul Apolinário Nota Fernandes (2017). Raul Apolinário Nota ...duas vezes e, ao final do processo, armazenados... 31 50 mg/mL, usando acetona como solvente. Cada extrato foi submetido a aparelho de ultrassom por três minutos, garantindo a total solubilização no solvente. Figure 4: Extrato sendo condensado em evaporador rotatório. Fonte: Isabella Rodrigues Lancellotti 4.3. Colônias Para este trabalho foram utilizados animais provenientes do Laboratório de Biologia dos Insetos da Universidade Federal Fluminense (GBG/UFF), gentilmente cedidos pela PhD Maria Denise Feder. As colônias dos insetos foram mantidas em cubas de vidro transparentes, cobertas com tecidos do tipo filó (Figura 5B) com temperatura mantida entre 24º e 25º C, umidade relativa de 60% e fotoperíodo de 16h luz : 8h de escuridão. Os bebedouros foram mantidos dentro das cubas. As sementes de girassol foram mantidas no interior das cubas durante os ínstars de cópula e postura. Raul Apolinário Nota Papel filtrado em forma sanfonada para aumento de superfície de locomoção, e retenção de umidade e excretas. Raul Apolinário Nota Se quiser, pode retirar o GBG (departamento de Biologia Geral). Se for deixar, tem que ser adicionado na lista de abreviaturas e siglas). 32 Parte dos ovos provenientes da colônia foram separados em uma nova cuba nas mesmas condições. 4.4. Grupos experimentais A medida que os ovos eclodiam, as ninfas foram separadas em outra cuba onde foram mantidas até atingir o 4º instar. Ao atingir o 4º instar os animais foram separados em grupos de 10 animais em triplicatas (Figura 5A), sendo estes: animais expostos ao extrato obtido a partir da amostra de Dicksonia sellowiana (DS); animais expostos ao extrato obtido a partir da amostra de Nephrolepis cordifolia (NP); animais expostos a água (CN); animais expostos a acetona (CA). Todos os grupos experimentais foram mantidos em cubas menores contendo uma folha de papel dobrada a fim de aumentar a área de locomoção, com água e alimento ad libitum e cobertos com tecido do tipo filó, garantindo ar fresco e o enclausuramento dos animais (Figura 5A). 4.5. Aplicação tópica Seguindo a metodologia descrita por Fernandes et al. (2013), para o teste de tratamento tópico, foi aplicado 1 μL da respectiva solução na sua cutícula dorsal, utilizando micro pipetador automático (Figura 5C). Após o início da exposição os animais foram observados diariamente até que atingissem o instar adulto, a fim de identificar mortes e possíveis alterações na muda. Diariamente as cubas foram limpas com água e a comida foi reposta. Raul Apolinário Nota D. sellowiana Raul Apolinário Nota N. cordifolia Raul Apolinário Nota Periodicamente 33 Figura 5: Metodologia para avaliação dos extratos de samambaias sobre Oncopeltus fasciatus Legenda: (A) Cubas cobertas por tecido do tipo filó a fim de impedir a saída dos insetos e manter a circulação de ar; (B) Cubas de vidro das colônias de O. fasciatus do Laboratório de Biologia de Insetos da UFF; (C) Aplicação tópica dos extratos na cutícula dorsal; (D) Foto da cuba vista por dentro. Fonte: O autor, 2019. 4.6. Análise estatística A normalidade dos dados foi testada utilizando-se teste Shapiro Wilk. Foi aplicado o teste Kruskal-Wallis e teste de Dunn‘s post hoc de acordo com o programa PAST (Palaeonthological Statistics software package for education and data analysis), versão 3.10. As análises foram feitas com base em triplicatas, sendo 3 cubas para cada grupo contendo 10 animais cada. As diferenças entre os grupos controle e os insetos tratados foram consideradas Raul Apolinário Nota Na legenda, precisa colocar o nome completo da espécie. Formatar para justificado. 34 estatisticamente significativas quando p < 0,05. Os valores de p foram especificados ao longo do trabalho. 35 5. RESULTADOS 5.1. Tempo de muda Após 21 dias todos os insetos do grupo controle negativo (CN) haviam atingido a idade adulta encerrando o modelo experimental (Figura 5). Quanto ao tempo de muda dos insetos para o 5º instar e para a fase adulta nãoforam observadas diferenças significativas entre os grupos controle e tratamento (X 2 = 3.993; p = 0.2584). Tabela 1: Análise da mortalidde e muda após o tratamento tópico de ninfas de 4º instar de Oncopeltus fasciatus com extratos brutos de samambaias na concentração de 50 mg/mL. (N=10 insetos). Mortalidade (1-21 dias) Muda (nº de insetos) Período de muda (dias) Grupos Do 4º para o 5º ínstar Do 5º ínstar para adulto Do 4º para o 5º instar Do 5º ínstar para adulto CN 1ª 9 a 9 a 2 – 6,3 9 – 19,3 CA 2 b 8 a 8 ab 2 – 6,3 9,7 – 20,6 DS 5 b 7.3 a 4,3 bc 5 – 14 12,6 – >21 NP 6,3 c 5.3 a 2,3 c 4 – 9,3 11,3 – >21 Legenda: CN=controle negativo; CA=controle acetona; DS= extrato de Dicksonia sellowiana; NP= extrato de Nephrolepis cordifolia. Os valores nas colunas seguidos pela mesma letra não possuem diferença significativa entre si (p<0,05) pelo teste de Kruskal- Wallis e post hoc de Dunn‘s. Raul Apolinário Nota Muda é de 4º para 5º ínstar. Metamorfose é do 5º ínstar para adulto. Raul Apolinário Nota Análise da mortalidade, muda e metamorfose 36 5.2. Mortalidade Segundo análise para a mortalidade, foram observadas diferenças significativas (X 2 = 49.38; p = 0.0001) sendo elas entre os grupos: CN e CA (p = 0.0005927), CN e DS (p = 1.39E-05), CN e NP (p = 8.29E-13), CA e NP (p = 0.0001981) e DS e NP (p = 0.004948). A aplicação tópica dos extratos de N. cordifolia e D. sellowiana no tratamento em O. fasciatus demonstrou uma toxicidade considerável. Ao final do período de observação, o extrato de N. cordifolia foi responsável por 63% (p < 0.0001) de mortalidade nos insetos, em torno do 16º dia após o tratamento. O tratamento em O. fasciatus utilizando o extrato de D. sellowiana apresentou toxicidade igualmente considerável, onde a taxa de mortalidade desses animais atingiu 50% (p < 0.0001), entretanto, esse número só foi atingido no 21º dia após o tratamento. Apesar dos resultados significativos para ambos os tratamentos, o O. fasciatus demonstrou maior sensibilidade ao extrato de N. cordifolia, em termos de mortalidade, quando comparado ao extrato de D. sellowiana. 5.3. Desenvolvimento Análises para o desenvolvimento do 4º ao 5º ínstar não demonstraram diferenças significativas entre os grupos (X 2 = 3.79; p= 0.2704). Entretanto, como demonstra a figura 5, as análises do desenvolvimento do 5º ínstar ao ínstar adulto, demonstraram diferenças significativas (X 2 : 11.27; p= 0.006279) sendo elas entre os grupos: CN e NP (p= 0.0006803), CN e DS (p= 0.02743) e CA e NP (p= 0.03697). Ao final do período de observação (21 dias após o teste) havia no grupo de insetos tratados pelo extrato de N. cordifolia apenas 20% dos insetos em seu estágio adulto e 17% ainda em 5º ínstar. Já para o grupo de insetos tratados pelo extrato de D. sellowiana havia 33% destes no estágio adulto do seu desenvolvimento e 17% ainda em 5º ínstar, conforme é apresentado no gráfico 1. Dentre os insetos que foram tratados com os extratos de D. sellowiana e N. cordifolia, foram observadas algumas alterações em estágios de desenvolvimento, como a presença de ninfas permanentes em ambos os extratos. Raul Apolinário Nota Substituir os pontos por vírgulas em todos os dados estatísticos. Raul Apolinário Nota trocar ":" por "=" 37 Figura 5 Grafico 1: Desenvolvimento dos insetos ao logo dos 21 dias de observação após o dia do teste. A: Desenvolvimento do controle negativo; B: Desenvolvimento dos insetos tratados com D. sellowiana; C: Desenvolvimento do contorle acetona; D: Desenvolvimento dos insetos tratados com N. cordifolia Raul Apolinário Nota Nome completo das espécie vegetal. Raul Apolinário Nota Os gráficos ficaram bons para a monografia. Pra questões de publicação, talvez seja necessário apresentar os dados sobre outra forma. Sugiro deixar só os dias e retirar as datas no eixo do "dias após o teste" Raul Apolinário Nota itálico Raul Apolinário Nota Itálico Raul Apolinário Nota Nome completo. Raul Apolinário Nota Especificar que DAT é dia após tratamento. 38 6. DISCUSSÃO Segundo Viegas Jr. (2003), a toxicidade de uma substância química em insetos não a qualifica necessariamente como um inseticida, devendo-se levar em conta aspectos como eficácia, mesmo em baixas concentrações, e ausência de toxicidade em mamíferos e animais superiores. A elevada toxicidade demonstrada nos experimentos pode ser originada por diversos fatores, dentre eles a entrada de toxinas pelas vias de inalação, ingestão e absorção, gerando ações de fumigação e fagoinibição (KNAAK & FIUZA, 2010). Esse é o primeiro experimento que avalia a ação inseticida do extrato de samambaias sobre Oncopeltus fasciatus, entretanto, extratos derivados de angiospermas já foram testados nesses insetos. Extratos etanólicos de Clusia fluminensis alcançaram 33,3% de mortalidade, além de atraso no desenvolvimento de ninfas e adultos em O. fasciatus (DUPRAT et al., 2017) e extratos de M. subsericea causaram mortalidade de 66%, retardaram o desenvolvimento e inibiram a muda. Outros extratos induziram ninfas permanentes (overaged) ou extranumerárias, ambas incapazes de atingir o estágio adulto e o status reprodutivo (FERNANDES et al., 2012). Nogueira et al. (2014), descreveram uma mortalidade de 90% em Rhodnius prolixus (Hemiptera) utilizando 5,0 μL de óleo essencial bruto obtido de Zanthoxylum caribaeum (Rutaceae), logo no primeiro dia após o teste. Tietbohl et al. (2014) descreveram uma mortalidade de 100% em Dysdercus peruvianus e Oncopeltus fasciatus, ambos em 4º instar, utilizando 1000μg por inseto do óleo essencial puro de folhas de Myrciaria floribunda (Myrtaceae). Estes dados sugerem que os óleos essenciais possuem maior potência e eficácia comparados aos extratos vegetais, justamente por serem concentrados das substancias alvo dos estudos de bioinseticidas. Os extratos de N. cordifolia e D. sellowiana promoveram a mortalidade de 63% e 50%, respectivamente, da população de Oncopeltus fasciatus que foram tratados topicamente. Diversos estudos avaliando a atividade inseticida das principais ordens que apresentam insetos pragas (Diptera, Lepidoptera, Hemiptera e Coleoptera) foram realizados com espécies de samambaias e licófitas (LIMA, 2019). Não há estudos para o gênero Dicksonia, apenas uma espécie da família Dicksoniaceae, Cibotium barometz (L.) J.Sm, realizado por Huang et al. (2010), onde não encontraram resultados significativos da ação inseticida dos extratos metanólicos das folhas dessa espécie em em Musca domestica L. (Diptera) e Aedes albopictus Skuse (Diptera). Contudo, Oliveira (2012) relata a presença compostos fenólicos, flavonoides, Raul Apolinário Nota Modificar o parágrafo inteiro, está igual a minha dissertação. Procurar dizer com outra palavras o que as 2 referências presentes propõe. Raul Apolinário Nota O. fasciatus Raul Apolinário Nota supernumerárias Raul Apolinário Nota Hemiptera: Reduviidae Raul Apolinário Nota Dysdercus peruvianus (Guerin-Meneville, 1831) (Hemiptera: Pyrrhocoridae) Raul Apolinário Nota O. fasciatus Raul Apolinário Nota retirar um dos "em" Raul Apolinário Nota M. domestica e Aedes albopictus Skuse (Diptera: Culicidae) Raul Apolinário Nota 2013 39 taninos, esteróides, terpenoides e cumarinas em extratos aquoso, hidroalcóolicos e extrato bruto em frações de hexano de Dicksonia sellowiana. Extratos de duas espécies do gênero Nephrolepis já foram alvo de atividade inseticida, sendo elas N. cordifolia (XAVIER, SELVARAJ & JOHN, 2016; HUANG et al., 2010) e Nephrolepis pectinata (Willd.) Schott (POTENZA et al., 2004). Xavier, et al. (2016), realizaram estudos avaliando o potencial inseticida de extrato metanólico de N. cordifolia sobre larvas de terceiro estágio de Spodoptera litura (Fab.), da ordem Lepidoptera, e obtiveram mortalidade de 50% e nenhuma emergênciade adultos. HUANG et al. (2010) estudaram o potencial do extrato metanólico da N. cordifolia sobre a mosca doméstica Musca domestica (L.) – Diptera, e obtiveram resultados positivos, com mortalidade de 83,3% dos insetos. Testes fitoquímicos realizados por Xavier et al. (2016) indicaram a presença de alcaloides, esteroides, taninos, flavonoides e glicosídeos cardíacos e compostos fenólicos em N. cordifolia. Dentre as substâncias presentes nas espécies descritas acima, destacamos os compostos fenólicos, taninos, terpenóides e esteroides, já descritos na literatura por apresentarem ação insteticida (DE MORAIS & MARINHO-PRADO, 2016; CORRÊA & SALGADO 2011; TAIZ & ZEIGER 2004). Raul Apolinário Nota D. sellowiana Raul Apolinário Nota sem vírgula Raul Apolinário Nota ....sobre M. domestica, e obtiveram... 40 7. CONCLUSÃO Analisando os resultados obtidos neste estudo, foram observados efeitos como a toxicidade dos extratos de Dicksonia sellowiana e Nephrolepis cordifolia sobre o inseto alvo. O Oncopeltus fasciatus demonstrou uma maior sensibilidade ao extrato de N. cordifolia, em relação a mortalidade, apresentando 63% de mortalidade dos insetos tratados. Além disso, ambos os extratos interferiram no desenvolvimento dos insetos. Tendo em vista a necessidade de buscar novas substâncias com atividade inseticida que diminuam os danos ao meio ambiente, retarde o surgimento de resistências e não contamine alimentos com resíduos, as samambaias apresentam um potencial promissor para a pesquisa de substâncias seletivas e biodegradáveis para uso inseticida. Contudo, torna-se necessária a realização de novos testes com os extratos das espécies, para uma maior compreensão sobre os mecanismos fisiológicos existentes na interação dos insetos com os componentes dos extratos e para adquirir dados que possam contribuir para estudos de obtenção de substâncias mais seletivas. 41 8. REFERÊNCIAS ANDRADE, A., PINTO, SC., and OLIVEIRA, RS., orgs. Animais de Laboratório: criação e experimentação. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p. ISBN: 85-7541-015-6 ANDRE, F. (1934). Notes on the biology of Oncopeltus fasciatus (Dallas). Iowa State College Journal of Science, 9, 73–87. 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