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Introdução Analítica Do Álcool

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1 
 
 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA 
 
BÁSICA 
 
1. OGA, SEIZI – Fundamentos de Toxicologia, Atheneu, 2ª ed., 2003. (3ª ed. 2008) 
 
1. MOREAU, R.L.M.;SIQUEIRA, M.E.P.B.S. – Toxicologia Analítica, Guanabara Koogan, 2008. 
 
2. KLAASSEN, C.D.; AMDUR, M. O.; DOULL, J. (eds). Fundamentos Em Toxicologia de Casarett e Doull. 2 ed. 
 Artmed, 2012. 
 
 
COMPLEMENTAR 
 
1. SHIBAMOTO T; BJELDANES LF. Introdução À Toxicologia Dos Alimentos. 2ª Ed. Elsevier, 2014. 
2. OLSON K R. Manual de Toxicologia Clínica, 6ª Ed. Artmed, 2013 
3. CAMPOLINA D; FILHO AA. Toxicologia na Pratica Clínica. 2ª Ed, Folium, 2013 
4. SILVEIRA SISINNO CL; CYRINO OLIVEIRA-FILHO ED. Princípios de Toxicologia Ambiental. 1a Ed. 
Editora Interciência,2013. 
5. QUEIROZ S, LIMA L. Tratado de Toxicologia Ocupacional, Editora Biblioteca 24 horas, 2a edição, 2015. 
 
INTRODUÇÃO À 
TOXICOLOGIA 
Prof. Dr. Wilson Roberto Malfará 
INTRODUÇÃO À TOXICOLOGIA 
 Toxicologia: ciência que estuda os efeitos 
decorrentes da interação de determinada substância 
com um organismo vivo. 
 
 Agente Tóxico: substância química que quando 
introduzida no organismo sob determinadas 
condições provoca alterações fisiológicas nocivas. 
 
DIVISÃO 
 Toxicologia Experimental 
 Toxicologia Analítica 
 Toxicologia Clínica ou médica 
 
OBJETIVOS 
 
 Prevenção 
 Diagnóstico 
 Tratamento 
 Toxicologia Ocupacional 
 Toxicologia de Medicamentos 
 Toxicologia Ambiental 
 Toxicologia de Alimentos 
 Toxicologia Social/Forense 
 Ecotoxicologia 
ÁREAS DE ATUAÇÃO PARACELSUS (1493-1541) 
What is there that is not poison? 
All things are poison and nothing 
[is] without poison. 
Solely the dose determines that a 
thing is not a poison” 
2 
HOMEM 
História da Civilização (1500 a.C.) 
Venenos 
Animais 
Plantas 
Tóxicas Metais 
Toxicologia 
Ciência que estuda efeitos nocivos decorrentes de 
substâncias químicas no organismo 
HOMEM 
Século XX 
Medicamentos 
Aditivos Praguicidas 
Toxicologia 
Ciência que estuda as maneiras seguras 
de se expor substâncias químicas. 
Contaminantes Síntese Química 
Benefício da Era Tecnológica 
INTOXICAÇÃO 
- Exposição intensa a um agente tóxico 
- Sinais e sintomas 
Exposição cinética dinâmica clínica 
EFEITOS 
AGENTE TÓXICO 
agente 
propriedades físico - químicas 
condições 
da 
exposição 
susceptibilidade 
dose 
via de administração 
duração da exposição 
freqüência da exposição 
propriedades físico - químicas 
condições 
da 
exposição 
condições 
da 
exposição 
susceptibilidade 
dose 
via de administração 
duração da exposição 
freqüência da exposição 
dose 
via de administração 
duração da exposição 
freqüência da exposição 
sistema 
biológico 
T O X I C I D A D E RISCO X PERIGO 
Ferner, 1992 
3 
RISCO X PERIGO EXPOSIÇÃO VS TOXICIDADE 
Toxicante
1
Toxicocinética
2
Interação com a 
molécula alvo
3
Disfunção/dano celular
4
Reparo inapropriado
Toxicante
1
Toxicocinética
2
Interação com a 
molécula alvo
3
Disfunção/dano celular
4
Reparo inapropriado
T O X I C I D A D E 
Exposição
Toxicante
distribuição
sítio alvo
reabsorção
absorção
bioativação
distribuição
sítios de armazenamento
excreção
eliminação
pré-sistêmica
desintoxicação
toxicante
Sítio alvo
molécula
alvo
Klaassen, 1996
Exposição
Toxicante
distribuição
sítio alvo
reabsorção
absorção
bioativação
distribuição
sítios de armazenamento
excreção
eliminação
pré-sistêmica
desintoxicação
toxicante
Sítio alvo
molécula
alvo
Klaassen, 1996
Perigo 
Capacidade da substância para causar 
um efeito adverso. 
Risco 
Probabilidade de ocorrência de perigo 
sob condições específicas de 
exposição. 
Avaliação do 
Risco 
Processo pelo qual o perigo, a 
exposição e o risco são determinantes. 
Manejo do Risco 
Processo através do qual são avaliadas 
as opções políticas e selecionada a 
medida regulatória mais apropriada 
com base nos resultados da avaliação 
do risco nos interesses sociais, 
econômicos e políticos. 
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE 
FASE TOXICOCINÉTICA 
Large intestines
Small intestines
ABSORÇÃO / DISTRIBUIÇÃO 
FATORES E CARACTERÍSTICAS GERAIS DE 
IMPORTÂNCIA PARA O ESTUDO TOXICOLÓGICO 
• FASE DE EXPOSIÇÃO 
 
• FASE TOXICOCINÉTICA 
4 
 
- Toxicidade 
- Condições de exposição: 
– dose 
– via de administração 
– formulação 
– tempo e frequência de exposição 
– interações 
– fatores individuais: sexo, patologias, peso, 
nutrição 
FATORES / RISCO 
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO 
Duração da exposição 
 24 h 
 sub-aguda  1 mês 
 sub-crônica 1-3 meses 
 crônica > 3 meses 
Exposição Aguda Exposição Repetida 
Efeitos imediatos Efeitos imediatos 
Efeitos retardados Efeitos crônicos 
DL
50 
Agente DL50 mg/kg 
Etanol 10.000 
Sulfato Ferroso 1.500 
Fenobarbital 
Sódico 
150 
Sulfato de 
Estricnina 
2 
Nicotina 1 
TCDD (dioxina) 0,001 
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO: 
FREQÜÊNCIA DA EXPOSIÇÃO 
Toxicante Meia Vida Efeitos Crônicos 
Benzeno t½ = 90 min. 
 Trombocitopenia 
 Leucopenia 
 Anemia 
 Leucemia (grupo 1) 
Tolueno t½ = 12 h. 
 Síndrome Psico-
orgânica 
Irreversibilidade do Efeito 
CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO: 
FREQÜÊNCIA DA EXPOSIÇÃO 
Toxicante Meia Vida Efeitos Crônicos 
Cádmio 30 anos 
 Nefropaita Crônica 
 Osteomalácia / Osteoporose 
 Hipertensão 
 Carcinogênese (grupo 1) 
Chumbo > 20 anos 
 Neuropatia Periférica 
 Nefropatia Crônica 
 Anemia 
 Hipertensão 
 Carcinogênese (grupo 2B) 
Acúmulo do Toxicante 
MECANISMOS DE AÇÃO TÓXICA 
 Asfixia 
- mecânica: butano, nitrogênio 
- bioquímica: CO, CO2, NO2
- 
- citotóxica: CN- 
 
 Inativação enzimática: O.F., carbamatos, CN-
, fluoroacetato, metais. 
 
 Disfunção de membrana: solventes, 
anestésicos, tetrodotoxina, saxitoxina 
 
5 
MECANISMOS DE AÇÃO TÓXICA 
 Interferência com neurotransmissores: 
atropina, cocaína, benzodiazepínicos, 
barbitúricos, toxina tetânica, estricnina 
 Estresse oxidativo: paracetamol 
 Lipoperoxidação: paraquat 
 Teratogênese 
 Carcinogênese 
Relação dose - resposta 
Klaassen, 1996 
“Disciplina de amplas possibilidades e de profunda 
dimensão pelo fato de não se resumir apenas ao 
estudo da ciência Hipocrática, mas de se constituir 
da soma de todas as especialidades médicas 
acrescidas de fragmentos de outras ciências” 
França 
MEDICINA LEGAL 
 Antropologia 
 Genética 
 Entomologia 
 Química 
 Física 
 Ecologia 
 Balística 
 Dactiloscopia 
 Documentoscopia 
 Sociologia 
 Economia 
 Odontologia 
 Filosofia 
 Informática 
 Biologia 
 Toxicologia 
MULTIDISCIPLINAR 
Toxicologia Forense 
30/01/2002-20h49 
Polícia vai pedir novos exames toxicológicos no corpo de Cássia Eller 
A polícia vai pedir uma contraprova dos exames toxicológicos realizados no sangue, 
na urina e nas vísceras da cantora Cássia Eller. 
Os exames realizados pelo IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro deram 
negativos, como revelou a Folha na semana passada, e não constataram a presença 
de drogas nem de álcool. 
A polícia quer que os exames sejam repetidos em um laboratório externo, com 
tecnologia avançada. Considera que o resultados dos exames contradiz 
depoimentos informandoque Cássia teria usado cocaína e bebido antes de morrer. 
Um dos policiais envolvidos na investigação disse que pedir uma contraprova não é 
questionar a competência técnica do IML, mas apenas tentar ouvir a opinião de 
outros técnicos, com equipamentos mais modernos, para ver se um outro exame 
consegue perceber mais coisas que o feito no IML. 
Por enquanto, esse policial disse não considerar necessário exumar o corpo da 
cantora, embora essa hipótese não esteja completamente descartada. 
A polícia também investiga a hipótese de erro médico. Parentes, amigos e a 
companheira da cantora, Eugênia Martins, podem ser chamados a depor novamente. 
ACUSAÇÕES REBATIDAS. A Casa de Saúde Santa Maria, no Rio de 
Janeiro, nega que Cássia Eller tenha sido vítima de erro médico e 
questionou a perícia realizada pelo Ministério Público, que condenou a 
aplicação do medicamento Plasil. "O que surpreende é que o laudo é 
baseado apenas em hipóteses", disse o advogado da clínica. Segundo 
ele, como não há nenhum laudo que comprove que a cantora tivesse 
ingerido álcool ou outra droga, querer afirmar que a morte tenha sido 
resultado da combinação com o Plasil é "simplificar demais". O advogado 
lembrou que o laudo do IML foi inconclusivo sobre a hipótese de Cássia 
Eller ter ingerido álcool ou droga e que esta hipótese é baseada apenas 
em depoimentos de amigos e familiares que afirmam "não ter certeza". A 
clínica sustenta que todo o procedimento médico realizado foi padrão e 
que o Plasil foi dado quando a cantora 
chegou, apresentando sintomas de náuseas. 
Toxicologia Forense 
6 
Terça, 26 de Outubro de 2004 - 16h25 
Ministério Público sugere erro médico na morte de 
Cássia Eller 
Um parecer de duas peritas do Ministério Público do 
Estado do Rio de Janeiro aponta que a cantora Cássia 
Eller pode ter morrido devido a um erro médico e não 
por overdose, como se especulou à época. Segundo a 
perícia, o medicamento ministrado foi Plasil, o que 
poderia ter provocado a parada cardíaca na cantora. 
Toxicologia Forense TOXICOLOGIA FORENSE 
“Potencialmente, toda morte pode ter sido 
causada por uma intoxicação” 
Cravey & Baselt, 1981 
“O único sinal seguro de intoxicação é a 
identificação da substância no corpo” 
 
Plenck - Elementa Medicine et Chirurgiae, 1781 
Toxicologia Forense 
 “O estudo e a aplicação da Toxicologia com os 
propósitos da Lei” 
American Board of Forensic Toxicology 
 
“Identificar qualitativamente e determinar 
quantitativamente substâncias tóxicas em amostras 
biológicas humanas, interpretando os resultados de 
forma a obter o máximo de informações para auxiliar na 
resolução de casos jurídicos” 
Stewart e Stolman (1961) 
 Atua sobre indivíduos vivos e mortos 
 
 - Acidentes de trânsito; brigas 
 - Teste de drogas em ambiente de trabalho 
 - Esporte 
 - Casos Postmortem – causa da morte 
 
TOXICOLOGIA FORENSE 
 Existem drogas envolvidas no caso ? 
 Qual a quantidade da droga utilizada ? 
 Quando foi utilizada a droga ? 
 A droga utilizada causou a morte do 
 indivíduo ? 
TOXICOLOGIA FORENSE 
7 
Evidências do uso de drogas 
 
 Intoxicação oral - conteúdo estomacal 
 Congestão pulmonar 
 Edema pulmonar 
 Investigação da cena do caso 
 Injeção intravenosa – local da injeção 
Porque as análises toxicológicas são 
importantes? 
 Mito: 
• Todo caso de overdose terá como 
evidência fragmentos da droga no 
estômago. 
 
 Fato: 
• A maioria dos casos fatais por consumo 
de drogas/venenos não apresentam 
nenhum sinal específico durante o 
exame necroscópico. 
TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
 
 Aspectos Clínicos 
 Forenses 
 Regulatórios 
 
“Elements of Toxicologie” 
Chapuis (1873) 
Identificação do agente tóxico 
 
Natureza do agente tóxico 
 
TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
Gases, voláteis, corrosivos, metais, orgânicos não voláteis 
8 
TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
Toxicologia Analítica 
 
 
 
Detecção quantitativa e 
qualitativa 
Alimento 
Água 
Ar 
Solo 
Fluídos Biológicos 
Tecidos 
Ar Exalado 
TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
Toxicologia Analítica 
 
 
 
Avaliar a intensidade 
da exposição 
Prevenção Tratamento 
Reconhecimento 
TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
Ocupacional 
Alimentos 
Ambiental 
Medicamentos 
Social 
Toxicologia 
Analítica 
TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
Clínica 
Forense 
Regulatório 
Toxicologia 
Analítica 
TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
Médico-legais Regulatórios 
Toxicologista Pericial 
Forense 
Sistema Judicial 
Legislação Vigente 
 TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
Analito Natureza da Matriz 
Química Analítica 
Toxicologia Analítica 
9 
ANÁLISES TOXICOLÓGICAS 
Objetivos: 
 Prevenir 
 Diagnosticar 
 Auxiliar no tratamento 
FINALIDADE DA ANÁLISE 
- Primeira questão a ser respondida, 
- Auxilia no planejamento analítico 
 Social/Forense 
 Farmacodependência 
 Controle da dopagem 
 
 Monitorização terapêutica 
 Urgência 
 Outros: alimentos, ambiental, ocupacional 
FINALIDADE DA ANÁLISE QUAL O AGENTE TÓXICO ??? 
 Agente tóxico desconhecido: métodos gerais 
(triagem) 
 
 Agente tóxico conhecido: gases, voláteis, 
metais, venenos orgânicos fixos. Utilizam-se 
métodos específicos 
 
Deve-se ter conhecimento da 
Toxicocinética e da Toxicodinâmica 
do agente tóxico. 
 
QUAL O AGENTE TÓXICO ??? 
Toxicodinâmica: Através dela pode-se 
analisar um efeito provocado pelo 
agente tóxico. 
 
QUAL O AGENTE TÓXICO ??? 
10 
Toxicocinética: Através dela sabe-se se 
procuramos o agente tóxico inalterado ou 
um produto de biotransformação. 
QUAL O AGENTE TÓXICO ??? 
 Finalidade forense: urina, sangue, 
conteúdo/lavado gástrico, vísceras, ossos, 
cabelo, unhas, conteúdo de frascos, 
comprimidos, etc 
Monitorização terapêutica: soro, plasma ou 
saliva 
QUAL AMOSTRA UTILIZAR ??? 
 Finalidade ocupacional: sangue e urina 
 Dopagem: urina 
 Farmacodepêndencia: urina e cabelo. 
 Urgência: sangue, urina e conteúdo/lavado 
gástrico. 
QUAL AMOSTRA UTILIZAR ??? 
 A toxicocinética é importante na escolha 
da amostra biológica. 
 
 Alguns parâmetros cinéticos são 
importantes. 
QUAL AMOSTRA UTILIZAR ??? 
 Velocidade de absorção / tempo para 
atingir a concentração plasmática de pico: 
Importante na escolha entre 
conteúdo/lavado gástrico e sangue. 
QUAL AMOSTRA UTILIZAR ??? 
Distribuição: Substâncias com distribuição 
elevada permanecem no sangue em 
pequenas quantidades. 
Ex: organofosforados. 
QUAL AMOSTRA UTILIZAR ??? 
11 
Meia vida biológica (t1/2): Importante para 
escolher entre sangue e urina. Em geral, se o 
tempo de ingestão for maior que o tempo de 
meia vida, a urina já pode ser pesquisada. 
QUAL AMOSTRA UTILIZAR ??? 
Considerações importantes: 
 Lavado gástrico: utilizar sempre a primeira 
porção, que está mais concentrada. 
 Na dúvida entre qual amostra escolher, 
utilizar mais de uma delas, geralmente 
sangue e urina. 
QUAL AMOSTRA UTILIZAR ??? 
AMOSTRA x AGENTE TÓXICO 
 Lavado gástrico: agente inalterado. 
 Sangue: agente inalterado e/ou biotransformado, 
ou efeito provocado pelo agente tóxico 
 Urina: agente tóxico inalterado e/ou 
biotransformado. 
Metodologias de análises 
Cadáver 
Coleta de amostras (fluidos e/ou tecidos) 
Triagem Negativo Positivo 
Preparação das 
amostras 
Descartar 
Cromatografia 
METODOLOGIA ANALÍTICA 
Clínica 
Forense 
 
 
TESTES PARA TRIAGEM 
- Testes rápidos em urina 
 
• Qualitativos 
• Reação de cor 
• Poucoespecíficos 
 
 
- C.C.D. 
 
• Qualitativa 
• Identifica pelo movimento 
• Comparação com padrões 
• Reconhecimento da classe 
 
EXTRAÇÃO DE FÁRMACOS 
Escolha do pH 
Henderson - Hasselbalch 
pKa – pH = log 
Ácidos Fracos 
[Não Ionizado] 
[Ionizado] 
12 
Cabelo 
Fármacos e 
Metabólitos 
Tempo Indefinido 
Reflete Exposição a 
Longo Prazo 
Cocaína no Cabelo de Múmia 
(+ 4000 mil anos) 
ANÁLISE DE FÁRMACOS ANÁLISE DE FÁRMACOS 
Vantagens 
 Matriz Não Invasiva 
 Coleta Simples 
 Não Requer Supervisão 
 Estabilidade Indefinida 
 Homogeneidade da Matriz 
Preparo da Amostra 
Extração Líquido: Líquido 
(partição) 
 
 
NaCl 
 
 
“Salting-Out” 
METODOLOGIA ANALÍTICA 
Agitação Emulsão 
Evaporação: Ar e Nitrogênio 
Volume das Fases 
Remoção do Solvente 
Métodos Analíticos 
METODOLOGIA ANALÍTICA 
 Imunoquímicos - Métodos de Triagem 
Cromatográficos - Métodos de Confirmação 
Propriedades Físico-Químicas:solubilidade e pKa 
 
Colheita e Armazenamento 
Amostra 
Amostragem 
 Escolha do material biológico 
 Anticoagulante, conservante 
 Temperatura (-20oC, - 70oC) 
METODOLOGIA ANALÍTICA 
Preparo da Amostra 
“Clean up” 
ANÁLISE TOXICOLÓGICA 
CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA 
MATERIAL SUSPEITO 
• Placas de sílica gel 
• Extração meio alcalino com CHCl3: isopropanol (9:1) 
• Secar/ Retomar com MetOH 
• FM:1- MeOH/CHCl3 
 2-acetato etila/MeOH/amônia 
Ag. Cromogênicos: 1-tiocianato de cobalto  AZUL 
 2-dragendorff  LARANJA 
13 
CCD - exemplos 
Requerimento da amostra: 
detectável no cromatograma 
solúvel na FM 
estável à luz, oxigênio, solvente, não ser volátil 
 Técnicas Cromatográficas 
 
• Separa substâncias químicas 
• São constituídas por uma fase estacionária, FM, detector 
 
 
 
 CLAE / HPLC 
 
 CG 
 
 EMS 
 
 CG/MS 
Fase móvel líquida 
Amostra é volatilizada 
Separação iônica 
Extraordinariamente sensível 
CONFIRMATÓRIOS 
CG - GC 
 
CG - GC 
14 
Extração em Fase Sólida 
 Extração de 
compostos orgânicos 
de soluções líquidas. 
– Alternativa a extração 
líquido-líquido 
seringa amostra 
líquida 
partículas de 
polietileno 
(~ 20 µm) 
suporte sólido 
 a base de sílica 
 (~ 40 µm) 
SPE 
 Preparação rápida da amostra 
 Usado para “clean up” de amostra, concentração de analitos e 
extração seletiva 
 Alta precisão analítica de resultados pelo uso de cartuchos 
descartáveis 
 Economia de solvente com redução de custos, e custos de 
descarte 
 Possibilidade de automação total do processo 
 Grande variedade de formatos e fases 
 
Um Tipo Para Cada Necessidade Instrumentação para SPE 
15 
 Instrumentação para SPE Procedimento de Extração em SPME 
 Linearidade 
 Especificidade 
 Limite de Quantificação 
 Limite de Detecção 
 Precisão intra e inter - ensaios 
 Recuperação 
 Estabilidade 
PADRONIZAÇÃO ANALÍTICA 
FARMACODEPENDÊNCIA 
ÁLCOOL ETÍLICO 
Prof. Dr. Wilson Roberto Malfará 
 
 
 
 
 
“Parece improvável que a humanidade em 
geral seja algum dia capaz de dispensar os 
“Paraísos Artificiais”, isto é, a “... busca da 
auto-transcedência através das drogas” ou .... 
umas férias químicas de sí mesmo” 
Aldous Huxley 
FARMACODEPENDÊNCIA FARMACODEPENDÊNCIA 
 Uma visão 
Toxicológica ou 
Social 
16 
FARMACODEPENDÊNCIA 
 “...NÃO BEBO, NÃO FUMO, 
NÃO CHEIRO. DROGAS 
MATAM...” 
“Fernandinho Beira-Mar” 
 
FARMACODEPENDÊNCIA 
 
É um fenômeno biopsicosocial, conseqüência 
do consumo de uma substância, de maneira 
tão freqüente e reforçada, que o 
comportamento de consumo torna-se uma 
resposta dominante 
OGA, 2003 
 
FARMACODEPENDÊNCIA 
 
“Um conjunto de sintomas cognitivos, 
comportamentais e fisiológicos que 
indicam que o indivíduo perdeu o 
controle do uso da droga e continua a 
usar a substância apesar das 
conseqüências adversas deste uso” 
 
 (DSM-IV, 1994) 
Jornal Verdade – Rib. Preto 
CONTEXTO SOCIAL 
 
 Tipo de droga 
 Via de administração 
 Quantidade de droga 
 Tempo e freqüência de uso 
 Qualidade da droga 
 Toxicocinética 
 Interação medicamentosa 
 Contexto social 
 Condições psicológicas e físicas do indivíduo 
DROGAS PSICOATIVAS 
AÇÃO 
 
FARMACODEPENDÊNCIA 
Comportamento ativo e repetitivo de busca ao 
fármaco ou droga 
Fármacos ou drogas reforçadores 
Reforço 
Positivo 
Reforço 
Negativo 
17 
FATORES DETERMINANTES DA 
FARMACODEPENDÊNCIA 
 
 Reforço positivo 
 
 Reforço negativo 
 
 Potencial de reforço primário 
 Velocidade 
 Intensidade 
 
 Reforço secundário 
 Fatores ambientais, sociais e individuais 
- Preferência condicionada por lugar 
 Neuroadaptação 
- Síndrome de abstinência 
- Tolerância (metabólica – farmacodinâmica) 
 
 
 
POTENCIAL DE REFORÇO 
Velocidade do 
efeito reforçador 
 Via de Administração 
Intensidade do 
efeito reforçador 
 Reforço Primário 
 Reforço Secundário 
REFORÇO POSITIVO E NEGATIVO 
USO DE DROGASUSO DE DROGAS
Comportamento de buscaComportamento de busca
neurotransmissorneurotransmissor reforço negativoreforço negativo
efeitos prazerososefeitos prazerosos síndrome de abstinênciasíndrome de abstinência
reforço positivo reforço positivo neurotransmissorneurotransmissor
 
 NEUROADAPTAÇÃO 
 DEPENDÊNCIA X TOLERÂNCIA 
DEPENDÊNCIA PSÍQUICA 
Desejo de tomar a droga para sentir a sensação 
que ela causa 
 
DEPENDÊNCIA FÍSICA 
Sintomas físicos, decorrentes da falta da substância 
 
 
 
 
TOLERÂNCIA 
Necessidade orgânica de doses cada vez maiores 
para o mesmo efeito 
 
 Em oposição aos efeitos 
agudos das drogas, 
costumam produzir uma 
depleção dos níveis de DA, 
especialmente no NA 
ABSTINÊNCIA Modelos Animais 
18 
 
FARMACODEPENDÊNCIA 
 
FARMACODEPENDÊNCIA 
O Sistema de 
Recompensa 
Cerebral 
Circuito de Recompensa 
nucleus 
accumbens 
ATV 
Córtex 
Préfrontal 
ÁLCOOL ETÍLICO 
19 
 
If you need a 
drink to be social, 
 
 
that’s not social drinking 
 
 
 
NIDA 
“ É verdade que muitos foram seriamente
prejudicados por “BEBIDAS EMBRIAGANTES”, 
mas ninguém parece pensar que esses
danos vieram não de uma coisa ruim, mas
do abuso de uma coisa muito boa” .
Abraham Lincoln, 1842
Fonte: Almeida et cols., 1992.
Galduróz et al., 1999.
OPAS, 2001.
Padrões de uso
Dependência - 6,6 a 8,3%
10,9 a 15,4% - Masculino
1,2 a 2,5% - Feminino
Uso nocivo ou 
de risco - 8 a 29%
Baixo risco - 53,2%
Abstinência - 35%
USO 
• Um dos principais problemas de saúde pública do 
mundo 
• Custo de U$ 176 bilhões/ano (EUA) 
• Terceira causa de mortalidade evitável 
• Cirrose alcoólica 7a causa de óbito (Brasil, 1996) 
• 14% da população americana 
• 7,5 mortes/100.000 (EUA) 
FONTE: Volpicelli, 2001 
FONTE: NIDA, 2000 
ÁLCOOL ETÍLICO 
CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO 
DE DEPENDÊNCIA DE ETANOL 
Dependência caracterizada pela presença de 3 ou mais critérios 
em 12 meses (DSM-IV, 1994) 
1) Tolerância 
2) Síndrome de Abstinência 
3) Consumo de grandes quantidades ou por períodos 
4) Maiores que o desejável 
5) Dificuldade de controlaro uso 
6) Aumento do tempo em atividades de obtenção, uso ou recuperação dos efeitos 
7) Prejuízo das atividades sociais, profissionais ou recreativas 
8) Manutenção do uso apesar de problemas 
 físicos ou psicológicos 
 
• CH3-CH2-OH 
• Vd Alto 
• Metabolismo 
 10% excretado pelos pulmões e urina 
 90% rapidamente metabolizado pelo fígado 
Álcool Acetaldeído 
Ácido 
Acético 
Álcool 
Desidrogenase 
Sistema P450 
Acetaldeído 
Desidrogenase 
• Absorção 
GENERALIDADES 
20 
Oxidação do Etanol 
• Cardiovasculares 
• Gastrintestinais 
• Endócrinos 
• Neurológicos 
• Principal ação: Depressor da atividade do SNC 
 Aumenta a atividade GABA-A 
 Inibe a transmissão glutamatérgica 
 Outros: dopamina; serotonina (5-HT); opióide 
EFEITOS 
 Maior 
Neurotransmissor 
inibitório 
 Etanol facilita os 
efeitos do GABA 
GABA 
(Rang et al., 1999) 
EFEITOS 
 Maior 
Neurotransmissor 
excitatório 
 Receptor NMDA (N-
methyl-D-aspartate) 
Glutamato 
(Fadda & Rossetti, 1998) 
 Etanol reduz a atividade 
glutamatérgica 
EFEITOS 
Absorção 
 
T½a 0,33 - 5,4 h (> em doses 
altas)tmax em doses altas 
Biodisponibilidade 80% 
 
Distribuição 
 
Vd 0,55 l/kg 
%pp insignificante 
 
Biotransformação 
 
Excreção suor, urina, ar exalado, esperma 
leite materno 
acetaldeído 
desidrogenase 
 
acetaldeído 
aldeído acetato 
acetil Co-A 
ADH (90%) etanol 
Catalase 
CYP2E1 (10-35%) 
Vmax = 0,12g/h/kg 
t½ = 4-5 h 
TOXICOCINÉTICA TOXICOCINÉTICA 
21 
TOXICOCINÉTICA Metabolism of ethanol 
Pharmacology fifth edition – fig 42-6 
... EFEITOS ... 
 S.N.C. : Depressora 
 Sistema Renal : diurético 
 Sistema Hepático : cirrose 
 Sistema Cardiovascular : hipotensão/cardiomiopatias 
 Sistema Digestivo : úlcera/ gastrite 
 Temperatura corporal : hipotermia 
 Sexualidade : impotência/esterilidade atrofia 
 testicular 
 Teratogenia : aumenta incidência de abortos 
 Síndrome alcoólica fetal : anormalidades morfo e 
 neurológicas, retardo mental e crescimento 
AÇÕES FARMACOLÓGICAS 
Fígado Cirrótico 
DIFERENÇAS 
 Fígado Normal Fígado Cirrótico 
 
22 
 Fluidificante da membrana celular 
 Aumenta a inibição sináptica mediada pelo GABA 
 Aumenta a síntese e liberação de NOR 
 Atuação no sistema opióide  aumento dopamina 
 no NA 
 Diminui a Ach (agudo) e ou tolerância (crônico) 
 Alterações do glutamato (excitatório) 
 Alterações no cálcio 
AÇÕES TÓXICAS ÁLCOOL / S.N.C. 
EFEITOS TÓXICOS DA EXPOSIÇÃO 
 CRÔNICA AO ETANOL 
Sistema Hematológico 
• Anemia megaloblástica 
• Plaquetopenia 
• Leucopenia 
Sistema Gastrintestinal 
•  Incidência de câncer no esôfago 
 e estômago 
• Gastrite 
• Úlceras no estômago e duodeno 
• Pancreatite 
• Esteatose hepática 
• Hepatite alcóolica 
• Cirrose hepática 
Sistema Nervoso 
• Síndrome Wernicke-Korsakoff 
 - encefalopatia Wernicke 
 - psicose Korsakoff 
• Neuropatia periférica 
• Demência alcóolica 
EFEITOS TÓXICOS DA EXPOSIÇÃO 
 CRÔNICA AO ETANOL 
Sistema Cardiovascular 
• Hipertensão 
• Coronariopatias 
• Miocardiopatias 
Sistema Endócrino 
 
•Hipoglicemia 
 
Síndrome Fetal 
• Retardo no desenvolvimento fetal 
• Disfunção no SNC 
• Malformações faciais 
diminui vias inibitórias diminui reflexos alterações visuais
Depressão do SNC
Efeitos tóxicos,
principalmente no SNC
Afeta a liberação de NTs
se interpõe entre
membranas aumentando
a fluidez
Etanol
Danificação e diminuição
da atividade de mitocôndrias
e microtúbulos
Efeitos tóxicos em diversos
tecidos
Forma adutos com
proteínas e ácidos
nucléicos
Acetaldeído
Etanol
Toxicidade do etanol
Até 86% 
dos Homicídios 
Abuso do Álcool 
está Associado 
com 
Até 70% 
dos Maltratos 
Domésticos 
37 – 40% 
Agressões 
20 – 36% 
Suicídios 
40 – 50% 
Mortes de Trânsito 
Até 40% 
dos estupros 
38% 
Abuso em 
Crianças 
68% 
Homicídios 
Casuais 
Fonte: Cisler et al., 1999 
IMPACTO DO ABUSO 
etanol 
(mg/100 mL sangue) 
efeitos 
0,01 - 0,05 sóbrio 
0,03 - 0,12 euforia 
0,09 - 0,25 excitação 
0,18 - 0,30 confusão 
0,27 - 0,40 estupor 
0,35 - 0,50 coma 
0,45 morte 
ESTÁGIOS DA INTOXICAÇÃO 
23 
 
 
 
 EUFORIA (0,1- 0,8 g álcool/L) 
depressão do centro da auto-censura 
fala eloqüente, gestos exagerados, labilidade 
emocional 
 
 MÉDICO-LEGAL (0,8 - 3,0 g álcool/L) 
Depressão progressiva dos sentidos, incoordenação 
motora, apatia, vômito. 
 
 COMA (3,0 - 4,5 g álcool/L) 
Arreflexia total, hipotermia, hipotensão, depressão 
respiratória 
 
 MORTE (acima de 4,5 g álcool/L) 
Parada respiratória 
 
ESTÁGIOS DA INTOXICAÇÃO 
Bebida Volume (%) 
Cerveja sem álcool < 0,05 
Cerveja baixo teor 0,05-1,2 
Cerveja normal 3,0-4,0 
Cerveja alto teor 8,0-11,0 
Vinho 5,0-13,0 
Bitter 14,0-20,0 
Gin, vodka 37,5 
Whisky 40,0 
Licor 14,0-40,0 
Cachaça 38,0-54,0 
Absinto 68 
QUÍMICA DO ETANOL 
 
Art. 277: “Todo o condutor de veículo automotor envolvido em 
acidentes ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob 
suspeita de haver excedido os limites previstos no Art. 276, 
será submetido a teste de alcoolemia, exames clínicos, perícia 
ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em 
aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitam certificar 
seu estado”. 
 
Art. 276: “A concentração de 0,6 g/L de sangue comprova que o 
condutor se acha impedido de dirigir veículo automotor”. 
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
 
 
 MINISTÉRIO DAS CIDADES 
 Departamento Nacional de Trânsito 
 Assessoria de Imprensa do Denatran 
 
 
Conselho Nacional de Trânsito estabelece requisitos para identificação de sinais de embriaguez 
 
Nesta sexta-feira foi publicada a Resolução 206 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que 
estabelece os requisitos para certificar ou caracterizar o consumo de álcool ou substâncias de efeito 
análogo, assim como os procedimentos que deverão ser adotados pela fiscalização. Com base na Lei 
11.275, que alterou a redação dos artigos 165, 277 e 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), 
introduzindo a possibilidade de serem utilizadas outras provas em direito acerca dos notórios sinais 
de embriaguez, o Contran definiu as informações mínimas que deverão constar no auto de infração. 
 De acordo com a redação dada pela Lei 11.275 ao artigo 277 do CTB caso o condutor se recuse 
a realizar testes, exames ou perícia já previstos poderão ser admitidas outras provas em direito. 
Com isso, a infração poderá ser caracterizada por meio dos notóriossinais resultantes do consumo de 
álcool ou dequalquer substância entorpecente. Contudo, sinais como, por exemplo: sonolência, odor 
de álcool no hálito, agressividade, exaltação, euforia, dispersão, dificuldade de equilíbrio, entre 
outros, deverão constar na ocorrência. 
 A Resolução 206 revoga o texto da Resolução 81/98 consolidando assim em um único texto as 
informações referentes a todos os procedimentos de fiscalização de alcoolemia. Os órgãos e 
entidades executivos de trânsito e rodoviários terão prazo de até sessenta dias a partir da data de 
publicaçãodesta Resolução, para se adequarem aos procedimentos. 
LEI SECA 
 LEI Nº 11.705, DE 19 JUNHO DE 2008. 
 Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ‘institui o Código de Trânsito Brasileiro’, e 
a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de 
produtos fumígeros,bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos 
do § 4º do art. 220 da Constituição Federal, para inibir o consumo de bebida alcoólica por condutor 
de veículo automotor, e dá outras providências. 
 O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte Lei: 
 Art. 1º - Esta Lei altera dispositivos da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o 
Código de Trânsito Brasileiro, com a finalidade de estabelecer alcoolemia 0 (zero) e de impor 
penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob a influência do álcool, e da Lei no 9.294, 
de 15 de julho de 1996, que dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos 
fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4o 
do art. 220 da Constituição Federal, para obrigar os estabelecimentos comerciais em que se vendem 
ou oferecem bebidas alcoólicas a estampar, no recinto, aviso de que constitui crime dirigir sob a 
influência de álcool. 
 Art. 2º - São vedados, na faixa de domínio de rodovia federal ou em terrenos contíguos à faixa 
de domínio com acesso direto à rodovia, a venda varejista ou o oferecimento de bebidas alcoólicas 
para consumo no local 
LEI SECA 
 Quem for flagrado desrespeitando esse 
limite será multado em R$ 955,00 e 
perderá a carteira de habilitação, e 
quem for pego comercializando bebidas 
alcoólicas em locais proibidos está 
sujeito a multa de R$ 1,5 mil. Segundo 
o texto, “compete à Polícia Rodoviária 
Federal a fiscalização e a aplicação das 
multas previstas”. 
24 
LEI SECA 
 De acordo com a nova lei nº. 11.705, de 19 de junho 
de 2008, o motorista quando submetido ao teste do 
bafômetro, estará passível de multa de R$ 955 e 
suspensão de habilitação, se o resultado estiver 
acima de 0,1 mg de 
etanol por litro de ar expelido. 
 Já os motoristas flagrados com uma 
dosagem superior a 0,3 mg de álcool por litro d
e ar expelido no bafômetro, respondem 
criminalmente. A pena nesse caso pode variar de 
seis meses a três anos de prisão. 
 
 
 
DOSE X CONC. SG 
Bebida Dose 60 Kg 80 Kg 
Cerveja 1 copo 0,27g/L 0,19g/L 
Whisky 2 doses 0,54g/L 0,38g/L 
Vinho 2 taças 0,54g/L 0,38g/L 
Cachaça 3 doses 0,81g/L 0,57g/L 
TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA DE 
ETANOL 
Dissulfiram 
Inibidor da aldeído-desidrogenase 
Tiaprida 
Antagonista D2 dopamina 
Citalopram Fluoxetina 
Inibidores seletivos da recaptura de 
serotonina 
Ritanserina Odansetrone 
Antagonistas 5-HT 
Naltrexone 
 Antagonista opióide 
 
Dissulfiran 
Álcool Acetaldeído 
Ácido 
Acético 
Álcool 
Desidrogenase 
Sistema P450 
Acetaldeído 
Desidrogenase 
• Acúmulo de Acetaldeído: 
 Rubor facial 
 Cefaléia pulsátil 
 Náuseas e Vômitos 
 Taquicardia 
 Fraqueza 
 Turvação visual 
 Hipotensão arterial 
 Tontura 
 Palpitação 
 Dor torácica 
DISSULFIRAN 
SENSIBILIZANTES 
Etanol X antidepressivos Tricíclicos 
 
 
Etanol X Barbitúricos 
 
 
Etanol X Diazepan 
 Comprometimento psicomotor 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA 
Recomendação para beber Recomendação para beber 
com pouco riscocom pouco risco
Homens: Não mais que 2 drinques por dia
Mulheres: Não mais que 1 drinque por dia
Fonte: Dietary Guidelines for Americans, 1995. U.S. Departments of Agriculture and
Health and Human Services, 1995. 
25 
O que é um drinque?O que é um drinque?
UM DRINQUE / UMA DOSE 
120 ml de vinho
1 coquetel
Uma dose de destilado (whisky, vodka, pinga): 40 ml
Um drinque equivale a 12g de etanol
350 ml
de cerveja
UM DRINQUE / UMA DOSE 
120 ml de vinho
1 coquetel
Uma dose de destilado (whisky, vodka, pinga): 40 ml
Um drinque equivale a 12g de etanol
350 ml
de cerveja
 Número, concentração e localização de 
pontos de venda 
 Quanto  a disponibilidade,  o consumo 
 Eficaz entre os jovens que iniciam o consumo 
 Idade mínima para o consumo do álcool e tabaco 
 Forma e nível de álcool na bebida 
• Disponibilidade 
 Disponibilidade e os profissionais de saúde 
CONTROLE SOCIAL E POLÍTICO 
Estimula o consumo 
Voltada para público específico 
Associa o uso com alegria, sucesso, beleza 
Propaganda 
CONTROLE SOCIAL E POLÍTICO PROPAGANDA 
PROPAGANDA PROPAGANDA 
26 
TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
ETANOL 
g/L 
Toxicologia 
Forense 
Toxicologia 
Clínica 
Estabelecer 
responsabilidade 
penal e civil 
Estado Clínico 
Medidas de 
Tratamento 
Intoxicação Aguda 
 Acidente de Trânsito/Trabalho 
 Delito Anti-social 
 Causa “Mortis” 
 Homicídios 
CONCENTRAÇÃO 
PLASMÁTICA / RESPOSTA 
Dose 
Concentração 
Plasmática 
Sinais e 
Sintomas 
 Confirmar a Intoxicação 
 Avaliar a Severidade da Intoxicação 
 Avaliar a Velocidade de Eliminação 
? ? 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA 
EMBRIAGUÊS 
1- MATERIAL BIOLÓGICO 
• Sangue 
• Urina 
• Saliva 
• Liquor 
• Ar Expirado 
2- COLETA 
• Assepsia – Iodo 
• Anticoagulantes – Heparina – 0,5 mg/ml 
 Citrato de Sódio – 5 mg/ml 
 Oxalato de Potássio – 10 mg/ml 
3- CONSERVANTES E ARMAZENAMENTO 
• Prevenir as Alterações Biológicas Normais 
• Decomposição 
• Manutenção da Composição Química 
 
 
 
 Fechamento Hermético / Baixas Temperaturas 
AMOSTRAS PÓS-MORTEM 
Fluoreto de sódio – 10 mg/ml 
2 m – TºC Ambiente 
10 m – 1ºC 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA 
EMBRIAGUÊS 
DETERMINAÇÃO DA ALCOOLEMIA 
Método de NICLOUX – Oxidação do Etanol pelo Dicromato 
 de Potássio 
Álcool oxida  Ácido Acético 
 +6 +3 
 
Cromo reduz  Cromo 
2K₂Cr₂O₇ + 3C₂H₅OH + 8H₂SO₄ ---- 2K₂SO₄ + 3Cr(SO₄)₃ + CH₃COOH + H₂O 
AMARELO VERDE  
TOXICOLOGIA ANALÍTICA 
Etanol no Sangue e Ar Exalado 
Fisher et al, 1968 
Forense para Fins Médico-legais 
27 
Assalto facilitado por drogas ? 
 Homem foi a uma festa com amigos. 
 
 Deixou a festa e no caminho se encontrou com uma prostituta. 
 
 Foi para o apartamento com ela. 
 
 Homem ingeriu vários drinques e pegou no sono. 
 
 Amigos retornaram para o apartamento repentinamente e conversaram com 
a prostituta. 
 
 Prostituta deixou o apartamento, amigos foram embora e deixaram o homem 
dormindo no sofá. 
 
 Homem foi encontrado morto no dia seguinte de manhã. 
 
 Não foi encontrado a causa da morte durante o exame necroscópico. 
Análises Toxicológicas 
 
 Etanol: sangue 1,3; vítreo 1,7; urina 2,4 g/L 
 Triazolam: sangue 4 µg/L 
 
 Valores de referências: 
 
 Triazolam: aprox. 1-5 µg/L; ocasionalmente até 10 µg/L. 
 
 Interpretação: 
 
  A combinação etanol e triazolam foi suficiente para 
 causar a morte. 
A concentração de etanol encontrada na análise 
toxicológica é devido ao consumo ou à formação 
após a morte? 
Interpretação dos Resultados 
Fatores que contribuem na elucidação 
Histórico de consumo de álcool 
 
 
Análise de diferentes amostras 
 
 
Corpo em decomposição 
(humor vítreo e urina) 
 
 
INTOXICAÇÃO 
POR ÁLCOOL ? 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTOXICAÇÃO POR METANOL ? 
Acidente de trânsito grave 
Etanol não foi detectado, mas… 
 
Metanol na urina 5,30 g/L 
Metanol no fígado 1,90 e 3,0 g/L 
Metanol no baço 0,2 e 0,70 g/L 
 EXPLICAÇÃO: 
 
 Metanol que fica colocado na parte da frente do 
veículo para limpeza do para-brisa foi jogado 
sobre o corpo. O metanol foi absorvido pelos 
tecidos devido à ruptura da cavidade abdominal e 
da bexiga. 
 
INTOXICAÇÃO POR METANOL ? 
28

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