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ANALISE DE IMPACTOS AMBIENTAIS

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Aula 01: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 
O que é impacto ambiental?
Impacto ambiental  é qualquer alteração no meio ambiente  provocada pela ação humana.  Pode ser adverso (negativo) ou benéfico (positivo) .Vale ressaltar que a poluição é uma das causas do impacto ambiental,  mas os impactos podem ser causados por outras ações além do ato de poluir.
O Impacto ambiental pode ser entendido como um desequilíbrio provocado por um "trauma ecológico", resultante da ação do homem sobre o meio ambiente. No entanto, ele pode ser o resultado causado por acidentes naturais: a explosão de um vulcão, o choque de um meteoro, um raio etc. Porém, devemos dar cada vez mais atenção aos impactos causados pela ação do homem, uma vez que este é o maior responsável pelas alterações do espaço natural em que vive.
Os estudos sobre Impactos Ambientais existem como um dos instrumentos de avaliação desses impactos ambientais, e se refere a avaliar as proporções das consequências das atividades humanas em relação aquele ambiente natural.
Algumas atividades humanas são apontadas como principal causa de Impactos causados as meio ambiente. São elas algumas pequenas ações que indiretamente acabam por prejudicar o planeta e futuramente o próprio homem. Dentre eles, podemos destacar:
Desmatamento: Causado pela exploração de recursos naturais, a retirada em excesso da vida vegetal pode, além da destruição da biodiversidade, vir a causar erosões e desertificações do solo, mudanças climáticas significativas, enchentes e até mesmo proliferação de doenças.
Poluição por agrotóxicos: Resultado pela tentativa de controlar um plantio de uma única espécie em grandes extensões de terra, pois, esses espaços acabam favorecendo a proliferação de insetos e animais. E estes também vêm a prejudicar as plantações.
Erosão:Também causada pelo desmatamento e exploração do solo (agricultura), a erosão é um fator bem significativo. O solo pode vir a secar, perder suas propriedades e mudar o clima ao seu redor.
Efeito estufa: Apesar de ser um fator natural e essencial para o planeta, a emanação em grande escala de poluentes que vem atingindo a atmosfera tem desregulado o equilíbrio de sua composição, fazendo com que os efeitos do efeito estufa sejam totalmente descontrolados, tendo impactos negativos e devastadores.
Destruição da camada de ozônio: Justamente com o efeito estufa, a emanação de gases poluentes destroem essa película protetora que protege o planeta principalmente de raios ultra-violeta, emitidos pelo sol.
Chuva ácida: A queima de combustíveis fósseis em larga escala são as principais fontes de emissão de gases poluentes, como o CO2. Esses gases poluentes que atingem a atmosfera formam uma combinação química mudando sua composição. Essa chuva pode parecer não ser de grande problema de inicio, porém, ao caírem na superfície, alteram também a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, destroem florestas e lavouras, atacam estruturas metálicas, monumentos e edificações.
Considerada um instrumento preventivo, a Avaliação de Impactos Ambientais é usada nas políticas de ambiente e gestão ambiental com a finalidade de assegurar que um determinado projeto que possa causar danos ambientais seja analisado de acordo com os prováveis impactos no meio ambiente, e que esses mesmos impactos sejam analisados e tomados em consideração no seu processo de aprovação.
Aula 02: DEFINIÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL 
Segundo a legislação brasileira, impacto ambiental é: “qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais.”
No período de ocupação do território brasileiro, foi ocupada a faixa litorânea e as serras costeiras para que fossem alcançados os planaltos interiores. A ocupação do litoral ocorreu através do estabelecimento de pequenos povoados que iniciaram um processo de transformação das áreas naturais, principalmente, a restinga, em áreas urbanizadas.
Recentemente, a urbanização tende a ocorrer para fins de lazer, com o estabelecimento de moradias temporárias, condomínios de elevado padrão, ou prédios; em geral ocupando também áreas de restinga.
A avaliação das conseqüências ou interações das atividades sobre o meio ambiente é uma forma de evitar que acidentes ambientais ocorram e de se buscar a melhoria do processo, de forma a minimizar os impactos sobre o meio ambiente, além de constituir um item fundamental para a certificação da série ISO14001, selo que garante um sistema de gestão ambiental adequado.
Apesar da influência direta do homem no meio ambiente, nem todo impacto ambiental causa problemas ao ambiente modificado. As mudanças podem ser tanto para melhor quanto para pior, tudo depende da maneira como o homem interfere no ambiente ou como o mesmo reage diante a uma mudança ocasionada naturalmente. Assim, pode-se dizer que há a possibilidade de uma transformação ocorrida pelo homem ajudar no desenvolvimento do meio atingido. Cada caso é um caso.
A partir destas observações, não há como negar que o processo de desenvolvimento econômico é um dos fatores que vem sacrificando os recursos naturais: cidades que crescem desordenadamente, matéria-prima continuamente solicitada para confecção de bens de consumo, vegetação destruída pela invasão das construções.
É neste contexto que o estudo dos impactos ambientais causados pela ação humana surge como uma tentativa de conscientização de todos, moradores, construtores, urbanistas, ambientalistas, todas as pessoas envolvidas na busca por uma melhor qualidade de vida. É uma forma de mostrar que, se houver planejamento, os erros podem ser previstos, mensurados e evitados.
Aula 03: Sistemas de Gestão Ambiental
O processo de execução de um Sistema de Gestão consta de quatro fases:
Definição e comunicação do projeto, onde é produzido um documento de trabalho que irá detalhar e especificar como será a implantação do SGA;
Planejamento do SGA, realizando a revisão ambiental inicial e planejando o sistema;
Instalação do SGA;
Auditoria e certificação.
O Sistema de Gestão Ambiental garante: 
• Segurança, na forma de redução de riscos de acidentes, de sanções legais;
• Qualidade dos produtos, serviços e processos;
• Economia e/ou redução no consumo de matérias-primas, água e energia;
• Mercado, com a finalidade de captar novos clientes;
• Melhora na imagem;
• Melhora no processo;
• Possibilidade de futuro e a permanência da empresa;
• Possibilidade de financiamentos, devido ao bom histórico ambiental.
ISO 14000
A ISO 14000 é um conjunto de normas que foi desenvolvido no início da década de 1990 pela International Organization for Standardization (ISO), organização não-governamental com sede em Genebra (Suíça), cuja função é a de elaborar e promover padrões de qualidade de aceitação mundial, através da normatização de produtos e serviços. Este conjunto normativo foi desenvolvidopor diversos profissionais reunidos em um comitê chamado Comitê Técnico TC-207.
As normas ISO 14000 estabelecem diretrizes sobre a área de gestão ambiental nas empresas, pois observou a necessidade do desenvolvimento de normas que priorizassem a questão ambiental e tivessem como intuito a padronização dos processos em empresas que utilizassem recursos naturais e causassem algum dano ambiental decorrente de suas atividades. Os certificados de gestão ambiental da série ISO 14000 atestam a responsabilidade ambiental da organização. Para a obtenção e manutenção desse certificado, o empreendimento tem que se submeter a auditorias periódicas, realizadas por uma empresa certificadora, credenciada e reconhecida pelos organismos nacionais e internacionais. 
Nas auditorias, verifica-se: 
• Cumprimento da legislação ambiental; 
•Diagnóstico atualizado dos aspectos e impactos ambientais de cada atividade;
 • Procedimentos padrões e planos de ação para eliminar ou diminuir os impactos ambientais sobre os aspectos ambientais;
 • Pessoal devidamente treinado e qualificado. Mesmo assim, embora as empresas estejam procurando se adequar, a degradação do ambiente continua em ritmo crescente. Apenas um número pequeno de empresas busca a sustentabilidade, enquanto que as melhorias conseguidas são pequenas diante da demanda crescente por produtos e serviços, originadas do desenvolvimento econômico. 
Em 2004, foi apresentada uma revisão da Norma ISO 14001:1996, sendo publicada a ISO 14001:2004. Nessa revisão, houve uma maior clareza de conceitos e requisitos, diminuindo espaço para ambiguidades e a presença de maior compatibilidade com as normas da ISO 9000 (Gestão da Qualidade). A nova versão apresentada tem foco na identificação dos aspectos ambientais, tornando esse o ponto principal da implantação do Sistema de Gestão Ambiental.
Criado pela Lei nº 6.938/81, o Sistema Nacional do Meio Ambiente é formado por órgãos e entidades da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios responsáveis pela proteção, melhoria e recuperação da qualidade ambiental no Brasil.
O objetivo do SISNAMA é estabelecer um conjunto articulado e descentralizado de ações para a gestão ambiental, integrando e harmonizando regras e práticas específicas que se complementam nos três níveis de governo.
Aula 04: Legislação Ambiental 
A Constituição Federal de 1988 abordou o tema meio ambiente, dedicando-lhe um capítulo que contempla não somente o conceito de ambiente natural, mas também os conceitos de meio ambiente artificial, meio ambiente do trabalho, meio ambiente cultural e o patrimônio genético. Foi a primeira vez que se realizou este tipo de abordagem no Brasil em termos normativos.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
A Constituição de 1988 definiu as competências dos integrantes da federação, incorporando ao texto artigos que disciplinam como legislar em situações locais. Essa iniciativa teve como objetivo promover a descentralização da proteção ambiental, dando à União, aos Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal ampla competência para legislarem sobre suas próprias questões ambientais. 
A Política Nacional do Meio Ambiente foi elaborada de acordo com a Lei 6.938/81, criando o SISAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), cujo objetivo é o desenvolvimento sustentável e maior proteção ao meio ambiente, em conformidade com os princípios elencados no Art. 2º da Lei 6.938/81:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo; 
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; 
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
A Lei nº 6.938/81 definiu a sistemática das políticas públicas brasileiras para o meio ambiente e os conceitos básicos para se compreender o que se quer dizer com termos como meio ambiente, degradação e poluição; determinou também os objetivos, diretrizes e instrumentos, e adotou a teoria da responsabilidade. Entende-se, aqui, por política ambiental a gestão no que diz respeito ao controle dos recursos ambientais, dos incentivos econômicos das ações produtivas ambientalmente sustentáveis e à redução dos impactos negativos da ação humana sobre o meio ambiente.
No Brasil, os crimes praticados contra o meio ambiente, cada vez mais frequentes e danosos, levaram à edição da Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1.998, o chamado Código Penal Ambiental, que sistematizou as leis que existiam. Na medida em que considera diversas hipóteses criminosas, prevê aplicação de penas restritivas de direito, de prestação de serviços à comunidade, ou de multa, dependendo do potencial ofensivo do crime praticado.
São considerados crimes ambientais as agressões ao meio ambiente e seus componentes (flora, fauna, recursos naturais, patrimônio cultural) que ultrapassarem os limites estabelecidos por lei, como no caso de uma empresa que gera determinada emissão atmosférica fora dos limites impostos; ou a conduta que ignora normas estabelecidas, como uma atividade que não possui uma licença ambiental, ainda que não gere poluição. Também são considerados crimes ambientais a omissão ou sonegação de dados técnico-científicos num processo de licenciamento ou a concessão de autorização ou licença em desacordo com as leis ambientais.
Crimes contra a fauna:
Agressões cometidas contra animais silvestres, nativos ou em rota migratória, como caçar, pescar, matar, perseguir, apanhar, utilizar, vender, expor, exportar, adquirir, impedir a procriação, maltratar, realizar experiências dolorosas ou cruéis com animais, mesmo que para fins didáticos ou científicos, transportar, manter em cativeiro ou depósito, espécimes, ovos ou larvas sem autorização ambiental ou em desacordo com esta; a modificação, danificação ou destruição de seu ninho, abrigo ou criadouro natural; a introdução de espécime animal estrangeira no Brasil sem a devida autorização; o perecimento de espécimes devido à poluição.
Crimes contra a flora: 
Destruir ou danificar floresta de preservação permanente mesmo que em formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de proteção assim como as vegetações fixadoras de dunas ou protetoras de mangues; causar danos diretos ou indiretos às unidades de conservação; provocar incêndio em mata ou floresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões; extração, corte, aquisição, venda, exposição para fins comerciais de madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal sem a devida autorização ou em desacordo com esta; extrair de florestas de domínio público ou de preservação permanente pedra, areia, cal ou qualquer espécie de mineral; impedir ou dificultar a regeneração natural de qualquer forma de vegetação; destruir, danificar, lesar ou maltratar plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia; comercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização.
Poluição: 
É considerada crime ambiental a poluição que provoque ou possa provocar danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição significativa da flora, ou que torne locais impróprios para uso ou ocupação humana, ou a poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público e a não adoção de medidas preventivas em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível; são considerados, ainda, crimes a pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem autorização ou em desacordo com a obtida e a não-recuperação da área explorada; a produção, processamento, embalagem, importação, exportação, comercialização, fornecimento, transporte, armazenamento, guarda, abandono ou uso de substâncias tóxicas, perigosas ou nocivas a saúde humana ou em desacordo com as leis; construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar empreendimentos de potencial poluidor sem licença ambiental ou em desacordo com esta; também se encaixa nesta categoria de crime ambiental a disseminação de doenças, pragas ou espécies que posam causar dano à agricultura,à pecuária, à fauna, à flora e aos ecossistemas.
Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: 
Destruir, inutilizar, deteriorar, alterar o aspecto ou estrutura (sem autorização), pichar ou grafitar bem, edificação ou local especialmente protegido por lei, ou ainda, danificar, registros, documentos, museus, bibliotecas e qualquer outra estrutura, edificação ou local protegidos quer por seu valor paisagístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico; a construção em solo não edificável, como em áreas de preservação ou no seu entorno, sem autorização ou em desacordo com a autorização concedida.
Crimes contra a administração ambiental: 
Afirmação falsa ou enganosa, sonegação ou omissão de informações e dados técnico-científicos em processos de licenciamento ou autorização ambiental; a concessão de licenças ou autorizações em desacordo com as normas ambientais; deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental; dificultar ou obstar a ação fiscalizadora do Poder Público.
Infrações Administrativas: 
Toda ação ou omissão que viole regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
Aula 05: Taxonomia dos Métodos para Avaliação de Impacto Ambiental
Métodos de AIA, de acordo com Moreira (1985), “são mecanismos estruturados para coletar, analisar, comparar e organizar informações e dados sobre os impactos ambientais de uma proposta, incluindo os meios para a apresentação escrita e visual dessas informações”.
Os métodos de avaliação de impacto ambiental servem de referência nos estudos ambientais para se determinar de forma mais precisa a significância de uma alteração ambiental e para padronizar a abordagem do meio físico, que leva sempre em consideração grande diversidade de aspectos.
São métodos formais pré-definidos, usados para medir as condições ambientais futuras, podendo ser, por exemplo, os modelos matemáticos analíticos de dispersão de poluentes, os modelos físicos em escala reduzida, as análises estatísticas de séries temporais, os cálculos de balanço de massa, as técnicas de avaliação de paisagem etc.
Coleta de dados
O primeiro passo a ser dado, numa Avaliação de Impacto, é analisar o cenário em questão, observar suas características físicas e a vida que ali existe, fazendo um levantamento da área. O olhar dado a este trabalho deve levar em conta o tipo de projeto que está sendo proposto, para que se faça o levantamento direcionado para o impacto previsto com aquele projeto em particular naquela região específica. Cada situação tem suas próprias características.
Deverão ser levantadas as características ambientais e suas interações, apresentando a situação ambiental da área antes da implantação do empreendimento. Entende-se por ambiente o meio natural do qual uma comunidade extrai aquilo que é essencial para sua sobrevivência, bem como os recursos necessários para o desenvolvimento econômico, os chamados recursos naturais.
Este conceito evoluiu a partir do momento em que se percebeu que ambiente também é meio de vida, isto é, da integridade do ambiente depende a manutenção de nossa própria vida, pois não basta que a natureza nos forneça os recursos; ela desempenha função de suporte à vida, o que nos leva ao conceito de recurso ambiental, que são os recursos cuja preservação e restauração concorrem para o equilíbrio ecológico propício à vida (art. 2º Lei nº 6.938/1981).
Um estudo ambiental deve levar em conta três grandes fatores:
Meio Físico
O meio físico ou abiótico inclui fatores como solo, água, atmosfera e radiações, que surgem pela influência dos componentes físicos e químicos do meio. Para sua caracterização, são necessários detalhamentos sobre a caracterização do clima e condições meteorológicas; da qualidade do ar na região; dos níveis de ruído na região; da geologia da área potencial atingida pelo empreendimento; dos solos da região; dos recursos hídricos, podendo-se abordar a hidrologia superficial, a hidrogeologia e a qualidade das águas.
Meio Biótico 
Biótico refere-se àquilo que é próprio dos seres vivos ou a eles vinculado. Também é aquilo pertencente ou relativo à biota, isto é, o conjunto da flora e da fauna numa determinada região. 
Os fatores bióticos de um ecossistema são a flora e a fauna. Entre os aspectos a serem considerados, incluem-se: a caracterização e a análise dos ecossistemas terrestres e aquáticos nas áreas do empreendimento.
 Meio Socioeconômico 
Deverá ser observada a caracterização do meio socioeconômico a ser potencialmente atingido pelo empreendimento, através das informações que levem em consideração duas linhas de abordagem: a primeira, que considere a população da área atingida; e a segunda, que apresente as possíveis interrelações do meio depois das alterações consequentes do empreendimento. 
Entre os aspectos abordados, encontram-se: caracterização da dinâmica populacional na área; caracterização do uso e ocupação do solo, com informações, em mapa, na área de influência do empreendimento; quadro referencial do nível de vida na região; dados sobre a estrutura produtiva e de serviços; e caracterização da organização social.
Bioma
Bioma pode ser entendido como uma unidade biológica ou um espaço geográfico caracterizado de acordo com o clima, a vegetação, o solo e a altitude específicos. Desse modo, uma coleta de dados para um estudo de impacto estará analisando o bioma em que está inserida a área em que se desenvolverá o empreendimento analisado. Para tanto, é preciso informação especializada. Vejamos o caso do Brasil, por exemplo. Por ser uma extensão considerável de terra, o país apresenta regiões com características bem distintas e a vida que as habita acompanha essa diversidade.
Biota	
Como podemos notar, a riqueza e a diversidade variam de acordo com as condições abióticas, que por sua vez cria condições de desenvolvimento da Biota, que é o conjunto de seres vivos, flora e fauna, que habitam um determinado ambiente, por exemplo, biota marinha e biota terrestre, ou biota lagunar, biota estuarina, mais especificamente. 
São as variações climatológicas e ambientais, como salinização de uma laguna, quantidade de sedimentos em suspensão, que alteram a biota pela adaptação, mutação e extinção de espécies ou a entrada de novas espécies e gêneros.
Taxonomia de Lineu
A taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas em uma hierarquia, começando com os Reinos, que são divididos em Filos, que são divididos em classes, em ordens, famílias, gêneros e espécies e, dentro de cada um, em subdivisões. Grupos de organismos em qualquer uma destas classificações são chamados taxa, ou phyla. A nomenclatura deve ser binominal. 
As regras que governam a nomenclatura e classificação das plantas e dos fungos estão contidas no Código Internacional de Nomenclatura Botânica, mantido pela Associação Internacional para a Taxonomia das Plantas. Códigos similares existem para animais e bactérias.
Originalmente, Lineu tinha três reinos em seu esquema, chamados Plantae, Animalia e um grupo adicional Mineralia para minerais, o qual foi abandonado. Desde então, várias formas tem sido movidas para três novos reinos - Monera, para procariontes, Protista, para protozoários e algas, e Fungi.
Atualmente, o esquema de cinco reinos foi suplantado pela maior parte no trabalho taxonômico moderno por uma divisão em três domínios - Bacteria e Archaea, que contém os procariontes, e Eukaryota, compreendendo as formas restantes.
Aula 06: Avaliação e Tipo de Métodos
Os métodos de avaliação de impactos ambientais são ferramentas de que dispomos para identificar e avaliar os impactos causados ao ambiente pelo desenvolvimento de um projeto. A escolha do método adequado e sua aplicação devem ser feitas a partir das informações coletadas sobre o local e dos seus principais aspectos culturais, sociais e econômicos. Os métodos conhecidos atualmente organizam em si parâmetros para estudos, por isso servem de base para avaliar quaisquer ambientes.
Desse modo,os métodos de avaliação são instrumentos usados para coletar, comparar e organizar informações qualitativas e quantitativas sobre os impactos ambientais, cuja origem esteja em uma atividade modificadora do meio.
A identificação dos impactos ambientais é realizada a partir, então, dessa organização de dados, que são comparados com estudos de caso, listagens de controle, opiniões de especialistas e revisões de literatura, materiais que servem para orientar essa abordagem e auxiliam na padronização dos procedimentos, sempre tendo em mente que existem aspectos diferenciados a serem levados em consideração. Portanto, como cada um tem uma aplicação definida, o método deve ser escolhido de acordo com o caso.
O primeiro tipo básico de método de AIA foi o checklist. As primeiras listas de controle apenas enumeravam os fatores ambientais e os respectivos indicadores de impacto, mas à medida que se aperfeiçoaram, surgiram listagens descritivas com informações sobre as técnicas de previsão de impacto que poderiam ser utilizadas. Embora seja uma forma eficiente de começar um estudo, trata-se de um método puramente descritivo, que não se atém às relações de causa e efeito entre as ações e os fatores ambientais.
A partir daí, foram desenvolvidas as matrizes de interação, ou a disposição de ações referentes à proposta e os fatores ambientais ao longo de eixos horizontal e vertical, que permitiam visualizar, pela intercessão das linhas e colunas da matriz, os impactos de cada ação sobre cada fator ambiental, dando uma visão de conjunto. 
Enfim, os métodos iniciais de estudo de impacto desdobraram-se em outros mais avançados, sempre impulsionados pelas necessidades apresentadas caso a caso.
Atualmente, dispomos de vários métodos de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) conhecidos; no entanto, devido à multiplicidade de situações possíveis, não há como se trabalhar com um método único, mas podemos nos adequar de acordo com cada fase de análise. Conheça os principais métodos utilizados hoje em dia.
MÉTODO CHECKLIST - Listagens de fatores e impactos ambientais.
É um método que possibilita um diagnóstico por comparação de alternativas. Como já foi visto, as listagens de controle foram os primeiros métodos de avaliação. Têm como vantagem o favorecimento na visualização dos fatores, ainda que não identifiquem a dinâmica entre as características e os impactos. Existem quatro tipos de listas: descritiva, comparativa, em questionário e ponderável. Um exemplo é o Método Batelle.
MÉTODO MATRIZES DE INTERAÇÃO - Listagem de controle bidimensional.
Trata-se do método de identificação de impactos diretos. Constitui-se de um gráfico que relaciona os impactos de cada ação com o fator ambiental a partir de quadrículas definidas pelo cruzamento de linhas e colunas. Funcionam como listagens de controle bidimensionais, uma vez que as linhas podem representar as ações impactantes e as colunas, os fatores ambientais impactados. Neste método ainda não temos uma identificação objetiva da magnitude dos impactos, mas já podemos contar com uma visualização ampliada da relação entre ação e impacto. Temos o Método Leopold e o Fisher-Davies.
MÉTODO REDES DE INTERAÇÃO (networks) - Gráfico ou diagrama da cadeia de impacto.
É um tipo de método que permite estabelecer a sequência ou cadeias de impactos ambientais desencadeados por uma ação, através de gráficos ou diagramas, permitindo traçar o conjunto de ações que o causaram direta e indiretamente, assim como permite avaliar medidas mitigadoras. O modo de representar essa cadeia de impactos pode ser a mais diversa, mas comumente é feito por meio de fluxogramas e gráficos. Sua vantagem é que faz uma abordagem integrada dos impactos, determinando-os enquanto diretos e indiretos. Ele auxilia na identificação de impactos adversos, mas não faz associações com critérios de importância. É o caso do Método IMPACT.
MÉTODO AD HOC - Reunião de especialistas.
Método que utiliza a prática de reuniões entre especialistas de diversas áreas para obter dados e informações em tempo reduzido. É criticado pela dificuldade que há em identificar em que situações devam ser empregadas, pensando no tempo disponível para a execução do estudo e pela disponibilidade de profissionais. Também deve ser levado em consideração que é um método que peca pelo alto grau de subjetividade, ainda que seja rápido e tenha baixo custo quando as condições são favoráveis. Um exemplo é o Delfos.
MÉTODO SUPERPOSIÇÃO DE CARTAS (overlay mapping) - Cartas geradas por superposição de mapas de recursos e usos.
Podemos defini-lo como um método associado à técnica de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), pois deve ser assistido por computador, permitindo a aquisição, o armazenamento, a análise e a representação de dados ambientais, de modo a produzir a síntese da situação ambiental de uma área geográfica. A partir da confecção de uma série de cartas temáticas, uma para cada fator ambiental, podemos elaborar e sobrepor cartas de uma determinada área, o que exigiria a apresentação dos mapas numa mesma escala e com o mesmo padrão de detalhamento. Desse modo, são estabelecidas cartas de aptidão e restrição de uso do solo, de acordo com a ação prevista para ocorrer. Atualmente, a técnica de SIG já dispõe de softwares avançados para a obtenção de mapas temáticos, tornando mais ágil a utilização do método em questão. É um método que permite uma boa visualização dos dados, embora não avalie a magnitude do impacto. Temos o Método McHarg como exemplo.
MÉTODO DE SIMULAÇÃO - Modelos matemáticos automatizados.
Foi o último dos tipos básicos a ser desenvolvido no final dos anos 70, contudo representa o que há de mais moderno em termos de métodos de avaliação de impactos ambientais, sendo usado para diagnósticos e prognósticos da qualidade ambiental, apesar do alto custo. São modelos matemáticos (simulação, regressão, probabilidade, multivariado) destinados a representar a estrutura e o funcionamento dos sistemas ambientais, explorando as relações entre os fatores físicos, biológicos e socioeconômicos a partir de um conjunto de hipóteses ou pressupostos. Os modelos matemáticos processam tanto variáveis quantitativas como qualitativas, incorporando as medidas de magnitude e importância dos impactos. Já que levam em conta as relações entre fatores ambientais e ações, os modelos de simulação têm sido usados em grandes projetos e programas de desenvolvimento, mesmo com as críticas de que a simulação matemática se mostre como uma simplificação da realidade. Por exemplo, o Programa KSIM (computer simulator).
COMBINAÇÃO DE MÉTODOS - Utilização de dois ou mais métodos.
Nos últimos anos, temos observado a tendência à adoção de uma combinação de dois ou mais dos tipos básicos de métodos, adaptando-os às especificidades dos projetos e das áreas a serem afetadas. Mostra-se como o mais indicado para avaliar impactos negativos de projetos; é um procedimento rápido, que apresenta baixo custo e boa visualização. É o caso do LESA (Local Environmental Sensitivity Program).
Aula 7: Formulação de Cenários e Prognósticos
Os cenários são formas de reflexão sobre o futuro e suas possibilidades representadas em um conjunto articulado de circunstâncias verossímeis que auxiliam na decisão a ser tomada. Para tanto, a construção do cenário e das estratégias devem contar com a participação de consultores, especialistas, acadêmicos e demais possíveis envolvidos, a fim de se ter uma visão o mais ampla possível.
É uma ferramenta que ordena a percepção sobre ambientes alternativos futuros, sobre os quais as decisões podem ser viabilizadas, cuja origem vem da área da Administração, sendo depois adaptada para as demais áreas.
A construção de cenários consiste na configuração de quadros que constituam um jogo coerente de hipóteses com o propósito de explorar os pontos de mudança ou manutenção dos rumos de uma situação. Um cenário completo contempla cinco componentes:
Cada cenário procura estabelecer uma sucessão lógica de eventos; assim, partindo-se do presente, torna-sepossível prever como se pode atingir, passo a passo, uma situação futura. (PORTO, 1991)
entre os métodos conhecidos, destacam-se:
Método Delphi
Consiste em rodadas com especialistas que estabelecem as variáveis e indicadores críticos, avaliando os eventos prováveis e o aperfeiçoamento das hipóteses e julgamentos após cada fase (busca do cenário mais provável);
Método de Cenários múltiplos
Construção de imagens de futuros alternativos, cada um com consistência interna e probabilidade de ocorrência. O uso combinado destes métodos permite conclusões relevantes para a tomada de decisão.
A ideia, de modo geral, é aprender a lidar não com apenas um, mas com vários futuros possíveis, havendo igual relevância entre discutir sobre o futuro que nos aguarda e o modo como podemos alcança-lo. Podemos definir a técnica de cenários como sendo um conjunto de técnicas investigativas que visam identificar os vários futuros possíveis e os caminhos que nos conduzirão até o melhor deles.
Schwartz (2000) defende que os objetivos da aplicação de cenários poderiam ser sintetizados em um conjunto de frases:
Tecnicas
As preocupações, neste início de século, voltam-se para as transformações ambientais pelas quais o planeta vem passando, cujos impactos são visíveis. Discussões estão ocorrendo por todas as partes. Os diversos segmentos da sociedade exercem, cada um a sua maneira, pressão um sobre o outro, numa demonstração de preocupação e de responsabilidade pela questão ambiental.
As alterações climáticas, a perda da biodiversidade e a exploração desenfreada dos recursos naturais constituem problemas que trarão graves consequências a longo prazo e que exigem soluções políticas. Cenários ambientais, perspectivas e outros tipos de estudos prospectivos ajudam-nos a enfrentar a viabilidade de futuros projetos em desenvolvimentos e a conceber políticas eficazes de proteção ambiental.
A avaliação dos impactos ambientais através da técnica de cenários simula cenários para diversas situações: o cenário atual, o cenário natural sem a implantação do empreendimento e cenários futuros, com o empreendimento sem e com as medidas de controle ambiental. Avalia também os impactos considerando sua magnitude e importância, hierarquizando-os, o que auxilia na identificação de prioridades.
A visão de futuro permite determinar dois enfoques de um cenário específico: o extrapolativo e o normativo.

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