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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO OESTE – CEO
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
ÂNGELA BARICHELLO
FERNANDA NORBAK
NATHÁLIA S. MATHIAS 
INCOMPATIBILIDADE Rh E SISTEMA ABO
CHAPECÓ, SC
2017
BIOQUÍMICA DO SANGUE 
O sangue é composto de plasma que é uma solução aquosa amarelada constituída de água, sais minerais e proteínas, além de elementos figurados como leucócitos, plaquetas e hemácias. 
As hemácias, também conhecidas como eritrócitos ou glóbulos vermelhos, são células arredondadas, com forma de disco bicôncavo, que apresentam cerca de 7,5 µm de diâmetro e 2,6 µm de espessura na região periférica e cerca de 0,8 µm na região central. A cor das hemácias são resultadas de um pigmento vermelho denominado de hemoglobina, proteína quartenária composta de quatro globinas, grupo prostético heme (substância química que ajuda na execução da sua função) e o elemento ferro. A mesma faz transporte de oxigênio e gás carbônico. 
RECONHECIMENTO DO SISTEMA ABO
No sistema ABO existem quatro tipos de sanguíneos: A, B, AB e O. Esses tipos são caracterizados pela presença ou não de certas substâncias na membrana das hemácias: os aglutinogênios, e pela presença ou ausência de outras substâncias no plasma sanguíneo: as aglutininas.
Existem dois tipos de aglutinogênio: A e B, e dois tipos de aglutinina: anti-A e anti-B. 
As pessoas que tem sangue do tipo A, possuem aglutinogênio A nas hemácias e aglutinina anti-B no plasma. As pertencentes ao grupo B têm aglutinogênio B nas hemácias e aglutinina anti-A no plasma. As pertencentes ao grupo AB têm aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina no plasma. E as pertencentes ao grupo O não tem aglutinogênios nas hemácias, mas possuem as duas aglutininas, anti-A e anti-B, no plasma.
RECONHECIMENTO DO FATOR RH
 	O fator RH, é um importante antígeno presente no sangue, cuja sua presença indica: Rh+. Os indivíduos que não possuem naturalmente este
 antígeno recebem a classificação Rh-. Automaticamente, as pessoas com o antígeno Rh+ doam apenas para Rh+. Já as que possuem Rh – podem doar tanto para os Rh-, quanto para os Rh+, devido a sua neutralidade proteica.
	Quando, em uma transfusão, o receptor é transfundido com um tipo de sangue incompatível com o seu, as hemácias transferidas vão se aglutinando assim que penetram na circulação, formando aglomerados compactos que podem obstruir os capilares, prejudicando a circulação do sangue.
DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL
	É uma importante causa de morbidez e mortalidade fetal e neonatal. Ocorre quando os anticorpos maternos agem contra antígenos de hemácias fetais, capazes de, durante a gestação, causar diversos agravos no feto. Ocorrem principalmente por incompatibilidade Rh-antígeno D (tipo mais comum) e do sistema ABO.
	Outros antígenos do sistema ABO, com frequência em mães do grupo O, são capazes de causar agravos em fetos que expressarem o grupo A ou B de maneira frequente. Pelo sistema ABO não gera grandes problemas clínicos e geralmente repercute no pós-parto.
	Essa doença se caracteriza por alguns fatores, que podem causar maiores complicações e se prevenidos com antecedência podem evita-la: Exposição materna - aloimunização, transfusão prévia, partos anteriores com feto Rh-positivo, trauma durante a gestação, aborto, procedimentos invasivos, “efeito avó” (versão externa e exposição materna a hemácias de sua mãe Rh-positiva ainda no útero).
	
	A resposta imunitária primária, leva a uma resposta imune lenta, com formação de anticorpos IgM – isoimunização – primeiro parto. 
	A exposição subsequente ao antígeno leva a uma resposta secundária, mais rápida, e produz anticorpos igG – aloimunização – segundo parto. 
	O diagnóstico é feito pelo rastreamento da tipagem sanguínea materna Rh-negativa com dosagem de anticorpos anti-D – exame conhecido como Coombs indireto; verificado sinais fetais de comprometimento no exame de ultrassom com Doppler e examinado o pico de velocidade sistólica da artéria cerebral média (esse ultrassom avalia as circulações sanguíneas no feto, entre o feto e a placenta e entre a mãe e a placenta. Avalia-se também a anatomia, o crescimento, a posição e a apresentação do bebê, bem como a quantidade de líquido amniótico e as características da placenta); realizado tipagem testada no pai biológico.
Realizado dois tipos de coombs, o indireto e o direto. No coombs indireto verifica-se a presença de anticorpos no sangue da mãe. Se aglutinar, existe anticorpos anti - D no soro, que estão de forma perigosa atravessando a placenta e se ligando as hemácias positivas do bebê. Se não aglutinar, não houve sensibilização da mãe em outras gestações. O teste para ser positivo deve ser igual ou superior ao 1:32. No direto verifica-se as hemácias do recém-nascido para detectar possíveis hemácias da mãe. Se aglutinar o bebê já tinha anticorpos anti - D da mãe, provocando fagocitose e havendo necessidade de transfusão. Se não aglutinar, é porque não houve passagem de anticorpos.
Essa doença gera muitas complicações tanto a nível fetal, quanto a nível de recém-nascido. A nível fetal, tanto no período intraútero quanto neonatal, pode gerar anemia hemolítica - com consequente eritropoiese extramedular, liberando hemácias imaturas no sangue fetal (geralmente ocorre na incompatibilidade ABO); icterícia leve; Hepatoesplenomegalia; se não houver transfusão (Hiperbilirrubinemia; impregnação dos núcleos da base; complicações neurológicas); anasarca; insuficiência cardíaca; óbito. A nível de recém-nascido causa icterícia precoce; hepatoesplenomegalia; focos extramedulares de hematopoiese; anasarca. A forma mais grave da doença é conhecida como eritroblastose fetal, onde a mãe produz anticorpos para as hemácias e para as plaquetas do feto. Provoca sangramento interno e a bilirrubina fica comprometida, causando comprometimento da função hepática e possíveis lesões cerebrais.
 	O tratamento consiste na imunoglobulina anti-Rh em até 72 horas após o parto - reduz para menos de 1% o número de mulheres que irá desenvolver aloimunização; imunoprofilaxia de rotina durante a gestação: 28 semanas de gestação, em pacientes RhD-negativas, e novamente após o parto de RN Rh-D positivo; transfusão intrauterina; imunoglobulina e plasmaferase - anemia grave; interrupção da gestação.
	Os profissionais envolvidos em todo esse quesito de incompatibilidades são basicamente o médico e toda a equipe de enfermagem gerenciada pelo enfermeiro.
	O enfermeiro tem um papel ativo e muito importante. Deve passar orientações ainda no pré-natal; realizar testes sorológicos, como Coombs indireto e/ou direto; realizar amniocentese para verificar o tipo sanguíneo fetal; prevenir a sensibilização materna ao fator Rh, através da administração da imunoglobulina Rho (Rhig), nas mães Rh negativas não sensibilizadas após o parto de feto Rh positivo - ideal que seja dentro de 72 horas, realizar fototerapia para controlar os níveis de bilirrubina no sangue; realizar transfusão intra uterina, caso haja já sensibilização; realizar cordocentese; realizar exanguineotransfusão, auxiliando o médico no procedimento e na orientação do mesmo para a família; ser ativo e responsável pela segurança transfusional; logo após nascimento do RN, avaliar grau de anemia, prematuridade; controlar a termorregulação do neonato; atentar-se a problemas cardíacos e respiratórios; realizar encaminhamento ao apoio psicológico para os pais, caso houver sentimento de culpa.
REFERÊNCIAS
Bioquímica ilustrada / Richard A. Harvey, Denise R. Ferrier ; [tradução: André Krumel Portella ... et al.] ; revisão técnica : Carla Dalmaz. – 5. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2012;
Disponível em: http://aps.bvs.br/aps/como-proceder-na-ubs-com-uma-gestante-que-relata-ser-rh-negativo-apenas-na-sua-5a-gestacao/ . Acessado em: 19/09/2017.
Disponível em:  <http://www.misodor.com/DHPN.html >. Acesso em: 23/09/2017.SCHIMIDT C.L., JÚNIOR M. D. C., LOURES L.F. Atualizações na profilaxia da isoimunização Rh. Femina, julho de 2010, vol. 38, nº 7. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2010/v38n7/a1522.pdf. Acessado em: 16/09/2017.

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