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Riscos obstétricos Instrutora: Paloma Lima Componentes: Aline Gabriele Ana Cláudia Andreia Simas Andreia Monteiro Denis Ramos Raiane Bentes Gercivania Matos Gestação de alto risco A gestação é um fenômeno fisiológico e deve ser vista pelas gestantes e equipes de saúde como parte de uma experiência de vida saudável envolvendo mudanças dinâmicas do ponto de vista físico, social e emocional. Entretanto, trata-se de uma situação limítrofe que pode implicar riscos tanto para a mãe quanto para o feto e há um determinado número de gestantes que, por características particulares, apresentam maior probabilidade de evolução desfavorável, são as chamadas “gestantes de alto risco”. Gestação de Alto Risco é “aquela na qual a vida ou a saúde da mãe e/ou do feto e/ou do recém-nascido têm maiores chances de serem atingidas que as da média da população considerada”. (CALDEYRO-BARCIA, 1973). Condições clínicas de identificação de maior risco na gestação atual Características individuais e condições sociodemográficas História reprodutiva anterior Condições clínicas prévias à gestação Intercorrências/obstétricas na gestação atual Características individuais e condições sociodemográficas: • Idade <15 anos e >40 anos. • Obesidade com IMC >40. • Baixo peso no início da gestação (IMC <18). • Transtornos alimentares (bulimia, anorexia). • Dependência ou uso abusivo de tabaco, álcool ou outras drogas. História reprodutiva anterior: • Abortamento espontâneo de repetição (três ou mais em sequência). • Parto pré-termo em qualquer gestação anterior (especialmente <34 semanas). • Restrição de crescimento fetal em gestações anteriores. • Óbito fetal de causa não identificada. • História característica de insuficiência istmocervical. • Isoimunização Rh. • Acretismo placentário. • Pré-eclâmpsia precoce (<34 semanas), eclâmpsia ou síndrome HELLP Doenças hematológicas (doença falciforme, púrpura trombocitopênica autoimune (PTI) e trombótica (PTT), talassemias, coagulopatias). • Nefropatias. • Neuropatias. • Hepatopatias. • Doenças autoimune. • Ginecopatias (malformações uterinas, útero bicorno, miomas grandes). • Câncer diagnosticado. • Portadoras do vírus HIV. • Hipertensão arterial crônica. • Diabetes mellitus prévio à gestação. • Tireoidopatias (hipertireoidismo ou hipotireoidismo clínico). • Cirurgia bariátrica. • Transtornos mentais. • Antecedentes de tromboembolismo. • Cardiopatias maternas. •Transplantes Condições clínicas prévias à gestação: • Síndromes hipertensivas (hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia). • Diabetes mellitus gestacional com necessidade de uso de insulina. • Infecção urinária alta. • Cálculo renal com obstrução. • Restrição de crescimento fetal. • Feto acima do percentil 90% ou suspeita de macrossomia. • Oligoâmnio/polidrâmnio. • Suspeita atual de insuficiência istmo cervical. • Suspeita de acretismo placentário. • Placenta prévia. Intercorrências clínicas/obstétricas na gestação atual: • Hepatopatias (por exemplo: colestase gestacional ou elevação de transaminases). • Anemia grave ou anemia refratária ao tratamento. • Suspeita de malformação fetal ou arritmia fetal. • Isoimunização Rh. • Doenças infecciosas na gestação: sífilis (terciária ou com achados ecográficos sugestivos de sífilis congênita ou resistente ao tratamento com penicilina benzatina), toxoplasmose aguda, rubéola, citomegalovírus, herpes simples, tuberculose, hanseníase, hepatites, condiloma acuminado (no canal vaginal/colo ou lesões extensas localizadas em região genital/perianal). • Suspeita ou diagnóstico de câncer. • Transtorno mental. Situações clínicas de urgência/emergência obstétrica que devem ser avaliadas em contexto hospitalar • Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento. • Anemia grave (Hb ≤7 g/dL). • Condições clínicas de emergência: cefaleia intensa e súbita, sinais neurológicos, crise aguda de asma, edema agudo de pulmão. • Crise hipertensiva (PA ≥160/110 mmHg). • Sinais premonitórios de eclâmpsia (escotomas cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito com ou sem hipertensão arterial grave e/ou proteinúria). • Eclâmpsia/convulsões. • Hipertermia (Temperatura axilar ≥37,8°C), na ausência de sinais ou sintomas clínicos de infecção das vias aéreas superiores. • Suspeita de trombose venosa profunda. • Suspeita/diagnóstico de abdome agudo. • Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular ou outra infecção que necessite de internação hospitalar. • Prurido gestacional/icterícia. • Hemorragias na gestação (incluindo descolamento prematuro de placenta, placenta prévia). • Idade gestacional de 41 semanas ou mais. Importançia do pré-natal O pré-natal é o acompanhamento médico que toda gestante deve ter, a fim de manter a integridade das condições de saúde da mãe e do bebê. Durante toda a gravidez são realizados exames laboratoriais que visam identificar e tratar doenças que podem trazer prejuízos à saúde da mãe ou da criança.É importante que as futuras mamães comecem a fazer seu pré-natal assim que tiverem a gravidez confirmada ou antes de completarem três meses de gestação. Alguns exames feitos durante o pré-natal são importantes para detectar problemas, como doenças que possam afetar a criança ou o seu desenvolvimento no útero. image1.jpeg image2.jpeg image3.tmp image4.jpeg image5.jpeg image6.jpeg image7.jpeg