Slides e Cadernos de Atividades

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Curso de Pedagogia
Disciplina:
Língua Brasileira de Sinais
Slides e Caderno de Atividade.
2°Período/2017
Percurso Histórico da Educação de Surdos: a Origem dos Mitos e Concepções
LIBRAS 	
• LIBRAS é a Língua Brasileira de Sinais. 
Reconhecida pela Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002, como o sistema linguístico das comunidades de pessoas surdas do Brasil. 
A LIBRAS e as Línguas de Sinais 
Figura 1 Ao redor do mundo existem outras línguas de sinais que, assim como a LIBRAS, representam a surdez em sua:
História 
Cultura 
Identidade 
Estrutura linguística 
Entre outras
Percurso Histórico da Educação de Surdos 
 Cabe salientar que as línguas de sinais não foram recentemente criadas ou inventadas, como muitos acreditam.
Percurso Histórico da Educação de Surdos
 ANTIGUIDADE
Antiguidade: sem direitos até o século VI. 
Pelo Código Justiniano, surdos oralizados conquistam o direito de: 
Herdar fortunas. 
Unir-se em matrimônio. 
Ter propriedades. 
• Idade Média: sem direito a educação
Percurso Histórico da Educação de Surdos 
• Entre 1760 e 1880: 
Primeiras escolas para surdos do Método Oral: 
– Thomas Braidwood (Inglaterra): 
Escrita, alfabeto digital e oralidade 
– Samuel Heinicke (Alemanha): 	
Oralismo puro
Percurso Histórico da Educação de Surdos - O Grande ConflitoMétodo Oral
Educação Através da Oralidade
Método Visual
Educação através da língua de sinais
 
	 X
X
		
Congresso Internacional de Milão (1880)
Concepções de Surdez
Clínico-patológica 
Surdez como deficiência auditiva 
Tratamento ou cura para a surdez. 
Aparelhos de amplificação sonora individual, implante coclear. 
Socioantropológica 
Surdez como diferença linguística 
Acesso a língua de sinais 
Construção da identidade surda 
Contato com a cultura surda
O passar dos anos trouxe inúmeras conquistas para a educação de surdos, desde o reconhecimento da língua de sinais até a desconstrução da surdez como deficiência. 
Contudo, vários mitos continuam sendo reproduzidos ao longo da história até os dias atuais.
Desvendando alguns mitos
A língua de sinais é universal?
A língua de sinais é icônica? 
A língua de sinais só expressa conceitos concretos?
E o surdo-mudo?
FINALIZANDO
Você aprendeu que desde a Antiguidade os surdos tiveram seus direitos negligenciados – o direito à vida, à educação, ao matrimônio e até mesmo o direito a se expressar na própria língua. 
Assim, a inclusão, enquanto atual paradigma, tenta saldar uma antiga dívida com as comunidades de pessoas surdas. 
Reconhecer a língua de sinais e a pessoa surda como cidadão de direitos.
Reconhecer que a educação de surdos deve ser mediada pela língua natural dos surdos. 
 Para isso, é necessário uma sociedade preparada para acolher a surdez.
• Como? Através de: 
Intérpretes de LIBRAS 
Profissionais e escolas bilíngues em LIBRAS e língua portuguesa 
Legendas em programas televisivos 
E outras formas
Caderno de Atividades:
Percurso Histórico da Educação de Surdos: a Origem dos Mitos e Concepções
Questão 1 Certamente você já deve ter ouvido as expressões “surdo-mudo”, “mudo”, “surdo”, “deficiente auditivo” ou outras. Refletindo sobre essa variedade de termos, escreva um texto de 10 a 15 linhas, informando qual a expressão que você utiliza e justificando sua escolha. Com base no seu conhecimento prévio descreva também o que você sabe sobre a diferença entre essas terminologias.
Questão 2 O paradigma da inclusão é o modelo de ensino apregoado atualmente, contudo, ao retroceder na história é possível observar que outros destinos foram reservados às pessoas surdas até conquistarem o direito de serem respeitados e incluídos no ensino regular. Desse modo, analise as alternativas abaixo e indique se são (V) Verdadeiras ou (F) Falsas:
( ) Na Roma e Grécia antiga os surdos não eram considerados educáveis, por isso muitas crianças surdas foram destinadas à morte.
( ) Até 1760, apenas filhos de nobres e famílias mais abastadas tinham direito e acesso ao ensino formal.
( ) Entre 1760 e 1880, o Abade L’Épée criou o método oral e proibiu o uso da língua de sinais.
( ) Entre 1760 e 1880, educadores Surdos, discípulos do Abade L’Épée fundaram escolas em diversas partes do mundo.
( ) Em 1880, o II Congresso Internacional de Educação de Surdos oficializou a língua de sinais como língua de instrução dos surdos.
V, V, F, V, F.
F, V, V, V, F.
V, F, F, F, V.
V, V, V, F, F.
V, F, V, V, F.
Questão 3 No Brasil, a primeira instituição de ensino criada para surdos foi o Imperial Instituto de Surdos-Mudos, situada no Rio de Janeiro.No início, a instituição brasileira se alinhou ____________________, posteriormente, no século XIX, diante da tendência mundial, adotou ____________________, cem anos depois implantou ____________________ e, atualmente, trabalha a partir do bilinguismo.
Considerando seu aprendizado sobre as principais abordagens de ensino e analisando o enunciado acima, a alternativa que melhor completa as lacunas é:
Ao Método Oral; o Método Visual; o Bilinguismo.
Ao Oralismo; a Língua de Sinais; o Bimodalismo.
Ao Bilinguismo; o Bimodalismo; o Oralismo.
Ao Método Visual; o Oralismo; a Comunicação Total.
A Comunicação Total; o Método Oral-Aural; o Oralismo.
Questão 4Considerando as principais abordagens de ensino na educação de surdos, marque a alternativa correta:
O Oralismo defende o uso da escrita, oralidade e sinais.
A Comunicação total está preocupada com o desenvolvimento de uma língua, seja oral e/ou de sinais.
O Bilinguismo defende a instrução do surdo a partir de duas línguas, língua de sinais e língua majoritária (oral e/ou escrita).
O Oralismo considera a surdez como minoria linguística.
O Oralismo e a Comunicação Total apresentaram grande êxito na escolarização de alunos surdos.
Questão 5 Considerando o conteúdo sobre os mitos envolvendo a língua de sinais, analise as alternativas abaixo e indique qual delas se trata de um mito:
A língua de sinais é capaz de expressar conceitos abstratos e concretos.
A língua de sinais é universal.
A língua de sinais pode discutir qualquer assunto (política, religião etc.).
A LIBRAS é a língua oficial da comunidade surda do Brasil.
A língua de sinais possui gramática própria
Questão 6 Imagine que você é um professor e precisa explicar aos familiares de seu aluno surdo sobre as principais e atuais abordagens de ensino (Oralismo e Bilinguismo) para encaminhamento da criança. Descreva pelo menos um aspecto a favor e um contra de cada abordagem que poderia ser mencionado aos pais da criança surda
Questão 7 Durante a mudança de administração do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), entre 1930 a 1947, a escritora Cecília Meirelles escreveu algumas crônicas sobre as crianças surdas que ela observou na referida instituição. Analise o excerto da crônica abaixo e, considerando seu aprendizado sobre a história da educação de surdos, identifique onde e em que período da história esse olhar de encantamento para a forma particular de comunicação dos surdos já foi revelado. Justifique sua resposta. (...) espreitando, curiosas, gesticulando, rindo, encolhendo-se com desconfiança pelos cantos, ou olhando passivamente ao acaso, umas doze crianças vestidas de azul, nos aparecem, com essa estranha physionomia dos que não ouvem e não falam, e que nos dão a impressão de os podermos, de repente, desencantar... (observadoras, curiosas, desconfiadas, de olhares passivos, vestidas de azul, uniformizadas, de fisionomia estranha, dão impressão que são encantadas) (COSTA, J. P. B. A educação do surdo ontem e hoje: posição sujeito e identidade. Campinas: Mercado das Letras, 2010, p.62)
GABARITO.
1 - Resposta: A questão de conhecimento prévio é importante para problematizar a presença de diversas formas de se referir a pessoa surda. Durante a disciplina, o aluno terá a oportunidade de elaborar melhor suas hipóteses sobre tais expressões, complementando seu conhecimento e compreendendo, por exemplo, atravésda leitura do tema 1 que a concepção clínico-patológica é quem defende a expressão deficiente auditivo, por enxergar no surdo o que lhe falta: a audição. Por outro lado, a expressão surdo está associada a uma visão socioantropológica da surdez que percebe o surdo enquanto diferente, e que respeita e valoriza essa diferença linguística. Já as expressões “surdo-mudo” e “mudo” foram criadas quando a língua de sinais ainda não era reconhecida enquanto língua e por isso acreditava-se que o surdo que não tinha fala, mas na verdade a fala do surdo é feita através dos sinais. Contudo, neste momento deverá ser considerada a organização das hipóteses do aluno, apresentando o que o mesmo conhece sobre a temática e se ele conseguiu realizar a apropriação de alguma parte do conteúdo tema 1 no complemento desse conhecimento prévio.
2-A
3-D
4-C
5-B
6- Resposta: Oralismo – A favor: o aluno pode desenvolver a oralidade e a leitura orofacial fazendo uso da comunicação oral com pessoas ouvintes, sem a necessidade que seu interlocutor conheça e/ou domine a língua de sinais. O uso do Aparelho de Amplificação Sonora Individual e/ou Implante Coclear são benefícios da tecnologia eletroacústica que podem auxiliar surdos com perdas menores a amplificar o som e ter acesso a um desenvolvimento linguístico oral. Oralismo – Contras: Nem todas as crianças desenvolvem a oralidade e, conforme apresentado na história da educação de surdos discorrida neste tema 1, o Oralismo proíbe o uso da língua de sinais. Essa proibição pode comprometer a criança surda em seu desenvolvimento escolar e linguístico. O surdo é visto como deficiente que precisa de tratamento, nunca é considerado uma pessoa normal, é sempre visto através do que lhe falta, torna-se dependente de aparelhos de amplificação sonora individual ou do implante coclear que não podem entrar em contato com a água (piscina, chuva, praia) o que o limita nesses espaços a estabelecer uma comunicação efetiva. Bilinguismo – A favor: a abordagem bilíngue privilegia ao aluno duas línguas, sendo, no caso do surdo brasileiro, a LIBRAS como primeira língua e a língua portuguesa como segunda língua, preferencialmente na modalidade escrita que por ser visual é mais acessível ao surdo. Isso o permite ao surdo adquirir a LIBRAS de forma natural através da modalidade visual-gestual, desenvolvendo-se linguisticamente e tendo acesso aos conteúdos pedagógicos através da LIBRAS e da escrita. O Bilinguismo não proíbe o surdo de aprender a língua oral e/ou escrita. Bilinguismo – Contra: O aluno depende da exposição e aprendizado da língua de sinais, visto que majoritariamente os familiares de crianças surdas desconhecem a LIBRAS. A criança surda depende de um intérprete de LIBRAS e/ou de um professor capacitado. E isso, infelizmente, ainda não ocorre em todos os espaços da sociedade, inclusive nos espaços escolares.
7-Resposta :No Egito, durante a Antiguidade, os egípcios também acreditavam nos surdos como “encantados”, quando conferiam um ar de misticismo aos surdos, pois acreditavam que por sua forma peculiar de se comunicar, eles eram capazes de transmitir mensagens dos Deuses ao Faraó. Esta pergunta é importante, pois demonstra que algumas representações em torno do surdo feitas por uma escritora de renome como Clarice Lispector reproduz um discurso de milênios a.C. Do mesmo modo, como vários discursos hoje são feitos em torno do surdo e da língua de sinais, pois tem sido perpetuado ao longo do tempo sem respaldo científico para tanto.
O Papel da LIBRAS na Formação da Cultura e Identidade Surda
Introdução 
• Na aula passada, você acompanhou a história da educação de surdos e conheceu, especialmente, a origem da língua de sinais, seus mitos e concepções. 
• Contudo, a língua de sinais está presente não apenas no contexto histórico da surdez, mas também na construção da identidade e cultura surda. 
• De acordo com Choi et al. (2011, p. 35), a língua de sinais representa três papéis principais para os surdos:
A Língua de Sinais como Identidade Social: o que É Identidade? 
• As pessoas podem se identificar com vários grupos, 
por nação, profissão, gênero, orientação sexual, religião,
partido político, entre outros. 
• O sentimento de pertencimento a um grupo
automaticamente gera a negação/oposição a outro.
O que É Identidade Surda?	
Do mesmo modo, os sujeitos surdos se 
identificam com a comunidade surda, ou seja,
 com pessoas que possuem a mesma experiência 
visual de mundo e que se comunicam através da língua de sinais.
Como se Constrói a Identidade Surda?
Identidade Surda: a Importância do Contato com Surdos Adultos 
Segundo a autobiografia da atriz e escritora surda Emmanuelle Laborit (1994, p. 49, apud CHOI et al., 2011, p. 27-8), ao encontrar um surdo adulto: “[...] compreendi imediatamente que não estava sozinha no mundo. Uma revelação imprevista. Um deslumbramento. Eu, que me acreditava única e destinada a morrer criança, como costumam imaginar que aconteceria às crianças surdas, acaba de descobrir que existia um futuro possível, já que Alfredo era adulto e surdo!”
Identidade Surda: a Identidade da Diferença 
De acordo com Choi et. al. (2011, p. 28), quanto mais convivem na comunidade surda, mais autoconfiantes e orgulhosos ficam os surdos, pois compreendem as diferenças entre as culturas e se percebem como diferentes, não mais como deficientes.
O Papel da Língua de Sinais como Meio de Interação Social 
Chamando a atenção de uma pessoa surda:
Não adianta gritar ou chamar pelo nome. 
Ou tocar no braço ou antebraço. 
Ou acenar com a mão. 
Ou pisar forte no chão. 
Ou bater na mesa. 
Ou acender e apagar a luz.
Ao interagir com o surdo: 
Não o toque pelas costas. 
Apresente-se em seu campo visual.
Não lhe dê as costas.
Olhe para o seu interlocutor.
O Papel da Língua de Sinais como Meio de Interação Social 
Em um diálogo em LIBRAS é comum: 
Confirmação do entendimento. 
Conversas diretas. 
Chegadas e partidas longas. 
Grandes rodas de conversas.
O Papel da Língua de Sinais como Meio de Interação Social 
Os sinais pessoais: 
• Apresentação: 
 Sinal, nome, surdo/ouvinte
 • Batizado do sinal: 
 Feito por surdos 
 Feito com base em uma característica física, uso de objetos ou comportamento constante 
 Permanente 
O Papel da Língua de Sinais como Meio de Interação Social 
• Pontos de encontro: 
• Associações, shoppings, terminais de ônibus ou metrô, entre outros
O Papel da Língua de Sinais como Depositária de Conhecimento Cultural
A cultura surda pode se manifestar de diversas maneiras: 
Em teatros (uso simultâneo de língua de sinais, mímicas e coreografia)
Em poesias e poemas (uso da repetição de sinais, de movimentos, de ritmo ou de qualquer um dos parâmetros linguísticos) 
Em histórias de surdos (passadas de geração em geração, recentemente publicadas em vídeos e livros) 
Em piadas (é comum satirizar a condição de ser surdo ou ser ouvinte e as relações e diferenças entre surdos e ouvintes) 
Em literatura infantil (por exemplo, “Cinderela Surda”, “Rapunzel Surda” e fábulas), bem como em clássicos, contos, romances, entre outros 
Algumas formas de adaptações culturais para o acesso das pessoas surdas aos recursos tecnológicos são: 
TTS – Terminal Telefônico para Surdos 
Campainhas luminosas 
Celulares: SMS e videoconferências em
Legenda oculta e outros tradutores 
Babá eletrônica luminosa 
Relógio de pulso e despertador vibratório
O Papel da LIBRAS na Formação da Cultura e Identidade Surda
Cadernos de Atividades
Questão 1 Leia os trechos a seguir: Todos os dias nascem surdos. Os surdos estão por toda parte. Mas, nós não os vemos. Eu cresci em meio a obrigações. A obrigação de falar, de me integrar, de me adaptar, eram obrigações sem fim. E quais eram meus direitos? Muito poucos. Queremos participar da sociedade, ser como os outros, mas não é assim. Por isso tentamos conquistar esse lugar em vão. Então ficamos juntos. E nos acusam de formar um gueto? O que vocês querem? O que têm a nospropor? Querem que vamos para outro planeta? É isso? Nós queremos viver juntos, e isso é possível. Então, por favor, aceite-nos tal como somos. Surdos
Questão 2 Leia o relato da atriz e escritora surda Emmanuelle Laborit: Não havia compreendido que eu era surda. Somente que existia uma diferença. Nunca havia visto surdos adultos, portanto, na minha cabeça, os surdos nunca cresciam. Iríamos morrer assim, pequenos. [...] Naquela idade, sentia-me pouco como uma estrangeira em minha própria família. Não tinha cumplicidade com alguém semelhante a mim. Não podia me identificar. (LABORIT, E. 1994, p. 52 apud SANTANA, A.P.; BERGAMO, A.; Educação e Sociedade, Campinas, v. 26, n. 91, ago. 2005. Disponível em: . Acesso em: 02 ago. 2014.) Com base no excerto acima e nos seus conhecimentos adquiridos durante o tema 2 é correto afirmar que: 
Devido à ausência de um modelo adulto surdo durante sua infância, Emmanuelle não havia constituído sua identidade surda. 
Por ter contato apenas com seus familiares ouvintes, Emmanuelle desenvolveu uma identidade ouvinte, e não se reconhecia como surda. 
Emmanuelle acreditava que sua deficiência auditiva poderia matá-la antes de chegar a idade adulta, por isso não se identificava com ninguém. 
Emmanuelle é surda e filha de pais surdos usuários da língua de sinais. 
Emmanuelle crítica a formação da identidade surda, pois não a conheceu em sua infância.
Questão 3 Segundo Choi et. al. (2011, p.34-5) “[...] a língua de sinais tem basicamente três papéis para os Surdos: ela é símbolo da ____________________; é um meio de ________________________ e é um depositário de ____________________________. Considerando seu aprendizado durante o tema 2, a alternativa que melhor completa as lacunas é: 
Comunidade surda; comunicação; linguagem. 
Cultura surda; expressão linguística; conhecimento de mundo.
Identidade surda; comunicação gestual; sentidos. 
Identidade social; interação social; conhecimento cultural. 
Deficiência auditiva; produção cultural; tecnologias.
Questão 4 Para iniciar uma comunicação em LIBRAS com uma pessoa surda, não basta dominar os sinais, é preciso estar sensível para as particularidades culturais presentes na comunidade surda. Nesse sentido, analise as afirmações abaixo: 
Para chamar a atenção da pessoa surda basta chamá-la pelo seu nome ou pelo seu sinal pessoal. 
 Para chamar a atenção da pessoa surda que estiver próxima, basta tocá-la no braço ou antebraço. 
Para chamar a atenção da pessoa surda que estiver distante, basta acenar com a mão em seu campo visual e/ou pisar fortemente no chão. 
Para chamar a atenção da pessoa surda que estiver próxima, basta tocar suas costas. Estão corretas somente as afirmações: 
I e II. 
II e III. 
III e IV. 
I, II e III. 
Todas as alternativas estão corretas.
Questão 5 Considerando as características de comportamento comunicativo das pessoas surdas que utilizam a LIBRAS, analise as alternativas abaixo e indique se são (V) Verdadeiras ou (F) Falsas:
( ) As interações em LIBRAS são marcadas por chegadas, partidas e conversas rápidas e diretas. 
( ) O olhar é imprescindível na interação com o surdo, por isso, virar as costas ou desviar o olhar pode ser considerado um insulto. 
( ) Em grandes rodas de conversa, os surdos respeitam o turno de cada interlocutor, sem entrecruzarem seus diálogos. 
( ) Durante uma apresentação, é identificado o sinal pessoal, depois é soletrado o nome e, em seguida, marcado se a pessoa é surda ou ouvinte. 
( ) Para garantir que a informação da conversa está acessível a todos, é comum os surdos sempre confirmarem se todos estão entendendo. 
V, V, F, V, F. 
F, F, V, V, F. 
V, F, F, F, V. 
F, V, V, F, F. 
F, V, F, V, V.
Questão 6 Leia o trecho a seguir: Para mim, a língua de sinais corresponde a minha voz, meus olhos são meus ouvidos. Sinceramente nada me falta. É a sociedade que me torna excepcional, que me torna dependente dos ouvintes: necessitando de que me traduzam uma conversa, de que peça ajuda para telefonar, impossibilitada de contatar um médico diretamente, dependente das legendas da televisão. Com um pouco mais de Minitel, um pouco mais de legendas, eu, nós, os surdos, poderemos facilmente ter acesso à cultura. Não haveria mais deficiência, bloqueio, fronteiras entre nós.
Com base no excerto acima é possível observar que em todas as cidades existem pontos de encontro para surdos. Justifique por quê os surdos criam tais pontos de encontro? 
Questão 9 Confira o site Escolas e Classes bilíngues para surdos já. Disponível em: . Acesso em: 02 ago. 2014. Recentemente, uma das manifestações da comunidade surda tem sido em favor da criação de escolas bilíngues para surdos, o que vai contra o atual paradigma educacional da inclusão escolar onde a criança surda é incluída junto com as crianças ouvintes no ensino regular. Ao refletir sobre a questão, responda: por qual razão a comunidade surda tem lutado por escolas bilíngues? 
Questão 10 A literatura surda pode se manifestar sob diferentes gêneros: poesia, histórias de surdos, piadas, literatura infantil, clássicos, fábulas, contos, romances, lendas, etc. Com base nessa informação, descreva em no máximo cinco linhas como se caracteriza o humor e os poemas na cultura surda.
GABARITO
Questão 1 Resposta: Essa questão é importante para que o aluno estabeleça a mesma relação entre a comunidade surda e outros grupos que se uniram, em decorrência de uma identidade em comum. Para a correção desta questão, analise a coerência da resposta do aluno, ou seja, se ele atende ao que foi solicitado Nessa resposta, o aluno poderá mencionar diversos grupos, segue alguns exemplos:
Os negros, que se uniram por questões culturais, étnicas e raciais e alcançaram, por exemplo, o fim da escravidão, a lei de cotas, entre outros.
As mulheres que se uniram pela identidade de gênero e alcançaram, por exemplo, a igualdade salarial e de carga horária de trabalho.
Os homossexuais que se uniram pela orientação sexual e tem conquistado vários direitos como a união estável, o casamento (em alguns países) etc.
Sindicatos de trabalhadores em geral: que se unem por melhores condições de trabalho, salários mais justos, carga horária adequada etc. Entre eles temos os metalúrgicos, os professores etc.
Questão 2 Resposta: Alternativa A.
Questão 3 Resposta: Alternativa D.
Questão 4 Resposta: Alternativa B.
Questão 5 Resposta: Alternativa E.
Questão 6 Resposta: A questão é importante para conscientizar o aluno que, na verdade, é a sociedade quem torna o surdo deficiente, por não se organizar para atender a diversidade. Ao conhecer as possibilidades de recursos tecnológicos existentes para as pessoas surdas, o aluno poderá compreender reivindicações das pessoas surdas como, por exemplo, a campanha pela legenda em filmes nacionais. Segue exemplo de recursos que poderão ser citados pelo aluno:
Campainhas luminosas.
Babás luminosas.
Relógio de pulso vibratório.
Despertador vibratório.
Telefone para surdos (TTS);
Celulares com tecnologia 3G e/ou SMS.
Aplicativos de tradução para internet.
Legenda Oculta (Closed Caption).
Além dos recursos descritos no livro texto, o aluno poderá encontrar outros recursos a partir de uma pesquisa pela internet ou outras fontes, tais como aplicativos para celulares (tradutores LIBRAS/língua portuguesa); despertadores olfativos; entre outros.
Questão 7 Resposta: A questão estimula a percepção do aluno para compreender que os sinais pessoais foram atribuídos realizando a referência às características “cabelo espetado” e “dentes grandes” que identificam, respectivamente, os personagens Cebolinha e Mônica. Essa reflexão é feita com base na explicação do capítulo 2 do Livro-Texto, em que consta que a referência dos sinais é dada a partir da aparência física da pessoa, uso constante de objetos, comportamento frequente ou atividades que a pessoa goste de fazer.
Questão 8 Resposta: A questão revela importância para o aluno, pois propicia o conhecimento sobre os pontos de encontro e sua importância na cultura surda.Espera-se que o aluno seja capaz de relembrar o conteúdo do tema 2 sobre cultura surda, ao responder que os surdos criam pontos de encontro para se expressarem livremente através da língua de sinais. Além disso, os pontos de encontro são essenciais para: 1) manter uma grande rede de contatos; 2) transmissão de conhecimentos culturais passados de geração para geração; 3) o desenvolvimento linguístico da LIBRAS; 4) o fortalecimento da identidade surda; 5) a união dos membros da comunidade surda para criarem novas manifestações culturais e também para reivindicarem seus direitos. 
Questão 9 Resposta: A questão é importante, pois através dela o aluno deve ser capaz de resgatar a importância da LIBRAS para a formação da identidade surda, principalmente, no caso de crianças surdas filhas de pais ouvintes, que crescem sem um modelo surdo e sem o contato com a língua de sinais. As escolas bilíngues propiciam exatamente este contato da criança surda com seus pares, com um modelo adulto surdo e com a língua de sinais, contemplando sua instrução escolar através de sua primeira língua. 
Questão 10 Resposta: Essa questão proporciona ao aprendiz da disciplina de LIBRAS refletir sobre a cultura surda e suas manifestações culturais, inclusive, realizando comparações entre a cultura ouvinte e surda. O aluno poderá descrever que o humor surdo, geralmente, faz referência à incompreensão da comunidade ouvinte acerca da cultura surda e viceversa. Segundo Choi (et. al., 2011, p.49) o humor surdo inclui histórias divertidas, piadas, cenas cômicas etc. As piadas satirizam a relação entre surdos e ouvintes, entre surdos e intérpretes de língua de sinais e com a condição de ser surdo (e não ouvir). Já os poemas são quase todos caracterizados pela repetição em diferentes níveis de linguagem (sincronismo rítmico dos sinais, parâmetros sublexicais dos sinais, os próprios sinais, a sintaxe das linhas ou no nível estrutural maior do poema, como estrofes). A repetição pode ocorrer em qualquer um dos parâmetros linguísticos (configuração de mão, localização, movimento, orientação e traços não manuais) ou de sinais que apresentem padrões semelhantes.
Aspectos Linguísticos da LIBRAS: Fonologia e Morfologia
Introdução 
Aprender sobre os aspectos linguísticos da LIBRAS permite compreender como essa língua se constituiu, da mesma forma como possibilita entender o seu funcionamento na prática.
Portanto, nesta aula você irá estudar: 
O processo de legitimação linguística da língua de sinais. 
Os parâmetros linguísticos que constituem a fonologia da língua de sinais. 
Os aspectos morfológicos da língua de sinais.
Como você viu nas aulas anteriores… 
Durante muito tempo as línguas de sinais não foram reconhecidas como línguas genuínas. 
Muitos educadores, defensores do método oral, advogavam contra o uso da língua de sinais na comunicação com surdos. 
A descrição dos aspectos linguísticos das línguas de sinais foi fundamental para a aceitação do bilinguismo.
Reconhecimento das Línguas de Sinais
Aspectos Linguísticos da LIBRAS
Em 1960, o linguista William Stokoe comprovou que a língua de sinais americana apresentava estrutura linguística equiparada às línguas orais. 
Na década de 1980, iniciaram os estudos linguísticos sobre a LIBRAS no Brasil.
Aspectos Fonológicos da LIBRAS
Parâmetros linguísticos: 
Configuração das Mãos (CM). 
Localização. 
Movimento. 
Orientação das palmas das mãos. 
Expressões faciais, movimento corporal e o olhar.
O Estudo Fonológico da LIBRAS 
• Cada parâmetro foi denominado por Stokoe de quirema. Segundo Capovilla (2013, p. 243) o quirema corresponde a unidade mínima das línguas de sinais, assim como o fonema corresponde a unidade mínima das línguas faladas oralmente. Desse modo, os estudos fonológicos da LIBRAS se concentram na organização de tais quiremas.
Movimento 
Desde o movimento interno das mãos ao movimento dos pulsos, movimentos direcionais no espaço e/ou outros conjuntos de movimentos. O movimento pode ser emitido em linhas retas, curvas, sinuosas ou circulares, e em várias posições e direções (CHOI et al., 2011, p. 64).
Traços Não Manuais: Expressão Facial, Movimento Corporal e Olhar
A expressão facial acompanha o contexto de alegria, tristeza, etc. 
A expressão facial marca a entonação da frase, indicando, por exemplo, afirmação, negação, interrogação ou exclamação. 
A expressão facial marca a intensidade, frequentemente associada à ideia de muito e pouco.
Você viu as semelhanças e diferenças entre as línguas orais e as línguas de sinais. 
• Na fonologia: a língua portuguesa tem fonemas e a LIBRAS tem os quiremas. 
• Na morfologia: enquanto na língua portuguesa é possível inserirmos sufixos e prefixos a uma raiz lexical, na LIBRAS são utilizadas outras formas de produzir sinais.
Aspectos Linguísticos da LIBRAS: Fonologia e Morfologia
Caderno de Atividades
Questão 1 Em 25 de abril de 2013, o site da R7 anunciou a notícia intitulada “Aplicativo faz tradução para linguagem de sinais”. Considerando seu aprendizado até aqui, simule a escrita de um e-mail para o R7 explicando por que é errado dizer “linguagem de sinais”. O e-mail deve ter no mínimo cinco linhas e no máximo 15 linhas
Questão 2 William Stokoe foi o primeiro linguista a reconhecer e comprovar a estrutura linguística da língua de sinais. Na década de 1960, Stokoe definiu três parâmetros linguísticos: a configuração de mão, a localização e o movimento. Estudos posteriores incluíram ainda ______________ e _________________. Analisando o enunciado acima, a alternativa que melhor completa as lacunas é:
As expressões faciais; os gestos.
A pantomima; a direção do olhar.
A orientação das palmas das mãos; os traços não manuais.
O ponto de articulação; os quiremas.
As expressões corporais; a mímica
Questão 3 Considerando seu aprendizado sobre os parâmetros linguísticos analise as alternativas a seguir e indique se são (V) Verdadeiras ou (F) Falsas:
( ) Uma mesma configuração de mão pode representar sinais de diferentes conceitos.
( ) O movimento do sinal pode ser realizado no espaço ou sobre o corpo, em linhas retas, curvas, sinuosas ou circulares.
( ) Os estudos de Stokoe não influenciaram a cultura e a identidade surda.
( ) Os sinais da LIBRAS para “TRABALHO” e “CERÂMICA” não possuem movimento.
( ) O sinal da LIBRAS para “TRABALHO” é feito com a configuração de mão em L.
V, V, F, F, V.
F, V, F, V, F.
V, F, V, F, V.
V, V, F, F, F.
V, F, V, V, F.
Questão 4 Relembre o conteúdo aprendido no tema 3 e responda: Qual alternativa corresponde a um sinal composto da LIBRAS.
LAVAR OS CABELOS.
NÃO-ENTENDER.
APRENDER.
DOIS MESES.
ESCOLA.
Questão 5 É comum ocorrer na LIBRAS a derivação de verbos em substantivos, e vice-versa. Considerando essa informação analise as asserções a seguir:
A derivação ocorre por meio da mudança nos movimentos dos sinais, mantendo a configuração de mão e localização.
A derivação ocorre por meio da mudança na orientação da palma da mão para fora.
A derivação ocorre a por meio de movimentos mais longos em verbos e mais curtos e repetidos em substantivos.
Os sinais “CADEIRA” e “SENTAR” são exemplos do processo de derivação supracitado.
Estão corretas somente as afirmações:
I, II e III.
II, III e IV.
I, III e IV.
III e IV.
Todas as alternativas estão corretas.
Questão 9 Na língua portuguesa, encontramos a presença de prefixos que nos auxiliam a indicar a negativa em palavras, tal como ocorre em “infeliz”, em que o prefixo “in” é anexado a raiz “feliz”. Em LIBRAS também é possível incorporar a negativa a um sinal? Explique como isso pode ser feito? 
Questão 10 Considerando o conteúdo aprendido durante o tema 3, reflita sobre as diferenças e semelhanças entre a língua portuguesa e a LIBRAS e indique pelo uma semelhança e uma diferença entre tais sistemas linguísticos.
GABARITO
Questão 1 Resposta: A questão apresenta relevância, pois problematiza a polêmica entre a expressão “linguagem de sinais” e “língua de sinais”, o que levará o aluno a descobrirporque “linguagem de sinais” não é um termo aceito. Todo usuário da LIBRAS, em algum momento será interpelado por pessoas leigas sobre essa questão “língua ou linguagem de sinais?”, a importância do e-mail argumentativo é preparar o aluno para advogar em prol da “língua de sinais”. Espera-se que o aluno tenha adquirido conhecimentos suficientes até aqui para saber discernir entre as duas expressões, justificando que as línguas de sinais são assim referidas, pois apresentam um conjunto de elementos linguísticos que as equiparam a qualquer língua oral.
Questão 2 Resposta: Alternativa C. 
Questão 3 Resposta: Alternativa D. 
Questão 4 Resposta: Alternativa E. 
Questão 5 Resposta: Alternativa B. 
Questão 6 Resposta: A questão exige que o aluno demonstre apropriação do conceito “espaço neutro”, do contrário deverá retomar a leitura atenta do capítulo 3 do livro texto e observar cuidadosamente os sinais realizados no espaço neutro. O aluno deve ser capaz de definir que espaço neutro se refere ao espaço de sinalização situado em frente do emissor, ele poderá complementar sua resposta informando que o espaço neutro é estabelecido do meio do corpo até a cabeça, conforme informação do glossário. Os sinais que o aluno poderá citar são: FAMÍLIA, FELIZ, PROFESSOR, BRINCAR, TRABALHAR, TRABALHO, CERÂMICA, VÍDEO, PARA A ESQUERDA, PARA A DIREITA, LINDO, LINDINHO, LINDÍSSIMO, FÁBRICA, ÁRVORE, PAPEL, AJUDAR, SENTAR, CADEIRA, ESCOLA, IGREJA, LAVAR PRATO, LAVAR ROUPA, UM MÊS, DOIS MESES, TRÊS MESES, UMA HORA, DUAS HORAS, TRÊS HORAS, QUERER, NÃO QUERER, NÃO TER, DIRIGIR, COMER, PAREER, EU PERGUNTO PARA VOCÊ, VOCÊ PERGUNTA PARA MIM, EU DOU PARA VOCÊ, VOCÊ DÁ PARA MIM, EU RESPONDO PARA VOCÊ, VOCÊ RESPONDE PARA MIM, IR, CHEGAR, POR, VOCÊ(S), ELE/ELA(S), NÓS, SEU(S), DELE/DELA(S), COPO, COPO CAIR, DUAS PESSOAS (ANDAM OU CAEM), OLHAR, AINDA, JÁ, VAI, CASA(S), CARRO(S), ONDE, QUANTOS, SHOPPING. 
Questão 7 Resposta: A questão problematiza a apropriação do conhecimento linguístico envolvendo os aspectos fonológicos da LIBRAS pelo aluno, fazendo com o que o aluno relembre o conteúdo abordado sobre os traços distintivos da LIBRAS. O problema espera que o aluno perceba que, na verdade Maria se confundiu ao dizer “SÁBADO”, em vez de “APRENDER”. Além disso, o aluno deve justificar que Maria se confundiu, pois o sinal de SÁBADO é feito com a mesma configuração de mão e movimento que o sinal de APRENDER. No entanto, a localização dos sinais é diferente, sendo “SÁBADO” feito na boca e “APRENDER” na testa. 
Questão 8 Resposta: A questão visa estimular o aluno a refletir sobre os aspectos morfológicos da LIBRAS, em especial, a incorporação de argumentos que ocorre em alguns sinais. Assim, para dizer que nasceu uma pessoa o sinal é feito com as mãos indicando o nascimento do ventre da mulher, enquanto nascer do sol é feito com o movimento das mãos simulando o surgir do sol. Nesse caso, basta que o aluno responda que os sinais de NASCER se ajustam ao objeto ou sujeito da frase devido a incorporação de argumentos, pois isso já implica que ele foi capaz de observar o ajuste do verbo. 
Questão 9 Resposta: A questão estimula o aluno a refletir sobre as semelhanças morfológicas entre a estrutura linguística da LIBRAS e da língua portuguesa. Nessa questão, o aluno deverá ser capaz de resgatar o conteúdo aprendido e explicar que a LIBRAS constitui um sistema linguístico capaz de incorporar a negativa ao próprio verbo, por meio de quatro formas: 1) alterando o sinal e direcionando a palma da mão para fora, como em “NÃO GOSTAR” e “NÃO QUERER”; 2) com a oscilação da cabeça e do sinal sem alterar a configuração do sinal, tal como acontece no sinal “NÃO TER”; 3) com o meneio da cabeça de um lado para o outro em movimento de negação, por exemplo, o sinal “NÃO ENTENDER”; e 4) com o acréscimo do movimento “NÃO” indicado com o dedo indicador.
Questão 10 Resposta: A questão é importante para avaliar a compreensão mais ampla do aluno sobre o conteúdo trabalhando no tema 3. O aluno deve ser capaz de compreender as aproximações e distanciamentos entre a língua portuguesa e a LIBRAS, para isso deve se observar se ele realiza com coerência a indicação de uma semelhança e uma diferença. Entre as semelhanças poderiam ser incluídas as seguintes respostas: 1) que ambas são sistemas linguísticos ou línguas; 2) que ambas são estruturadas de forma própria e independente; 3) que ambas são oficiais no Brasil etc. Como diferença, o aluno pode citar: 1) a modalidade de linguagem que se distingue, por exemplo, como a LIBRAS é visual-espacial e a língua portuguesa oral-auditiva; 2) que o nível fonológico da LIBRAS investiga os quiremas enquanto na língua portuguesa é focalizado os fonemas; 3) que o item lexical da LIBRAS é o sinal, enquanto na língua portuguesa é a palavra, e assim por diante.
Aspectos Linguísticos da LIBRAS: Categorias Gramaticais e Sintaxe
Introdução
• Nesta aula você irá estudar:
As categorias gramaticais da LIBRAS.
As flexões verbal e nominal na LIBRAS.
Os aspectos sintáticos da LIBRAS.
Os Verbos em LIBRAS 
Os verbos na LIBRAS estão divididos em três classes: simples, direcionais e espaciais.
Os verbos simples são também conhecidos como verbos sem concordância, enquanto os verbos direcionais e espaciais são considerados verbos com concordância
 
Classificadores em LIBRAS 
Os classificadores também são alçados como recurso das narrativas em LIBRAS. Conforme afirmam Choi et al. (2011, p. 91), é por meio dos classificadores que ocorre o jogo de papéis, ou seja, a mudança de personagens durante a narrativa. 
É possível realizar a troca de papéis através da variação na posição do corpo, na expressão facial, ou até no olhar.
 
Concluindo 
Em virtude da LIBRAS apresentar uma organização linguística distinta da língua portuguesa, os alunos surdos são influenciados pela gramática da LIBRAS durante seu processo de alfabetização e de letramento. Isso justifica a necessidade de professores bilíngues que desenvolvam a língua portuguesa como segunda língua para surdos, assim como a presença de intérpretes de LIBRAS nos vários contextos de escolarização.
Para encerrar, vamos praticar uma música em LIBRAS? 
A Casa, de Vinicius de Moraes 
Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada 
Ninguém podia entrar nela, não Porque na casa não tinha chão 
Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali 
Mas era feita com muito esmero Na rua dos bobos, número zero
Aspectos Linguísticos da LIBRAS: Categorias Gramaticais e Sintaxe
Caderno de Atividade
Questão 1 Em LIBRAS, é possível encontrar três classes verbais: verbos simples, verbos direcionais e verbos espaciais. Com base em seus conhecimentos adquiridos durante o tema 4, analise as afirmações abaixo:
O verbo “comer” é considerado um verbo simples.
Os verbos direcionais são verbos sem concordância
Os verbos direcionais flexionam em pessoa, número e aspecto.
Somente verbos espaciais apresentam afixos locativos.
Estão CORRETAS somente as afirmações:
I e II.
II e III.
II, III e IV.
I, II e III.
I, III e IV
Questão 2 Considerando seu aprendizado sobre os adjetivos da LIBRAS, assinale a alternativa correta.
Os adjetivos da LIBRAS são sempre realizados de forma neutra (sem marcação de gênero e número).
Os adjetivos da LIBRAS são sempre acompanhados do sinal referente ao gênero (HOMEM/MULHER).
Para marcar o plural nos adjetivos da LIBRAS é utilizada a repetição e a intensidade na expressão do sinal.
A LIBRAS não possui adjetivos entre suas categorias gramaticais.
Os adjetivos no singular são realizados com a configuração de mão em “P”.
Questão 3 Durante as narrativas em LIBRAS, a mudança de personagens pode ser caracterizada na mudança de papéis, determinada pela mudança _______________________, __________________________ e __________________.
Analise o enunciado acima e indique qual a alternativa melhor completa as lacuna.
Na configuração de mão; no movimento; na orientação das palmas dasmãos.
Na intensidade do sinal; na duração do sinal; na repetição do sinal.
Na flexão verbal; na flexão nominal; na categoria gramatical.
Na posição do corpo; na expressão facial; no olhar.
Nos aspectos fonológicos, morfológicos; sintáticos. 
Questão 8 Na comunidade surda, apontar para outra pessoa não é falta de educação, pois representa uma categoria gramatical. Identifique qual é esta categoria gramatical e como ela é utilizada?
Questão 9 É bastante comum que textos escritos por pessoas surdas menos oralizadas apresentem influência da LIBRAS, sua primeira língua. Por essa razão, a comunidade surda defende que a língua portuguesa deve ser ensinada aos alunos surdos como segunda língua, ou seja, partindo da sua primeira língua como meio de instrução. Desse modo, imagine que as duas frases abaixo foram escritas por dois surdos não oralizados, analise-as e justifique qual foi a influência da gramática da LIBRAS na sua escrita. 
João: Olá Maria, eu muito amor você.
Maria: João, eu falar sempre, namorado já ter.
Gabarito
Questão 1 Resposta: Alternativa E. 
Questão 2 Resposta: Alternativa A. 
Questão 3 Resposta: Alternativa D. 
Questão 4 Resposta: Alternativa C.
Questão 6 Resposta: A questão 6 analisa se o aluno compreendeu o funcionamento da flexão verbal na LIBRAS. Espera-se que o aluno seja capaz de responder que a marca de tempo na LIBRAS é determinada de forma diferente da estabelecida na língua portuguesa. Sendo assim, o tempo não é indicado na flexão do verbo e sim na inserção de advérbios de tempo que indicam se a ação está ocorrendo no presente (acrescentando sinais como “HOJE”, “AGORA” ou “AINDA”), se ocorreu no passado (acrescentando sinais como “ONTEM”, ANTEONTEM”, PASSADO” ou “JÁ”) ou se ocorrerá no futuro (acrescentando sinais como “AMANHÃ, SEMANA QUE VEM”, “FUTURO” ou “VAI”). Por essa razão, o sinal do verbo BEBER é sempre o mesmo independentemente do tempo da ação. 
Questão 7 Resposta: A questão incentiva o aluno a refletir sobre as diferentes formas de funcionamento das línguas, introduzindo a diferença entre o inglês e a língua portuguesa para, em seguida, provocá-lo a refletir sobre a diferença entre a língua portuguesa e a LIBRAS. Espera-se que o aluno descreva que a indicação do gênero feminino e masculino na LIBRAS é marcada pela inserção dos sinais “HOMEM” e “MULHER”, antecedendo o nome. O aluno poderá complementar sua resposta explicando que o sinal “MENINO” seria descrito como “HOMEM+CRIANÇA” e menina “MULHER+CRIANÇA” ou informando que basta acrescentar o sinal “HOMEM” ou “MULHER” antes do substantivo “MENIN@”. 
Questão 8 Resposta: A questão tem dupla importância, por aproximar o aluno da estrutura tópico-comentário que certamente será produzida pelos surdos, então o aluno deve aprendê-la para compreensão de enunciados em sinais. E, em seguida, para que o aluno possa se apropriar de tal estrutura para também produzir enunciados em LIBRAS a partir da ordem tópico comentário. Cabe ao aluno demonstrar conhecimento do conteúdo veiculado no tema 4 e indicar a ordem “SHOPPING VOCÊ VAI QUANDO?” (mais utilizada) ou ainda “SHOPPING QUANDO VOCÊ VAI?”(menos utilizada). Lembre-se de ressaltar a importância do tópico “SHOPPING” anteceder a frase, e das partículas interrogativas, tais como “COMO, PORQUE, QUANDO, QUANTO, O QUE, QUEM” serem sempre marcadas no final. 20 
Questão 9 Resposta: Esta questão resgata o conteúdo do tema 4 sobre categorias gramaticais, pois apontar para outro sujeito constitui o pronome pessoal no singular da LIBRAS. Na cultura ouvinte, apontar para outra pessoa pode ser considerado rude, contudo é importante que o aluno compreenda que na cultura surda isso é aceitável e exigido em determinados enunciados. Durante o uso dos pronomes pessoais no singular “EU”, “TU/VOCÊ”, “ELE/ELA” o sujeito sinalizador deve apontar para a pessoa do pronome em questão. O aluno que busque conhecimento extracurricular saberá ainda que para situações reservadas e a conversa se tratar de um segredo, os pronomes pessoais podem ser indicados com o olhar e um leve movimento da cabeça. Outra alternativa é apontar para o sujeito, mas posicionar a palma da outra mão na frente do dedo indicador, sem deixar a pessoa referida perceba que está sendo
Questão 10 Resposta: A questão incentiva o aluno a refletir nas diferenças linguísticas entre a LIBRAS e a língua portuguesa e a razão pela qual ele, possivelmente, poderá se deparar com uma escrita fora do padrão com o qual ele está acostumado. A influência da LIBRAS sobre a escrita é tema de diversos estudos, inclusive um deles foi sugerido neste tema 4. Espera-se que o aluno saiba identificar nas duas frases que o verbo se encontra no infinitivo, pois ele não sofre flexão verbal na LIBRAS. Isso pode fazer com que alguns surdos encontrem dificuldades para conjugar os verbos no tempo e pessoa adequados. Na frase “eu muito amor você”, é necessário considerar então que ficaria “eu amo muito você”. E, em “eu falar sempre” é possível observar a não flexão novamente do verbo “falar” que, em língua portuguesa seria “eu falo sempre”, do mesmo modo como “namorado já ter” deveria ser apresentado como “já tenho namorado”. Nesta última, encontramos ainda a influência da sintaxe da LIBRAS que insere o tópico “namorado” antes, e depois o comentário “já ter”.
Contextos Educacionais: Surdez e Inclusão
Introdução 
Você já aprendeu que o reconhecimento da Língua de Sinais tem grande significado para a comunidade surda, pois além de fortalecer sua cultura e identidade, se constitui como um marco histórico na luta pelos direitos humanos das pessoas surdas no país. 
Nesta aula você estudará:
Os documentos legais de reconhecimento da LIBRAS. 
A influência da oficialização da LIBRAS na inclusão escolar de pessoas surdas.
O contexto educacional inclusivo para alunos com surdez.
O Atual Paradigma da Inclusão 
Você já sabe que, atualmente, vivenciamos o paradigma da inclusão. 
Para chegar até aqui, outros paradigmas foram superados ao longo da história, tais como: 
A exclusão.
O assistencialismo. 
A integração. 
Inclusão: Principais Eventos em Âmbito Internacional
“Conferência Mundial sobre Educação para Todos”, em Jomtien (1990). • “Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade”, em Salamanca (1994).
“Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência”, na Guatemala (1999).
 Implicações no Brasil 
O Brasil é país signatário de documentos internacionais que aderiram ao novo paradigma da inclusão.
•Nesse sentido, alguns documentos legais foram promulgados para viabilizar a “Educação para Todos” no Brasil.
Documentos Legais: A LDB (Cap. V)
 • Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº 9.394/1996. 
Cap. V – Da Educação Especial 
Art. 58. Entende-se por educação especial [...] a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
 Documentos Legais: A LDB (Cap. V) 
Atendimento Educacional Especializado (AEE). 
Professores especialistas, educação especial para o trabalho, terminalidade específica e aceleração. 
Acesso ao currículo, métodos, técnicas e recursos pedagógicos específicos às características de aprendizagem do aluno (flexibilização, adequação, substituição). 
Documentos Legais: Lei nº 10.098/2000 
Formação e atuação do intérprete e tradutor de LIBRAS – língua portuguesa, para promover o acesso das pessoas surdas à informação
Documentos Legais: Lei nº 10.436/2002 
Reconhece a LIBRAS como sistema linguístico, de estrutura gramatical própria. 
Inclusão da disciplina de LIBRAS. 
LIBRAS como parte dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais).
Documentos Legais: Decreto nº 5.626/2005 
Reconhece a influência da LS e da cultura surda. 
O direito dos surdos a uma educação bilíngue, que considere a LIBRAS como L1 e a LP como L2.
Documentos Legais: Decreto nº 5.626/2005 
Disciplina deLIBRAS (obrigatória e optativa).
Formação do professor e instrutor de LIBRAS. 
Formação e atuação do intérprete e tradutor de LIBRAS. 
Documentos Legais: Plano Nacional de Educação (PNE) – Lei nº 13.005/2014 
Garantia de profissionais tradutores e intérpretes de LIBRAS para alunos surdos. 
Guias intérpretes para alunos surdoscegos.
Documentos Legais: Plano Nacional de Educação (PNE) – Lei nº 13.005/2014 
Educação bilíngue aos alunos surdos de 0 a 17 anos, em escolas e classes bilíngues (LIBRAS como L1) e em escolas inclusivas. 
Professores de LIBRAS (prioritariamente surdos) e professores bilíngues. 
Ampliar a produção de materiais didáticos em LIBRAS. A Influência do Reconhecimento da LIBRAS na Educação de Surdos • Alunos surdos têm conseguido acessar e permanecer no ensino regular. 
Surdos graduados, mestres e doutores são uma realidade no Brasil. 
Cursos como o Letras LIBRAS, Pedagogia Bilíngue e Prolibras consagram e valorizam a LIBRAS na educação de surdos.
Educação de Surdos: Contextos Educacionais (cf. SILVA; FAVORITO, 2009) Mon
Educação de Surdos: Contextos Educacionais 
Dentre os modelos apresentados, a comunidade surda deixa claro que a preferência reside nas escolas e classes bilíngues para surdos, onde há recursos didáticos e pedagógicos apropriados e profissionais preparados
Concluindo 
Enquanto sujeito bilíngue, o surdo tem o direito de ser ensinado e avaliado através da sua primeira língua, aprendendo a língua portuguesa como L2. 
Por essa razão, os surdos reivindicam escolas bilíngues. 
“As pessoas que ouvem acham que a surdez limita, que não podemos ter sucesso. De jeito algum. Olhe para mim. Eu sou surdo. Eu trabalho no mundo dos que ouvem, em Wall Street. Trabalho com computadores na Salomon Smith Barney. Eu enfrento o mundo dos que ouvem todo dia e sou assertivo a respeito. Eu sou bem sucedido. [...] Não me acho limitado. Eu não posso ouvir, mas é a minha única limitação, e não me prejudica. [...] Uma pessoa surda tem potencial para fazer tudo o que uma que ouve faz.” (SOM E FÚRIA. Direção de Josh Aronson. Estados Unidos, 2000)
Contextos Educacionais: Surdez e Inclusão 
Caderno de Atividade
1-Considerando seu aprendizado sobre o processo de inclusão escolar das crianças surdas e o atendimento educacional especializado (AEE), assinale a alternativa correta:
a) O AEE deve ser oferecido no contra turno do ensino regular.
b) O AEE substitui o ensino regular.
c) Os alunos com surdez não pertencem ao público-alvo do AEE.
d) O AEE deve ensinar a língua portuguesa, na modalidade oral, para os alunos surdos.
e) Somente os alunos oriundos de classe especial devem frequentar o AEE
2-É correto afirmar que são alunos público-alvo do Atendimento Educacional Especializado:
Os alunos com deficiência e aqueles com distúrbios de aprendizagem, tal como a dislexia e o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.
Os alunos trabalhadores, que vivem nas ruas ou marginalizados.
Os alunos de minorias linguísticas, étnica e/ou cultural.
Crianças com superdotação, de populações distantes e/ou nômades.
Os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e/ou superdotação.
3-O Brasil enquanto país signatário de documentos internacionais, por exemplo, _____________________________, _________ ________________________ e _________________________, se comprometeu em promover uma sociedade inclusiva, mais justa e democrática. Analise o enunciado acima e indique qual a alternativa que melhor completa as lacunas. 
A Lei Federal n. 10.098/2000, a Lei n. 10.436/2002, o Decreto n. 5.626/2005. 
A Lei Federal n. 10.098/2000, os Parâmetros Curriculares Nacionais, o Plano Nacional de Educação. 
A Declaração de Jontiem, a Declaração de Salamanca e a Convenção de Guatemala. 
A Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB); a Lei n. 10.436/2002. 
O Congresso Internacional de Milão, o Tratado de Havana, a Convenção de Viena.
4-Considerando seu aprendizado sobre as contribuições do Decreto n. 5.626, de 2005, analise as asserções a seguir e indique se são (V) Verdadeiras ou (F) Falsas: 
( ) O Decreto n. 5.626 prevê a formação e atuação do intérprete de LIBRAS. 
( ) O Decreto n. 5.626 prevê o atendimento educacional especializado a todas as crianças com deficiência, TGD e superdortação. 
( ) O Decreto n. 5.626 prevê a obrigatoriedade da disciplina de LIBRAS nos cursos de formação de professores e fonoaudiologia. 
( ) O Decreto n. 5.626 prevê que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. 
( ) O Decreto n. 5.626/2005 regulamenta a Lei n.10.436/2002. 
F, V, F, V, F. 
F, F, V, V, F. 
V, V, F, F, V. 
V, F, V, F, V. 
V, V, F, V, F.
5-Leia o trecho a seguir: “Para você ter uma ideia, só 374 surdos faziam faculdade no Brasil, no ano de 2000. Hoje [2012] só na licenciatura de Letras LIBRAS, da primeira turma de 2006 foram 1500 surdos universitários, e mais 600 da segunda turma de 2008. Universidades na Paraíba e em São Paulo já oferecem graduação em Letras LIBRAS. O Rio de Janeiro e Porto Alegre vão oferecer em breve também.” A partir da leitura do excerto acima, responda: O que promoveu o crescimento do índice de alunos surdos na Universidade de 2000 a 2012? Justifique.
6- Atualmente, os alunos com surdez conquistaram, a partir do princípio de equidade, a garantia de acesso e permanência ao ensino regular. Com base no conteúdo discorrido no tema 5 responda: quais são os contextos escolares em que o aluno surdo pode ser inserido hoje?
7- Apesar da inclusão ter propiciado grandes contribuições para a educação de surdos, as comunidades surdas ainda têm reivindicado o direito de decidir pela própria educação. Nesse sentido, é possível encontrar um intenso movimento em favor da criação de escolas e classes bilíngues para surdos. Justifique por que a comunidade de pessoas surdas prefere escolas bilíngues para surdos, ao invés do modelo de inclusão onde podem frequentar a mesma sala de aula e/ou escola em que as crianças ouvintes? 
8- Leia o trecho a seguir: “Maria tem 8 anos, está no 3o ano do ensino fundamental, não domina a LIBRAS e tampouco é oralizada. A escola de Maria informou que não irá contratar um intérprete de LIBRAS, pois a criança não conhece tal sistema linguístico, e este profissional não teria utilidade à Maria.” Considerando seu aprendizado sobre a oficialização da LIBRAS, qual medida a escola deve tomar? E qual o respaldo legal para alunos surdos como Maria nestes casos? 
9- Na reportagem “Sem intérprete, universitária surda é impedida de ir às aulas”, o direito ao intérprete de LIBRAS é ferido pela universidade particular que se recusa a contratar um intérprete de LIBRAS para a aluna surda que passou no curso de graduação em Biologia. Justifique por que a aluna surda tem direito ao intérprete?
GABARITO
Alternativa A
Alternativa E
Alternativa C
Alternativa D
Resposta: A questão suscita no aluno a reflexão sobre as contribuições dos documentos legais nacionais referidos no tema 5, para o avanço do desenvolvimento escolar de pessoas surdas. Para isso, o aluno deve demonstrar que compreende a razão do crescimento do índice de alunos surdos universitários após o ano 2000, ou seja, o aluno deverá responder que o aumento resultou da criação da oficialização da LIBRAS através da Lei n. 10.436/2002 e do Decreto n. 5.626/2005. Na justificativa o aluno deve demonstrar conhecimento do conteúdo dos documentos legais, informando que isso ocorreu, pois a Lei de LIBRAS e o Decreto reconheceram a LIBRAS como direito linguístico do surdo, além de instituírem normativas para regular a formação e atuação do intérprete de LIBRAS. Essas e outras medidas favorecem uma inclusão efetiva dos alunos surdos no ambiente escolar, não apenas para o seu acesso, mas para sua permanência na escola e universidades.
Resposta: A questão é importante para demonstrar se o aluno aprendeu sobre os vários contextos educacionais disponíveis para as pessoas surdas, afinal, a diferença no contexto educacional é determinante para a formaçãodo sujeito surdo.Assim, espera-se que o aluno relembre as autoras Silva e Favorito (2009), indicando que atualmente o aluno surdo pode se encontrar em diversos contextos, seja monolíngue (oralista) ou bilíngue (LIBRAS e língua portuguesa), apesar do primeiro ainda predominar no Brasil. Assim, os alunos surdos podem frequentar as salas de aulas regulares com ou sem a presença do intérprete, as classes especiais ou as salas de aulas inseridas em escolas para surdos. 
Resposta: A questão analisa se o aluno compreende a militância das pessoas surdas em prol da criação de escolas e classes bilíngues, uma luta que, muitas vezes, vai contra o modelo da inclusão defendido atualmente pelo governo federal e pelo Ministério da Saúde. Contudo, o próprio Decreto n. 5.626 reconhece a necessidade de um aprendizado diferenciado aos surdos, através da oferta de uma educação bilíngue.Assim, espera-se que o aluno relembre o conteúdo do tema 5 e responda que a comunidade surda prefere as escolas e classes bilíngues, pois nelas há recursos didáticos pedagógicos apropriados e profissionais preparados. Além disso, por se representarem enquanto um grupo minoritário social e linguístico, os surdos defendem que a convivência com seus pares e a educação por meio de sua língua natural é o melhor caminho.
Resposta: A questão problematiza uma situação real e bastante comum nas escolas. Familiares e profissionais se veem, muitas vezes, perdidos quando se deparam com alunos surdos que desconhecem a LIBRAS e a língua portuguesa, chegando às escolas, geralmente, com um sistema linguístico caseiro criado na interação entre os pais ouvintes e a criança surda. Neste caso, espera-se que o aluno responda que à medida que a escola deverá tomar é oferecer à Maria o aprendizado da LIBRAS. Sobre o amparo legal desta medida, o aluno deve relembrar o conteúdo do Tema 5, com relação a oficialização da LIBRAS, indicando que o Decreto n. 5.626 se destaca por incentivar a formação de professores surdos e ouvintes para atuarem no ensino bilíngue para surdos, considerando o aprendizado da LIBRAS como primeira língua. Durante o Tema 5, também foi informado que, entre outras orientações contidas no Decreto n. 5.626 ele prevê a formação de professores e instrutores surdos e ouvintes de LIBRAS e o uso e a difusão da LIBRAS e da língua portuguesa para acesso a educação. Nesse sentido, está prevista a participação de instrutores surdos e ouvintes de LIBRAS, bem como a difusão da LIBRAS no acesso a educação para crianças surdas, o que ampara legalmente Maria (e outros alunos surdos) ao aprendizado da LIBRAS.
Resposta: A questão 09 verifica se o aluno compreendeu que com a oficialização da LIBRAS, esta língua se tornou um direito dos surdos, o direito de serem educados por meio de um sistema linguístico que lhes é natural e acessível. Assim, diferente dos comentários que aparecem na página da reportagem mencionada, o aluno deve ter consciência de que não se trata de um privilégio das pessoas surdas ter um intérprete de LIBRAS, e sim um direito amparado legalmente, em consonância com os princípios de inclusão e equidade.
Contextos Educacionais: Surdez e Bilinguismo
Introdução
A educação bilíngue a partir de línguas de prestígio (inglês, alemão, etc.) é altamente incentivada pela sociedade. (Bilinguismo de Prestígio) 
Entretanto, essa não é a mesma realidade para o bilinguismo de minorias, que envolve, por exemplo, a LIBRAS. (Bilinguismo de Minorias)
Nesta aula você irá aprender sobre:
O bilinguismo na área da surdez. 
Metodologias de ensino de segunda língua e língua estrangeira. 
Dificuldades comuns aos aprendizes de LIBRAS.
Bilinguismo na Área da Surdez
Defesores da abordagem oralista sugerem que a aquisição da LIBRAS é prejudicial ao surdo. 
Linguistas confirmam que a condição bilíngue estimula o funcionamento cognitivo e as competências comunicativas do sujeito.
É essencial o contato do aluno surdo com pares surdos e com adultos surdos. 
O processo de alfabetização é diferenciado. 
Envolve não apenas uma tradução linguística, mas também cultural.
Bilinguismo na Área da Surdez: Sugestões e Possibilidades 
Favorecer todo recurso didático visual, como: 
Língua de sinais. 
Imagens, desenhos, ilustrações. 
Vídeos. 
Animações. 
Na matemática, adotar o uso de materiais concretos
Bilinguismo na Área da Surdez: LIBRAS e Língua Portuguesa
Bilinguismo na Área da Surdez: Conceitos de L1, L2, LE 
O universo linguístico do sujeito bilíngue não é equilibrado, nem apresenta domínio completo.
O que Podemos Aprender com o Bilinguismo de Prestígio? 
Há uma ampla literatura na área da aquisição de L2/LE. 
Até a década de 1980 o ensino de línguas estava relacionado ao código, à memorização de listas de palavras soltas. 
Inúmeros estudiosos da área da linguagem têm, recentemente, defendido que a abordagem comunicativa é a mais profícua.
Método Tradicional de Ensino de Línguas 
• Exercícios repetitivos, de memorização ou com grande ênfase na gramática compõem um modelo tradicional de ensino de línguas, ao qual a abordagem comunicativa se opõe. Método tradicional baseado em: 
Palavras soltas.
Sem contexto. 
Memorização, etc. 
A Abordagem Comunicativa de Ensino de Línguas 
• As estratégias do método comunicativo valorizam as situações discursivas, nas quais a língua é aprendida em funcionamento, a partir de: 
Contextualização. 
Diálogos. 
Textos simulados e/ou autênticos, etc.
Para Além da Metodologia de Ensino (CHOI et al., 2013) 
Além da metodologia, o curso de LIBRAS deve contemplar um panorama geral sobre: 
O percurso histórico das línguas de sinais na educação de surdos. 
Os aspectos culturais das comunidades surdas.
Os aspectos linguísticos da LIBRAS.
Qual o objetivo da inclusão da disciplina de LIBRAS? 
A inclusão da disciplina de LIBRAS não tem a pretensão de oferecer o domínio completo da língua. 
O intuito é motivar a continuidade dos estudos assim como o contato inicial com tal sistema linguístico e com a comunidade surda.
O Aprendizado da LIBRAS 
É necessário o contato com surdos fluentes, prática e continuidade nos estudos. 
As línguas de sinais se ampliam com o tempo e conforme as necessidades culturais e tecnológicas
 
Localidades: Vamos Praticar Libras?
Sujeito A: Olá, tudo bem?
Sujeito B: Oi, tudo bem? Eu sou amiga da sua mãe, meu sinal é XXX e meu nome é XXX.
Sujeito A: Legal, prazer em conhecer você. Você é surda ou ouvinte?
Sujeito B: Eu sou ouvinte.
Sujeito A: Legal. Quais os lugares que vocês gostam de passear?
Sujeito B: Eu gosto de ir na academia. Também gosto de shopping, teatro e cinema, e você?
Sujeito A: Eu gosto de parque de diversões e cinema.
Sujeito C: Legal. Então vamos no cinema agora junto conosco?
Sujeito A: Vamos.
Esportes: Vamos Praticar Libras?
Sujeito A: Olá, sexta-feira marcamos de jogar baralho, vamos?
Sujeito B: Nossa, desculpe, sexta-feira já combinei com minha família de ver na televisão a competição de basquete.
Sujeito A: Legal, você também gosta de basquete?
Sujeito B: Gosto um pouco, gosto mesmo de futebol, volei, natação, canoagem, ciclismo, tênis, e você?
Sujeito A: Gosto de basquete e de jogar dama, dado e xadrez.
Sujeito B: Legal, talvez combinamos de jogar basquete sábado.
Sujeito A: Ok, pode ser. Tchau.
Contextos Educacionais: Surdez e Bilinguismo 
Caderno de Atividades
Questão 1 É comum que durante o aprendizado de uma nova língua o novo usuário enfrente algumas dificuldades. Reflita sobre o seu processo de aprendizagem da LIBRAS, e indique pelo menos duas dificuldades que você encontrou. 
Questão 2 Leia o trecho a seguir: “Não permitimos em nossas sessões [de terapia de fala] o uso de sinais, de linguagem ou gestos. Acreditamos que quando a criança começa a usar sinais ela se torna preguiçosa para aprender a usar a sua voz e ler os lábios. [...] Agora se ele só usar sinais e não aprender a falar e ler os lábios, então quando crescer ele só poderá falar com os surdos. [...] Por isso não permitimos sinais e avisamos aospais para não permitirem em casa também nunca, nunca, nunca.” (Orientação da Terapeuta da fala para a mãe ouvinte que levava seu filho surdo para ser atendido). Fonte: MICHAELS, R. E seu nome é Jonas (And your name is Jonah). EUA, 1979. (Filme) Considerando seus conhecimentos adquiridos no tema 6 responda: A afirmação feita pela terapeuta da fala ao indicar que o desenvolvimento da LIBRAS tornará a criança preguiçosa para aprender a usar sua voz está correta? Justifique. 
Questão 3 Ser bilíngue em inglês, alemão, francês ou espanhol é o desejo da maioria das pessoas que almejam uma boa colocação no mercado de trabalho. Refletindo sobre a educação bilíngues LIBRAS e língua portuguesa, indique qual a diferença entre ser bilíngue em inglês, francês, alemão ou espanhol e ser bilíngue em LIBRAS e língua portuguesa.
Questão 4 Considerando seu aprendizado sobre a educação bilíngue na área da surdez, analise as asserções a seguir: 
Os surdos devem aprender a língua portuguesa como segunda língua, isso implica um processo de aprendizagem diferenciado dos ouvintes. 
A partir de uma abordagem bilíngue é comum realizar comparações entre o funcionamento das línguas envolvidas. 
Na abordagem bilíngue é imprescindível o contato da criança surda com adultos e crianças ouvintes, com os quais ela poderá se identificar. 
Os surdos educados em uma abordagem bilíngue entram em contato com a oralidade precocemente, desenvolvendo a língua portuguesa como sua primeira língua. Estão corretas somente as afirmações: 
I e II. 
II e III. 
III e IV. 
I e III. 
II e IV.
Questão 5 Maria está realizando um curso de LIBRAS, na última aula, a professora Joana ensinou o vocabulário para alimentos e meios de transportes. A professora Joana estava em pé, em frente à sala, separou uma lista de sinais, e enquanto sinalizava os alunos a observavam, alguns repetiam o sinal executado e no final da aula deveriam criar frases com tais sinais. É possível afirmar que o curso de Maria segue uma abordagem comunicativa? Justifique.
Questão 6 Carlos ingressou em um curso de LIBRAS, na primeira aula, o professor João contou uma piada da comunidade surda em LIBRAS, revelando aos alunos ouvintes um pouco da cultura surda. Na segunda aula, trouxe um convidado surdo para falar sobre identidade surda, que fez sua explicação através da LIBRAS. Com base em seus conhecimentos indique qual é a metodologia de ensino de línguas utilizada pelo professor João? Justifique sua resposta. 
Questão 7 Em concordância com Choi et. al. (2011, p. 113), além da metodologia de ensino, um bom curso de LIBRAS deve apresentar ao aluno ouvinte um panorama geral sobre: 1) o percurso histórico das línguas de sinais _____________________, 2) _____________ e 3) ____________________________. Analise o enunciado acima e indique qual a alternativa que melhor completa as lacunas.
Na oficialização da LIBRAS; a presença dos surdos no mercado de trabalho; as línguas de sinais caseiras. 
Na educação de surdos; os aspectos culturais das comunidades surdas; os aspectos linguísticos da LIBRAS. 
No paradigma da inclusão escolar; o atendimento educacional especializado; a presença do intérprete de LIBRAS em sala de aula. 
Na comunidade surda; o implante coclear; os aparelhos de amplificação sonora individual. 
No âmbito escolar; social; profissional.
Questão 8 Frequentemente, o aprendiz da LIBRAS poderá encontrar dificuldades na soletração do alfabeto manual. Dessa forma, analise as alternativas abaixo e indique quais letras do alfabeto manual geram confusão entre os alunos iniciantes da LIBRAS.
X - K - W.
P - B.
E - F.
T - D.
E - A - S.
Questão 9 Durante o aprendizado de uma nova língua é comum que o aluno se depare com algumas dificuldades. Considerando as dificuldades mais comuns aos aprendizes de LIBRAS, analise as alternativas abaixo e indique se são (V) Verdadeiras ou (F) Falsas:
( ) Uma dificuldade comum enfrentadas por aprendizes da LIBRAS está em realizar a soletração das letras com a palma voltada para o interlocutor.
( ) Uma dificuldade comum enfrentadas por aprendizes da LIBRAS está em realizar e observar expressões faciais e corporais.
( ) Uma dificuldade comum enfrentadas por aprendizes da LIBRAS se trata da confusão entre as letras S e Z.
( ) Uma dificuldade comum enfrentadas por aprendizes da LIBRAS é que seu uso prejudica o desenvolvimento da língua oral.
( ) Uma dificuldade comum enfrentadas por aprendizes da LIBRAS está em compreender que a LIBRAS é uma língua natural.
V, V, F, V, F.
F, V, F, V, F.
V, F, V, F, V.
V, V, F, F, F.
V, F, V, V, F.
Questão 10 Muitos aprendizes da LIBRAS se confundem ao produzir e compreender enunciados na sintaxe tópico-comentário, considerando esta dificuldade e seus aprendizados transcreva as frases a seguir para a sintaxe da LIBRAS tópico-comentário.
	Sintaxe da língua portuguesa 
	Sintaxe da LIBRAS
	1. Eu vou ao supermercado.
	1.
	2. Você tem carro?
	2.
	3. Onde é o zoológico?
	3.
Gabarito
Resposta: A questão incita o aluno a refletir sobre as próprias dificuldades enfrentadas durante o aprendizado da LIBRAS. Ao identificar suas dificuldades o aluno poderá focalizar seu estudo para superá-las. Como a questão envolve o conhecimento prévio do aluno, nada impede que ele indique que já sabia LIBRAS antes desta disciplina e, por isso, não encontrou nenhuma dificuldade aqui. Contudo ele também poderá indicar as dificuldades de sua experiência anterior. É necessário conferir nesta questão a coerência da resposta, ou seja, se o aluno atende a solicitação feita ou se sua resposta foge do assunto. O aluno não precisa indicar necessariamente as dificuldades mais comuns apresentadas na leitura obrigatória e no livro texto, pois se trata de uma questão de conhecimento prévio.
Resposta: A questão é importante, pois visa problematizar um discurso naturalizado no contexto da surdez, o de que a LIBRAS poderá atrapalhar o aprendizado do português. Esse conhecimento traz subsídios ao aluno para refutar tais afirmações que não possuem respaldo científico. Conforme exposto durante a leitura obrigatória do tema 6, a afirmação está incorreta. De acordo com a linguista Teresinha Maher (2007, p. 71) essa alegação é baseada em crenças infundadas, pois, na verdade, a literatura especializada desse campo de estudo aponta que a condição bilíngue do sujeito estimula muito mais seu funcionamento cognitivo e suas competências comunicativas.
Resposta: A questão suscita no aluno resgatar os conteúdos aprendidos no tema 6 e inserir o mesmo em um contexto prático, ou seja, na associação do conceito de bilinguismo atrelado ao bilinguismo de elite e ao bilinguismo de minorias. Nesse caso, espera-se que o aluno seja capaz de responder que a diferença consiste no prestígio que a sociedade atribui ao sujeito bilíngue em línguas como alemão, inglês, francês, espanhol e outras, ao passo que a língua de sinais ainda é vista como a língua dos “deficientes auditivos” e por essa razão é descaracterizada aos olhos da sociedade. O incentivo da sociedade ao bilinguismo de prestígio e ao bilinguismo de minorias também é uma diferença evidente que poderá ser citada pelo aluno. Além disso, aprender LIBRAS está, geralmente, associado à formação do cidadão para viver sociedade, enquanto aprender línguas de poder econômico e político dominante está associado à formação do profissional para o mercado de trabalho.
Alternativa A.
Resposta: A questão é importante, pois resgata os conteúdos abordados durante o tema 6, problematizando um cenário muito comum em cursos de LIBRAS que, majoritariamente, reproduzem uma cultura de ensino de línguas tradicional. Espera-se que o aluno seja capaz de reconhecer que o ensino baseado no vocabulário e em palavras soltas se refere a um ensino tradicional e não comunicativo. Conforme a abordagem tradicional os alunos são expostos a uma lista de palavras, oferecidas de forma solta e descontextualizada do seu uso para, posteriormente, inseri-las em frases e contextos discursivos.É válido lembrar que as estratégias do método comunicativo valorizam as situações discursivas em que a língua é aprendida em funcionamento. Exercícios repetitivos e memorização ou com grande ênfase na gramática compõe um modelo tradicional de ensino de línguas, ao qual a abordagem comunicativa se opõe.
Resposta: A questão é relevante, pois expõe o aluno à descrição de um contexto de ensino de línguas comunicativo. Espera se que o aluno perceba como exemplo das questões 5 e 6, a aplicação das metodologias tradicional e comunicativa. No caso, ele deve responder que as aulas descritas na questão 6 revelam uma abordagem comunicativa de ensino de línguas, pois privilegiaram dois contextos de língua em uso, ou seja, em que as estratégias são mais próximas da realidade do funcionamento da língua. Ao convidar um surdo para a aula, os alunos ouvintes tem a oportunidade de ver a LIBRAS em discurso, em uma situação comunicativa real e não em um conjunto de palavras soltas sem sentido construído. É válido lembrar que as estratégias do método comunicativo valorizam as situações discursivas em que a língua é aprendida em funcionamento. Exercícios repetitivos e memorização ou com grande ênfase na gramática compõe um modelo tradicional de ensino de línguas, ao qual a abordagem comunicativa se opõe
Alternativa B.
Alternativa E.
Alternativa D.
1. SUPERMERCADO EU IR 2. CARRO VOCÊ TER? 3. ZOOLÓGICO ONDE?