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DEFLAÇÃO DE SÉRIE TEMPORAL

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DEFLAÇÃO DE UMA SÉRIE TEMPORAL 
 
 
As variações de preço, causadas por inflação ou deflação, podem obscurecer as 
variações de quantidade. Isso significa que às vezes o que parece ser um crescimento de 
vendas, ou aumento na participação no mercado (por apresentar maior faturamento) 
deve se mais a flutuações de preços, ou desvalorizações cambiais, do que realmente a 
acréscimos nas quantidades vendidas. Este problema torna se mais grave se 
examinamos longas séries temporais, incluindo vários anos (considerando, no caso do 
Brasil, as grandes mudanças estruturais que a economia sofreu, o problema torna se 
ainda mais sério). É preciso fazer a deflação da série temporal. Em outras palavras, 
remover o efeito da inflação nos valores da série temporal. Devemos procurar um 
número índice apropriado para isso: 
 
-se for uma empresa que vende diretamente ao consumidor final, no varejo, utilizar 
como deflator um índice de preços ao consumidor (como o IPC-A do IBGE, o IPC da 
FIPE, etc.); 
- se a empresa vender bens de capital, ou realizar vendas no atacado, devemos utilizar 
um índice que retrate as flutuações de tal mercado (como o IGP-M da Fundação Getúlio 
Vargas, do qual 60% 
deve; 
- se ao Índice de Preços por Atacado, calculado pela mesma instituição); 
- se a empresa exporta, seria interessante incluir também a flutuação da taxa de câmbio 
do país (ou países de destino). É importante ressaltar que é preciso ter os números 
índices de base fixa. Se apenas os relativos de ligação forem disponíveis é necessário 
aplicar o procedimento visto na seção 5.1.2 para obter os números índices de base fixa. 
Independente do deflator (índice) escolhido o procedimento é similar: 
 
Valor deflacionado = (valor original/índice) x 100 
 
 
 
ANO VALORES (R$) IPCf Série Deflacionaria 
2000 20.713,20 100 (20713,20/100) x 100 = 20713,2 
2001 21.893,70 103,8 (21893,70/103,8) x 100 = 21092,19 
2002 22.868,90 107,3 (22.868,90/107,3) x 100 = 21313,04 
2003 23.724,60 109,1 (23.724,60/109,1) x 100 = 21745,73 
2004 24.709,33 113,9 (24.709,33/113,9) x 100 = 21693,88 
2005 25.991,56 118,2 (25.991,56/118,2) x 100 = 21989,47 
2006 27.889,47 125 (27.889,47/125) x 100 = 22311,57 
2007 30.390,33 131,1 (30.390,33/131,1) x 100 = 23181,02 
2008 31.729,24 136,6 (31.729,24/136,6) x 100 = 23227,84 
2009 31.925,32 140,8 (31.925,32/140,8) x 100 = 22674,23 
2010 32.512,54 144,5 (32.512,54/144,5) x 100 = 22500,02 
2011 34.128,72 148,2 (34.128,72/148,2) x 100 = 23028,82 
2012 35.412,23 152,4 (35.412,23/152,4) x 100 = 23236,37 
2013 36.933,42 157,2 (36.933,42/157,2) x 100 = 23494,54 
Percebemos claramente que os valores após a deflação estão substancialmente abaixo 
dos valores originais, indicando que o aumento nos gastos anuais com alimentação não 
foi muito grande. Na comparação com o índice da FIPE percebe se que não houve uma 
inflação considerável no período. 
 
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150000
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