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Câncer de Mama e do Câncer de Colo Uterino Ações de prevenção e controle SÃO LUÍS 2016 Profª Sílvia Helena C. de A. Carvalho O QUE É O CANCER? CANCER DE MAMA FONTE:http://www.gruporosaeamor.org.br FATORES DE RISCO Acomete mais as mulheres com idade maior do que 40 anos Hormonais (menacme prolongada) História familiar de câncer de mama Mãe, irmã ou filha que tiveram câncer de mama antes dos 50 anos (ou câncer de ovário) Fatores ambientais Dieta rica em gordura Ingestão de álcool DETECÇÃO PRECOCE Toda mulher entre 50-69 anos de idade deve também fazer uma mamografia anualmente (ou no máximo a cada 2 anos) Nos casos de história familiar o exame anual deve ser iniciado aos 35 anos de idade Lei 11.664, de 2008: Toda mulher tem direito à mamografia a partir dos 40 anos DIAGNÓSTICO • Diagnóstico Clínico • Auto-exame • Exame físico • Inspeção • Palpação dos linfonodos • Palpação da mama • Expressão EXAME CLINICO DAS MAMAS Vídeo Auto exame das mamas Fase 1: Inspeção Fique de frente para o espelho com os braços ao longo do corpo. Olhe para suas mamas e procure por caroços, depressões ou outras aparências anormais. Repita o procedimento com os braços elevados acima da cabeça. Fase 2: Palpação Com as mãos nos quadris faça contração dos músculos peitorais e procure alterações. Examine suas mamas quando estiver no banho usando o mesmo procedimento que na posição deitada. A palpação deverá ser realizada com movimentos suaves para não causar dor. Fase 1: Inspeção MASSA PALPÁVEL? Os seguintes aspectos devem ser avaliados: Localização: determinar o quadrante. Consistência: edematosa, firme, endurecida e macia. Tamanho: o diâmetro, comprimento e largura. Quanto a dor: sensível e insensível Textura: uniforme, nodular, granular. Fase 3: Expressão do mamilo Esprema o mamilo para observar se há saída de alguma secreção. Classificação: Serosa: liquido claro Serossanguinolenta: liquido aquoso rosado. Purulenta: liquido espesso amarelado. BIOPSIA Cirurgia -Quadrantectomia: < 3 cm -Mastectomia: > 3 cm. Acometimento de pele -Dissecção axilar: sentinela/completa Tratamento Complementar Quimioterapia Radioterapia CÂNCER DE COLO UTERINO ANATOMIA E HISTOLOGIA UTERINA: Endocérvice: revestida pelo epitélio colunar simples (camada única de células cilíndricas produtoras de muco); Ectocérvice: revertida pelo epitélio escamoso e estratificado (tecido de várias camadas de células planas); Junção escamocolunar (JEC): linha entre os dois epitélios. Dentro ou fora do canal cervical. Zona de transformação: 90% das lesões cancerosas do colo do útero. FATORES DE RISCO Infecção persistente pelo vírus HPV é o maior fator de risco (quase 100% dos casos!) – Doença sexualmente transmissível Relações sexuais desprotegidas Diversidade de parceiros Início precoce da atividade sexual Presença de outras DST’s (também no parceiro) Tabagismo aumenta a chance de câncer do colo uterino! MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO CANCER Crescimento lento e silencioso; Fase pré-clínica: sem sintomas, com transformações intra-epiteliais progressivas importantes (detecção de lesões PCCU). Estágio invasor:. Principais sintomas são sangramento vaginal, corrimento e dor. Idade média da incidência máxima de lesões Detecção Precoce/Rastreamento • Oferecer rastreamento organizado para as mulheres de 25 a 60 (PCCU). • Mulheres com vida sexual ativa, independente da faixa etária, devem realizar o teste • A periodicidade será a cada três anos, após dois exames normais consecutivos com intervalo de 1 ano. • Mulheres em grupos de risco (mulheres infectadas pelo HIV ou imunodeprimidas) devem realizar o rastreamento anualmente. • Mulheres histerectomizadas por outras razões que não o câncer do colo do útero, não devem ser incluídas no rastreamento. Recomendações prévias para a coleta do exame preventivo do colo de útero Não utilizar duchas ou medicamentos vaginais ou exames intravaginais, como por exemplo a ultrassonografia, durante 48 horas antes da coleta; Evitar relações sexuais durante 48 horas antes da coleta; Anticoncepcionais locais, espermicidas, nas 48 horas anteriores ao exame. O exame não deve ser feito no período menstrual. Material para a realização do exame do colo de útero Mesa ginecológica; Escada de dois degraus; Mesa auxiliar; Foco de luz com cabo flexível; Biombo ou local reservado para troca de roupa; Cesto de lixo; Espaço físico adequado. Material para a realização do exame do colo de útero Espéculo de tamanhos variados - pequeno, médio, grande e para virgem - preferencialmente descartáveis; Balde com solução desincrostante em caso de instrumental não descartável; Lâminas de vidro com extremidade fosca; Espátula de Ayre; Escova endocervical; Par de luvas para procedimento; Pinça de Cherron; MATERIAL PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME DO COLO DE ÚTERO Solução fixadora, álcool a 96% ou Polietilenoglicol líquido ou Spray de Polietilenoglicol; Gaze; Recipiente para acondicionamento das lâminas; Formulários de requisição do exame citopatológico; Fita adesiva de papel para a identificação dos frascos; Lápis grafite ou preto nº2; Avental/ camisola para a mulher; Lençóis; PROCEDIMENTOS PARA A COLETA Realizar acolhimento; Organizar e checar todo o material; Preparar a lâmina; Realizar anamnese prévia; Solicitar que a mulher esvazie a bexiga e troque de roupa; Lavar e secar as mãos (antes e depois); Colocar a mulher em posição ginecológica; Cubra-a com lençol; Posicione o foco de luz; Calçar luvas de procedimento; Examinar órgãos genitais externos; PROCEDIMENTOS PARA A COLETA Colocar o espéculo: Escolher tamanho de acordo com as características perineais e vaginais da mulher- pequeno, médio ou grande. Não usar lubrificante, exceto em vaginas extremamente ressecadas. O espéculo deve ser introduzido suavemente, em posição vertical e ligeiramente inclinado; Iniciada a introdução faça uma rotação deixando em posição transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique na posição horizontal; Após introduzido totalmente na vagina, abra-o lentamente e com delicadeza; PROCEDIMENTOS PARA A COLETA Na ectocérvice: Espátula de Ayre, do lado que apresenta reentrância; Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo, apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem na mucosa ectocevical em movimento rotativo de 360º em torno de todo o orifício cervical. Estenda o material de maneira uniforme, dispondo-o no sentido transversal, na metade superior da lâmina, próximo da região fosca. Procedimentos para a coleta Na endocérvice: Utiliza-se a escova endocervical; Recolher o material introduzindo a escova endocervical e fazer um movimento giratório de 360 graus, percorrendo todo o contorno do orifício cervical; Colocar o material retirado da endocérvicena metade inferior da lâmina, no sentido longitudinal; Fixar imediatamente. CONCLUSÃO DO PROCEDIMENTO: Fechar o espéculo, evitando beliscar a mulher; Retirar delicadamente inclinando levemente para cima, observando as paredes vaginais; Retirar as luvas; Auxiliar a mulher a descer da mesa; Solicitar que ela troque de roupa; Informar sobre a possibilidade de um pequeno sangramento que poderá ocorrer depois da coleta; Enfatizar a importância do retorno para o resultado e se possível agendar conforme rotina; Identificar o frasco porta-lâmina e encaminhar o material juntamente com o formulário preenchido. RESULTADOS Amostra satisfatória ou insatisfatória (coleta, fixação, laboratório); Alterações celulares benignas: inflamação, reparação, atrofia, etc. Atipias em células escamosas: Lesão intra-epitelial de baixo grau: HPV e NIC I; Lesão intra-epitelial de alto grau: NIC II e III; Carcinoma epidermóide invasor. Atipias em células glandulares: Adenocarcinoma invasor. Microbiologia: cocos, bacilos, candida sp, etc. NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL OU DISPLASIA DO COLO As alterações iniciam-se nas camadas profundas do epitélio (células basais) e progridem às camadas superficiais. Núcleos com variação de tamanho e cromatina densa. Núcleos ovalados e citoplasma escasso. Atipias nucleares e mitose em qualquer altura do epitélio. Perda da arquitetura normal do epitélio. NIC I: displasia no 1:3 inferior do epitélio. NIC II: displasia nos 2:3 profundos do epitélio. NIC III: displasia em toda a espessura do epitélio (in situ) ATRIBUIÇÕES DOS DIFERENTES NÍVEIS DE AÇÃO OBRIGADA
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