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Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Parte 4 – Antenas Filamentares 1 Prof. Cláudio Garcia Batista Departamento das Engenharias de Telecomunicações e Mecatrônica (DETEM) Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) Campus Alto Paraopeba - Ouro Branco/MG Antenas - Prof. Cláudio Garcia Parte 4 – Antenas Filamentares • Introdução • Dipolo finito • Dipolo curto • Dipolo dobrado • Loop circular de raio pequeno (corrente constante) 2 • Loop circular de raio pequeno (corrente constante) • Loop circular de raio qualquer (corrente constante) • Antenas filamentares sobre planos condutores Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: introdução • As antenas filamentares, lineares ou curvas, são simples, de fabricação de baixo custo e bastante versáteis. Utilizadas em muitas aplicações em telecomunicações • Historicamente, são as primeiras antenas empregadas para transmissão e recepção de sinais. 3 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Geometria considerada para dipolos finitos: Antenas Filamentares: dipolo finito la <<2 raio do condutor=a Comprimento do fio/estrutura=l 4 • Para , pode-se considerar que a corrente no dipolo só possui componente z. A componente é cancelada por outra diametralmente oposta. a2 λ<<a2 J r φJ zJJ z ˆ≈ r USER Realce Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A antena é alimentada em z = 0 (centro da antena), por uma corrente senoidal Iin: z ~ Iin 2 l zJ J = 2 0 kl senII in λ π2 =k Antenas Filamentares: dipolo finito 5 • Assume-se que distribuição de corrente na antena também será senoidal, com nulos nas extremidades do dipolo e variação dependente de e . Assim: 2 l − zJλ =k λ zz l ksenIJ z ˆ 2 0 ′−= l Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Distribuições de corrente para diferentes comprimentos do dipolo: λ =l λ λ << l Antenas Filamentares: dipolo finito 6 2 =l λ λ << l 2 2 3λ λ << l Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Vamos encontrar as expressões de campo distante para E e H. Lembrando das expressões para calcular os campos a partir dos potenciais vetores (veja Parte 2): ( ) ( )φηωθηω θφφθ ˆFAjFAjE −−+−≈ )r ErH rr ×≈ ˆ 1 η (1) (2) Antenas Filamentares: dipolo finito 7 • Nesse caso, só existe corrente elétrica → F = 0. ( )φθω φθ ˆAAjE +−≈ )r • e o potencial vetor magnético: lderI r e rA l rrjk e jkr ′′= ∫ ′ •′ − ˆ )( 4 )( rrr π µ Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Para o dipolo: zz l ksenIIe ˆ 2 0 ′−= r ( ) θcosˆˆˆˆˆ 222222 z r zz zyx zz zyx zzyyxx zzrr ′= ′ = ++ ′ = ++ ++ •′=•′ r Antenas Filamentares: dipolo finito 8 • Logo: (3)zzdez l ksen r eI rA l l zjk jkr ˆ 24 )( 2 2 cos0 ′ ′−= ∫ − ′ − θ π µr Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A integral é dividida conforme: ∫ ∫∫ − ′ ′ − ′ ′++ ′−=′ ′−= 0 2 cos 2 0 cos 2 2 cos 2 22 l zjk l zjk l l zjk ez l ksen ez l ksenzdez l ksenC θ θθ Antenas Filamentares: dipolo finito 9 • e a solução geral é dada por: 2 ( ) ( ) ( )[ ]γββγβα βα γβ α α +−+ + =+∫ xxsen e dxexsen x x cos 22 ( ) ( ) θ θ θ 2 2 2 cos 2 coscos 2 cos 2 2 ksen klkl zdez l ksenC l l zjk − =′ ′−= ∫ − ′ • Assim, pode-se chegar a: Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Finalmente, para o campo elétrico: ( ) ( ) z sen klkl r e k I ArA jkr z ˆ2 coscos 2 cos 2 )( 2 0 − == − θ θ π µrr ( ) ( )θη ˆ2coscos2cos −− klkleIj jkrr Antenas Filamentares: dipolo finito 10 (5) ( ) ( ) θ θ θ π η ˆ2 coscos 2 cos 2 0 − = − sen klkl r eIj E jkrr • e campo magnético: ( ) ( ) φ θ θ π ˆ2 coscos 2 cos 2 0 − = − sen klkl r ejI H jkrr (4) Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Vamos agora calcular Prad e Wrad para encontrar a diretividade do dipolo finito. ( ) ( ) + −= )(2 2 1 24 2 0 klSklSklsen I P iirad π η ∫ ∫= π π φθθ η 2 0 0 2 2 1 ddsenrEPrad r Antenas Filamentares: dipolo finito 11 [ ] −+ )2()cos( 2 1 )cos(1)( klCklklklC inin ( ) dt t tsen xS x i ∫= 0 )( ( ) dt t t xC x i ∫ ∞ −= )cos( ( ) )()ln(5772,0 xCxxC iin −+= • onde: (seno integral) (coseno integral) Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A densidade de potência radiada é dada por: ( ) ( ) 2 22 2 0 2 2 coscos 2 cos 82 − == θ θ π η η sen klkl r IE Wrad r • e a diretividade do dipolo finito: Antenas Filamentares: dipolo finito 12 • e a diretividade do dipolo finito: ( ) ( ) 22 0 2 coscos 2 cos 2 ),( − = θ θ π η φθ sen klkl P I D rad Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Exemplo: dipolo de meia-onda. 2 λ =l Antenas Filamentares: dipolo finito )2( 8 2 0 π π η inrad C I P = ( ) θ π η θ θπ π η 3 22 2 0 2 22 2 0 8 cos 2 cos 8 sen r I senr I Wrad ≈ = 435,2 13 ( ) 2cos 2 cos 64,1),( = θ θπ φθ sen D Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Exemplo: dipolo de meia-onda. 2 λ =l Antenas Filamentares: dipolo finito ( )dBiD 15,264,10 = 078=HPBW 14 Diagrama vertical Diagrama horizontal Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Diagramas de radiação: Antenas Filamentares: dipolo finito 15 Ramos. L.G – Notas de aulas do curso de Antenas – DETEM, UFSJ, 2014. 078=HPBW 08,47=HPBW Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Diagramas de radiação: Antenas Filamentares: dipolo finito 16Ramos. L.G – Notas de aulas do curso de Antenas – DETEM, UFSJ, 2014. Antenas - Prof. Cláudio Garcia ( ) 2 22 22 0 2 klsenI P I P R rad in rad r == • A resistência de radiação Rr é dada por (observe que z = 0 ): Antenas Filamentares: dipolo finito • e a impedância de entrada Xin pode ser calculada por algum método numérico ou assintótico. Rr Xin 17 • Veja que se o dipolo não apresentar perdas (R l =0) → R r =R in . Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Observando os resultados exibidos, quando o comprimento da antena é múltiplo de , a resistência de entrada é infinita. • Na prática tal fato não acontece (mas a resistência assume altos valores). Nessa formulação, assumimos distribuição de corrente exatamente senoidal e não consideramos a distância de separação (gap) entre os dois elementos do dipolo. • Exemplo: dipolo de meia-onda (sem perdas): Antenas Filamentares: dipolo finito λ 18 5,42 73 ≈ ≈ in in X R Ω Ω 5,4273 jZ in +≈ Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Um caso especial de dipolos finitos é o dipolo curto (não é o dipolo infinitesimal). • Para antenas com comprimento entre a distribuição de correnteno dipolo é assumida triangular: Antenas Filamentares: dipolo curto 1050 λλ ≤< l zz l IJ z ˆ 2 10 ′−= 19 zz l IJ z ˆ10 ′−= • Para o dipolo curto: θθ π η ˆ 4 0 sen r elkIj E jkr− = r φθ π ˆ 4 0 sen r eljkI H jkr− = r Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Assim: Antenas Filamentares: dipolo curto • e sua diretividade: 2 0 8 = r lsenI Wrad λ θη 3 2 0 3 = λ πη lI Prad 2 3 = λ πη l Rr 20 θφθ 2 2 3 ),( senD = (mesma diretividade do dipolo infinitesimal) ( )dBiD 76,15,10 = • Pode-se mostrar que: ( )kl a l X in tan 1ln π η − −≈ raio do condutor=a Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: dipolo curto Dipolo de meia-onda ( )dBiD 15,264,10 =0,5 1,0 1,5 2 0 30 60 30 60 21 Dipolo curto (igual ao infinitesimal) ( )dBiD 15,264,10 = ( )dBiD 76,15,10 = 90 120 150 180 90 120 150 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • O dipolo dobrado (folded dipole) possui diagrama de radiação semelhante ao dipolo tradicional, mas com impedância de entrada diferente. • Usualmente é utilizado em linhas de transmissão de 300 Ω. Antenas Filamentares: dipolo dobrado a << λ2 22• A distância de separação s é escolhida como s < 0,05λ. ls a << << λ2 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A análise da impedância é realizada por um circuito equivalente (sobreposição de dois circuitos): Antenas Filamentares: dipolo dobrado inI 23 Modo da antena (irradia) Modo da L.T. (não irradia) • Observe que o dipolo é alimentado por uma tensão V e corrente de entrada . No circuito equivalente: 2 a tin I II += inI Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Modo da Linha de transmissão: a impedância é dada por: Antenas Filamentares: dipolo dobrado • e Z0 é a impedância característica de uma linha de transmissão de dois fios, que para é tZ = 2 tan0 l kjZZ t as >> 2 l 24 aproximada por: == 2 tanlog733,02 1 2 kl a s j V Z V I t t η tZ = a s Z log733,00 η • A corrente It é então dada por: Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Modo da antena: as fontes são “conectadas” e formam um dipolo: a impedância é a mesma de um dipolo de comprimento . Antenas Filamentares: dipolo dobrado ~V dZ l l =ea raio equivalente 25 dZ • A corrente é então dada por: d a d a Z VI Z V I 422 =→= 2 aI ea2 asae = Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A corrente do dipolo dobrado original: Antenas Filamentares: dipolo dobrado • e sua impedância de entrada: dt td dt a tin ZZ ZZV Z V Z VI II 4 )2( 422 + =+=+= td dt in in ZZ ZZ I V Z + == 2 4 26 tdin ZZI +2 • Logo, a impedância de entrada do dipolo dobrado é função da impedância do dipolo tradicional e dos valores de e . • Mostra-se que no caso de dipolo dobrado com comprimento : as, l 2 λ=l 170292 )5,4273(44 jZ jZZ in din += +=≈ • ou seja, quatro vezes o valor da impedância do dipolo de meia onda. Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: dipolo • Exemplo: Fabricante Rohde & Scwharz, modelo KH309 (dipolo) 27 Antenas - Prof. Cláudio Garcia Exemplo 05 Antenas Filamentares 28 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Antenas em loop também são simples, versáteis e de baixo custo. Podem assumir geometria circular, quadrada, triangular, elíptica,etc. A geometria mais comum é o loop circular. Antenas Filamentares: antenas loop 29 • Normalmente são classificadas em - Eletricamente pequenas: circunferência versus número de espiras (voltas) é menor que λ/10. - Eletricamente grandes: circunferência versus número de espiras (voltas) é aproximadamente igual a λ. Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Antenas loop eletricamente pequenas possuem resistência de radiação usualmente menor que a resistência de perdas → baixa eficiência de radiação. Para aumentar sua resistência de radiação, pode-se aumentar o número de voltas (espiras) ou inserir um núcleo de ferrite (alta permeabilidade magnética). • O diagrama de diretividade é similar ao do dipolo infinitesimal (para qualquer geometria circular, quadrada, elíptica, etc) com nulo perpendicular ao plano do loop. Antenas Filamentares: antenas loop 30 • Antenas loop eletricamente grandes possuem maior eficiência de radiação e diagrama mais direcional. São utilizados em conjuntos: antena helicoidal, conjunto Yagi-Uda, etc. Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Geometria para o loop circular de raio pequeno (usualmente < λ/30) : Antenas Filamentares: loop circular de raio pequeno a λ<<a d ad << = = a d diâmetro do condutor raio do loop r r ′ a 31 • Nas condições acima, a corrente no loop pode ser aproximada por: φφφ ˆˆ 0IJJ =≈ r Fernando J. Moreira – Notas de aulas do curso de Antenas – DELT, UFMG, 2012. Corrente constante!! Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Vamos proceder da mesma maneira executada para o dipolo para encontrar a diretividade do loop pequeno. O potencial A para campo distante é dado por: Antenas Filamentares: loop circular de raio pequeno • Como não é constante, escreve-se a corrente em coordenadas retangulares: φφ π µ π ′= ∫ •′ − adeI r e rA rrjk jkr 2 0 ˆ 0 4 )( r)r φˆ 32 retangulares: [ ]yxsenII ˆcosˆˆ 00 φφφ ′+′−= • Para o termo da exponencial do integrando: yyxxr ˆˆ ′+′=′ r arr =′=′ r • Logo para Ɵ = 900: φφ φφ ′=′′=′ ′=′′=′ asensenry arx coscos yasenxar ˆˆcos φφ ′+′=′ r Antenas - Prof. Cláudio Garcia • assim: Antenas Filamentares: loop circular de raio pequeno • utilizando e :φθ cosrsenx = ( ) r yasenxa r zzyyxx yasenxarr φφ φφ ′+′ = ++•′+′=•′ cosˆˆˆ ˆˆcosˆ r ( )φφφφθ φθφφθφ ′+′= ′+′=•′ coscos coscosˆ sensenasen sensenasensenarr r φθsenrseny = 33 ( ) ( )φφθ φφφφθ ′−= ′+′= cos coscos asen sensenasen ( ) ( )φφθφφθ ′−+≈=∴ ′−•′ cos1cosˆ jkasenee jkasenrrjk r ( )( ) φφφθφφ π µ π ′′−+′−′≈ ∫ − djkasenxseny r eaI rA jkr 2 0 0 )cos(1ˆˆcos 4 )( r • A integral então fica: 0 1 → +≈ α α αje j Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Continuando...: Antenas Filamentares: loop circular de raio pequeno ydjkasend eaI A xdsenjkasendsen r eaI A AArA jkr y jkr x yx ˆcos)cos(cos ˆ)cos( 4 )( 2 2 0 2 0 2 0 0 ′′′−+′′= ′′′−+′′−= += ∫ ∫ ∫ ∫ − − φφφφθφφ π µ φφφφθφφ π µ π π π π r 34 ydjkasend r Ay ˆcos)cos(cos 4 0 0 ′′′−+′′= ∫ ∫ φφφφθφφπ • Logo: ( )xsenysen r eajkI rA jkr ˆˆcos 4 )( 2 0 φφθ µ −= −v Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Transformando para coordenadas esféricas: Antenas Filamentares: loop circular de raio pequeno • Relembrando que o campo Elétrico é dado por (campo distante): φθ µ ˆ 4 )( 0 2 sen r eIajk rA jkr− = v ( )φθω φθ ˆAAjE +−≈ )r • Finalmente: 35 ( ) φθ η ˆ 4 2 0 sen r ekaI E jkr− = r • Finalmente: • e o campo magnético: ( ) θθ ˆ 4 2 0 sen r ekaI H jkr− −= r Antenas - Prof. Cláudio Garcia • A densidade de potênciaradiada para loop pequeno é então dada por: Antenas Filamentares: loop circular de raio pequeno ( ) 2 2 0 42 = θ η sen r kaI Wrad • Prosseguindo, a potência radiada: φθθ π π ddsenrWP ∫ ∫= 2 2 36 ( ) θθ πη π dsen kaI Prad ∫= 0 3 42 0 16 φθθ ddsenrWP radrad ∫ ∫= 0 0 2 ( ) 12 42 0 kaI Prad πη = Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: loop circular de raio pequeno ( ) 44 2 0 2 66 2 === λ ππηπη aka I P R radr • e a resistência de radiação: • Para antena com N espiras (voltas): 4 2 ππη a 37 4 2 2 6 = λ ππη a NRr • Pode-se mostrar que: +− ≈ 2 2 16 ln 2 π λ πη d aa X in = = a d diâmetro do condutor raio do loop Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Finamente, a diretividade é então: Antenas Filamentares: loop circular de raio pequeno • Ou seja, a mesma do dipolo infinitesimal e do dipolo curto. θφθ 2 2 3 ),( senD = 38 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Observe que os campos E e H do loop curto de corrente elétrica constante podem ser encontrados a partir do dipolo magnético infinitesimal. Estes podem ser encontrados via dualidade do dipolo elétrico infinitesimal, estudado no início da Parte 4 do curso. Antenas Filamentares: loop circular de raio pequeno • Logo, o loop curto de corrente elétrica I0 equivale a um dipolo infinitesimal magnético com corrente magnética M0 e comprimento quando:l 39 0 2 MajlIo ωεπ−= • Da mesma forma, o loop curto de corrente magnética M0 equivale a um dipolo infinitesimal elétrico com corrente elétrica I0 e comprimento quando: 0 2 IajlM o ωεπ= l Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Para loop circular de raio qualquer, a aproximação da corrente constante não é aceitável. Mesmo assim, vamos manter tal relação para observar o comportamento da antena quando aumenta-se seu tamanho elétrico. • Começamos da integral para encontrar o potencial A: Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante a φφ π µ π ′= ∫ •′ − adeI r e rA rrjk jkr 2 ˆ 0 4 )( r)r 40 [ ]yxsenII ˆcosˆˆ 00 φφφ ′+′−= π ∫r 0 4 • e: ( )φφθ ′−=•′ cosˆ asenrrr ( ) ( )φφθφφθ ′−+≈′− cos1cos jkasene jkasen • Como não é necessariamente pequeno, não podemos utilizar a aproximação (slide 32): a Não é válido para qualquera USER Realce USER Realce Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Logo: Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante • para pontos de observação em (seguindo o livro texto [1]) : ( ) φφφ π µ π φφθ ′′−′≈ ∫ ′− − dexseny r eaI rA jaksen jkr 2 0 )cos(0 ˆˆcos 4 )( r 0=φ ( ) φφφ π µ π φθ ′′−′≈ ∫ ′ − dexseny r eaI rA jaksen jkr 2 0 cos0 ˆˆcos 4 )( r 41 π r 0 4 φφ π µ φφ π µ π φθ π φθ ′′= ′′−= += ∫ ∫ ′ − ′ − de r eaI A desen r eaI A AArA jkasen jkr y jkasen jkr x yx 2 0 cos0 2 0 cos0 cos 4 4 )( r• Assim: Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Ax é reescrito utilizando: Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante φφ φ ′+−=′ ′ cosjjesen j ′′+ ′−−= ∫ ∫ ′ ′′ − φφ φ π µ π φθ π φθφ dej deej r eaI A jaksen jaksenj jkr x 2 cos 2 0 cos0 cos 4 • assim: 42 ′′+ ∫ ′ φφ φθ dej jaksen 0 coscos • Observando as relações: φ π π φφ dee j xJ jxjn n n ∫ − = 2 0 cos 2 )( • onde é a função de Bessel de primeiro tipo e ordem n,)(xJn ( ) φφ π π φden j xJ jx n n ∫ − = 0 coscos)( Antenas - Prof. Cláudio Garcia • encontra-se Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante )(2cos )(2 1 2 0 cos 1 2 0 cos θπφφ θπφ π φθ π φθφ kasenJjde kasenJjdee jaksen jaksenj =′′ =′ ∫ ∫ ′ ′′ • e: 43 ( )[ ] ( )[ ]{ } 0 22 4 11 0 = +−−= − x jkr x A kasenJjjkasenJjj r eaI A θπθπ π µ • A componente Ay então fica: ( )[ ] ( )θµθπ π µ kasenJ r eajI kasenJj r eaI A jkrjkr y 1 0 1 0 2 2 4 −− == Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Observe que para : Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante 0=φ ( ) ( ) φθθθ ˆˆcosˆ)( yxx AArsenArA ++= r • Logo: ( )φθµ ˆ 2 )( 1 0 kasenJ r eajI rA jkr− = rr 44 • Finalmente, os campos elétrico e magnético : ( ) ( )θθ φθ η ˆ 2 ˆ 2 1 0 1 0 kasenJ r ekaI H kasenJ r ekaI E jkr jkr − − −= = r r Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Encontrado as expressões das demais grandezas: Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante • A integral acima não possui solução exata, porém podem ser feitas ( ) ( )[ ]212 2 0 8 θ η kasenJ r kaI Wrad = ( ) ( )[ ] θθθηπ π dsenkasenJ kaI Prad ∫= 0 2 1 2 0 4 45 • A integral acima não possui solução exata, porém podem ser feitas aproximações de acordo com o tamanho do raio do loop (veja referência [1]) a • A diretividade é então dada por: ( )[ ] ( )[ ] θθθ θ φθ π dsenkasenJ kasenJ D ∫ = 0 2 1 2 12),( Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Exemplos de diagramas: Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante 46 Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante • Se (loop eletricamente grande): 2 λ ≥a ( )[ ] ka dsenkasenJ 1 0 2 1 ≈∫ θθθ π ( )[ ]22),( θφθ kasenJkaD = • Logo: 47 ( )[ ]212),( θφθ kasenJkaD = • Na prática, a aproximação de corrente constante no loop só é válida para raio . A partir daí, a variação da corrente é melhor representada por uma série de Fourier. 30 λ<a Antenas - Prof. Cláudio Garcia • No caso geral, quando a circunferência do loop é aproximada- mente igual a , o máximo de radiação ocorre no eixo axial do loop, ou seja, (direção perpendicular ao loop). Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante aC π2= λ 00=θ 48 • Essa característica torna o loop circular atraente para utilização em antenas Yagi-Uda (elementos de alimentação, diretores e refletores). Huang,Y. e Boyle,K. – Antennas:from theory to practice – John Willey &Sons, 2008. λπ == aC 2 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Exemplo: Fabricante ETS-Lindgren, modelo 6502 (Loop Antenna) Antenas Filamentares: loop circular de raio qualquer e I constante 49 Antenas - Prof. Cláudio Garcia Exemplo 06 Antenas Filamentares 50 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • Até o presente momento, estudamos a irradiação de antenas no espaço livre. • A presença de obstáculos próximos à antena altera significativamente o padrão de radiação. A energia refletida pelo obstáculo depende da sua geometria e parâmetros constitutivos. • Na prática, existe pelo menos um obstáculo: o solo. Mas é comum montar antenas sobre planos (plano terra) para modificar seu diagrama de radiação. Antenas Filamentares: planos condutores 51 • Vamos incluir na análise da antena uma plano infinito condutor elétrico perfeito (PEC). Apesar da situação não-real, pode-se simular os efeitos de estruturas reais de grandes dimensões (elétricas). • Primeiramente, vamos utilizar o conceito da Teoria das Imagens. • Seja uma fonte de corrente elétrica J posicionada a uma alturah acima de uma plano PEC. O campo total num ponto P qualquer é dado pela soma do raio direto e refletido pelo plano condutor. Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores J s h • A Teoria das Imagens mostra que podemos utilizar uma fonte virtual para levar em consideração a onda refletida e descartar o plano condutor. Obtém- P direto refletido 022 == HE rr 011 ≠≠ HE rr 11,µε ∞→σ 52 se então um problema equivalente com mesma solução acima do plano. J s h P direto h fonte virtual 11,µε 11,µε 011 ≠≠ HE rr 011 ≠≠ HE rr J s Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Veja que a orientação da fonte virtual depende da orientação da fonte real: J s h h fontes virtuais fontes reais J s J s J s − J s J ′ s 53 • No caso de fontes de corrente magnética: M r h h fontes virtuais fontes reais M r − M r M r M r M r Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • No caso de plano condutor magnético perfeito (PMC) ( ): h h fontes virtuais fontes reais M r M r − M r M r M r M r ∞→mσ 54 J s J s J s J s − J s J ′ s • No caso de fontes de corrente magnética: h h fontes virtuais fontes reais Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Para o caso de loops sobre plano PEC: J s h h fontes reais J s M r M r 55 fontes virtuais Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Vamos analisar o caso de um dipolo elétrico infinitesimal vertical sobre plano PEC. Para observador na região de campo distante, temos a seguinte geometria: 1θ 56 = = = θ θ θ , , , 22 11 r r r dipolo real (componente direto) dipolo virtual (componente refletido pelo plano PEC) ponto observador Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Os campos devidos à cada fonte são dados por: θθ π η ˆ 4 1 1 0 1 sen r elkIj E jkr d − = r θθ π η ˆ 4 2 2 0 2 sen r elkIj E jkr r − = r dipolo real (componente direto) dipolo virtual (componente refletido pelo plano PEC) 57 • Na região de campo distante e: • Os módulos dos vetores r1 e r2 são dados por: θcos2221 rhhrr −+= ( )θπ −−+= cos2 22 2 rhhrr θcos1 hrr −≈ θcos2 hrr +≈ para termos de fase rr ≈1 rr ≈2 para termos de amplitude θθθ ≈≈ 21 Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Logo, o campo total é a soma do campo direto e refletido: • e observe que para z < 0 (região abaixo do plano) o campo total é nulo. • O padrão de radiação do dipolo sobre o plano condutor é igual ao seu padrão original multiplicado por um termo (entre colchetes), que chamamos ( )[ ]θθθ π η ˆcoscos2 4 0 khsen r elkIj E jkr− = r 58 padrão original multiplicado por um termo (entre colchetes), que chamamos de fator de conjunto (veremos na Parte 5 do Curso). • Note que agora o campo depende da posição relativa entre dipolo e plano condutor. Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Diagramas de radiação de campo elétrico para diferentes alturas h entre dipolo e plano: 59 Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Continuando, para o dipolo sobre plano PEC: ( ) ( ) ( ) ( ) +− = 32 2 0 2 2 2 2cos 3 1 kh khsen kh khlI Prad λ πη ( ) ( ) ( ) ( ) +− = 32 2 2 2 2 2cos 3 1 2 kh khsen kh khl Rr λ πη 60 ( ) ( ) 223 khkhλ ( )θθ λ η cos2cos 2 22 2 0 khsen r lI Wrad = ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) +− = 32 22 2 2 2 2cos 3 1 cos2cos2 ),( kh khsen kh kh khsen D θθ φθ Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • A diretividade máxima ocorre quando h = 0,4585λ e Ɵ = π/2, e assume o valor de 6,566 (veja que para dipolo no espaço livre D0=1,5). 61 Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Outro caso importante é um monopolo de comprimento igual a λ/4 sobre (h=0) plano PEC: J s 62 • Ao utilizar a Teoria das Imagens: “Dipolo de meia-onda” Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Observe que o padrão de radiação do campo elétrico será o mesmo do que um dipolo de meia onda ( ) para a região z > 0. Caso contrário o campo é nulo (z < 0). • No entanto, a impedância de entrada do monopolo é metade da impedância do dipolo de meia onda: 2 λ=l 25,215,36 5,4273 j j Z += + = 63 25,215,36 2 5,4273 jZ in +== • No geral, a análise para o monopolo de comprimento λ/4 pode ser estendida para monopolo de tamanho qualquer :l ldipoloinin ldipoloradradldipolo ZZ PPEE 2 22 2 1 2 1 = =→= rr Antenas - Prof. Cláudio Garcia Antenas Filamentares: planos condutores • Exemplo: Fabricante Rohde & Scwharz, modelo KH061 (monopolo) 64 Antenas - Prof. Cláudio Garcia Exemplo 07 Antenas Filamentares 65 Antenas - Prof. Cláudio Garcia • REFERÊNCIAS [1] C. A. Balanis, “Antenna theory: analysis and design”, 2ed, John Wiley & Sons, 2005, Capítulos 4 e 5. Referências 66
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