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RESUMO IED av2

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RESUMO IED. 
 Revogação tácita e expressa 
 Direito natural e positivo 
 Validade da norma (formal-social e ética) 
 Repristinação 
 O normativismo de Hans Kelsen 
 Os órgãos do poder judiciário 
 Os diversos tribunais do país. 
Ab-rogar e derrogar são expressões referentes ao ato de revogação de uma lei, ou seja, a 
retirada de seu vigor por um novo texto legal, interrompendo sua vigência. 
 ab-rogar: é a revogação total de uma lei, ou seja, a total suspensão do texto. 
 Derrogação: é a revogação parcial de uma norma, tornando sem efeito apenas 
uma parcela da lei. 
 Revogação expressa: a lei indica o que esta a ser revogada, ou seja, ocorre quando 
a nova lei declara que a antiga lei será total ou parcialmente extinta. 
 Revogação tácita:: A lei posterior revoga a lei anterior quando seja com ela 
incompativel ou quando regula inteiramente a materia. 
a) quando a lei posterior regula inteiramente a materia da lei anterior... ex 
hipotetico: uma nova lei altera a data de entrega da declaracao do imposto de 
renda do dia 30/04 para o dia 15/04. 
b) quando a lei posterior e incompativel com a lei anterior... ex: um novo codigo 
civil / um novo codigo florestal. 
* revogação tácita é dedutiva, não esta escrito o que esta regovando. 
 
DIREITO NATURAL E DIREITO POSITIVO. 
DIREITO NATURAL: além do direito escrito, é a expressão do direito justo. ( direito 
a vida, direito a liberdade, a segurança e o direito a propriedade) o direito natural 
se fundamenta na natureza humana, derivando de um conjunto de concepções de 
ordem moral, que se sucedem e se modificam ao longo dos séculos. 
As três vertentes do direito natural: 
 Lei estabelecida pela vontade divina, orientados pela uma cultua mística, na qual 
as normas de conduta refletem os padrões morais preservados pela religião 
dominante. 
 Lei natural-universal: concepção cosmológica, esse caráter universal deriva da 
noção de que existe uma ordem natural das coisas, decorrente de parâmetros de 
valores atemporais, alcançando a todos os locais, pessoas e espaços, ou seja, de 
uma ordem universal. 
 Lei racional ou individualista: parte de existência de uma lei natural associada a 
própria existência humana. 
 Origens do direito natural: Grécia antiga, os estoicos e os romanos. 
 
SÃO TOMAS DE AQUINO, promoveu uma cisão da lei natural divina, inspirada pelo 
pensamento de aristoteles. A importância do pensamento tomista: a repartição da lei 
natural por ele promovida lança as bases de uma concepção sobre o direito natural, que 
ira ganhar corpo na idade moderna. A razão humana. 
 
Leis primarias e secundarias: 
Lei primaria: decorre da providencia e escapa do controle do homem. 
Lei secundaria: é resultado direto da vontade dos seres humanos, devendo estar em 
concordância com a vontade de Deus. 
Características do direito natural na atualidade: 
Universalidade: própria a todos. 
Imutabilidade: o direito natural não se modifica. 
Indelebilidade: não podem os direitos naturais ser olvidados pelo coração e consciente 
dos homens. 
Obrigatoriedade. 
DIREITO OBJETIVO: é um conjunto de normas que regem o comportamento humano, 
que devem ser obedecidas rigorosamente por todos, o seu descumprimento, dá origem a 
sanções. 
DIREITO POSITIVO: provem diretamente do estado, vem a ser também, a base da 
unidade do sistema jurídico nacional. O positivismo se caracteriza assim, por ser 
antimetafisico e antijusnaturalista, por ser empirista, por afastar do estudo cientifico os 
valores e por considerar o direito positivo único objetivo da filosofia e das ciências 
jurídicas. * a comandada pelo estado é soberana. Para o positivista a lei em si é o único 
valor. 
DIREITO SUBJETIVO: é o poder de exigir uma determinada conduta de outrem, 
conferido pelo direito objetivo, pela norma jurídica. É o poder de ação assegurado 
legalmente a todas as pessoas do qual decorre a faculdade de exigir. O direito subjetivo 
sempre nasce de um fato. 
 
VALIDADE DA NORMA 
NORMA FORMAL – VIGENCIA: a vigência representa a porta de entrada de uma norma 
no ordenamento jurídico. A norma será vigente quando puder ser exigida. 
DA VALIDADE: levando-se em consideração que a norma inicialmente se incorpora a 
ordem jurídica (plano de vigência) a aferição da validade normativa consiste em 
verificas a compatibilidade da norma com o restante das normas do ordenamento 
jurídico. 
DA EFICACIA: tem relação com a aceitação e produção dos efeitos da norma. Com a 
possibilidade de socialmente ser cumprida e de ter seus efeitos produzidos. 
ETICA: é sua legitimidade moral. 
 
Resumo aula Edna: validade da norma baseada na teoria tridimensional. 
Miguel reale: direito como fenômeno, ligado a sociedade, um fato social. O direito tem 
valor ético e por isso toma a forma de uma norma formal, porque passou por um 
processo legislatório. A validade do direito tem a ver com a sociedade, pois esta 
pensando em sua eficácia, se a sociedade esta respeitando a lei, a preocupação é sua 
validade social e validade ética: 
Social- eficácia, produzindo efeitos-efetividade. 
Formal – vigência, se entrou em vigor. 
Ética- legitimidade-moral. 
 
REPRISTINAÇÃO: é um fenômeno automático. É o fenômeno através do qual o 
legislador revoga uma lei, e cria uma nova lei que inclua a lei anterior, ou seja, uma lei 
volta a vigorar após a revogação da lei que a revoga. 
ANTINOMIA: SÃO CONTRADIÇÕES, AS NORMAS NUNCA PODEM SER CONFLITANTES: 
definimos antinomia como aquela situação indesejada, na qual vigoram em um mesmo 
ordenamento duas normas conflitantes, das quais uma obriga e outra proíbe, ou uma 
obriga e outra permite, ou uma proíbe e outra permite o mesmo comportamento. 
Antinomias solúveis: exatamente a finalidade de preservar a coerência do 
ordenamento jurídico 
Critério cronológico: é aquele com base no qual, entre duas normas incompatíveis, 
prevalece a norma posterior. Este critério parte da premissa logica de que a norma 
editada mais recente tente a expressar de maneira mais fiel à realidade social a que se 
destina, do que uma norma editada no passado. 
Critério hierárquico: é aquele pelo qual, entre duas normas incompatíveis, prevalece a 
hierarquicamente superior, exatamente porque a primeira serve de fundamento para a 
ultima, não podendo por ela ser contrariada. 
Critério de especialidade: com base na presunção de que se a lei tratou de questão de 
modo mais detalhado, aquela norma tem mais força, do que outra que alcança um maior 
numero de situações e episodicamente incidiu sobre aquela hipótese. O criteior fundado 
na especialidade da lei é de mais fácil utilização quando se trata de uma disposição 
especial em conflito com uma de caráter geral. Especialidade -> Normas que tratam 
de uma matéria específica como por exemplo,o estatuto do idoso ou o eca ,são 
conhecidas como leis especiais e, no caso destas normas estiverem em 
discordância com algum outro tipo de norma (inferior ou nao) elas SEMPRE irão 
prevalecer pois tratam de uma matéria específico. 
 
HANS KELSEN- O NORMATIVISMO: o normativismo jurídico kelsiano consiste 
basicamente na defesa da construção de parâmetros metodológicos próprios para a 
ciencia do direito, expressos na denominada teoria pura do direito. 
Com base na teoria geral do estado para desenvolver uma teoria sobre o ordenamento 
jurídico, Kelsen partiu da premissa de que o direito representa uma expressão formal da 
soberania estatal, não sendo um produto da natureza ou de fatos e sim um resultado da 
vontade politica do Estado. 
AULA EDNA: KELSEN transformou o direito em uma ciencia, ele tinha que excluir o 
filosófico social e so a formal, o objeto do direito é a norma, e dar cientificidadeao 
direito. O direito tem métodos indutivos e dedutivos. 
 
 O PODER JUDICIARIO BRASILEIRO E SUA ESTRUTURA. 
Em síntese, as principais funções dos órgãos jurisdicionais 
Supremo tribunal federal: o órgão máximo do poder jurídico brasileiro, sua principal 
função é xelar pelo cumprimento da constituição e dar a palavra final nas questões que 
envolvem normas constitucionais. É composto por 11 ministros indicados pelo 
presidente da republica. Aprovação do senado federal 
 
Superior tribunal de justiça: cuja responsabilidade é fazer uma interpretação 
uniforme da legislação federal. É comporto por 33 ministros escolhidos pelo presidente. 
Aprovação pelo senado. 
 
 Justiça federal: pode processar e julgar causas em que a união, autarquias ou empresas 
privadas publicas federais sejam autoras, réus, assistentes ou oponentes. É comportas 
por juízes federais que atuam na segunda instancia, juízes especiais federais, qua julgam 
causas de menos potencial ofensivo e de pequeno valor econômico. 
 
Justiça do trabalho: julga conflitos entre trabalhadores e patrões. Compostas por 
juízes trabalhistas de primeira instancia e nos tribunais regionais do trabalho, e por 
ministros que atuam no tribunal superior do trabalho. 
 
Justiça eleitoral: com o objeto de garantir o direito ao voto direto e sigiloso. Na pratica 
é responsável por apurar, organizar e monitorar as eleições. Comportas por juízes 
eleitorais. 
 
Justiça militar: julgam os processos no superior trib. Militar. Sua função é processar e 
julgar os crimes militares. 
 
Justiça estaduais: é competência de cada estado da federação e do distrito federal. 
Juízes de primeira instancia, desembargadores. Sua função é julgar causas que não esteja 
sujeita à justiça federal comum, do trabalho, eleitoral, militar. Varas cíveis, criminais, 
empresariais, de família, juizado especiais cíveis e criminais. Etc. 
 
 
 
 
*para não esquecer: Vacatio Legis é um termo jurídico, de origem latina, que significa 
vacância da lei, ou seja "a Lei Vaga", que é o período que decorre entre o dia da publicação 
de uma lei e o dia em que ela entra em vigor, ou seja, que tem seu cumprimento obrigatório. 
 
 
REPRISTINAÇÃO: 
ART 2° DO PARAGRAFO 3° DEDRETO- LEI 457/412. 
SALVO DISPOSIÇÃO EM CONTRARIO, A LEI REVOGADA NÃO RESTAURA POR TER A LEI 
REVOGADORA PERDIDO A VIGENCIA. 
EXEMPLO: 
LEI A → LEI B 
(2011) (2014) LEI A = REVOGADA 
 LEI B= REVOGADORA 
A LEIA A NÃO SE RESTAURA POR TER A LEI B PERDIDO A VIGENCIA, A LEI A SO SERIA 
REVOGADA SE TIVESSE EXPRESSO NA LEI B. 
 
DIREITO ADQUIRIDO: 
É o direito já incorporado do patrimônio da pessoa, é aquele direito que já pode 
exercer. 
 Todo direito adquirido provém de um ato jurídico perfeito. 
 Atos ilegais não geram direitos adquiridos. 
 Nem todo ato jurídico perfeito gera um direito adquirido. 
EXPECTATIVA DE DIREITO: 
A expectativa de direito consiste em um direito que se encontra na iminência de 
ocorrer, mas que não produz os efeitos do direito adquirido, pois não foram 
cumpridos todos os requisitos exigidos por lei. A pessoa tem apenas 
uma expectativa de ocorrer. 
AVII 
 
 REVOGAÇÃO TÁCITA / EXPRESSA 
Art. 2º, §1º, do Decreto-lei 4657/42 
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja 
com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei 
anterior. 
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, 
não revoga nem modifica a lei anterior. 
Exemplo? A- duas leis que tratam da preservação da restinga. B- duas leis que 
conferem tratamento prioritário ao idoso. 
§ 3o Salvo disposição em contrário, à lei revogada não se restaura por ter a lei 
revogadora perdido a vigência. 
 
Revogação expressa 
Exemplo? Art. 2045. Revogam-se a Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916 - Código Civil 
e a Parte Primeira do Código Comercial, Lei nº 556, de 25 de junho de 1850. 
 
Revogação tácita 
“Precisamos fazer o pressuposto que a lei posterior revogou a lei anterior, já que não 
vem expresso na lei.” 
Quando a lei posterior regula inteiramente a matéria da lei anterior. 
Exemplo? Um novo código civil, novo código florestal. 
Quando a lei posterior é incompatível com a lei anterior; 
Exemplo? Uma nova lei altera a data da entrega do Imposto de Renda, do dia 30/04 
para o dia 15/04 = revogação tácita. 
 
 Conclusão 
o A revogação de uma lei pode ser expressa ou tácita. 
o Revogação expressa ocorre quando está escrito na própria lei posterior 
(lei nova) a revogação da lei anterior. 
 
o Revogação tácita ocorre de duas maneiras: 
o Quando a lei posterior for incompatível com a lei anterior; 
o Quando a lei posterior regular inteiramente a matéria da lei anterior 
 
 Atenção: a lei nova que não contraria a lei anterior, não revoga nem modifica a 
lei anterior. 
 
 REVOGAÇÃO DA LEI 
Revogação é a perda total (ab-rogação) ou parcial (derrogação) de vigência de 
uma lei, tal como é definido no art. 2º e §§ da LINDB. 
Observação importante é no sentido de que os conceitos de ab-rogação e 
derrogação são relativos e podem englobar todo o texto de uma lei, seus 
artigos ou partes de artigos. Assim é possível falar da ab-rogação da lei X, como 
sendo a revogação de todos os seus artigos, de ab-rogação do art. 2º da lei X, 
permanecendo vigentes os demais artigos da lei, que como um todo teria sido, 
portanto, derrogada, ou mesmo da revogação do inciso I, do art. 2º da lei X, o 
que implicaria a derrogação do art. 2º, que permaneceria em parte vigente. 
 
 DIREITO POSITIVO / NATURAL 
O direito natural é a ideia abstrata do Direito; o ordenamento ideal, 
correspondente a uma justiça superior e anterior – trata-se de um sistema de 
normas que independe do direito positivo, ou seja, independe das variações do 
ordenamento da vida social que se originam no Estado. O direito natural deriva da 
natureza de algo, de sua essência. Sua fonte pode ser a natureza, a vontade de 
Deus ou a racionalidade dos seres humanos. 
O direito natural é o pressuposto do que é correto, do que é justo, e parte do 
princípio de que existe um direito comum a todos os homens e que o mesmo é 
universal. 
 Conclusão direito natural 
o Principais características do direito natural; Além da universalidade, 
são imutabilidade e o seu conhecimento através da própria razão do 
homem. 
Anteriormente, o direito natural tinha o papel de regular o convívio social dos 
homens, que não necessitavam de leis escritas. Era uma visão objetiva. Com o 
surgimento do direito positivo, através do Estado, sua função passa a ser uma 
espécie de contrapeso às atividades legiferante do Estado, fornecendo subsídios 
para a reivindicação de direitos pelos cidadãos, passando a ter um caráter 
subjetivo. 
O direito positivo pode ser definido como o conjunto de normas jurídicas escritas e 
não escritas, vigentes em um determinado território e, também 
internacionalmente, na relação entre os Estados. Embora apareça nos primórdios 
da civilização ocidental, o direito positivo se consolida como esquema de 
segurança jurídica a partir do século XIX. 
 Conclusão direito positivo 
o Principais características do direito positivo; é o conjunto de normas 
que apresentam formulação, estrutura e natureza culturalmente 
construídas. É a instituição de um sistema de regras e princípios que 
ordenam o mundo jurídico. 
 
 VALIDADE DA NORMA (FORMAL/VIGÊNCIA – SOCIAL/EFETIVIDADE – 
ÉTICA/LEGITIMIDADE) MIGUEL REAL 
Para Miguel Reale a validade de uma norma pode ser vista sob três aspectos: o da 
validade formal ou técnico jurídica (vigência), o da validade social (eficácia ou 
efetividade)e o da validade ética (fundamento). 
 
 Validade formal 
Órgão competente; 
Competência ratione materiae; 
Observância do processo de elaboração 
 
Observações; 
O inicio da vigência da lei dá-se com a sua publicação no diário oficial. 
O intervalo entre a data de sua publicação e sua entrada em vigor chama-se vocatio 
legis (abaixo explicação completa) 
O Brasil adotou o principio da territorialidade moderada. 
 
 Validade social 
A norma terá validade fática se tiver condições concretas de produzir os seus efeitos. 
A eficácia social seria a efetiva correspondência da norma ao querer coletivo ou dos 
comportamentos sócias ao seu conteúdo. 
 Conclusão 
o Na doutrina dominante, a eficácia seria a ocorrência concreta dos fatos 
estabelecidos pela norma que condicionam a produção do efeito e a 
possibilidade de produzi-lo. 
 
 Validade ética 
A norma jurídica deve corresponder aos ideias e aos sentimentos de justiça da 
comunidade que rege. É tão-somente o meio necessário para alcançar a finalidade 
de justiça almejada pela sociedade. 
A norma não é um DEVER SER, mas um SER, visto que – sendo objeto cultura – tem 
por fim dirigir a atividade humana. 
A norma é um SER DEVIDO, não um valor, pois este não é um objeto, mas sim uma 
qualidade desse objeto, por isso lhe dá significado. 
 
 REPRISTINAÇÃO 
A lei posterior revoga a anterior quando trata da mesma matéria de forma contrária. 
Uma vez revogada a lei nova, volta a vigorar a lei antiga? 
Art. 2º, parágrafo 3º, da LICC: “Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se 
restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência”. 
Repristinação seria o restabelecimento da lei revogada após a perda da vigência da lei 
revogadora. 
Tal fato, como vimos, não é possível em nosso ordenamento jurídico, salvo disposição 
expressa em contrário. 
Tal dispositivo não se aplica às leis temporárias. - art. 2º, caput: “Não se destinando à 
vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue”. 
 
 Conclusão 
o No Brasil não há a Repristinação automática da lei, exceto se estiver 
expressa na própria lei 
 
 O NORMATIVISMO DE HANS KELSEN (DIREITO COMO CIÊNCIA) 
A Teoria Pura do Direito, desenvolvida por Hans Kelsen, a fim de conferir cientificidade ao 
ramo do direito, busca isolar as normas jurídicas dentro de um sistema onde uma ganha 
validade na relação que estabelece com as demais normas do sistema, de acordo com critério 
de hierarquia e subordinação. 
Assim, afasta do direito qualquer compreensão sociológica, metafísica ou política, 
abstraindo de tais elementos e torna sua teoria pura porque concentrada na fonte 
primordial por meio da qual o sistema se formaliza: a norma jurídica. 
Conforme anotado linhas acima, Kelsen desenvolve um sistema escalonado de normas 
(pirâmide) em que a noção de validade concebe-se na correta inserção da norma no 
ordenamento jurídico, tornando-se assim vigente e eficaz. Toda norma deve 
obediência à Constituição Federal – norma maior dentro do sistema positivo de 
determinado Estado – e, a partir dela, depreendem-se as normas infraconstitucionais, 
distribuídas em um sistema piramidal. 
 
 
 OS ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
STF 
Supremo Tribunal Federal 
Sede: capital da republica 
Jurisdição: todo território nacional 
11 Ministros 
Competência: originarias e recursal 
Casos que envolvam lesão ou ameaça 
a CF 
STJ 
Supremo Tribunal de Justiça 
Sede: Capital da Republica 
Jurisdição: todo território 
nacional 
Competência: originarias e 
recursal, ordinária e especial 
33 Ministros 
TJ 
Tribunal de Justiça 
Desembargadores 
JUIZES DE 
DIREITO 
 
Foros / Varas 
Especiais 
JUSTIÇA 
ESTADUAL 
JUSTIÇA COMUM 
TRF 
Tribunal Regional Federal 
Jurisdição: Regional 
Competência: originária e 
recursal 
07 juizes; federais, 
advogados e mebros do MP 
JUIZES FEDERAIS 
 
Seções Judiciárias 
/ Varas 
 
JUSTIÇA 
FEDERAL 
TST 
Tribunal Supremo do Trabalho 
Sede: Capital da Republica 
Jurisdição: todo território 
nacional 
Competência: determinada por 
lei ordinária 
 27 Ministros, 1/5 dentre 
advogados e membros do MP 
TRT 
Tribunal Superior do Trabalho 
Sede: Capital da Republica 
Competencia: determinada 
por lei ordinária. 
07 juizes, advogados e 
membros do MP demais juizes 
do TRT 
JUIZES DO TRABALHO 
Vara do trabalho 
Competencia: processar e julgar as ações 
oriundas da relação de trabalho 
abrangecia: administração publica direta e 
indireta da união, dos Estados, DF e 
Municipios 
Arbitragem; resolução de conflitos 
JUSTIÇA DO 
TRABALHO 
TSE 
Supremo Tribunal Eleitoral 
Sede: Capital da Republica 
Jurisdição: todo território nacional 
Competência: lei complementar 
Decisões: irrevogáveis, salvo se 
contrariar a CF denegatórias; 
habeas corpus ou mandato de 
segurança 
Mínimo de 07 ministros (STF E STJ), 
02 juízes dentre 06 advogados 
TRE 
Tribunal Superior Eleitoral 
Sede: Um em casa Estado e DF 
Competência Lei complementar 
Desembargadores 
Juiz Federal do TRF 
JUIZ ELEITORAL 
Atuam nas juntas 
eleitorais 
a função é 
temporaria 
JUSTIÇA 
ELEITORAL 
JUSTIÇA ESPECIALIZADA 
STM 
Superior Tribunal Militar 
15 Ministros vitalícios 
Função: julgamento de processos e 
crimes militares definidos em lei 
dispõe sobre sua organização e 
funcionamento 
TJM 
Tribunal de Justiça Militar 
Colegiado de juizes civis e 
militares 
JUÍZES DE DIREITO 
Atuam nas Autarquias (Exercito, 
Marinha e Aeronautica) 
Conselho Especial de Justiça 
Função: Julgamento de processos e 
crimes militares definidos em lei 
dispõe sore sua organização e 
funcionários 
JUSTIÇA 
MILITAR 
DA UNIÃO 
 
 OS DIVERSOS TRIBUNAIS DO PAÍS 
 
 
 
 DIREITO SUBJETIVO ("direito do sujeito", lato sensu) / OBJETIVO 
O direito objetivo é o conjunto de normas que o estado mantém em vigor. 
Constitui uma entidade objetiva frente aos sujeitos de direitos, que se regem segundo 
ele. 
 
Sendo assim, é o conjunto de normas que obrigam a pessoa a um comportamento 
consentâneo com a ordem social. Ou seja, através das normas, determina a conduta 
que os membros da sociedade devem observar nas relações sociais. O direito objetivo 
é tudo que está previsto na lei, como por exemplo, o caso da gestante que tem direito a 
licença à maternidade, esse direito está previsto na lei, na constituição. 
 
Também chamado de direito positivo, pois é um direito posto. Ou seja, o conjunto de 
regras (leis, costumes, regulamentos) que preside à nossa vida em sociedade. A norma 
de agir (NORMA AGENDI). 
 
Então, podemos chamar de direito objetivo, o conjunto de regras vigentes num 
determinado momento, para reger as relações humanas, e que são impostas 
coativamente, à obediência de todos. Ou melhor, pode definir-se como o complexo 
das regras impostas aos indivíduos nas suas relações externas, com caráter de 
universalidade, emanadas dos órgãos competentes segundo a constituição e tornadas 
obrigatórias mediante coação 
 
É o conjunto de leis vigentes, que nasceram da vontade geral e passam a integrar o 
ordenamento jurídico. como por exemplo, a Constituição, as legislações, Penal, Civil, 
de Proteção e Defesa do Consumidor, etc. 
O Direito Objetivo estabelece normas de conduta social. De acordo com elas, devem 
agir os indivíduos. 
 
Já o direito subjetivo, designa a faculdade da pessoa de agir dentro das regras 
do direito (FACULTAS AGENDI). É o poder que as pessoas têm de fazer valer seus 
direitos individuais. 
Então, nasce da vontade individual. É a faculdade de alguém fazer ou deixar fazer 
alguma coisa, de acordo com a regra de ação, ou seja, deacordo com a norma. 
Os direitos subjetivos revelam poder e dever. Poder de cobrar e dever de pagar 
uma dívida. Está ligado a pessoa, exige o direito objetivo que está na lei. 
Exemplo; posso exigir a licença à maternidade, sendo esse direito objetivo. Mas 
preciso provar esse direito subjetivo, ou seja, preciso provar que estou grávida. É 
aquele que pode ser exigido pelo seu titular. 
 
Assim, direito subjetivo é a prerrogativa do indivíduo invocar a lei na defesa de seu 
interesse, ou ainda, os direitos subjetivos encontram proteção na norma, do Direito 
Objetivo. É este que os garante. 
Em outras palavras, é o Direito Objetivo que confere às pessoas direitos subjetivos. 
 
Portanto, o direito objetivo indica o ordenamento positivo colocado diante de nós e o 
direito subjetivo a faculdade de exigir seu cumprimento. 
 
 ULTRATIVIDADE 
 Conclusão 
o É quando uma lei, ou dispositivo da lei que já foi revogada é aplicada 
para os casos que ocorreram durante a sua vigência. 
 
 VIGÊNCIA E CONHECIMENTO DA LEI 
Art. 1º. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e 
cinco dias depois de oficialmente publicada. 
Até o advento da LC 95/98, alterada pela LC 107/01, a cláusula de vigência vinha 
expressa, geralmente, na fórmula tradicional: “Esta lei entra em vigor na data de sua 
publicação”. 
A partir da LC nº 95, a vigência da lei deverá vir indicada de forma expressa, 
estabelecida em dias, e de modo que contemple prazo razoável para que dela se tenha 
amplo conhecimento, passando a cláusula padrão a ser: “Esta lei entra em vigor após 
decorridos (número de dias) de sua publicação”. 
No caso de o legislador optar pela imediata entrada em vigor da lei, só poderá fazê-lo 
se verificar que a mesma é de pequena repercussão. 
Na falta de disposição expressa da cláusula de vigência, aplica-se como regra supletiva 
a do art. 1º da LINDB, que dispõe que a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias 
depois de oficialmente publicada. 
 Chama-se VACATIO LEGIS o período que medeia a data de publicação da lei e a 
de sua entrada em vigor. Com o período da vacatio legis (vacância da lei), o 
próprio legislador procura facilitar ao cidadão o cumprimento da lei, facultando 
o seu conhecimento prévio. Nada impede, contudo, que a vigência da lei nova 
seja imediata, dispensando-se a vacatio legis, como se observa na Introdução 
ao Código Civil. 
A forma de contagem do prazo da vacatio legis é a dos dias corridos, com 
exclusão do de começo e inclusão do de encerramento, computados domingos 
e feriados. 
 
Nesse caso, observar-se-ão as seguintes situações: 
– correção da norma em seu texto, por conter erros substanciais, durante a vacatio 
legis ensejando nova publicação: nova vacatio será iniciada a partir da data da 
correção, anulando-se o tempo decorrido; 
– várias publicações diferentes de uma mesma lei, motivadas por erro: a data da 
publicação será uma só e deverá ser a da publicação definitiva, ou seja, a última. 
- As emendas ou correções em lei que já esteja em vigor são consideradas leis novas, 
ou seja, para corrigi-la é preciso passar por todo o processo de criação de uma lei, 
devendo para isso obedecer aos requisitos essenciais e indispensáveis para a sua 
existência e validade. 
 
 Conclusão: 
 Uma lei pode ser permanente ou temporária, sendo que a permanência é a 
regra (principio da continuidade). 
 As leis temporárias podem caducar por: 
o Advento do termo; 
o Consecução dos seus fins; 
o Implemento da condição resolutiva. 
 A lei permanente terá vigor até que outra lei a modifique ou a revogue.

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