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resenha critica a vida de david gale



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RESENHA
BAUMAN, Zygmunt, A riqueza de poucos beneficia todos nós, Tradução Renato Aguiar, 1ª. Ed-Rio de Janeiro. Zahar, 2015. Disponível em: http://ftp.zahar.com.br/sites/default/files/arquivos/trecho_riquezadepoucos.pdf. Acesso em: 28 out. 2017, 15:36:23.
 Desigualdade social
Zygmunt Bauman foi um sociólogo, pensador, professor e escritor polonês, uma das vozes mais críticas da sociedade contemporânea. Nasceu em Poznan, Polônia, no dia 19 de novembro de 1925. Filho de judeus, em 1939, junto com sua família, escapou da invasão das tropas nazista na Polônia e se refugiou na União Soviética. (Biografia,2017) 
 Ao trecho da obra escrita, escrito pelo autor a qual comento, foi reduzida no site Estante virtual (2017). Este site explicita que o autor analisa as premissas 
 que sustentam a convicção de que a riqueza de poucos beneficia todos nós, desvendando as falácias que se ocultam por trás dela. Ao mesmo tempo, de forma inesperada e sutil, ele mostra como o individualismo do mundo de consumo é a ideologia que justifica o enriquecimento sem freios dos já muito ricos, apresentando como estratégia de vida o modelo das celebridades. 
O livro começa nos mostrando que grande divisão nas sociedades norte-americana, britânica e algumas outras, se dá agora menos, entre a parte mais alta, média e baixa da escala, do que entre um minúsculo grupo no topo e quase todos os demais. Um exemplo, seria o número de bilionários nos Estados Unidos que aumentou quarenta vezes nos últimos 25 anos. Depois de 2007, durante os anos de colapso do crédito, seguidos por depressão econômica e desemprego crescente, a tendência adquiriu ritmo verdadeiramente exponencial, em vez de atingir a todos em igual medida, como era amplamente esperado e retratado, o flagelo se mostrou severa e consistente seletivo na distribuição de seus golpes. (Bauman,2015)
Com tudo isso, a riqueza combinada das cem pessoas mais ricas do mundo é quase duas vezes maior que aquela dos 2,5 bilhões de pobres. A organização internacional do trabalho estima que 3 bilhões de pessoas vivam hoje abaixo da linha de pobreza.
Sendo assim destacou Zolo citado por BAUMAN(2017) no programa de desenvolvimento humano das nações unidas que
“Em 1998, documentou que 20% da população mundial pegavam 86% de todos os bens produzidos no mundo, ao passo que os 20% mais pobres consumiam 1,3%. Hoje depois de uns 15 anos, os números vão de mal a pior, pois 20% dos mais ricos da população mundial consomem 90% dos bens produzidos, enquanto 20% dos pobres consomem apenas 1%. Estima-se também, que as pessoas mais ricas do mundo têm os mesmos recursos de pessoas mais pobres.” (BAUMAN,2015, p 17).
Nesse capítulo do livro o autor menciona dois autores um é Glean Firebaugh, o qual evidenciou que há, aproximadamente, 10 (dez) anos foi observada uma tendência de longa duração na desigualdade crescente, constante ou declinante entre as nações, enquanto as economias nacionais registravam um influxo maciço de capital de novas “terras virgens” em busca de lucro rápido e povoada de mão de obra barata, onde as pessoas estivessem prontas a trabalhar por salários que possibilitariam somente a sobrevivência.
O outro é François Bourguignon, o qual descobre que dez anos mais tarde, embora a desigualdade planetária continue a encolher, a distância entre os ricos e pobres continua a crescer, e os diferenciais de renda continuam a expandir. Hoje a desigualdade continua a aprofundar-se pela ação de sua própria lógica, ela não carece de nenhum auxílio a partir de fora, e parece estar mais perto de se transformar no primeiro motoperpértuo da história. (BAUMAN, 2015, p 19).
Nesse mesmo contexto, segundo o professor de geografia humana da universidade de Sheffield (Daniel Dorling), o décimo mais pobre da população mundial passa fome regularmente, assegura a mais básica educação para seus filhos, vive sempre em lugares onde não há nenhuma assistência social e nenhum benefício empregatício, e só pode garantir trabalho diário na cidade ou em áreas rurais, enquanto o décimo mais rico da população mundial, não é capaz de se lembrar de um dia de fome em sua família, se interessam em pagar encargos escolares suficientes para garantir que seus filhos convivam com pessoas “iguais” e com as melhores crianças, pois não aceitam que seus filhos viviam com outros tipos de crianças que não tenham a mesma classe social deles, e nem são capazes de se imaginar vivendo sem tais benefícios e sem o salário mensal garantido. (BAUMAN,1925).
Diante de tais considerações cabe ainda dizer que hoje é exatamente isso que acontece no Brasil, em geral, a posição em que o Brasil se encontra em relação a renda, educação, é condizente com seu perfil de economia em desenvolvimento, competindo ano após ano. 				A desigualdade de renda é o principal responsável pela baixa linha de pobreza no Brasil, tendo-se que a renda média, uma desigualdade leva a outra, como exemplo a desigualdade criminal, que na maioria das vezes leva a pessoa a cometer um crime, ao fato de não ter oportunidades, por passar dificuldades.		Em face do exposto, é necessário dizer que existem algumas formas de se tentar combater toda a desigualdade. Entretanto, mesmo que governos tenham criado algumas ações para que se possa reduzir a, desigualdade social no Brasil, como por exemplo o bolsa família, elas ainda necessitam de atenção para que consigam emergir da situação calamitosa em que se encontram.		É necessário que se invista nas pessoas, para que assim elas possam ter condições de competir em igualdade nas áreas sociais.			Visando que não temos condições de combater ou reduzir essa desigualdade entre nós, cabe, em conjunto, à sociedade criar alguns meios para o desenvolvimento pessoal e assim estabelecer normas que minimizem essa desigualdade.
Em face do exposto concordo com o autor do livro, quando ele diz que a distância entre os ricos e pobres continua a crescer (BAUMAN,1925), pois quem é rico na maioria das vezes quer ser mais rico e assim se afasta de pessoas pobres, querendo sempre o melhor e esquecendo que todos são iguais como pessoas, e realmente o que BAUMAN escreveu reflete exatamente com o Brasil, seria bom que um pouco das pessoas pudessem ler esse livro, para assim refletir um pouco mais sobre a desigualdade.
 Referências Bibliográficas 
ESTANTE VIRTUAL,2017 Disponível em: https://www.estantevirtual.com.br/ Acesso em: 28 out.2017
BIBLIOTECA DIGITAL, UFMG,2007, JOÃO PAULO,2007,Dísponivel em: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/AMSA-75FQTF/dissertacao_joaopauloresendo Acesso em: Out,2017
Biografia de Zygmunt Bauman. e biografia. 2017. Disponível em: https://www.ebiografia.com/zygmunt_bauman/ acesso em: 28 out.2017
BAUMAN, Zygmunt, A riqueza de poucos beneficia todos nós, Tradução Renato Aguiar, 1ª. Ed-Rio de Janeiro. Zahar, 2015. Disponível em: http://ftp.zahar.com.br/sites/default/files/arquivos/trecho_riquezadepoucos.pdf. Acesso em: 28 out. 2017, 15:36:23.