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Universidade Federal de São João Del Rei
Bruno Rocha Castro
Analise sobre Juro básico Brasil (Selic)
São João Del Rei
2018
RESUMO
O trabalho tem como propósito expor as influências da Taxa Básica de Juros (Selic) sobre as políticas alocativas, estabilizadoras e distributivas do governo federal. Dentro dessa conjuntura o trabalho prima em destacar-se a relação entre os mecanismo da política monetária e as respectivas políticas. Constata-se como evidencia a possível alteração de resultados alcançados por implicações conjunturais da Selic sobre os propósitos principiantes de sua prática administrativa, o que leva a uma reflexão maior e a indispensabilidade de um conhecimento enfático de tal recurso por parte de estudiosos de economia e de gestores públicos.
Palavras-chave: Selic, Políticas Econômicas, Governo Federal.
ABSTRACT
The purpose of this paper is to expose the influence of the Selic Rate on the allocative, stabilizing and distributive policies of the federal government. Within this context, the work emphasizes the relationship between the monetary policy mechanism and the respective policies. As evidenced by the possible alteration of results achieved by conjunctural implications of the Selic on the beginnings of its administrative practice, which leads to a greater reflection and the indispensability of an emphatic knowledge of this resource by scholars of economics and public managers.
Keywords: Selic, Economic Policy, Federal Government.
Introdução
A análise das políticas econômicas passa por um debate que envolve particularidades relacionados, especificamente, a definição do rumo(aplicação) dos recursos sociais em seus aspectos minoritários e agregados (política alocativa); a busca pela existência de oportunidade, eqüidade e justiça social (política distributiva); e a formação da estabilidade econômica comungada com crescimento (política estabilizadora). (Filellini, 1994, p. 51)/
 No entanto, o estudo separado dessas políticas é algo meramente ilustrativo, uma vez que, todas as políticas mantém junção direta, com objetivos muitas vezes complementares ou confrontantes (desvinculados), constatado a partir da execução de instrumentos e recursos que anseiam objetivos específicos de cada política.
 Dentre dos variados recursos de política econômica, podemos evidenciar a taxa de juros Selic, que evidentemente correlaciona-se às três políticas anteriormente citadas, com “forte” grau de veemência e efeitos diretos.
 É a partir dessa mostra, que esse trabalho tentara apresenta as repercussões da taxa de juros Selic na economia nacional, como notável fator gerador de mudanças na alocação, distribuição e estabilização dos recursos do país.
A Taxa de Juro Selic e a Política Alocativa
A taxa de juro Selic mostra uma relação com aspectos de alocação tanto intrasetorial como intersetorial.
Ao olhamos os aspectos intrasetoriais, estamos estudando a aplicação dos recursos nacionais dentro da mesma esfera, seja, pública ou privada. (Filellini, 1994, p. 52)
Supondo uma mudança positiva da Selic (aumenta a taxa de juros determinada pelo Banco Central), o efeito esperado é um aumento na procura por títulos públicos, sobretudo, federais.
Essa alteração no valor de pagamento dos títulos públicos significa uma revisão por parte do governo na forma de disposição de seus compromissos, ou uma reconsideração na constituição do uso de seu crédito.
Em outras palavras, tal indicador sinaliza a preferência dada pelo governo na capitação direta de recursos sem a imposição de intermediários como o sistema bancário.
Contudo a formalização de uma dívida constituída por títulos, significa o aumento do seu déficit mobiliária do governo na sua respectiva esfera (federal, estadual ou municipal).
Ressalta-se que, a dívida mobiliária condiz ao total dos títulos públicos federais em circulação no mercado, incluindo, além dos títulos de emissão do Tesouro Nacional, os títulos de emissão do Banco Central. Para as administrações estaduais e municipais, a dívida mobiliária coincide ao total dos títulos emitidos pelos respectivos tesouros menos os títulos em tesouraria. 
Essa reconciliação da dívida pública constitui por parte do governo a necessidade de uma revisão completa de todo planejamento orçamentária, uma vez que, os juros e os resgate dos títulos fazem impreterivelmente parte dos registros de gastos do governo, muito menos flexíveis que empréstimos e financiamentos adquiridos junto a instituições financeiras ou produtivas.
Para o setor privado, já em um ponto de vista intersetorial, essa mudança do governo retrata uma mudança não só na ociosidade de recursos dentro do sistema financeiro, como uma transformação nos custo do crédito.
Recordando que, a Selic é a taxa básica de juro da economia brasileira e que o governo é o agente de maior segurança (menor risco de inadimplência ou insolvência), a maior busca do governo por recursos no mercado de capitais, concebera uma orientação de recursos para esse mercado em detrimento dos outros mercados que constituem o sistema financeiro (como o mercado de crédito ou cambial).
Destaca-se que o mercado monetário seria o que teria os menores efeitos dessa mudança promovida pelo governo, uma vez que, exatamente possui menor correlação com o crédito ou seus derivativos, além de mostra maior subordinação ao governo federal.
A respeito do custo do crédito, torna-se obrigado um aumento em proporção maior que o percentual aumentado à taxa de juro Selic, uma vez que, os títulos públicos, como indicado, são aplicações de baixo risco. Assim, todas as outras formas de aplicação terão que possibilitar aos seus investidores retornos possíveis melhores (maiores).
Naturalmente, isso representa para as empresas ou instituições que anunciam títulos ou ações a um custo maior na administração de suas dívidas ou uma maior divisão dos dividendos, diminuindo assim, o lucro e a capacidade de reinvestimento (aspecto alocativo-distributivo).
A Selic e a Política Distributiva
Um aumento da taxa de juros Selic também possibilita uma série de mudanças na composição distributiva do país.
O aumento dos juros tem sentido na mudança no custo de oportunidade da moeda, levando naturalmente há uma transformação entre o volume de moeda para transação e especulação.
É conhecido que uma alteração na correção da poupança, propõe um auxílio dos recursos para o sistema financeiro em detrimento, ao consumo (produtivo ou improdutivo).
Logo, a procura por moeda para fins especulativos baseia-se na manutenção do dinheiro disponível por parte dos investidores na expectativa de lucro. Isso só não seria desfavorável para economia se, possibilitar, via aumento do nível de poupança, uma baixa do nível de juros cobrado no mercado financeiro, propiciando assim o investimento, ou seja, havendo um câmbio entre o consumo improdutivo (consumo familiar) pelo consumo produtivo (consumo empresarial).
Porém, é pouco provável, a diminuição do nível de juros cobrado no mercado financeiro, uma vez que, a taxa básica de juro aumentou.
Logo, configura-se uma circunstância de desmotivo não só ao consumo improdutivo, bem como, ao consumo produtivo, que mostram relação oposta com a taxa de juros.
Naturalmente, essa diminuição do consumo e do investimento privado na demanda agregada, terá que ser reparada pelos gastos públicos que deveram se materializar impreterivelmente na forma de consumo e investimento, para que não aconteça um retraimento no volume dessas variáveis perante a demanda agregada.
Isso pode simbolizar na pratica não só um efeito distributivo, bem como, uma mudança dos recursos do país em favor do Governo e de setores privados específicos, pois, o aumento dos juros não só corresponde a mais crédito para o Governo como também uma origem de riqueza para os possuidores desses pertinentes títulos públicos, que assim sendo passam a ganhar um fluxo maior de juros, bem como, comandam ativos, com maior valor de mercado.
Requer menção notar que os títulosdo Governo ao representarem ativos líquidos para seus donos, aumentando a propriedade do setor privado, constituem, o alcunhado “efeito-riqueza”, estimulando o consumo, e provocando positivamente na demanda agregada.
Ressalta-se que o consume criado pelo “efeito-riqueza” é distinto do consumo acarretado por um cenário de taxas de juro mais baixas.
Certamente, este consumo será originário de famílias de poder aquisitivo maior, tornando-o muito mais revertido a características de luxo (consumo conspícuo) do que precisamente autônomo (vinculado as necessidades associadas ao trabalho ou a sobrevivência das pessoas).
Percebe-se que a mudança da taxa de juro Selic também tem uma perspectiva temporal, ou seja, essas alterações podem reproduzir não só para a geração atual mais também para as gerações futuras, que obtiveram ativos valorizados ou o ônus do financiamento de um debito estabelecido no passado, pois, todo o ônus coligado à dívida terá que ser atribuído aos contribuintes seja, via pagamento de impostos ou acréscimo no preço de bens públicos.
No primeiro acontecimento significa o aumento da carga tributária, ou via criação de novos tributos ou por meio do aumento das alíquotas dos tributos já presentes. Seja qual for o mecanismo, a consequência é a mesma, a queda da renda pessoal disponível.
No segundo caso os preços que pagamos pelos serviços públicos prestados serão modificados positivamente. Exemplo, o valor atribuído ao consumo de água e ao tratamento de esgoto abrangeram o valor necessário para cumprir o pagamento dos juros e a amortização da dívida da particular esfera pública, representada na “figura” de sua empresa.
Ressalta-se que a mudança da taxa de juro Selic também tem consequência diretamente sobre a remuneração dos fatores de produção. Se acontecer um incremento da taxa de juros paga pela empresa, com vinculo ao crédito já usado, designadamente o serviço da sua dívida sobe, constituindo na prática um aumento do fator de produção capital.
Para equilibrar, a empresa deverá procurar por uma redução na remuneração dos outros fatores produtivos, tais, como o trabalho, o que retrataria uma queda dos níveis de salários atuais.
Associado a tal acontecimento pode acontecer uma transferência desse adicional de custo no preço final dos produtos, podendo de modo generalizado instituir um surto inflacionário, e portanto uma queda do salário real da massa de empregados.
Verifica-se assim, uma nova distribuição da renda nacional em benefício do sistema financeiro, em detrimento o mercado de bens e serviços, mas especificamente ao mercado de trabalho.
O resultado final da consequência da taxa de juro Selic sobre a distribuição da renda irá necessitar de toda uma situação econômica que vai além da política monetária do governo, apoiada, em uma medida regulatória.
Porém, pode-se dizer que seus efeitos indicam muito mais “danos” do que benefícios no alcance da equidade da renda (justiça social).
A Selic e a Política Estabilizadora
As ferramentas e os recursos implantados de estabilização relacionam-se para uma dada eficácia produtiva – aos níveis admissíveis de produção, emprego, preços e equilíbrio no Balanço de Pagamentos, ou seja, as grandes variáveis macroeconômicas, cujo desempenho afetam a economia em sua dimensão agregada. (Filellini, 1994, p. 57)
Os obstáculos da reposta conjunta das equações de estabilização são variadas, provocando em grande parte os debates sobre a economia pública, não só no nosso país, como em todo o mundo.
A ideia principal da política de estabilização é procurar colocar a economia sobre a linha da fronteira de possibilidades de produção, a partir do que deve-se colaborar ao estudo dessa consideração as questões alocativas, entre as quais a do desenvolvimento, o que impreterivelmente envolve as diferentes relações possíveis dos bens sobre a curva.
Por isso, a analise pode ser apoiada na administração da demanda agregada, por meio de vários instrumentos como a taxa básica de juro básica da economia brasileira.
A Selic por constatação tem efeito diretamente nos agregados nacionais. Uma mudança positiva dessa taxa de juros, desencoraja o consumo e o investimento privado, por outro lado, motiva a poupança, fato que não repara o retraimento anterior.
Detalhando de modo compreensível na vinculação entre a taxa de juros e o investimento podemos notar que, para as companhias investirem, normalmente precisam de algum empréstimo inicial. Esse empréstimo pode ser feito nos bancos ou por meio da emissão de títulos. Em ambos os casos, as firmas terão de pagar juros pelo dinheiro arrecadado. Se os juros da economia encontrarem-se grandes, menos firmas iram dispor-se a solicitar emprestado para investir. Se os juros estiverem baixos, mais companhias iram estar dispostas a pagar juros de empréstimos porque acreditam que sua receita crescera muito mais do que seu debito.
Justamente, o efeito direta dos investimentos acontece sobre o nível de emprego: quanto mais investimentos as empresas realizarem, mais vagas serão criadas e menor será a taxa de desemprego.
Já para o consumo, podemos notar que a maior parte dos negócios no comércio é feita a prazo. Esta é “normalmente” a única escolha para grande maioria dos consumidores. A adversidade é que compras a prazo envolvem pagamento de juros. Se os juros estiverem altos, crescem as chances de descumprimento da dívida, e diminui o consumo. Se as empresas não puderem vender seus artigos, diminuirão a produção, possivelmente desempregando grande parte dos seus empregados. Logo, juros altos encarecem o crédito, que decresce o consumo, que reduz a produção, que amplia o desemprego.
A inflação também caracteriza-se ligada as mudanças do juros, pois, todas as vezes que a economia está aquecida geralmente é porque os consumidores estão comprando bastante e as empresas produzindo muito. Isto significa crescimento, mas existe a imprescindibilidade de cautela, porque a demanda é sempre mais acelerada do que a oferta. Então, se possuir muita disposição para as famílias consumirem, pode ser que a concorrência pelos bens e serviços diminua a quantidade disponível desses bens, acabando por aumentar o seu preço. As firmas podem refutar ao incremento da demanda, ampliando a oferta, mas o acréscimo na produção ocasionalmente acompanha a velocidade da demanda. Se esse desarmonia entre a oferta e a demanda se expandir por toda a economia, pode acabar no desencadeamento de um processo inflacionário.
Em resumo, os juros altos intimidam tanto o investimento quanto o consumo, porque encarecem o crédito. Com menos simplicidade para comprar, a demanda diminui, a produção se desanima e a inflação não chega. Por outro lado, os juros baixos aumentar a demanda que, se não for seguida pela oferta, pode gerar insuficiência e uma inflação de demanda.
A taxa de juros da mesma forma impacta o sistema financeiro, pois, o juro é o preço do dinheiro. Aqueles que têm capitais ociosos para especulação, quer dizer, aqueles que já atenderam suas necessidades de consumo podem orientar parte sua renda para especulação. Para tanto, vão à procura da maior remuneração do capital, ou seja, da maior taxa de juros.
Se um país tem fortes taxas de juros internas, o capital especulativo nacional propendera a se manter dentro do país, e o capital especulativo internacional também será atraído para dentro desses países. Caso as taxas de juros estejam baixas, possivelmente acontecera o que se define de “fuga de capitais”.
Por fim a ligação entre a taxa de juros e o déficit pública é explicita, uma vez que, a dívida pública coincide ao montante de dinheiro devido pelo governo em função de empréstimos, financiamentos e o lançamento de títulos no passado.
Uma parte desses empréstimos e financiamentos dada por credores nacionais constitui a dívida pública interna. O montante disponibilizada por credores internacionais, a dívida pública externa.
Livre da origem do dinheiro, o que pertence, neste caso, é entender que o quitamento de uma dívida consiste no pagamento de duaspartes: o fundamente equivale ao montante emprestado, e o juro, representa ao preço que o credor cobra pelo risco de inadimplência.
Logo, uma elevação na taxa de juros amplia a dívida do país. Não a quantidade emprestada em si, mas o juro que reflete sobre esse montante.
No conjunto, podemos ver que qualquer mudança da taxa Selic pode gerar grandes transformações em várias variáveis agregadas da economia nacional, possibilitando impactos negativos muitas vezes irrecuperáveis no curto espaço de tempo, ou por medidas isoladas.
Conclusão
Sem dúvida o Brasil é um país executável. Porém, cada vez mais, transforma-se, claro a indispensabilidade da formação e execução de medidas adequadas para que as capacidades e competências do Brasil se tornem realidade.
Isso condiz com a necessidade de presencias políticas e econômicas corretas e desvinculadas de interesses individuais. Dos administradores públicos, nas três esferas públicas, mas, com ressalvas notáveis para a esfera federal.
Incluído nesse contexto, o trabalho mostrou a relevância de um recurso que faz parte do instrumento de política monetária, que mantém ligação com as três características das políticas econômicas (alocativa, distributiva e estabilizadora), a taxa básica de juro (Selic).
A partir do apresentado, foi admissível notar a relevância da Selic em vários aspectos agregados da economia nacional, tais como: consumo, investimento, poupança, renda, produto, taxa de desemprego, nível de preços (inflação), gastos públicos, crédito, mercado financeiro, e dívida pública.
Merece alusão, que ao relacionar-se com esse agrupado de variáveis, a taxa básica de juro Selic, possibilita mudanças muitas vezes discordante entre agregados distintos, criando assim, dificuldade na definição de suas variações, bem como, no grau de acerto dessas alterações, e de suas influencias na situação nacional.
Pode-se citar até referências didáticos, como o trade-off entre a inflação e o desemprego. Nota-se que é evidente o conflito entre o crescimento da economia com a preservação do nível de preços, pelo menos no curto prazo, em uma economia em crescimento, como o Brasil, com grandes alterações entre seu nível de renda, poupança e consumo, acompanhado com graves divergências entre os setores produtivos. (Lopes e Vasconcellos, 2000, p. 222)
Salienta-se ainda, a perspectiva de efeitos contrárias proporcionadas pela taxa de juro básica, geradas, em relação a mesma variável, como no caso da reconfiguração do consumo e do investimento em detrimento do setor privado pela melhoria do setor público, ou, pelo encolhimento da atuação popular em beneficio ao setor de alta renda
Torna-se assim, cada vez mais imprescindível, entender o papel do Estado exercido no governo que o rege e na sociedade que o legitima, junto com as novas vantagens postas pelo desenvolvimento disfuncional e pelas alterações resultantes da globalização, do neoliberalismo e da aberta regionalizada da economia; dentro de um contexto econômico político cada vez mais incompatível e internacional; para que assim possa ser estabelecido de modo preciso o andamento das políticas públicas e seus recursos para serem implementados pelo mesmo Estado, cujo objetivo principal jamais deve estar separado da procura do bem-estar social.
Por ainda admitir que existe um agrupado de pessoas com conhecimento suficientemente extenso para alinhar os recursos, os instrumentos e as políticas públicas com as necessidades do país, é que se planeja, com este trabalho, contribuir de modo simples, mas, argumentador, com o pensamento de algo tão importante para a conjuntura econômico, como é a taxa básica de juros Selic, que requer um entendimento mais correto e legitima no seu papel como incitadora do crescimento brasileiro.
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