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2015 FTEC – FACULDADE DE TECNOLOGIA PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE [FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES] 1) INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS; 2) OBRAS DE CONTENÇÃO; 3) CONCEPÇÃO DE OBRAS DE FUNDAÇÕES; 4) FUNDAÇÕES RASAS; 5) FUNDAÇÕES PROFUNDAS. 2 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 1. INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS PARA FUNDAÇÕES........................................... 04 1.1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 04 1.2. SPT – SONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO À PERCUSSÃO.............................. 04 1.3. SPT-T – MEDIÇÃO TORQUE SONDAGENS SIMPLES RECONHECIMENTO....................................................................................................... 08 1.3.1. O ÍNDICE DE TORQUE (TR)............................................................................................ 08 1.3.2. CONCEITO DE “N” EQUIVALENTE (Neq)......................................................................... 08 1.4. CORRELAÇÕES DIVERSAS – RESISTÊNCIA SOLO x PENETRAÇÃO “N” DOS ENSAIOS SPT............................................................................................................................... 09 1.4.1. CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O ESTABELECIMENTO DE CORRELAÇÕES EM AREIAS.......................................................................................................................... 09 1.4.2. EFEITO DO ENVELHECIMENTO (AGING – AF Aging Factor)............................................. 10 1.4.3. CORRELAÇÃO COM O ÂNGULO DE ATRITO INTERNO (φ) DAS PARTÍCULAS DE AREIA........................................................................................................................... 11 1.4.4. RESISTÊNCIA NÃO DRENADA DE ARGILAS SATURADAS................................................. 12 1.4.5. RESISTÊNCIA NÃO DRENADA DE ARGILAS SATURADAS.................................................. 12 1.4.6. MÓDULO DE ELASTICIDADE........................................................................................... 13 1.4.7. MÓDULO DE CISALHAMENTO MÁXIMO (G0 ou Gmax).................................................. 13 1.4.8. TENSÃO DE RUPTURA DE FUNDAÇÕES DIRETAS EM AREIAS.......................................... 13 1.5. INFORMAÇÕES RELEVANTES FORNECIDAS PELO SPT-T E NÃO DISPONÍVEIS NO CASO DO SPT.......................................................................................................................... 13 1.5.1. PEDREGULHOS NO INTERIOR DE UMA MASSA DE SOLO SEDIMENTAR ARENOSO E FRAGMENTOS DE ROCHA EM SOLOS SAPROLÍTICOS...................................................... 13 1.5.2. IDENTIFICAÇÃO DE SOLOS COLAPSÍVEIS........................................................................ 14 1.5.3. EXTRAPOLAÇÃO DA EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA COM OS SOLOS DA BACIA SEDIMENTAR TERCIÁRIA DE SÃO PAULO (BSTSP) PARA OUTROS SOLOS............................................................................................................................. 15 1.5.4. AVALIAÇÃO INDIRETA DA EFICIÊNCIA DO EQUIPAMENTO QUE SERÁ UTILIZADO PARA EXECUÇÃO DO SPT.......................................................................................................... 15 1.6. AMOSTRAGEM.......................................................................................................... 15 1.6.1. AMOSTRAGEM DEFORMADA........................................................................................... 15 1.6.2. AMOSTRAGEM INDEFORMADA...................................................................................... 16 1.7. PRESSIOMÊTROS........................................................................................................ 17 3 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 4 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 1. INVESTIGAÇÕES GEOLÓGICO-GEOTÉCNICAS PARA FUNDAÇÕES 1.1. INTRODUÇÃO Para conhecermos totalmente o substrato a ser analisado, e elaborarmos o melhor projeto geotécnico e de fundações, seguimos estes procedimentos macros: IDENTIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO CONSTITUIÇÃO DAS CAMADAS Para tanto devemos proceder a obtenção de amostras para ensaios de duas categorias: 1) “In situ” – ensaios elaborados no campo que, na prática, há praticamente predominância total; 2) Em laboratório – este tipo de investigação está restrito aos casos especiais da engenharia, principalmente em locais de ocorrência de solos coesivos. Entre os ensaios de campo existente e praticados em todo o mundo, alguns se destacam: 1) SPT = “Standard Penetretion Test”; 2) SPT-T = “Standard Penetretion Test”, complementado com medidas de torque; 3) CPT = Ensaio de penetração de cone; 4) CPT-U = Ensaio de penetração de cone, complementado com medidas de pressões neutras, também chamados de Piezocones; 5) “Vane Test” = Ensaios de palheta; 6) Pressiomêtros = modelo de Ménard e auto-perfurantes; 7) Dilatômetros = modelo de Marchetti; 8) Provas de carga = Ensaios de carregamento de placa; 9) “Cross-Hole” = ensaio geofísico. Custo menor Custo maior Mais utilizados Análise detalhada Desatualizados Futuro potencial Geofísicos 1) SPT 1) CPT Placas 1) Vane Test Cross Hole (valor módulo de cisalhamento máximo) 2) SPT-T 3) CPT-U 2) Dilatômetro 3) Pressiômetro Tabela 1.01 Dos ensaios geofísicos, o mais importante para a Engenharia de fundações é o ensaio “Cross- Hole”, que fornece o módulo de cisalhamento máximo (Go), principal parâmetro geotécnico para estudos das características de rigidez dos solos, ou seja, graficamente: fornece escalas de degradação do solo pelo aumento das deformações cisalhantes, pegando níveis baixíssimos de deformação. Tudo isto é fundamental para fundações sujeitas a esforços dinâmicos, como por exemplo, as fundações “OFF SHORE” (Geotecnia Off Shore e/ou Geotecnia Marinha), estruturas construídas dentro e sob os mares: túneis e fundações (no Brasil, principalmente para estruturas de exploração de hidrocarbonetos). Este tipo de fundações (off shore) não estão no conteúdo programático do curso em questão. 1.2. SPT – SONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO À PERCUSSÃO A sondagem à percussão seja talvez o mais antigo e usado procedimento geotécnico de campo, pois tem capacidade de amostrar o subsolo; este quando associado: SONDAGEM PERCUSSÃO + PENETRAÇÃO DINÂMICA = SPT O SPT mede a resistência do solo ao longo de uma profundidade desejada, da seguinte maneira: 5 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE - Retira-se amostras deformadas a cada um (01) metro de solo atravessado; - Mede-se a resistência (N) oferecida pelo solo à cravação do amostrador padrão, ou seja, a cada metro perfurado; - Mede-se a posição do NA quando encontrado durante a perfuração. O ensaio foi idealizado e teve seu procedimento apresentado por Décourt et al, em 1988. No Brasil o mesmo está normalizado pela ABNT através da NBR 6484, conforme abaixo: 1) Crava-se um amostrador padrão por queda livre: Altura = 75cm; Peso = 65 kg (martelo); 2) Determina-se em planta a posição dos pontos (furos) na área a ser investigada; usualmente fura-se nos limites do lote (lindeiros) e em locais demaior concentração de carga; 3) Distancias entre furos: áreas urbanas = 15 a 30 metros; áreas rurais (campo aberto) = 50 a 100 metros; 4) Evitar muitos furos alinhados e principalmente, um único furo, nunca utilizar; 5) As resistências à penetração, para projetos de fundações, são tratadas de forma estatística; 6) Em corte (na vertical) os furos de sondagem devem ser nivelados em relação a um único RN para toda a obra, de preferência fora do local de execução, por exemplo, um meio-fio; 7) A topografia das sondagens é de extrema importância e deve ser refeita qualquer que seja o tipo de interferência – terraplenagem de terreno e variações de marés; 8) A sondagem propriamente dita inicia-se com a montagem do “tripé” – um conjunto de roldanas e cordas para auxilio na composição da haste e levantamento do martelo; 9) Com uso de um “trado cavadeira”, perfura-se até um metro de profundidade, recolhe-se uma amostra representativa do solo, que serão numeradas a partir da “Amostra 0”; 10) Feito o furo, acondiciona-se na ponta da haste (1”) o amostrador padrão (1 3/8” e 2”, diâmetros interno e externo) que é apoiado no fundo da perfuração aberta; 11) Neste momento ergue-se o martelo (75cm) e deixa-se que o mesmo caia sobre a haste, procedimento realizado até que 45cm do amostrador padrão tenha penetrado no solo; 12) Conta-se o número de golpes necessários para cada penetração equivalente à 15cm (dos 45cm totais); 13) A soma do número de golpes necessários à penetração dos últimos 30cm do amostrador é designada como “N”; 14) A amostra do “bico” do amostrador deve ser recolhida e acondicionada; 15) Prossegue-se então a abertura de mais um metro de furo, até alcançar a cota seguinte, ou seja, 2m – para tanto se utiliza um trado helicoidal, que remove o material perfurado (desde que tenha certa coesão e não esteja abaixo do NA); Quando não é possível seguir com “avanço a trado”, seja por resistência exagerada do solo ou presença do NA, prossegue-se a perfuração com auxílio de circulação (injeção) de água sob pressão, com uso de motobomba, uma caixa d´água para decantação e um “trépano”, equipamento que substitui o amostrador padrão na ponta da haste. Algumas vezes, para se preservar estáveis as paredes do furo, pode ser necessário uso de cravação de “tubos de revestimento”, geralmente com 3” de diâmetro. A profundidade a ser atingida depende do porte da obra a ser edificada e conseqüentemente das cargas a serem transmitidas ao terreno. A NBR 6484 fornece critérios mínimos como orientação, por 6 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE isto, para que não se fure nem a mais nem a menos que o necessário ao projeto de fundações, o profissional (Engenheiro) deve acompanhar as sondagens e realizar inspeções visuais (feeling). Importância primordial tem a determinação do nível d´água (NA). Geralmente observa-se que a água provém do fundo ou das paredes do furo, ocupando-o em parte; por isto devemos aguardar sua estabilização para somente depois anotarmos a profundidade da superfície correspondente de água. Recolhe-se o primeiro surgimento de água com auxílio do “baldinho” (cano de 1” de diâmetro), aguarda- se o surgimento novamente da água, deixa-se estabilizar e anota-se novamente a profundidade da lâmina. Atentar para a existência de mais de um lençol no mesmo furo, o chamado “lençol empoleirado”. Nestes casos devemos revestir o furo para isolar o primeiro lençol, prosseguindo-se a perfuração a trado até detectar-se o seguinte. AMOSTRAS EM MÃOS: Laboratório = para análise tátil e visual; Classificação = Definição das camadas de solo sedimentar (tipos e espessuras); Dúvidas em relação a solos que se situam nas fronteiras granulométricas (ex.: argila siltosa ou silte argiloso?), executar ensaio granulométrico laboratorial, ex.: limites de Atterberg. Determinar os perfis individuais (por furo) do subsolo, que devem conter: 1) Cota ou Elevação – nivelamento vertical (RN, em corte); 2) Todas as camadas horizontais encontradas; 3) Cota do NA (nível d´água); 4) “N” – num. necessário de golpes (/ camada) à cravação dos últimos 30cm do amostrador. 7 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 8 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 1.3. SPT-T – MEDIÇÃO TORQUE SONDAGENS SIMPLES RECONHECIMENTO A introdução desse ensaio na rotina de serviços de sondagem, assim como o estabelecimento das regras básicas para sua interpretação, é obra de Décourt e Quaresma Filho (1991 e 1994). Basicamente o equipamento constitui-se de: - Torquímetro = capacidade mínima de 50 kgf x m; melhor: 80 kgf x m c/ ponteira de arraste; - Chave soquete = ferramenta sextavada, para aperto ou afrouxo de pinos e porcas; - Disco centralizador = em aço, diâmetro 3”, furo central de 1 ¼”, objetivo de manter a percussão centralizada em relação ao tubo guia; - Pino adaptador = tarugo sextavado em aço, diâmetro 1 ¼” com rosca BSP de 1”. A medida de torque, conforme NBR 6484, deve ser feita a cada ensaio de penetração (SPT). Depois de cravado o amostrador padrão, retira-se o batedor e coloca-se o disco centralizador apoiado no tubo guia e, rosqueia-se na mesma luva do batedor, o pino adaptador. A chave soquete vai no pino onde será acoplado por sua vez o torquímetro. O torquímetro serve de alavanca e é movimentado circularmente (rotacionado), num plano horizontal e em torno de um operador, onde alguém deve observar e anotar o máximo valor lido, interrompendo imediatamente a rotação (no instante da leitura máxima). Em alguns casos pode ser interessante anotar o valor residual, após o torque máximo. 1.3.1. O ÍNDICE DE TORQUE (TR) O estabelecimento de correlações estatísticas entre o torque e o valor da resistência a penetração, permite classificar os solos de acordo com a sua estrutura interna. A principal delas é o índice de torque: TR = T / N Onde: T = torque medido em kgf x m; N = valor medido SPT, soma do núm. de golpes p/penetração de 30cm do amostrador. 1.3.2. CONCEITO DE “N” EQUIVALENTE (Neq) O principal método de interpretação do ensaio SPT-T tem por base o conceito de Neq. A bacia sedimentar terciária de São Paulo é a região (solo) mais estudada do Brasil, cujo índice de torque (relação T / N) é de aproximadamente 1,2. Para um solo qualquer, segundo Décort (1991b), o Neq trata-se do valor do torque (T) dividido por 1,2. A idéia aqui seria utilizar preferencialmente o valor do torque, mais confiável em relação a estrutura do solo que os valores de (N), relacionando um tipo de solo qualquer com o solo de São Paulo, 9 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE pouco estruturados e que possuem um grande número de correlações estabelecidos. Este procedimento é recomendado com cautela e não é obrigatório. Outra utilização dos valores de torque é nas correlações diretas entre o atrito unitário de estacas e o atrito unitário amostrador (Alonso, 1994). 1.4. CORRELAÇÕES DIVERSAS – RESISTÊNCIA SOLO x PENETRAÇÃO “N” DOS ENSAIOS SPT Devemos lembrar que o SPT trata-se de um ensaio mecânico operado por humanos, ou seja, suscetível a erros. Tipos de equipamentos, manutenção, calibrações e falhas de operação (anotação de tempos e valores errados), podem ser chamados de nível de eficiência (Ei) do SPT. A eficiência do SPT brasileiro, quando executado rigorosamente de acordo com NBR 6484, fica em média de 72% (Décourt et al 1989). Nos EUA atualmente, comercialmente falando, existe venda de ensaios com eficiências entre 40% e 95%. 1.4.1. CONDIÇÕES BÁSICAS PARA O ESTABELECIMENTO DE CORRELAÇÕES EM AREIAS Para que encontremos a verdadeiraresistência à penetração, dois fatores são fundamentais: 1) Eficiência do SPT; 2) Nível médio de tensões na profundidade de ensaio. Estes valores encontrados devem ser comparados, sempre, a valores de resistência a penetração pré-determinadas (ou experimentais) a várias profundidades. Temos também a opção de Décourt (1989), que recomenda que os valores de N sejam corrigidos pela seguinte expressão: CN = (σ’1 / σ’) 0,5 e N1 = CN * N Onde: σ’1 = tensão efetiva para areia normalmente adensada, sujeita a tensão vertical efetiva (σ’V) de 100 kPa; σ’ = tensão efetiva ano nível de execução do SPT. Mundialmente convenciona-se utilizar um nível de eficiência de 60% (padrão de segurança - Ei = 60%). O valor de N padronizado, para uma determinada “σ’1“ é designado por (N1)60. EXEMPLO Areia normalmente adensada, sem água (NA) e peso específico (N) de 18 kN/m 3 , teríamos: σ’V = 36 kN/m 2 ; Profundidade (Z) = 2,0 m; N60 = 5 (soma golpes – cinco - à prof. de 2,0m, para cravar últ. 30 cm do amostrador); N1 = CN * N N1 60 = (σ’1 / σ’) 0,5 * N N1 60 = (100 / 36) * 5 N1 60 = 8,33 golpes 10 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE σ’V = 360 kN/m 2 ; Profundidade (Z) = 20,0 m; N60 = 16 (soma golpes - dezesseis - à prof. de 20,0m, para cravar últ. 30 cm do amostrador); N1 = CN * N N1 60 = (σ’1 / σ’) 0,5 * N N1 60 = (100 / 360) * 16 N1 60 = 8,43 golpes As areias devem ter obrigatoriamente corrigidos seus valores de N-SPT. Repare nos exemplos acima que esta areia, a 20m de profundidade, apesar de apresentar N-SPT 16, tem a mesma compacidade relativa do que a areia a 2m de profundidade, que apresenta valor de N-SPT 5. O ensaio apresenta um índice de compacidade relativa da areia (ID) equivalente a 37%, ou seja, N1 60 / ID 2 ≈ 60, segundo Skempton (1986). 1.4.2. EFEITO DO ENVELHECIMENTO (AGING – AF Aging Factor) Aging é um fenômeno que ocorre com as areias, caracterizado pelo aumento da rigidez com o tempo. O fator de idade foi introduzido por Décourt (1989) e é definido como a relação entre a resistência à penetração de uma areia naturalmente envelhecida e a resistência que a mesma areia daria, mantidas as mesmas condições de densidade de antes do carregamento (ou em laboratório). A tabela 1.02, apresentada por Skempton (1986), mostra a variação da resistência pelo tempo do depósito da areia. Fica claro também que valores determinados em laboratórios ou câmaras de calibração não devem ser aplicadas na prática. Valores de campo de N-SPT devem ser multiplicados por 0,50 – 0,60 (inverso do fator de idade AF) para que correlações com valores obtidos em câmaras de calibração possam ser utilizadas de forma adequada, na prática de engenharia. TIPO IDADE (anos) N1 60 / ID 2 Ensaios de laboratórios 10 -2 35 Aterros recentes 10 40 Depósitos naturais > 10 2 55 Tabela 1.02 1.4.3. CORRELAÇÃO COM O ÍNDICE DE DENSIDADE (COMPACIDADE RELATIVA) ID DAS AREIAS Entre as diversas correlações existentes na literatura, recomenda-se as de Skempton (1986), válidas para areias naturais normalmente adensadas, reproduzida na Tabela 1.03: ID (%) 0 15 35 65 85 100 MUITO FOFA FOFA MÉDIA COMPACTA MUITO COMPACTA 0 3 8 25 42 58 (N1)60 Para areias médias ID entre 35% e 85% (N1) 60 / ID 2 ≈ 60; Para areias finas (N1) 60 / ID 2 ≈ 55; Para areias grossas (N1) 60 / ID 2 ≈ 65; 11 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 1.4.4. CORRELAÇÃO COM O ÂNGULO DE ATRITO INTERNO (φ) DAS PARTÍCULAS DE AREIA GIBBS e HOLTZ (1957) DE MELLO (1967, 1971) DÉCOURT (1989) Os estudos de Décourt levam em conta as diferenças entre areias frescas (de laboratório) e areias encontradas na natureza (Aging), os efeitos de sobreadensamento e a eficiência dos equipamentos e ensaios de SPT. A tabela 1.04 e o ábaco da Figura 1.05 apresentam os valores de ângulo de atrito interno (φ) em função de (N1) 60, isto é, do número de golpes N do SPT em uma areia natural (com aging) convertido para uma tensão efetiva vertical de confinamento de 1,0 kgf/cm 2 (100 kPa), para eficiência padrão de 60%. (N1) 60 Φ ( o) 6,41 30 7,63 31 9,02 32 10,59 33 12,37 34 14,41 35 16,73 36 19,40 37 22,48 38 26,04 39 30,17 40 34,99 41 40,64 42 47,28 43 Tabela 1.04 12 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE No Brasil, para convertermos o N-SPT para N60, basta multiplicar o número de golpes por 1,2 (72% / 60% = 1,2). Segundo estudos de De Mello (1967-1971) as correlações de N com φ são as mais adequadas, muito melhores que as correlações de N com ID. Podemos estimar e comparar ID x φ de solos granulares de características diversas, como apresentadas em estudos de Burmister (1948): 1.4.5. RESISTÊNCIA NÃO DRENADA DE ARGILAS SATURADAS Decourt (1989), baseado em processos empíricos (e sondagens confiáveis), recomenda que a resistência não drenada de argilas saturadas* seja dada por: Cu = 12,5 N (kN / m 2) * Resistências obtidas a partir de ensaios de compressão triaxial rápidos (Ensaios UU – não adensado / não drenado), tendo-se o cuidado de reproduzir em laboratório as tensões e condições “in situ”. 1.4.6. MÓDULO DE ELASTICIDADE Decourt et al (1989) foi quem sugeriu a correlação do módulo de elasticidade do solo: E = 30 N72 (MN / m 2) A tabela 1.05 faz distinção entre três tipos de solo e levando-se em consideração a elevada não linearidade no nível de tensões/deformações, ou seja na prática, são válidas para sapatas quadradas rígidas com recalques admissíveis da ordem de 1% do seu lado. TIPO DE SOLO E (MN/m2) Areias 3,5 N72 Solos intermediários 3,0 N72 Argilas saturadas 2,5 N72 13 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 1.4.7. MÓDULO DE CISALHAMENTO MÁXIMO (G0 ou Gmax) Segundo Stroud (1988): G0 = 7,0 N72 (MN/m 2) Segundo Barros (1992) para argilas lateríticas: G0 = 47,5 N72 0,72 (MN/m2) 1.4.8. TENSÃO DE RUPTURA DE FUNDAÇÕES DIRETAS EM AREIAS Segundo Briaud e Jeanjean (1994) a tensão convencional de ruptura de fundações quadradas, rasas, em areias, pode ser aproximadamente avaliada por: qP ≈ 95 N60 (kN/m 2) qP ≈ 115 N72 (kN/m 2) A ruptura acima considerada não é física mas sim a convencional, definida como a carga correspondente a uma deformação de 10% da largura da sapata. 1.4.9. TENSÃO DE RUPTURA DE PONTA E DE ATRITO LATERAL DE ESTACAS Este tema será abordado profundamente mais adiante em capítulo específico. 1.4.10. PRESSÃO DE PRÉ-ADENSAMENTO DE ARGILAS (σ’P) Para os solos do estado de SP, Décourt (1989) sugere: σ’P = 33,33 N72 (kN/m 2) 1.5. INFORMAÇÕES RELEVANTES FORNECIDAS PELO SPT-T E NÃO DISPONÍVEIS NO CASO DO SPT 1.5.1. PEDREGULHOS NO INTERIOR DE UMA MASSA DE SOLO SEDIMENTAR ARENOSO E FRAGMENTOS DE ROCHA EM SOLOS SAPROLÍTICOS Em uma camada de areia é freqüente encontrar camadas que ofereçam um ligeiro aumento e determinada resistência à penetração, na prática, em locais (camadas) específicos onde os valores de N- SPT aumentem subitamente, acima de 3x, 4x até mais de 5x a resistênciada camada anterior. EXEMPLO Considere uma areia com valores de N entre 10 e 15 e valores de torque T entre 12 e 16, a certa profundidade; mais adiante em um dado local, mede-se uma penetração N 40, porém, valores de torque praticamente na mesma faixa, 10 a 16. Na prática, um relatório deste furo de sondagem está ilustrado na figura: 14 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE Figura 1.07 – Presença de pedregulhos em maciço de solo arenoso De acordo com os critérios da NBR 6484, neste ponto teríamos uma areia muito compacta, que na realidade trata-se de pedregulho com dimensões semelhantes à do bico do amostrador e, por este motivo interferem na medida de N, porém não representam na prática nem mesmo uma densidade mais elevada. Os valores de torque não afetados pela presença de pedregulhos de mesmo diâmetro na ponta do amostrador, o que demonstra a imprecisão dos valores de N nesta faixa. 1.5.2. IDENTIFICAÇÃO DE SOLOS COLAPSÍVEIS Argilas colapsíveis podem ser identificadas facilmente através do índice de torque “TR”. Valores de TR entre 1,0 e 1,2 indicam solos estáveis com índice de colapsividade IC ≤ 2%, enquanto valores de TR iguais ou superiores a 2,0, são indicativos de solos colapsíveis. Isto fica comprovado na figura 1.08, extraída de Décourt (1992): 15 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 1.5.3. EXTRAPOLAÇÃO DA EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA COM OS SOLOS DA BACIA SEDIMENTAR TERCIÁRIA DE SÃO PAULO (BSTSP) PARA OUTROS SOLOS Como já comentado, o solo mais estudado é o da chamada região BSTSP. O conceito de Neq (N- SPT Equivalente) permite estabilizar alguns valores de casos onde o SPT tradicional apresenta ora subavaliados, ora superavaliados, tais como para estimar: - Estrutura dos solos (resistência a penetração); - Sobreadensamento em areais; A resistência a penetração é determinada com certa precisão pelo torque e índice de torque (TR). Para solos da BSTSP essa relação é 1,2 (torque kgf x m). Quanto maior o TR (índice de torque) mais estruturado será o solo. Reforçando este procedimento não é obrigatório. Vários estudos mostram o Neq pode ser útil não só para a região em questão: Terzaghi e Peck (1948), De Mello (1967-1971), Clayton et al (1985), Décourt (1989), Décourt (1993), Décourt e Quaresmo Filho (1994), Décourt e Niyama (1994). Na presente data essas relações refletem apenas uma especulação, não se constituindo em algo devidamente comprovado. 1.5.4. AVALIAÇÃO INDIRETA DA EFICIÊNCIA DO EQUIPAMENTO QUE SERÁ UTILIZADO PARA EXECUÇÃO DO SPT Uma vez conhecido o solo e tendo-se estabelecido o provável número de TR, podemos avaliar a eficiência do equipamento utilizado com outro qualquer em uso em área próxima. Conforme preconizado pela norma brasileira, em um mesmo tipo de solo, os valores de torque não podem variar. Os valores de N, porém, são muito sensíveis a variações de eficiência, acarretando variações proporcionais no índice TR: Equip. descalibrado num. “X” torque = núm. N superiores ao real = TR inferior ao real; Equipamento cabibrado num. “X” torque = núm. N padrão = TR próximo do real. 1.6. AMOSTRAGEM Toda amostragem deve ser precedida de um mapeamento de simples reconhecimento, por dois motivos: 1) Localizar exatamente a camada desejada; 2) Definir amostra adequada para terreno do sub-solo. Estas amostras são divididas em dois grandes grupos: 1) Deformada; 2) Indeformada. 1.6.1. AMOSTRAGEM DEFORMADA Durante o processo de obtenção da amostra, não há preocupação de manter inalteradas a estrutura e as condições de umidade do solo. Normalmente utilizadas para: Determinar características físicas do solo; Estudos de materiais de jazidas de empréstimo; Determinação de parâmetros para compactação (Ensaio de Compactação - Proctor); Determinação de resistência de solos compactados (Ensaio CBR). 16 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE À pequenas profundidades estas amostras são usualmente obtidas com: Pá e picareta (superficial); Trado concha ou cavadeira manual. Procedimentos de coleta: Quantidade representativa armazenada em cápsula de alumínio vedada; Em perfurações a trado ou escavadeira deve-se considerar as mudanças de camada e armazená-las sem recipientes separados; Cada amostra deve conter: 1) Número; 2) Profundidade; 3) Tipo de material (análise visual); 4) Posição em relação ao NA. 1.6.2. AMOSTRAGEM INDEFORMADA São aquelas onde se espera coletar uma amostra o mais representativa possível da realidade, ou seja, mantendo os parâmetros que o solo que apresenta em seu estado natural. Na realidade o que se obtém é uma amostra pouco deformada, cuja qualidade é função: Qualidade do procedimento de coleta e amostragem; Formas de embalagem, acondicionamento e transporte da amostra; Tempo de armazenamento; Método de retirada e qualidade de ensaio em laboratório. Existem, comercialmente falando, três tipos (maneiras) de se obter uma amostra indeformada. As opções são escolhidas em função da profundidade, tipo de material, posição da camada em relação ao NA. As maneiras mais comuns de amostra indeformada: Blocos (indeformados), Amostras Shelby e Amostras Denison. 1) BLOCOS INDEFORMADOS Normalmente retirados via poços de inspeção: - Materiais estáveis (solos finos e coesivos); - Situados acima do NA; - Blocos de aresta 30 cm; - Retirados (esculpidos) das laterais e do fundo do poço; 17 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE - Amostras são envolvidas em tela de tecido e parafinadas (manter umidade); - Transportados em caixas com serragem; - Em laboratório são armazenadas em câmara úmida / fria; - Marcar no bloco a orientação ao norte e a identificação das fases superior e inferior. Amostras obtidas por intermédio de amostradores: 2) AMOSTRAS SHELBY Normalmente retiradas com amostradores de latão, alumínio ou aço inox, de parede fina, denominados Shelby. Utilizados em solos de baixa consistência. Quanto maior o diâmetro do amostrador, melhor a qualidade da amostra, estes usualmente ficam entre 3” e 4”. A amostragem é realizada com auxilio de equipamento de sondagem a percussão, com uso de um tubo de revestimento de 6”. Após a abertura do furo até a cota do início da sondagem, limpa-se o canal para garantir a qualidade da amostra, e posiciona-se o amostrador no fundo da vala: - Com auxílio de cabo de aço crava-se o amostrador de forma a penetrá-lo no material; - Nunca penetrar demais o amostrador, do contrario ao remover-se a amostra ela sofreria compressão, deixando de ser indeformada; - Retirada a amostra, imediatamente sela-se as extremidades com parafina; - Transportados em caixas com serragem; - Em laboratório são armazenadas em câmara úmida / fria; - As amostras devem ser mantidas sempre na vertical (conforme posição natural). 3) AMOSTRAS DENISON Amostras removidas com auxílio de sonda rotativa e utilização de amostradores Denison. Tais amostradores levam em seu interior uma camisa de latão onde fica acondicionada a amostra retirada. Este tipo de amostra é ideal para solos com certa resistência e camadas situadas abaixo do NA. Quanto maior o diâmetro do amostrador melhor a amostra, sendo que, comercialmente falando, geralmente o diâmetro disponível da camisa é de 2 ½”, e o bom equipamento contém: - Amostrador Denison com perfuração rotativa e tubo de revestimento HW; - Sistema rotativo com avanço refrigerado à água e proteção para amostra; - Sistema de proteção da amostra ao movimento de rotação doamostrador. 1.7. PRESSIOMÊTROS 18 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 7. ANÁLISE, PROJETO E EXECUÇÃO DE FUNDAÇÕES RASAS 7.1. INTRODUÇÃO - Apóiam-se a uma pequena profundidade em relação ao solo circundante; - Entenda-se como pequena profundidade a seguinte relação: A profundidade (D) dividida pela largura da base (B) de fundação, deve ser menor ou igual a um (1). - A profundidade das escavações para sub-solo, por exemplo, não é levada em consideração na classificação do tipo de fundação; - Em seu dimensionamento serão considerados fundamentais: 1) Tensão admissível do solo de apoio (σa); 2) σa = estimado através dos critérios de segurança (ruptura do solo) e deslocamentos (recalques do solo); 3) Recalque limite aceitável para um dado problema prático; 7.2. TIPOS DE FUNDAÇÕES RASAS Do ponto de vista estrutural temos: SAPATAS, BLOCOS e RADIERS. 7.2.1. BLOCOS DE FUNDAÇÃO - Feitos em concreto simples (não armados); - Altura (H) relativamente grande, calculada para que a estrutura trabalhe somente à compressão (as tensões de tração são absorvidas pelo mesmo); - Formas: cônica (tubulão a céu aberto), escalonado ou pedestal. 19 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 7.2.2. SAPATAS DE FUNDAÇÃO - Feitas em concreto armado; - Altura (H) menor quando comparadas aos blocos; - Resistem principalmente por flexão; - Forma muito variável (em planta): quadrada (B = L); retangular (L ≤ 5*B); - Podem ser associadas, principalmente quando a proximidade entre pilares impede o cálculo do elemento isolado; neste caso uma única sapata serve de fundação para dois ou mais pilares; - Nas divisas não é possível projetar sapatas centradas nos pilares, deve-se então utilizar uma viga de equilíbrio (viga alavanca), para corrigir-se a excentricidade existente. 7.2.3. RADIER É como se todos os pilares de uma estrutura transmitissem as cargas ao solo através de uma única sapata. - Dadas as proporções, os radiers podem se tornar uma solução onerosa; - Em terrenos urbanos confinados, sua execução torna-se mais difícil; - Exemplo de radier flexível = em VARGAS, 1953 (BB centro de SP). 20 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE 7.3. DIMENSIONAMENTO DE FUNDAÇÕES RASAS (DIRETAS) 7.3.1. INTRODUÇÃO Etapas do dimensionamento de fundações diretas: 1) Estimar a tensão admissível do solo de apoio (σa); 2) Estimar a geometria (lados) e seu posicionamento em planta; 3) A geometria é definida (proporções) por questões estruturalmente econômicas. 7.3.2. DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS ISOLADAS Para compreensão, usaremos um exemplo prático, conforme ilustrado na figura abaixo, onde temos um pilar previamente definido com seção retangular. - Fundações diretas = carga aplicada ao solo através da área de contato; A = P / σa = B * L Dimensionamento econômico = momentos aprox. iguais nas duas abas (d) em relação à mesa Pode ser utilizado um coef. de segurança, equivalente à 10% da carga vertical atuante, para levar-se em consideração o peso próprio da sapata. - Isto significa que os balanços (d) deverão ser aproximadamente iguais nas duas direções; 21 FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES – FTEC – PROF. ANDRÉ LUÍS ABITANTE B = b + 2d + 5(cm) L = l + 2d + 5(cm) - Subtraindo-se: L – B = [l + 2d + 5] – [b + 2d + 5] L – B = l – b - Outras relações úteis são dadas pelas equações: ____________ L = [(l – b)/2] + A + ¼*(l – b)2 B = A / L EXEMPLO: Determinação das dimensões da sapata em planta: Carga (P) = 3800 kN; Pilar = 110 x 25cm; σa = 350 kN / m 2 (350 kPa – entre 200 e 400 kPa, característico das argilas muito rijas). A = P / σa A = 3800 / 350 A = 10,86 m 2 l – b = 110 – 25 = 85cm (0,85m) L = [(l – b)/2] + A + ¼*(l – b) 2 L = [(0,85)/2] + 10,86 + ¼*(0,85) 2 L = 3,75m B = A / L B = 10,86 / 3,75 B = 2,90m Devido ao tempo disponível para esta aula, não serão dimensionadas nem verificadas: 1) Altura da sapata; 2) Excentricidade (se a força normal encontra-se dentro do núcleo central); 3) O módulo de resistência à flexão (W); 4) A tensão máxima de compressão sobre a sapata; 5) Armadura (flexão e cisalhamento); 6) As tensões de aderência. Por norma (NBR) para edifícios a dimensão mínima é da ordem de 80cm para sapatas isoladas, ou 60cm de largura para sapatas corridas. No caso de pilares em “L”, a sapata deve ser centrada em função do centro de gravidade do pilar e, os balanços iguais serão determinados em relação à mesa retangular do topo da sapata.
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