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TOXOPLASMOSE - doenças tropicais e infecciosas

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Universidade Federal de Roraima – UFRR
Centro de Ciências da Saúde – CCS
Curso de Enfermagem
Acadêmicas: Ana Oliveira; Danielly Costa; Jéssica Ferreira; Jhully Sales.
Boa Vista – RR
2017.
TOXOPLASMOSE
DEFINIÇÃO
Doença cosmopolita causada pelo protozoário Toxoplasma gondii
É uma zoonose muito frequente em vários animais.
Nicolle & Manceaux, em 1908 : toxo: arco, plasma: vida, Goldi: rato.
FELÍDEOS
EPIDEMIOLOGIA
Pode atingir >60% da população em determinados países; No entanto < n° casos clínicos
Estima-se que a prevalência de infecção crônica varie de 10-75%
MORFOLOGIA
Habitat: vários tecidos, células (exceto nas hemácias), e líquidos orgânicos
Estágios evolutivos: ciclo sexuado, assexuado e nas fezes
Morfologia depende destes dois!
Formas infectantes: Taquizoítos, Badizóitos e esporozoítos
TAQUIZÓITO
Forma na fase aguda – FORMA PROLIFERATIVA, forma livre ou trofozóito
Multiplicação rápida (tachos=rápido) por endodiogenia
Dentro do vacúolo parasitóforo
Pouco resistentes ao suco gástrico
Células hepáticas, pulmonares, nervosas, submucosas, musculares, líquidos orgânicos e excreções
BRADIZÓITO
Forma na fase crônica da infecção e algumas cepas na fase aguda
Dentro do vacúolo parasitóforo ( forma a capsula do cisto)
Multiplicação lenta (brady= lento) dentro do cisto por endodiogenia e endopoligenia 
OOCISTOS
Forma de resistência que possui parede dupla
Produzidos nas células intestinais dos felídeos e eliminados imaturos
Esféricos, medindo cerca de 12,5 X 11,0 µm
Após esporulação: dois esporócitos com quatro esporozóitos cada
CICLO BIOLÓGICO 
O ciclo biológico do T. gondii desenvolve-se em duas fazes distintas:
Fase assexuada
Fase coccidiana ou sexuada
CICLO BIOLÓGICO 
Um hospedeiro suscetível adquire o parasito e desenvolve a fase assexuada após ingerir: 
Oocistos maduros contendo esporozoítos encontrados em alimentos ou água contaminada;
Cistos contendo bradizoítos encotrados na carne crua;
Taquizoítos eliminadas no leite, mais raro.
Intensa multiplicação intracelular;
Invasão de várias tipos celulares;
Disseminação através da linfa ou do sangue;
Fase inicial = fase aguda.
Fase assexuada
CICLO BIOLÓGICO 
Os processos da reprodução assexuada são:
Endodiogenia: forma especializada de divisão assexuada formando duas células no interior da célula mãe.
Endopoligenia: o mesmo processo, de forma mais rápida, seria uma endodiogenia múltipla.
Fase assexuada
CICLO BIOLÓGICO 
Ocorre somente em células epiteliais do intestino delgado de gatos e outros felídeos jovens não imunes;
Durante o desenvolvimento desse ocorre uma fase assexuada prévia por merogonia seguida por outra sexuada do parasito;
Por esse motivo, esses animais são considerados hospedeiros definitivos.
Fase coccidiana
CICLO BIOLÓGICO 
Um gato jovem não imune se infecta oralmente por oocistos, cistos ou taquizoítos.
Após a ingestão de cistos, oocistos ou taquizoítos, os parasitos liberados no estômago penetram nas células do epitélio intestinal do gato sofrerão um processo de multiplicação por merogonia, dando origem a vários merozoítos.
A célula se rompe e libera os merozoítos que vão penetrar novas células epiteliais, e vão se diferenciar formando gametas masculinos móveis (microgametas com dois flagelos) e femininos imóveis (macrogametas).
Fase coccidiana
CICLO BIOLÓGICO 
A maturação no meio exterior ocorrerá por um processo denominado esporogonia, após um período de 5 dias, em média.
O oocisto, em condições de umidade, temperatura e local sombreado favorável, é capaz de se manter infectante por cerca de 12 a 18 meses. 
Fase coccidiana
CICLO BIOLÓGICO 
		O tempo decorrido entre a infecção e o aparecimento de novos oocistos nas fezes dos felídeos dependerá da forma ingerida:
3 dias, quando a infecção ocorrer por cistos;
19 dias ou mais, por taquizoítos;
20 ou mais dias, por oocistos.
Fase coccidiana
TRANSMISSÃO
A infecção por T. gondii constitui uma das zoonoses mais difundidas no mundo.
Em todos os países, grande parte da população humana e animal, apresenta parasitismo pelo T. gondii.
Essa prevalência se dá devido a fatores geográficos, climáticos, hábitos alimentares, tipo de trabalho, etc.
Formas de transmissão:
Oocistos nas fezes de gato;
Cistos presentes em carnes;
Taquizoítos no sangue de gestante.
IMUNIDADE
São complexas e envolvem mecanismos:
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IMUNIDADE
INVASÃO/PENETRAÇÃO
Roptrias: liberam proteínas da família ROP ( importantes para invasão e formação/manutenção do vacúolo parasitóforo. 
INVASÃO/PENETRAÇÃO
O oocisto esporulado libera os esporozoitos.
Esporozoítos penetram no epitélio intestinal e invadem vários tipos celulares
INVASÃO/PENETRAÇÃO
INVASÃO/PENETRAÇÃO
Taquizoítas (do grego taqui=rápido) são então liberados e irão invadir novas células.
Disseminam-se por via sanguínea ou linfática
Invadem o tecido muscular, nervoso (cérebro) e vísceras
Fase proliferativa (aguda)
INVASÃO/PENETRAÇÃO
PH, temperatura , fatores imunológicos
Taquizóitos			 Badizóitos
A forma cística com bradizóitas contribui para o sucesso do parasito:
O cisto sobrevive a ingestão e passagem pelo estomago
É refratário à resposta imune e aos medicamentos
Estado de dormência- permite a persistência benigna do parasito
Infectante através do consumo das vísceras
INVASÃO/PENETRAÇÃO
PATOGENIA
Fatores : cepa do parasito; resistência do hospedeiro e o modo de infecção 
Toxopasmose Transplacentária ou pré-natal
Grávida na fase aguda da doença ou que tenha reativação;
Consequências dependem
Grau de exposição do feto;
Virulência da cepa;
Capacidade do anticorpos maternos
Período de gestação.
	Aborto, partos precoces ou a termo, dando origem a crianças sadias ou apresentando anomalias e até a morte.
Toxoplasmose Adquirida ou pós-natal
De casos benignos ou assintomáticos até a morte; 
Varia de acordo com a localização:
Ganglionar: comprometimento ganglionar, generalizado ou não, com febre alta
Ocular: Cariorretinete ou retinocoroidite – cistos na retina
Cerebrospinal ou Meningoencefálica: cistos nas células nervosas
Generalizada: forma mais rara, evolução mortal - comprometimento meningoencefálico, miocárdico, pulmonar, ocular, digestivo e testicular.
Cutânea ou Exantemática: Lesões na pele
PATOGENIA
DIAGNÓSTICO
Pode ser clínico ou laboratorial:
Porém o diagnóstico não é fácil de se realizar, pois os casos agudos podem apresentar apena febre, cansaço e linfadenopatia, evoluindo para a forma crônica.
Portanto, a suspeita clínica deverá ser confirmada com diagnóstico laboratorial.
DIAGNÓSTICO
Demonstração do parasito:
Realizada durante a fase aguda, em amostras de líquido amniótico, líquor, lavado brônquio-alveolar. 
Forma encontrada: taquizoíto
Testes sorológicos ou imunológicos:
Indicam a presença e a concentração de anticorpos circulantes, expressa por títulos, que são calculados a partir da diluição do soro sanguíneo.
Possível caracterizar a fase da doença.
DIAGNÓSTICO
Teste de corante ou reação do Sabin Feldman (RSF)
Muito sensível;
Detecta anticorpos;
Não cruza com outras doenças.
Reação de imunofluorecência indireta (RIFI)
Teste de referência para toxoplasmose;
Sensível e seguro;
Pode ser usado tanto na fase aguda quanto na fase crônica.
Testes sorológicos
DIAGNÓSTICO
Hemaglutinação indireta (HAI)
Excelente método de diagnóstico;
Alta sensibilidade e simplicidade de execução;
Adequado para levantamento epidemiológico.
Imunoensaio enzimático ou teste de ELISA
Um dos testes mais utilizados atualmente;
Capaz de detectar anticorpos das classes IgM, IgG e IgA;
Útil para caracterização da fase aguda da donça.
Testes sorológicos
DIAGNÓSTICO
Caso típico de toxoplasmose pós natal: de títulos de IgM e IgG.
Infecção passada de pessoa para pessoa na fase crônica temos: IgG baixo e IgM negativo.
IgM em casos agudos devem desaparecer em 6 a 12 meses
TRATAMENTO
Toxoplasmose Ocular:
Baseada principalmente na administração:
Encefalite em Aidéticos:
Associação de:
Os medicamentos usados são:
Ainda não existe um medicamento eficaz contra a toxoplasmose, na fase crônica da infecção.
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TRATAMENTO
PROFILAXIA
Não ingerir carne crua ou malcozida, e leite cru;
Alimentar bem os gatos de sua casa com carne cozida ou seca, ou com ração de boa qualidade;
Evite contato com fezes dos gatos ou lave bem as mãos após isso ocorrer;
lave bem as mãos após manipular carnes cruas e antes de comer; se estiver gestante, procure usar luvas.
CURIOSIDADES
A prevalência no Brasil é 4 vezes maior que nos EUA.
 Nos EUA, estima-se gastos de $8,8 bilhões relacionados a toxoplasmose congênita humana
Taxa de infecção congênita de 1 / 1000 nascimentos.
Soroprevalência em crianças e mulheres grávidas no Brasil é uma das maiores do mundo
O cachorro não é transmissor fecal.
Obrigado!!!
REFERÊNCIAS
NEVES, D. P. Parasitologia Humana / David Pereira Neves, -- 12. ed. -- São Paulo: Editora Atheneu, 2011.
VERONESI : Tratado de infectologia / editor científico Roberto Focaccia. -- 5. ed. rev. e atual. -- São Paulo : Editora Atheneu, 2015.
MITSUKA-BREGANÓ, R. Toxoplasmose adquirida na gestação e congênita: vigilância em saúde, diagnóstico, tratamento e condutas. Londrina: EDUEL, 2010.

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