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PCC Fisiologia

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Artigos
Título: Determinantes fisiológicos do controle do peso e apetite
Autores: Zuleika S. C. Halpern; Mariana Del Bosco Rodrigues; Roberto Fernandes da Costa
Revista: Ver. Psiq. Clín. 31 (4)
Ano de Publicação: 2004
Título: Individual differences in the neurophysiology of reweard and the obesity epidemic
Autores: DM Small
Revista: International Journal of Obesity
Ano de Publicação: 2009 
A obesidade representa o problema nutricional de maior ascensão entre a população observado nos últimos anos, sendo considerada uma epidemia mundial, presente tanto em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento (MARIATH e colaboradores, 2007). 
As tendências de transição nutricional decorrentes da urbanização e industrialização ocorridas nas últimas décadas apresentam piora dos hábitos alimentares com maior ingestão de alimentos gordurosos, diminuição da atividade física não programada, entre outros fatores, fazem com que patologias previamente tinham pouca expressão na saúde passem a aparecer como verdadeiras epidemias. É neste contexto atual que desponta a obesidade (RASCOVSKI e colaboradores, 2000). 
A obesidade é uma doença endócrino-metabólica crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal sendo seu desenvolvimento atribuído a diversos fatores. Desta forma, não é uma desordem singular, mas um grupo diferente, de condições com múltiplas causas, dentre elas os fatores genéticos, socioeconômicos, psicológicos, os relacionados ao desenvolvimento, atividade física e medicamentos (FRANSCISCHI, 2000).
A etiologia da obesidade é complexa e multifatorial, resultando da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais.
Procurando entender por que, em tão pouco tempo, a obesidade se tornou um problema de tão grande importância, pesquisadores estão procurando respostas nas mais diferentes direções, com achados muitas vezes conflitantes, indo desde a biologia molecular até estudos epidemiológicos, de estudos psicológicos e sociais a clínicos, até a tentativa de entender o problema dentro da teoria da evolução (BARROS FILHO, 2004).
Segundo a ABESO (2009), há um aumento significativo da prevalência da obesidade em diversas populações do mundo, incluindo o Brasil. Há três componentes primários no sistema neuroendócrino envolvidos com a obesidade: o sistema aferente, que envolve a leptina e outros sinais de saciedade e apetite de curto prazo; a unidade de processamento do sistema nervoso central; e o sistema eferente, um complexo de apetite, saciedade, efetores autonômicos e termogênicos, que leva ao estoque energético.
Em indivíduos obesos as concentrações séricas de hormônios se encontram elevadas e ocorre resistência quanto à sua ação. Estes atuam no centro do hipotálamo e são parcialmente responsáveis pelo comportamento alimentar (FARIA; ESCHER; FRANÇA, 2010).
A leptina é um desses hormônios, sendo produzida pela célula adiposa e atuando no sistema nervoso central (hipotálamo), em mamíferos, promovendo a redução na ingestão alimentar e o aumento do gasto energético, além de regular a função neuroendócrina e o metabolismo da glicose e de gordura (ROMERO; ZANESCO, 2006).
Outro hormônio que apresenta relação com a obesidade é a grelina sendo um forte estimulador da liberação de GH nas células somatotróficas da hipófise e do hipotálamo, sendo o ligante endógeno para o receptor secretagogo de GH. Alguns estudos mostram que esse hormônio desempenha sua importância na sinalização de centros hipotalâmicos que regulam a ingestão alimentar e o balanço energético.
A obesidade é resultado de uma ingestão maior do que o gasto energético. Quando a pessoa ingere grandes quantidades de energia (sob forma de alimento), o peso corporal aumenta e a maior parte do excesso de energia é armazenada como gordura. Com isso, a adiposidade excessiva (obesidade) é provocada por uma ingestão superior a demanda energética (GUYTON, 2006).
Como resultado da ação da leptina temos a inibição crônica por ingestão da redução do apetite. Dessa forma o controle a longo prazo é estabelecido de acordo com as reversas de gordura. Entretanto, apesar dos indivíduos obesos apresentarem níveis elevados de leptina, devido à grande quantidade de tecido adiposo, não são desencadeados os efeitos do aumento do metabolismo e da inibição da ingestão por estes indivíduos apresentarem resistência à leptina.
É de extrema importância profissionais da área da saúde atuarem nessa população com práticas, como por exemplo, a intervenção nutricional, mudanças de hábitos alimentares, educação nutricional, prática de atividade física para tratar a obesidade, uma vez que essa patologia é multifatorial. Contudo, pode se observar um índice de grande dificuldade nessas intervenções onde o principal fator é a falta de adesão das pessoas aos programas de reeducação alimentar, bem como na manutenção da perda de peso. 
Dentre alguns fatores que não facilitam o sucesso a adesão a essas intervenções incluem-se: as dificuldades relacionadas ao tempo e ao trabalho, os problemas diários e pessoais, a falta de apoio da família, neste ponto destaca-se a falta de conhecimento do que ser feito, de como ajudar, quais e quanto de alimentos podem ingerir (valores nutricionais), também a falta de motivação para obter os resultados de emagrecimento e os resultados não satisfatórios na busca pela perda de peso durante os tratamentos, a famosa desistência por não obter um resultado imediato (CARVALHO e colaboradores, 2010).

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