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Geografia I

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NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
 
 
 
 
 
GEOGRAFIA 
 
 
 
PREPARAÇÃO PARA O ENEM 
 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO 
CAMILA VIANA 
 
 
PROFESSORA: CRISTIANE PAULA 
 
 
 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
 
URBANIZAÇÃO 
A urbanização é quando o crescimento das cidades é maior que o crescimento do campo. 
O seu principal vetor é a industrialização. 
Urbanização é o crescimento das cidades, tanto em população quanto em extensão 
territorial. É o processo em que o espaço rural transforma-se em espaço urbano, com a 
consequente migração populacional do tipo campo-cidade que, quando ocorre de forma 
intensa e acelerada, é chamada de êxodo rural. 
Em termos de área territorial, no mundo atual, o espaço rural é bem mais amplo do que o 
espaço urbano. Isso ocorre porque o primeiro exige um maior espaço para as práticas 
nele desenvolvidas, como a agropecuária (espaço agrário), o extrativismo mineral e 
vegetal, além da delimitação de áreas de preservação ambiental e florestas em geral. 
 
No entanto, em termos populacionais e em atividades produtivas no contexto econômico e 
capitalista, a cidade, atualmente, vem se sobrepondo ao campo. Observe o gráfico 
abaixo: 
Crescimento da população mundial segundo a ONU. Os dados pós-2010 são apenas projeções¹ 
 
Podemos perceber, com a leitura do gráfico acima, que, pela primeira vez na história, a 
humanidade está se tornando majoritariamente urbana. Os dados após 2010 são apenas 
estimativas (embora existam muitas desconfianças em termos políticos sobre as 
projeções realizadas pela ONU), mas revelam que a tendência desse processo é se 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
intensificar nas décadas subsequentes. Note também, observando o gráfico, que a 
velocidade com que a urbanização acontece é cada vez maior, deixando a curva que 
representa a população urbana cada vez mais acentuada. 
O processo de formação das cidades ocorre desde os tempos do período neolítico. No 
entanto, sob o ponto de vista estrutural, elas sempre estiveram vinculadas ao campo, pois 
dependiam deste para sobreviver. O que muda no atual processo de urbanização 
capitalista, que se intensificou a partir do século XVIII, é que agora é o campo quem 
passa a ser dependente da cidade, pois é nela que as lógicas econômico-sociais que 
estruturam o meio rural são definidas. 
O processo de urbanização no contexto do período industrial estrutura-se a partir de dois 
tipos de causas diferentes: os fatores atrativos e os fatores repulsivos. 
Os fatores atrativos, como o próprio nome sugere, são aqueles em que a urbanização 
ocorre devido às condições estruturais oferecidas pelo espaço das cidades, o maior deles 
é a industrialização. 
Esse processo é característico dos países desenvolvidos, onde o processo de 
urbanização ocorreu primeiramente. Cidades como Londres e Nova York tornaram-se 
predominantemente urbanas a partir da década de 1900, início do século XX, em razão 
da quantidade de empregos e condições de moradias oferecidas (embora em um primeiro 
momento, a maior parte dessas moradias fosse precária em comparação aos padrões de 
desenvolvimento atual dessas cidades). 
 
Os fatores repulsivos são aqueles em que a urbanização ocorre não em função das 
vantagens produtivas das cidades, mas graças à “expulsão” da população do campo para 
os centros urbanos. Esse processo ocorre, em geral, pela modernização do campo que 
propiciou a substituição do homem pela máquina e pelo processo de concentração 
fundiária, que deixou a maior parte das quantidades de terras nas mãos de poucos 
latifundiários. 
 
Esse fenômeno é característico dos países subdesenvolvidos e é marcado pela elevada 
velocidade em que o êxodo rural aconteceu, bem como pela concentração da população 
nas metrópoles (metropolização). Tais cidades não conseguem absorver esse quantitativo 
populacional, propiciando a formação de favelas e habitações irregulares, geralmente 
precarizadas e sem infraestrutura. 
Resumidamente, o processo de urbanização ocorre em quatro principais etapas, sofrendo 
algumas poucas variações nos diferentes pontos do planeta: 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
Esquema simplificado sobre o processo de urbanização na era capitalista 
Em geral, o que se observa, portanto, é a industrialização funcionando como um motor 
para a urbanização das sociedades (1ª ponto do esquema acima). Em seguida, ampliam-
se as divisões econômicas e produtivas, com o campo produzindo matérias-primas, e as 
cidades produzindo mercadorias industrializadas e realizando atividades características 
do setor terciário (2º ponto). Esse processo é acompanhado por um elevado êxodo rural, 
com a formação de grandes metrópoles e, em alguns casos, até de megacidades, com 
populações que superam os 10 milhões de habitantes (3º ponto). Por fim, estrutura-se a 
chamada hierarquia urbana, que vai desde as pequenas e médias cidades às grandes 
metrópoles. 
Vale lembrar que o esquema acima é apenas ilustrativo, pois a sequência desses 
acontecimentos não é linear, muitas vezes os fenômenos citados acontecem ao mesmo 
tempo. 
Outra ressalva importante é a de que tal sequência não acontece de forma igualitária em 
todo o mundo. Nos países pioneiros no processo de urbanização, ela ocorre de forma 
mais lenta e gradativa, enquanto nos países de industrialização tardia, tal processo 
manifesta-se de forma mais acelerada, o que gera maiores problemas estruturais. 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
HIERARQUIA URBANA MUNDIAL 
 
A hierarquia urbana estrutura-se pelas diferenciações econômicas entre as cidades, de 
modo que os grandes centros polarizam os menores. 
A hierarquia urbana é a forma de organização das cidades, em que essas se estruturam 
segundo um sistema econômico que determina que as menores costumam depender ou 
sofrer elevada influência das cidades maiores. Assim, podemos dizer que o espaço 
urbano mundial estrutura-se obedecendo a uma rede, em que os grandes aglomerados 
internacionais polarizam os centros menores. 
É importante considerar que essa relação hierárquica entre as cidades estrutura-se a 
partir da formação de uma rede urbana, que se relaciona com a formação e consolidação 
do processo de globalização. Assim, as relações comerciais e econômicas entre as 
diferentes localidades disseminam-se, integrando-se, assim, em uma malha de 
transportes e comunicações, aumentando as interações e elevando os níveis de 
interdependência entre as diferentes cidades. 
 
 
Para melhor compreender como essa rede estrutura a hierarquia urbana, os estudiosos 
costumam adotar uma classificação segundo o grau de importância e dinâmica 
econômica que uma cidade possui, bem como a sua capacidade de polarizar outros 
centros menores de poder. Dessa forma, temos uma tipologia que vai desde as 
megalópoles até as pequenas cidades. 
 
 
 
Cidades Globais: são os principais centros de poder no mundo. Nelas é determinada toda 
a estrutura econômica mundial, transformando essas grandes cidades em centros de 
difusão de ordens econômicas, políticas e até culturais. Sua importância está em sediar 
instituições importantes, como bolsas de valores e as sedes das maiores empresas 
estatais e privadas do mundo. 
 
 
Podemos considerar como exemplos de cidades globais: Nova York, Londres (essas duas 
são consideradas as grandes cidades de primeira grandeza no mundo), Tóquio, Paris, 
Hong Kong, Dubai, São Paulo e algumas outras. Ao todo, existem cerca de 50 cidades 
globais, hierarquizadas por uma divisão que as segmenta nos grupos alfa, beta e gama.NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
 
Mapa das cidades globais no mundo 
Metrópoles nacionais: são as aglomerações metropolitanas constituídas pelas principais 
cidades da rede urbana em um determinado país depois das cidades globais. 
Geralmente, essas cidades concentram a maior parte da população, e as principais 
infraestruturas são economicamente mais dinâmicas que o seu entorno. Trata-se de 
localidades economicamente centrais, que influenciam as metrópoles regionais e as 
cidades médias. No Brasil, alguns exemplos de metrópoles nacionais são Porto Alegre, 
Curitiba, Salvador, Recife, Belo Horizonte e algumas outras. 
Belo Horizonte, uma metrópole nacional 
A dinâmica das metrópoles nacionais nem sempre é acompanhada pela estrutura 
econômica de seus países. Por esse motivo, nem sempre as redes de cidades são 
plenamente estruturadas, o que é bastante comum em países subdesenvolvidos. No 
Brasil, por razões históricas, o desenvolvimento urbano foi bastante concentrado no 
Sudeste brasileiro, propiciando o crescimento das cidades acima citadas. Por outro lado, 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
o país vem registrando sucessivos avanços nos últimos anos no sentido de fazer emergir 
novas centralidades a fim de melhor substanciar a sua rede urbana. 
Uma mesma cidade, eventualmente, pode acumular os títulos de metrópole nacional e 
cidade global. 
 
Metrópoles regionais: são centros secundários de poder econômico no contexto de uma 
economia nacional. Geralmente, possui uma nula representatividade em nível 
internacional e costuma influenciar apenas as cidades das regiões próximas à sua 
localização. Apesar disso, possuem um importante papel na economia, uma vez que 
ajudam a difundir mercadorias, serviços e demais elementos advindos dos principais 
polos de poder. Além disso, contribui para o direcionamento de matérias-primas e 
recursos rumo às metrópoles nacionais e/ou globais. São exemplos de metrópoles 
regionais cidades como Goiânia, Belém, Manaus, Maceió, Campinas, entre outras. 
 
Cidades médias: como o próprio nome indica, são consideradas cidades médias as 
formações urbanas de médio porte que possuem uma relativa dinâmica econômica, capaz 
de possuir uma oferta de serviços em níveis consideráveis. Costumam apresentar os 
maiores índices de crescimento econômico e industrial em nível nacional. No Brasil, essas 
cidades costumam ter mais de 200 mil habitantes, lembrando que as cidades satélites 
(aquelas que integram o entorno de uma cidade) não podem fazer parte dessa 
classificação. São exemplos de cidades médias: Londrina (PR), Anápolis (GO), Jundiaí 
(SP) e muitas outras. 
 
Dessa forma, é importante considerar que essas cidades estruturam e polarizam as 
cidades pequenas e até o espaço rural, que se tornou cada vez mais interligado e 
dependente do espaço urbano à medida em que os processos de industrialização e 
urbanização foram avançando. 
 
E as megacidades? Elas não fazem parte da hierarquia urbana? 
 
O conceito de megacidade é demográfico. Foi elaborado pela ONU para designar aquelas 
cidades com população superior a 10 milhões de habitantes. Trata-se, portanto, de um 
conceito quantitativo, enquanto as definições acima apresentadas são qualitativas, pois se 
baseiam nos níveis de estruturação, dinâmica e importância político-econômica das 
cidades. 
 
 
HIERARQUIA DAS CIDADES NO BRASIL 
As cidades do Brasil destacam-se em diferentes níveis de acordo com a função e o grau 
de importância que exercem. 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
As cidades são diferentes, não somente pelo número de habitantes, mas também pela 
concentração de serviços nelas contidos. 
Um aspecto que caracteriza a urbanização brasileira é referente a uma extrema 
concentração de uma vasta parcela da população em grandes cidades, dando origem 
assim às metrópoles. 
Os grandes centros urbanos abrigam empresas e serviços de alto padrão e sofisticação, neles estão 
presentes universidades, centros de pesquisas, laboratórios, clínicas especializadas, além dos meios 
de comunicação de massa e revenda de produtos importados. 
As cidades médias, muitas vezes, não dispõem de tantas variedades de serviços, apesar 
desse processo estar mudando, uma vez que o processo de globalização tem dinamizado 
as informações e o acesso ao consumo. Nas cidades pequenas, é oferecido somente o 
necessário à sua população, geralmente o serviço de saúde não consegue cuidar de 
casos mais complexos e não há variedade em serviços e acesso ao consumo. 
 
Metrópoles significam grandes aglomerações urbanas que concentram um enorme 
contingente populacional, além de abrigarem uma imensa variedade de indústrias, 
comércio em geral, universidades, centros de pesquisas, hospitais de referência, bancos 
e instituições financeiras, repartições públicas, empresas de comunicação, como rádio, 
TV, jornais impressos, entre outros. 
 
Uma cidade se destaca em diferentes níveis de acordo com a função e o grau de 
importância que ela exerce em escala regional ou nacional em relação aos outros centros 
urbanos, independente do tamanho. 
No Brasil, existem metrópoles, cidades de grande, médio e pequeno porte, 
interdependentes de acordo com sua influência, dando origem à hierarquia das cidades. 
A partir dessas considerações, a malha urbana brasileira é classificada da seguinte forma: 
 
Centro regional: possui uma influência restrita em relação a outras cidades, trata-se de 
cidades médias que são subordinadas às capitais, mas ao mesmo tempo é um centro 
para núcleos urbanos menores. 
 
Capital regional: exerce uma grande influência e abriga vários centros regionais, porém 
seu domínio se limita à fronteira estadual. Nesse caso, trata-se de cidade de grande e 
médio porte, que apesar de não se enquadrar na categoria de metrópole, possui 
indústrias e prestação de serviços como hospitais, bancos, centro comercial e muitos 
outros. 
 
Metrópole regional: são cidades que exercem grande influência em seu próprio estado, 
além de avançar a fronteira de outros, essas correspondem a centros urbanos que 
concentram um número superior a um milhão de habitantes e detêm uma economia 
diversificada. 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
 
Metrópole nacional: graças à sua importância, exerce influência nos centros regionais, 
capitais regionais e nas metrópoles regionais, ou seja, preponderância em diferentes 
estados. 
 
Metrópole mundial: são cidades de grande importância cultural e econômica que 
exercem influência sobre todo o território e são os centros urbanos mais conhecidos 
internacionalmente, no caso do Brasil, destacam-se duas cidades com essas 
características, São Paulo e Rio de Janeiro. 
 
 
MIGRAÇÕES 
A migração existe desde o surgimento do homem, que sempre usou de tal artifício para 
sobreviver. Atualmente as migrações têm outros motivos, principalmente o econômico. 
Desde o surgimento do homem, há milhares de anos, no continente africano, a busca por 
sobrevivência sempre foi um dos principais objetivos das pessoas que migravam. Por 
conta disso, as primeiras sociedades eram nômades, pois migravam sempre em busca 
daquilo que havia se esgotado por onde já tinham passado. 
Hoje, na era da globalização, mais do que nunca as migrações se dão por conta do fator 
econômico, que é a busca por emprego, por melhores salários, por melhores condições 
de vida, etc. 
 
TIPOS DE MIGRAÇÃO 
Existem três variáveis para se classificar os tipos de migrações: o espaço de 
deslocamento, o tempo de permanência do migrante, e como se deu a forma de 
migração. 
Se considerarmos o espaço de deslocamento, tem-se: 
1.Migração internacional– que ocorre de um país para outro. 
 
2.Migração interna – que ocorre dentro de um mesmo país, subdividindo-se em: 
a) Migração inter-regional: que ocorre de um Estado para outro. 
b) Migração intra-regional; que ocorre dentro do mesmo Estado. 
Levando-se em consideração o tempo de permanência do migrante, tem-se: 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
1.Migração definitiva – em que a pessoa passa a residir permanentemente no local para 
o qual migrou. 
 
2.Migração temporária – em que o migrante reside apenas por um período pré-
determinado no lugar para o qual migrou, como é o caso dos boias-frias. 
 
Se considerar a forma como se deu a migração, tem-se: 
1.Migração espontânea – quando o sujeito planeja, espontaneamente, migrar para outra 
região, seja por motivo econômico, político ou cultural. 
 
2.Migração forçada – quando o indivíduo se vê obrigado a migrar de seu lugar de 
origem, geralmente ocorrendo por catástrofes naturais, como, por exemplo, a seca que 
atingiu o nordeste brasileiro no final do século XIX. 
 
 
MIGRAÇÕES INTERNAS 
As migrações internas são movimentos populacionais que ocorrem dentro de uma 
localidade geográfica. 
Dentre os fatores que influenciam os processos migratórios, o trabalho é o preponderante. 
Esse movimento pode ocorrer dentro de um mesmo país, estado ou município. São as 
chamadas migrações internas, que são aquelas em que as pessoas se deslocam dentro 
de um mesmo território. 
Dentre as migrações internas temos os seguintes movimentos: 
Êxodo rural: tipo de migração que se dá com a transferência de populações rurais 
para o espaço urbano. As principais causas são: a industrialização, a expansão do 
setor terciário e a mecanização da agricultura. 
 
Migração Urbano-Rural: tipo de migração que se dá com a transferência de 
populações urbanas para o espaço rural. Hoje em dia é um tipo de migração muito 
incomum. 
 
Migração urbano-urbano: tipo de migração que se dá com a transferência de 
populações de uma cidade para outra. Tipo de migração muito comum nos dias 
atuais. 
Migração sazonal: tipo de migração que se caracteriza por estar ligada às 
estações do ano. É uma migração temporária, onde o migrante sai de um 
determinado local, em determinado período do ano, e posteriormente volta, em outro 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
período do ano. É conhecida também de transumância. É o que acontece, por 
exemplo, com os sertanejos do Nordeste brasileiro. 
 
Migração pendular: tipo de migração característico de grandes cidades e regiões 
metropolitanas, no qual centenas ou milhares de trabalhadores saem todas as 
manhãs de sua casa (em determinada cidade) em direção ao seu trabalho (que fica 
em outro município), retornando no final do dia. 
 
Nomadismo: tipo de migração que se caracteriza pelo deslocamento constante de 
populações em busca de alimentos, abrigo etc. Esse tipo de migração é típico de 
sociedades primitivas e por conta disso encontra-se em extinção. 
 
ESPAÇO URBANO E RURAL 
Urbano e rural são duas dimensões de um mesmo espaço geográfico, e suas relações 
inserem-se no contexto da divisão territorial do trabalho. 
Os espaços urbano e rural inserem-se como diferentes expressões materializadas no 
espaço geográfico, compreendidas por suas distintas dinâmicas econômicas, culturais, 
técnicas e estruturais. Embora componham meios considerados distintos, suas inter-
relações são bastante complexas. Por isso, muitas vezes é difícil separar ou compreender 
a especificidade de cada um desses conceitos. 
O conceito de espaço urbano designa a área de elevado adensamento populacional com 
formação de habitações justapostas entre si, o que chamamos de cidade. Já o conceito 
de espaço rural refere-se ao conjunto de atividades primárias praticadas em áreas não 
ocupadas por cidades ou grandes adensamentos populacionais. 
No entanto, para além dessa definição simples e introdutória, é interessante perceber que 
rural e urbano são, além de tudo, tipos diferentes de práticas cotidianas. Assim, podem 
existir práticas rurais no espaço das cidades ou práticas urbanas no espaço do campo. 
Por exemplo: um cultivo de hortaliças dentro do espaço de uma cidade (embora isso seja 
cada vez mais raro nos grandes centros urbanos) é um caso de prática rural no meio 
urbano. Da mesma forma, a existência de um hotel fazenda ou um resort em uma zona 
afastada da cidade é um exemplo de prática urbana no meio rural. 
Uma das principais diferenças entre urbano e rural está, assim, nas práticas 
socioeconômicas. O espaço rural, como já dissemos, engloba predominantemente 
atividades vinculadas ao setor primário (extrativismo, agricultura e pecuária), ao passo 
que o espaço urbano costuma reunir atividades vinculadas ao setor secundário (indústria 
e produção de energia) e terciário (comércio e serviços). 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
 
Outra diferença entre urbano e rural está na amplitude dos respectivos conceitos. Em 
termos de escala, a abrangência espacial do meio rural é muito maior, pois ele reúne 
tantos as áreas transformadas e cultivadas (espaço agrário) pelo homem quanto o espaço 
natural, pouco transformado ou mantido totalmente sem intervenções antrópicas. Por 
outro lado, a cidade, embora possua uma maior dinâmica econômica, apresenta-se em 
espaços mais circunscritos, mesmo com o crescimento desordenado dos espaços 
urbanos na maioria dos países periféricos e emergentes. 
 
Em termos de hierarquia econômica, podemos dizer que, originalmente, o campo exercia 
um papel preponderante sobre as cidades. Afinal, foi o desenvolvimento da agricultura e 
da pecuária que permitiu a formação das primeiras civilizações e o seu posterior 
desenvolvimento. No entanto, com o avanço da Revolução Industrial e as transformações 
técnicas por ela produzidas, o meio rural viu-se cada vez mais subordinado ao urbano, 
uma vez que as práticas agropecuárias e extrativistas passaram a depender cada vez 
mais das técnicas, tecnologias e conhecimentos produzidos nas cidades. 
 
Atualmente, o urbano e o rural formam uma relação socioeconômica e até cultural 
bastante ampla, muitas vezes se apresentando de forma não coesa e profundamente 
marcada pelo avanço das técnicas e pelas transformações produzidas a partir dessa 
conjuntura. Nessa relação, o espaço geográfico estrutura-se em toda a sua complexidade 
e transforma-se em reflexo e condicionante das relações sociais e naturais, denunciando 
as marcas deixadas pelas práticas humanas no meio em que se estabelecem. 
ÊXODO RURAL 
O êxodo rural é uma modalidade de migração desencadeada por alguns fatores. Esse 
processo migratório gera vários problemas sociais. 
O êxodo rural é uma modalidade de migração caracterizada pelo deslocamento de uma 
população da zona rural em direção às cidades, é um fenômeno que ocorre em escala 
mundial. 
O desencadeamento do êxodo rural é consequência, entre outros fatores, da implantação 
de relações capitalistas modernas na produção agropecuária, onde o modelo econômico 
privilegia os grandes latifundiários e a intensa mecanização das atividades rurais expulsa 
os pequenos produtores do campo. O intenso processo de mecanização das atividades 
agrícolas tem substituído a mão de obra humana. Os pequenos produtores que não 
conseguem mecanizar sua produção têm baixo rendimento de produtividade, o que os 
coloca em desvantagem no mercado. 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
Mecanização das atividades agrícolas 
Outro motivo que proporciona o êxodo rural é o fator atrativo que as cidades exercem 
sobre parte da população rural. Muitos migram para as cidades, principalmente asmais 
industrializadas, em busca de emprego e melhores condições de vida. 
No entanto, esse processo gera vários problemas sociais, pois parte desses imigrantes 
não possui qualificação profissional exigida pelo mercado cada vez mais competitivo, 
consequentemente há um aumento populacional desordenado, além do desemprego e do 
subemprego nessas cidades, atividades como vendedores ambulantes, catadores de 
materiais recicláveis, flanelinhas, entre outros, são a cada dia mais comuns, os 
transtornos causados por esse processo atingem toda a sociedade, principalmente as 
pessoas que deixaram o campo com o intuito de obter melhores condições de vida nas 
cidades. 
Outro fator negativo que pode ser citado é o inchaço das cidades, que na ausência de um 
planejamento urbano há o superpovoamento de bairros pobres, moradias em locais sem 
estrutura, aumento de favelas, entre outros fatores. 
O êxodo rural, como em qualquer modalidade de migração por motivos econômicos, é o 
resultado lógico de decisões políticas ditadas pelo capital, e principalmente pelos 
interesses de seus detentores. 
Políticas públicas devem ser desenvolvidas com o objetivo de solucionar esse tipo de 
problema, proporcionando subsídios para os pequenos produtores, evitando assim a 
emigração dessa população para as cidades em busca de uma melhor sorte. 
REFORMA AGRÁRIA 
Um dos objetivos da Reforma Agrária é diminuir a predominância dos latifúndios no Brasil. 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
Reforma agrária é, basicamente, a redistribuição mais justa da terra. 
A concentração fundiária no Brasil é resultado de uma distribuição de terra que aconteceu 
no passado de forma desordenada e destinada, muitas vezes, a quem não precisava. 
Sem contar que os lotes de terra eram gigantescos. Atualmente, grande parte das terras 
brasileiras se encontra nas mãos de uma minoria de famílias, o que promove o 
surgimento de uma enorme quantidade de trabalhadores desprovidos de terras para 
cultivar o seu sustento e de sua família. 
A disparidade existente na estrutura fundiária brasileira gera a insatisfação de várias 
classes da sociedade (trabalhadores rurais, cientistas políticos, sociólogos, entidades 
religiosas, entre outros), que apoiam a implantação da reforma agrária. Esse pensamento 
está alicerçado em dois pontos determinantes: o primeiro é o fator social e o segundo, o 
econômico. O fator social está relacionado ao fato de que há milhares de famílias que 
precisam de um pedaço de terra para cultivar seu alimento, o que também, de certa 
forma, torna-se o seu emprego. Já o fator econômico refere-se aos objetivos ligados à 
produção de alimentos para o abastecimento interno, forçando a diminuição dos seus 
preços, que recentemente foram inflacionados diante da crise mundial de alimentos. 
Incluindo ainda que esses pequenos produtores podem se tornar exportadores para 
diversos países do mundo, o que contribuiria para a economia do país. 
 
 
Na tentativa de solucionar os fatores citados acima, a Nova Constituição Federal de 1988 
trouxe consigo um artigo que determina a aplicação da reforma agrária em propriedades 
rurais que se encontram na categoria de improdutivas. No entanto, o artigo deixou falhas 
por não expressar especificamente o que caracteriza uma propriedade improdutiva. O 
desprovimento de informações específicas quanto a esse tipo de propriedade gerou a 
ascensão dos problemas relacionados à luta pela terra, surgindo, inclusive, confrontos 
armados que deixaram mortos e feridos, como o massacre do Eldorado dos Carajás 
(Pará). 
A imprecisão de informações leva os sem-terra a interpretarem “ao pé da letra” o artigo da 
Constituição Federal, portanto, quando esse grupo visualiza uma propriedade 
improdutiva, eles se veem no direito de invadi-la. Do outro lado da questão, estão os 
proprietários dessas terras que sempre negam essa condição, afirmando que elas são 
produtivas e que a invasão não passa de um ato ilegal e criminoso. Nesse caso, o 
proprietário aciona o poder público, exigindo uma atitude. 
A incidência de conflitos envolvendo trabalhadores sem-terra tornou-se mais difundida 
após o surgimento do maior movimento de luta pela posse da terra no Brasil, o MST 
(Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Trabalhadores integrados a esse 
movimento promovem protestos e invasões em diferentes pontos do Brasil. Algumas 
atitudes ofensivas por parte do grupo fazem com que o movimento não ganhe a opinião 
pública nacional, que seria um ponto positivo para a consolidação da aplicação da 
reforma agrária no Brasil. A realidade é que essa questão está longe de ter uma solução, 
diante da complexidade que a envolve, principalmente quando se trata de um país 
capitalista como o nosso. 
 
NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO CAMILA VIANA – PREPARATÓRIO ENEM – GEOGRAFIA – PROFª CRISTIANE 
Manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, MST ¹(Créditos da imagem: Agência Brasil) 
AGRICULTURA INTENSIVA E MEIO AMBIENTE 
Compreender as relações existentes entre agricultura intensiva e meio ambiente é 
importante para diagnosticar os problemas e propor soluções. 
Agricultura intensiva é um sistema produtivo caracterizado pela utilização intensiva das 
novas técnicas e tecnologias para o aumento da produtividade agrícola. É um 
agrossistema típico de países desenvolvidos e, quando presente nos países 
subdesenvolvidos, frequentemente a produção destina-se à exportação. 
É fato que a Agricultura Intensiva, por meio dos recursos por ela utilizados, promoveu uma 
verdadeira revolução no aumento da produtividade e na redução de tempo para a 
obtenção de resultados na agricultura. Entretanto, esse avanço não ocorreu sem custos 
aos recursos naturais. Há diversos aspectos desse sistema que provocam críticas dos 
ambientalistas. 
Vejamos alguns dos impactos ambientais provocados pela agricultura intensiva: 
 
 Uma área que será cultivada pela primeira vez já sofrerá o primeiro impacto, que é 
a retirada da cobertura vegetal original. O desmatamento de áreas para o cultivo é 
essencial para a agricultura intensiva, pois a utilização de maquinário não é 
compatível com o plantio integrado à vegetação original; 
 
 A agricultura intensiva, por ser mecanizada, é uma modalidade que utiliza muita 
energia e combustíveis fósseis, como o óleo diesel. A utilização de implementos 
agrícolas e máquinas, como arados mecânicos, plantadeiras, pulverizadores e 
colheitadeiras, contribui para a queima desses combustíveis e a consequente 
poluição do ar; 
 
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 Poluição dos solos e da água pelo uso de defensivos agrícolas, os chamados 
agrotóxicos, que são utilizados para combater as pragas que atingem as lavouras. 
Entretanto, esses produtos químicos não atingem apenas o campo cultivado. 
Muitas vezes, quando chove ou quando o terreno é irrigado, os pesticidas são 
levados para as camadas mais profundas do solo e para os mananciais de água 
doce; 
 
 Além da poluição, o uso indiscriminado de agrotóxicos pode colaborar para a 
diminuição da biodiversidade, pois esses pesticidas, muitas vezes, não atingem 
apenas as pragas, mas também organismos (animais e plantas) que estão no raio 
de aplicação do agrotóxico; 
 O uso dos Organismos Geneticamente Modificados (OGM), os chamados 
transgênicos, também é alvo de queixas por parte dos ambientalistas. Uma das 
contestações faz referência à perda ocasionada à vegetação e lavouras vizinhas 
ao local que recebeu imunidade a alguma infestação. Como as pragas (fungos, 
bactérias, insetos) não conseguem atingir a lavoura transgênica, elas migram para 
as lavouras ou vegetação vizinhas; 
 Segundo os ambientalistas, o uso de sementes transgênicas pode acarretar impactos negativos ao meio ambiente Enfraquecimento total do solo pelo uso ininterrupto e pela excessiva utilização de 
minerais corretivos e agrotóxicos, que podem salinizá-lo. Essa ocorrência pode 
prejudicar permanentemente o solo, tornando-o inapto a receber qualquer tipo de 
cultivo; 
 A irrigação é responsável pela utilização de grande parte da água potável. Mais da 
metade da água consumida é destinada a irrigar campos cultivados. Em uma 
época como a atual em que já se tem falta de água para o consumo em diversos 
 
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locais, essa informação por si só já se configura como uma preocupação ambiental 
importante; 
 
 A retirada da cobertura vegetal original para o plantio (desmatamento) em conjunto 
com a irrigação e utilização de minerais corretivos é a combinação ideal para o 
surgimento de erosões no solo. Mesmo no período em que o solo está recebendo 
plantações, podem ocorrer, quando a drenagem da água não é bem feita, erosões 
que podem comprometer, inclusive, a produção. 
As técnicas utilizadas na agricultura intensiva podem acarretar prejuízos irreparáveis ao solo 
Ao mesmo tempo em que ocorrem protestos e críticas ao modelo de produção da 
agricultura intensiva, muitos pesquisadores e ambientalistas têm proposto alternativas de 
produção agrícola que não causem tantos impactos ao meio ambiente. Algumas das 
soluções apontadas são o reúso da água na agricultura, a utilização de fertilizantes e 
defensivos biológicos e a agricultura orgânica, que elimina a utilização de produtos 
químicos em sua produção. Essas e outras iniciativas trazem esperança de uma produção 
agrícola que tenha uma convivência mais pacífica com o meio ambiente. 
PROBLEMAS AMBIENTAIS NOS CENTROS 
URBANOS 
Muitos problemas ambientais nos centros urbanos são causados pela poluição e 
acarretam transtornos e prejuízos ao planeta. 
O desenvolvimento e o crescimento dos centros urbanos muitas vezes não ocorrem de 
maneira planejada, ocasionando vários transtornos para quem os habita. Alguns desses 
problemas são de grandeza ambiental e atrapalham as atividades da vida humana nesses 
locais. Esses problemas ambientais são causados por diversos fatores antrópicos. Abaixo 
estão relacionados alguns desses problemas: 
 
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Poluição do ar: 
 
A poluição atmosférica é causada pela emissão de gases poluentes no ar, como 
monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2), entre 
outros, causando problemas para a saúde e para o meio ambiente. Esses gases 
poluentes são produzidos pelas indústrias e automóveis. Sua concentração na atmosfera 
causa um fenômeno conhecido como smog, que é uma fumaça ou neblina poluente 
localizada na superfície das cidades e que pode causar doenças respiratórias. 
 
 
Poluição das águas: 
 
A situação dos rios e córregos é preocupante, pois a poluição das águas afeta 
diretamente a saúde da população. Uma grande quantidade de lixo e esgoto é jogada nos 
rios, em razão da irresponsabilidade das pessoas, da falta de coleta de lixo e tratamento 
 
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de esgoto. 
 
Ilha de calor: 
 
É o aumento da temperatura em determinadas partes de uma cidade, na qual a região 
com maior concentração predial, asfalto, vidros e concreto tem maior temperatura; 
enquanto que em outra parte da cidade, que tem mais áreas verdes, a temperatura é 
menor, com variações de até 10° C no mesmo dia. 
Inversão térmica: 
 
É quando a poluição do ar impede a troca normal de temperatura do ar na superfície, ou 
seja, o ar frio e pesado (por causa das partículas da poluição) fica em baixo e o ar quente 
e mais leve fica em cima. 
 
 
Efeito estufa: 
 
Fenômeno causado pelo aumento da temperatura no planeta em virtude dos gases 
poluentes emitidos pelas cidades. A camada poluente impede que o calor da atmosfera se 
dissipe. É chamado de estufa, pois o planeta mantém a temperatura aquecida. 
Erosão: 
 
Causada pelo uso e pela ocupação irregular de áreas de preservação ambiental nas 
grandes cidades, como encostas, margens de rios, excesso de peso das edificações, 
compactação do solo, etc. 
Chuva ácida: 
 
 
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Causada pela poluição do ar, em que os gases poluentes reagem com a água da umidade 
do ar, ocasionando chuvas com presença de componentes ácidos e prejudicando 
plantações, edificações, automóveis e o ser humano. 
Enchentes e desmoronamento: 
 
As chuvas nas cidades podem causar enchentes e desmoronamentos, destruindo 
edificações e matando pessoas, em razão da ocupação irregular, pois as águas das 
chuvas não têm para onde escoar. 
Falta de áreas verdes: 
 
O desmatamento em áreas urbanas causa aumento da temperatura e agrava a poluição 
do ar. 
Poluição visual e sonora: 
 
As propagandas excessivas e o barulho alto dos grandes centros podem causar 
transtornos psicológicos na sociedade. 
 
PROBLEMAS AMBIENTAIS BRASILEIROS 
Os atuais problemas ambientais brasileiros estão bastante relacionados com o 
desenvolvimento da agropecuária, o extrativismo vegetal e a falta de infraestrutura das 
cidades. 
Os problemas ambientais de âmbito nacional (no território brasileiro) ocorrem desde a 
época da colonização, estendendo-se aos subsequentes ciclos econômicos (cana, ouro, 
café etc.). 
Atualmente, os principais problemas estão relacionados com as práticas agropecuárias 
predatórias, o extrativismo vegetal (atividade madeireira) e a má gestão dos resíduos 
urbanos. 
 
Os principais agravantes de ordem rural e urbana são: 
- perda da biodiversidade em razão do desmatamento e das queimadas; 
- degradação e esgotamento dos solos por causa das técnicas de produção; 
- escassez da água pelo mau uso e gerenciamento das bacias hidrográficas; 
- contaminação dos corpos hídricos por esgoto sanitário; 
-poluição do ar nos grandes centros urbanos. 
 
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O desmatamento na Floresta Amazônica causa perda de biodiversidade e prejudica as comunidades locais que vivem 
dos recursos da floresta 
TIPOS DE POLUIÇÃO 
No espaço geográfico existem diferentes tipos de poluição que geram problemas tanto 
nos ambientes ocupados pelas sociedades quanto nas áreas naturais. 
Um dos mais graves problemas ambientais gerados pela intervenção do homem sobre o 
meio natural é a poluição, pois prejudica o meio ambiente, inviabiliza o cultivo e o 
consumo de recursos naturais, provoca desequilíbrios ecológicos e pode ameaçar a 
saúde humana. Por esse motivo, é muito importante elucidar essa questão a fim de se 
desenvolver formas para combater tal ocorrência. 
Para fins didáticos, há uma genérica classificação da poluição que busca segmentar as 
suas principais ações, bem como os seus agentes causadores, de forma a melhor 
compreender o problema. Os tipos de poluição que podem ser citados são: poluição 
atmosférica, poluição das águas, poluição dos solos, poluição sonora e poluição visual. 
Poluição atmosférica: envolve a poluição do ar em geral, causada principalmente pela 
emissão de poluentes tóxicos pelas chaminés das fábricas e também pelo escapamento 
dos veículos. A queima de combustíveis fósseis, tais como o petróleo e seus derivados, 
além do carvão mineral, é o principal causador desse tipo de poluição. 
 
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Poluição atmosférica gerada pela atividade industrial 
 
Os efeitos da poluição atmosférica são diversos e atuam em escala global e também 
local. Segundo dadosde muitos analistas e também do Painel de Mudanças Climáticas 
da ONU (IPCC), as atividades humanas têm gerado uma maior concentração de gases 
causadores do efeito estufa, intensificando o problema do Aquecimento Global. Em escala 
local, merecem destaque os problemas ambientais gerados nas cidades, como as Ilhas 
de Calor e a Inversão Térmica. 
Poluição das águas: caracteriza-se pela degradação dos recursos hídricos, resultando na 
poluição de lagos, rios, córregos e também dos mares e oceanos. É causada 
principalmente pelo derramamento indevido de esgotos, mas também pela poluição das 
bacias hidrográficas, pois, durante as chuvas, o lixo é conduzidos até o leito dos cursos 
d'água. Nos oceanos e mares, uma causa frequente é o derramamento de petróleo. 
 
A poluição dos cursos d'água acarreta problemas ambientais 
 
A poluição das águas dos rios resulta na perda de recursos naturais, principalmente a 
água potável, ocasionando também o aumento da mortandade de peixes. Por isso, é 
importante conservar os cursos d'água tanto em áreas urbanas quanto em ambientes 
 
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afastados das áreas de ocupação humana. Nos oceanos, a poluição também gera a 
perda de espécies, afetando em grande medida o ambiente dentro e fora dos mares. 
 
Poluição dos solos: ocorre através da contaminação ou poluição generalizada dos solos, 
afetando as atividades econômicas e também o ambiente ao seu redor. As principais 
ocorrências são os lixos armazenados em aterros sanitários, onde há a produção de um 
líquido tóxico chamado de chorume, que penetra no subsolo e pode alcançar até o lençol 
freático. Nos cemitérios, a ocorrência é semelhante. 
 
O excessivo uso de agrotóxicos prejudica o solo 
 
Na agricultura, o emprego exagerado de agrotóxicos para combater a emergência de 
pragas nas lavouras também pode gerar a poluição dos solos. Com o excesso de 
resíduos tóxicos acumulados, o local afetado pode tornar-se infértil, atrapalhando a 
agricultura e agravando os problemas ambientais locais. Por isso, o uso com cautela de 
produtos químicos, além da preferência por adubos orgânicos, são medidas mais do que 
necessárias para diminuir os prejuízos causados. 
 
Poluição sonora: são comuns os ambientes urbanos ou com grande aglomeração de 
pessoas que geram um excessivo barulho, principalmente no trânsito, equipamentos de 
construção e outros. Os principais danos são à saúde humana, pois o volume máximo de 
sons que devemos ouvir, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 65 
decibéis, e, frequentemente, o ambiente das cidades produz sons maiores do que esse. 
 
 
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Obras e construções, além do trânsito, aumentam a poluição sonora nas cidades 
 
 
Poluição visual: é causada pelo excesso de publicidades em cartazes, outdoors, placas e 
outros espalhados nos ambientes urbanos, caracterizando a grande concentração de 
estímulos visuais. Apesar de ser aparentemente não agressiva, a poluição visual pode 
intensificar ou gerar o estresse, além de tornar o ambiente menos confortável para a 
ocupação humana. Em período eleitoral, esse problema estende-se ao máximo, embora 
leis recentes tenham sido elaboradas para atenuar esses efeitos. 
A poluição visual gera problemas no espaço urbano 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
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