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CURSO: AGRONOMIA PERÍODO: 8º PROFESSOR (a): THIAGO MAGALHÃES DE LÁZARI DISCIPLINA: PAISAGISMO, PARQUES E JARDINS ACADÊMICOS (AS): Cintia Nayara Nascimento Katyuscia Ferreira Naendra Silva Soares Palmas – TO Abril/2017 1 DOENÇAS DE PLANTAS ORNAMENTAIS E MÉTODOS DE CONTROLE Fonte: 99 Graus, 2016 INTRODUÇÃO As plantas ornamentais, como todos os seres vivos, estão sujeitas à ação de determinados agentes bióticos e abióticos. Begônia com antracnose Fonte: Jardineiro, 2016 Fonte: Pinterest, 2017 3 Em plantas ornamentais, o problema de doenças é bastante particular devido às características de cultivo: grande número de espécies vegetais; diversidade de condições ambientais exigidas pelas plantas; falta de plantas matrizes certificadas, de padronização na comercialização e controle de qualidade, de centros de pesquisa, entre outros. INTRODUÇÃO Fonte: Esalq-USP, 2010 O sucesso do tratamento de uma doença depende principalmente da rapidez e eficiência de seu diagnóstico. Na grande maioria dos casos, o diagnóstico deve obedecer aos “postulados de Koch”. INTRODUÇÃO Fonte: Fitopatologia, 2012 As doença não resulta de uma alteração isolada na planta, mas de uma sucessão de mudanças. São classificadas de acordo com o seu agente indutor em: DOENÇAS Costela de adão, com falso carvão. Fonte: Fitopatologia1, 2016 - Infecciosas ou bióticas - Fisiológicas ou abióticas Planta de orquídea com deficiencia nutricional Fonte: Terral 6 DOENÇAS INFECCIOSAS São causadas por fungos, bactérias e vírus e são chamadas. Ainda ocorrem as causadas por nematoides. Hortência com mancha foliar. Fonte: Fitopatologia 1, 2016 FUNGOS Estes organismos caracterizam-se, principalmente, pela falta de clorofila. A grande maioria desses fungos é identificada por microscopia. Folha de Antúrio com antracnose. Fonte: Fitopatologia 1, 2016 Antracnose (Colletotrichum) Fonte: Estudos em doenças de plantas, 2010 8 DOENÇAS FÚNGICAS Nome comum: Antracnose Características: manchas deprimidas pardas sobre os órgãos afetados: folhas, pecíolos, hastes, botões florais e frutos. Prevenção e tratamento: para o controle, recomenda-se poda e destruição das partes doentes e regas por infiltração. Produtos indicados: benomyl, mancozeb, mancozeb + oxicloreto de cobre ou zineb. Antracnose (Colletotrichum dracaenae Allesch) em Dracena Fonte: Embrapa, 1995 Plantas afetadas: Antúrio, Areca bambu, Babosa, Begônia, Cacto, Ciclame, Comigo-ninguém-pode, Dracena, Estrelícia, Filodendro, Flamboyant, Espada-de-são-jorge, Helicônia, Hortênsia, Lírio, Orquidea, Palmeira, Tinhorão e Vela-da-pureza. Antracnose (Colletotrichum sp.) em Comigo-ninguém-pode. Fonte: Embrapa, 1995 Antracnose em Heliconia psittacorum Fonte: Esalq-USP, 2010 Nome comum: Ferrugem Características: aparecimento de manchas amareladas. Sobre as manchas formam-se pústulas pulverulentas de coloração amarelo-alaranjada ou marrom-avermelhada. Prevenção e tratamento: Poda e destruição das partes doentes, irrigação sem molhar a folhagem, escolha de plantas matrizes sadias, adubação potássica e poda de arejamento. Produtos indicados: mancozeb, triforine, metiram e propiconazole. DOENÇAS FÚNGICAS Ferrugem (Phragmidium mucronatum (Pers.) Schlecht.) da Rosa. Fonte: Esalq-USP, 2010 Plantas afetadas: Acácia, Antúrio, Biri, Boca-de-leão, Chorão, Cravo, Crisântemo, Esponjinha, Gerânio. Gladiolo, Ipê-mirim, Orquídea, Pluméria, Rosa e muitas outras. Ferrugem (Uromyces ttansversalis (Thum) Wint. em folhas de Gladíolo. Fonte: Esalq-USP, 2010 Ferrugem (Sphenospora kevorkianii), em folha de orquidea Fonte: Orquídea em Foco, 2012 Ferrugem (Prospodium appendiculatum) do Ipê-mirim. Fonte: USP, 2010 DOENÇAS FÚNGICAS Nome comum: Oídio Características: São ectoparasitas de micélio tipicamente superficial, formado por um conjunto de hifas hialinas, com uma cobertura densa mais ou menos pulverulenta e branca. Prevenção e tratamento: consiste na eliminação dos órgãos atacados e o tratamento da planta com pulverizações à base de enxofre, benomyl. Zinia atacada por Oídio. Fonte: Esalq-USP, 2010 13 Plantas afetadas: Azaléia, Begônia, Carvalho, Crisântemo, Dália, Hortênsia, Kalanchoe, Resedá, Rosa, Violeta-africana, Zínia e outras. Oídio (Erysiphe cichoracearum D. C.) sobre Zínia . Fonte: Embrapa, 1995 Folhas de Hortênsia, com Oídio Fonte: Esalq-USP, 2010 Nome comum: Míldio Características: Manchas irregulares de cor parda, que aparecem na face superior das folhas, enquanto, na face inferior surgem formações cotonosas formadas pelas estruturas do fungo. Prevenção e tratamento: recomenda-se a poda de limpeza das partes doentes e a poda de arejamento. Produtos indicados: chlorothalonil, folpet, fosetyl-AI, mancozeb e oxicloreto de cobre. DOENÇAS FÚNGICAS Míldio em folha de roseira. Fonte: Esalq-USP, 2010 Plantas afetadas: Girassol, Prímula, Rosa e Sempre-viva. Girassol com Míldio. Fonte: Faz Facil, 2016 Rosa atacadas por Míldio. Fonte: Globo Rural, 2016 Outras doenças fúngicas que afetam as plantas ornamentais são: - Mofo-cinzento (Sclerotinia), - Murcha (Fusarium e Verticillium), - Podridões (Pythium. Phytophrhora, Sclerotium, etc) - Cancro-dos-ramos ou Cancro-do-caule (Cryptosporella, etc) - Manchas-da-folha (Alternaria, Cercospora, Bipolaris, etc) - Tombamento de plantinhas (dampingof ou mela – Rhizoctonia solani, Sclerotium rolfsii, Fusarium spp., etc) - Galha DOENÇAS FÚNGICAS verificar as doenças. nome cientifico DOENÇAS BACTERIANAS Nome comum: Mancha-bacteriana Características: São manchas irregulares, de início transparentes e aquosas, tornando-se amarelas ou pardas com a morte dos tecidos. Prevenção e tratamento: recomenda-se a limpeza e destruição das partes doentes, a manutenção de baixa umidade com bom arejamento na cultura e adubação correta. Antúrio com sintomas tipicos de mancha-bacteriana (Xanthomonas campestris pv. dieffenbachiae.) Fonte: Esalq-USP, 2010 Plantas afetadas: Cravo, Begônia, Crisântemo, Gerânio, Orquídea, Triplares, Dália, Gérbera, Violeta Africana, Filodentro, Biri, Antúrio, Tinhorão, Hera, Brassaia, Schefflera, Zinia. Mancha bacteriana ( Pseudomonas cichorll), em Crisândemo. Fonte: Embrapa, 1995. Nome comum: Murcha bacteriana Características: Localizam-se nos tecidos vasculares, produzindo uma obstrução dos vasos e secretando toxinas que interferem na pressão osmótica e na permeabilidade celular. Prevenção e tratamento: usar sempre material propagativo de locais onde não ocorra a doença, empregar estreptomicina + oxitetracilina no tratamento de estacas e tratamento da água de irrigação com hipocloreto e sódio. DOENÇAS BACTERIANAS Murcha bacteriana em Heliconia (Ralstonia solanacearum) Fonte: Esalq-USP, 2010 Plantas afetadas: Cravo e Dália Murcha-bacteriana (Erwinia chrysantheml) em cravo. Fonte: Embrapa, 1995 Nome comum: Galha Características: São tumores esféricos e ásperos na haste, raízes e folhas das plantas, mais frequentemente à altura do colo, provocados por bactérias que habitam o solo. Prevenção e tratamento: procurar um terreno bem drenado, onde nunca tenha ocorrido a doença, utilizando-se estacas e plantas reconhecidamente sadias e realizar rotação de cultura e esterilização do solo por meio de fumigantes ou vapor. DOENÇAS BACTERIANAS Galha em caule de roseira. Fonte: Esalq-USP, 2010 Plantas afetadas: Girassol, Crisântemo, Kalanchoe e Rose. Galha-da-coroa (Agrobacterium tumefaciens) em Rosa. Fonte: Embrapa, 1995. Nome comum: Podridão-mole Características: Ocorre principalmente em órgãos de reserva ou folhas suculentas. É causada por bactérias do gênero Erwinia. Prevenção e tratamento: limpeza e destruição das partes afetadas e pulverização com produtos à base de oxicloreto de cobre + mancozeb, oxitetraciclina, oxitetraciclina + estreptomicina e sulfato de cobre + oxitetracilina. DOENÇAS BACTERIANAS Podridão-mole (Erwinia chrysanthem) da Violeta-africana Fonte: Embrapa, 1995 Plantas afetadas: Amaranto, Cravo, Crisântemo, Prímula e Orquídea Podridão-mole (Erwinia carotovora) da Prímula. Fonte: Embrapa, 1995 DOENÇAS VIRAIS A diferença entre a atuação de vírus e de fungos e bactérias, é que os vírus se encontram em todas as partes da planta, pois se incorporam à corrente circulatória. Os sintomas podem variar conforme a natureza do vírus infectante, as diferenças espécies e variedades de plantas e principalmente, as condições ambientais, como temperatura e luminosidade. Geralmente, reduzem significativamente o vigor da planta, a qualidade das flores e a produção e raramente são letais. Nome comum: Clorose ou mosqueado-das-folhas Características: Ocorre quando, nas células infectadas, há redução ou deformação de cloroplastos ou somente alterações no teor de clorofila. O sintoma de amarelecimento pode confundir-se com carência nutricional. DOENÇAS VIRAIS Nome comum: Mosaico Características: A planta apresenta alternância de áreas verdes normais com áreas cloróticas geralmente de contornos irregulares no limbo foliar. DOENÇAS VIRAIS Mosaico-comum (ilarvírus) da Rosa Fonte: Embrapa, 1995 Nome comum: Mancha-anular Características: São manchas em forma de anéis concêntricos cloróticas ou necróticas. Outros sintomas menos comuns são distorções de folhas, de pétalas e anormalidade no crescimento. DOENÇAS VIRAIS Vira-cabeça (tospovirus) do Crisântemo (Chrysanthemun morifolium). Fonte: Embrapa, 1995 Forma de transmissão dos vírus: - Podem ser levados de plantas doentes para sadias por intermédio de vetores (insetos, nematoides e fungos) - Enxertia; - Ferramentas de poda; - Pólen; e - Contato. DOENÇAS VIRAIS Prevenção e tratamento - Não são utilizados tratamentos químicos contra os vírus, na prática. Prevenção contra fontes de infecção Eliminação de fontes de infecção Controle do vetor Termoterapia DOENÇAS VIRAIS NEMATÓIDES Os nematóides movimentam-se lentamente e são transmitidos de uma planta ou região para outra, através da água, solo, partes de plantas afetadas, mudas e sobre ferramentas impregnadas com solo. Os mais conhecidos são os nematóides causadores de galhas nas raízes. As plantas infestadas mostram-se debilitadas, lembrando sintomas de carência nutricional, e chegam a morrer em casos de ataques fortes. Além de formadores de galhas, os nematóides podem ocasionar podridão de raízes e bulbos e lesões nas folhas. Plantas afetadas: Abélia, Begônia, Cóleos,Crisântemo, Calatéia, Dália, Gerânio, Gloxinia, Grama, Lantana, Ligustro, Onze-horas, Petúnia, Rosa e Tinhorão. Plantas de Begônia atacadas por nematóides (Meloidogyne exigua e M. incognita). Fonte: Embrapa 1995 Destacam-se as espécies: Meloidogyne arenaria, M. incógnita, M. javanica, Pratylenchus coffea, entre outros. Prevenção e tratamento: O agricultor inadvertido pode tornar-se o principal disseminador de nematóides pelo uso de ferramentas em solo contaminado e material de propagação, como mudas, bulbos ou tubérculos doentes. NEMATÓIDES Meloidogyne incognita . Fonte: Esalq-USP, 2010 CONTROLE INTEGRADO DAS DOENÇAS Método de exclusão: - Escolha das variedades mais resistentes; - Uso de sementes, estacas ou mudas comprovadamente sadias; - Escolha do local e da data de plantio apropriados, entre outros Método de erradicação: - Eliminação de plantas com sintomas sistêmicos (vírus ou micoplasma); e - Eliminação de partes de plantas (folhas de Azaléia com galhas). Método de proteção: - Consiste na aplicação de defensivos para proteger a planta contra o ataque de fungos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Embrapa. Plantas ornamentais para exportação: aspectos fitossanitários . Guanabara Parques Barros Pina; Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Secretaria de Desenvolvimento Rural, Programa de Apoio à Produção e Exportação de Frutas, Hortaliças, Flores e Plantas Ornamentais. Brasília: EMBRAPA-SPI, 1995. Disponível em: ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/.../Flores-plantas-ornamentais-aspecto-fit.pdf Acesso em: 25 de abril de 2017. RODRIGUES, P. H. V. Manejo integrado de doenças em ornamentais. Esalq-USP, 2010 . Disponível em: www2.esalq.usp.br/departamentos/lpv/lpv0645/Doencas2012.pdf. Acesso em: 25 de abril de 2017. 36 AGRADECEMOS A ATENÇÃO DE TODOS Fonte: 99 Graus, 2016 Um jardim faz-se de luz e sons - as plantas são coadjuvantes. Roberto Burle Marx
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