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LOGÍSTICA DE MERCADO – Parte I Conceitos de Marketing Marketing segundo uma definição social é um processo por meio do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que necessitam e desejam com a criação, a oferta e a livre negociação de produtos e serviços. Gerencialmente o marketing é definido como a arte de vender produtos e segundo Peter Druker, um dos maiores teóricos da administração, “o objetivo do Marketing é tornar a venda supérflua. Sua meta é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço se adapte a ele e se venda por si só. O ideal é que o Marketing deixe o cliente pronto para comprar.” A administração de Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de idéias, produtos e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais. É a arte e a ciência de conhecer mercados-alvo e de captar, manter e fidelizar clientes por meio da criação, entrega e comunicação de valor superior para eles, ou seja, transformar as necessidades do consumidor em desejos e dessa forma, criar uma demanda de seus produtos e serviços de forma rentável para a organização. O Marketing satisfaz ao público em geral em suas necessidades desde as mais básicas (fisiológicas) até sua auto-realização e atende ao seu desejo de ter ou realizar alguma coisa. Utiliza o sistema de troca composto por três componentes: o público (necessidades e desejos) o produto (que atenda às expectativas) e a moeda (valor para a aquisição e poder de compra) de produtos e serviços. Tudo isso é comercializado em um mercado geográfico (espaço físico, região, cidade) e demográfico (pessoas, consumidores e suas qualidades e expectativas). Para isso é necessário uma pesquisa de marketing que é um estudo sobre problemas e oportunidades específicos, como pesquisa de mercado, teste de preferência de produto, previsão de vendas por região e avaliação da propaganda, é definida como a elaboração, a coleta, a análise e a edição sistemática de dados e descobertas relevantes. São realizadas de duas formas quantitativamente (números de pessoas, dados, estatística) e qualitativamente (qualidade, ou seja, enxergar, ter percepção, compreender o que está na mente do consumidor). Essas pesquisas são realizadas através de um sistema de informação – SIM, constituído de pessoas, equipamentos e procedimentos com o objetivo de coletar, classificar, analisar, avaliar e distribuir informações necessárias de maneira precisa e oportuna. A demanda de um produto ou serviço dependerá do potencial e do tamanho do mercado alvo, que irá direcionar o marketing a ser realizado pela organização. A demanda é que quantifica, levando em consideração os tipos de demandas: • Inexistentes – O cliente não tem interesse ou é indiferente ao produto. • Latente - O cliente é potencial, tem desejo em adquirir produtos, porém não há produtos no mercado que o satisfaçam. • Declinante – Produtos ou serviços em declínio • Irregular – Devido a fatores sazonais, diários e horários, que causam diferença significativa no uso do produto ou serviço. • Plena – Monitorar o mercado para manter pleno o nível da demanda. • Excessiva – Pode trazer problemas para a marca do produto, devido ao mesmo ser muito procurado. • Indesejada – Para persuadir ao cliente abandonar um produto que causa vicio, por exemplo, cigarro (campanhas antitabagismo). Composto de Marketing ou Mix de Marketing O composto de Marketing ou Mix de Marketing é o conjunto de ferramentas que a organização utiliza para alcançar seus objetivos de Marketing no mercado alvo, são variáveis controláveis que determinam e orientam o sucesso ou fracasso dos produtos ou serviços, de acordo com o estudo das demandas. São elas os 04 Ps do Marketing: • Produto – Variedade, qualidade, design, características, marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias, devoluções; • Preço - Preço de tabela, descontos, concessões, prazo de pagamento, condições de financiamento; • Praça – Canais, cobertura, variedades, locais, estoque, transporte; • Promoção – Propaganda, promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações públicas, marketing direto. • Oportunidades e Tendências de Mercado Toda organização possui dois setores nos quais se podem encontrar diferentes oportunidades e ameaças geradas por tendências, são eles o Macroambiente e o Microambiente. Esses ambientes estão sujeitos a variáveis que podem ser incontroláveis ou semicontroláveis, encontradas no Macroambiente, e as controláveis no Microambiente, estas ultimas sofrem influências direta das forças do Macroambiente. È através do estudo dessas forças que a organização irá traçar estratégias para atuar no mercado. Macroambiente: Ambiente Demográfico: Este ambiente é de grande interesse para os profissionais de marketing porque envolve pessoas, e são as pessoas que constituem os mercados. É o estudo da população humana em termos de crescimento, localização, densidade, idade, sexo, raça, ocupação, níveis de instrução, aumento de lares não tradicionais, migrações entre outros dados estatísticos. Ambiente Econômico: Os mercados dependem do poder de compra dos consumidores. Neste ambiente se verificam os fatores que afetam o poder de compra e os hábitos de gasto do consumidor: distribuição de renda, poupança, endividamento, disponibilidade de crédito, inflação, índice de desemprego, além da demanda do produto relacionada à variação de preços, que pode causar uma desproporção na demanda de determinado produto (demanda elástica) ou não (demanda inelástica). Ambiente Natural: Inclui os recursos naturais que os profissionais de marketing usam como subsídios ou que são afetados pelas atividades de marketing Neste ambiente deve- se observar a escassez de matéria prima, o custo elevado de energia, os níveis mais altos de poluição e a mudança no papel dos governos no que diz respeito à proteção ambiental. Ambiente Tecnológico: Talvez seja a força mais significativa. A aceleração do ritmo das mudanças tecnológica, as oportunidades ilimitadas para a inovação afetam diretamente os padrões e estilos de vida, além dos preços, pois a grande quantidade de variações altera o modo de promover e distribuir os produtos. A pesquisa e o desenvolvimento são muito necessários em uma empresa. Devem ser observados as variações dos orçamentos nos campos de pesquisa e desenvolvimento e a regulamentação mais rigorosa das mudanças tecnológicas. Ambiente Político/Legal: Este ambiente é constituído de leis, agências governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam várias organizações e indivíduos em uma dada sociedade. Os profissionais de marketing devem estar cientes das leis que regulamentas as práticas empresariais e até mesmo contratar lobistas, profissionais especializados em defender os interesses da organização perante a política, geralmente são jornalistas, advogados, relações públicas e mesmo ex-políticos. Ambiente Sociocultural: É constituído de instituições e outras forças que afetam os valores básicos, as percepções, as preferências e os comportamentos da sociedade. Compreende como as pessoas vêem a si mesmas, os outros, a organização, a sociedade, a natureza e o universo. Como os produtos preenchem valores culturais centrais e secundários e como voltar-se para necessidades de diferentes subculturas. Outro ambiente que pode levar destaque é o competitivo no qual é realizado o estudo das concorrências que podem ser: de marca (produto igual), genérica (produto semelhante, mas que executa a mesma função), de forma (mesmo produto porém comercializado em outro formato) e de desejo (produtos diferentes mas com preços equivalentes, onde a pessoa adquiri o produto de seu desejo). Para esse estudo é observado e analisadoo concorrente e suas práticas, isso é chamado de Benchmarking (referência positiva). Microambiente: Empresa: Ao fazer seus planos de marketing, a gerência de marketing leva em consideração outros grupos da empresa, tais como a administração, os departamentos de finanças, pesquisa e desenvolvimento, compras, produção e contabilidade. Todos estes grupos formam o ambiente interno e, em conjunto, têm um impacto sobre os planos e as ações de marketing. Fornecedores: Os fornecedores são um elo importante no sistema geral de entrega de valor da empresa ao consumidor. Eles provêem os recursos necessários para a empresa produzir seus bens e serviços, e podem afetar seriamente o marketing. Por esse motivo devem-se adotar alguns procedimentos para escolher um fornecedor, além das variáveis de negociação de venda, quantidade, pagamento, prazos e garantias como idoneidade, tempo de atuação no mercado, seus clientes, seus profissionais e se possui problemas com o governo. Intermediários: Os intermediários do marketing ajudam a empresa a promover, vender e distribuir seus bens aos compradores finais. São os intermediários financeiros (bancos, seguradoras), atacadistas, varejistas, corretores e agentes, distribuidores físicos (transportadores, armazéns), serviços de marketing (agências de publicidade e propaganda). Clientes: O mercado é formado basicamente de clientes A empresa deve analisar seus clientes de perto, pois em cada tipo de mercado há uma reação diferente. Segundo Kotler, a empresa pode ter cinco tipos de clientes: o mercado consumidor, o mercado industrial, o mercado revendedor, o mercado governamental e o mercado internacional. Concorrentes: Os profissionais de marketing não devem apenas visar às necessidades dos consumidores-alvo, devem também alcançar vantagens estratégicas, posicionando suas ofertas contra as de seus concorrentes na cabeça dos consumidores. Públicos: O ambiente de marketing da empresa inclui também vários tipos de público. O público é qualquer grupo que tenha interesse real ou potencial ou que cause impacto na capacidade da empresa de atingir seus objetivos. Kotler apresenta sete tipos de públicos: púbico financeiro, público da mídia, público do governo, público de defesa do consumidor, público local e o público geral. A logística de mercado envolve planejamento, implementação e controle dos fluxos de materiais e bens finais, dos pontos de origem aos pontos de uso para atender as exigências do consumidor a determinado lucro. O processo de levar bens aos consumidores tem sido chamado, tradicionalmente, de distribuição física. A distribuição física começa na fábrica. Os administradores procuram escolher um conjunto de depósitos (pontos de estocagem) e empresas de transporte que levem os bens produzidos aos destinatários finais, no tempo desejado e/ou ao menor custo total. Recentemente, a distribuição física expandiu-se em um conceito mais amplo denominado administração da cadeia de suprimentos (SCM), que se inicia antes da distribuição física envolvendo a compra de inputs corretos (matérias-primas, componentes e bens de capital); sua conversão eficiente em produtos acabados e seu transporte aos destinatários finais. Infelizmente, a cadeia de suprimentos visualiza os mercados apenas como ponto de destino. A empresa seria mais eficaz ao considerar, primeiro, as exigências de seu mercado-alvo e, depois, projetar a cadeia de suprimentos de trás para a frente. Essa visão moderna é o cerne do sistema de logística de mercado de hoje, e leva ao exame da cadeia de suprimentos como cadeia de demanda. A gestão da demanda sob a perspectiva da gestão da cadeia de suprimentos (SCM) Dentre os processos para a gestão da cadeia de suprimentos está a gestão da demanda, que é o processo que procura balancear os requerimentos dos clientes com a capacidade de atendimento da cadeia. Nesse sentido, o processo produtivo deve ser desencadeado a partir das necessidades da demanda e essas necessidades é que devem mobilizar toda a cadeia de suprimentos. O objetivo da gestão da demanda é entender, influenciar e gerenciar a demanda dos consumidores, alcançando resposta rápida em toda a cadeia de suprimentos. Este conceito indica que a gestão da demanda não pode ser considerada um processo isolado ou uma atividade resumida na previsão de vendas. Faz-se necessário compreender quais são os limites e as interfaces desse processo. O processo de gestão da demanda é composto por integrantes de diversos níveis e setores da organização, bem como representantes de elos-chave da cadeia de suprimentos. Em função do caráter estratégico, o time deve ser composto pelos gerentes de várias funções, incluindo marketing, finanças, produção, compras e logística. Eventualmente, colaboradores de outras áreas da empresa e representantes de fornecedores e clientes estratégicos devem participar do time. Este é responsável pelo desenvolvimento de procedimentos no nível estratégico e pela garantia da sua implementação. No plano operacional, possui a responsabilidade de cuidar do andamento diário do processo.
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