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Final atos

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Administrativo (ultima aula sobre atos)
6. Quanto a formação
 Quando falamos dos atos administrativos quanto ao seu processo de formação, observa-se um conceito chamado perfeição: Um ato administrativo perfeito é aquele que passa por absolutamente todas as esferas que a lei previu que ele passasse.
 Quando estudamos os atos quanto à formação, a formação do ato, ou seja, o lugar que ele precisa passar para ser considerado um ato administrativo, incide diretamente nesse processo de aperfeiçoamento do ato ou alcance de perfeição do ato administrativo.
 Quanto à formação, classifica os atos em: 
A) Atos simples: Atos oriundos de apenas uma vontade. Uma vontade de um indivíduo, o agente administrativo ou de um órgão(juiz, pois juiz é considerado órgão). 
ATO SIMPLES SINGULAR: Se for um ato simples, de um único indivíduo, fala-se em ato simples tipo singular, apenas de um agente.
ATO SIMPLES COLEGIADO: Ele é um ato que provém de um somatório de vontade. Contudo, o ato colegiado não é a somatória das vontades por si, o ato colegiado representa pela vontade do colegiado. Então ele permanece sendo um ato simples, mas na fase de formação dele tem-se várias vontades juntas, mas não são vontades divergentes ou tem algum tipo de relação entre elas, porque no final o colegiado irá representar uma única vontade, que é a vontade do órgão propriamente. EX: Você faz uma defesa prévia de uma multa de trânsito, sua defesa é indeferida. Então você faz um recurso, o recurso é julgado por um órgão colegiado, podendo ser duas pessoas contra uma dentro do recurso que te indeferi o pedido, que no final das contas a vontade/formatação do ato é órgão, sendo um ato simples colegiado. Trata-se de uma vontade unitária, ainda que adquirida por meio de uma votação, o ato é simples.
B) Ato Composto: Para o ato composto se aperfeiçoar é necessário mais que uma vontade. Para ele se concretizar precisa que uma vontade principal seja definida, externalizada e uma vontade acessória seja externalizada posteriormente. Uma parte da doutrina considera a vontade secundária como vontade acessória, surgindo algumas críticas: Porque não é adequado chamar de acessório? R: Porque acessório imprime a ideia de que não é relevante para o aperfeiçoamento do ato, dando a alusão que sem a vontade acessória o ato ainda se aperfeiçoa, e o que, na realidade, não acontece.
Mais adequado: vontade principal e vontade secundária.
 Embora o ato composto tenha duas vontades (vontades diferentes), essas vontades devem acontecer dentro de um mesmo órgão e estão em um patamar de desigualdade ( hierarquicamente superior), em que a vontade de um é instrumental em relação à do outro que edita o ato principal. Exemplo: a autorização (manifestação principal), que dependa de visto (manifestação complementar) da autoridade superior, o que se denomina ratificação. 
C)Ato complexo: Para se aperfeiçoar, depende de mais de uma manifestação de vontade, porém essas manifestações de vontade devem ser produzidas por mais de um órgão.
Tem que ter cuidado para não confundir ato complexo com procedimento! O procedimento contém vários atos (simples, colegiado e complexo), o ato complexo só se aperfeiçoa se as vontades (várias manifestações de vontade)de órgãos distintos forem pelo mesmo sentido, demandarem aquela solicitação. Ex.: a nomeação do dirigente de agência reguladora, o decreto que é assinado pelo Chefe do Executivo e é referendado pelo Ministro de Estado (ministro dependendo do assunto da agência).
*Não existe subordinação! Órgãos em igualdade.
Diferença entre ATOS COMPOSTOS E ATOS COMPLEXOS: Os atos complexos só se formam com a conjugação com a vontade de órgãos diversos e atos compostos são formados pela vontade única de um órgão necessariamente, sendo apenas ratificado por outra autoridade. 
7. Quanto à estrutura do ato
 Os atos podem ser divididos quanto a sua estrutura em:
 A) Atos concretos: O ato basicamente considerado único e ele é exarado pela autoridade administrativa, para um caso específico. É aquele ato que responde uma demanda concreta, ele se esgota na aplicação dele mesmo. Exemplo: deferimento de um pedido administrativo da parte, exoneração de um determinado funcionário, na decretação de uma desapropriação de determinado bem particular, na aplicação de uma multa a um infrator de uma regra de trânsito.
B) Atos abstratos: são aqueles que preveem reiteradas e infindas aplicações, ou seja, os atos abstratos são tomados pela administração pública de modo que não necessariamente são voltados para um caso concreto, um caso particularizado, eles na verdade vão servir de modelo para inclusive, posteriormente, caso similares iguais possam ser decididos a partir daquele ato que foi tomado. Então ele tem a noção de criação de hipóteses de incidência, cria hipóteses de incidências para poder abarcar as situações de similaridade. • Exemplo: um regulamento, atos que decidem a velocidade permitida em determinada avenida, o horário de funcionamento dos órgãos públicos etc. 
**Lembrança de IED: pode-se falar em lei em sentido concreto e lei em sentido abstrato, concreto: contrato e abstrato: legislação.
8. Quanto aos efeitos
 A) Atos constitutivos: Decisão de um juiz, por exemplo, que faz nascer o direito, gerando uma nova situação jurídica. • Exemplo: autorização para exploração de jazida, a demissão. 
B) Atos declaratórios: Decisão de um juiz, por exemplo, ela não faz nascer o direito, porque ele já existe, ela apenas reconhece o direito, declará-lo. Basicamente, afirmando uma preexistência de uma situação (já existente) de fato ou de direito. • Exemplo: na conclusão de vistoria em edificação, na certidão de matrícula em escola pública.(já tem o direito de edificar, mas tem que ter a autorização da administração pública).
9. Quanto aos resultados na esfera jurídica ( Pouco usada)
 A)Atos ampliativos: são aqueles que aumentam a esfera de ação jurídica do destinatário, do administrado. • Exemplo: as concessões, autorizações e permissões, admissões, licenças etc. 
B)Atos restritivos: (contrário do ampliativo) são os que diminuem a esfera jurídica do destinatário ou lhe impõem novas obrigações, deveres ou ônus • Exemplo: os que extinguem os atos ampliativos, as sanções administrativas em geral, as ordens, as proibições.
 
10. Quanto à situação jurídica que criam: Essa Classificação é dividida em 3 grandes tipos:
A) Atos-regra: é um ato administrativo capaz de criar uma regra. Capaz de criar situações gerais, abstratas e impessoais. É aquele ato capaz de atingir a todos os administrados de maneira equânime, igual. Características de serem modificáveis pela vontade de quem os produziu, por serem atos decorrentes, essencialmente, do princípio da supremacia do interesse público e princípio da indisponibilidade do interesse público. Exemplo: elaborar um regulamento, e modificá-lo sem que dependa da outra parte do regulamento(destinatário do regulamento). 
B) Atos-subjetivos: são atos que são criados a partir de situações particulares, concretas e pessoais. Por serem situações que envolvem 2 partes, esses atos tem a característica de serem imodificáveis, por não serem atos que apenas dependem da administração. Exemplo: o contrato da Adm. e particular, por ter 2 vontades não podem ser modificados unilateralmente. 
C) Atos-condição: é aquele ato que depende de uma condição para se concretizar. Pode ser feito isoladamente ou mediante acordo com outrem, debaixo de situações criadas pelos atos-regra, pelo que se sujeita às eventuais alterações unilaterais delas. Exemplo: o ato de aceitação de cargo público, o acordo na concessão de serviço público ( um ato de condição, advindo de um ato regra, um edital de concurso público, tendo requisitos, sendo a aceitação a condição).
Modalidades / Espécies de atos administrativos 
 1. Atos normativos: são atos que são capazes de criar normas dentro da esfera administrativa, portanto são atos que, necessariamente, estipulam um comando que seja geral para os administrados,abstrato. Esses atos visam a correta aplicação da lei (algumas espécies normativas demandam certa regulamentação por parte da Adm. Pública). Adm. Pública é quem regulamenta os atos normativos que são uma modalidade de atos administrativos. Uma vez que a legislação entra no ordenamento jurídico, promulgada, entrou em vigência, ela demanda uma regulamentação, os atos normativos é quem fazem isso. Exemplos: regulamentos, decretos, instruções normativas, regimentos, resoluções e deliberações. 
 A) Regulamentos: O principal tipo de ato normativo. Eles postos em vigência, na realidade do ato administrativo por decreto. Embora cada um seja uma modalidade de ato administrativo, o regulamento POR SI SÓ NÃO EXISTE, precisa de um decreto para sua existência. Em outras palavras, o decreto é a forma e o regulamento é o conteúdo dentro do decreto. É ato administrativo (não legislativo), de caráter explicativo ou supletivo (ato inferior à lei, embora tenha eficácia externa. Se, por exemplo, um ato administrativo, tipo normativo, tipo regulamento, resolve dizer como um artigo X deve se comportar, ou qual o órgão específico para a aplicação daquela infração, ele pode fazer isso DE MANEIRA REGULAMENTAR, ele não pode fazer, em nenhuma hipótese , CRIAR direitos, nem extingui-los. Só pode, apenas, explicar ou suplementar aquilo que já está posto no ordenamento, se fizer, ele extrapola a sua finalidade, podendo ser anulado) hierarquicamente inferior à lei e com eficácia externa, denominado, nesse caso, regulamento executivo. 
Pode representar condição para a aplicação da lei, quando essa depende de regulamentação, admitindo-se, igualmente, o exercício facultativo, hipótese em que a norma já é autoexecutável. (Não tem problema se a norma for autoexecutável, o regulamento pode apenas determinar a forma da execução ou mudar algum aspecto administrativo da execução).
No direito comparado, há duas modalidades de regulamento:
A.1) Executivo: complementa a lei, contendo normas para sua fiel execução (art. 84, IV, CF). Ele é apenas executado e não inovado. 
A.2) Autônomo (independente): O decreto (conteúdo é o regulamento) autônomo é previsto no texto constitucional, é chamado de autônomo porque ele tem habilidade de inovar a ordem jurídica. CRÍTICA: EX: Se der ao presidente da república a possibilidade de inovar na ordem jurídica, no decreto autônomo, você estará confundindo os dois conceitos básicos: de lei em sentido formal e lei em sentido material. Os atos administrativos estão em sentido material, porque eles não passam no processo legislativo, os que passam pelo processo legislativo, são as lei de sentido formal. As de sentido formal, tem força de lei. A crítica exprime a pergunta de que como o presidente vai elabora um decreto autônomo, que pode inovar a ordem jurídica, criar um direito, sem passar pelo legislativo. Depois de um tempo, a doutrina criou em uma certa maioria, um entendimento em relação a possível existência de um regulamento autônomo, um decreto autônomo. Mas, TÃO SOMENTE nas hipóteses que forem autorizadas pela CF especificamente e a autorização está no: art. 84, VI, da CF à o Presidente da República poderá, mediante decreto, regulamentar a organização e funcionamento da Administração, sem gerar aumento de despesa e, ainda, extinguir cargo vago. (não é Medida Provisória)
• ⚠ ATENÇÃO: a denominação “regulamento” é utilizada para definir o conteúdo dos atos administrativos que objetivam normatizar determinado assunto. O ato precisa de uma forma especial, que é denominada “decreto”. Portanto, “decreto” é usado quanto à forma do ato; e “regulamento”, quanto ao seu conteúdo. 
B) Decretos: são de competência exclusiva dos Chefes do Poder Executivo (QUAIS QUER CHEFE DO EXECUTIVO: federal, estadual, municipal ou distrital). Podem ser decretos gerais ou individuais. 
B.1) Individuais: Decretos voltados a um certo grupo de pessoas determinadas, com efeitos concretos. Concreto porque vai incidir naquele grupo. Exemplo: decreto de desapropriação, o decreto de nomeação ou de demissão. 
 B.2) Gerais: disciplinam, da mesma forma que a lei, que regras gerais e abstratas , ou seja, que se dirigem a todas as pessoas que se encontram na mesma situação, sendo, entretanto, inferiores à lei. Exemplos: os regulamentos.
c) Instruções normativas: Servem para instruir, normativamente formas de execução. Expedidos pelos Ministros de Estado para a execução das leis, decretos e regulamentos, a partir de um competência constitucional (art. 87, parágrafo único, II, CF), mas também podem ser utilizados por outros órgãos para o mesmo fim. 
 d) Regimentos: (os regimentos dos Tribunais são LEIS, não entra nesse ato administrativo, mas finalidade é a mesma)são de atuação interna, destinando-se a reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. O regimento só se dirige aos que devem executar o serviço ou realizar a atividade funcional regimental, sem obrigar os particulares em geral. Ex: Votações dentro do órgão. Só as pessoas dentro do órgão são as destinatárias.
 e) Resoluções: são atos normativos ou individuais, emanados de autoridades de elevado escalão administrativo. Basicamente todos os agentes do primeiro escalão administrativo podem emanar resoluções. Exemplo: Resoluções emitidas por Ministros e Secretários de Estado ou Municípios, ou pelos Presidentes de Tribunais, órgãos legislativos e colegiados administrativos, para disciplinar matéria de sua competência específica. 
 f) Deliberações: Alguma medida que chega a uma vontade de uma coletividade. São oriundos, em regra, de órgãos colegiados, como conselhos, comissões, tribunais administrativos etc. Normalmente, representam a vontade majoritária (órgãos colegiados) de seus componentes. A deliberação NÃO precisa ser consensual entre os indivíduos que dela participam.

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