Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 1 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 02 2 DEFINIÇÃO E EVOLUÇÃO DA “CARREIRA” DO INSPETOR ESCOLAR . 03 2.1 Forma de controle do descobrimento ao Estado Novo ................................ 03 2.2 Do Estado Novo aos tempos atuais .............................................................. 06 3 FUNÇÕES, ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DO INSPETOR ESCOLAR ........................................................................................ 09 3.1 As funções do Inspetor Escolar ..................................................................... 09 3.2 As competências e atribuições no Maranhão e no estado do Rio de Janeiro ..................................................................................................... 18 4 A INSPEÇÃO ESCOLAR EM MINAS GERAIS .............................................. 23 4.1 Das atribuições do cargo ............................................................................... 23 4.2 Metas dos Inspetores de uma SRE mineira ................................................. 24 4.3 Atividades desenvolvidas pelos inspetores de uma SRE mineira ............... 26 5 O PAPEL DO INSPETOR ESCOLAR NO PROCESSO DEMOCRÁTICO ... 27 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ............................................ 31 INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 2 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 1 INTRODUÇÃO A velocidade das mudanças que acometem a sociedade levam a escola e os órgãos responsáveis por seu funcionamento a repensarem as práticas e se adequarem aos “novos tempos” onde impera a competição e, por conseguinte, a qualidade. Atuar com eficiência também passa a ser missão da escola, portanto, a equipe de profissionais que nela atua precisa estar atenta para acompanhar as necessidades mundiais. Com o mundo globalizado, em constantes mudanças e estas muito rápidas, os educadores devem estar à frente dessa nova realidade com o desafio de transformar a sociedade em uma sociedade mais justa mais culta e mais consciente através da transmissão de conhecimentos, informações e valores. E o Inspetor Escolar onde entra? Cabe a Inspeção Escolar assessorar a Direção Pedagógica, prestar contínua assistência didático-pedagógica para que a educação alcance mais qualidade. Orientar, acompanhar, auditar e avaliar a execução das atividades relativas às instalações e ao funcionamento das redes de ensino público e privado caracterizado pelo controle efetivo dos padrões de desempenho estabelecidos pelo Sistema de Ensino para a eficácia tendo em vista a confiança social na Educação são as principais ações dos inspetores escolares, com pequena variação, mas mesma essência nos diversos estados brasileiros. Pois bem, o objetivo deste curso vai muito além de expor as leis que regem a educação brasileira, partimos do entendimento que o inspetor deve conhecer muito mais do que as leis “puras” e até mesmo devem saber mais do que simplesmente interpretá-las. Ele deve entender os “porquês”, os caminhos percorridos até este momento onde se prega a autonomia e democracia, devem refletir sobre as implicações e consequências das políticas neoliberais que nos trouxeram até este momento da educação para serem críticos e discernirem as vantagens e desvantagens do atual sistema. Boa leitura e bons estudos a todos! INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 3 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 2 DEFINIÇÃO E EVOLUÇÃO DA “CARREIRA” DE INSPETOR ESCOLAR A inspeção (do latim, inspec-tiõ-onis) etimologicamente significa “ato de ver, vistoriar, examinar” (CUNHA, 1994, p. 439). Em termos de ação Inspeção é controlar, verificar, observar, cuidar. Segundo Freire (1954, p. 2990) a Inspeção aparece com sete sentidos: 1) Ato de olhar. 2) Ação de examinar, de observar com cuidado. 3) Exame, vistoria. 4) Encargo de vigiar, superintendência. 5) Tribunal, junta ou repartição pública encarregada de Inspecionar, de fiscalizar ou de dar o seu parecer sobre assuntos especiais. 6) Cargo ou emprego de inspetor. 7) Exame feito por um ou mais inspetores ou por uma junta inspetora”. 2.1 Forma de controle do descobrimento ao Estado Novo Segundo Meneses (1977), desde a vinda dos jesuítas para o Brasil poucos anos após o descobrimento do país, as escolas estavam sujeitas a fiscalização jurisdicionada ao Provincial da Companhia de Jesus. O Inspetor Escolar, portanto, iniciou sua carreira como um membro fiscalizador por excelência. Essa situação permanece até 1759, quando o Marquês de Pombal praticamente expulsa os jesuítas e ao longo dos próximos anos começam as aulas régias. A partir de 1799 a fiscalização dessas aulas fica a cargo de um professor de confiança do vice-rei. Logo em seguida formou-se o primeiro grupo de inspetores para fiscalizar o funcionamento das escolas, os métodos de ensino, o comportamento dos professores e o aproveitamento dos alunos. Fazendo um recorte no tempo e reportando ao ano de 1837 encontramos dentre várias medidas para que o Brasil aparecesse perante os países mais adiantados como um de seus pares, a elite dirigente do país anunciava a INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 4 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 importância da universalização da instrução, divulgando-a como uma prerrogativa dos países civilizados (GONÇALVES, 2004). Embora fosse imperiosa a condição para que o Brasil firmasse como uma nação, uma vez que até então a educação era destinada as elites, ela não acontecia efetivamente, não havia uma diretriz nacional e cada província ia criando uma forma de dirigir e organizar o seu ensino público. Assim como as demais medidas no campo educacional, a inspeção escolar foi, muitas vezes, mencionada pelo poder executivo provincial como um instrumento necessário e importante para a solução dos problemas presentes na instrução. No ano de 1837, o Presidente da Província declarou que a inspecção minuciosa e austera sobre as Escolas primárias deve concorrer poderosamente para o melhoramento dellas (GONÇALVES, 2004, p. 9). Desde 1835, alguns se queixavam que a única inspeção exercida naquela época era sobre os professores, mais precisamente sobre darem lições em dias e horas devidas, mas isso não garantia que eles se interessassem em preparar melhor seus alunos, por isso a inspeção passou a ser anunciada como um meio capaz de solucionar os problemas do ensino público elementar. Assim, na década de 1840, anunciava-se que a inspeção escolar viria concorrer para a solução de questões como a negligencia dos pais, da qual decorria a baixa frequência às aulas e a falta de respeito aos mestres. Somada a inspeção exercida sobre a conduta dos professores no ensino, essas atitudes concorriam para que ao final do ano fossem despendidas menores somas monetárias com a educação pública (GONÇALVES, 2004). Botelho (1986) comenta que, por volta de 1899 houve a preocupação por parte dos homens públicos de escolarização de um maior número de crianças. Proliferaram nas províncias, através de projetos, leis e regulamentos, o espírito da pedagogia europeia de Comenius, Rousseau, Locke, Pestalozzi e Herbart.Embora discutia-se a necessidade de criar um Sistema Nacional de Ensino, desde o Império, até a década de 1920 nada acontecia. A partir dessa década, mais precisamente com a Semana de Arte Moderna (1922), manifestação artística que representou o momento mais importante da década e que reuniu uma gama de intelectuais, os valores começaram a mudar. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 5 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Na década de 1930, embora tivéssemos de um lado os pioneiros da Escola Nova considerando dever do Estado tornar a Educação obrigatória, gratuita e leiga e de outro a igreja católica defendendo uma educação elitista e acadêmica tradicional (eles acreditavam que a verdadeira educação deveria ser baseada na formação cristã), os movimentos cresceram e em 1934 foi instituído o Plano Nacional de Educação. “Estabeleceu-se também as normas para a realização da inspeção federal, criou-se a carreira do inspetor e organizou-se a estrutura do sistema de inspeção e equiparação de escolas” (ROMANELLI, 1986, p. 135). Por todo Estado Novo, atribuiu-se ao inspetor, a incumbência de verificar e relatar sobre a qualidade do ensino ministrado, assiduidade de professores e alunos e a sua sugestão sobre as providências a serem tomadas pelo Departamento Nacional de Ensino. Getúlio Vargas, como governo populista por excelência, se pronunciava sobre a necessidade de criar escolas para instruir o povo, e que deveriam respeitar as tendências de cada região. Ao mesmo tempo em que queria reforçar a atuação regional, ele enfatizava a centralização do poder, determinando que caberia à união o direito de superintender e fiscalizar todos os serviços de educação (BARBOSA, 1997). No período do Estado Novo é instituído e reforçado o sistema de gestão burocrático, que é um meio de centralizar as decisões, um meio de manter a obediência e seguir normas determinadas. O burocrata é um mero cumpridor de ordens superiores. Segundo Weber (1978) ele não é nem dono dos meios de produção e nem pertence à classe dos proprietários. O controle da qualidade da educação, como garantia de efetivação de uma forma de cidadania tem sido “ferramenta” imprescindível para a concretização da educação, de uma determinada educação, há longas décadas. Já no Estado Novo e, mesmo antes, este controle era exercido, não sob a forma de gestão democrática como nas últimas décadas se exercita e cultiva, na formação de profissionais da educação e nas práticas educacionais, mas como controle vertical e pontual exercido pela inspeção que controlava, literalmente, questões pontuais nas escolas, questões estas que garantiam a formação de um tipo determinado de cidadania INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 6 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 considerada a necessária para a época, através de visitas de profissionais que exerciam este cargo com estas responsabilidades (FERREIRA e FORTUNATO,2007). Observa-se até o momento que a Inspeção Escolar desde o século XVI já se anunciava como um instrumento de controle e direcionamento da educação. 2.2 Do Estado Novo aos tempos atuais A inspeção no Brasil surgiu em 1932, na Legislação do Ensino na reforma de campos do Ensino Secundário. Em 1934 o inspetor surge como a figura do fiscal permanente dos estabelecimentos de Ensino Normal do Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais, função que só foi extinta em 1974. A inspeção antes da Reforma Universitária de 1968 (Lei 5540 de 28/11/1968), poderia ser exercida por pessoas sem habilitação específica ou por pessoas que somente fiscalizavam provas e exames a assinavam papéis. Em 1971, com a Lei 5.692/71 surgiu a exigência explícita da formação do Inspetor em Curso Superior de Graduação, com duração plena ou curta, ou de Pós Graduação, a admissão do Inspetor no ensino oficial de 1º e 2º graus por concurso público de provas e títulos, a elaboração de estatuto que estruturasse a carreira do magistério de 1º e 2º graus. Somente o estatuto de 1977 estabelece as atribuições do Inspetor e que seu cargo passou a ser efetivo. No estatuto anterior, o de 1973, o inspetor ainda era cargo comissionado e não estabelecia as atribuições do inspetor. O parecer nº 794/83 relata que três grandes reformas no ensino aconteceram nas Leis Federais 4024/61, 5540/68 e 5692/71, porém como diz o relato de Regina Almeida (1983): “as providências tomadas pelo sistema, no que respeita à inspeção, foram sempre de caráter parcial atingindo ora um ora outro grau ou modalidade de ensino e não se fizeram acompanhar de orientação mais ampla ou de medidas específicas relativas à definição de uma política de Inspeção e à criação de uma estrutura operacional capaz de viabilizá-la. Muito menos se repensou ou se redefiniu o papel do Inspetor. Em verdade, um Sistema de Inspeção, na acepção legitima da INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 7 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 expressão não se organizou. Já na vigência da Lei de 1961 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), a inspeção se revelou crítica, desarticulada e incapaz de cumprir suas finalidades”. Este parecer foi um estudo da Inspeção Escolar e a elaboração de um projeto de Resolução sobre as Normas orientadoras da Inspeção no Ensino de 1º e 2º grau no Sistema de Ensino. Conforme o Parecer 794/83 o Inspetor deve ser um profissional capaz de pensar criticamente seu trabalho, rever e renovar sua prática diária, que participe da recriação de normas e da prática da educação, mas não basta que se repensem as atribuição do inspetor, é preciso que o sistema lhe dê poder de decisão e força política para o exercício deste poder. As reformas vieram e com a nova lei de diretrizes e bases da educação nacional, a lei 9394/96, o artigo 64 colocou que a formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, seria feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional, ou seja, sem explicações adicionais, o que pode nos levar a pensar que a tendência para mais adiante seria formar um profissional generalista e não mais especialista. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 8 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 3 FUNÇÕES, ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DA INSPEÇÃO ESCOLAR 3.1 As funções do Inspetor Escolar Conforme Brejon, (1959, p.14) a função do Inspetor Escolar é dar “assistência à execução”. O inspetor já teve vários papéis em sua história, hoje se sabe que a sua função é muito mais que vigiar ou controlar, cabe a inspeção examinar, avaliar, orientar corrigir, contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. O Inspetor Escolar deve ser um profissional capaz de pensar criticamente seu trabalho, rever e renovar sua prática diária, que participe da recriação de normas e da prática da educação, mas não basta que se repensem as atribuição do inspetor, é preciso que o sistema lhe dê poder de decisão e força política para o exercício deste poder. Cabe a Inspeção Escolar assessorar a Direção Pedagógica, prestar contínua assistência didático-pedagógica para que a educação alcance mais qualidade. Com o mundo globalizado e em constantes mudanças e muito rápidas os educadores devem estar a frente dessa nova realidade com o desafio de transformara sociedade em uma sociedade mais justa mais culta e mais consciente através da transmissão de conhecimentos, informações e valores (CARVALHO, 2008). Cabe ao Inspetor estar atuando junto às escolas: Orientar na elaboração e atualização do Regimento Escolar, Quadro Curricular e Calendário Escolar, resguardando as normas legais vigentes, acompanhando o seu cumprimento. Orientar preventivamente, as ações desenvolvidas na escola para o cumprimento legal e eficaz de suas finalidades. Promover a integração entre o pessoal da escola, visando o trabalho de equipe. Analisar, junto à equipe pedagógica, os casos de classificação e reclassificação, dando as devidas orientações. Verificar sempre que necessário a documentação dos alunos, dando atenção especial às séries terminais e passar as orientações necessárias. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 9 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Orientar e verificar o preenchimento correto de documentos como: Censo Escolar; Livro de Ponto; Diários de classe; Livro de Transferências Expedidas; Livro de Registro de Matrículas; Livro de Atas de Resultados Finais; Livro de Atas de Exames Especiais; Ficha de Matricula; Histórico Escolar; Ficha Individual. Analisar e propor medidas necessárias para a regularização de vida escolar dos alunos. Colaborar com a equipe pedagógica da escola em projetos e experiências pedagógicas que contribuam para a melhoria da qualidade do ensino. Orientar quanto ao preenchimento de documentos referentes à escrituração escolar. Atender as solicitações para solucionar problemas. Analisar periodicamente, os resultados das avaliações escolares com os especialistas, para adoção de novas metodologias e técnicas de ensino. Ressaltar a importância da aplicação adequada dos recursos financeiros repassados à Caixa Escolar Orientar na elaboração dos Processos de Autorização de Funcionamento da Escola. Dar respaldo legal aos atos administrativos e pedagógicos das Escolas. Proporcionar a coerência da política educacional com as necessidades do processo ensino-aprendizagem dentro da Escola com competência técnica. Consolidar levantamentos para controle e tratamento estatístico dos dados escolares. Ser o elo entre a Escola e a Secretaria. Fazer acompanhamento da elaboração dos critérios de atendimento da matrícula dos alunos de acordo com o número de vagas, considerando a demanda escolar. Orientar quanto ao atendimento dos alunos defasados em conteúdo e em série / idade. Acompanhar na elaboração e implementação do plano geral da escola. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 10 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Incentivar a administração sobre a necessidade de participação do Conselho Escolar nas decisões da escola. Embora o trabalho, a ação do Inspetor seja de natureza global, funcionando como um todo orgânico, cabe colocar aqui uma forma de apresentação que tem apenas sentido e organizações didáticas, conforme explica Carvalho (2008) em trabalho muito bem elaborado sobre o papel desse profissional da educação. a) Função verificadora que consiste em examinar o cumprimento das normas que se aplicam à organização e funcionamento da escola e do ensino, nos campos administrativos e pedagógicos. No campo pedagógico inclui pelo menos, o exame dos aspectos legais relativo ao currículo (objetivos, conteúdos, carga horária, avaliação de aproveitamento, apuração da assiduidade, etc.) calendário escolar (números de dias letivos e de turnos, recessos, férias, atividades escolares, etc.) bem como a regularidade dos arquivos e escrituração escolares. b) Função avaliadora, consiste em comparar a situação concreta, real com a ideal, teórica. A inspeção atua como mecanismo de avaliação da educação escolar e da política educacional que a fundamenta. Por meio da comparação do existente com o previsto, chega-se a um diagnóstico da situação da escola e a identificação de desvios, disfunções ou omissões que exigem ação e orientação devidas. A inspeção há de se pautar pelos dispositivos regimentais, cabendo ao inspetor não apenas avaliar a consistência entre a norma regimental e a prática pedagógica, como ainda, verificar se as próprias disposições do regimento não se contrapõem às diretrizes gerais emanadas da legislação do ensino. A função de avaliação, que não se esgota com o cotejo de normas e ações deve estender-se, também, a adequação e à eficiência da norma, considerando seus efeitos na realidade social a que se destina. c) Função orientadora consiste em conduzir ao conhecimento e à aplicação correta da norma, tendo em vista a unidade do sistema, bem como sua coerência interna e externa, atua mais especificamente como “mecanismo de comunicação” do sistema ligando os órgãos centrais aos estabelecimentos de ensino, e como estratégia de “assistência a execução”, voltada para a informação, a orientação, a INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 11 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 assessoria e a cooperação técnica, antes que a vigilância e o policiamento. E pelo exercício da função orientadora que a inspeção se converte em prática pedagógica de incentivo e acompanhamento da verdade regimental, da regularidade de funcionamento, da liberdade, da criatividade e da responsabilidade no planejamento, execução e avaliação do currículo e do calendário escolar; d) Função corretiva, cuja essência consiste em promover e ou determinar a adoção de providências ou medidas destinadas a sanear falhas e a corrigir desvios e irregularidades na aplicação da norma. As ações corretivas devem conduzir, em princípio, a uma consciência e a uma revisão crítica do “fazer educativo”, resultando sempre em nova postura pedagógica, seu objetivo é promover o reajustamento da vida escolar ás diretrizes educacionais vigentes; e) Função realimentadora, está comprometido com a sintonia entre os conteúdos normativos e as ações educativas com a adequação de uns e outras ao contexto sociopolítico da realidade onde acontece a educação. Por via de consequência, está comprometido com mudança e ajustamentos em todo sistema operacional, pois outra coisa não busca a realimentação senão traduzir-se em melhor desempenho da escola, da própria inspeção e do sistema de ensino como um todo. É da sua essência, conduzir a inovação, ou seja, à evolução ou aperfeiçoamento do sistema, consoante exige o dinamismo da realidade escolar (CARVALHO, 2008). Observa-se que a Inspeção tem função política e pedagógica, é usada pela administração do Sistema para assegurar a comunicação entre os órgãos centrais e as unidades operacionais e vice-versa, tendo em vista a verificação e a avaliação do cumprimento da legislação de ensino e a consequente orientação, correção e realimentação das ações, sempre com a preocupação de se obter melhoria da educação escolar. A ação da inspeção geralmente se dá ao nível de unidade escolar. É da essência da inspeção tratar com a organização e o funcionamento da escola, em seus múltiplos aspectos. Daí a tradição da expressão: inspeção escolar. Mas para que a inspeção se realize, de maneira eficaz, em nível escolar ou micro, toda uma estrutura maior há de existir e funcionar harmônica e articuladamente. Nessa macro estrutura, destacam-se o órgão central e os órgãos regionais do sistema. O órgão central tem pelo menos duas responsabilidades básicas no processo: INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICASDO INSPETOR ESCOLAR 12 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 a) converter conteúdo ideológico da legislação do ensino em diretrizes capazes de orientar a ação dos agentes do sistema. b)captar os efeitos da aplicação da norma com o objetivo de promover a desejada adequação do “formal” ao “real” e vice-versa. Aos órgãos regionais, que se situam entre os polos da “decisão” e da “ação”, cabe uma função por excelência, comunicadora, coordenadora e reinterpretadora, tanto das orientações que emanam da cúpula, como das informações que se colhem nas bases do sistema. A inspeção se converte em mecanismo de criação e não apenas reprodução da educação e o inspetor deixa de ser um mero fiscal da atividade escolar para participar, como educador, do “trabalho de pensar, criar e legislar a educação brasileira”. O objeto da inspeção são as normas do sistema X e o funcionamento escolar. O conhecimento da legislação do ensino e sua aplicação à realidade escolar constituem pontos de marcado relevo da inspeção. A dinâmica operacional do processo de comunicação, ou seja, o fluxo descendente de orientação X fluxo ascendente de informação. O funcionamento, a interpretação e a utilização correta deste fluxo num e noutro polo – o de decisão e o de ação, são aspectos de fundamental importância na inspeção porque dizem respeito à eficiência e à eficácia do subsistema. Como objetivos da inspeção temos: dar assistência ao funcionamento da escola e do ensino, tendo em vista a melhoria da educação escolar e sua sintonia com a política educacional veiculada pela legislação de ensino. O exame crítico desses aspectos deve resultar no ajustamento do formal ao real (a norma promovendo a melhoria da realidade) e vice-versa (a realidade exigindo a adequação da norma) (CARVALHO, 2008). Temos dois tipos básicos de inspeção: a inspeção ordinária e a extraordinária. A inspeção ordinária é aquela que se inclui, normalmente, no plano do trabalho do inspetor. Diz respeito aos aspectos organizacional e funcional da unidade inspecionada e se constitui em atividade rotineira de “comunicação e avaliação” e de “assistência técnica”, contemplando tanto o processo como o produto da dinâmica escolar. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 13 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 A inspeção extraordinária ou especial é aquela que não se inclui, regularmente, no plano de trabalho do inspetor escolar, por não ocupar, especificamente, da rotina da escola, mas de fatos ou situações especiais da instituição. Pode decorrer tanto de necessidade identificada em visita de inspeção regular, como de solicitação da unidade inspecionada ou determinação do órgão regional ou central; também pode concentrar mais nas funções verificadora e avaliadora, ou naquelas de orientação e correção, ou, ainda, em todas elas, dependendo da situação. Incluem nos casos de inspeção extraordinária atividades como: a) Verificação “in loco”, exigida quando a aprovação prévia para a criação de escolas, quando a autorização de funcionamento ou de reconhecimento de habilitações profissionais, cursos e escolas, bem como, quando da transferência de prédio ou de entidade mantenedora; b) Sindicância para verificação e registros de fatos ou ocorrências especiais; c) Exame de convalidação de atos escolares; d) Exame e correção de situações especiais quer administrativas ou pedagógicas e) Encerramento de atividades escolares e recolhimento de arquivos, etc. Atualmente a inspeção em Minas Gerais é regida pela Resolução nº 305/83, aplica-se ao ensino fundamental e médio, é e definida conforme art. 3º: Art. 3º – A inspeção é um processo pelo qual a administração do Sistema de Ensino assegura a comunicação entre os órgãos centrais, os regionais e as unidades de ensino, tendo em vista a melhoria da educação escolar, mediante: I- a verificação e avaliação dos estabelecimentos de ensino, quanto à observação das normas legais e regulamentares a eles aplicáveis; II- a orientação e realimentação das ações desses estabelecimentos. A presente resolução cita as funções que o Inspetor Escolar deve exercer conforme art. 4º. Art. 4º São funções da Inspeção: INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 14 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 I- Comunicação entre os órgãos da administração superior do sistema e os estabelecimentos de ensino que o integram; II- verificação e avaliação das condições de funcionamento dos estabelecimentos de ensino; III- orientação e assistência aos estabelecimentos de ensino na aplicação das normas do Sistema; IV- promoção de medidas para correção de falhas e irregularidades verificadas nos estabelecimentos de ensino, visando à regularidade do seu funcionamento e à melhoria da educação escolar; V- informação aos órgãos decisórios do Sistema sobre a impropriedade ou inadequação de normas relativas ao ensino e sugestões de modificações, quando for o caso. De acordo com a Resolução 7149/93 SEE de MG, são atribuições, tarefas e operações do Inspetor Escolar, nas Escolas Estaduais: 1 Orientar a escola para a conquista de sua autonomia: a) Integrar-se na elaboração do Plano de desenvolvimento da escola; b) Subsidiar a escola na elaboração e desenvolvimento do seu projeto pedagógico: Esclarecer a escola sobre os padrões básicos (currículo, recursos humanos e insumos) indispensáveis à elaboração do seu projeto pedagógico; Orientar a escola na definição de sua proposta curricular, adequando-a às especificidades socioculturais da região e às necessidades, prioridades e possibilidades da comunidade escolar à qual atende; Analisar o calendário escolar considerando as especificidades da escola, as peculiaridades regionais e locais e as referências legais, zelando pelo seu cumprimento; Participar da implementação do projeto pedagógico da escola, propondo a revisão de suas práticas educativas, quando necessário. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 15 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Orientar a escola na elaboração e revisão de normas regimentais consoantes as diretrizes estabelecidas em seu projeto pedagógico. c) Orientar a escola para a realização e a utilização de estudos e pesquisas que visem a melhoria da qualidade do ensino: Encaminhar às escolas os resultados da avaliação externa, orientando- a para à analise dos mesmos; Subsidiar a escola na elaboração de estudos e projetos de pesquisa que visem à melhoria do ensino e à inovação pedagógica; Promover o intercâmbio entre escolas e outras instituições para troca de experiências pedagógicas. d) Colaborar com a escola, orientando-a na definição de seu plano de capacitação de recursos humanos: Subsidiar o levantamento de necessidades de treinamento e capacitação de conjuntos de escolas de seu setor e da jurisdição; Tomar providências, junto à SRE, para que as propostas de capacitação se efetivem. e) Orientar a direção da escola na aplicação das normas referentes ao colegiado como instrumento de gestão democrática da escola. f) Incentivar a integração das escolas entre si e destas com a comunidade. 2º Assegurar o funcionamento regular da escola interpretando a aplicando as normas de ensino. a) Orientar a direção da escola na aplicação das normas referentes ao quadro de pessoal b) Tomar providências que assegurem o funcionamento regular da escola c) Assegurar a autenticidade e a fidedignidade da escrituração escolar d) Fazer cumprira legislação pertinente à gratuidade do ensino 3º Orientar a escola pública na captação e aplicação de recursos financeiros a) Propor a criação e registro de Caixa Escolar para administrar os recursos financeiros da escola. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 16 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Orientar a direção da escola sobre a organização e funcionamento de caixas escolares. Informar e esclarecer a direção da escola sobre a necessidade da participação do Colegiado Escolar, na composição da Caixa Escolar, na aplicação de seus recursos e na prestação de contas; Auxiliar a direção da escola na identificação de possíveis estratégias para sua obtenção e aplicação. b) Propor a celebração de convênios que concorram para a melhoria do ensino ministrado na escola. Interpretar com a direção da escola a legislação que trata da celebração de convênios; Esclarecer a direção da escola quanto às exigências e procedimentos referentes à celebração de convênios. 4º Orientar o processo de organização do atendimento escolar, em nível regional e local. a) Orientar as escolas e órgãos municipais de educação quando do levantamento da demanda escolar. Informar a escola sobre os critérios, procedimentos e instrumentos necessários à realização do cadastro escolar; Articular a integração entre as escolas, órgãos municipais de educação e a comunidade, buscando estratégias adequadas de divulgação e realização do cadastro escolar. b) Participar da definição da proposta de organização do atendimento a demanda escolar do município. Analisar com as escolas e autoridades municipais as condições efetivas de atendimento à demanda escolar do município; Auxiliar a direção da escola e o órgão municipal de educação, no levantamento de estratégias diferenciadas de organização escolar, para o atendimento à demanda nos diversos graus e modalidades de ensino. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 17 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 c) Orientar e acompanhar processos de criação, organização, reorganização de escolas. Orientar a direção da escola e a entidade mantenedora quanto às exigências e requisitos necessários à criação e organização, e reorganização de escolas e participar da instrução do processo; Elaborar o relatório de verificação “in loco”, para instruir o processo de criação, organização e reorganização de escolas. Cabe ainda à Inspeção Escolar assessorar a Direção Pedagógica, prestar contínua assistência didático-pedagógica para que a educação alcance mais qualidade. Com o mundo globalizado e em constantes mudanças e muito rápidas os educadores devem estar a frente dessa nova realidade com o desafio de transformar a sociedade em uma sociedade mais justa mais culta e mais consciente através da transmissão de conhecimentos, informações e valores. Os inspetores escolares devem ser inspetores educadores, aquele profissional que não apenas fiscaliza a vida da escola; mas dela participa como educador verificando, avaliando, orientando, corrigindo e recriando a sua realidade. O sistema deve ter uma inspeção que corresponda às suas expectativas: não no rito do “ato policial” que investiga, controla, amedronta e que a escola teme, mas não deseja; nem no rito do “faz de conta”, da conversa amena e da visita cordial que a escola até aceita, mas não valoriza, e na qual não confia; mas, sim, sob a forma da “inspeção-verdade”, que não é nem ridicularizada, mas desejada e valorizada, porque é a inspeção que verifica, avalia, orienta, corrige, comunica, assistindo o órgão na execução de seu trabalho e contribuindo para o crescimento e segurança de todos: do educador, da escola e do sistema. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 18 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 3.2 As competências e atribuições no Maranhão e no Estado do Rio de Janeiro A essência da Inspeção é a mesma em todo o Brasil, mas a linguagem como é explicitada torna interessante expor as situações de alguns dos estados brasileiros. No Maranhão, por exemplo, cabe a este profissional, inspecionar e orientar as atividades de ensino em unidades educacionais do Ensino da Educação Infantil, Fundamental, Médio e Particular, supervisionando e avaliando essas atividades, para assegurar o cumprimento das normas legais aplicadas ao ensino e a regularidade no desenvolvimento do processo educativo. § 2º – Constituem tarefas do Inspetor Escolar: - Inspecionar e orientar o Trabalho das Diretorias Regionais da Educação e das unidades escolares públicas e particulares do Ensino da Educação Infantil Fundamental e Médio, observando as condições de funcionamento, para verificar a correta interpretação e aplicação da legislação de ensino; - Divulgar a legislação do ensino vigente (leis, decretos, pareceres, resoluções e portarias) emitida pelo Ministério da Educação, Conselho Federal de Educação, Conselho Estadual de Educação e Secretaria de Estado da Educação, determinando a sua fiel aplicação, para assegurar a regularidade e a eficiência do processo educativo; - Assistir tecnicamente as Diretorias Regionais da Educação procedendo ao levantamento das necessidades prioritárias, observando as peculiaridades de cada região, propondo as medidas que se fizerem necessárias, para assegurar a regularidade no funcionamento das unidades escolares; - Participar das regiões de estudo, utilizando mecanismos de orientação para melhor desempenho das atividades visando subsidiar o trabalho das Diretorias Regionais da Educação; - Planejar, organizar, controlar e avaliar as atividades de inspeção, preparando instruções e orientando quanto aos mecanismos de controle e avaliação, para garantir o aperfeiçoamento do nível de desempenho do pessoal envolvido na inspeção Escolar; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 19 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 - Orientar interessados acerca da preparação de documentos e das condições para criação, entrosagem, autorização, reconhecimento de escolas e aprovação de cursos, elaborando documentos, modelos e outras informações necessárias, para assegurar o atendimento à legislação aplicável em cada caso; - Providenciar a elaboração de atos para homologação dos pareceres de autorização e reconhecimento de escolas, emitidos pelo Conselho Estadual de Educação, observando as normas vigentes, para encaminhá-los aos órgãos interessados; - Elaborar, atualizar e/ou reformular Regimentos das Unidades Escolares do Ensino da Educação Infantil, Fundamental e Médio da Rede Estadual, adaptando-os às disposições emanadas dos órgãos superiores, para garantir o regular funcionamento dessas unidades; - Restringir e/ou eliminar os efeitos que comprometem a eficácia do processo educativo, quanto à estrutura e funcionamento do ensino, adotando medidas de caráter preventivo e sugerindo eventuais modificações, para assegurar o aperfeiçoamento do Sistema de Educação; - Elaborar o cadastro das Unidades Escolares da Rede Estadual, Municipal e Particular, utilizando processos manuais ou mecanizados, para tornar possível o conhecimento geral da realidade do Sistema Estadual de Ensino e possibilitar a troca de informações e experiências; - Executar outras tarefas correlatas (SEE/MA, 1994). No Estado do Rio de Janeiro, a Coordenadoria de Inspeção Escolar – COIE através de portaria normativa n. 03, fixou as atribuiçõesdo Inspetor Escolar em 19 de setembro de 2001. Art. 1.º - Ao Inspetor Escolar, em exercício nos diversos órgãos regionais da Secretaria de Estado de Educação, cabe planejar a dinâmica de sua atuação em consonância com as diretrizes estabelecidas pela Coordenadoria de Inspeção Escolar da Subsecretaria Adjunta de Desenvolvimento do Ensino, observadas as normas do Conselho Estadual de Educação - RJ. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 20 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Parágrafo Único - A ação do Inspetor Escolar dar-se-á, prioritariamente, de modo preventivo e sob a forma de orientação, visando evitar desvios que possam comprometer a regularidade dos estudos dos alunos e a eficácia do processo educacional. Art. 2.º - É função precípua do Inspetor Escolar zelar pelo bom funcionamento das instituições vinculadas ao sistema estadual de ensino - público e particular - avaliando-as, permanentemente, sob o ponto de vista educacional e institucional e verificando: a) a formação e a habilitação exigidas do pessoal técnico-administrativo- pedagógico, em atuação na unidade escolar. b) a organização da escrituração e do arquivo escolar, de forma que fiquem asseguradas a autenticidade e a regularidade dos estudos e da vida escolar dos alunos. c) o fiel cumprimento das normas regimentais fixadas pelo estabelecimento de ensino, desde que estejam em consonância com a legislação em vigor. d) a observância dos princípios estabelecidos na proposta pedagógica da instituição, os quais devem atender à legislação vigente. e) o cumprimento das normas legais da educação nacional e das emanadas do Conselho Estadual de Educação - RJ. Art. 3.º - São ainda atribuições específicas do Inspetor Escolar, além do acompanhamento contínuo às unidades de ensino: a) integrar comissões de autorização de funcionamento de instituições de ensino e/ou de cursos; de verificação de eventuais irregularidades, ocorridas em unidades escolares; de recolhimento de arquivo de escola com atividades encerradas, ou comissões especiais determinadas pela Coordenadoria de Inspeção Escolar. b) manter fluxo horizontal e vertical de informações, possibilitando a realimentação do Sistema Estadual de Educação, bem como sua avaliação pela Secretaria de Estado de Educação. c) declarar a autenticidade, ou não, de documentos escolares de alunos, sempre que solicitado por órgãos e/ou instituições diversas. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 21 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 d) divulgar matéria de interesse relativo à área educacional. Art. 4.º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a Portaria COSE-E n.º 02, de 07 de dezembro de 1989 (D. O. de 02.01.90). INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 22 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 4 A INSPEÇÃO ESCOLAR EM MINAS GERAIS O Edital da Secretaria de Estado de Educação (SEE), nº 04/2005, MG 12/11/2005, estabeleceu a carreira de Analista Educacional para o exercício para a função de inspeção escolar da Secretária de Estado de Educação de Minas Gerais. Nos termos da Lei nº 15.293, de 05 de agosto de 04, Resolução SEPLAG nº 22, de 24/05/05, a escolaridade exigida: Curso de Pedagogia legalmente reconhecido com habilitação em Inspeção Escolar ou Curso de Pedagogia acrescido de pós- graduação “Latu Sensu” na especialidade de Inspeção Escolar. 4.1 Das atribuições do cargo 1. Exercer atividade profissional específica em nível superior de escolaridade nos setores pedagógico e administrativo no campo da educação, nas Superintendências Regionais de Ensino; 2. Elaborar, analisar e avaliar planos, programas e projetos pedagógicos; 3. Coordenar, acompanhar, avaliar e redimensionar a execução de propostas educacionais; 4. Elaborar normas, instruções, orientações para aplicação da legislação relativa a programas e currículos escolares e a administração de pessoal, material, patrimônio e serviços; 5. Elaborar, executar, acompanhar projetos de capacitação de pessoal e treinamentos operacionais nos vários âmbitos de atuação. 6. Proporcionar assistência técnica na elaboração de instrumentos de avaliação do processo educacional; 7. Elaborar programas, provas e material instrucional para o ensino fundamental e médio; 8. Realizar pesquisas e estudos que subsidiem a proposta de políticas, diretrizes e normas educacionais; INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 23 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 9. Participar da elaboração de planejamento ou propostas anuais de atividades do órgão que atua; 10. Organizar e produzir dados e informações educacionais; 11. Participar da elaboração da proposta de reforma, ampliação ou construção da rede física de atendimento e acompanhar sua execução; 12. Realizar trabalhos de escrituração contábil, cálculo de custos, perícia, previsão, levantamentos, análise e revisão de balanços e demonstrativos, execução orçamentária e movimentação de contas financeiras e patrimoniais; 13. Emitir pareceres e relatórios sobre assuntos financeiros e contábeis; 14. Exercer, a Inspeção Escolar que compreende: Orientação, assistência e controle do processo administrativo das escolas e, na forma do regulamento, do seu processo pedagógico; Orientação da organização dos processos de criação, autorização de funcionamento, reconhecimento e registro de escolas no âmbito de sua atuação; Garantia de regularidade do funcionamento das escolas, em todos os seus aspectos; Responsabilidade pelo fluxo correto e regular de informações entre as escolas, os órgãos regionais e o órgão central da SEE; Exercer outras atividades compatíveis com a natureza do cargo, previstas na regulamentação aplicável e de acordo com a política pública educacional. 4.2 Metas dos Inspetores de uma SRE mineira Orientar, preventivamente as ações desenvolvidas na Escola para o cumprimento legal e eficaz de suas finalidades. Verificar o correto preenchimento e autenticidade dos Diplomas e da compatibilidade dos mesmos com relação nominal dos concluintes. Cruzar os INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 24 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 dados contidos nos documentos escolares com os arquivados na secretária da escola. Analisar periodicamente os resultados escolares e os especialistas para favorecer coleta de dados que alimentarão, pesquisas, propostas de adoção de novas metodologias e técnicas de ensino. Atender às solicitações para a solução dos problemas relacionados a aspectos financeiros da escola. Verificar o cumprimento do disposto na legislação em vigor sobre a proibição da cobrança da taxa de matricula na rede Oficial. Orientar a equipe pedagógica da Escola em projetos e experiências pedagógicas que promovam a melhoria da qualidade de ensino. Orientar a escola na elaboração c/ ou atualização do Regimento Escolar, respeitando sua autonomia e resguardando o cumprimento das Normas Legais vigentes. Verificar o espaço físico e funcional do estabelecimento para avaliar a adequação à função pedagógica a que se destina. Capacitar os membros do Colegiado Escolar em relação ao desempenho de suas atribuições. Acompanhar o processo de Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI nasEscolas Estaduais. Zelar para que se estabeleça a otimização de relacionamento entre o pessoal das unidades escolares entre as escolas da jurisdição e dessa com os Inspetores e todos com o órgão central. Acompanhar o atendimento dos alunos cadastrados, adequando a matrícula de forma racional, em escolas de sua comunidade Avaliar as ações pedagógicas, administrativas e financeiras desenvolvidas nos estabelecimentos, para fortalecer a gestão democrática. Oferecer aos Órgãos Regional e Central, dados e informações que retratem a realidade da escola para às providências cabíveis. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 25 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 4.3 Atividades desenvolvidas pelos inspetores de uma SRE mineira Acompanhar as designações nas escolas mantendo total controle das notificações de vagas e dispensas inseridas no sistema, com base nas normas que regulamentam o assunto, lembrando que as vagas autorizadas para designação pela SEE, deverão ser preenchidas no portal pelo diretor(a) da escola. Acompanhar a organização curricular, especialmente do Ensino Médio noturno, observando as alterações propostas pela Resolução n.1025/2007 e orientação 01/2008 que referem a inclusão das disciplinas Filosofia , Sociologia; Módulos de 40 minutos no Ensino Médio noturno e Atividades Complementares. Verificar a inclusão da disciplina Arte nos Quadros Curriculares do Ensino Médio. Acompanhar a organização das turmas de Aprofundamento de Estudos e Formação Inicial para o trabalho, bem como a implementação dos projetos. Verificar a Carga Horária dos professores coordenadores do GDP1 e GDPEAS2, com base no Ofício Circular 006/08 de 07/04/08. Conferir os Quadros de Pessoal das escolas e entregar no setor de pagamento. Acompanhar junto aos técnicos da SRE, a análise dos Boletins Pedagógicos dos resultados do PROALFA3. Orientar e acompanhar a reestruturação do PIP4, PP, Regimento Escolar e Plano de Metas do Colegiado junto aos técnicos da SRE. Fazer o consolidado do processo de escolha dos membros do Colegiado Escolar conforme orientações do Ofício Circular 10/08 de 09/04/2008. 1 Grupo de Desenvolvimento Profissional 2 Programa Educacional de Atenção ao Jovem 3 Programa de Alfabetização, Documentação e Informação 4 Programa de Intervenção Pedagógica INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 26 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Orientar os diretores na elaboração dos PGDIs5 dos servidores apresentando o cronograma estabelecido pela SEE. Verificar os diários de Classe e as matrículas dos alunos oriundos de outras escolas, verificando a enturmação correta destes alunos. Analisar junto aos especialistas os Planejamentos das Atividades Complementares. Prestar esclarecimentos sobre a Resolução n. 1086/2008 – Progressão Parcial, Progressão Continuada e as matrículas dos alunos do Ensino Fundamental de acordo com Oficio Circular nº 112/08. Verificar os registros nas Fichas Individuais dos alunos e no Livro de Ata de Resultados Finais. Orientar os Diretores a proceder aos registros nas Fichas Funcionais dos servidores, as Progressões publicadas no “MG”, de acordo com as orientações contidas no Oficio Circular nº 27. Conferir nas escolas que oferecem o Ensino Fundamental e Médio na modalidade de EJA os Quadros Curriculares, tendo como modelos as Matrizes Curriculares do Ofício Circular 123/2008. Elaborar o Relatório das Metas do Plano de Intervenção Pedagógica, utilizando a “Ferramenta de Monitoramento-on-line”, seguindo a orientação do manual. Conferir no Sistema Informatizado em cada escola a situação funcional do servidor: efetivado, notificado, remanejado ou designado. Orientar as escolas polo, sob a “organização de pastas” das professoras que foram efetivadas e estão em adjunção nas APAE, para encaminhá-las à SRE, lembrando que se faz necessário a atualização das fichas funcionais e contagens de tempo com as devidas assinaturas. Acompanhar o desenvolvimento do Projeto “Escola de Tempo Integral”, nas escolas autorizadas, verificando a regularidade do seu funcionamento. 5 Plano de Gestão do Desenvolvimento Individual INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 27 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Acompanhar a organização das turmas de alunos do 2º e 3º ano para as aulas de “aprofundamento” nas escolas integrantes do projeto “Escolas Referência”. Promover a verificação “in loco”, quando necessário. Participar dos Plantões de Estudos, realizados nos dias marcados, quando solicitados. A Inspeção tem função política e pedagógica sendo usada pela administração do Sistema para assegurar a comunicação entre os órgãos centrais e as unidades operacionais e vice-versa, tendo em vista a verificação e a avaliação do cumprimento da legislação de ensino e a consequente orientação, correção e realimentação das ações, sempre com a preocupação de se obter melhoria da educação escolar. Os inspetores escolares devem ser inspetores educadores, aquele profissional que não apenas fiscaliza a vida da escola; mas dela participa como educador verificando, avaliando, orientando, corrigindo e recriando a sua realidade. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 28 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 5 O PAPEL DO INSPETOR ESCOLAR NO PROCESSO DEMOCRÁTICO A Inspeção Escolar está ligada a vários fatores que contribuem com o processo democrático da comunidade escolar. Evidentemente, nem sempre foi assim. A própria expressão linguística nos remete à história, desde o Brasil colonial, de que o ato de inspecionar nos lembra do ato de fiscalizar, observar, examinar, verificar, olhar, vistoriar, controlar, vigiar (BIASE, 2009). Porém, atualmente, a figura deste profissional nas Instituições Escolares proporciona uma estreita ligação entre os outros órgãos do Sistema Educacional, quer sejam Secretarias quer sejam Superintendências Regionais e Unidades Escolares, para garantir a aplicação legal do regime democrático. Por isso, o Inspetor tem uma grande concentração nos aspectos Administrativos, Financeiros e Pedagógicos das Unidades Escolares, trabalhando inclusive, como agente sociopolítico. Neste sentido, o Inspetor Escolar trabalha estreitamente com a gestão de pessoal. Está sempre preocupado com a veracidade e atualização da escrituração e organização escolar para proporcionar segurança no processo de arquivos e no futuro, próximo e até cem anos, esteja resguardada para servir de acervo de pesquisas históricas ou da situação funcional dos servidores que almejam a aposentadoria (BIASE, 2009). Isto acontece, inclusive, com os documentos informativos da vida escolar dos alunos. Em qualquer tempo, as pessoas poderão procurar a sua instituição escolar de origem para requerer um novo documento, Histórico Escolar, por exemplo. O Inspetor Escolar está sempre imaginando as possibilidades do futuro, pois não se sabe quando alguém que conhece e trabalha na instituição Escolar ainda estará ou nem se lembrará das situações, casos ou momentos ocorridos; ou seja, as equipes de trabalhos estão sempre se renovando e acaba necessitando de uma Escrituração dos fatos, ato na Organização escolar muitobem definida para resguardar a integridade de todo arquivo (Atas, Diários de Classe, Fichas individuais e entre outros). Inclusive, como o Inspetor Escolar está sempre em contato com as comunidades escolares e tem um papel importante na comunicação entre os órgãos INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 29 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 da administração superior do sistema e os estabelecimentos de ensino que o integram, “volta-se para: organização e funcionamento da escola e do ensino, a regularidade funcional dos corpos docente e discente, a existência de satisfatórios registros e documentação escolar…” (RESOLUÇÃO 305/83). Por isso, este profissional, como prática educativa, se torna um importante agente político e de caráter pedagógico do sistema, pois poderá sugerir mudanças de estratégias nas decisões dos órgãos do sistema para promover uma implementação organizacional mais ampla e democrática para garantir acesso de toda sociedade nas Instituições Escolares, ao conhecimento e à cultura. Pensando nisso, os estudos e aplicação das normas do Sistema observadas pelo Inspetor Escolar, o faz posicionar diante de uma pragmática de educação, sociedade, modelos de organização e funcionamento, prática pedagógica e valores das práticas de conscientização e discussões (BIASE, 2009). As ações do Inspetor não se limitam, evidentemente, apenas nas aplicações de normas, mas, também, nas ações de revisão ou mudanças na legislação, numa perspectiva crítica adequada à realidade social a que se destina, dando conhecimento à administração do Sistema das consequências da aplicação dessas mesmas normas. Sob o ponto de vista Ideológico, o Inspetor Escolar quando age criticamente nos aspectos educacionais no momento da aplicação da legalidade pode contribuir nas reformulações das leis, fazendo o legislador legislar sob o ponto de vista do ato de educar. Ou melhor, o Inspetor converte o conteúdo ideológico da legislação do ensino em diretrizes capazes de orientar a ação dos agentes do Sistema. Por isso, é um agente Político. Portanto, o papel do Inspetor Escolar no processo democrático é de fundamental importância social sob o ponto de vista educacional, pois se torna os “olhos”, a presença ou a representação, a ação do Estado ou do órgão executivo e Legislativo “in loco”, nas Instituições de Ensino. Inclusive, por causa da aplicação das normas que podem ser verificada a sua adequação na práxis operativa do Sistema Educacional. Por fim, o processo democrático, na função do Inspetor, é captar os efeitos da aplicação da norma com o objetivo de promover a desejada adequação do “formal” INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 30 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 ao “real” e vice-versa com uma função Comunicadora, Coordenadora e Reinterpretadora das orientações e informações das bases do sistema (BIASE, 2009). INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 31 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS AGUIAR, José Marcio de. Vade-Mécum do Profissional de Educação Básica.1- Legislação e Normas 2- Direitos e Deveres. Sistema Estadual de Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte-MG: Editora Lâncer, Outubro 2005. BARBOSA, Maria Rita Leal da Silveira. Inspeção Escolar: quem é esse profissional? Um estudo de caso da inspeção escolar na rede municipal de ensino de Uberlândia – MG. Campinas: UEC, 1997. (Dissertação de Mestrado) BARBOSA, Maria Rita Leal da Silveira. Inspeção Escolar: um olhar crítico. Uberlândia: Ed. Composer Ltda, 2008. BIASE, Érica Giaretta. O papel do Inspetor Escolar no processo democrático. (2009). BOTELHO, Maria Clélia. Burocracia Estatal e Sistema Escolar. Uma relação mediatizada pela inspeção escolar. Belo Horizonte: UFMG, 1986. (Tese de Doutorado). BREJON, Moisés. Inspeção Escolar e Administração. “Atualidades Pedagógicas”, Ano IX, nº 45, 1959, p.14. CARVALHO, Magda Pereira. A atuação do inspetor escolar na rede estadual de ensino de Patos de Minas. Patos de Minas: FIJ, 2008 (Especialização em Inspeção Escolar). CUNHA, A.G. Dicionário Etimológico. Nova Fronteira da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, 1994. FERREIRA, Naura Syria Carapeto; FORTUNATO, Sarita Aparecida de Oliveira. A inspeção escolar como forma de controle no estado novo: uma contribuição às origens da gestão da educação. UTP Disponível em: <http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe4/individuais-coautorais/eixo03> Acesso em: 10 mai. 2010. FREIRE, Laudelino. Grande e Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa, 2 ed. Rio de Janeiro: José Oympio, 1994. GONÇALVES, Rosemari Conti. Inspeção Escolar, civilidade e progresso. ACE. GT: História da Educação / n. 02. Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt02/t0211.pdf> Acesso em: 10 mai. 2010. Informativo MAI de ensino do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte- MG, Editora Lâncer, Agosto nº 80- 1983. Informativo MAI de ensino do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte- MG, Editora Lâncer, Setembro nº 93- 1983. INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 32 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521 Informativo MAI de ensino do Estado de Minas Gerais. Belo Horizonte- MG, Editora Lâncer, Fevereiro nº 98- 1984. MENESES, João Gualberto de Carvalho. Princípios e Métodos de Inspeção escolar. São Paulo: Saraiva, 1977. MINAS GERAIS. Parecer CEE nº 794 de 29 de dezembro de 1983. MINAS GERAIS. Resolução SEE Nº 305 de 29 de dezembro de 1983. PARO, V. H. A gestão da educação ante as exigências de qualidade e produtividade das escolas pública. In: SILVA, L. H. da (Org). A escola cidadã no contexto da globalização. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 300-307. ROMANELLI, Otaiza de O. História da Educação no Brasil. 8 ed. Petrópolis: Vozes,1986. SAVIANI, Demerval. A supervisão educacional em perspectiva histórica: da função à profissão pela mediação da ideia. In: FERREIRA. N. S. C. Supervisão educacional para uma escola de qualidade. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2006. SCHEIBE, Leda; AGUIAR, Márcia Ângela. Formação de profissionais da educação no Brasil: o curso de pedagogia em questão. Educ. Soc. [online]. 1999, vol.20, n.68, pp. 220-238. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v20n68/a12v2068.pdf> Acesso em: 10 mai. 2010. Secretaria de Estado da Educação _ Uma Visão Geral _Junho 2002. BH. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. SEE/MA. Estatuto do Educador. Lei nº 6.110 de 15 de agosto de 1994. Dispõe sobre o estatuto do grupo educacional educação básica do estado do maranhão. Disponível em: <http://www.cge.ma.gov.br/documento.php?Idp=1347> Acesso em 02 set. 2010. WEBER, Max. Os fundamentos da Organização Burocrática: uma construção do tipo ideal. In: CAMPOS, Edmundo. Sociologia da burocracia. 4 ed. Rio de janeiro: Zahar, 1978.
Compartilhar