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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR (1)

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PRÁTICAS 
PEDAGÓGICAS DO 
INSPETOR 
ESCOLAR 
PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 
 
1 
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SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 02 
 
2 DEFINIÇÃO E EVOLUÇÃO DA “CARREIRA” DO INSPETOR ESCOLAR . 03 
2.1 Forma de controle do descobrimento ao Estado Novo ................................ 03 
2.2 Do Estado Novo aos tempos atuais .............................................................. 06 
 
3 FUNÇÕES, ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DO 
INSPETOR ESCOLAR ........................................................................................ 09 
3.1 As funções do Inspetor Escolar ..................................................................... 09 
3.2 As competências e atribuições no Maranhão e no estado do 
 Rio de Janeiro ..................................................................................................... 18 
 
4 A INSPEÇÃO ESCOLAR EM MINAS GERAIS .............................................. 23 
4.1 Das atribuições do cargo ............................................................................... 23 
4.2 Metas dos Inspetores de uma SRE mineira ................................................. 24 
4.3 Atividades desenvolvidas pelos inspetores de uma SRE mineira ............... 26 
 
5 O PAPEL DO INSPETOR ESCOLAR NO PROCESSO DEMOCRÁTICO ... 27 
 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS ............................................ 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
A velocidade das mudanças que acometem a sociedade levam a escola e os 
órgãos responsáveis por seu funcionamento a repensarem as práticas e se 
adequarem aos “novos tempos” onde impera a competição e, por conseguinte, a 
qualidade. Atuar com eficiência também passa a ser missão da escola, portanto, a 
equipe de profissionais que nela atua precisa estar atenta para acompanhar as 
necessidades mundiais. 
Com o mundo globalizado, em constantes mudanças e estas muito rápidas, 
os educadores devem estar à frente dessa nova realidade com o desafio de 
transformar a sociedade em uma sociedade mais justa mais culta e mais consciente 
através da transmissão de conhecimentos, informações e valores. 
E o Inspetor Escolar onde entra? 
Cabe a Inspeção Escolar assessorar a Direção Pedagógica, prestar contínua 
assistência didático-pedagógica para que a educação alcance mais qualidade. 
Orientar, acompanhar, auditar e avaliar a execução das atividades relativas às 
instalações e ao funcionamento das redes de ensino público e privado caracterizado 
pelo controle efetivo dos padrões de desempenho estabelecidos pelo Sistema de 
Ensino para a eficácia tendo em vista a confiança social na Educação são as 
principais ações dos inspetores escolares, com pequena variação, mas mesma 
essência nos diversos estados brasileiros. 
Pois bem, o objetivo deste curso vai muito além de expor as leis que regem a 
educação brasileira, partimos do entendimento que o inspetor deve conhecer muito 
mais do que as leis “puras” e até mesmo devem saber mais do que simplesmente 
interpretá-las. Ele deve entender os “porquês”, os caminhos percorridos até este 
momento onde se prega a autonomia e democracia, devem refletir sobre as 
implicações e consequências das políticas neoliberais que nos trouxeram até este 
momento da educação para serem críticos e discernirem as vantagens e 
desvantagens do atual sistema. 
Boa leitura e bons estudos a todos! 
 
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO INSPETOR ESCOLAR 
 
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2 DEFINIÇÃO E EVOLUÇÃO DA “CARREIRA” DE INSPETOR ESCOLAR 
 
A inspeção (do latim, inspec-tiõ-onis) etimologicamente significa “ato de ver, 
vistoriar, examinar” (CUNHA, 1994, p. 439). Em termos de ação Inspeção é 
controlar, verificar, observar, cuidar. 
Segundo Freire (1954, p. 2990) a Inspeção aparece com sete sentidos: 
1) Ato de olhar. 
2) Ação de examinar, de observar com cuidado. 
3) Exame, vistoria. 
4) Encargo de vigiar, superintendência. 
5) Tribunal, junta ou repartição pública encarregada de Inspecionar, de 
fiscalizar ou de dar o seu parecer sobre assuntos especiais. 
6) Cargo ou emprego de inspetor. 
7) Exame feito por um ou mais inspetores ou por uma junta inspetora”. 
 
2.1 Forma de controle do descobrimento ao Estado Novo 
 
Segundo Meneses (1977), desde a vinda dos jesuítas para o Brasil poucos 
anos após o descobrimento do país, as escolas estavam sujeitas a fiscalização 
jurisdicionada ao Provincial da Companhia de Jesus. O Inspetor Escolar, portanto, 
iniciou sua carreira como um membro fiscalizador por excelência. Essa situação 
permanece até 1759, quando o Marquês de Pombal praticamente expulsa os 
jesuítas e ao longo dos próximos anos começam as aulas régias. A partir de 1799 a 
fiscalização dessas aulas fica a cargo de um professor de confiança do vice-rei. 
Logo em seguida formou-se o primeiro grupo de inspetores para fiscalizar o 
funcionamento das escolas, os métodos de ensino, o comportamento dos 
professores e o aproveitamento dos alunos. 
Fazendo um recorte no tempo e reportando ao ano de 1837 encontramos 
dentre várias medidas para que o Brasil aparecesse perante os países mais 
adiantados como um de seus pares, a elite dirigente do país anunciava a 
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importância da universalização da instrução, divulgando-a como uma prerrogativa 
dos países civilizados (GONÇALVES, 2004). 
Embora fosse imperiosa a condição para que o Brasil firmasse como uma 
nação, uma vez que até então a educação era destinada as elites, ela não acontecia 
efetivamente, não havia uma diretriz nacional e cada província ia criando uma forma 
de dirigir e organizar o seu ensino público. 
Assim como as demais medidas no campo educacional, a inspeção escolar 
foi, muitas vezes, mencionada pelo poder executivo provincial como um instrumento 
necessário e importante para a solução dos problemas presentes na instrução. No 
ano de 1837, o Presidente da Província declarou que a inspecção minuciosa e 
austera sobre as Escolas primárias deve concorrer poderosamente para o 
melhoramento dellas (GONÇALVES, 2004, p. 9). 
Desde 1835, alguns se queixavam que a única inspeção exercida naquela 
época era sobre os professores, mais precisamente sobre darem lições em dias e 
horas devidas, mas isso não garantia que eles se interessassem em preparar melhor 
seus alunos, por isso a inspeção passou a ser anunciada como um meio capaz de 
solucionar os problemas do ensino público elementar. Assim, na década de 1840, 
anunciava-se que a inspeção escolar viria concorrer para a solução de questões 
como a negligencia dos pais, da qual decorria a baixa frequência às aulas e a falta 
de respeito aos mestres. 
Somada a inspeção exercida sobre a conduta dos professores no ensino, 
essas atitudes concorriam para que ao final do ano fossem despendidas menores 
somas monetárias com a educação pública (GONÇALVES, 2004). 
Botelho (1986) comenta que, por volta de 1899 houve a preocupação por 
parte dos homens públicos de escolarização de um maior número de crianças. 
Proliferaram nas províncias, através de projetos, leis e regulamentos, o espírito da 
pedagogia europeia de Comenius, Rousseau, Locke, Pestalozzi e Herbart.Embora discutia-se a necessidade de criar um Sistema Nacional de Ensino, 
desde o Império, até a década de 1920 nada acontecia. 
A partir dessa década, mais precisamente com a Semana de Arte Moderna 
(1922), manifestação artística que representou o momento mais importante da 
década e que reuniu uma gama de intelectuais, os valores começaram a mudar. 
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Na década de 1930, embora tivéssemos de um lado os pioneiros da Escola 
Nova considerando dever do Estado tornar a Educação obrigatória, gratuita e leiga e 
de outro a igreja católica defendendo uma educação elitista e acadêmica tradicional 
(eles acreditavam que a verdadeira educação deveria ser baseada na formação 
cristã), os movimentos cresceram e em 1934 foi instituído o Plano Nacional de 
Educação. 
“Estabeleceu-se também as normas para a realização da inspeção federal, 
criou-se a carreira do inspetor e organizou-se a estrutura do sistema de inspeção e 
equiparação de escolas” (ROMANELLI, 1986, p. 135). 
Por todo Estado Novo, atribuiu-se ao inspetor, a incumbência de verificar e 
relatar sobre a qualidade do ensino ministrado, assiduidade de professores e alunos 
e a sua sugestão sobre as providências a serem tomadas pelo Departamento 
Nacional de Ensino. 
Getúlio Vargas, como governo populista por excelência, se pronunciava sobre 
a necessidade de criar escolas para instruir o povo, e que deveriam respeitar as 
tendências de cada região. Ao mesmo tempo em que queria reforçar a atuação 
regional, ele enfatizava a centralização do poder, determinando que caberia à união 
o direito de superintender e fiscalizar todos os serviços de educação (BARBOSA, 
1997). 
No período do Estado Novo é instituído e reforçado o sistema de gestão 
burocrático, que é um meio de centralizar as decisões, um meio de manter a 
obediência e seguir normas determinadas. O burocrata é um mero cumpridor de 
ordens superiores. Segundo Weber (1978) ele não é nem dono dos meios de 
produção e nem pertence à classe dos proprietários. 
O controle da qualidade da educação, como garantia de efetivação de uma 
forma de cidadania tem sido “ferramenta” imprescindível para a concretização da 
educação, de uma determinada educação, há longas décadas. Já no Estado Novo e, 
mesmo antes, este controle era exercido, não sob a forma de gestão democrática 
como nas últimas décadas se exercita e cultiva, na formação de profissionais da 
educação e nas práticas educacionais, mas como controle vertical e pontual 
exercido pela inspeção que controlava, literalmente, questões pontuais nas escolas, 
questões estas que garantiam a formação de um tipo determinado de cidadania 
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considerada a necessária para a época, através de visitas de profissionais que 
exerciam este cargo com estas responsabilidades (FERREIRA e 
FORTUNATO,2007). 
Observa-se até o momento que a Inspeção Escolar desde o século XVI já se 
anunciava como um instrumento de controle e direcionamento da educação. 
 
2.2 Do Estado Novo aos tempos atuais 
 
A inspeção no Brasil surgiu em 1932, na Legislação do Ensino na reforma de 
campos do Ensino Secundário. Em 1934 o inspetor surge como a figura do fiscal 
permanente dos estabelecimentos de Ensino Normal do Sistema Estadual de Ensino 
de Minas Gerais, função que só foi extinta em 1974. 
A inspeção antes da Reforma Universitária de 1968 (Lei 5540 de 28/11/1968), 
poderia ser exercida por pessoas sem habilitação específica ou por pessoas que 
somente fiscalizavam provas e exames a assinavam papéis. 
Em 1971, com a Lei 5.692/71 surgiu a exigência explícita da formação do 
Inspetor em Curso Superior de Graduação, com duração plena ou curta, ou de Pós 
Graduação, a admissão do Inspetor no ensino oficial de 1º e 2º graus por concurso 
público de provas e títulos, a elaboração de estatuto que estruturasse a carreira do 
magistério de 1º e 2º graus. 
Somente o estatuto de 1977 estabelece as atribuições do Inspetor e que seu 
cargo passou a ser efetivo. No estatuto anterior, o de 1973, o inspetor ainda era 
cargo comissionado e não estabelecia as atribuições do inspetor. 
O parecer nº 794/83 relata que três grandes reformas no ensino aconteceram 
nas Leis Federais 4024/61, 5540/68 e 5692/71, porém como diz o relato de Regina 
Almeida (1983): “as providências tomadas pelo sistema, no que respeita à inspeção, 
foram sempre de caráter parcial atingindo ora um ora outro grau ou modalidade de 
ensino e não se fizeram acompanhar de orientação mais ampla ou de medidas 
específicas relativas à definição de uma política de Inspeção e à criação de uma 
estrutura operacional capaz de viabilizá-la. Muito menos se repensou ou se redefiniu 
o papel do Inspetor. Em verdade, um Sistema de Inspeção, na acepção legitima da 
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expressão não se organizou. Já na vigência da Lei de 1961 (Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional), a inspeção se revelou crítica, desarticulada e incapaz 
de cumprir suas finalidades”. 
Este parecer foi um estudo da Inspeção Escolar e a elaboração de um projeto 
de Resolução sobre as Normas orientadoras da Inspeção no Ensino de 1º e 2º grau 
no Sistema de Ensino. Conforme o Parecer 794/83 o Inspetor deve ser um 
profissional capaz de pensar criticamente seu trabalho, rever e renovar sua prática 
diária, que participe da recriação de normas e da prática da educação, mas não 
basta que se repensem as atribuição do inspetor, é preciso que o sistema lhe dê 
poder de decisão e força política para o exercício deste poder. 
As reformas vieram e com a nova lei de diretrizes e bases da educação 
nacional, a lei 9394/96, o artigo 64 colocou que a formação de profissionais de 
educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação 
educacional para a educação básica, seria feita em cursos de graduação em 
pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, 
garantida, nesta formação, a base comum nacional, ou seja, sem explicações 
adicionais, o que pode nos levar a pensar que a tendência para mais adiante seria 
formar um profissional generalista e não mais especialista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 FUNÇÕES, ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS DA INSPEÇÃO ESCOLAR 
 
3.1 As funções do Inspetor Escolar 
Conforme Brejon, (1959, p.14) a função do Inspetor Escolar é dar “assistência 
à execução”. O inspetor já teve vários papéis em sua história, hoje se sabe que a 
sua função é muito mais que vigiar ou controlar, cabe a inspeção examinar, avaliar, 
orientar corrigir, contribuir para a melhoria da qualidade do ensino. 
O Inspetor Escolar deve ser um profissional capaz de pensar criticamente seu 
trabalho, rever e renovar sua prática diária, que participe da recriação de normas e 
da prática da educação, mas não basta que se repensem as atribuição do inspetor, 
é preciso que o sistema lhe dê poder de decisão e força política para o exercício 
deste poder. 
Cabe a Inspeção Escolar assessorar a Direção Pedagógica, prestar contínua 
assistência didático-pedagógica para que a educação alcance mais qualidade. 
Com o mundo globalizado e em constantes mudanças e muito rápidas os 
educadores devem estar a frente dessa nova realidade com o desafio de transformara sociedade em uma sociedade mais justa mais culta e mais consciente através da 
transmissão de conhecimentos, informações e valores (CARVALHO, 2008). 
Cabe ao Inspetor estar atuando junto às escolas: 
 Orientar na elaboração e atualização do Regimento Escolar, Quadro 
Curricular e Calendário Escolar, resguardando as normas legais vigentes, 
acompanhando o seu cumprimento. 
 Orientar preventivamente, as ações desenvolvidas na escola para o 
cumprimento legal e eficaz de suas finalidades. 
 Promover a integração entre o pessoal da escola, visando o trabalho de 
equipe. 
 Analisar, junto à equipe pedagógica, os casos de classificação e 
reclassificação, dando as devidas orientações. 
 Verificar sempre que necessário a documentação dos alunos, dando 
atenção especial às séries terminais e passar as orientações necessárias. 
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 Orientar e verificar o preenchimento correto de documentos como: Censo 
Escolar; Livro de Ponto; Diários de classe; Livro de Transferências 
Expedidas; Livro de Registro de Matrículas; Livro de Atas de Resultados 
Finais; Livro de Atas de Exames Especiais; Ficha de Matricula; Histórico 
Escolar; Ficha Individual. 
 Analisar e propor medidas necessárias para a regularização de vida escolar 
dos alunos. 
 Colaborar com a equipe pedagógica da escola em projetos e experiências 
pedagógicas que contribuam para a melhoria da qualidade do ensino. 
 Orientar quanto ao preenchimento de documentos referentes à escrituração 
escolar. 
 Atender as solicitações para solucionar problemas. 
 Analisar periodicamente, os resultados das avaliações escolares com os 
especialistas, para adoção de novas metodologias e técnicas de ensino. 
 Ressaltar a importância da aplicação adequada dos recursos financeiros 
repassados à Caixa Escolar 
 Orientar na elaboração dos Processos de Autorização de Funcionamento da 
Escola. 
 Dar respaldo legal aos atos administrativos e pedagógicos das Escolas. 
 Proporcionar a coerência da política educacional com as necessidades do 
processo ensino-aprendizagem dentro da Escola com competência técnica. 
 Consolidar levantamentos para controle e tratamento estatístico dos dados 
escolares. 
 Ser o elo entre a Escola e a Secretaria. 
 Fazer acompanhamento da elaboração dos critérios de atendimento da 
matrícula dos alunos de acordo com o número de vagas, considerando a 
demanda escolar. 
 Orientar quanto ao atendimento dos alunos defasados em conteúdo e em 
série / idade. 
 Acompanhar na elaboração e implementação do plano geral da escola. 
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 Incentivar a administração sobre a necessidade de participação do Conselho 
Escolar nas decisões da escola. 
 
Embora o trabalho, a ação do Inspetor seja de natureza global, funcionando 
como um todo orgânico, cabe colocar aqui uma forma de apresentação que tem 
apenas sentido e organizações didáticas, conforme explica Carvalho (2008) em 
trabalho muito bem elaborado sobre o papel desse profissional da educação. 
a) Função verificadora que consiste em examinar o cumprimento das 
normas que se aplicam à organização e funcionamento da escola e do ensino, nos 
campos administrativos e pedagógicos. 
No campo pedagógico inclui pelo menos, o exame dos aspectos legais 
relativo ao currículo (objetivos, conteúdos, carga horária, avaliação de 
aproveitamento, apuração da assiduidade, etc.) calendário escolar (números de dias 
letivos e de turnos, recessos, férias, atividades escolares, etc.) bem como a 
regularidade dos arquivos e escrituração escolares. 
b) Função avaliadora, consiste em comparar a situação concreta, real com a 
ideal, teórica. A inspeção atua como mecanismo de avaliação da educação escolar e 
da política educacional que a fundamenta. Por meio da comparação do existente 
com o previsto, chega-se a um diagnóstico da situação da escola e a identificação 
de desvios, disfunções ou omissões que exigem ação e orientação devidas. A 
inspeção há de se pautar pelos dispositivos regimentais, cabendo ao inspetor não 
apenas avaliar a consistência entre a norma regimental e a prática pedagógica, 
como ainda, verificar se as próprias disposições do regimento não se contrapõem às 
diretrizes gerais emanadas da legislação do ensino. A função de avaliação, que não 
se esgota com o cotejo de normas e ações deve estender-se, também, a adequação 
e à eficiência da norma, considerando seus efeitos na realidade social a que se 
destina. 
c) Função orientadora consiste em conduzir ao conhecimento e à aplicação 
correta da norma, tendo em vista a unidade do sistema, bem como sua coerência 
interna e externa, atua mais especificamente como “mecanismo de comunicação” do 
sistema ligando os órgãos centrais aos estabelecimentos de ensino, e como 
estratégia de “assistência a execução”, voltada para a informação, a orientação, a 
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assessoria e a cooperação técnica, antes que a vigilância e o policiamento. E pelo 
exercício da função orientadora que a inspeção se converte em prática pedagógica 
de incentivo e acompanhamento da verdade regimental, da regularidade de 
funcionamento, da liberdade, da criatividade e da responsabilidade no planejamento, 
execução e avaliação do currículo e do calendário escolar; 
d) Função corretiva, cuja essência consiste em promover e ou determinar a 
adoção de providências ou medidas destinadas a sanear falhas e a corrigir desvios e 
irregularidades na aplicação da norma. As ações corretivas devem conduzir, em 
princípio, a uma consciência e a uma revisão crítica do “fazer educativo”, resultando 
sempre em nova postura pedagógica, seu objetivo é promover o reajustamento da 
vida escolar ás diretrizes educacionais vigentes; 
e) Função realimentadora, está comprometido com a sintonia entre os 
conteúdos normativos e as ações educativas com a adequação de uns e outras ao 
contexto sociopolítico da realidade onde acontece a educação. Por via de 
consequência, está comprometido com mudança e ajustamentos em todo sistema 
operacional, pois outra coisa não busca a realimentação senão traduzir-se em 
melhor desempenho da escola, da própria inspeção e do sistema de ensino como 
um todo. É da sua essência, conduzir a inovação, ou seja, à evolução ou 
aperfeiçoamento do sistema, consoante exige o dinamismo da realidade escolar 
(CARVALHO, 2008). 
Observa-se que a Inspeção tem função política e pedagógica, é usada pela 
administração do Sistema para assegurar a comunicação entre os órgãos centrais e 
as unidades operacionais e vice-versa, tendo em vista a verificação e a avaliação do 
cumprimento da legislação de ensino e a consequente orientação, correção e 
realimentação das ações, sempre com a preocupação de se obter melhoria da 
educação escolar. 
A ação da inspeção geralmente se dá ao nível de unidade escolar. É da 
essência da inspeção tratar com a organização e o funcionamento da escola, em 
seus múltiplos aspectos. Daí a tradição da expressão: inspeção escolar. Mas para 
que a inspeção se realize, de maneira eficaz, em nível escolar ou micro, toda uma 
estrutura maior há de existir e funcionar harmônica e articuladamente. Nessa macro 
estrutura, destacam-se o órgão central e os órgãos regionais do sistema. O órgão 
central tem pelo menos duas responsabilidades básicas no processo: 
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a) converter conteúdo ideológico da legislação do ensino em diretrizes 
capazes de orientar a ação dos agentes do sistema. 
b)captar os efeitos da aplicação da norma com o objetivo de promover a 
desejada adequação do “formal” ao “real” e vice-versa. Aos órgãos regionais, que se 
situam entre os polos da “decisão” e da “ação”, cabe uma função por excelência, 
comunicadora, coordenadora e reinterpretadora, tanto das orientações que emanam 
da cúpula, como das informações que se colhem nas bases do sistema. 
A inspeção se converte em mecanismo de criação e não apenas reprodução 
da educação e o inspetor deixa de ser um mero fiscal da atividade escolar para 
participar, como educador, do “trabalho de pensar, criar e legislar a educação 
brasileira”. 
O objeto da inspeção são as normas do sistema X e o funcionamento 
escolar. O conhecimento da legislação do ensino e sua aplicação à realidade escolar 
constituem pontos de marcado relevo da inspeção. A dinâmica operacional do 
processo de comunicação, ou seja, o fluxo descendente de orientação X fluxo 
ascendente de informação. O funcionamento, a interpretação e a utilização correta 
deste fluxo num e noutro polo – o de decisão e o de ação, são aspectos de 
fundamental importância na inspeção porque dizem respeito à eficiência e à eficácia 
do subsistema. 
Como objetivos da inspeção temos: dar assistência ao funcionamento da 
escola e do ensino, tendo em vista a melhoria da educação escolar e sua sintonia 
com a política educacional veiculada pela legislação de ensino. O exame crítico 
desses aspectos deve resultar no ajustamento do formal ao real (a norma 
promovendo a melhoria da realidade) e vice-versa (a realidade exigindo a 
adequação da norma) (CARVALHO, 2008). 
Temos dois tipos básicos de inspeção: a inspeção ordinária e a extraordinária. 
A inspeção ordinária é aquela que se inclui, normalmente, no plano do 
trabalho do inspetor. Diz respeito aos aspectos organizacional e funcional da 
unidade inspecionada e se constitui em atividade rotineira de “comunicação e 
avaliação” e de “assistência técnica”, contemplando tanto o processo como o 
produto da dinâmica escolar. 
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A inspeção extraordinária ou especial é aquela que não se inclui, 
regularmente, no plano de trabalho do inspetor escolar, por não ocupar, 
especificamente, da rotina da escola, mas de fatos ou situações especiais da 
instituição. Pode decorrer tanto de necessidade identificada em visita de inspeção 
regular, como de solicitação da unidade inspecionada ou determinação do órgão 
regional ou central; também pode concentrar mais nas funções verificadora e 
avaliadora, ou naquelas de orientação e correção, ou, ainda, em todas elas, 
dependendo da situação. 
Incluem nos casos de inspeção extraordinária atividades como: 
a) Verificação “in loco”, exigida quando a aprovação prévia para a criação de 
escolas, quando a autorização de funcionamento ou de reconhecimento de 
habilitações profissionais, cursos e escolas, bem como, quando da transferência de 
prédio ou de entidade mantenedora; 
b) Sindicância para verificação e registros de fatos ou ocorrências especiais; 
c) Exame de convalidação de atos escolares; 
d) Exame e correção de situações especiais quer administrativas ou 
pedagógicas 
e) Encerramento de atividades escolares e recolhimento de arquivos, etc. 
Atualmente a inspeção em Minas Gerais é regida pela Resolução nº 305/83, 
aplica-se ao ensino fundamental e médio, é e definida conforme art. 3º: 
Art. 3º – A inspeção é um processo pelo qual a administração do Sistema de 
Ensino assegura a comunicação entre os órgãos centrais, os regionais e as 
unidades de ensino, tendo em vista a melhoria da educação escolar, mediante: 
I- a verificação e avaliação dos estabelecimentos de ensino, quanto à 
observação das normas legais e regulamentares a eles aplicáveis; 
II- a orientação e realimentação das ações desses estabelecimentos. 
A presente resolução cita as funções que o Inspetor Escolar deve exercer 
conforme art. 4º. 
Art. 4º São funções da Inspeção: 
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I- Comunicação entre os órgãos da administração superior do sistema e os 
estabelecimentos de ensino que o integram; 
II- verificação e avaliação das condições de funcionamento dos 
estabelecimentos de ensino; 
III- orientação e assistência aos estabelecimentos de ensino na aplicação das 
normas do Sistema; 
IV- promoção de medidas para correção de falhas e irregularidades 
verificadas nos estabelecimentos de ensino, visando à regularidade do seu 
funcionamento e à melhoria da educação escolar; 
V- informação aos órgãos decisórios do Sistema sobre a impropriedade ou 
inadequação de normas relativas ao ensino e sugestões de modificações, quando 
for o caso. 
 
De acordo com a Resolução 7149/93 SEE de MG, são atribuições, tarefas e 
operações do Inspetor Escolar, nas Escolas Estaduais: 
1 Orientar a escola para a conquista de sua autonomia: 
a) Integrar-se na elaboração do Plano de desenvolvimento da escola; 
b) Subsidiar a escola na elaboração e desenvolvimento do seu projeto 
pedagógico: 
 Esclarecer a escola sobre os padrões básicos (currículo, recursos 
humanos e insumos) indispensáveis à elaboração do seu projeto 
pedagógico; 
 Orientar a escola na definição de sua proposta curricular, adequando-a 
às especificidades socioculturais da região e às necessidades, 
prioridades e possibilidades da comunidade escolar à qual atende; 
 Analisar o calendário escolar considerando as especificidades da 
escola, as peculiaridades regionais e locais e as referências legais, 
zelando pelo seu cumprimento; 
 Participar da implementação do projeto pedagógico da escola, 
propondo a revisão de suas práticas educativas, quando necessário. 
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 Orientar a escola na elaboração e revisão de normas regimentais 
consoantes as diretrizes estabelecidas em seu projeto pedagógico. 
c) Orientar a escola para a realização e a utilização de estudos e pesquisas 
que visem a melhoria da qualidade do ensino: 
 Encaminhar às escolas os resultados da avaliação externa, orientando-
a para à analise dos mesmos; 
 Subsidiar a escola na elaboração de estudos e projetos de pesquisa 
que visem à melhoria do ensino e à inovação pedagógica; 
 Promover o intercâmbio entre escolas e outras instituições para troca 
de experiências pedagógicas. 
d) Colaborar com a escola, orientando-a na definição de seu plano de 
capacitação de recursos humanos: 
 Subsidiar o levantamento de necessidades de treinamento e 
capacitação de conjuntos de escolas de seu setor e da jurisdição; 
 Tomar providências, junto à SRE, para que as propostas de 
capacitação se efetivem. 
e) Orientar a direção da escola na aplicação das normas referentes ao 
colegiado como instrumento de gestão democrática da escola. 
f) Incentivar a integração das escolas entre si e destas com a comunidade. 
2º Assegurar o funcionamento regular da escola interpretando a aplicando as 
normas de ensino. 
a) Orientar a direção da escola na aplicação das normas referentes ao 
quadro de pessoal 
b) Tomar providências que assegurem o funcionamento regular da escola 
c) Assegurar a autenticidade e a fidedignidade da escrituração escolar 
d) Fazer cumprira legislação pertinente à gratuidade do ensino 
3º Orientar a escola pública na captação e aplicação de recursos financeiros 
 a) Propor a criação e registro de Caixa Escolar para administrar os 
recursos financeiros da escola. 
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 Orientar a direção da escola sobre a organização e funcionamento de 
caixas escolares. 
 Informar e esclarecer a direção da escola sobre a necessidade da 
participação do Colegiado Escolar, na composição da Caixa Escolar, 
na aplicação de seus recursos e na prestação de contas; 
 Auxiliar a direção da escola na identificação de possíveis estratégias 
para sua obtenção e aplicação. 
 b) Propor a celebração de convênios que concorram para a melhoria do 
ensino ministrado na escola. 
 Interpretar com a direção da escola a legislação que trata da 
celebração de convênios; 
 Esclarecer a direção da escola quanto às exigências e procedimentos 
referentes à celebração de convênios. 
4º Orientar o processo de organização do atendimento escolar, em nível 
regional e local. 
a) Orientar as escolas e órgãos municipais de educação quando do 
levantamento da demanda escolar. 
 Informar a escola sobre os critérios, procedimentos e instrumentos 
necessários à realização do cadastro escolar; 
 Articular a integração entre as escolas, órgãos municipais de educação 
e a comunidade, buscando estratégias adequadas de divulgação e 
realização do cadastro escolar. 
b) Participar da definição da proposta de organização do atendimento a 
demanda escolar do município. 
 Analisar com as escolas e autoridades municipais as condições 
efetivas de atendimento à demanda escolar do município; 
 Auxiliar a direção da escola e o órgão municipal de educação, no 
levantamento de estratégias diferenciadas de organização escolar, 
para o atendimento à demanda nos diversos graus e modalidades de 
ensino. 
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c) Orientar e acompanhar processos de criação, organização, reorganização 
de escolas. 
 Orientar a direção da escola e a entidade mantenedora quanto às 
exigências e requisitos necessários à criação e organização, e 
reorganização de escolas e participar da instrução do processo; 
 Elaborar o relatório de verificação “in loco”, para instruir o processo de 
criação, organização e reorganização de escolas. 
 
Cabe ainda à Inspeção Escolar assessorar a Direção Pedagógica, prestar 
contínua assistência didático-pedagógica para que a educação alcance mais 
qualidade. 
Com o mundo globalizado e em constantes mudanças e muito rápidas os 
educadores devem estar a frente dessa nova realidade com o desafio de transformar 
a sociedade em uma sociedade mais justa mais culta e mais consciente através da 
transmissão de conhecimentos, informações e valores. 
Os inspetores escolares devem ser inspetores educadores, aquele 
profissional que não apenas fiscaliza a vida da escola; mas dela participa como 
educador verificando, avaliando, orientando, corrigindo e recriando a sua realidade. 
O sistema deve ter uma inspeção que corresponda às suas expectativas: não 
no rito do “ato policial” que investiga, controla, amedronta e que a escola teme, mas 
não deseja; nem no rito do “faz de conta”, da conversa amena e da visita cordial 
que a escola até aceita, mas não valoriza, e na qual não confia; mas, sim, sob a 
forma da “inspeção-verdade”, que não é nem ridicularizada, mas desejada e 
valorizada, porque é a inspeção que verifica, avalia, orienta, corrige, comunica, 
assistindo o órgão na execução de seu trabalho e contribuindo para o crescimento e 
segurança de todos: do educador, da escola e do sistema. 
 
 
 
 
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3.2 As competências e atribuições no Maranhão e no Estado do Rio de Janeiro 
 
A essência da Inspeção é a mesma em todo o Brasil, mas a linguagem como 
é explicitada torna interessante expor as situações de alguns dos estados 
brasileiros. 
No Maranhão, por exemplo, cabe a este profissional, inspecionar e orientar as 
atividades de ensino em unidades educacionais do Ensino da Educação Infantil, 
Fundamental, Médio e Particular, supervisionando e avaliando essas atividades, 
para assegurar o cumprimento das normas legais aplicadas ao ensino e a 
regularidade no desenvolvimento do processo educativo. 
§ 2º – Constituem tarefas do Inspetor Escolar: 
- Inspecionar e orientar o Trabalho das Diretorias Regionais da Educação e 
das unidades escolares públicas e particulares do Ensino da Educação Infantil 
Fundamental e Médio, observando as condições de funcionamento, para verificar a 
correta interpretação e aplicação da legislação de ensino; 
- Divulgar a legislação do ensino vigente (leis, decretos, pareceres, 
resoluções e portarias) emitida pelo Ministério da Educação, Conselho Federal de 
Educação, Conselho Estadual de Educação e Secretaria de Estado da Educação, 
determinando a sua fiel aplicação, para assegurar a regularidade e a eficiência do 
processo educativo; 
- Assistir tecnicamente as Diretorias Regionais da Educação procedendo ao 
levantamento das necessidades prioritárias, observando as peculiaridades de cada 
região, propondo as medidas que se fizerem necessárias, para assegurar a 
regularidade no funcionamento das unidades escolares; 
- Participar das regiões de estudo, utilizando mecanismos de orientação para 
melhor desempenho das atividades visando subsidiar o trabalho das Diretorias 
Regionais da Educação; 
- Planejar, organizar, controlar e avaliar as atividades de inspeção, 
preparando instruções e orientando quanto aos mecanismos de controle e avaliação, 
para garantir o aperfeiçoamento do nível de desempenho do pessoal envolvido na 
inspeção Escolar; 
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- Orientar interessados acerca da preparação de documentos e das condições 
para criação, entrosagem, autorização, reconhecimento de escolas e aprovação de 
cursos, elaborando documentos, modelos e outras informações necessárias, para 
assegurar o atendimento à legislação aplicável em cada caso; 
- Providenciar a elaboração de atos para homologação dos pareceres de 
autorização e reconhecimento de escolas, emitidos pelo Conselho Estadual de 
Educação, observando as normas vigentes, para encaminhá-los aos órgãos 
interessados; 
- Elaborar, atualizar e/ou reformular Regimentos das Unidades Escolares do 
Ensino da Educação Infantil, Fundamental e Médio da Rede Estadual, adaptando-os 
às disposições emanadas dos órgãos superiores, para garantir o regular 
funcionamento dessas unidades; 
- Restringir e/ou eliminar os efeitos que comprometem a eficácia do processo 
educativo, quanto à estrutura e funcionamento do ensino, adotando medidas de 
caráter preventivo e sugerindo eventuais modificações, para assegurar o 
aperfeiçoamento do Sistema de Educação; 
- Elaborar o cadastro das Unidades Escolares da Rede Estadual, Municipal e 
Particular, utilizando processos manuais ou mecanizados, para tornar possível o 
conhecimento geral da realidade do Sistema Estadual de Ensino e possibilitar a 
troca de informações e experiências; 
- Executar outras tarefas correlatas (SEE/MA, 1994). 
 
No Estado do Rio de Janeiro, a Coordenadoria de Inspeção Escolar – COIE 
através de portaria normativa n. 03, fixou as atribuiçõesdo Inspetor Escolar em 19 
de setembro de 2001. 
Art. 1.º - Ao Inspetor Escolar, em exercício nos diversos órgãos regionais da 
Secretaria de Estado de Educação, cabe planejar a dinâmica de sua atuação em 
consonância com as diretrizes estabelecidas pela Coordenadoria de Inspeção 
Escolar da Subsecretaria Adjunta de Desenvolvimento do Ensino, observadas as 
normas do Conselho Estadual de Educação - RJ. 
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Parágrafo Único - A ação do Inspetor Escolar dar-se-á, prioritariamente, de 
modo preventivo e sob a forma de orientação, visando evitar desvios que possam 
comprometer a regularidade dos estudos dos alunos e a eficácia do processo 
educacional. 
Art. 2.º - É função precípua do Inspetor Escolar zelar pelo bom funcionamento 
das instituições vinculadas ao sistema estadual de ensino - público e particular - 
avaliando-as, permanentemente, sob o ponto de vista educacional e institucional e 
verificando: 
a) a formação e a habilitação exigidas do pessoal técnico-administrativo-
pedagógico, em atuação na unidade escolar. 
b) a organização da escrituração e do arquivo escolar, de forma que fiquem 
asseguradas a autenticidade e a regularidade dos estudos e da vida escolar dos 
alunos. 
c) o fiel cumprimento das normas regimentais fixadas pelo estabelecimento de 
ensino, desde que estejam em consonância com a legislação em vigor. 
d) a observância dos princípios estabelecidos na proposta pedagógica da 
instituição, os quais devem atender à legislação vigente. 
e) o cumprimento das normas legais da educação nacional e das emanadas 
do Conselho Estadual de Educação - RJ. 
Art. 3.º - São ainda atribuições específicas do Inspetor Escolar, além do 
acompanhamento contínuo às unidades de ensino: 
a) integrar comissões de autorização de funcionamento de instituições de 
ensino e/ou de cursos; de verificação de eventuais irregularidades, ocorridas em 
unidades escolares; de recolhimento de arquivo de escola com atividades 
encerradas, ou comissões especiais determinadas pela Coordenadoria de Inspeção 
Escolar. 
b) manter fluxo horizontal e vertical de informações, possibilitando a 
realimentação do Sistema Estadual de Educação, bem como sua avaliação pela 
Secretaria de Estado de Educação. 
c) declarar a autenticidade, ou não, de documentos escolares de alunos, 
sempre que solicitado por órgãos e/ou instituições diversas. 
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d) divulgar matéria de interesse relativo à área educacional. 
Art. 4.º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogada a 
Portaria COSE-E n.º 02, de 07 de dezembro de 1989 (D. O. de 02.01.90). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 A INSPEÇÃO ESCOLAR EM MINAS GERAIS 
 
O Edital da Secretaria de Estado de Educação (SEE), nº 04/2005, MG 
12/11/2005, estabeleceu a carreira de Analista Educacional para o exercício para a 
função de inspeção escolar da Secretária de Estado de Educação de Minas Gerais. 
Nos termos da Lei nº 15.293, de 05 de agosto de 04, Resolução SEPLAG nº 22, de 
24/05/05, a escolaridade exigida: Curso de Pedagogia legalmente reconhecido com 
habilitação em Inspeção Escolar ou Curso de Pedagogia acrescido de pós-
graduação “Latu Sensu” na especialidade de Inspeção Escolar. 
 
4.1 Das atribuições do cargo 
 
1. Exercer atividade profissional específica em nível superior de escolaridade 
nos setores pedagógico e administrativo no campo da educação, nas 
Superintendências Regionais de Ensino; 
2. Elaborar, analisar e avaliar planos, programas e projetos pedagógicos; 
3. Coordenar, acompanhar, avaliar e redimensionar a execução de propostas 
educacionais; 
4. Elaborar normas, instruções, orientações para aplicação da legislação relativa 
a programas e currículos escolares e a administração de pessoal, material, 
patrimônio e serviços; 
5. Elaborar, executar, acompanhar projetos de capacitação de pessoal e 
treinamentos operacionais nos vários âmbitos de atuação. 
6. Proporcionar assistência técnica na elaboração de instrumentos de avaliação 
do processo educacional; 
7. Elaborar programas, provas e material instrucional para o ensino fundamental 
e médio; 
8. Realizar pesquisas e estudos que subsidiem a proposta de políticas, diretrizes 
e normas educacionais; 
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9. Participar da elaboração de planejamento ou propostas anuais de atividades 
do órgão que atua; 
10. Organizar e produzir dados e informações educacionais; 
11. Participar da elaboração da proposta de reforma, ampliação ou construção da 
rede física de atendimento e acompanhar sua execução; 
12. Realizar trabalhos de escrituração contábil, cálculo de custos, perícia, 
previsão, levantamentos, análise e revisão de balanços e demonstrativos, 
execução orçamentária e movimentação de contas financeiras e patrimoniais; 
13. Emitir pareceres e relatórios sobre assuntos financeiros e contábeis; 
14. Exercer, a Inspeção Escolar que compreende: 
 Orientação, assistência e controle do processo administrativo das 
escolas e, na forma do regulamento, do seu processo pedagógico; 
 Orientação da organização dos processos de criação, autorização de 
funcionamento, reconhecimento e registro de escolas no âmbito de sua 
atuação; 
 Garantia de regularidade do funcionamento das escolas, em todos os 
seus aspectos; 
 Responsabilidade pelo fluxo correto e regular de informações entre as 
escolas, os órgãos regionais e o órgão central da SEE; 
 Exercer outras atividades compatíveis com a natureza do cargo, 
previstas na regulamentação aplicável e de acordo com a política 
pública educacional. 
 
4.2 Metas dos Inspetores de uma SRE mineira 
 
 Orientar, preventivamente as ações desenvolvidas na Escola para o 
cumprimento legal e eficaz de suas finalidades. 
 Verificar o correto preenchimento e autenticidade dos Diplomas e da 
compatibilidade dos mesmos com relação nominal dos concluintes. Cruzar os 
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dados contidos nos documentos escolares com os arquivados na secretária 
da escola. 
 Analisar periodicamente os resultados escolares e os especialistas para 
favorecer coleta de dados que alimentarão, pesquisas, propostas de adoção 
de novas metodologias e técnicas de ensino. 
 Atender às solicitações para a solução dos problemas relacionados a 
aspectos financeiros da escola. 
 Verificar o cumprimento do disposto na legislação em vigor sobre a proibição 
da cobrança da taxa de matricula na rede Oficial. 
 Orientar a equipe pedagógica da Escola em projetos e experiências 
pedagógicas que promovam a melhoria da qualidade de ensino. 
 Orientar a escola na elaboração c/ ou atualização do Regimento Escolar, 
respeitando sua autonomia e resguardando o cumprimento das Normas 
Legais vigentes. 
 Verificar o espaço físico e funcional do estabelecimento para avaliar a 
adequação à função pedagógica a que se destina. 
 Capacitar os membros do Colegiado Escolar em relação ao desempenho de 
suas atribuições. 
 Acompanhar o processo de Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI nasEscolas Estaduais. 
 Zelar para que se estabeleça a otimização de relacionamento entre o pessoal 
das unidades escolares entre as escolas da jurisdição e dessa com os 
Inspetores e todos com o órgão central. 
 Acompanhar o atendimento dos alunos cadastrados, adequando a matrícula 
de forma racional, em escolas de sua comunidade 
 Avaliar as ações pedagógicas, administrativas e financeiras desenvolvidas 
nos estabelecimentos, para fortalecer a gestão democrática. 
 Oferecer aos Órgãos Regional e Central, dados e informações que retratem a 
realidade da escola para às providências cabíveis. 
 
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4.3 Atividades desenvolvidas pelos inspetores de uma SRE mineira 
 
 Acompanhar as designações nas escolas mantendo total controle das 
notificações de vagas e dispensas inseridas no sistema, com base nas 
normas que regulamentam o assunto, lembrando que as vagas autorizadas 
para designação pela SEE, deverão ser preenchidas no portal pelo diretor(a) 
da escola. 
 Acompanhar a organização curricular, especialmente do Ensino Médio 
noturno, observando as alterações propostas pela Resolução n.1025/2007 e 
orientação 01/2008 que referem a inclusão das disciplinas Filosofia , 
Sociologia; Módulos de 40 minutos no Ensino Médio noturno e Atividades 
Complementares. 
 Verificar a inclusão da disciplina Arte nos Quadros Curriculares do Ensino 
Médio. 
 Acompanhar a organização das turmas de Aprofundamento de Estudos e 
Formação Inicial para o trabalho, bem como a implementação dos projetos. 
 Verificar a Carga Horária dos professores coordenadores do GDP1 e 
GDPEAS2, com base no Ofício Circular 006/08 de 07/04/08. 
 Conferir os Quadros de Pessoal das escolas e entregar no setor de 
pagamento. 
 Acompanhar junto aos técnicos da SRE, a análise dos Boletins Pedagógicos 
dos resultados do PROALFA3. 
 Orientar e acompanhar a reestruturação do PIP4, PP, Regimento Escolar e 
Plano de Metas do Colegiado junto aos técnicos da SRE. 
 Fazer o consolidado do processo de escolha dos membros do Colegiado 
Escolar conforme orientações do Ofício Circular 10/08 de 09/04/2008. 
 
1
 Grupo de Desenvolvimento Profissional 
2
 Programa Educacional de Atenção ao Jovem 
3
 Programa de Alfabetização, Documentação e Informação 
4
 Programa de Intervenção Pedagógica 
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 Orientar os diretores na elaboração dos PGDIs5 dos servidores apresentando 
o cronograma estabelecido pela SEE. 
 Verificar os diários de Classe e as matrículas dos alunos oriundos de outras 
escolas, verificando a enturmação correta destes alunos. 
 Analisar junto aos especialistas os Planejamentos das Atividades 
Complementares. 
 Prestar esclarecimentos sobre a Resolução n. 1086/2008 – Progressão 
Parcial, Progressão Continuada e as matrículas dos alunos do Ensino 
Fundamental de acordo com Oficio Circular nº 112/08. 
 Verificar os registros nas Fichas Individuais dos alunos e no Livro de Ata de 
Resultados Finais. 
 Orientar os Diretores a proceder aos registros nas Fichas Funcionais dos 
servidores, as Progressões publicadas no “MG”, de acordo com as 
orientações contidas no Oficio Circular nº 27. 
 Conferir nas escolas que oferecem o Ensino Fundamental e Médio na 
modalidade de EJA os Quadros Curriculares, tendo como modelos as 
Matrizes Curriculares do Ofício Circular 123/2008. 
 Elaborar o Relatório das Metas do Plano de Intervenção Pedagógica, 
utilizando a “Ferramenta de Monitoramento-on-line”, seguindo a orientação do 
manual. 
 Conferir no Sistema Informatizado em cada escola a situação funcional do 
servidor: efetivado, notificado, remanejado ou designado. 
 Orientar as escolas polo, sob a “organização de pastas” das professoras que 
foram efetivadas e estão em adjunção nas APAE, para encaminhá-las à SRE, 
lembrando que se faz necessário a atualização das fichas funcionais e 
contagens de tempo com as devidas assinaturas. 
 Acompanhar o desenvolvimento do Projeto “Escola de Tempo Integral”, nas 
escolas autorizadas, verificando a regularidade do seu funcionamento. 
 
5
 Plano de Gestão do Desenvolvimento Individual 
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 Acompanhar a organização das turmas de alunos do 2º e 3º ano para as 
aulas de “aprofundamento” nas escolas integrantes do projeto “Escolas 
Referência”. 
 Promover a verificação “in loco”, quando necessário. 
 Participar dos Plantões de Estudos, realizados nos dias marcados, quando 
solicitados. 
A Inspeção tem função política e pedagógica sendo usada pela administração 
do Sistema para assegurar a comunicação entre os órgãos centrais e as unidades 
operacionais e vice-versa, tendo em vista a verificação e a avaliação do 
cumprimento da legislação de ensino e a consequente orientação, correção e 
realimentação das ações, sempre com a preocupação de se obter melhoria da 
educação escolar. 
Os inspetores escolares devem ser inspetores educadores, aquele 
profissional que não apenas fiscaliza a vida da escola; mas dela participa como 
educador verificando, avaliando, orientando, corrigindo e recriando a sua realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 O PAPEL DO INSPETOR ESCOLAR NO PROCESSO DEMOCRÁTICO 
 
A Inspeção Escolar está ligada a vários fatores que contribuem com o 
processo democrático da comunidade escolar. Evidentemente, nem sempre foi 
assim. A própria expressão linguística nos remete à história, desde o Brasil colonial, 
de que o ato de inspecionar nos lembra do ato de fiscalizar, observar, examinar, 
verificar, olhar, vistoriar, controlar, vigiar (BIASE, 2009). 
Porém, atualmente, a figura deste profissional nas Instituições Escolares 
proporciona uma estreita ligação entre os outros órgãos do Sistema Educacional, 
quer sejam Secretarias quer sejam Superintendências Regionais e Unidades 
Escolares, para garantir a aplicação legal do regime democrático. Por isso, o 
Inspetor tem uma grande concentração nos aspectos Administrativos, Financeiros e 
Pedagógicos das Unidades Escolares, trabalhando inclusive, como agente 
sociopolítico. 
Neste sentido, o Inspetor Escolar trabalha estreitamente com a gestão de 
pessoal. Está sempre preocupado com a veracidade e atualização da escrituração e 
organização escolar para proporcionar segurança no processo de arquivos e no 
futuro, próximo e até cem anos, esteja resguardada para servir de acervo de 
pesquisas históricas ou da situação funcional dos servidores que almejam a 
aposentadoria (BIASE, 2009). 
 Isto acontece, inclusive, com os documentos informativos da vida escolar dos 
alunos. Em qualquer tempo, as pessoas poderão procurar a sua instituição escolar 
de origem para requerer um novo documento, Histórico Escolar, por exemplo. 
O Inspetor Escolar está sempre imaginando as possibilidades do futuro, pois 
não se sabe quando alguém que conhece e trabalha na instituição Escolar ainda 
estará ou nem se lembrará das situações, casos ou momentos ocorridos; ou seja, as 
equipes de trabalhos estão sempre se renovando e acaba necessitando de uma 
Escrituração dos fatos, ato na Organização escolar muitobem definida para 
resguardar a integridade de todo arquivo (Atas, Diários de Classe, Fichas individuais 
e entre outros). 
Inclusive, como o Inspetor Escolar está sempre em contato com as 
comunidades escolares e tem um papel importante na comunicação entre os órgãos 
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da administração superior do sistema e os estabelecimentos de ensino que o 
integram, “volta-se para: organização e funcionamento da escola e do ensino, a 
regularidade funcional dos corpos docente e discente, a existência de satisfatórios 
registros e documentação escolar…” (RESOLUÇÃO 305/83). 
Por isso, este profissional, como prática educativa, se torna um importante 
agente político e de caráter pedagógico do sistema, pois poderá sugerir mudanças 
de estratégias nas decisões dos órgãos do sistema para promover uma 
implementação organizacional mais ampla e democrática para garantir acesso de 
toda sociedade nas Instituições Escolares, ao conhecimento e à cultura. 
Pensando nisso, os estudos e aplicação das normas do Sistema observadas 
pelo Inspetor Escolar, o faz posicionar diante de uma pragmática de educação, 
sociedade, modelos de organização e funcionamento, prática pedagógica e valores 
das práticas de conscientização e discussões (BIASE, 2009). 
As ações do Inspetor não se limitam, evidentemente, apenas nas aplicações 
de normas, mas, também, nas ações de revisão ou mudanças na legislação, numa 
perspectiva crítica adequada à realidade social a que se destina, dando 
conhecimento à administração do Sistema das consequências da aplicação dessas 
mesmas normas. 
Sob o ponto de vista Ideológico, o Inspetor Escolar quando age criticamente 
nos aspectos educacionais no momento da aplicação da legalidade pode contribuir 
nas reformulações das leis, fazendo o legislador legislar sob o ponto de vista do ato 
de educar. Ou melhor, o Inspetor converte o conteúdo ideológico da legislação do 
ensino em diretrizes capazes de orientar a ação dos agentes do Sistema. Por isso, é 
um agente Político. 
Portanto, o papel do Inspetor Escolar no processo democrático é de 
fundamental importância social sob o ponto de vista educacional, pois se torna os 
“olhos”, a presença ou a representação, a ação do Estado ou do órgão executivo e 
Legislativo “in loco”, nas Instituições de Ensino. Inclusive, por causa da aplicação 
das normas que podem ser verificada a sua adequação na práxis operativa do 
Sistema Educacional. 
Por fim, o processo democrático, na função do Inspetor, é captar os efeitos da 
aplicação da norma com o objetivo de promover a desejada adequação do “formal” 
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ao “real” e vice-versa com uma função Comunicadora, Coordenadora e 
Reinterpretadora das orientações e informações das bases do sistema (BIASE, 
2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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